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Sumario del 20/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: São José nos dê a capacidade de sonhar coisas grandes

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa começou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta (20/03). Francisco dedicou sua homilia a São José, cuja solenidade foi transferida de 19 para 20 de março para não coincidir com o domingo de Quaresma. 

São José obedece ao anjo que aparece em seu sonho e toma consigo Maria, grávida por obra do Espírito Santo, como narra o Evangelho de Mateus. Um homem silencioso, mas obediente. José é um homem que carrega sobre seus ombros as promessas de “descendência, de herança, de paternidade, de filiação e de estabilidade”:

“E este homem, este sonhador, é capaz de aceitar esta tarefa, esta tarefa difícil e que muito tem a nos dizer neste período de uma grande sensação de orfandade. E assim este homem toma a promessa de Deus e a leva avante em silêncio com fortaleza, a leva avante para aquilo que Deus quer que seja realizado”.

São José é um homem que pode “nos dizer muito, mas não fala”, “o homem escondido”, o homem do silêncio, “que tem a maior autoridade naquele momento, sem a demonstrar”. E o Papa destaca que aquilo que Deus confia ao coração de José são “coisas fracas”: “promessas” e uma promessa é fraca. E depois também o nascimento da criança, a fuga ao Egito, situações de fraqueza. José carrega no coração e leva avante “todas essas fraquezas” como se deve fazer: “com muita ternura”, “com a ternura com a qual se pega uma criança”: 

É o homem que não fala, mas obedece, o homem da ternura, o homem capaz de levar adiante as promessas para que se tornem firmes, seguras. O homem que garante a estabilidade do Reino de Deus, a paternidade de Deus, a nossa filiação como filho de Deus. Gosto de pensar José como guardião das fraquezas, de nossas fraquezas: é capaz de fazer nascer muitas coisas bonitas de nossas fraquezas, de nossos pecados.”

José é o custódio das fraquezas para que se tornem firmes na fé, mas esta tarefa ele recebeu durante um sonho: “É um homem capaz de sonhar”, observou o Papa. É também o “guardião do sonho de Deus”: o sonho de Deus de nos salvar, de nos redimir, foi confiado a ele”. “É grande este carpinteiro!”, exclamou o Papa: “silencioso, trabalhador e guardião que carrega as fraquezas e é capaz de sonhar. Uma figura que tem uma mensagem para todos”:

“Eu hoje quero lhe pedir que dê a todos nós a capacidade de sonhar, porque quando sonhamos coisas grandes, coisas bonitas, nos aproximamos do sonho de Deus, das coisas que Deus sonha para nós. Que aos jovens dê, porque ele era jovem, a capacidade de sonhar, de arriscar e assumir as tarefas difíceis que viram nos sonhos. E dê a todos nós a fidelidade que geralmente cresce num comportamento justo, e ele era justo, cresce no silêncio, poucas palavras, e cresce na ternura que é capaz de proteger as próprias fraquezas e as dos outros”.

(BF/MJ)

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Acidente na Catalunha: Papa dedica missa às estudantes que morreram um ano atrás

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Cidade do Vaticano (RV) – Um ano depois do acidente de ônibus que matou 13 estudantes na Espanha, alguns pais e familiares das sete vítimas italianas da tragédia estiveram presentes na missa celebrada na manhã desta segunda-feira (20) pelo Papa, na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. A homilia foi dedicada a São José e a celebração eucarística, como sublinha o L’Osservatore Romano, o Pontífice ofereceu em memória às jovens vítimas que participavam do programa de intercâmbio ‘Erasmus’ na Catalunha. 

Na solenidade litúrgica de São José, o Papa se concentrou na figura do santo padroeiro da Igreja Universal. Através dele, Francisco indicou um modelo de “homem justo”, de “homem capaz de sonhar”, de “proteger” e de “levar adiante” o sonho de Deus sobre o homem. Um exemplo para ser seguido por todos e especialmente pelo jovens, aos quais José ensina a nunca perder “a capacidade de sonhar e de arriscar” e de assumir “tarefas difíceis”.

Muitos os sonhos para o futuro deveriam ter as 13 estudantes que, um ano atrás, morreram no acidente de ônibus na Espanha. Arianna Furi, 19 anos, no site “In cammino”, comenta que “ainda hoje é impossível dar um sentido a essa desgraça. É inconcebível pensar que jovens como eu tiveram que morrer durante uma das melhores experiências das suas vidas, em meio a tantos sorrisos, aos cantos, às selfies e ao cansaço daquela aventura europeia”.

Em 20 de março de 2016, o ônibus levava 56 estudantes estrangeiros para Barcelona quando, na estrada da província de Tarragona, o veículo perdeu o controle, atravessou a pista, tombou e se chocou num carro. Além das vítimas fatais, 43 pessoas ficaram feridas. (L’Osservatore Romano/AC)

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Papa: "Perdão por violências em Ruanda; deturpado rosto da Igreja"

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira (20/03) o Papa recebeu no Vaticano Presidente de Ruanda, Paul Kagame, em audiência oficial.  

O comunicado

A nota divulgada pela Secretaria de Estado informa que foram destacadas as boas relações entre a Santa Sé e Ruanda e enaltecido o caminho rumo à estabilização social, política e econômica do país. Foi também ressaltada a colaboração entre o Estado e a Igreja local na obra de reconciliação nacional e pacificação. Neste contexto, o Papa expressou a dor sua, da Santa Sé e de toda a Igreja pelo genocídio contra os membros da etnia tutsi, manifestando solidariedade pelas vítimas e por todos os que ainda padecem as consequências daqueles eventos. 

O Papa, que se reuniu por 20 minutos a portas fechadas com o Presidente, havia oferecido em 2014 o apoio da Igreja Católica para a reconciliação em Ruanda, por ocasião dos 20 anos de genocídio.

O massacre de quase um terço da população ruandesa foi perpetrado pela maioria hutu ante a total indiferença do resto do mundo. 

Perdão em nome da Igreja

“Em linha com o gesto de São João Paulo II, no Grande Jubileu de 2000, Francisco implorou o perdão de Deus pelos pecados e faltas da Igreja e de seus membros – sacerdotes, religiosos e religiosas – que cederam ao ódio e à violência, traindo sua missão evangélica”, consta na nota.

O Pontífice disse esperar que este humilde reconhecimento da omissão da Igreja naquela circunstância – que deturpou o rosto da Igreja – contribua para ‘purificar a memória’ e promover com esperança e confiança um futuro de paz, testemunhando que é concretamente possível viver e trabalhar juntos quando a dignidade da pessoa humana e o bem comum são colocados no centro.

Enfim, os dois Chefes de Estado trocaram opiniões sobre a situação política e social da região, especialmente em relação às áreas atingidas por conflitos ou calamidades naturais. Ambos se mostraram preocupados com o grande número de refugiados e migrantes sem assistência e apoio por parte da comunidade internacional e dos organismos regionais.

Em apenas três meses de 1994, o genocídio de Ruanda deixou 800 mil mortos e dois milhões de refugiados. 

Troca de presentes

Francisco ofereceu a Kagame uma medalha representando “um deserto que se tornou um jardim”, numa alusão ao país em reconstrução após o genocídio.
O presidente ruandês deu ao Papa uma vara tradicional africana “para convocar as pessoas”.

(CM)

 

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Bispos de El Salvador: convite ao Papa para canonizar Romero no país

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta segunda-feira (20), em visita ad Limina, o Papa Francisco recebeu os bispos de El Salvador. Entre os temas colocados em pauta, a canonização de Dom Óscar Romero, assassinado em 24 de março de 1980 durante a guerra civil salvadorenha, enquanto celebrava missa na capela do Hospital Divina Providência. Em agosto deste ano será lembrado o aniversário de 100 anos do seu nascimento e a comunidade daquele país espera que a canonização possa acontecer ainda neste ano. 

O arcebispo de San Salvador e presidente da Conferência Episcopal, Dom José Luis Escobar Alas, esteve presente na audiência com o Papa e comentou como procede a causa de Romero.

Dom José - "Em 28 de fevereiro concluímos a investigação do processo para o milagre. Gostaríamos que o Papa canonizasse Romero em El Salvador e o convidamos a ir ao país em 15 de agosto, dia do centenário do seu nascimento. Talvez, se a Divina Providência quiser, o milagre será aprovado pela Santa Sé e o Papa deverá canonizá-lo em 15 de agosto. Seria uma bênção muito grande para nós! Gostaríamos também que fosse beatificado o Pe. Rutilio Grande, o sacerdote jesuíta que morreu mártir, como Romero, em 1977. A fase diocesana da sua causa de beatificação terminou no ano passado e a documentação já chegou na Congregação para as Causas dos Santos."

Em El Salvador, mais de 90% da população é cristã. Segundo Dom José, essa característica junto à história dos mártires fizeram crescer as vocações, do diaconato e dos catequistas:

Dom José - “À diferença de outros países que não têm muitas vocações, nós temos muitas. É um fenômeno interessante. A fé e a participação dos fiéis está aumentando. Devemos reconhecer, entretanto, que existe um número significativo de católicos que entraram em novos movimentos religiosos, que estão efetivamente em aumento. Vivemos essa situação e seria injusto não falar, mas somos otimistas.”

Entre outros desafios pastorais da Igreja de El Salvador, segundo o arcebispo, está “a defesa da vida, em sentido amplo como justiça, verdade e paz numa sociedade marcada pela violência”.

Dom José - “Escrevemos uma carta pastoral dedicada exatamente ao tema da violência. No documento, expressamos o nosso ponto de vista com uma análise histórica que evidencia como, infelizmente, o país tenha sofrido violência dos tempos da Conquista até o conflito armado do final do século passado, que terminou com um acordo de paz que não foi plenamente respeitado. Não foi uma verdadeira justiça, mas uma lei de anistia inapropriada, ilegítima, que escondeu tudo, inclusive os crimes contra a humanidade.”

Paralelamente surgiu o fenômeno dos grupos violentos, o crime organizado, o narcotráfico, “um problema de exclusão social e de idolatria do dinheiro. Não se trata de uma luta pelos ideais, mas de uma busca ao poder e, para isso, não existem nem mesmo princípios”, explicou Dom José, ao abordar, inclusive, como enfrentar o problema do ponto de vista pastoral.

Dom José - “Acreditamos que a solução seja criar um ambiente favorável. A violência não é uma causalidade: existe uma causa e é a pobreza. As regiões mais pobres do país são as mais violentas, aquelas que a sociedade abandonou. Por isso é importante que o governo e a sociedade inteira focalizem a atenção sobre essa realidade e criem realmente oportunidades de estudo para os jovens e de trabalho para os adultos.”

O problema de base, então, que é também o econômico, é sempre o mesmo: “a miséria e a impossibilidade de prosseguir” que também gera o fenômeno migratório, afirmou o arcebispo.

Dom José - “Quando uma parte da família emigra, a unidade familiar é rompida e as consequências são terríveis. Junto a isso se soma a problemática nos Estados Unidos: como sabemos, com o novo governo e o novo presidente americano se criou um clima de inquietude e de temor pelas deportações. Os nossos países não têm condições de repatriar todos os nossos compatriotas. Seria um desastre para eles e para aqueles que acolherão. Certamente, como Igreja, estamos com os braços abertos e vamos trabalhar sem cansar para os nossos irmãos.”

Nesta terça-feira (21), os bispos de El Salvador participarão da missa do Papa na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. (AC)

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Papa: sociedade esteja livre de condicionamentos da delinquência

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Cidade do Vaticano (RV) - Um encorajamento “à comunidade cristã e civil a comprometer-se sempre mais na construção de uma sociedade justa, livre dos condicionamentos da delinquência e pacífica, onde as pessoas honestas e o bem comum sejam tutelados pelos órgãos competentes”.

É a exortação do Papa Francisco na mensagem enviada aos familiares das vítimas de máfia reunidos estes dias em Locri – região italiana da Calábria – por ocasião do Dia da Memória e do compromisso, celebrado esta terça-feira, 21 de março, promovido por “Libera” com o apoio da Conferência episcopal regional da Calábria. 

A carta do Papa Francisco foi lida pelo secretário da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Dom Nunzio Galantino, que levou às centenas de familiares das vítimas inocentes de máfia a saudação e a proximidade espiritual do Santo Padre.

“Sua Santidade faz votos de que o encontro ajude a refletir sobre as causas das numerosas violações do direito e da legalidade, que em muitos casos acabam em episódios de violência e fatos delituosos”, referiu Dom Galantino.

“Com esses votos o Papa Francisco, ao tempo em que assegura sua oração por aqueles que combatem a chaga social do crime e da corrupção, atuando em prol de um futuro de esperança, concede de coração a sua Bênção apostólica”, conclui a carta.

Após a leitura da mensagem, ainda em nome do Santo Padre, Dom Galantino dirigiu algumas reflexões aos parentes das vítimas de máfia.

“O luto, a dor e o sofrimento de vocês não podem ficar fechados em suas casas e no âmbito de seus parentes e conhecidos”, mas “levados com grande dignidade ao público, devem provocar rechaço, vergonha e condenação para aqueles que provocaram estes lutos para realizar seus planos de prevaricação delinquencial”, disse o bispo.

Em seguida, dirigindo-se a quem administra a coisa pública, o secretário da Conferência Episcopal Italiana fez “um chamado à responsabilidade”. “Encontrando essas pessoas devem sentir premente a necessidade de distanciar-se da delinquência, devem ter forte aversão à anuência e proximidade de quem os privou de um ente querido”, afirmou o prelado.

“O luto, a dor e o sofrimento de vocês têm muito a dizer também a nós. Deve ser sempre claro a todos que com palavras fortes e gestos críveis a Igreja é mil milhas distante de quem com arrogância e prepotência quer impor lógicas de autoritarismo e de delinquência, de quem por vezes busca de modo indolente instrumentalizar a Igreja e as realidades sagradas para acobertar seus malfeitos.”

“Diante de quem dirige o carro da violência da arrogância e da morte devemos fazer tudo que for necessário para tirar o volante da violência das mãos da criminalidade. Sem poupar-nos”, concluiu Dom Galantino.

Também os bispos da Conferência regional siciliana reiteram que “a Igreja é distante anos luz da delinquência”, acrescentando:

“Todos aqueles que, de algum modo deliberadamente, fazem parte da máfia ou a ela aderem ou são coniventes, saibam que estão e que vivem em insanável oposição ao Evangelho de Jesus Cristo e, por conseguinte, à sua Igreja”, acrescentam os bispos sicilianos. (RL / ER)

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Divulgado programa da viagem do Papa à Fátima

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi divulgado nesta segunda-feira (20/03) o programa oficial da peregrinação do Papa Francisco ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Nos dias 12 e 13 de maio, o Pontífice irá a Portugal homenagear o centenário das Aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria. 

O avião papal decola do aeroporto de Fiumicino às 14h de sexta-feira (12/05) com destino à base aérea de Monte Real. Localizado na localidade de Serra do Porto de Urso, freguesia de Leiria, neste aeródromo militar da Força Aérea Portuguesa o Papa terá seu primeiro compromisso em terras lusitanas: a cerimônia de boas-vindas. Em seguida, numa sala fechada, haverá também o encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Após uma breve visita à Capela da Base Aérea, o Pontífice vai ao estádio de Fátima. O deslocamento será de helicóptero. Ali, com um carro aberto, Francisco irá ao Santuário.

Às 18h15, está programada a visita à Capelinha das Aparições e uma oração, seguida pela bênção das velas. Nesta ocasião, o Papa fará uma saudação aos fiéis e rezará o Santo Rosário.

A agenda de sábado (13/05), prevê um encontro com o primeiro-ministro, António Costa, na Casa Nossa Senhora do Carmo; a visita à Basílica Nossa Senhora do Rosário e a Santa Missa, no adro do Santuário. O Papa deve também fazer uma saudação aos enfermos.

Após o almoço com os bispos portugueses na Casa Nossa Senhora do Carmo, Francisco retorna à base aérea de Monte Real, de onde parte para Roma. A chegada está prevista para 19h, horário romano, no aeroporto de Ciampino. 

(CM)

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Santa Sé e governo egípcio preparam viagem do Papa ao país

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Cairo (RV) - Uma delegação do Vaticano encontrará no próximo final de semana,  no Cairo, uma delegação do Presidente egípcio Al Sisi, em vista da viagem do Pontífice ao país norte-africano nos dias 28 e 29 de abril, segundo anunciado no sábado (18/03).

Em honra ao ilustre hóspede e para garantir a máxima segurança, toda a preparação técnica foi confiada a um grupo do presidente egípcio, que já visitou o Papa no Vaticano, em 2014.

Al Sisi tem por Francisco "uma grande estima", além de admirar sua "estatura moral e espiritual, como também suas corajosas posições sobre alguns temas internacionais".

Logo após o anúncio oficial da visita, a Presidência do Egito divulgou um comunicado onde afirma que o país "dá as boas-vindas aos seu precioso hóspede e diz aguardar com impaciência esta visita como uma mensagem de paz, tolerância e diálogo entre toda a humanidade das diversas religiões".

Segundo informações do porta-voz da Igreja Católica egípcia, Padre Rafic Greiche, o programa da visita do Papa Francisco será muito intenso e se realizará precisamente em um período - após a Páscoa -  em que se realizam muitos encontros, orações, festas. Este ano, a Páscoa ortodoxa e a Católica serão festejadas na mesma data.

O primeiro dia da visita, 28 de abril, será reservado a encontros com o Presidente Al Sisi, com o Patriarca copta-ortodoxo Tawadros II e com o Grão Imame de Al-Azhar Ahmed al-Tayyeb. Muito provavelmente, nesta última visita, o Pontífice manterá encontros com professores da universidade, doutores corânicos, além de outras personalidades do Conselho dos Sábios muçulmanos.

Mais tarde, acompanhado por Tawadros, o Santo Padre presidirá uma oração ecumênica pelos mártires coptas. O desejo dos cristãos é o de realizar este momento na sede do Patriarcado Copta, próximo à Catedral de São Marcos e à Igreja de São Pedro, onde em 11 de dezembro passado um atentado matou 25 fieis e feriu outros 50. Mas até o momento o local não recebeu o OK da segurança.

O dia seguinte, 29 de abril, será dedicado aos encontros com os católicos: bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.

O anúncio da visita de Francisco foi noticiado por todos os jornais árabes, sem comentários, nem mesmo por parte dos jornais salafitas, geralmente críticos ao Presidente Al Sisi e a outras religiões. (JE/Asianews)

 

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Ação Católica acompanha com oração viagem do Papa ao Egito

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Roma (RV) - A extraordinária notícia da vigem do Santo Padre ao Egito dias 28 e 29 de abril próximo “revela” o motivo pelo qual o encontro nacional entre o Papa Francisco e a Ação Católica Italiana foi transferido para 30 de abril. Trata-se de uma notícia belíssima, que reforça ainda mais em nós o desejo de encontrar o Pontífice no dia seguinte ao do seu retorno.

É o que afirma, num comunicado, a Ação Católica Italiana (ACI) após a notícia oficializada este sábado pela Sala de Imprensa da Santa Sé da visita do Pontífice ao país árabe.

“A absoluta relevância histórica deste evento, a promessa de paz e fraternidade que traz consigo enchem mais uma vez nosso coração de gratidão e nos convidam a acompanhar a viagem do Santo Padre com a oração e com nosso afeto, que se une ao dos cristãos e dos homens de boa vontade do mundo inteiro”, acrescenta a associação católica laical da Itália.

A Ação Católica Italiana e a Ação Católica do mundo inteiro (que nestes dias estarão reunidas em Roma e no Vaticano no II Congresso internacional sobre a Ação Católica) asseguram  sua proximidade ao Santo Padre.

À luz do grande esforço que o aguarda no Egito, somos realmente gratos e reconhecedores ao Papa Francisco que, sem adiar um encontro desejado e esperado por toda a associação, “quis encontrar igualmente os milhares de membros da Ação Católica que, oriundos de toda a Itália e do mundo, estarão em Roma na manhã do domingo, 30 de abril”, lê-se no comunicado.

“Estamos certos de que a alegria, o afeto e o apoio que naquele dia a Ação Católica saberá demonstrar ao Santo Padre será contagiosa, e o ajudará a superar as fadigas da viagem”, afirmam.

Igualmente, concluem, “esperamos que o encoraje a prosseguir na missão, o compromisso que mais uma vez repetiremos naquela manhã: a vontade de fazer da Ação Católica um instrumento à disposição da Igreja italiana e da Igreja universal para dar aplicação concreta à Evangelium gaudium”. (RL)

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Vaticano promove encontro sobre defesa de recursos hídricos

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Cidade do Vaticano (RV) – Por ocasião do Dia Mundial da Água a ser celebrado na quarta-feira 22 de março, o Pontifício Conselho da Cultura organiza a iniciativa “Watershed: replenishing the water values for a thirsty world”("Bacia hidrográfica: reabastecer os valores da água para um mundo sedento").

Convidados pelo Cardeal Gianfranco Ravasi – segundo refere o l’Osservatore Romano – alguns estudiosos  internacionais das problemáticas ambientais ligados aos recursos hídricos participarão da Audiência Geral com o Papa Francisco na Praça São Pedro, seguindo após para o Augustianum,  onde terá lugar a conferência voltada, em particular aos representantes do Corpo Diplomático credenciado junto à Santa Sé e aos prelados da Cúria Romana.

Entre os conferencistas estarão, entre outros, o Cardeal Peter Turkson, Presidente do dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral e o Arcebispo Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados.

A iniciativa é uma resposta concreta que o dicastério procura dar às questões levantadas pela Encíclica Laudato Si, em colaboração com o Clube de Roma e a Escola Superior de Cultura Social e mediática de Toru, na Polônia.

Sustentada por uma campanha no site http://worldwatervalues.org e nas redes sociais – que aposta no envolvimento dos jovens na defesa daquele que é um dos mais preciosos bens comuns – a iniciativa quer ser um verdadeiro divisor de águas na promoção de uma nova cultura do respeito pelo ambiente, centrada nos valores a serem oferecidos a um mundo sempre mais sedento.

(JE – L’Osservatore Romano)

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Caritas Internacional: mundo não se preocupa com pessoas famintas

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Cidade do Vaticano (RV) - “Precisamos de uma consciência global mais forte, ciente de que a humanidade está em perigo. Devemos agir antes que seja tarde demais. Dar comida é absolutamente necessário, no entanto, temos que trabalhar sobre as causas dos conflitos.” Essas foram as palavras do secretário-geral da Caritas Internacional, Michel Roy.

Segundo a ONU, o mundo está enfrentando a sua pior crise humanitária desde 1945. Os piores efeitos estão no Sudão do Sul, Somália, Iêmen e Nigéria. São 200 milhões de pessoas que não têm comida. ”Para lidar com este momento critico da história, precisamos de pelo menos 4,4 bilhões de dólares até o final de julho, caso contrário as pessoas vão morrer de fome”, frisou Roy.

De acordo com o secretário-geral da Caritas Internacional, o mundo não se preocupa com o bem-estar dos pobres. “As Nações Unidas têm falado sobre a fome em quatro países, mas existem mais necessitados. As principais razões para este cenário são: a mudança climática e os conflitos. Ambos causados por ação humana. Isto é o que me entristece mais”, disse ele.

No Sudão do Sul, por exemplo, após as aldeias serem atacadas pelos rebeldes, as pessoas fogem para as regiões onde não há nada para comer. “No Rio Nilo tem grande potencial agrícola, mas o governo do Sudão do Sul e os rebeldes não se preocupam com as pessoas. A Somália, no entanto, é governada pelos Shabab: ali é muito difícil levar comida por causa de instabilidade e tensões”. “No nordeste da Nigéria”, acrescentou, “há a milícia dos fundamentalistas islâmicos de Boko Haram. A comunidade internacional não pode aceitar isso”.

Roy diz sentir amargura quando vê que as pessoas se preocupam com coisas fúteis. “Nós não percebemos o que é realmente sério. O Papa Francisco falou da globalização da indiferença: este é um dos desafios deste momento histórico", sublinhou.

“No Burundi, por exemplo, há um presidente que quer permanecer no poder indefinidamente. Na República Democrática do Congo, Ruanda e Congo Brazzaville é o mesmo. Na Venezuela, as pessoas não têm comida. Elas vão procurar no Brasil. Mas quem está no poder e os militares não têm problemas de comida e remédios. São todas  causas não naturais. Se a população comer ou não, não está entre suas prioridades”, concluiu o secretário-geral da Caritas Internacional.

(MD)

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Igreja na América Latina



Enchentes no Peru: Presidente agradece Papa pelas orações

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Lima (RV) - Piora a situação das populações peruanas atingidas pelas enchentes provocadas pelo fenômeno atmosférico “El niño”. As áreas costeiras  situadas no norte do país são as mais afetadas.

Segundo a Agência Sir, o balanço oficial subiu para 75 mortos, mais de 630 mil pessoas foram afetadas e 70 mil estão desabrigadas por causa das chuvas acima do normal.

Num tuíte, o presidente do Peru, Pedro Paolo Kuczynski, agradeceu ao Papa Francisco, em nome de todo o povo peruano, “pelas orações e encorajamento”, expressos durante o Angelus do último domingo (19/03).
 
Em todas as igrejas peruanas se realizaram, neste domingo, um dia de oração, promovido pela Igreja no Peru, e uma coleta nacional. A Arquidiocese de Lima decidiu cancelar a Marcha anual pela vida a fim de concentrar os esforços dos voluntários no socorro às populações, vítimas das enchentes.
 
O Arcebispo de Lima, Cardeal Luis Cipriani Thorne, disse: “Este é o momento em que devemos permanecer unidos e trabalhar para que o verdadeiro amor pelo próximo desperte o nosso coração.”

(MJ)

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Arcebispo de Tijuana: egoísmo ergue muros que pretendem nos dividir

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Tijuana (RV) - Realizou-se, neste domingo (19/03), na Arquidiocese de Tijuana, situada no confim entre México e Estados Unidos, a 17ª macha pela vida, a paz e os migrantes.

A arquidiocese manifestou sua proximidade aos migrantes no momento em que os Estados Unidos confirmaram o desejo de  erguer muros. A marcha tradicional pela vida é promovida pela Igreja local e este ano quis ser um evento, sobretudo, para os migrantes. Teve início com a oração diante do muro, que existe há vários anos, em Tijuana, situado na fronteira.
 
O arcebispo dessa cidade, Dom Francisco Moreno Barrón, inseriu no muro alguns sinais da cruz e da coroa de espinhos. “Um gesto que fala por si mesmo”, disse ele segundo a Agência Sir.
 
“Queremos estar próximos a todos os nossos irmãos migrantes, não somente dos que atravessam esta fronteira. Toda a comunidade humana é uma só família que saiu das mãos de Deus, por amor. Somos chamados a viver no amor como uma só família”, sublinhou. 

“Infelizmente, por causa do egoísmo presente no mundo e no âmago das pessoas se ergueram muros, não somente no passado, mas também no presente, muros que pretendem nos dividir, estabelecer distâncias e às vezes nos colocar uns contra outros, quando, ao invés, precisamos de pontes que nos ajudem a construir a fraternidade, a viver em paz e a realizar o sonho de Deus para os seus filhos: que vivam unidos no amor”, disse ainda Dom Moreno Barrón. 

“Estamos conscientes de que somos uma arquidiocese migrante. O sinal de estar aqui diante do muro é muito significativo. Peçamos a Deus para proteger os nossos irmãos migrantes”, concluiu o arcebispo.
 
A marcha pela vida e pelos migrantes prosseguiu com a procissão e a celebração da Eucaristia. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



Bispos da Sicília: insanável oposição entre máfia e Evangelho

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Palermo (RV) - “Todos aqueles que, de algum modo deliberadamente, fazem parte da máfia ou a ela aderem ou são coniventes, saibam que estão e que vivem em insanável oposição ao Evangelho de Jesus Cristo e, por conseguinte, à sua Igreja.”

É a forte advertência da Conferência episcopal regional da Calábria – sul da Itália – no comunicado final da sessão de primavera (no hemisfério norte) reunida nos dias 16 a 18 do corrente em Nicosia, província de Enna, em concomitância com o bicentenário das dioceses locais.

Proximidade aos jovens e às famílias feridas

O encontro teve a celebração de uma missa pontifical presidida na catedral pelo presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco. Durante os trabalhos os dezoito bispos que compõem o Regional abordaram também outros temas que a Igreja siciliana tem a peito.

Da necessidade de uma “concreta, vigilante, paterna proximidade aos jovens, à intenção de produzir orientações comuns às Igrejas sicilianas para acompanhar, discernir e integrar as fragilidades das famílias e as situações irregulares.

A centralidade dos jovens e um forte não às máfias

Os bispos querem manifestar sua proximidade sobretudo aos jovens que não se resignam diante da situação de desemprego:

“Temos a convicção de que apostar nos jovens é um ato de lucidez política”, ao qual, hoje e não amanhã, “não se deverá eximir as instituições voltadas a criar as condições para incrementar a ocupação no sul”.

A propósito, os bispos sicilianos dizem não a lógicas de clientelismo, lentidões burocráticas, e às investidas da criminalidade organizada. Diante de tantos recursos dos quais a Sicília é rica, os bispos locais pedem que os jovens sejam colocados no centro e se diga um não “contundente às máfias, às ilegalidades, à corrupção e à violência”. (RL)

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Após 10 meses de trabalhos Santo Sepulcro será reaberto à visitação

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Jerusalém (RV) - Faltam somente quatro dias para a cerimônia ecumênica que marcará o término dos trabalhos de conservação e restauração do sepulcro de Jesus. Os trabalhos de restauração na Basílica, no entanto, terão prosseguimento em uma fase sucessiva.

Dia e noite as equipes comandadas pela Professora Moropoulou se revezam para ultimar os trabalhos na Edícula e nos espaços a ela adjacentes. Tudo deverá estar pronto até as 10 horas da manhã de quarta-feira, quando as Igrejas, reunidas solenemente em oração, contemplarão os resultados de dez intensos meses de trabalhos.

Nas primeiras filas da cerimônia estarão os representantes das três Igrejas signatárias do acordo que permitiu o início dos trabalhos: o Patriarca ortodoxo Theophilos III; o Custódio da Terra Santa Frei Francesco Patton e o Patriarca armênio Nourhan Manougian. Ao lado deles, o Administrador Apostólico do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos, o Arcebispo Pierbattista Pizzaballa, que assinou o acordo quando ainda era Custódio da Terra Santa.

Também estarão presentes todos os Auxiliares patriarcais das Igrejas do Santo Sepulcro: Coptas, Siríacos e Eríopes, além de representantes das outras Confissões cristãs da Terra Santa. A celebração também contará com a participação de convidados ilustres, entre eles o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I. A Santa Sé também deverá enviar um alto representante para a celebração.

Um comunicado divulgado pela Custódia no último sábado anunciou a doação de 500 mil dólares pelo Papa Francisco para os trabalhos nas Basílicas do Santo Sepulcro e da Natividade, valor que será destinado às próximas fases do projeto de recuperação.

A Edícula, que conserva o que resta do sepulcro de Jesus, foi consolidada, reparada, estabilizada e limpa, mas as causas de sua fragilidade não puderam ser eliminadas por completo, como a questão da umidade, cujo trabalho de erosão prossegue lentamente.

A cidade de Jerusalém, como se sabe, foi inteiramente construída sobre a rocha. O que se ignora no entanto, é que em Jerusalém chove tanto quanto em Londres. A água da chuva, uma vez chegando ao nível da rocha, não percola, ficando estagnada. Ou então evapora, elevando a taxa de umidade nas moradias da cidade, incluindo a Basílica. A isto soma-se os bolsões de água criados no subsolo da construção,  quer pelos restos das construções anteriores, quer pela destruição de antigas canalizações.

Financimento dos trabalhos

Os trabalhos foram concluídos com um custo estimado de cerca de 3,5 milhões de dólares, tendo sido financiados pelas três principais Confissões cristãs do Santo Sepulcro: os Greco-ortodoxos, os Franciscanos e os Armênios. A estes, soma-se a contribuição do Governo grego e de benfeitores privados. O Fundo Mundial para os Monumentos (World Monuments Fund, WMF) teve um papel preponderante na coleta de fundos necessários.

Importante também foi a contribuição do Rei Abdullah II, da Jordânia, através de uma "makruma", ou seja, uma doação real de beneficência. Também a Autoridade Nacional palestina contribuiu para a realização dos trabalhos.

Para a nova fase - com um gasto previsto de seis milhões de dólares - deverá ser removida toda a pavimentação ao redor da Edícula, sendo então substituída por outra de idêntico estilo. Também serão consolidas as fundações da Edícula, para garantir a estabilidade sísmica do conjunto.

Este trabalho poderá ser a ocasião para novas escavações arqueológicas, em continuidade àquelas realizadas pelo Padre Virgilio Corbo ofm nos anos sessenta.

(JE - Custódia da Terra Santa)

 

 

 

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Rússia: Dom Clemens Pickel novo presidente da Conferência episcopal

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Moscou (RV) – Dom Clemens Pickel, Bispo da Diocese de São Clemente em Saratov, cidade no sudeste da Rússia europeia, é o novo presidente da Conferência episcopal da Federação Russa. A escolha foi feita durante a plenária dos Bispos que se realizou nos dias 16 e 17 deste mês de março em Sochi, às margens do Mar Negro.

Dom Pickel substitui o Arcebispo de Moscou, Dom Paolo Pezzi, que presidiu a Conferência durante dois mandatos. Como vice-presidente foi eleito o Bispo de Novosibirsk (Sibéria), Dom Joseph Werth; no cargo de Secretário-geral foi confirmado o Padre Igor Kovalevsky.

Num comunicado divulgado no final dos trabalhos, foram informados os temas debatidos pelos Bispos: “as relações Igreja-Estado, o diálogo inter-cristão e inter-religioso, as atividades sociais e caritativas da Igreja, a pastoral das famílias e dos jovens”. Uma questão que mereceu particular destaque foi o tema dos diáconos permanente e, os Bispos, informa ainda a nota, adotaram o documento “Orientações sobre a formação, a vida e o ministério dos diáconos permanentes na Federação Russa”.

Participam da Conferência episcopal russa quatro bispos: Dom Paulo Pezzi, Arcebispo de Moscou; Dom Clemens Pickel, Bispo de Saratov; Dom Joseph Werthm Bispo de Novosibirsk e Dom Kirill Klimovich, Bispo de Irkutsk. Dos trabalhos também participou o Núncio na Federação Russa, o Arcebispo Celestino Migliore.

 

 

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Ajuda Igreja que Sofre: um olhar sobre a África

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Lisboa (RV) - Campanha de Quaresma da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre quer dar a conhecer o sofrimento dos países africanos, e o que já está sendo feito. Só a AIS tem 1.800 projetos em 45 países, mas precisa de apoio para continuar a ajudar. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou uma campanha internacional de apoio à Igreja em África.

Catarina Martins, da Fundação AIS em Portugal, explicou à Rádio Renascença de Portugal que a organização decidiu que nesta Quaresma era preciso recentrar as atenções no continente africano:

“Nos últimos anos a AIS tem estado muito focada no que está acontecendo no Oriente Médio, mas nós continuamos a ajudar o mundo todo. Onde há alguém que esteja sendo perseguido, onde há uma necessidade por causa da sua fé, a AIS quer estar presente. E a África não tem sido esquecida, continuamos a apoiar, mas não temos falado tanto. Agora foi decidido que é preciso dar a conhecer esta realidade que não é tão falada”.

Mas, por quê agora? “Porque temos situações gravíssimas que estão ocorrendo na África. A lista dos 20 países mais pobres está na África, que precisa, de fato, de ter a ajuda do exterior, ajuda de instituições como a AIS e outras que estão no terreno”.

Catarina Martins apela, por isso, à generosidade de todos nesta campanha, lembrando que são os sacerdotes, religiosas e leigos que asseguram a ajuda de emergência e os serviços básicos em muitos países: “São os padres, são as irmãs, que ajudam na questão da alimentação, na questão da educação, na questão da saúde. Os bens essenciais que uma comunidade necessita estão quase sempre assegurados pela Igreja”, sublinha.

Só a AIS promove diretamente 1.800 projetos em dezenas de países africanos, mas para lhes dar continuidade precisa de apoio: “Estamos em 45 países a apoiar diretamente a Igreja, alguns com mais incidência”, explica. É o caso do Sudão e do Sudão do Sul, onde “a ONU prevê que a partir de junho não haverá mais comida, por causa da seca”, lembra a responsável pela Fundação em Portugal, lamentando a situação dramática que se vive no mais jovem país do mundo, onde o conflito tribal se reacendeu.

“É uma situação de grande violência. Há ali uma conjugação de vários fatores que tem levado a uma fuga em massa e, mais uma vez, é a Igreja que está ajudando estas pessoas com bens essenciais, é nas igrejas que conseguem encontrar algum conforto e algum apoio. Há aldeias e vilas que estão completamente devastadas. São duas etnias que estão lutando entre si e é a Igreja que está neste momento acolhendo as pessoas que perderam tudo, e que está também realizando um trabalho extremamente importante que é o de promover a reconciliação entre as partes”.

A Nigéria tem sido outra das grandes prioridades da AIS, tal como a República Centro-Africana, a República Democrática do Congo, mas também a Tanzânia, o Chade, o Quênia ou os Camarões. Em muitos deles tem alastrado o terrorismo e a perseguição religiosa, chamando em causa “a tradicional harmonia e tolerância em que as comunidades cristãs e muçulmanas têm vivido em África”.

A campanha da AIS quer, por isso, sensibilizar os cristãos de todo o mundo para o sofrimento no continente africano, onde há uma mistura explosiva de guerra e conflitos tribais, terrorismo e perseguição religiosa, fome e pobreza extrema. “Há países onde a situação é dramática, porque para além destas questões da pobreza, nos últimos anos aumentou a perseguição religiosa por grupos radicais que estão a atuar em vários países. Está a ser feita uma limpeza das religiões minoritárias, e de facto só a Igreja católica e as instituições da Igreja poderão estar no terreno a ajudar”, sublinha Catarina Martins Bettencourt.

Mas, apesar de todas as dificuldades há “sinais estimulantes de novas vocações e de uma vitalidade surpreendente da vida comunitária da Igreja”. Segundo os dados da AIS, o número de fiéis quadruplicou nos últimos 35 anos, passando de 55 milhões para 215 milhões. África é, a par da Ásia, o continente com o aumento mais significativo de vocações sacerdotais.

A campanha de Quaresma da AIS está sendo promovida a nível internacional pelos 23 secretariados da Fundação, e não visa ser apenas um gesto humanitário de auxílio às populações em risco, pretende também ser “uma resposta dos cristãos de todo o mundo – e de Portugal também – à Igreja necessitada em África, e que precisa, mais do que nunca, da nossa ajuda”.

Esta campanha de apoio à Igreja que sofre em África decorre ao longo da Quaresma. Para saber como ajudar entre em contato com a Fundação AIS, através do seu site. (SP-RR)

 

 

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Formação



JMJ 2019: recorde de propostas para logo e hino

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Cidade do Vaticano (RV) – “O número superou em quase o dobro as nossas expectativas, os concorrentes deverão ter um pouco mais de paciência”, declarou a Rádio Vaticano o Secretário Executivo da Jornada Mundial da Juventude da Cidade do Panamá em 2019, Victor Chang.

 Devido ao grande número de propostas recebidas – 103 para o logotipo e 57 para o hino, o prazo para a divulgação os vencedores – que seria em 17 de março – terá que ser prorrogado. 

“Não pensávamos em receber tantas propostas: o tempo que havíamos estipulado era para um número moderado de propostas. Recebemos quase o dobro do que tínhamos planejado e fomos obrigados a criar uma equipe de avaliação maior e um prazo mais flexível para fazer um melhor discernimento das propostas. Para isso, incrementamos o comitê de seleção, tanto para o logo como para o hino, e mudamos também a metodologia: agora vamos fazer uma pré-seleção para nos concentrarmos naqueles que reúnam as características e só então proceder a uma seleção final com os melhores. Aí, nos sentaremos com os representantes do vaticano para escolher aqueles que representem melhor os requisitos que buscamos”.

Critérios

“Uma proposta que fale sobre o lema da JMJ que foi escolhido pelo Papa e também que represente o que é a Igreja panamenha e também represente o país. Então, são vários os elementos que levaremos em consideração e o que mais se aproximar do que buscamos será os que serão escolhidos até chegar finalmente ao logo e ao hino da JMJ”.

Voluntários

“O processo de seleção dos voluntários internacionais de médio e curto prazo começará com o período de registro. Esperamos que aconteça nos últimos meses deste ano ou nos primeiros meses de 2018. Quanto ao voluntariado a longo prazo estamos coordenando com as conferências episcopais. Já há muitos voluntários que tem experiência e que são referidos pelas conferências e isso estamos preparando para o próximo semestre”.

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Dom Jacinto Furtado: a experiência pioneira das diaconias territoriais

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o espaço semanal “O Brasil na Missão Continental” continua com a participação do arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, trazendo-nos, na edição de hoje, duas experiências eclesiais desta Igreja particular piauiense: uma diz respeito à formação dos leigos para a ação evangelizadora cuja preparação é feita a partir das foranias; outra é a experiência das diaconias territoriais. 

Dom Jacinto fala-nos de uma experiência bonita, pioneira, em sua arquidiocese, que são as “diaconias territoriais”, onde um ou mais diáconos assumem – por mandato do bispo – a coordenação daquela comunidade.

Nesta realidade, afirma, o acento está na diversificação dos ministérios, bem sabendo que “o ministério presbiteral deve ser o ministério da síntese e não a síntese dos ministérios”.

Quanto à formação dos leigos – tema de particular importância na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe –, Dom Jacinto diz ter na arquidiocese as foranias que congregam várias paróquias. São elas, as foranias, que promovem essas formações regulares no campo bíblico, no campo litúrgico, e também a formação missionária mais específica, acrescenta. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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