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Sumario del 22/02/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: romper a comunhão com a natureza é romper com Deus

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Cidade do Vaticano (RV) – “Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação, gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”: palavras do Papa na Audiência Geral desta quarta-feira (22/02), que volta a ser realizada na Praça S. Pedro. 

A catequese do Pontífice aos cerca de 10 mil fiéis foi sobre a esperança cristã e a criação. Francisco recordou que Deus confiou a nós a proteção da natureza para que pudéssemos entrar em relação com Ele, reconhecendo nela o seu vestígio. Porém, quando se deixa levar pelo egoísmo, o ser humano acaba por arruinar inclusive as coisas mais belas.  

“E, infelizmente, a consequência de tudo isso está dramaticamente sob os nossos olhos, todos os dias.” Como exemplo, o Papa falou na água, “que nos dá a vida, mas para explorar os minerais, a água é contaminada e se destrói a criação”. Onde tudo remetia ao Pai Criador e ao seu amor infinito, agora traz o sinal triste e desolador do orgulho e da voracidade humanas.

O Senhor, porém, não nos deixa sós e também esta quadro desolador nos oferece uma perspectiva nova de libertação, de salvação universal.

“Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação, gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”,  prosseguiu o Papa. Esses gemidos não são uma lamentação estéril, desconsolada, mas – como destaca o Apóstolo – são os gemidos de uma mulher prestes a dar à luz; são gemidos de quem sofre, mas sabe que está para chegar uma nova vida. “E no nosso caso é realmente assim.”

O cristão não vive fora do mundo, sabe reconhecer na própria vida e naquilo que o rodeia os sinais do mal, do egoísmo e do pecado. É solidário com quem sofre, com quem chora, com quem está marginalizado, com quem se sente desesperado. Ao mesmo tempo, porém, o cristão aprendeu a ler tudo isso à luz da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado, e sabe que o presente é tempo de expectativa, tempo animado por um anseio que vai para além do presente.

Na esperança, sabemos que o Senhor quer curar definitivamente, com a sua misericórdia, os corações feridos e humilhados e aquilo que o homem deturpou com a sua impiedade, tudo regenerando num mundo novo e numa humanidade nova reconciliados finalmente no seu amor.

A mensagem final do Papa foi de esperança: “Quando somos tentados pelo desânimo, pelo pessimismo, caindo em inúteis lamentações ou ficando sem saber que pedir ou esperar, vem em nosso auxílio o Espírito Santo, que mantém vivos os gemidos e anseios do nosso coração. O Espírito vê, por nós, para além das aparências negativas do presente e revela-nos já agora os novos céus e a nova terra que o Senhor está preparando para a humanidade”.

Ao final da catequese, o Papa assistiu a uma apresentação circense. Ao saudar os grupos presentes na Praça, Francisco fez um apelo especial em prol do Sudão do Sul:

“Provocam particular apreensão as dolorosas notícias que chegam do martirizado Sudão do Sul, onde a um conflito fratricida se une uma grave crise alimentar, que condena à morte por fome milhões de pessoas, entre as quais muitas crianças. Neste momento, é mais necessário do que nunca o empenho de todos a não ficar somente nas declarações, mas a tornar concretas as ajudas alimentares e a permitir que possam chegar às populações sofredoras. Que o Senhor ampare esses nossos irmãos e os que atuam para ajudá-los."

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Papa encontra os familiares das vítimas de Dacca

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Cidade do Vaticano (RV) – Antes da Audiência Geral desta quarta-feira (22), o Papa Francisco encontrou os familiares das 9 vítimas italianas do atentado de Dacca, capital de Bangladesh, ocorrido em 1º de julho do ano passado. Ao todo, 28 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas naquele episódio de intensa crueldade, atribuído a cinco jovens extremistas islâmicos. 

O bispo de Alife-Caiazzo, Dom Valentino di Cerbo, acompanhava os familiares no Vaticano, cerca de 30 pessoas. O encontro foi cheio de afeto, mas também de muita dor. O Papa dedicou bastante tempo aos familiares e as crianças inclusive presentearam Francisco com o desenho de um grande coração e um bonsai de uma oliveira, em sinal de paz e concórdia entre os povos.

Os familiares já estão desenvolvendo diversas ações nessa direção, iniciativas de solidariedade e contra a violência. Como é o caso da construção de uma igreja em Bangladesh, em colaboração com a associação “Ajuda à Igreja que Sofre”, que será consagrada e inaugurada na próxima sexta-feira (24).

“A coisa extraordinária é que, dessa grande dor, está florescendo o amor. E esse é um testemunho e um presente que eles estão fazendo a todos nós. Além disso, fundaram uma associação para dar bolsas de estudo para os jovens de Bangladesh.”

Entre os familiares no encontro com o Papa estavam Silvia e Rossella, irmãs de Maria Riboli, uma das vítimas da tragédia de Dacca, que vieram de Bergamo para a Audiência Geral:

“Poder ter a possibilidade de encontrar o Papa foi muito emocionante. Trouxemos símbolos de paz à pessoa que mais de todas consegue nos transmitir esse sentido de paz neste momento. Foi realmente uma emoção forte.”

“Penso que o encontro com o Papa Francisco hoje tenha servido sobretudo para emocionar o nosso coração, dar um respiro de paz. E aquilo que queremos transmitir é bem isso: o ódio não leva a nada, a vingança não leva a nada, leva somente ao rancor e mais violência. E nós realmente estamos procurando fazer isso: lembrar os nossos queridos por aquilo que eram e, sobretudo, o grande valor deles, que espero que todos conheçam aos poucos. Gostaria de agradecer muito o Papa Francisco porque nos ajuda e está nos confortando neste momento”.

Fattore Concetta também estava no encontro com o Papa e perdeu o marido na tragédia de Dacca, “uma pessoa especial porque era altruísta e pensava nos outros, às crianças mais necessitadas”, contou ela. Uma vida de 27 anos juntos, hoje, em continuidade com projetos de ajuda e suporte a quem mais precisa, seja em Bangladesh ou na Itália, mais ainda motivada pelas palavras do Papa Francisco.

“Ele nos disse que foi muito bonita a nossa reação ao ódio. Ele disse: ‘é fácil passar do amor ao ódio, mas é difícil o contrário’. O Papa nos disse ainda: ‘obrigado, obrigado a vocês por aquilo que fizeram. Vocês me deram mais um ensinamento’”.

O pai de Claudio Cappelli, outra vítima de Dacca, junto com o grupo de familiares estão dando uma resposta cristã, de humanidade perante tanto mal.

“Sim, de fato, nós não levamos adiante o ódio. Queríamos é que, no mundo, acontecesse uma mudança e que, esses sacrifícios, servissem a muitos, para seguirem outros caminhos. Não se pode seguir o caminho da violência. Esperamos que as novas gerações compreendam isso e que possam contribuir a melhorar esse mundo.”

O Pe. Luca Monti, que na noite cruel de Dacca perdeu a irmã Simona, grávida de 5 meses, disse que “talvez é justo que se comece a pensar na tragédia como martírio e não como um ato comum de terrorismo”. (AC)

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Papa Francisco: sejam promotores da beleza e do bem

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Cidade do Vaticano (RV) - No final da Audiência Geral desta quarta-feira (22/02), o Papa Francisco saudou os artistas da ‘Rony Rollers Circus’ que se exibiram, na Praça São Pedro, com danças e acrobacias. 

Beleza

“Continuem promovendo a beleza! Continuem fazendo o bem a todos. A beleza leva a Deus”, disse o Pontífice.

O Papa saudou também uma delegação da “Tocha Beneditina pro Pace et Europa”, acompanhada pelo Arcebispo de Spoleto-Norcia, Dom Renato Boccardo, junto com os abades de Montecassino, Pe. Donato Ogliari, e Subiaco, Pe. Mauro Meacci. 

Paz

“Sejam promotores da cultura de paz em todos os âmbitos da vida”, frisou. Todos os anos a tocha percorre uma capital europeia para difundir os valores beneditinos nesse continente. 

Estavam presentes na Audiência Geral o prefeito e uma delegação da cidade italiana de Farindola, onde se encontrava o Hotel Rigopiano, atingido por uma avalanche que causou 29 mortos, no final de janeiro.

Nesta quarta-feira, a Igreja celebra a Cátedra de São Pedro e o Papa Francisco disse que este é “um dia especial de comunhão dos fiéis com o Sucessor de Pedro e com a Santa Sé”, e pediu aos jovens para intensificar a oração em prol de seu ministério petrino. 

Fátima

Ao saudar os peregrinos alemães, Francisco recordou o centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, este ano, e a visita que fará ao santuário mariano nos dias 12 e 13 de maio próximo: 

“Neste ano do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, confiemo-nos a Maria, Mãe da Esperança, que nos convida a voltar o olhar para a salvação, para um mundo novo e uma humanidade nova.” 

(MJ)

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Da Sala Paulo VI, a Audiência Geral volta para Praça São Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois dos meses mais frios do inverno europeu, da Sala Paulo VI a tradicional Audiência Geral das quartas-feiras volta para a Praça São Pedro. Como sempre, na manhã desta quarta-feira (22), o Papa Francisco foi recebido com o entusiasmo dos fiéis, munidos de faixas e bandeiras coloridas, como aquelas do Brasil e da Argentina.

Uma pequena delegação da cidade italiana de Farindola também participou da audiência, mas não conseguiu se encontrar com o Papa como era previsto, porque o grupo chegou tarde ao local. A participação do prefeito e de moradores era para lembrar das vítimas da avalanche de neve do Hotel Rigopiano que, há um mês, fez 29 vítimas fatais. (AC)

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O pesar do Papa pela morte do Cardeal Desmond Connel

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Cidade do Vaticano (RV) –Em telegrama enviado ao Arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin, o Papa Francisco manifesta o seu pesar pela morte do Cardeal Desmond Connel, Arcebispo emérito de Dublin e Titular da Igreja de San Silvestro in Capite.

Na mensagem, o Santo Padre estende suas sinceras condolências também “ao clero, aos religiosos e aos fieis leigos da Arquidiocese.

“Recordando com gratidão os anos de generoso ministério sacerdotal e episcopal do Cardeal Connell à frente da Arquidiocese de Dublin, e as suas muitas contribuições para a Igreja na Irlanda, especialmente na área de estudos filosóficos, uno-me a vós para recomendar a sua alma ao amor misericordioso de Deus Todo-Poderoso”.

“Na certeza da esperança da Ressurreição – conclui o Papa -  concedo cordialmente a minha Bênção Apostólica a todos os que choram o falecido Cardeal, como penhor de consolação e paz no Senhor Jesus”.

O Cardeal irlandês, de 91 anos, faleceu na terça-feira, 21 de fevereiro.

Nascido em Phibsborough, em 1926, Dom Connel foi ordenado sacerdote em 19 de maio de 1951 pelo Arcebispo John Charles McQuaid. Depois, foi elevado a Arcebispo metropolita de Dublin, exercendo a prelazia entre 1988 e 2004. (JE)

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Parolin no Fórum Migrações e paz: economia inclusiva para enfrentar desafios sociais

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Cidade do Vaticano (RV) – “Fazer com que as migrações se transformem de necessidade em oportunidade, pela paz e o desenvolvimento harmônico da família humana”. Foram os votos do Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, ao pronunciar-se na manhã desta quarta-feira, em Roma, no Fórum Internacional sobre Migrações e Paz, e que teve por tema, “Integração e desenvolvimento: as reação à ação”.

O evento foi organizado pelo Pontifício Conselho do Desenvolvimento Humano Integral, pela Rede Internacional Scalabriniana de Migração e pela Fundação Konrad Adenauer.

O purpurado recordou, antes de tudo, o encorajamento do Papa Francisco, em diversas ocasiões, para que se assuma o fenômeno das migrações, “um dos problemas fundamentais do mundo de hoje”. “No atual quadro mundial, marcado pela globalização – disse o Cardeal – é sempre mais evidente a forte interdependência entre paz, desenvolvimento e respeito pelos direitos fundamentais. É difícil hoje, porém, acolher os sinais de um importante compromisso neste sentido, nas relações entre os Estados e entre os povos”.

As migrações no atual quadro político internacional

“Estratégias políticas guiadas por interesses flutuantes, pela insegurança e pelo medo, medidas políticas contrastantes, subdesenvolvimento e evasão dos recursos destinados a debelá-lo, conflitos intermináveis, violações dos direitos humanos, temor pelas consequências das mudanças climáticas e pela crise econômica não resolvida, imposições ideológicas também à assistência humanitária, deterioração de situações políticas, sociais, humanitárias, ambientais, com comércio criminoso de produtos, pessoas e recursos”.

É isto que provoca migrações e, ademais,  obstáculos  e barreiras no âmbito da política migratória “favorecem o recurso a vias alternativas e mais perigosas de migração irregular, de exploração e de abuso por parte de traficantes de pessoas, e perda de vidas humanas”.

O purpurado acrescentou que “para deter estes crimes, então, se transferem os problemas para outros países, com encargos econômicos e políticos tão grandes quanto perigosos e inadequados para resolvê-los e para garantir os direitos fundamentais das pessoas, a sua proteção e a sua dignidade”.

Migração internacional, direito humano a ser salvaguardado

A migração internacional não pode ser considerada como emergência transitória – prosseguiu o Cardeal Parolin – mas “um direito humano a ser salvaguardado; um componente estrutural que diz respeito a todos os continentes e que é necessário ser enfrentado nas suas causas (...) com sinergia e cooperação a nível global, com um programa sistemático e articulado de intervenções, compartilhado a nível multilateral, com estratégias e medidas orgânicas de sistema, com divisão dos encargos e responsabilidades”.

Para o Cardeal Secretário de Estado, “é necessária uma cooperação em todos os níveis, que nasça da constatação das atuais dificuldades e dos limites de cada Estado”, e que diante deste grande desafio “a comunidade internacional, em primeiro lugar, deveria buscar assegurar aos povos e aos indivíduos, paz e desenvolvimento, fazendo assim da migração, uma livre opção, antes que uma necessidade”.

Migrantes, precioso recurso humano

É “frequentemente subestimada, além disto, a grande contribuição oferecida pelos migrantes... aos países de acolhida, ao produto interno bruto e ao sistema fiscal, com a cobertura de vazios demográficos, de trabalho e de habilidades em setores-chave da economia e de serviços, como de contribuições de inovações, envolvimento, dinamismo, determinação, capacidade de iniciativa, de adaptação e de resiliência, quer na esfera econômica, quer naquela social e de enriquecimento cultural”.

O purpurado afirmou que os migrantes “podem dar tal contribuição, conformando-se às normas do país que os acolhe e respeitando os costumes e os princípios que regulam neles o viver social, e quando o país que os acolhe assegura o respeito de seus direitos e da sua dignidade, desde a sua chegada, atento a quem é vulnerável.

Recordando o discurso do Papa de 4 de fevereiro passado aos participantes do encontro de “Economia de comunhão”, o Cardeal Parolin evidenciou que “é necessário também insistir em mudar as regras do jogo do sistema econômico-social”.

“É necessário que esta economia inclusiva nasça de uma cultura que englobe a equidade social, econômica e ambiental, que saiba fazer frente aos atuais desafios sociais e tecnológicos.

Uma cultura da partilha que pressuponha a reciprocidade, entendida... como envolvimento partícipe e solidário de todos os sujeitos interessados, em que todos podem e devem oferecer a própria contribuição, incluídos os migrantes, os países de proveniência e de trânsito e de contribuição à sociedade civil”.

Uma cultura oferecida com humildade e respeito, “compartilhando a própria experiência com confiança na fraternidade humana e na solidariedade – que para nós cristãos significa caridade – como única resposta razoável, na evidente inadequação de outras abordagens”.

Economia inclusiva que cria vida

Por fim, concluiu o Cardeal, deveria tratar-se de “uma economia inclusiva que cria vida, porque compartilha, inclui os pobres, usa os lucros para criar comunhão faz esperar em um mundo onde os caminhos, entrecruzando-se, trazem nova esperança, dignidade, riqueza de relações; onde também o dinheiro, nesta ótica de dom recíproco, entre no circuito daquele cêntuplo anunciado pelo Evangelho, para quem dá e para quem recebe, para que a alegria seja de todos”.

(je/tc)

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Dom Auza: solução política para conflito na Ucrânia

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Nova Iorque (RV) - Proteger os civis, fazer todo esforço possível para evitar o prosseguimento do conflito na Ucrânia e encontrar uma solução política através do diálogo e negociação. 

Estas são prioridades indicadas pelo Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, em seu pronunciamento nesta terça-feira (21/02), em Nova Iorque, no debate sobre a manutenção da paz e da segurança internacional, sobretudo em relação ao conflito em andamento na Ucrânia. 

Preocupação

A Santa Sé acolhe os esforços realizados pelas Nações Unidas, pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e  outras organizações na promoção da paz em toda a Europa, também na Ucrânia. 

O drama do conflito na Ucrânia, iniciado em 2014, “causa ainda muita preocupação. A Santa Sé continua oferecendo assistência humanitária à população das áreas afetadas e reitera que devem ser tomadas todas as medidas necessárias para garantir o cessar-fogo”. 

Segundo o arcebispo filipino, “estes esforços devem ser acompanhados pelo compromisso sincero de todas as partes envolvidas” a fim de que os direitos fundamentais sejam protegidos e restaurada a estabilidade nacional e internacional, através “do respeito pela legalidade internacional do território e confins da Ucrânia”. 

Solidariedade

A Santa Sé reitera sua proximidade e solidariedade a todos os povos que sofrem violência e agressão de todo tipo, e recorda “os conflitos congelados” e as “guerras híbridas”, perpetras com instrumentos convencionais e não convencionais. 

Toda iniciativa em prol da manutenção da paz e da segurança internacional deve ser inspirada por “considerações humanitárias”, ou seja, pela proteção da vida humana “a fim de que as condições adequadas de vida e o alívio do sofrimento sejam garantidos”

“É um dever dos Estados abster-se de ações que desestabilizam os países vizinhos. Os Estados devem trabalhar juntos a fim de criar condições necessárias para a paz e reconciliação”, concluiu Dom Auza. 

(MJ)

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Secretaria de Estado irá monitorar uso de brasões do Papa e Santa Sé

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Cidade do Vaticano (RV) – Entre as atribuições da Secretaria de Estado do Vaticano, está tutelar a imagem do Santo Padre, para que a sua mensagem possa chegar de forma íntegra aos fiéis e a sua pessoa não seja instrumentalizada. 

Com a mesma finalidade, a Secretaria de Estado protege os símbolos e os brasões oficiais da Santa Sé, por meio de apropriados instrumentos de regulamentação previstos em nível internacional.

Para tornar a sua ação de proteção sempre mais eficaz em relação aos fins indicados, e interromper situações de ilegalidade eventualmente surgidas, a Secretaria de Estado irá realizar atividades de vigilância sistemática, voltadas a monitorar as maneiras em como a imagem do Santo Padre e os brasões da Santa Sé são utilizadas, intervindo, se necessário, com medidas adequadas.

(je)

 

 

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Igreja no Brasil



Montes Claros (MG) ganha Arcebispo Coadjutor

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre nomeou Arcebispo Coadjutor de Montes Claros (MG) Dom João Justino de Medeiros Silva, até então Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Dom João Justino de Medeiros Silva nasceu em 22 de dezembro de 1966 em Juiz de Fora e foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1992. Recebeu a ordenação episcopal em  fevereiro de 2012. No âmbito da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), atualmente é Presidente da Comissão para a Cultura e a Educação.

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Igreja no Mundo



Carta dos Bispos belgas pelos 50 anos da 'Populorum progressio'

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Bruxelas (RV) – Os cristãos de hoje são chamados a colocar-se “a serviço da integração do pobre na sociedade e a serviço da reconciliação no mundo”, porque “a mensagem do Evangelho, hoje, passa pela cura dos corpos e pelo serviço aos seres mais vulneráveis, para desembocar na comunhão dos povos”.

Por ocasião dos 50 anos da Encíclica Populorum  Progressio, do Papa Paulo VI, os Bispos da Bélgica dedicaram uma longa carta aos fieis católicos do país, às vésperas do início do tempo quaresmal.

Na introdução, os prelados referem-se aos tempos atuais como  um “vulcão pronto a explodir” e elencam uma série de desafios que interpelam a todos: da terrível destruição da cidade de Aleppo à situação de guerra na Síria e Iraque, dos numerosos atentados no Oriente Médio e na Europa às tentativas de travessia por homens e mulheres da África, que tentam chegar aos países europeus.

“Diante destes desequilíbrios e injustiças – escrevem os bispos -  devemos analisar a situação e reagir como cidadãos responsáveis e cristãos”. E se há cinquenta anos o Papa Paulo VI indicava para a humanidade um “progresso dos povos”, este desenvolvimento deve hoje evoluir – segundo indica o Papa Francisco - para uma “comunhão dos povos”, e a chave para realizá-la, é a Misericórdia.

“Como diz a própria palavra, trata-se de ter a peito aquele que vive na miséria. Trata-se de uma nova sensibilidade que se deixa tocar pelo outro e nos leva a desenvolver um novo agir”.

Na carta, os bispos belgas elencam uma longa lista dos desafios que interpelam a Europa e a Bélgica nos dias de hoje. Em relação ao país, causa particular preocupação o fechamento de numerosas indústrias como a Caterpillar, em Grosselier, e a Ford em Genk, o licenciamento de diversos bancos, as estratégias de empresas de reduzir o pessoal e o consequente aumento da pobreza entre a população.

A nível mais geral, os bispos identificam 4 âmbitos de desafios: a técnica e as ciências, cujos progressos não beneficiam a todos, mas são “fonte de exclusão”; a economia que cria exclusão em nome de uma lógica de ação que privilegia “os ganhos a qualquer custo”; a política, âmbito em que “o poder serve muito frequentemente para conservar a riqueza ou para enriquecer-se com a corrupção”; e por fim, a ecologia com um sistema de vida e produção que semeou vítimas, sobretudo entre as populações mais pobres e vulneráveis.

Muito severa, também, é a análise em relação à União Europeia. “Diante da mundialização, ao surgimento de novas guerras e ao deslocamento de numerosos imigrantes e refugiados – alertam -  alguns países da União Europeia fecham-se em si mesmos e acolhem com reticência os imigrantes, esquecendo os valores culturais da Europa, fundada na aspiração em ser uma união sempre mais estreita dos povos”.

Os bispos belgas exortam os cristãos a empenharem-se em uma “comunhão dos povos”, o que significa – lê-se no documento - “descobrir e redescobrir o outro, os outros, próximos e distantes, diferentes e sobretudo pobres, mas também mudar, converter-se à luz da fé em Jesus, antes de tudo a nível pessoal, mas também a nível de comunidade humana e cristã”.

(JE/SIR)

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I Encontro Iberoamericano de Teologia: declaração conclusiva

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Boston (RV) – “Somente uma instituição espiritualmente mais evangélica, teologicamente mais coerente e pastoralmente mais aberta à diversidade sociocultural e religiosa, será capaz de corresponder ao desafio de trabalhar pela justiça, a paz e o cuidado pela casa comum, com uma verdadeira atenção pelos mais pobres e pelos excluídos do nosso tempo”.

Esta é uma das passagens conclusivas da Declaração de Boston, o documento elaborado ao final do I Encontro Latino-americano de Teologia, que nos dias passados reuniu na capital de Massachusetts, nos Estados Unidos, dezenas de estudiosos e especialistas latino-americanos “com espírito ecumênico, inter-religioso, intercultural, inclusivo e solidário”.

Uma importante ocasião de reflexão e de discernimento dos “novos sinais dos tempos”, no âmbito do “impulso de renovação” trazido pelo Papa Francisco à Igreja e ao estudo teológico.

A Declaração, além de reiterar a importância, em visão evangélica, da opção preferencial pelos pobres, sublinha a necessidade de evidenciar as “periferias” do planeta precisamente como “lugares teológicos” nos quais a Igreja é chamada a acompanhar o povo de Deus.

O documento assinado pelos coordenadores do encontro – os venezuelanos Rafael Luciani e Félix Palazzi e os argentinos Carlos María Galli e Juan Carlos Scannone – foi subscrito por outros trinta participantes, entre teólogos e teólogas, como Virginia Raquel Azcuy, Víctor Codina, José Ignacio González Faus, Gustavo Gutiérrez, Gilles Routhier, Jon Sobrino, Gabino Uríbarri.

O texto inicia afirmando a necessidade de um “discernimento” que permita colocar-se como crente diante das questões sociais da nossa época, caracterizada por sistemas de exclusão e de desigualdade.

“A América Latina e o Caribe – afirma-se – não são as regiões mais pobres em termos econômicos, mas permanece a maior desigualdade”. A causa é identificada por uma “distribuição desigual” dos ganhos e das oportunidades, com uma “disparidade de propriedades privadas na concentração da terra, que gera riqueza para poucos e pobreza para muitos”.

Neste contexto, a necessidade de uma “teologia profética” capaz de compreender a realidade e de fazer um discernimento crítico também em relação às novas correntes de cunho “neopopulista” que estão emergindo em diversos países americanos.

Disto, também o destaque à abordagem dada à reflexão teológica pelos estudiosos latino-americanos, reconhecendo a importância, quer do ponto de vista numérico, como sociocultural, do uso dalíngua espanhola, no contexto do catolicismo mundial.

O documento sublinha, com particular ênfase, a “gravidade” do atual momento histórico que “solicita uma presença mais viva entre as nossas comunidades” e reconhece “a urgência de colaborar com a pastoral e a teologia do Papa Francisco”.

Neste sentido, é destacado que “a teologia deve imbuir-se de uma misericórdia que mostre o Evangelho e promova uma Igreja pobre e dos pobres, onde eles sejam sujeitos da própria história e nunca objetos de manipulação ideológica”.

O documento também analisa criticamente os processos de globalização e salienta a gestão dos “fenômenos migratórios, a precariedade do trabalho e a falta geral de oportunidades oferecidas pelos sistemas que não assumem a causa dos pobres”.

Neste sentido, é sublinhado que a nova fase mundial em que entramos é chamada por alguns de “desglobalização”. Todavia – é a ressalva – “nós acreditamos que os imigrantes são um grande sinal de nosso tempo”. Neles, “os cristãos são chamados a reconhecer a face e a vos de Jesus”.

(L’Osservatore Romano – JE)

 

 

 

 

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Formação



O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho e com Eles é adorado e glorificado

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a falar sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo. 

Vamos continuar no programa de hoje a refletir sobre o Espírito Santo. No programa passado, o Padre Gerson Schmidt aprofundou a reflexão do Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, na pregação de Advento ao Santo Padre e à Cúria, falando sobre a primeira afirmação dogmática sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: "senhor que dá a vida".

Na edição de hoje deste nosso espaço, o sacerdote incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre nos apresenta a segunda afirmação do Credo: "e procede do Pai (e do Filho) e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado". Vamos ouvir:

"“Segunda definição do credo: “... e procede do Pai (e do Filho) e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”.

Passemos agora à segunda grande afirmação do credo sobre o Espírito Santo. Até agora, o símbolo de fé nos falou da natureza do Espírito, não ainda da pessoa; nos disse o que é, não quem é o Espírito; falou-nos sobre o que é comum ao Espírito Santo, ao Pai e ao Filho – o fato de ser Deus e de dar a vida.

Com a presente afirmação se passa ao que distingue o Espírito Santo do Pai e do Filho. O que o distingue do Pai é que procede; o que o diferencia do Filho é que procede do Pai e não por geração, mas por inspiração; para expressar-nos em termos simbólicos, não como o conceito (logos) que procede da mente, mas como o sopro que procede da boca.

É o elemento central do artigo do credo, aquele com o qual se pretendia definir o lugar que ocupa o Paráclito na Trindade. Isso nos diz que o Espírito Santo não é um parente pobre na Trindade. Não é um simples "modo de agir" de Deus, uma energia ou um fluido que permeia o universo como pensavam os estóicos; é uma "relação subsistente", portanto, é uma pessoa.

Não tanto a "terceira pessoa do singular", mas sim "a primeira pessoa do plural". O "Nós" do Pai e do Filho . Quando, para expressar-nos de modo humano, o Pai e o Filho falam do Espírito Santo, não dizem “eles”, mas dizem “nós”, porque ele é a unidade do Pai e do Filho. Aqui se vê a fecundidade extraordinária da intuição de Santo Agostinho para o qual o Pai é aquele que ama, o Filho o amado e o Espírito o amor que os une, o dom mútuo. Sobre isso está baseada a crença da Igreja ocidental, segundo a qual o Espírito Santo procede “do Pai e do Filho”".

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[1] f H. Mühlen, Der Heilige Geist als Person. Ich - Du - Wir, Aschendorff, Münster in W. 1963. Il primo a definire lo Spirito Santo il «divino Noi» è stato S. Kierkegaard, Diario II A 731 (23 aprile 1838).

 

 

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Atualidades



A presença brasileira no Fórum sobre Migrações e Paz

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quarta-feira (22/02) do Porta Aberta é inteiramente dedicada ao tema da migração. O motivo é a realização em Roma do VI Fórum Internacional sobre Migrações e Paz, promovido pela Santa Sé.

O evento, de dois dias de duração, começou na terça-feira com a audiência que o Papa Francisco concedeu aos participantes. Entre eles, há inúmeros brasileiros: o Padre Leonir Chiarello é o diretor da Rede Internacional Scalabriniana de Migração e comentou os pontos mais importantes abordados por Francisco:

O Programa Brasileiro entrevistou também a Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, Ir. Rosita Milesi, a Superiora das Scalabrinianas, Ir. Neusa de Fátima Mariano, que estava acompanhada da Ir. Rosa Martins

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Vídeo Card. Hummes: "Igreja ajude a sociedade a acolher os 'índios urbanos'"

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Cidade do Vaticano (RV) – Prosseguem em Roma as atividades do 6º Fórum Mundial Migrações e Paz, promovido pelo Pontifício Conselho do Desenvolvimento Humano Integral, a Rede Internacional Scalabriniana de Migrações (SIMN) e a Fundação Konrad Adenauer.

Pré-Fórum

Segunda-feira, dia 20, os participantes se encontraram na sede da Caritas Internacional para um primeiro momento de intercâmbio. O Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, convidado a apresentar uma palestra, ressaltou o tema específico da migração dos indígenas na Amazônia. Em exclusiva para a RV, o Cardeal faz uma síntese sobre a sua participação:  

“No pré-Fórum, acenei fortemente sobre a questão dos índios no Brasil, onde os indígenas também estão migrando, e migrando para as cidades: uma migração muito significativa e muito preocupante, claro, porque acabamos tendo o fenômeno do ‘índio-urbano’, que fica completamente deslocado na cidade. Deslocado culturalmente, economicamente e socialmente. A grande maioria deles não encontra chances de futuro e acaba se perdendo na cidade. Dificilmente voltam depois para as suas comunidades originárias. É um problema muito grande que está se avolumando e nós precisamos criar, de fato, alguma forma de acolhida e encaminhamento destes indígenas que vão para a cidade”.

“Muito pouco está sendo feito e os índios vão se perdendo. As lideranças nas próprias comunidades falam sobre isso. ‘Nossos jovens estão indo para as cidades, estão indo atrás das luzes; nas cidades eles não têm chance... se perdem’”.

“A grande questão é ‘Por que estão indo para as cidades?’. Todos têm o direito da mobilidade humana, de decidir se vai ou não vai, é claro; ninguém pode impedir isso, mas como são acolhidos, como são acompanhados na cidade, para que possam ter um mínimo de chance, para que possam ter um futuro nesta sua opção de migrar? Então é um fenômeno da migração muito sério porque eles são muito frágeis e vulneráveis. Todos nós conhecemos, são culturas totalmente diferentes: a questão da cultura, da língua, da forma de trabalhar, enfim. Eles não encontram na cidade nenhum apoio ou muito pouco apoio nesta sua decisão de ir para a cidade”.

Os scalabrinianos e as scalabrinianas trabalham desde as suas origens com migrações e com refugiados, etc., fazem um trabalho esplendido, uma vocação hoje atualíssima, desempenham um trabalho enorme e preciosíssimo”.

“Todos nós temos que encontrar formas de acolher os nossos indígenas que vão para as cidades, para que tenham acompanhamento ao menos da Igreja, para que a Igreja ajude a sociedade a ser mais aberta, a ser mais atenta, mais acolhedora com os nossos indígenas. Isto me parece um problema muito grave que está acontecendo na Amazônia, principalmente, mas até mesmo com aqueles que vêm da Venezuela, por exemplo agora, nesta grande crise econômica. A grande maioria são indígenas que vêm de lá, que estão passando a fronteira, entrando em Roraima e dizendo ‘lá não temos mais nada o que comer, mesmo que tenhamos dinheiro, não há comida nem remédio para comprar. Estamos chegando aqui porque morremos de fome. Roraima está sentindo este problema, é complicado”.

“Vemos gente com tanta boa vontade trabalhando nisto; acolhendo, fazendo tudo o que é possível, mas são emergências. Temos que conseguir criar uma metodologia um pouco mais profissional nisto, não apenas de emergência, mas que dê a possibilidade de acompanhar – como diz sempre o Papa – neste processo, quando eles querem ir para uma cidade. Como acompanhar o índio em seu processo de entrar numa cidade, procurar emprego, enfim, a questão cultural, a questão religiosa? Há algum atendimento religioso, inculturado? Creio que este é um problema muito importante”.

 

(CM)

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Consulado do Brasil em Roma prepara I Semana da Mulher

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Rádio Vaticano (RV) – O Consulado-geral do Brasil em Roma organiza a I Semana da Mulher brasileira em Roma, entre 6 e 10 de março. 

O evento gratuito é aberto ao público e acontece no Centro Cultural Brasil-Itália, na Praça Navona.

Entre os temas em debate estão:

“Situação Jurídica da Mulher Brasileira na Itália”;

“Mulher Brasileira na Sociedade Italiana”;

“Mulher Brasileira: Desafios da Imigração na Itália;

e “A Mulher Brasileira: Integração e Empreendedorismo".

É possível confirmar a participação neste link.

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