Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 01/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa Francisco: Quaresma, tempo de dizer não à indiferença

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a missa, na tarde desta Quarta-feira de Cinzas (1º/03), na Basílica de Santa Sabina, no Aventino, em Roma. 

O Santo Padre iniciou a homilia com uma passagem do Profeta Joel: «Voltem para mim de todo o coração, e se convertam ao Senhor». 

Este é o grito com o qual o profeta se dirige ao povo em nome do Senhor; ninguém podia sentir-se excluído: «Chamem os idosos, reúnam os jovens e crianças de peito, (…) o esposo (…) e a esposa». Todo o povo fiel é convocado para se pôr a caminho e adorar o seu Deus, porque «Ele é piedade e compaixão, paciente e rico em misericórdia».

“Queremos também nós fazer ecoar este apelo, queremos voltar ao coração misericordioso do Pai. Neste tempo de graça que hoje iniciamos, fixemos mais uma vez o nosso olhar em sua misericórdia”, sublinhou Francisco. 

Quaresma, vitória da misericórdia

A seguir, o Papa disse: “A Quaresma é um caminho que nos conduz para a vitória da misericórdia sobre tudo o que procura esmagar-nos ou reduzir-nos a qualquer coisa que não corresponda à dignidade de filhos de Deus. A Quaresma é a estrada da escravidão para a liberdade, do sofrimento para a alegria, da morte para a vida. O gesto das cinzas, com que nos colocamos a caminho, nos lembra a nossa condição original: fomos tirados da terra, somos feitos de pó. Sim, mas pó nas mãos amorosas de Deus, que soprou o seu espírito de vida sobre cada um de nós e quer continuar fazendo; quer continuar nos dando aquele sopro de vida que nos salva de outros tipos de sopro: a asfixia sufocante causada pelos nossos egoísmos, asfixia sufocante gerada por ambições mesquinhas e silenciosas indiferenças; asfixia que sufoca o espírito, estreita o horizonte e anestesia o palpitar do coração. O sopro da vida de Deus nos salva desta asfixia que apaga a nossa fé, resfria a nossa caridade e cancela a nossa esperança. Viver a Quaresma é ter anseio por este sopro de vida que o nosso Pai não cessa de nos oferecer na lama da nossa história”.

Para Francisco, o sopro de vida que vem de Deus “nos liberta daquela asfixia de que muitas vezes nem estamos conscientes, habituando-nos a «olhá-la como normal», apesar de seus efeitos que se fazem sentir; parece-nos «normal», porque nos habituamos a respirar um ar em que a esperança é rarefeita, ar de tristeza e resignação, ar sufocante de pânico e hostilidade”.

Quaresma, tempo de dizer não

“A Quaresma é o tempo para dizer não. Não à asfixia do espírito pela poluição causada pela indiferença, pela negligência de pensar que a vida do outro não me diz respeito; por toda a tentativa de banalizar a vida, especialmente daqueles que carregam na sua própria carne o peso de tanta superficialidade. A Quaresma significa não à poluição intoxicante das palavras vazias e sem sentido, da crítica grosseira e superficial, das análises simplistas que não conseguem abraçar a complexidade dos problemas humanos, especialmente os problemas de quem mais sofre. A Quaresma é o tempo de dizer não; não à asfixia duma oração que nos tranquilize a consciência, duma esmola que nos deixa satisfeitos, dum jejum que nos faça sentir bem. A Quaresma é o tempo de dizer não à asfixia que nasce de intimismos que excluem, que querem chegar a Deus esquivando-se das chagas de Cristo presentes nas chagas dos seus irmãos: espiritualidades que reduzem a fé a culturas de gueto e exclusão.”

Quaresma, tempo de memória

O Papa disse ainda que “a Quaresma é tempo de memória. É o tempo para pensar e nos perguntar: Que seria de nós se Deus nos tivesse fechado as portas? Que seria de nós sem a sua misericórdia, que não se cansou de nos perdoar e sempre nos deu uma oportunidade para começar de novo? A Quaresma é o tempo para nos perguntarmos: Onde estaríamos nós sem a ajuda de tantos rostos silenciosos que nos estenderam a mão de mil modos e, com ações muito concretas, nos devolveram a esperança e ajudaram a recomeçar?”

“A Quaresma é o tempo para voltar a respirar, é o tempo para abrir o coração ao sopro do Único capaz de transformar o nosso pó em humanidade. É o tempo não tanto para rasgar as vestes frente ao mal que nos rodeia, mas sobretudo para dar espaço na nossa vida a todo o bem que podemos realizar, despojando-nos daquilo que nos isola, fecha e paralisa. A Quaresma é o tempo da compaixão para dizer com o salmista: «Dai-nos [, Senhor,] a alegria da tua salvação, sustentai-nos com um espírito generoso», a fim de proclamarmos com a nossa vida o teu louvor e que o nosso pó – pela força do teu sopro de vida – se transforme em «pó enamorado».

(MJ)

 

inizio pagina

Papa: "Quaresma, tempo de esperança por natureza"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre a Esperança, o Papa Francisco refletiu nesta Quarta-feira de Cinzas (01/03) sobre a “Quaresma, caminho de esperança”.

Às cerca de 10 mil pessoas presentes na Praça São Pedro, o Pontífice se dirigiu lembrando que a Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa. Nestes quarenta dias, o Senhor nos chama a sair de nossas trevas e a encaminharmo-nos rumo a Ele, que é a Luz. Quaresma é período de penitência finalizado a nos renovarmos em Cristo, a renascermos ‘do alto’, do amor de Deus. E é por isso – explicou – que a Quaresma é, por natureza, tempo de esperança. 

Neste sentido, é preciso olhar para a experiência do Êxodo do povo de Israel, que Deus libertou da escravidão do Egito por meio de Moisés, e guiou durante quarenta anos no deserto até entrar na Terra da liberdade.

Foi um período longo e conturbado, cheio de obstáculos, disse Francisco:

“Simbolicamente dura 40 anos, ou seja, o tempo de vida de uma geração. Muitas vezes, o povo, diante das provações do caminho, sente a tentação de voltar ao Egito. Mas o Senhor permanece fiel e guiado por Moisés, chega à Terra prometida: venceu a esperança. É precisamente um ‘êxodo’, uma saída da escravidão para a liberdade. Cada passo, cada fadiga, cada provação, cada queda e cada reinício... tudo tem sentido no âmbito do designío de salvação de Deus, que quer para seu povo a vida e não a morte; a alegria e não a dor”.  

“A Páscoa de Jesus é também um êxodo. Ele nos abriu o caminho e para fazê-lo, teve que se humilhar, despojar-se de sua glória, fazendo-se obediente até a morte na Cruz, libertando-nos, assim, da escravidão do pecado. Mas isto não quer dizer que Ele fez tudo e nós não precisamos fazer nada; que Ele passou através da cruz e nós vamos ‘ao paraíso de carroça’... não”.

Jesus nos indica o caminho da nossa peregrinação pelo deserto da vida, um caminho exigente, mas cheio de esperança. Reafirmando o sentido da Quaresma como “sinal sacramental de nossa conversão”, o Papa concluiu:

O êxodo quaresmal é o caminho no qual a própria esperança se forma. É um caminho dificultoso, como é justo que seja, mas um caminho pleno de esperança. Como o percorrido por Maria, que em meio ás trevas da Paixão e Morte de seu Filho, continuou a crer em sua ressurreição, na vitória do amor de Deus”. 

O encontro com os fiéis se concluiu com a oração do Pai Nosso e a bênção apostólica.

Francisco divulgou a sua mensagem para a Quaresma no início de fevereiro.  

(CM)

inizio pagina

Papa envia mensagem para a CF 2017: "O criador foi pródigo com o Brasil"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, nesta Quarta-feira de Cinzas, dia primeiro de março, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017).  O tema  da Campanha: "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida",O lançamento foi na sede da entidade, em Brasília (DF).

A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

O Papa Francisco enviou uma mensagem por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2017. Eis a íntegra do texto: 

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Desejo me unir a vocês na Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2017, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, lhes animando a ampliar a consciência de que o desafio global, pelo qual toda a humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa juntamente com a atuação de cada comunidade local, como aliás enfatizei em diversos pontos na Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado de nossa casa comum.

O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes. Entre vocês, a Igreja tem sido uma voz profética no respeito e no cuidado com o meio ambiente e com os pobres. Não apenas tem chamado a atenção para os desafios e problemas ecológicos, como tem apontado suas causas e, principalmente, tem apontado caminhos para a sua superação. Entre tantas iniciativas e ações, me apraz recordar que já em 1979, a Campanha da Fraternidade que teve por tema “Por um mundo mais humano” assumiu o lema: “Preserve o que é de todos”. Assim, já naquele ano a CNBB apresentava à sociedade brasileira sua preocupação com as questões ambientais e com o comportamento humano com relação aos dons da criação.

O objetivo da Campanha da Fraternidade deste ano, inspirado na passagem do Livro do Gênesis (cf. Gn 2,15), é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Como “não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas” (LS, 43), esta Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e respeitar a diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil – um verdadeiro dom de Deus - através da promoção de relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles vivem. Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais.

Os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem nos oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa, portadora de plenitude e misericordiosa. Por isso, é necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres.

Todos os anos, a Campanha da Fraternidade acontece no tempo forte da Quaresma. Trata-se de um convite a viver com mais consciência e determinação a espiritualidade pascal. A comunhão na Páscoa de Jesus Cristo é capaz de suscitar a conversão permanente e integral, que é, ao mesmo tempo, pessoal, comunitária, social e ecológica. Reafirmo, assim, o que recordei por ocasião do Ano santo Extraordinário: a misericórdia exige “restituir dignidade àqueles que dela se viram privados” (Misericordia vultus, 16). Uma pessoa de fé que celebra na Páscoa a vitória da vida sobre a morte, ao tomar consciência da situação de agressão à criação de Deus em cada um dos biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente.

Desejo a todos uma fecunda caminhada quaresmal e peço a Deus que a Campanha da Fraternidade 2017 atinja seus objetivos. Invocando a companhia e a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre todo o povo brasileiro, particularmente neste Ano mariano, concedo uma especial Bênção Apostólica e peço que não deixem de rezar por mim.

 

Vaticano, 15 de fevereiro de 2017.

 

[Franciscus PP.]

inizio pagina

Pe. Michelini e os Exercícios Espirituais com o Papa: tempo para parar

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A Quaresma tem início este 1º de março com a celebração do rito da imposição das cinzas. O Papa, de 5 a 10 de março, participará com a Cúria na Casa do Divino Mestre, em Ariccia, dos tradicionais Exercícios Espirituais, este ano pregados pelo Padre franciscano Giulio Michelini, 53 anos, milanês, docente do Instituto Teológico de Assis. Mas, como ele recebeu o convite do Papa?

“Devo dizer a verdade que, imediatamente,  a quem me apresentou a proposta – um dos colaboradores estreitos do Papa Francisco – eu reagi dizendo logo: “Bem, confio”. Conversei com quem me ajuda, a cada pouco me aconselho com o meu diretor espiritual, e ele me disse assim: “Olha, Padre Giulio, mas foste tu que pediu?. E eu respondi: “Jamais faria isto!”. E depois me disse: “Fale como se falasse a um dos discípulos de Cristo, como tu fazes”. E isto me deixou sereno”.

RV: O senhor é um especialista no evangelista Mateus e será exatamente a Paixão narrada por Mateus a inspirar as suas meditações...

“O Evangelho de Mateus é o Evangelho da Igreja, isto é, aquele que mais valoriza a figura de Pedro; não somente é o único Evangelho que utiliza a palavra ‘ecclesia’ – Igreja – duas vezes, mas  é o Evangelho que mais fala de Pedro. E portanto me pareceu bonito estar diante de Pedro e falar com ele do Evangelho que é o primeiro Evangelho, ou chamado também de “Evangelho eclesial” da Igreja”.

RV: Além disto, mais de uma vez o Papa fez referência à vocação de Mateus, que tanto influenciou a sua vida espiritual, nas suas escolhas: não é assim?

“E é de fato uma idéia importante, porque naquela vocação – como o Papa Francisco observou – há o olhar de misericórdia de Jesus. Ora, nós sabemos que o Evangelho de Mateus é o Evangelho da misericórdia. A palavra éleos – misericórdia – aparece mais vezes no Evangelho de Mateus do que nos outros Evangelhos. E portanto, mesmo se Lucas é aquele que, por exemplo, nos narra as parábolas da misericórdia, como aquela do capítulo 15, a ovelha perdida, o filho pródigo, a moeda perdida, deve ser dito no entanto que Mateus insiste sobre isto e o Papa identificou-se com o olhar de Jesus que chama Pedro, porque foi chamado e foi usada de misericórdia para com ele”.

RV: Estas são meditações oferecidas à Cúria e ao Papa. Recordemos que o tempo dos Exercícios Espirituais, ao menos como os havia pensado Santo Inácio de Loyola, é um tempo em que cada cristão deveria refazer-se. Neste início de Quaresma, o que o senhor poderia nos dizer a este respeito? Qual é a finalidade dos Exercícios Espirituais?

“O problema é justamente este, de que na nossa vida, às vezes, nós vamos em frente porque fazemos tantas coisas; talvez nos faça bem parar, quer durante o dia, quer em um tempo especial como a Quaresma, onde nos perguntamos: “Para onde estou indo? O que estou fazendo? Por que estou fazendo? Estou fazendo bem? Quem me guia? É o Espírito que me guia? É o meu desejo de sucesso que me guia, do dinheiro? Como vivo os meus relacionamentos?”. Quem sabe poderíamos dizer: façamos a cada dia um balanço, uma verificação e a Quaresma, no fundo, é isto, porque paramos. Assim, eu proponho um jejum, em particular das coisas que às vezes nos distraem e que são, por exemplo, o bombardeio mediático, e sobre isto deveríamos estar muito atentos. Enquanto estávamos fazendo esta entrevista, chegaram para mim, acredito, cinco mensagens no whatsapp e agora sou obrigado a vê-las! Realmente, às vezes a quantidade de informações, mesmo banais, que nos chegam, são no fundo também perigosas. Portanto, esta é uma forma de pausa um pouco para recuperar e parar. Temos realmente necessidade disto, sobretudo neste tempo”.

(AP/JE)

inizio pagina

Dom Becciu: somos organismo vivo, não fechados em um sistema de verdades cristalizadas

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Não precisa  confundir a fidelidade à doutrina com ideologia de quem não quer mudar nunca”. É o que destaca o Substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, em entrevista que será publicada no  livro “Vaticano”, editado pela Cidade Nova, dos focolarinos, e que trata das reformas da igreja. 

E precisamente ao falar da reforma do Papa Francisco, Dom Becciu afirma: “Não somos fechados em um sistema de verdades cristalizadas, mas somos, ao invés disto, um organismo vivo”. E isto “implica caminhar, interrogar-se, às vezes ter a coragem de abandonar formas e métodos do passado, buscar os novos caminhos que o Espírito nos sugere para viver o Evangelho e comunicá-lo”.

O Papa Francisco exorta seguidamente à “paresia”, que é “a coragem da verdade”. “Não podemos ser cristãos credíveis – advertiu Dom Becciu – se confessamos e celebramos o Senhor na Igreja e depois, na vida cotidiana, nas escolhas, nos âmbitos da sociedade em que vivemos, somos mornos e, muitas vezes, coniventes com o mal e as suas estruturas”. (JE)

inizio pagina

Marie Collins deixa Comissão para a Tutela de Menores

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A senhora Marie Collins deixou, nesta quarta-feira (1º/03), o cargo que exercia na Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores desde a sua fundação, em 2014. 

No encontro com o presidente da comissão, Cardeal Sean O’Malley, e na carta de demissão enviada ao Papa Francisco, Collins manifesta “a sua frustração pela falta de colaboração com a Comissão para a Tutela de Menores da parte de alguns organismos da Cúria Romana”. 

Collins recebeu o agradecimento do Papa Francisco, como também do Cardeal O’Malley e outros membros da comissão pelo trabalho desempenhado em favor das vítimas e sobreviventes de abusos da parte de membros do clero. 

O purpurado agradeceu também pela decisão tomada pela Collins de continuar colaborando com a comissão na função educacional. Durante a plenária de abril próximo, a comissão debaterá algumas questões levantadas por Marie Collins.

(MJ)

inizio pagina

Restauração da Igreja da Natividade e S. Sepulcro tem ajuda do Vaticano

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A Santa Sé oferecerá uma “doação substanciosa” para contribuir com os trabalhos de restauração em andamento quer na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, como na Basílica da Natividade, em Belém. 

A informação à Agência Fides é do Diplomata Issa Amil Kassissieh, Embaixador do Estado da Palestina junto à Santa Sé.

A intenção da Santa Sé foi confirmada ao embaixador pelo Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, durante encontro realizado na segunda-feira, no Vaticano.

“Os frades franciscanos da Custódia da Terra Santa – refere o Embaixador palestino – anunciaram que divulgarão em breve a entidade responsável e o mecanismo em como ocorrerá a doação. Desde então, em nome do Presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas e do povo palestino, agradeci a Santa Sé pelo empenho em favor da justiça e da paz na Terra Santa, e nos lugares onde nasceu e onde foi crucificado Nosso Senhor Jesus Cristo”.

A restauração da Basílica da Natividade, em Belém, teve início em 2013, e testemunhou a colaboração entre as três comunidades religiosas (Greco-ortodoxos, Armênios e Franciscanos da Custódia) que tem específicos direitos e propriedade sobre as igrejas, regulamentados por um status quo.

Já os trabalhos na Edícula do Santo Sepulcro iniciaram em 8 de maio de 2016. Também no Santo Sepulcro, o projeto de requalificação, a um custo de 3,3 milhões de dólares, foi apoiado pela Igreja Católica, pela Igreja Greco-ortodoxa e pela Igreja Armênia Apostólica.

Em abril de 2016, o Rei da Jordânia Abdullah II, já havia doado, a título de “beneficência real” (Makruma), um consistente valor em favor do projeto.

Em outubro passado, também o Presidente palestino havia oferecido, a título de “contribuição pessoal”, uma doação para apoiar os trabalhos de restauração da Edícula do Santo Sepulcro.

(JE)

inizio pagina

Igreja no Brasil



O que é um bioma? A diversidade de biomas do Brasil

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - No Brasil, a dimensão comunitária da Quaresma é vivenciada e assumida pela Campanha da Fraternidade. A cada ano, a Igreja destaca uma situação da realidade social que precisa ser mudada. Este ano, o objetivo é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. 

A partir do tema ‘Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida’ e o lema ‘Cultivar e guardar a criação’ (Gn 2.15), a Igreja conscientiza e pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

O texto-base está dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. 

Mas o que é um bioma? Quantos são os biomas brasileiros? Que riscos correm? Quem responde é o Professor e Doutor João Luiz de Moraes Hoeffel, especialista nas áreas de Educação, Gestão, Planejamento e Sociologia, com ênfase em Estudos Ambientais. A entrevista é do especial realizado pela Província Francsicana Imaculada Conceição do Brasil. 

inizio pagina

Família Paulina na Quaresma: fazer crescer o amor ao próximo e à natureza

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Em preparação à celebração da Páscoa do Senhor, com o início da Quaresma, também está a Família Paulina. O Superior Geral dos Padres e Irmãos Paulinos, Pe. Valdir de Castro, esteve na Audiência Geral desta quarta-feira (01), na Praça São Pedro, e falou sobre o tempo especial de conversão.

O período, comentou ele, é propício para fazer crescer o amor em nós e em Deus, manifestado por Jesus. Uma conversão integral direcionada, assim, ao cuidado “das coisas de Deus”: fazer crescer o amor ao próximo, a quem mais precisa, e também à natureza, através da celebração da Campanha da Fraternidade que, no Brasil, dirige seu olhar aos biomas do país. 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Nicarágua: Papa agradece Ortega por indulto concedido a 557 réus

◊  

Manágua (RV) – O Papa Francisco agradeceu ao mandatário nicaraguense, Daniel Ortega, pelo indulto concedido no Natal a 557 detentos. Havia sido o próprio Pontífice a lançar um apelo mundial pelo indulto, por ocasião do Jubileu da Misericórdia. 

“Estou muito agradecido pela sua generosa resposta a meu apelo por ocasião do Ano Santo da Misericórdia, concedendo o indulto a 557 réus. O Ano Jubilar representou para a Igreja um evento extraordinário, em que a graça da misericordia foi derramada em abundancia sobre nós”, disse Francisco a Ortega na carta publicada com grande repercussão na mídia nicaragüense na terça-feira (28/02).

Em 19 de dezembro de 2016 foi informado de que o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega havia concedido um indulto a 557 réus, incluídas 52 mulheres, a pedido do Papa Francisco.

“Receberam da parte de nosso Presidente o benefício legal de soltura, depois de terem cumprido boa parte de suas penas” afirmou na ocasião a então Vice-Presidente, Rosario Murillo.

Em sua mensagem, Francisco disse que “somente Deus perdoa os pecados, porém deseja que também nós estejamos dispostos a perdoar o nosso próximo”.

“Como Ele perdoa nossas faltas, estou seguro de que não deixará sem recompensa o benevolente gesto de clemência realizado por Vossa Excelência”, completou o Santo Padre.

Ao concluir, Francisco aproveita a ocasião para desejar a Ortega um Feliz 2017: “Elevo minhas orações ao Senhor para que derrame sobre você, sua familia e sobre todo o amado povo nicaragüense, abundantes bênção”, indicou Francisco.

Em novembro, também Cuba havia concedido indulto a 787 detentos em resposta ao pedido que o Papa Francisco fez aos Chefes de Estado por ocasião do Ano Santo da Misericórdia.

(je/elnuevodiario.com.ni)

inizio pagina

Bispos hondurenhos: eleições presidenciais, compromisso dos católicos

◊  

Tegucigalpa (RV) - A Conferência Episcopal Hondurenha (CEH) se dirige a todos os fiéis católicos do país, numa mensagem divulgada, nesta terça-feira (28/02), na qual reflete sobre a campanha eleitoral iminente antes das eleições presidenciais previstas para 26 de novembro deste ano. 

Na mensagem, os bispos lamentam o fato de que a questão da  reeleição do presidente atualmente no poder, Juan Orlando Hernández, “tenha gerado confusão entre os hondurenhos”. A modificação de um artigo da Constituição que proibia a reeleição “foi considerada inconstitucional por uma parte da população e julgada como constitucional pelas autoridades e por outra parte da população”. Um processo que foi caracterizado pela “clareza jurídica necessária”. 

Os bispos hondurenhos pedem aos católicos para refletir com atenção sobre  a campanha eleitoral que se aproxima, “a fim de que a decisão que for tomada nas eleições seja estimulada pelos princípios que são fundamentais para toda a convivência democrática”.

A Conferência Episcopal Hondurenha chama a atenção para a “violência crescente, corrupção, impunidade e desconfiança da população em relação a algumas instituições”. Dentre as prioridades estão: o pedido de liberdade e de uma campanha em que o voto seja dado livremente, sem enganos, ameaças e compra e venda; a urgência de uma equidade maior nas relações sociais, com direitos reconhecidos a fim de que todos vivam com dignidade; promessas concretas e viáveis, e pedido de transparência da parte dos candidatos durante a campanha eleitoral; e o compromisso dos políticos em prol do bem comum. 

A mensagem se conclui convidando os fiéis a participar com compromisso e responsabilidade, privilegiando o diálogo e o respeito entre as partes, e com o pedido de rezar pelo futuro do país. 

(MJ)

inizio pagina

Atualidades



Concluída investigação de milagre atribuído a Dom Romero

◊  

San Salvador (RV) – A Igreja Católica salvadorenha enviará ao Vaticano os resultados da investigação concluída na terça-feira (28/02) sobre uma “suposta cura” atribuída à intercessão de Dom Óscar Arnulfo Romero, o que abriria a porta para sua canonização. 

O Arcebispo de San Salvador – Dom José Luis Escobar Alas - informou nas redes sociais sobre a conclusão da investigação – da qual não revelou os resultados – e divulgou imagens dos pacotes com documentos que serão enviados ao Vaticano para análise.

Os mesmos incluem uma cópia do exame clínico de Cecilia Maribel Flores, beneficiada por um “presumível milagre” atribuído à intercessão de Dom Romero, assassinado em 1980.

Em 27 de março de 2016, o principal hierarca da Igreja católica de El Salvador, assegurou que a canonização de Romero depende da confirmação “científica e teológica” de um milagre pelo Vaticano.

Dom Óscar Romero foi assassinado em 24 de março de 1980 durante a guerra civil salvadorenha, enquanto celebrava missa na Capela do Hospital Divina Providência, de San Salvador.

Um informe da Comissão da Verdade da ONU, que investigou as violações dos direitos humanos durante a guerra (1980-1992), concluiu que partiu do ex-Major do Exército e fundador do Partido de direita Alianza Republicana Nacionalista (ARENA), Roberto D’Aubuisson, a ordem para assassinar Romero.

O Arcebispo, beatificado em 23 de maio de 2015 em San Salvador, denunciava em suas homilias os ataques dos corpos de segurança contra a população civil e outras violações dos direitos humanos.

(je/efe)

inizio pagina

Papa Francisco, agente da Pastoral Carcerária

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A edição desta quarta-feira (1º/03) do Porta Aberta é inteiramente dedicada à questão prisional no Brasil.

O vice-coordenador da Pastoral Carcerária Nacional, Pe. Gianfranco Graziola, este em Roma estes dias. Entre inúmeros compromissos, o missionário da Consolata concelebrou com o Papa Francisco a missa na capela da Casa Santa Marta na sexta-feira passada, no dia 24 de fevereiro. Assim que terminou a missa, Pe. Gianfranco veio à Rádio Vaticano e concedeu esta entrevista ao Programa Brasileiro: 

O sacerdote fala das rebeliões dos últimos meses, das propostas da Pastoral para reverter esta crise contidas na Agenda Nacional pelo Desencarceramento. Pe. Gianfranco critica o desserviço da mídia, da condição das mulheres nos presídios e fala da atuação do Papa Francisco como “agente pastoral”.

inizio pagina

Alemanha vai doar 40 milhões de euros ao Sudão do Sul

◊  

Berlim (RV) - O Embaixador alemão no Sudão do Sul, Johannes Lehne, disse nesta terça-feira que seu país entregará um total de 40 milhões de euros (quase R$ 130 milhões) ao Sudão do Sul com o objetivo de atuar perante a crise humanitária que o país vive, após a declaração de crise de fome.

O diplomata alemão qualificou a situação no Sudão do Sul de "lamentável" e disse que não dá para ficar de "braços cruzados enquanto as pessoas sofrem de fome". Conforme explicou, a ajuda da Alemanha é feita após um apelo lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para melhorar a situação humanitária no país africano.

No último dia 20, várias agências da ONU alertaram que 100 mil pessoas estão em situação de fome e 1 milhão está prestes a entrar nessa crise alimentar em vários lugares do Sudão do Sul devido à guerra e ao colapso da economia.

No sábado passado, Luca Russo, da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), enfatizou que a declaração de crise de fome, a segunda deste século, se verifica quando é já "tarde demais" e as pessoas já começaram a morrer de inanição e não por armas de fogo.

Por outro lado, o escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou que foi obrigado a retirar 28 membros de sua equipe de socorro, por causa da insegurança no local.

O conflito no Sudão do Sul explodiu em dezembro de 2013, quando o presidente sudanês, Salva Kiir, da etnia dinka, denunciou uma tentativa de golpe de Estado por parte de seu vice-presidente Riek Machar, pertencente à tribo nuer. (SP-EFE)

 

inizio pagina