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Sumario del 16/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: não fechemos nosso coração diante dos pobres

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Cidade do Vaticano (RV) – Ficar atento para não tomar a estrada que, do pecado, chega à corrupção. Esta é a advertência feita pelo Papa na missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta. Francisco se inspirou no Evangelho do dia – extraído de Lucas –, em que o Senhor narra a parábola do rico e do pobre Lázaro para destacar que, hoje, devemos ter cuidado para não nos fechar em nós mesmos, ignorando os pobres e os sem-teto das nossas cidades. 

O Papa destacou que o “homem que confia no homem, que deposita na carne o seu amparo, isto é, nas coisas que ele pode administrar, na vaidade, no orgulho, nas riquezas, este homem se afasta de Deus. Francisco destaca “a fecundidade do homem que confia no Senhor, e a esterilidade do homem que confia em si mesmo”, no poder e nas riquezas. Este caminho – advertiu - é perigoso, quando confio somente no meu coração: porque não é confiável.

“Quando uma pessoa vive no seu ambiente fechado – acrescentou Francisco –, respira aquele ar próprio dos seus bens, da sua satisfação, da vaidade, de sentir-se seguro e confia somente em si mesmo, perde a orientação, perde a bússola e não sabe onde estão os limites.” É justamente aquilo que acontece com o rico de que fala o Evangelho de Lucas, que passava a vida dando festas e não se importava com o pobre que estava à porta de sua casa:

“Ele sabia quem era o pobre: sabia. Porque depois, quando fala com o pai Abraão, diz: “Envia-me Lázaro”: ah, sabia inclusive como se chamava! Mas não lhe importava. Era um homem pecador? Sim. Mas do pecado se pode voltar atrás: pede-se perdão e o Senhor perdoa. O seu coração o levou a um caminho de morte a tal ponto que não se podia voltar atrás. Há um instante, um momento, há um limite do qual dificilmente se volta atrás: é quando o pecado se transforma em corrupção. E ele não era um pecador, era um corrupto. Porque sabia de tantas misérias, mas era feliz ali, não lhe importava nada”. 

“Maldito o homem que confia em si mesmo, que confia em seu coração”, sublinhou o Papa citando o Salmo 1. “Nada é mais traiçoeiro do que o coração, e dificilmente se cura. Quando você percorre aquele caminho de doença, dificilmente irá se curar”.

 A seguir, o Papa fez a todos nós uma pergunta:

“O que sentimos no coração quando caminhamos pela rua e vemos os sem-teto, vemos as crianças sozinhas que pedem esmola. ‘Esses são daquela etnia que rouba’. E sigo em frente. Faço assim? Os sem-teto, os pobres, os abandonados, e até mesmo os sem-teto bem-vestidos, que não têm dinheiro para pagar o aluguel porque não possuem trabalho. O que eu sinto? Isto faz parte do panorama, da paisagem de uma cidade, como uma estátua: na parada de ônibus, nos Correios. Os sem-teto fazem parte da cidade? É normal isso? Fiquem atentos! Fiquemos atentos! Quando essas coisas em nosso coração passam como normais, quando penso: ‘mas a vida é assim, eu no entanto, como e bebo, e para tirar-me um pouco o sentimento de culpa dou uma oferta e sigo em frente. Se penso assim, este caminho não é bom.”

O Papa reiterou a necessidade de perceber quando estamos no caminho “escorregadio do pecado rumo à corrupção”. “O que eu sinto”, se pergunta, quando vejo na televisão “que caiu uma bomba lá, sobre um hospital e morreram muitas crianças”, “coitadinhas!”. Faço uma oração e depois continuo vivendo como se nada tivesse acontecido? Entra em meu coração isso” ou “sou como aquele rico em que o drama de Lázaro, do qual os cães sentiam mais piedade, não entrou em seu coração? Se fosse assim estaria no caminho do pecado para a corrupção”:

“Por isso, peçamos ao Senhor: Escruta, ó Senhor, o meu coração! Vê se o meu caminho está errado, se estou no caminho escorregadio do pecado rumo à corrupção, do qual não se pode voltar atrás, habitualmente: o pecador, se se arrepende, volta atrás; o corrupto dificilmente, porque está fechado em si mesmo. Escruta, Senhor, o meu coração: que seja hoje esta oração. Faça-me entender em que caminho estou, qual estrada estou percorrendo”.

(BF/MJ)

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Papa recebe Presidente libanês

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã de quinta-feira (16/03), o Papa Francisco recebeu em audiência o Presidente da República do Líbano, Michel Aoun.

Em nota, a Sala de Imprensa vaticana informa que os colóquios se concentraram sobre as “boas relações bilaterais entre a Santa Sé e o Líbano, destacando o papel histórico e institucional da Igreja na vida do país”. 

Expressou-se satisfação pelo esforço de várias frentes políticas em concluir o período de vacância presidencial, auspiciando para o futuro uma colaboração sempre mais profícua entre os membros das várias comunidades étnicas e religiosas a favor do bem comum e do desenvolvimento da nação.

Na audiência, fez-se referência também à Síria, com atenção especial aos esforços internacionais por uma solução política para o conflito. Reiterou-se o apreço pelo acolhimento que o Líbano oferece aos inúmeros refugiados sírios. Por fim, houve um intercâmbio de visões sobre o contexto regional, com referências aos conflitos em andamento e à situação dos cristãos no Oriente Médio.

Depois de ser recebido pelo Papa Francisco, o Presidente libanês reuniu-se com o Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, que estava acompanhado pelo Secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Gallagher.

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Santa Sé na ONU: Estados combatam com força tráfico de armas

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Nova Iorque (RV) - “Um desafio imenso que requer uma resposta proporcionada.” Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza na quarta-feira (15/03), no debate aberto realizado no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque.  

“Que os Estados não contribuam ao tráfico de armas, mas o combatam com força, pois favorece os conflitos e consequentemente a chaga do tráfico de pessoas”, destacou arcebispo filipino. 

Dom Auza condenou a facilidade com a qual as armas, até mesmo de destruição de massa, chegam às mãos dos terroristas, alimentando e prolongando conflitos violentos que expõem as pessoas aos traficantes. O prelado pediu para intensificar o recurso a tratados e leis relativas ao combate à venda de armas.

“Que o Conselho de Segurança da ONU adote um papel decisivo na luta contra a chaga do tráfico de pessoas, prevenindo e colocando fim aos conflitos armados e favorecendo a consolidação da paz e do desenvolvimento”, afirmou.

Perseguição cristã

O arcebispo recordou também “as comunidades cristãs, as minorias étnicas e religiosas, e os yazidis que foram reduzidos à escravidão, vendidos, mortos e submetidos a toda forma de humilhação”. 

“A falta aparente de esforços sérios para incriminar os autores de tais atos de genocídio, violações dos direitos humanos e do direito internacional, causa perplexidade, e nos perguntamos quantas outras atrocidades deverão ser ainda toleradas antes que as vítimas possam obter socorro, proteção e justiça.”

O prelado evidenciou a ligação entre tráfico de pessoas, pobreza extrema, subdesenvolvimento, exclusão social e falta de acesso à educação e ao mundo do trabalho. E concluiu:

“Os traficantes de pessoas, os terroristas, os grupos armados e as redes internacionais de crime organizado encontram um terreno fértil nas pessoas vulneráveis, que fogem de problemas econômicos, guerras ou desastres naturais. Essa vulnerabilidade é piorada com a criminalização dos imigrantes sem documento e irregulares.” 

(MJ)

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Santa Sé auxilia regresso de deslocados centro-africanos

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Bangui (RV) - Boas notícias da República Centro-Africana: centenas de deslocados puderam regressar a suas casas graças aos fundos doados pela Santa Sé.

A Caritas doou aos 968 deslocados acolhidos no centro João XXIII de Bangui um auxílio econômico para favorecer o regresso a suas casas. A iniciativa vaticana não diz respeito somente ao centro João XXIII, mas também a outros locais de acolhimento de deslocados que foram obrigados a fugir dos combates durante as fases mais agudas da guerra civil. Os fundos necessários foram oferecidos pela Santa Sé num total de 80 milhões de francos CFA.

Segundo o responsável pelos programas da Cáritas, Marcel Bendo, os fundos disponibilizados pelo Vaticano permitem ajudar 371 famílias. Além do centro João XXIII, o programa contempla as estruturas situadas no Seminário Maior de Bimbo, a paróquia de São Salvador e a dos capuchinhos. Os deslocados acolhidos na paróquia de São Salvador e os do Seminário já receberam a quantia que lhes permitiu regressar.

A contribuição vaticana para favorecer o regresso dos deslocados foi realizada depois da “Operação Natal em Casa”, lançada pelo governo, que permitiu o fechamento do centro de acolhimento no aeroporto de Bangui e de outras estruturas na capital centro-africana.

Até fevereiro de 2017, havia 127.933 deslocados nos centros de acolhimento de Bangui.

O Papa Francisco visitou o país em novembro de 2015.

(Fides)

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Quero misericórdia, tema da iniciativa "24 horas para o Senhor"

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Roma (RV) - Realiza-se nos dias 24 e 25 deste mês, em Roma, a iniciativa “24 horas para o Senhor”, promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, no Tempo da Quaresma.  

O Papa presidirá a liturgia penitencial na Basílica de São Pedro, nesta sexta-feira (17/03), antecipando de uma semana a data em que todas as Igrejas colocarão o Sacramento da Reconciliação no centro do caminho da nova evangelização em toda a Igreja. 

O tema deste ano é “Eu quero misericórdia”, extraído do Evangelho de Mateus (Mt 9,13).

Para participar da liturgia na Basílica de São Pedro, na tarde de sexta-feira, são necessários bilhetes que são distribuídos gratuitamente pela Prefeitura da Casa Pontifícia. 

Na sexta-feira, 24 de março, a partir das 20h até a manhã do dia seguinte, as Igrejas de Santa Maria in Trastevere e a dos Estigmas de São Francisco ficarão abertas para a adoração eucarística e confissões. 

No sábado, 25, às 17h locais, se concluirá a iniciativa “24 horas para o Senhor” na Igreja de Santo Spirito in Sassia, com a celebração de ação de graças das Primeiras Vésperas do IV Domingo do Senhor, presididas pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.

(MJ)

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Igreja no Brasil



Seminário reúne agentes e população de rua para debater direito à moradia

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Belo Horizonte (RV) - A situação do povo da rua em todo o Brasil e sua luta por moradia foi tema do Seminário Nacional promovido pela Pastoral Nacional do Povo da Rua, no último dia 10 de março, na Cidade de Belo Horizonte (MG). 

O evento reuniu representantes da Pastoral do Povo da Rua de todo o país, além de representantes do Ministério da Justiça e Cidadania, Ministério das Cidades, universidades e organizações de Direitos Humanos.

O evento contou com dois painéis: o primeiro, na parte da manhã, com o tema “Não estou na rua porque quero: povo da rua e o direito à cidade”. O segundo painel abordou o tema “A casa em primeiro lugar”. À noite, foi  realizada uma mesa-redonda com o tema “Chega de omissão. Queremos habitação”.

O seminário integra as ações da campanha lançada em maio de 2015 para reivindicar moradia definitiva para as pessoas que vivem na rua. A campanha pretende ainda sensibilizar a sociedade brasileira e o poder público para a necessidade de que a população em situação de rua seja contemplada em programas de habitação, entendendo a moradia como um direito de todos e todas.

Segundo Cristina Bove, coordenadora nacional da pastoral, é importante fortalecer e estimular a missão dos agentes de pastoral, articular as equipes locais para a vivência da mística, intercâmbio de experiência e o fortalecimento da metodologia:

“O seminário é um momento de partilha onde trabalhamos as questões ligadas à cidadania e a dignidade das pessoas em situação de rua. A campanha por moradia digna quer chamar a atenção de toda a sociedade para a necessidade de garantir um direito humano fundamental para uma parcela da população que sofre com a invisibilidade social” - afirmou.

Calcula-se que cerca de 60 mil pessoas vivam, atualmente, nas ruas dos centros urbanos brasileiros. São pessoas que possuem um histórico de perdas de casa, de família, de trabalho, que não estão nas ruas porque querem ou por opção pessoal. Entretanto, quando se pensa em programas de moradia digna, essas pessoas quase nunca são consideradas.

A Pastoral do Povo da Rua avalia que as ações do poder público voltadas para com a população em situação de rua comumente criminaliza e reprime essas pessoas por meio de programas higienistas, que afastam a pobreza dos grandes centros urbanos, além de culpabilizar essa parcela por morar nas ruas.

Uma das soluções apontadas pela pastoral e pelos movimentos de defesa dos direitos da população em situação de rua é o rompimento com o caráter provisório representado pelos albergues e abrigos, em direção à construção de programas de moradia com segurança, infraestrutura urbana consolidada e serviços públicos acessíveis, tais como o transporte coletivo e o ambiente saudável.

A Pastoral do Povo da Rua tem como missão ser presença junto ao povo da rua, reconhecer os sinais de Deus presentes na sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projetos de vida para todos. Ente as inúmeras atividades da Pastoral do Povo da Rua está à abordagem, as visitas as comunidades e a participação nas decisões políticas, o incentivo da criação da Pastoral nas dioceses, a visibilidade às questões referentes à população de rua e denunciar ações violentas e discriminatórias.

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Igreja na América Latina



Venezuela: “Panelas solidárias” ação em prol de quem passa fome

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Barquisimeto (RV) - Padre Jesús Martínez é pároco da Paróquia de São Francisco de Assis, na Arquidiocese de Barquisimeto, Venezuela, onde existe a “olla solidaria” (literalmente “panela solidária”), ou seja, a abertura diária de um espaço na paróquia, onde se cozinha para as pessoas que passam fome.

“A situação no nosso país é muito crítica, e como Igreja, somos chamados a ajudar os necessitados, como Jesus nos ensina em seu Evangelho”, escreve à Fides Padre Martínez. “Não é uma tarefa fácil, especialmente ter comida e pessoas que dedicam todos os dias uma parte de seu tempo a esta obra de caridade e misericórdia”. “Agora, também outras paróquias começaram a imitar esta iniciativa, porque a situação é crítica”, enfatiza o pároco.

Alimento para 500 pessoas

De acordo com a nota enviada, na paróquia de São Francisco de Assis todos os dias se preparam cinco grandes panelas para alimentar 400 ou às vezes 500 pessoas: idosos, crianças e até mesmo famílias inteiras.

A experiência começou em outubro passado para pôr em prática o convite do Papa Francisco no Jubileu da Misericórdia. No início, eles eram poucos, e só havia somente uma panela. Em seguida, o grupo cresceu e em janeiro foi equipado na paróquia um espaço e uma pequena cozinha com 2 grandes panelas.

População vive uma grande crise

Neste ambiente não é permitido tirar fotos. É exigido o bom comportamento daqueles que vêm para comer, e um grupo é autorizado a levar comida porque têm parentes ou doentes em família. Em certos momentos foi também levada comida aos prisioneiros e doentes nos hospitais.

A população na Venezuela está vivendo há tempo uma crise muito grave que está levando as famílias a passarem fome. Eis porque o Pe. Martinez conclui sua carta com um sincero agradecimento a todos aqueles que, apesar da crise, expressam solidariedade e contribuem diariamente com algo para “encher” as panelas solidárias. (SP-Fides)

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Bispos bolivianos em defesa da vida

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La Paz (RV) – Uma proposta que ameaça seriamente o direito à vida e introduz uma colonização ideológica real. Assim, os bispos bolivianos definiram a proposta de reforma do Código Penal, que será submetido à discussão na Assembleia Legislativa Plurinacional, na Bolívia. Os bispos expressam preocupação em um texto onde chamam os legisladores e toda a sociedade para defender o direito à vida e a participarem ativamente do debate público.

“O direito à vida, sobre o qual os outros direitos são fundados, diz respeito a todos os seres humanos, sem distinção. A vida, escreve – é um dom de Deus e ninguém pode descartá-lo em nenhuma circunstância. Os bispos criticam especificamente, as justificativas para o aborto, tanto durante as primeiras oito semanas de vida, ou por razões relacionadas a falta de recursos financeiros, ou se a mãe é uma estudante, quando há um risco imediato ou futuro para a vida da mãe, má-formação do feto, a gravidez resultado de estupro, incesto, ou envolvendo uma criança ou um adolescente.

A pobreza não justifica o aborto ou a eutanásia. Segundo os bispos, o texto distorce  o sistema de justiça criminal, através da introdução de pobreza como justificativa para crimes como: infanticídio e  eutanásia.” Como se, ser pobre fosse razão suficiente para violar a lei”. O texto da proposta também apresenta uma visão antropológica que  “descarta” as crianças vulneráveis ou deficientes e concebe a “violência do triste aborto” como uma solução para os problemas sociais e econômicos. “ O aborto, por outro lado violenta o corpo da mulher, causando consequências psicológicas graves, tais como síndrome pós-aborto, cujas consequências são muitas vezes irreparáveis.”

O Estado deve melhorar a vida da população para favorecer a natalidade. “ Como Igreja, não podemos aceitar tudo. O Estado tem obrigação de criar politicas destinadas a melhorar a vidas das pessoas favorecendo a gravidez, combatendo a violência, de modo que a vida em sociedade seja possível para todos.”

Os bispos do país latino-americano citam o apelo lançado pelo Papa aos movimentos populares para que a vida e dignidade de cada pessoa seja sempre guardada, especialmente dos pobres. Também ressaltam a incoerência da lei com a Constituição boliviana que protege todos os direitos humanos, incluindo o direito fundamental, à vida desde a concepção. “Cristo veio para que todos tenham vida em abundância.”

(MD)

 

 

 

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Igreja no Mundo



Fátima: a dimensão de “esperança” nas Aparições

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Angelo Sodano, que em maio do ano 2000 foi responsável pela divulgação da terceira parte do chamado “segredo” de Fátima, sublinhou nesta quarta-feira (15) em Roma a dimensão de “esperança” nas Aparições da Cova da Iria.

“Há uma mensagem de esperança que chega até nós da celebração do centenário das aparições de Maria Santíssima em Fátima. Numerosas e graves podem ser as provações da vida e as tragédias do mundo, mas maior ainda é o amor de Deus por nós”, escreve o ex-Secretário de Estado do Vaticano, em um artigo divulgado pelo jornal ‘L’Osservatore Romano’, na sua edição deste 16 de março.

O Cardeal Sodano destaca que, do Santuário de Fátima, a Virgem Maria deixa uma mensagem de confiança na força divina.

O decano do Colégio Cardinalício falou na tarde desta quarta-feira durante um evento na Embaixada de Portugal junto de Santa Sé, em Roma, sobre a mensagem de Fátima, tendo em vista a visita do Papa Francisco à Cova da Iria (12-13 de maio) por ocasião do Centenário das Aparições. A iniciativa contou com a presença do Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, Dom Antônio Marto.

O Cardeal Sodano fez votos de que o centenário das aparições marianas de 1917, na Cova da Iria, ajude a “refletir sobre o significado para a Igreja e para o mundo deste acontecimento extraordinário”. “A memória dos acontecimentos de Fátima pode fazer-nos compreender melhor a presença providencial de Deus nos acontecimentos humanos”, afirmou.

O cardeal italiano recordou o “grande conforto” que recebeu da Mensagem de Fátima perante as “dolorosas” situações da II Guerra Mundial, quando era jovem. “Parecia-nos já então que a mensagem de Fátima era não só um convite à conversão e à oração mas também um convite à esperança, recordando-nos a contínua presença de Deus no meio de nós, mesmo nas horas mais trágicas da história”, disse.

Dom Angelo Sodano, que em 1988 foi chamado para colaborar com o Papa João Paulo II, no Vaticano, evoca a “profunda devoção mariana” do Papa polonês e dos seus sucessores, Bento XVI e Francisco, que vai visitar o “belo Santuário de Fátima” para “prestar homenagem à Mãe de Cristo”.

O decano do Colégio Cardinalício cita ainda o Cardeal-patriarca Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, o qual afirmava que “não foi a Igreja que impôs Fátima”, e também Dom Antônio Marto, numa reflexão sobre “graça e misericórdia” como síntese de mensagem de Fátima.

Em 13 de maio de 2000, o Cardeal Sodano, então Secretário de Estado do Vaticano, anunciava em Fátima a terceira parte do Segredo: “É uma Via Sacra sem fim, guiada pelos Papas do século XX”.

Na sequência do atentado de 13 de maio de 1981, no Vaticano, o Papa João Paulo II atribuiu a “uma mão materna” o fato de ter sobrevivido. (SP-Ecclesia)

 

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Juventude Asiática: viver o Evangelho na sociedade multicultural

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Jacarta (RV) - Incentivar e acompanhar os jovens asiáticos a viver e promover a “cultura da solidariedade e do encontro com o outro na sociedade multicultural e multirreligiosa da Ásia, e assumir uma consciência profunda sobre a contribuição a ser dada na Igreja e na sociedade”. 

Esta é a intenção do 7º Dia da Juventude Asiática (Asia Youth Day) que se realizará, em Jacarta, na Indonésia, de 30 de julho a 9 de agosto deste ano. 

Segundo a Agência Fides, o evento reunirá 3 mil jovens católicos de 29 países asiáticos e tem como tema “Juventude asiática em festa: Viver o Evangelho na Ásia multicultural”. 

O Arcebispo de Jacarta, Dom Ignatius Suharyo, apresentou os conteúdos  e objetivos da iniciativa, esperando que “toda a juventude católica da Indonésia e outros países da Ásia possa participar e entrar no espírito do tema central: compreender e viver a importância da unidade entre as diferenças”.

O Dia da Juventude Asiática será dividido em três fases: uma fase nas dioceses, alguns dias na cidade sede central, e o encontro dos responsáveis da Pastoral da Juventude. Na primeira fase os participantes serão espalhados em 11 dioceses da Indonésia, onde viverão a partilha de experiências. Depois, todos irão para Jacarta e ali viverão momento de catequeses, liturgia e festa, colocando em comum suas histórias, segundo a diversidade de proveniência, reencontrando o elemento comum da fé em Cristo. O encontro dos animadores da Pastoral da Juventude é uma ocasião especial de formação para aqueles que acompanharão os jovens durante o evento. 

Para envolver os habitantes da Indonésia, o Dia da Juventude Asiática 2017 será precedido por uma maratona, competição esportiva que se realizará, em Jacarta, no dia 7 de maio deste ano, com cerca de 5 mil participantes. A iniciativa dispõe de uma plataforma on-line e tem uma forte presença nas redes sociais (www.asianyouthday.org; Facebook: asianyouthday; Twitter: AYD2017; Instagram: asianyouthday2017).

(MJ)

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Conferência Episcopal Italiana promove conselho permanente a partir de segunda

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Cidade do Vaticano (RV) – Na próxima segunda-feira (20) começa a sessão de primavera do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), com explanação inicial do Cardeal Angelo Bagnasco. A abertura terá transmissão ao vivo da televisão católica italiana, a TV2000, e do site chiesacattolica.it.

Durante três dias, na sede da CEI, os bispos irão aprovar conteúdos e programas da próxima assembleia geral – marcada para acontecer entre 22 e 25 de maio, em Roma. Em nota para imprensa do Escritório nacional para as Comunicações Sociais, o Conselho Permanente deverá abordar “o tema da revisão dos Tribunais Eclesiásticos, um primeiro confronto sobre as atividades da mídia diocesana, algumas reflexões de natureza ética e jurídica e uma comunicação em vista da 48ª Semana Social dos católicos italianos (Cagliari 26 a 29 de outubro de 2017)”.

O comunicado final do Conselho Permanente será divulgado pelo secretário geral, Dom Nunzio Galantino, no dia 23 de março, às 12h, na Sala de Imprensa da Rádio Vaticano. (SIR/AC)

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Formação



Repam leva casos de violações à Comissão Interamericana de DH

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Washington (RV) - Nesta sexta-feira, 17 de março, comunidades indígenas e tradicionais apresentam casos de violações à Comissão Interamericana de Direitos Humanos numa audiência a ser realizada em Washington, nos Estados Unidos. As comunidades serão acompanhadas por representantes da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam). Entre os dias 21 e 24 de março, o presidente da Repam, Cardeal Cláudio Hummes terá uma reunião com membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para dialogar sobre os casos de violações ocorridos na Pan-Amazônia. Na ocasião da viagem, o cardeal também participará de encontros e reuniões com o Episcopado Estadunidense, políticos, Universidades e a sociedade civil dos EUA. 

Serão apresentados os casos brasileiros da comunidade rural Vila União do município de Buriticupu, no Maranhão, que vem sofrendo impactos pela concessão de suas terras à atividade ferroviária e à extração de minerais; dos povos indígenas Jaminawa Arara, das Terras Indígenas do Alto Rio Purus, no estado do Acre. Também serão levados os casos das violações sofridas pela Comunidade Indígena Tundayme  e comunidade rural de  Zamora Chinchipe, no sul do Equador, e o caso da comunidade indígena awajún e Wampis  do Departamento do Amazonas no Peru.

Essas Comunidades irão se apresentar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para denunciar casos de violações e de degradação da natureza. Dom Cláudio Hummes fala desse compromisso da Repam frente a violação dos direitos humanos das populações amazônidas.

“Este eixo dos direitos humanos tem uma espécie de ‘escola’ que se desloca para as comunidades locais, porque nós queremos estar muito perto das comunidades e a serviço. Não somos nós que fazemos, nós queremos capacitar as pessoas locais a fazerem todo este trabalho. Então, está havendo já um grande trabalho na questão dos direitos humanos e já temos casos a serem levados, casos de violação seja de comunidades, seja de pessoas, e muitas vezes ligados à questão da mineração. De forma que nós já temos mais de 10 processos encaminhados para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e nós também temos um certo protocolo assinado já com esta Comissão, de forma que nós temos um espaço, uma espécie de cooperação, e eles vão nos atender também a partir daí com mais atenção a esses casos que serão encaminhados através da Repam.”

Esta audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) faz parte de um processo de formação, promoção, defesa e exigência de Direitos Humanos que acompanha a Repam nos países amazônicos

Além de líderes indígenas e membros da REPAM, participam representantes do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), da Confederação  Latino-americana de Religiosos y Religiosas (CLAR), da Cáritas da América Latina e Caribe, da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, entre outras.

É possível acompanhar a audiência nos seguintes endereços: www.cidh.org www.twitter.com/CIDH e www.youtube.com/CIDH

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Dom Jacinto: Ministério do Papa, luz e impulso para pastores e leigos

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, prosseguimos em nosso quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” com a participação do arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, com quem temos contado estes neste espaço de formação e aprofundamento. 

Apresentado um pouco da realidade eclesial de nossas Igrejas particulares em sua caminhada na esteira do Concílio Vaticano II, temos por vezes trazido através de nossos pastores algo sobre a receptividade e acompanhamento do magistério do Papa Francisco por parte do povo de Deus.

Nesse sentido, também o arcebispo de Teresina nos traz suas considerações a esse propósito afirmando que o povo de Deus está atento ao magistério do Pontífice. Identificando como sendo um fenômeno, diz que o povo começa a dizer aos sacerdotes e aos bispos que sigam o exemplo do Papa.

Com uma linguagem clara, coloquial, falando ao coração, o povo começa a absorver a mensagem do Santo Padre como algo muito próximo, afirma Dom Jacinto, acrescentando que “o ministério dele está sendo realmente uma luz e um impulso para todos os pastores e para os leigos”.

O arcebispo de Teresina inicia destacando o “santo orgulho” de termos no homem da qualidade de Francisco o primeiro Papa filho da América Latina. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Participação feminina na política está estagnada, diz ONU

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Nova Iorque (RV) – A diretora da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka afirmou na quarta-feira (15/03) que a participação feminina em parlamentos e governos apresenta uma estagnação global, com revezes em alguns países. Mlambo denunciou ainda “uma persistente falta de voz das mulheres onde essa é mais importante”. 

“Está claro que o mapa do desejo de liderança e política é critico. Particularmente no que diz respeito a composição dos gabinetes, que é feita por um pessoa, o Chefe de Estado. Se mais Chefes de Estado tivessem interesses neste assunto, nós poderíamos facilmente resolver o problema da representação feminina nos gabinetes”, disse Mlambo durante a apresentação do Mapa das Mulheres na Política 2017.

O mapa mostra que a média global de mulheres em parlamentos nacionais cresceu ligeiramente de 22,6% em 2015 para 23,3% em 2016.

Ruanda, Bolívia, Cuba, Islândia e Nicarágua são os países com a maior percentagem de mulheres nos parlamentos.

Bulgária, França, Nicarágua, Suécia e Canadá superaram a marca de 50% de mulheres em posições ministeriais que pode ser atribuída a uma clara política comprometida ao máximo em nível de tomada de decisão feminina, assim como em uma genuína política cultural de igualdade de gênero.

Em janeiro de 2017, 10 mulheres serviam como Chefes de Estado e 9 como Chefes de Governo. Ruanda é o país com o maior número de mulheres parlamentares no mundo. Elas conquistaram 63,8% das cadeiras na Câmara dos Deputados. Globalmente, são 38 os Estados em que as mulheres são menos de 10% dos parlamentares, incluindo quatro parlamentos sem nenhuma mulher.

Brasil

A representatividade política feminina no Brasil está entre as mais baixas do planeta. O Brasil aparece na 167ª posição na lista de mulheres com funções ministeriais e na 154ª naquela das mulheres parlamentares: dos 513 deputados, somente 55 são mulheres; entre os 81 senadores, somente 12 são mulheres.

(rv)

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Jesuítas: passados seis anos, Síria continua sofrendo

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Homs (RV) – O Serviço Jesuíta para Refugiados (JRS) recordou os seis anos de guerra na Síria divulgando um dossiê sobre a situação atual.

Preparado pelo Pe. Cedric Prakash SJ, o dossiê reitera que a Síria “continua sofrendo” com bombas e ataques, embora circulem notícias de que o conflito teria diminuído.

"Hoje – se lê no documento –, se estima que 13,5 milhões de sírios necessitam de assistência humanitária. As crianças perderam sua infância: quase 3 milhões de crianças sírias com menos de cinco anos cresceram sem conhecer outras realidade a não ser a guerra. Mais de 6,3 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Síria. Cerca de 4,9 milhões de pessoas (na maioria mulheres e crianças) fugiram para os países próximos ao Oriente Médio, entre os quais o Líbano, a Turquia, a Jordânia, o Egito e o Iraque. Os refugiados colocaram as comunidades de acolhimento sob pressão, com fortes repercussões de ordem social, econômica e política. Centenas de milhares deles fizeram perigosas viagens marítimas, em busca de refúgio; ninguém sabe quantos morreram no mar”.

O JRS denuncia ainda que as grandes potências e a vasta rede de interesses, a partir do complexo militar-industrial, “continuam devastando as vidas e o destino dos sírios. “Há ‘colóquios de paz’ que se realizam entre ‘personagens importantes’; porém, poucos nutrem esperança em relação a eles.”

Em Damasco e Homs, o JRS administra em especial centros de formação, programas de proteção dirigidos às crianças e se prepara para lançar um nova iniciativa focalizada na coleta de narrações relativas a experiências significativas de resiliência vividas pelos sírios em situações extremas de conflito. (Agência Fides)

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