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Sumario del 06/03/2017
- Exercícios espirituais: aceitar seguir Jesus e carregar a própria cruz
- Exercícios espirituais: jamais dividir oração e caridade
- Cadeia de Milão receberá visita de um Papa pela primeira vez
- Dom Auza: mais de 40 milhões as vítimas do tráfico de pessoas
- Dom Pizzaballa: Diocese de Jesuralém precisa de reforma na administração
- Focolares celebram em Loppiano Chiara Lubich e as famílias
- JMJ 2019: como ser voluntário?
- Dom Jacinto: religiosidade popular e Santuário de Santa Cruz dos Milagres
Exercícios espirituais: aceitar seguir Jesus e carregar a própria cruz
Ariccia (RV) - Ouço a voz do Senhor, que fala de modo humilde, ou coloco meu interesse pessoal acima do Reino de Deus? Na manhã desta segunda-feira (06/03), na primeira meditação dos Exercícios espirituais proposta ao Papa Francisco e à Cúria Romana, Pe. Giulio Michelini exortou os 74 presentes a se fazerem algumas perguntas sobre a própria vida espiritual.
“A confissão de Pedro e o caminho de Jesus para Jerusalém” no Evangelho segundo São Mateus são o ponto de partida da meditação desta segunda-feira. Na tarde de domingo foi feita a introdução dos Exercícios espirituais, que se realizam até esta sexta-feira (10/06) na localidade de Ariccia, nas proximidades de Roma.
Os Exercícios espirituais são marcados pela Liturgia das Horas e pelas duas meditações diárias, que passam da interpretação dos textos ao desdobramento existencial. Jesus tomava suas decisões na oração, não através de sonhos ou magos, como, ao invés, fazia Alexandre Magno, segundo nos relata Plutarco. Pe. Michelini exortou os presentes a se perguntarem como tomam as decisões importantes da própria vida:
“Faço discernimento baseado em qual critério? Decido impulsivamente, deixo-me levar por aquilo que é habitual, coloco a mim mesmo e meu interesse pessoal acima do Reino de Deus? Ouço a voz de Deus, que fala de modo humilde?”
Pedro e a tradição rabínica sobre a voz de Deus através dos pequenos: a humildade de ouvir-nos
Em seguida, Pe. Michelini se concentrou na figura de Pedro e na tradição rabínica. Mediante revelação, Pedro reconhece que Jesus é o Messias. Daí, o religioso franciscano sugere que o Pai tenha falado não somente por meio do Filho, mas tenha falado ao Filho, Jesus, também através de Pedro. É Jesus que revela pouco a pouco a sua vocação, mas realiza gestos também porque é solicitado por outros.
Na vida de Jesus de Nazaré é deixado muito espaço aos encontros, que incidem na sua missão. Segundo a tradição rabínica, com o fim da grande profecia, se considerava que Deus continuasse falando de modos muito humildes, como por exemplo mediante a voz das crianças e dos loucos.
Com uma comunicação parecida com o sussurro de um vento leve como se deu com o profeta Elias no monte Horebe. E Pe. Michelini ofereceu aos presentes outra ocasião de reflexão:
“Tenho a humildade de ouvir Pedro? Temos a humildade de ouvir-nos uns aos outros, estando atentos aos preconceitos ou às pré-leituras que certamente temos, mas atentos a colher aquilo que Deus quer dizer apesar – talvez – dos meus fechamentos? Ouvir a voz dos outros, talvez frágil, ou escuto somente a minha voz?”
Aceitar seguir Jesus e carregar a própria cruz
Em seguida, o pregador dos Exercícios espirituais deteve-se sobre a interpretação daqueles estudiosos que consideram que Jesus soubesse o que estava para acontecer. No Evangelho segundo Mateus se diz que Jesus se retirava, um verbo que no grego antigo indicava a retirada dos exércitos diante de uma derrota ou de um perigo.
Também Jesus parece retirar-se diante da notícia da prisão do Batista e quando sabe que os fariseus querem matá-lo, mas todas essas retiradas são estratégicas, ressaltou Pe. Michelini, não são para deter-se: após ter-se retirado, Jesus faz coisas concretas, isto é, começa a anunciar o Reino e a curar os doentes.
Entre as muitas referências que enriqueceram a meditação do frade menor, encontra-se a que fez a Hanna Arendt, que falava da banalidade do mal, em referência a como os hierarcas nazistas falavam das atrocidades por eles cometidas.
Tal alusão foi feita para referir-se à ferocidade com a qual foi perpetrado o assassinato de João Batista após o pedido de Herodíades.
Aludiu também ao rabino Hillel, para ressaltar que Jesus continua a missão assumindo sempre novas responsabilidade até a que o levará a Jerusalém. Daí, o ponto de agarra para a última reflexão:
“Pergunto-me se tenho a coragem de caminhar até o fim para seguir Jesus Cristo, levando em consideração que isso comporta levar a cruz, como Ele disse, anunciando a ressurreição, a alegria, mas também a provação: ‘Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’.” (RL/ DD)
Exercícios espirituais: jamais dividir oração e caridade
Ariccia (RV) - Os Exercícios espirituais para o Papa e a Cúria Romana prosseguiram na tarde desta segunda-feira (06/03) em Ariccia – nas proximidades de Roma – com a segunda meditação dedicada ao tema: “As últimas palavras de Jesus e o início da Paixão” no Evangelho segundo São Mateus.
Tendo na parte da manhã proposto a primeira meditação partindo da “confissão de Pedro e o caminho de Jesus a Jerusalém”, na parte da tarde o pregador franciscano, Pe. Giulio Michelini, recordou a importância de conjugar ajuda aos pobres e oração.
“Concluídos todos os discursos”, Jesus anuncia que será entregue para ser crucificado. O trecho do Evangelho segundo São Mateus do qual parte a meditação vespertina deu a oportunidade ao frade menor de deter-se sobre o silêncio de Jesus diante dos opositores, característico da Paixão.
Efetivamente, podemos dizer que em alguns momentos as palavras não servem, como quando os interlocutores são potenciais antagonistas ou o poder não permite pronunciá-las, ressaltou o pregador.
Também São Francisco de Assis diz aos frades que estejam entre os infiéis de dois modos: anunciando o Evangelho, se podem, ou então, com a sua simples presença vivificante.
Aliás, às vezes, as palavras podem prejudicar, observou, como dizia Baal Shem, rabino considerado o fundador do hassidismo moderno: “as palavras que saem dos lábios dos mestres e daqueles que rezam, mas não com um coração voltado para o céu, não sobem para o alto, mas enchem a casa de uma parede a outra e do piso ao teto”.
Por conseguinte, Jesus se cala diante de quem o considerava um blasfemo, de quem o queria destruir. É um silêncio que se rompe com um golpe de lança e o grito com o qual termina a sua existência terrena.
Existem, porém, vários tipos de silêncio, observou o franciscano: existe um silêncio rancoroso de quem medita vingança, ou mesmo o silêncio de quem, como disse Elie Wiesel, “jamais ajuda as vítimas”.
O silêncio de Jesus na Paixão é um silêncio desconcertante, desarmado e sereno. Mas para além do silêncio de Jesus, existe “o silêncio mais premente, o silêncio de Deus”. E Jesus confia Ele mesmo àquele silêncio do Pai. Portanto, é preciso perguntar-se de que tipo são os próprios silêncios:
“Pensando no silêncio de Jesus pergunto-me, em primeiro lugar, se comunico a fé somente com palavras ou se minha vida é evangelizante. Pergunto-me também de que tipo são meus silêncios, e em relação ao ofício eclesial que desempenho, se sou culpado de silêncios que não deveriam existir.”
Outros personagens que aparecem neste trecho do Evangelho segundo São Mateus são Caifás, os chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, que decidem capturar Jesus, mas não durante a festa para evitar uma revolta. Não se trata de estigmatizar os judeus, porque essa atitude diz respeito a uma hierarquia religiosa que pode ser, de todas as formas, de instituição humana, explicou Pe. Michelini.
Trata-se de uma atitude que perde a justa perspectiva crendo servir a Deus. Surge, portanto, o confronto entre duas lógicas: de um lado está Jesus, um judeu observante, mas leigo que se prepara para celebrar a Páscoa, e de outro estão os sumo sacerdotes que se preparam para matar um inocente, que se preocupam com a festa no sentido da realização exterior.
A pergunta que Pe. Michelini convidou a fazer-se é se se é “profissional do sacro” cedendo a pactos para salvaguardar a fachada, a instituição, em detrimento dos direitos das pessoas.
Logo em seguida, o Evangelho propõe as unção de Betânia: uma mulher derrama perfume precioso na cabeça de Jesus. A cena é descrita por todos os quatro Evangelhos, embora com algumas diferenças. Jesus defende essa mulher que parece ser a única que percebe o que está para acontecer com Jesus, e faz um gesto fortemente simbólico.
A unção é unção real, mas pode ser interpretada também como uma unção fúnebre. Jesus louva o gesto daquela mulher e rejeita os argumentos de quem diz que o dinheiro gasto com aquele perfume caro poderia ser dado aos pobres porque, como recorda Sergio Quinzio, aquele era o momento para servir Jesus.
Em seguida, Pe. Michelini recordou os tantos pobres: aqueles que não participam das liturgias porque anciãos ou doentes, aqueles que batem em nossas portas pedindo apenas para ser ouvidos:
“São muitos os que não têm coragem de bater em nossas portas, e até aos quais devemos ir. Se somos sinceros e olhamos para dentro de nós, não podemos deixar de colocar-nos também nós entre aqueles pobres: no fundo cada um é um pobre para o outro. As palavras de Jesus dizem que a sua missão não termina com a sua existência histórica, e, efetivamente, continua com o compromisso da comunidade crente em prol de todos os pobres, nós inclusive.”
O pregador dos Exercícios espirituais concluiu com uma exortação a manter juntos o amor a Deus e o amor ao próximo:
“Pergunto-me se escolho somente uma parte – aquela que me é mais congenial, ou aquela mais ‘fácil’, e, portanto, coloco-me a ungir os pés de Jesus, talvez com a liturgia, a oração, deixando de lado os pobres, ou esmo me dedico aos pobres, mas esqueço de rezar e honrar Jesus. Consigo manter juntos o amor a Deus e o amor ao próximo?” (RL / DD)
Cadeia de Milão receberá visita de um Papa pela primeira vez
Cidade do Vaticano (RV) – Com a visita de Francisco a Milão, nos próximo dia 25 de março, será a primeira vez que um Papa entrará na prisão de São Vítor.
Como acontece nessas ocasiões, o Pontífice pediu que não seja uma visita formal, com muitos discursos, mas um “face a face” com o maior número possível de detentos – visita que se concluirá com um almoço na penitenciária.
“O Papa vem pelos detentos – recordou a diretora Gloria Manzelli — mas também por quem trabalha com empenho e dedicação no Instituto penitenciário. Deixaremos que as pessoas encontram Francisco sem o filtro da organização, para que possa ser um encontro de almas.”
O capelão Pe. Marco Recalcati explicou que “na medida do possível, pediu para não selecionar os detentos, mas que mesmo atrás das grades, de longe, todos possam ouvir as palavras do Papa e vê-lo”.
No pátio central, o Pontífice encontrará cerca de cem detentos. À mesa, almoçará com outros cem. Muitos estão preparando presentes, enquanto outros já escreveram cartas, que foram publicadas no site do jornal Corriere dela Sera. Nas mensagens de detentos de várias religiões e nacionalidades, há quem peça “o milagre” de receber o perdão para todos os pecados.
Além da prisão, no programa da visita consta o encontro com os ministros ordenados e a vida consagrada na Catedral de Milão, a missa no parque de Monza, crismandos e suas famílias e residentes de uma periferia da cidade.
Dom Auza: mais de 40 milhões as vítimas do tráfico de pessoas
Cidade do Vaticano (RV) - “A Santa Sé e o combate ao tráfico de seres humanos.” Este foi o tema da palestra do Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, na conferência inaugural, em Nova Iorque, da nova cátedra de Cassamarca Foundation sobre globalização e migração, realizada na Fordham University.
“O fenômeno do tráfico de seres humanos é impressionante. As vítimas do tráfico de pessoas são mais de 40 milhões. A este povo de pessoas reduzido à escravidão se somam, a cada ano, mais de três milhões de pessoas. Quase 80% das vítimas são mulheres e crianças. O tráfico é uma indústria que gera lucros de mais 32 milhões de dólares por ano”, disse Dom Auza.
Migrantes e refugiados
“Os enormes progressos científicos podem nos fazer pensar que a escravidão seja algo do passado. Porém, quando olhamos a realidade, ficamos chocados ao ver que esta praga ainda está presente, porém de forma moderna. Trata-se de um fenômeno que está crescendo, alimentado por conflitos e pobreza extrema. É um flagelo que não conhece fronteiras. Nenhum país está imune”, disse o arcebispo.
O tráfico de pessoas está ligado também às consequências negativas da globalização e aos fluxos de migrantes e refugiados. A este propósito, Dom Auza recordou que, segundo estimativas das Nações Unidas de 2015, os migrantes no mundo são mais de 250 milhões. Em relação ao ano 2000, houve um aumento de 40%. Ainda em 2015, mais de 65 milhões de pessoas ficaram deslocadas por causa de perseguições, conflitos e violências. Nesses dados se inserem, muitas vezes, as formas modernas de escravidão e os sofrimentos de milhões de pessoas indefesas e vulneráveis.
Compromisso da Santa Sé
Dom Auza recordou que entre os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 estão também a adoção de medidas eficazes para desarraigar o trabalho forçado, o fim da escravidão moderna e do tráfico de seres humanos. A comunidade internacional deve garantir o seu compromisso na eliminação dessa degradação.
“A Igreja Católica está fortemente comprometida na eliminação do tráfico de pessoas e através de suas estruturas oferece uma contribuição preciosa. Com palavras e ações, o Papa Francisco deixou claro que esta é uma das prioridades de seu pontificado”, concluiu o prelado filipino.
O Observador Permanente da Santa Sé na ONU recordou o discurso do Papa proferido em 25 de setembro de 2015 aos membros da Assembleia Geral da ONU: “Devemos cuidar a fim de que as nossas instituições sejam realmente eficazes na luta contra esses flagelos. São necessárias medidas concretas e imediatas”, disse Francisco naquela ocasião.
(MJ)
REPAM levará violações de direitos na Amazônia à CIDH, nos EUA
Washington (RV) – A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) estará em Washington (EUA) no dia 17 de março, apresentando à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) treze casos relativos à defesa do território dos povos indígenas e das comunidades da Amazônia na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.
A audiência se insere num amplo programa de defesa dos direitos humanos proposto pela REPAM, que estará representada por seu Presidente, Cardeal Cláudio Hummes, o Vice-presidente, Dom Pedro Barreto, arcebispo de Huancayo, no Peru, e por Maurizio Lopes, secretário-executivo.
Do Brasil, serão levados dois casos: a comunidade agrícola de Buriticupú, no estado do Maranhão, aonde a luta pela terra começou na década de 80. Hoje, embora reconhecida, seus colonos não têm título de propriedade definitivo. A empresa Vale S.A. concessionou a atividade ferroviária à Ferrocaril de Carajás, e desde então, o risco constante de descarrilamento do trem e os deslocamentos da população devido à ampliação das linhas impedem a paz e a dignidade dos moradores. Além disso, existem impactos ambientais no Rio Pindaré, um dos principais meios de sobrevivência das comunidades.
Outro caso é o do povo indígena Jaminawa Arará, no estado do Acre, onde se verifica a falta de demarcação dos territórios da comunidade indígena. A violação ocasiona saques e roubos de recursos naturais e facilita a velha prática da ocupação das terras. O desrespeito dá lugar ao comércio de terras e concessões a indústrias extrativas, em detrimento da consulta prévia.
Dentre as experiências mais difíceis, a REPAM assinala também a relativa à comunidade indígena Tundayme (sul do Equador Sud), aos povos indígenas de Tagaeri e Taromenani (norte do Equador) e à comunidade de Yurimaguas (Floresta peruana).
(CM)
Dom Pizzaballa: Diocese de Jesuralém precisa de reforma na administração
Jerusalém (RV) - “A Quaresma é um caminho de conversão. Nós, bispos e sacerdotes do Patriarcado, estamos entre os pecadores que imploram a misericórdia de Deus e pedem a graça da conversão. Os nossos erros e julgamentos errados estão claramente diante de nossos olhos.”
É o que escreve o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, na carta endereçada aos fiéis de sua diocese na qual conta os mais de 7 meses de seu mandato e os problemas que o patriarcado está enfrentando.
“Durante 170 anos, este Patriarcado teve um papel importante e ainda tem hoje na vida dos cristãos da Terra Santa. As nossas paróquias, escolas e muitas outras instituições contribuíram muito para a vida dos cristãos nessas terras e reforçaram o nosso testemunho em Cristo e Sua ressurreição da morte. Foram cometidos erros que feriram a vida do Patriarcado, financeiramente e administrativamente, sobretudo em relação à Universidade Americana de Madaba”, frisa o bispo.
“Erramos em alguns âmbitos importantes, talvez não nos concentrando muito em nossa primeira missão: pregar o Evangelho e nos dedicar às atividades pastorais”, admite o administrador apostólico que nos últimos meses encontrou os bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, visitando muitos lugares da diocese, encontrando situações que deve ser enfrentadas “com honestidade, coragem, determinação e amor fraterno”.
Na semana passada, para enfrentar melhor a questão, Dom Pizzabatta teve uma reunião com todos os sacerdotes do Patriarcado Latino de Jerusalém para refletir sobre a vocação e missão do clero e debater os erros que “levaram a uma situação crítica, sobretudo financeiramente”.
“Temos muito o que fazer. Agora, é o momento de iniciar o trabalho de reforma, reconstrução e renovação de alguns setores de nossa administração, mas não só”, prossegue a carta de Pizzaballa.
“O caminho que temos pela frente será sem dúvida difícil, os desafios são muitos e os obstáculos também, mas se trabalharmos juntos, nos concentrando na missão de servir Cristo em sua Igreja, superaremos também este momento. Sinto que os nossos bispos e sacerdotes estão prontos para combater o bom combate e ir adiante com coragem, por mais difícil que possa ser o caminho”, escreve ainda o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.
O prelado pede aos fiéis para rezar pelos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, jovens e idosos a fim de que possam trabalhar juntos para o patriarcado.
(MJ)
Focolares celebram em Loppiano Chiara Lubich e as famílias
Loppiano (RV) - No próximo dia 14 de março, será o 9º aniversário da morte de Chiara Lubich. O tema escolhido é a família, com a perspectiva das amplas dinâmicas do Sínodo dos bispos e da exortação apostólica pós-sinodal Amoris laetitia do Papa Francisco. Além disso, este ano é o aniversário de 50 anos de fundação de Famílias Novas, o setor do Movimento dos Focolares fundado em 1967 por Chiara Lubich para o mundo da família.
Chiara via a família como “semente de comunhão para a humanidade do terceiro milênio”, como disse na sua mensagem no Familyfest de 1993, fazendo votos de que “os valores intrínsecos – a gratuidade, o espírito de serviço, a reciprocidade – podem ser transferidos à toda família humana”.
É deste modo que podem-se ler as iniciativas que se realizam ao longo de 2017 em vários países do mundo. A finalidade é colher o percurso de vida e de pensamento destes 50 anos e colocar em luz o valor antropológico e universal das famílias na perspectiva da “família humana”.
O primeiro encontro, com o tema “A família, fonte de esperança e alegria”, foi em Cairo, Egito, com mais de 300 participantes: um programa de festa e testemunhos, em que foi evidenciado o protagonismo dos mais jovens e o relacionamento entre as gerações da família. O do Panamá, “Ser sempre família”, ocorreu no dia 12 de fevereiro: em uma sociedade caracterizada por ritmos frenéticos, mais de 400 pessoas se encontraram no parque urbano para um dia de diálogo, jogos e passeios.
Um evento em escala mundial ocorrerá na cidadela de Loppiano, Florença, de 10 a 12 de março de 2017, com a participação de famílias provenientes dos cinco continentes. No programa, um workshop para pais, filhos e avós. Um grupo especializado dará vida a um seminário cultural no qual se refletirá sobre o “o pacto de reciprocidade na vida familiar, generativo da confiança e da relação”. Será desenvolvido em colaboração com o Instituto Universitário Sophia, e a partir disso, terá início um centro de estudos sobre a família no quadro da atividade acadêmica de Sophia, com o objetivo de aprofundar o contributo da espiritualidade da unidade para a família de hoje.
O programa será transmitido ao vivo por streaming.
O momento central do evento de Loppiano será a tarde de sábado, 11 de março, com um programa articulado em três etapas: “Família, trama de relacionamentos”: relações internas do casal, com os filhos, entre as gerações; “O amor, instrumento e resposta às críticas na família”: partilhas de feridas, desafios, dores; “Família, recurso criativo para a base social de cada povo”: redes de famílias, solidariedade e acolhimento, empenho nos confrontos da sociedade. Alternam-se histórias reais de famílias, reflexões e contributos do patrimônio de pensamentos e de vida de Chiara Lubich sobre a família.
Todo ano, o aniversário da morte de Chiara Lubich é, para as comunidades dos Focolares no mundo, uma ocasião de encontro, festa, testemunho e empenho renovado. Portanto, também 2017 vê os encontros multiplicarem-se, de Cingapura a Vilnius (Lituânia), de Sydney (Austrália) a Houston (EUA), de Manaus (Brasil) a Bujumbura (Burundi). Um tipo de constelação que literalmente abraça o mundo e recorda a mensagem de Chiara: “Sejam uma família”.
(Victoria Gómez/CM)
JMJ 2019: como ser voluntário?
Cidade do Vaticano (RV) - O Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude encerrou recentemente o concurso para a escolha do hino e da logomarca da JMJ 2019.
Em breve, a identidade visual oficial será apresentada e as redes sociais atualizadas.
Enquanto isso, é possível acompanhar a evolução dos fatos da JMJ 2019 por meio dos canais da Arquidiocese do Panamá e também no Dicastério Leigos, Família e Vida.
Sobre os pedidos para voluntariar na JMJ, que já são muitos, nós conversamos com o responsável pelo setor Juventude do Dicastério, p. João Chagas.
Dom Jacinto: religiosidade popular e Santuário de Santa Cruz dos Milagres
Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do nosso quadro “O Brasil na Missão Continental” prosseguimos com a participação do arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, com quem temos contado estes dias neste espaço de formação e aprofundamento.
Ao traçar-nos um quadro da realidade eclesial desta Igreja da qual é pastor, Dom Jacinto atém-se nesta edição ao tema da religiosidade popular, cuja espiritualidade caracteriza a fé dos nossos povos latino-americanos.
Há cinco anos à frente desta Igreja particular piauiense, ele nos diz qual é a expressão mais significativa dessa religiosidade na Arquidiocese de Teresina, identificando-a no Santuário da Santa Cruz dos Milagres.
Afirma tratar-se de um grande Santuário com uma afluência imensa, congregando pessoas de todos os lados, não só da arquidiocese, mas também das dioceses vizinhas do Piauí e mesmo do Maranhão e de outros estados. Vamos ouvir (ouça clicando acima).
(RL)
Caritas no Dia da Mulher: nenhum direito a menos!
Cidade do Vaticano (RV) - Para o dia 8 de março, está sendo convocada a Greve Internacional das Mulheres. Proposta por dezenas de movimentos em vários países do mundo, a Greve Internacional das Mulheres servirá como protesto contra o feminicídio, as desigualdades, todas as formas de violências contra as mulheres, a exploração das mulheres no trabalho e na economia e a desumanização feminina.
A iniciativa vem ganhando força e, mesmo na diversidade de intencionalidades, a Rede Cáritas Brasileira se mobilizou para que todas as mulheres façam adesão à paralisação e anima para a presença das mesmas nos espaços de manifestações propostos nos vários territórios de atuação.
A Rede Cáritas propõe o tema: “Pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Nenhum direito a menos!”
“Queremos com esta mobilização animar cada mulher da Rede Cáritas para aderir à greve, dando a devida visibilidade para a mesma e somando com outras milhares de mulheres organizadas em todo o mundo”, lê-se no site da instituição, que publica uma série de iniciativas em vista do dia 8 de março.