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Sumario del 03/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa Francisco: verdadeiro jejum é ajudar os outros

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Cidade do Vaticano (RV) - O verdadeiro jejum, agradável a Deus, foi o tema da homilia do Papa Francisco na missa celebrada manhã desta sexta-feira (03/03), na Capela da Casa Santa Marta. 

As leituras do dia falam do jejum, isto é – explica o Papa – “da penitência a que somos convidados a fazer no tempo da Quaresma” para aproximar-nos ao Senhor. A Deus agrada “o coração penitente” – diz o Salmo – “o coração que se sente pecador e sabe ser pecador”.

Na primeira leitura – tirada do Livro do Profeta Isaías – Deus repreende a falsa religiosidade dos hipócritas que jejuam enquanto cuidam dos próprios negócios, oprimem os operários e brigam “ferindo com punhos iníquos”. 

Por um lado fazem penitência e por outro cometem injustiças, fazendo “negócios sujos”. O Senhor, ao contrário, pede um jejum verdadeiro, atento ao próximo:

“O outro é o jejum “hipócrita” – é a palavra que Jesus tanto usa – é um jejum para se mostrar ou para sentir-se justo, mas ao mesmo tempo cometem injustiças, não são justos, exploram as pessoas. “Mas eu sou generoso, farei uma bela oferta à Igreja” – 'Mas me diga, tu pagas o justo às tuas domésticas? Paga teus funcionários sem assinar a carteira? Ou como quer a lei, para que possam dar de comer aos seus filhos?’”.

Surpresas

O Papa Francisco fala de um caso ocorrido logo após a II Guerra Mundial com o Padre jesuíta Padre Arrupe, quando era missionário no Japão. Um rico homem de negócios fez a ele uma doação para atividades de evangelização, mas o acompanhava um fotógrafo e um jornalista. O envelope continha somente 10 dólares:

“Nós também fazemos o mesmo quando não pagamos o justo à nossa gente. Pegamos de nossas penitências, de nossos gestos, do jejum, da esmola, aceitamos uma propina: o suborno da vaidade, de se mostrar. Isso não é autenticidade, é hipocrisia. Por isso, quando Jesus diz ‘Quando vocês rezarem, entrem no seu quarto, fechem a porta, no escondido, quando derem esmola não faça soar a trombeta, quando jejuar não fiquem tristes. É o mesmo que dizer: Por favor, quando vocês fizerem uma boa obra não aceitem propina desta boa obra, é somente para o Pai.”

O Papa citou o Profeta Isaías, quando o Senhor fala aos hipócritas sobre o jejum verdadeiro. Palavras significativas também “para os nossos dias”: 

“Não é este o jejum que escolhi: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, e romper todo tipo de sujeição? Não consiste talvez em dividir o pão com o faminto, deixar entrar em casa os pobres, os sem-teto, vestir o que está nu sem transcurar os próprios parentes? Pensemos nestas palavras, pensemos em nosso coração, como nós jejuamos, rezamos, damos esmolas. Nos ajudará também a pensar: o que sente um homem depois de um jantar, que custou 200 euros, por exemplo, e volta para casa, vê um faminto, não olha para ele e continua caminhando? Nos fará bem pensar nisso.”

(JE/MJ)

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Papa recebe Chefes de Estado e de Governo da União Europeia

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco receberá, no próximo dia 24, no Vaticano, os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia que estarão na capital italiana para celebrar o 60º aniversário do “Tratado de Roma”. 

A notícia foi divulgada, nesta sexta-feira (02/03), pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke. O encontro se realizará, às 18h locais, na Sala Regia da Residência Apostólica Vaticana. 

Em seu discurso ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, em 25 de novembro de 2014, o Papa Francisco elogiou a União Europeia por promover os direitos humanos, mas evidenciou o risco de cair nos direitos individualistas, esquecendo que “todo ser humano se encontra num contexto social em que os seus direitos e deveres estão conectados aos dos outros e ao bem comum da própria sociedade”.
 
O Santo Padre sublinhou também que “uma Europa que não é capaz de se abrir para a dimensão transcende da vida é uma Europa que lentamente corre o risco de perder a própria alma e o espírito humanístico que ama e defende”. 

Naquela ocasião, o Papa fez um apelo a não ter medo do cristianismo: “Considero fundamental não somente o patrimônio que o cristianismo deixou no passado para a formação sociocultural do continente, mas sobretudo a contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento. Essa contribuição não constitui um perigo para a laicidade dos Estados e para a independência das instituições da União, mas um enriquecimento.”

Ao receber o “Prêmio Carlos Magno”, em maio do ano passado, entregue pela União Europeia àqueles que se destacam na defesa dos valores europeus, o Papa disse que sonha “um novo humanismo europeu”. 

“Sonho uma Europa jovem, capaz de ser uma mãe que respeita a vida e oferece esperanças de vida”, disse o Pontífice. Uma Europa que cuida das crianças, que “socorre como um irmão os pobres e quem chega procurando acolhimento, porque já não tem mais nada e pede ajuda”. 

Francisco sonha “uma Europa que escuta e valoriza as pessoas doentes e idosas para que não sejam reduzidas a objetos de descarte porque improdutivas”. 

“Sonho uma Europa onde ser imigrante não é um delito, mas um apelo a um maior compromisso com a dignidade de todos os seres humanos. Sonho uma Europa onde os jovens respirem o ar puro  da honestidade, amem a beleza da cultura e de uma vida simples, não poluída pelas solicitações sem fim do consumismo; onde casar e ter filhos sejam uma responsabilidade e uma grande alegria, não um problema criado pela falta de trabalho suficientemente estável”, disse o Papa naquela ocasião.

O Papa “sonha uma Europa das famílias, com políticas realmente eficazes, centradas mais nos rostos do que nos números, mais no nascimento dos filhos do que no aumento dos bens”. “Sonho uma Europa que promova e tutele os direitos de cada um, sem se esquecer dos deveres para com todos. Sonho uma Europa da qual não se possa dizer que o seu compromisso em prol dos direitos humanos constituiu a sua última utopia”, concluiu Francisco. 

(MJ)

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Card. Müller sobre Mejugorje: É preciso tempo. Futuro da Igreja não depende disto

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Cidade do Vaticano (RV) – “Alguns exageram a importância destes fenômenos, quase como se fosse um dogma. Mesmo quando a Igreja declara-se a favor de acontecimentos deste gênero, nenhum católico é obrigado a ir até lá ou a acreditar nele”.

Foi o que afirmou o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Müller, ao comentar os fenômenos ocorridos em Medjugorje desde a década de 80 e que já atraíram 40 milhões de peregrinos.

Para um pronunciamento oficial do Vaticano sobre a veracidade das aparições – observou o Cardeal - “é necessário tempo. Neste momento, é mais importante se dedicar à pastoral e as confissões”.

Ao comentar as declarações do Bispo de Mostar, Dom Ratko Peric, que afirmou esta semana não reconhecer o fenômeno das aparições, o Cardeal Müller afirmou: “Sei que a Igreja local tomou esta decisão. Devemos no entanto dizer, que o futuro da Igreja não depende” nem de Medjugorje, nem “de conhecidos Santuários como Fátima e Lourdes: ajudam, podem ajudar a fazer mais presente a mensagem da penitência para o mundo de hoje”, mas a fé, é aquela que se vive na vida do dia-a-dia “na família, no trabalho, na paróquia”.

Sobre “o papel dos videntes devo dizer, como católico, que devemos concentrar-nos em Jesus cristo. Existe a sã mariologia, a veneração da Mãe de Deus, a veneração dos Santos. Existem possivelmente também algumas revelações privadas, mas estas não substituem a única revelação de Deus em Jesus Cristo”.

O teólogo explica que estes fenômenos das aparições reais estão ligadas “à fé humana”. “Deus é sempre livre em conceder a nós alguns carismas, mesmo especiais, mas nós devemos concentrar-nos na presença de Deus”, que revelou-se em Jesus Cristo.

“Temos os sete Sacramentos, a vida cristã cotidiana na família, a vida na paróquia, e sobretudo devemos responder aos grandes desafios da humanidade hoje. Devemos trabalhar pela paz e a justiça social para que todos encontrem um sentido profundo da existência”.

Ao ser interpelado por jornalistas sobre os tempos para um eventual  pronunciamento do Vaticano sobre as aparições em Medjugorje, o Cardeal respondeu sorrindo: “Temos todos o tempo, até a segunda vinda de Jesus Cristo”.

O enviado do Papa Francisco à Bósnia-Herzegovina, o Arcebispo da Diocese de Varsóvia-Praga, Dom Henryk Hoser está para chegar a Medjugorje, onde deverá permanecer até o início do verão europeu, com a missão de “consulta” e “observação”, e não de “investigação”.

(je/ansa)

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Pe Zollner: posição do Papa em relação aos abusos não mudou

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Cidade do Vaticano (RV) – O anúncio da saída de Marie Collins – vítima de abusos – da Comissão para a Tutela dos Menores instituída pelo Papa Francisco, ganhou ampla repercussão. Uma decisão que não diminui a luta contra a chaga da pedofilia na Igreja.

Esta é a convicção do Padre Hans Zollner, membro da mesma Comissão e também Presidente do Centro para a Proteção dos Menores na Pontifícia Universidade Gregoriana: 

“Marie Collins havia avisado da sua consideração de deixar a Comissão há cerca de quatro semanas. Certamente, lamento muito. É triste que tenha sentido a necessidade de deixar. Na minha opinião, foi devido ao acúmulo de tantas frustrações que – entendo muito bem – uma vítima de abuso deve sentir, porque não vê aquela velocidade, aquela consistência na resposta, como ela disse, de alguns setores da Santa Sé”.

RV: O senhor teve conhecimento de alguma reação por parte das vítimas dos abusos em relação à decisão de Marie Collins?

“Lamento muito porque obviamente muitas das vítimas de abusos estão muito tristes, expressaram um grande desapontamento, mas também entenderam que a situação é muito complexa, porque não falamos de uma instituição que reage com a mesma velocidade em todos os setores. A própria Marie confirmou que colaboraremos também no futuro, como já fizemos no ano passado na formação de membros da própria Cúria. Como disse em uma das entrevistas, o balanço de seu trabalho na Comissão  – são palavras suas – é positivo, continuará, e que devemos nos esforçar para uma mudança de mentalidade. Aqui falamos de uma mudança de cultura que não se faz instantaneamente, porque é preciso muita paciência, mas entendo que a sua paciência tenha acabado. Seguimos em frente. Estou muito confiante de que poderemos ser mais incisivos, porque penso que a mensagem que ela queria dar, tenha chegado”.

RV: Com a saída de Marie Collins, existe o risco de que perca força  o trabalho e a credibilidade da Comissão diante da opinião pública?

“Certamente, o risco existe. A voz das vítimas não é representada por pessoas identificadas como vítimas, mas isto não significa que a voz das vítimas não esteja presente ou representada, porque todos nós, o Cardeal O’Malley, antes de todos, encontramos centenas de vítimas de abusos. A voz das vítimas estará presente e eu estou certo de que, também “com” ou talvez precisamente “pela” ausência de Marie, estaremos ainda mais atentos em considerar aquilo que pensarão, sentirão, perceberão as vítimas, quer em relação ao trabalho da Comissão, quer em relação àquilo que é a missão da Comissão, de transmitir ao Santo Padre recomendações precisas”.

RV: Esta situação acontece quando estamos próximos do quarto aniversário da eleição do Papa Francisco. Como o senhor dizia, a velocidade do processo talvez seja menor do quanto se esperava. Mas ao mesmo tempo, podemos afirmar que a luta contra a pedofilia na Igreja foi fortalecida nestes últimos anos?

“Certamente sim. Eu posso testemunhar isto com as minhas visitas aos cinco continentes, em cerca de quarenta países. Dentro de duas semanas estarei na África do Sul e no Malaui. São países onde até há pouco tempo este tema era tabu! Estamos fazendo também tantas outras coisas: em maio iremos a Bangkok para a Federação de todas as Conferências Episcopais da África. É uma mudança em termos de progresso - como o conhecemos da Igreja, que é a maior e mais antiga instituição do mundo - bastante rápida. Infelizmente não tão veloz como gostaríamos todos, mas um organismo com 1 bilhão e 300 milhões de membros, não muda de um dia para o outro, em se tratando de mudança de mentalidade, sobretudo como a própria Marie Collins disse em uma das entrevistas concedidas e que eu li há pouco. Isto não ocorre de hoje para amanhã”.

RV: O Papa Francisco é respeitado  até mesmo pela mídia secular, pelo seu esforço na luta contra esta chaga da pedofilia. Ultimamente, porém, alguns meios de comunicação criticaram o Papa por não ser suficientemente severo com sacerdotes que abusaram de menores. O que o senhor pensa a respeito disto?

“Em um dos artigos, foi representado um caso que depois foi extrapolado como se fosse uma mudança geral do comportamento do Papa em relação àqueles que cometeram abusos. Isto não somente não é verdade, como é exatamente o contrário! A linha principal daquele artigo sugere que existe uma diluição da severidade. Não! O Papa disse isto também há duas semanas no prefácio que escreveu para o livro de uma das vítimas (Daniel Pitter ndr). Disse claramente qual é e qual continua a ser a sua posição”.

(al/je)

 

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Seminário sobre Twitter no Vaticano: Papa, um líder nas redes sociais

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco, presente diariamente nas redes sociais, tem oferecido uma referência importante para os milhares de seguidores – 32 milhões só no Twitter, na sua conta @Pontifex, em mensagens divulgadas em nove línguas diferentes. Nesta sexta-feira (3) mesmo o Pontífice lançou um tuíte que diz: “o jejum  não é somente privar-se do pão. É também dividir o pão com o faminto”. 

A participação de Francisco como um líder “social” foi opinião unânime e compartilhada entre os participantes de um workshop sobre Twitter e diplomacia (“Twitter Diplomacy at the Holy See”), realizado na manhã desta sexta-feira (3), no Vaticano. Diplomatas e personalidades da Igreja concordaram sobre o papel positivo do Papa na mídia digital, porque sabe tocar a mente e o coração, através de temas de grande importância para todos, crentes e não-crentes.

O secretário da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, Mons. Lucio Adrian Ruiz, afirmou que “onde está o homem, ali também está a Igreja, por isso o Papa está presente no Twitter e no Instagram”.

A embaixadora britânica na Santa Sé, Sally Axworthy, sublinhou que, como demonstra de modo eloquente o Papa Francisco, as redes sociais podem ajudar a alcançar um público muito grande e sobre temas de interesse comum. Segundo ela, a dimensão digital assume um papel sempre mais relevante inclusive às representações diplomáticas e que existem muitos pontos, inclusive sobre o Twitter, sobre os quais a Santa Sé e a diplomacia internacional podem colaborar.

Durante o encontro no Vaticano também foram compartilhadas experiências sobre essa mudança na maneira de comunicar, inclusive em nível institucional, depois que surgiu o Social Network.

No workshop estavam presentes o embaixador britânico na Áustria, Leigh Turner, o embaixador húngaro na Santa Sé, Eduard Habsburg, e o diretor do L’Osservatore Romano, o professor Giovanni Maria Vian. O evento foi promovido pela Embaixada Britânica na Santa Sé, em colaboração com o dicastério para a Comunicação. (AC)

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Igreja no Brasil



Sul do Brasil: Missa Crioula ganha novas músicas depois de 50 anos

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Viamão (RV) - A Missa Crioula, um ritual católico adaptado em linguagem, simbologia, vestimenta e canções, nasceu no Rio Grande do Sul há 50 anos. O "rodeio cristão", como é chamado pelos fiéis do sul do Brasil, ganha uma nova roupagem musical com o CD recém gravado e lançado por um grupo tradicionalista gaúcho com mais de 45 anos de carreira. Os Monarcas, da cidade de Erechim/RS, aceitaram o convite do Pe. Valdir Antonio Formentini, de Viamão/RS, para usar da arte gaúcha para louvar a Deus - o "Pai Celestial", Jesus Cristo - o "Divino Tropeiro", e Nossa Senhora - a "Primeira Prenda Celestial".

O projeto inédito contempla 11 músicas, sendo que uma delas é a regravação, pela primeira vez, da "Oração pela Família", do Pe. Zezinho. A venda dos álbuns será inteiramente revertida a fins assistenciais, já que os recursos arrecadados serão doados a associações que ajudam crianças e idosos naquele Estado. A reportagem é de Andressa Collet: 

Os CDs podem ser adquiridos na secretaria da Paróquia Santa Isabel, de Viamão/RS. O telefone para contato é: (51) 3493 1882.

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CNBB divulga finalistas dos prêmios de comunicação 2017

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Brasília (RV) - A 50ª edição dos Prêmios de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concluiu a escolha dos finalistas de cada categoria (Impresso, Televisão, Rádio, Cinema e Internet).
 
Os prêmios serão entregues num programa de televisão que será veiculado por todas as emissoras católicas na primeira semana da 55ª Assembleia Geral da CNBB, em abril. A premiação é composta por um troféu, passagem e estada do vencedor sem acompanhante, para a cerimônia de entrega e não inclui valores financeiros.

Nesta edição, um novo prêmio está sendo apresentado para incluir trabalhos realizados exclusivamente no âmbito da internet. As três categorias: Portais, sites e blogs; iniciativas nas redes sociais e aplicativos para celular. O nome do prêmio é uma homenagem a Dom Luciano Mendes de Almeida, secretário e presidente da conferência, falecido há 10 anos, em 27 de agosto de 2006.

Os outros prêmios são bem conhecidos. O mais antigo deles, o "Margarida de Prata" concedido aos melhores trabalhos realizados no cinema completa 50 anos de existência. Em celebração ao cinquentenário desta categoria, os finalistas só serão conhecidos na cerimônia de premiação. Ainda serão dados prêmios de Rádio (Microfone de Prata), de TV (Clara de Assis) e Imprensa (Dom Hélder Câmara).

Todos os materiais foram avaliados por especialistas da Rede Católica de Rádio e de quatro universidades brasileiras: PUC Rio, PUC Goiás, Católica de Salvador e Católica de Brasília. Os profissionais e professores de Rádio, Televisão, Cinema, Jornalismo e de Tecnologia selecionaram 3 trabalhos em cada categoria dos 5 prêmios. Esses indicados passarão por um Júri, composto por bispos, que escolhe os ganhadores.

O Prêmio de Comunicação da CNBB estimula a produção de matérias que valorizem e realcem valores humanos e cristãos.

Confira os finalistas:

Clara de Assis – (Televisão)

Reportagem

Caminho solidário - TV Claret/SP (Leonardo Francisco Alves)
O mundo sem cárcere - TV Aparecida/SP (Carlos E. G. de Miranda)
Desafios da Igreja- Xingu - TV Aparecida/SP (Talita M. Santos G. da Silva)

Documentário

Pedro, as pedras e o Pastor - TV Evangelizar/PR (Elson Faxina)
Codependência: reconhecendo a doença - drogas - TV Evangelizar/PR
O Bento - Terra da gente - TV Horizonte/MG (Francisco de B. Vilela)

Microfone de Prata – (Rádio)

Jornalístico

Prevenção de suicídio. É preciso falar. É possível salvar vidas (Paula Groba/DF)
Mariana, 1 anos depois (Gilliard Zuque/ES)
Escalpelamento: dor e superação nos rios da Amazônia (Anderson J. Mendanha/DF)

Religioso

Em sintonia com Deus (Bruno Nascimento/MS)
O Papa argentino (Amanda Ferdonato/SC)
Família Consagrada (Nathalia Silva Pinto/SP)

Entretenimento

Giro da Alegria (Pe. Paulo Adriano/PR)
Ponto de Encontro (Imaculada del Padre/SP)
Cultura Viva (Victor Santa Pinto/BA)

Dom Helder Câmara – (Imprensa) 

Jornal

Semiárido - Conviver - Preservar - Produzir (Diário do Nordeste - Fortaleza/CE)
Terra Bruta (A. Borges e L. Nossa - O Estado de São Paulo - São Paulo/SP)
Avisa lá - recados de São Paulo (Melquíades Jr. - Diário do Nordeste - Fortaleza/CE)

Revista

Trilhos da Vida (Karla Maria - Revista Família Cristã - São Paulo/SP)
Ressurreição (André Botelho - Voz no Caminho - S. José do Rio Preto/SP)
Atrás das Grades (J. Patrick e M. Passos - Diocese Informa - Joinville/SC)

Dom Luciano Mendes de Almeida (portais, sites e blogs; iniciativas nas redes sociais e aplicativos para celular)

Portal, sites e blogs

Portal a12.com (Pe. Marcelo Magalhães/SP)
Só notícia boa (Rinaldo de Oliveira e Silva/DF)
Retratos da Escravidão (Régis Jr/RS)

Iniciativas em Redes Sociais

SP Invisível (Vinicius Lima/SP)
Conectados (Luís Branbila/PR)
Bsb Buraco (Priscilla Borges/DF)

Aplicativos

Renascidos em Pentecostes (Kaio Carvalho/DF)
Louvemos o Senhor (Lisa Paula R. Branquinho/SP)
Senhor do Bonfim (Daniel Ramos)

(MJ/CNBB)

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Igreja no Mundo



Dom Nassar: é uma "Quaresma amarga" para os cristãos sírios

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Damasco (RV) –  Uma “Quaresma amarga”. Assim o Arcebispo Samir Nassar define o período de jejum e conversão que antecede a Páscoa do Senhor, que os cristãos sírios deverão viver, também por estarem privados do conforto e encorajamento pastoral de tantos sacerdotes que abandonaram o país durante a guerra civil.

Em sua carta pastoral pela Quaresma, o responsável pela Arqui-eparquia de Damasco dos maronitas, escreve que “as paróquias viram diminuir o número de paroquianos, e as atividades pastorais foram reduzidas consideravelmente. A Igreja de Damasco viu a partida de um terço do clero (27 sacerdotes). Trata-se de um duro golpe, que enfraquece a minoria cristã, já em declínio”.

“Os sacerdotes remanescentes – refere o Arcebispo maronita – consideram, a possibilidade de uma eventual partida. Aguardam apenas que as agências humanitárias assumam as famílias divididas”.

Justamente esta condição de abandono e de pobreza – conclui Dom Samir Nassar – a Quaresma de 2017 nos oferece um tempo de deserto, para considerar a nossa responsabilidade na Igreja, em meio aos fiéis em dificuldade, e para abrir o caminho rumo a Cristo Ressuscitado”.

“Cristo luz do mundo, que conhece os corações dos homens e das mulheres, nos diz: “Venha a mim, vós todos que estão cansados e fatigados e eu vos aliviarei”.

(fides/je)

 

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Hidroavião ajuda bispo a cumprir missão nas Ilhas Salomão

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Milão (RV) –  Literalmente “do alto dos céus”, Dom Luciano Capelli, Bispo italiano em missão nas Ilhas Salomão, aterrisa com seu hidroavião nas águas do Oceano Índico, para levar a Palavra de Deus aos fieis das tribos que vivem do outro lado do mundo.

De fato, há 70 anos, um sacerdote sui generis, um “bispo voador”, único ao mundo. A agência askanews conversou com ele no Aeroporto de Cremona-Migliaro, onde passa por um período de treinamento.

“Um bispo voador porque – explicou – sou bispo em uma diocese cheia de ilhas e o isolamento é o problema principal. Portanto, o isolamento é resolvido com uma presença que é possível somente se existe um meio que te transporte. Assim, através deste meio, posso visitar todas as minhas estações missionárias três, quatro ou cinco vezes por ano. Sem ele eu deveria usar um barco, o que tem um custo elevado, além de levar mais tempo e ser mais perigoso”

Assistido pelo instrutor Graziano Mazzolari – proprietário da Escola italiana de Voo, que também fabrica flutuadores para ultra-leves anfíbios de todo o mundo – Dom Capelli, originário da Província de Sondrio, voou nos céus de Cremona para se familiarizar com o novo avião Savannah – que leva seu emblema episcopal -  comprado pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) para favorecer seu apostolado.

A licença para voar, por outro lado, foi presenteada em 2011 pelo Aeroclube de Cariolo, em Valtellina.

“Eu sou bispo desde 2007, portanto, há dez anos, mas voo há seis”, contou  Dom Capelli. “O avião chegou há cinco anos, porque sendo hidroavião, são necessários três brevês. Aéreo, passageiro, aquático, portanto, tive que me esforçar um pouco, porém, são cinco anos que voo, com grande satisfação, porque me ajuda a preencher o vazio que existe entre eu e as pessoas”.

E a população fica feliz em ver Dom Capelli chegando do alto e ele, ao mesmo tempo, consegue estar próximo de quem tem necessidade e a gerir de perto escolas, hospitais e comunidades que, de outra forma, estariam isoladas.

(je/askanews)

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Alcançado acordo para eleição do Patriarca Armênio de Constantinopla

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Yerevan (RV) –  O encontro convocado em Yerevan, Armênia, pelo Patriarca Karekin II de todos os armênios, conseguiu levar a um acordo entre as partes envolvidas na acirrada disputa das eleições para suceder Mesrob II Mutafya, incapacitado desde que, 2008, foi acometido por uma grave enfermidade.

O encontro entre o Catholicos Karekin e os membros do Patriarcado Armênio Apostólico de Constantinopla – referem fontes oficiais consultadas pela Agência Fides – teve lugar na Sede do Patriarcado de  Echmiadzin, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Tomaram parte da reunião, entre outros, o Arcebispo Aram Ateshyan – que desde 2008 exerce as funções de Vigário Patriarcal Geral – e o Bispo Sahak Mashalyan, Presidente do Conselho Religioso do Patriarcado de Constantinopla.

Justamente entre estes dois expoentes foram verificadas, inicialmente, tensões e após convergências – contestadas porém, por outros altos representantes do Patriarcado – sobre as modalidades para sair do impasse ligado à doença do Patriarca e se chegar então à eleição de seu sucessor.

Agora, o procedimento concordado graças à mediação do Catholicos Karekin II,  prevê a eleição até 15 de março próximo de um Locum Tenens – que assumirá as funções até agora exercidas pelo Vigário Patriarcal – e posteriormente por um Comitê operativo.

Os dois órgãos institucionais – Locum Tenens e Comitê operativo – deverão supervisionar a eleição - com prazo para se realizar em seis meses - do novo Patriarca Armênio de Constantinopla, “segundo os procedimentos vigentes”.

Se, após este prazo a eleição patriarcal não tiver sido realizada, a Assembleia Patriarcal e as instituições comunitárias do Patriarcado Armênio de Constantinopla poderão revogar o mandato concedida ao Locum Tenens e Comitê Operacional.

(je/fides)

 

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Índia: Quaresma, tempo para ajudar os cristãos em Orissa

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Bhubaneswar (RV) – “Os cristãos em várias partes da Índia, e especialmente no Distrito de Kandhamal em Orissa, necessitam de constante oração e do apoio por parte de todos, mais especialmente no período da Quaresma”: foi o que disse à Agência Fides o Arcebispo John Barwa, SVD, que guia os católicos na Arquidiocese de Cuttack-Bhubaneswar, capital do Estado de Orissa, na Índia centro-oriental.

“Na Quaresma – recorda o Arcebispo –, a Igreja Católica vive um período de renovação espiritual, um tempo para se preparar a celebrar a ressurreição de Cristo. A Quaresma é um período em que os cristãos observam o jejum, o arrependimento, a moderação e a disciplina espiritual. O objetivo é aproximar o coração a Jesus e refletir sobre o seu sofrimento e o seu sacrifício, sobre sua vida, morte e ressurreição”.

Violência contra os cristãos

Neste tempo, Dom Barwa recorda “a agonia, o sofrimento, a dor e os traumas psicológicos que ainda tocam o povo cristão no Distrito de Kandhamal, há 9 anos da violência de massa contra os cristãos”. O distrito foi o epicentro da onda de perseguição que atingiu em 2008 a comunidade cristã local deixando cem mortos e mais de 50 mil desalojados. 

Rezar nas intenções do Papa

Os cristãos em Orissa rezam segundo as intenções do Papa Francisco, especialmente pelos cristãos que sofrem, “para que sejam sempre amparados pelas orações e a ajuda material de toda a Igreja”. “A oração constante me pode dar uma grande força de prosseguir minha vida”, declara à Fides Kanaka Rekha Nayak, viúva cujo marido foi queimado vivo no momento da violência. 

“A Quaresma seja para todo cristão uma nova experiência de amor de Deus doado em Cristo, amor a que somos todos os dias chamados a restituir ao próximo, principalmente a quem mais sofre e tem necessidades. Somente deste modo podemos participar plenamente da alegria da Páscoa”, conclui o Arcebispo Barwa. (SP-Fides)

 

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Florença: Vésperas anglicanas pela primeira vez no Batistério de São João

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Florença (RV) – O coral da Igreja anglicana de Saint Mark, em Florença, cantará às 17 horas de domingo, 12 de março, o “Evensong” – as Vésperas segundo a tradição anglicana – no Batistério de São João, na presença do clero da Catedral.

“Será a primeira vez na história milenar do batistério – explicou Dom Timothy Verdon, Diretor do Centro para o Ecumenismo da Arquidiocese de Florença -  que se celebra uma liturgia não-católico romana na igreja onde, no final do século XVIII, foram batizados tantos florentinos, entre os quais, o próprio Dante Alighieri”.

Por desejo do Arcebispo de Florença, Cardeal Giuseppe Betori, e do capítulo da Catedral metropolitana, as Vésperas anglicanas serão presididas pelo Reitor anglicano da Igreja de Saint Mark, Rev. William Lister, “que – acrescenta Dom Verdon – dirigirá breves palavras ao público, assim como também o fará um canônico da Catedral”.

A iniciativa nasce no contexto do caminho ecumênico que a Igreja Católica e a Igreja da Inglaterra estão percorrendo nos últimos meses”, declarou o Diretor do Centro para o Ecumenismo, sublinhando que, “tratando-se de um rito não-sacramental, as Vésperas – a oração da tarde dos fiéis – é um rito que cristãos de diferentes confissões podem celebrar juntos”.

 (je/toscana.oggi)

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Programa da Caritas Polônia ajuda mais de 1.700 família sírias

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Varsóvia (RV) - Mais de mil e setecentas famílias sírias recebem ajudas regulares de famílias, paróquias e sacerdotes poloneses graças a um programa humanitário especial lançado em 4 de outubro de 2016 pela Caritas Polônia.

Uma resposta ao apelo do Papa Francisco

Intitulado “De família para família”, o programa quer ser uma resposta ao apelo do Papa Francisco às paróquias e às famílias a acolher uma família de refugiados sírios. O projeto é organizado em colaboração com Caritas Líbano, Caritas Aleppo, a missão das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria e as Igrejas locais.

A Caritas Polônia recebe das parcerias locais informações sobre famílias sírias quem precisam de ajuda. Os dados são inseridos na página web do organismo caritativo da Igreja local.

Mais de 5 mil famílias e 400 paróquias polonesas participam do projeto

O presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki, foi o primeiro a dar apoio a uma família. Outros 10 bispos, quase 400 paróquias e mais de 5 mil famílias aderiram à iniciativa.

Mais de mil e setecentas famílias sírias, sobretudo em Aleppo (norte da Síria) e nos campos de refugiados sírios no Líbano, recebem essa ajuda financeira há cinco meses.

Restituir a dignidade a quem perdeu tudo

“As famílias que ajudamos perderam tudo. A iniciativa proposta pela Caritas Polônia restitui-lhes dignidade, explica a religiosa polonesa Ursula Brzonkalik, da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que há dois anos reside em Aleppo e agora colabora com o programa “De família para família”.

Perguntem seus nomes, suas necessidades e já não são mais pessoas anônimas. “As famílias e as paróquias são uma grande força na Polônia. Por isso pedimos a ajuda delas. Ficamos impressionados com o alcance das ajudas oferecidas e sabemos que serão muito maiores”, afirma o diretor da Caritas Polônia, Pe. Marian Subocz.

Mais de dois milhões de europas da Caritas polonesa às vítimas do conflito na Síria

A Caritas Polônia ajuda as vítimas da guerra na Síria e Iraque desde 2012 e promoveu 19 programas humanitários na Síria, Iraque, Jordânia e Líbano. Os programas são financiados pela sociedade polonesa e também pelos fundos públicos em colaboração com o governo de Varsóvia. As ajudam feitas até hoje alcançam um montante de cerca de dois milhões de euros. (RL)

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Atualidades



“Rio volta a ser triste. Capa de terror sobre as favelas”, diz manchete de Avvenire

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Cidade do Vaticano (RV) – Em reportagem especial e de capa desta sexta-feira (3) no jornal católico italiano Avvenire, o Rio de Janeiro figurou com a foto principal ao abordar a grande crise na cidade. “Rio volta a ser triste. Capa de terror sobre as favelas”, anunciava a manchete da correspondente Lucia Capuzzi. 

A reportagem repropõe a triste realidade do recrutamento de crianças e adolescentes ao narcotráfico, que seguem uma “hierarquia criminal” na favela do Complexo da Maré, norte do Rio, que tem 150 mil habitantes e 17 comunidades: os pequenos vão mudando de função à medida que crescem. Segundo a matéria, à diferença das máfias do México e da Colômbia, os traficantes cariocas não exportam para os EUA e para a Europa: o comércio deles se limita ao mercado interno, aos turistas e moradores de Copacabana e Ipanema que frequentam as favelas para consumo particular.

Os favelados hoje compreendem 1,7 milhão de pessoas, um terço da população à mercê dos traficantes que impõem a sua lei criminal perante as comunidades: 1% daqueles que vivem nas favelas está envolvido no comércio e, o restante, vira refém da realidade. Confrontos entre grupos rivais pelo domínio do espaço, com registro de mortes, são frequentes e acontecem ao menos duas vezes por mês nas favelas.

O plano do governo de “reconquista” do território, com a chegada do exército para manter a segurança e preparar o terreno para a “polícia da paz”, tinha recuperado 264 comunidades. As autoridades instalaram unidades em 38 complexos, mas o que se registra atualmente nas “favelas pacificadas” são os dados da violência: os homicídios cresceram em 20% no Estado.

Segundo explica um especialista em segurança da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Ignácio Cano, “em primeiro lugar, a escalada é um ‘efeito colateral’ da crise. Os policiais, como os outros funcionários públicos, estão sendo pagados com atraso, não receberam o décimo terceiro salário, os extras foram interrompidos”. Robson Silva, chefe do projeto de pacificação entre 2010 e 2011 afirma que, “aos cortes, se somam problemas estruturais. As unidades deveriam ser o ponto de partida para reformar profissionalmente a polícia e lutar contra a corrupção. Mas isso não aconteceu”.

Sem um investimento social para dar oportunidade a quem deixasse o crime, agora, com a crise, cada vez mais pessoas caem na rede do narcotráfico carioca. “Muito porque eles estão intensificando o recrutamento, sobretudo dos meninos”, diz Dom Luiz Lopes Pereira, coordenador da Pastoral das Favelas.

Uma das respostas corajosas à triste realidade dos favelados está na criação do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm) que, desde 1997, oferece cursos gratuitos para ajudar os jovens nos estudos de ingresso às universidades. A entidade conta com 17 professores, todos voluntários, que auxiliam os estudantes: de um grande grupo de 1400 alunos, 80% já conseguiu entrar numa faculdade. (AC)

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