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Sumario del 22/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: comunidade não tem "série A" de fortes e "série B" de fracos

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Cidade do Vaticano (RV) - "É nas Escrituras que o Pai do Senhor nosso Jesus Cristo se revela como Deus da perseverança e da consolação". Na Audiência Geral desta quarta-feira da terceira semana da Quaresma, a 11a de 2017, o Papa Francisco deu continuidade ao seu ciclo de catequeses sobre a esperança cristã, destacando a perseverança e a consolação, tratadas pelo Apóstolo Paulo na Carta aos Romanos. 

Dirigindo-se aos cerca de 15 mil fieis presentes na Praça São Pedro, o Papa explicou que "a perseverança ou paciência, é a capacidade de suportar, permanecer fiel, mesmo quando o peso é demasiado grande e somos tentados a abandonar tudo".

A consolação, por sua vez, "é a graça de saber perceber e manifestar a presença e a ação compassiva de Deus, em todas as circunstâncias, mesmo quando marcadas pela decepção e sofrimentos. Deste modo nos tornamos fortes, a fim de poder permanecer próximos aos irmãos mais fracos, ajudando-os em suas fragilidades".

Francisco recorda que a perseverança e a consolação nos são transmitidas em modo particular pelas Escrituras. "A Palavra de Deus, em primeiro lugar, nos leva a dirigir o olhar a Jesus, a conhecê-lo melhor a conformar-nos a Ele, a nos assemelhar a Ele. Em segundo lugar, a Palavra nos revela que o Senhor é realmente "o Deus da perseverança e da consolação", que permanece sempre fiel ao seu amor por nós e que cuida de nós, cobrindo as nossas feridas com o carinho da sua bondade e da sua misericórdia".

A expressão de São Paulo "nós que somos fortes, devemos suportar a fraqueza dos fracos e não procurar o que nos agrada"  -  explica o Papa - poderia parecer presunçosa, "mas na lógica do Evangelho sabemos que não é assim, é justamente o contrário, pois sabemos que a nossa força não vem de nós, mas do Senhor":

"Quem experimenta na própria vida o amor fiel de Deus e a sua consolação é capaz, ou melhor, tem a obrigação de estar próximo aos fieis mais frágeis, assumindo as suas fragilidades. E pode fazer isto sem autosatisfação, mas sentindo-se simplesmente como um "canal" que transmite os dons do Senhor; e assim se torna concretamente um "semeador" de esperança".

E o fruto deste estilo de vida - alerta o Santo Padre - não é uma comunidade "em que alguns são de "série A", isto é os fortes, e outros de "série B", isto é, os fracos. O fruto, ao contrário, como diz São Paulo, "é ter os mesmos sentimentos uns com os outros. A Palavra de Deus alimenta uma esperança que se traduz concretamente na partilha e no serviço recíproco":

"Porque também quem é "forte" experimenta cedo ou tarde a fragilidade e tem necessidade do conforto dos outros; e vice-versa na fraqueza se pode sempre oferecer um sorriso ou uma mão ao irmão em dificuldade. E é uma comunidade assim que "que a uma só voz dá glória a Deus". Mas tudo isto é possível somente se coloca no centro Jesus e a sua Palavra. Somente Ele é o "irmão forte" que cuida de cada um de nós. De fato, todos temos necessidade de ser carregados pelo Bom Pastor e de sermos envolvidos pelo seu olhar terno e cuidadoso".

Ao final de sua catequese, Francisco lançou um apelo a todas as comunidades para viverem com fé a iniciativa "24 horas com o Senhor", de 23 a 24 de março, voltado ao Sacramento da Reconciliação: "Desejo que também este ano tal momento privilegiado de graça do caminho quaresmal seja vivido em tantas igrejas para experimentar o alegre encontro com a misericórdia do Pai, que todos acolhe e perdoa".

 

 

 

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Papa no Dia Mundial da Água: tutelar um bem de todos

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Cidade do Vaticano (RV) – A “necessidade de tutelar a água como bem de todos, valorizando também os seus significados culturais e religiosos”. 

Ao saudar a os fiéis de língua inglesa na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco recordou o Dia Mundial da Água instituído pela ONU há 25 anos e saudou os participantes do encontro organizado em Roma pelo Vaticano sobre a proteção dos recursos hídricos.

“Encorajo em particular o vosso esforço no campo educativo, com propostas voltadas às crianças e aos jovens. Obrigado por aquilo que fazem, e que Deus vos abençoe”.

De fato, cerca de 633 milhões de pessoas no mundo são privadas do acesso à água potável em suas moradias e cerca de 2,4 bilhões não tem acesso aos serviços higiênico-sanitários adequados, o que provoca a cada ano a morte de mais de 300 mil crianças abaixo dos 5 anos.

Diante deste quadro que a ONU decidiu dedicar este 25º Dia Mundial da Água às águas residuais, ou seja, aquelas contaminadas por atividades domésticas, industriais e agrícolas, que são depuradas e reutilizadas segundo o objetivo sustentável fixado em 2015 pela ONU: “melhorar até 2030 a qualidade da água eliminando os despejos, reduzindo a poluição e a emissão de produtos químicos e dejetos perigosos, reduzindo pela metade a quantidade de águas residuais e aumentando a reciclagem e o reemprego seguro a nível global”.

Em 24 de fevereiro passado, o Papa havia falado de “uma grande guerra mundial pela água”, sublinhando, no entanto,  que “ainda não é tarde, mas urgente tomar consciência sobre a necessidade da água e de seu valor essencial para o bem da humanidade”.

Neste sentido, o Pontifício Conselho da Cultura organizou no Augustianum a iniciativa “Watershed: replenishing the water values for a thirsty world”("Bacia hidrográfica: reabastecer os valores da água para um mundo sedento") conferência voltada, em particular aos representantes do Corpo Diplomático credenciado junto à Santa Sé e aos prelados da Cúria Romana.

Entre os conferencistas estarão, entre outros, o Cardeal Peter Turkson, Presidente do dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral e o Arcebispo Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados.

A iniciativa é uma resposta concreta que o dicastério procura dar às questões levantadas pela Encíclica Laudato Si, em colaboração com o Clube de Roma e a Escola Superior de Cultura Social e mediática de Toru, na Polônia.

Sustentada por uma campanha no site http://worldwatervalues.org e nas redes sociais – que aposta no envolvimento dos jovens na defesa daquele que é um dos mais preciosos bens comuns – a iniciativa quer ser um verdadeiro divisor de águas na promoção de uma nova cultura do respeito pelo ambiente, centrada nos valores a serem oferecidos a um mundo sempre mais sedento.

(JE)

 

 

 

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24 horas com o Senhor: não é um slogan, mas uma chamada de consciência e oração

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Cidade do Vaticano (RV) – A proposta das “24 horas com o Senhor” deveria penetrar em todos os ambientes em preparação ao tempo pascal e se revelar uma corrente que convida para tocar concretamente aquele que é um momento de amor e de oração. O Sacramento da Reconciliação espera para ser acolhido, fazendo com que cada um se transforme num instrumento anunciador de misericórdia. 

Inclusive o Papa enalteceu a iniciativa no final da Audiência Geral desta quarta-feira (22), na Praça São Pedro, repleta de 15 mil fiéis. Francisco convidou as comunidades do mundo inteiro a viverem com intensidade as 24 horas com o Senhor que começam nesta sexta, 24 de março.

“Desejo que inclusive neste ano o momento privilegiado de graça, do caminho quaresmal, seja vivido em tantas igrejas para que possam experimentar o encontro alegre com a misericórdia do Pai, que todos acolhe e perdoa”, disse o Papa Francisco ao final da sua catequese.

As 24 horas com o Senhor não é um slogan de efeito de qualquer propaganda midiática. É um chamado de consciência para sair das sombras do egoísmo que, inevitavelmente, colocam-se sobre as relações humanas com Jesus Cristo, fazendo se afastar do Criador.

Misericórdia não significa ingenuidade, mas se deixar inundar pelo que pacifica a consciência. Deixar passar os dias e os anos sem se reconciliar com o Pai significa perder um grande tesouro dirigido a todas as famílias e à sociedade. Não é um gesto automático, mas um gesto de profunda fé no saber e se reconhecer criatura pobre e indigente, mas sempre filho de Deus.

A iniciativa das 24 horas com o Senhor, criada pela Santa Sé, acontece todos os anos desde 2013 para ser vivida em caráter mundial dentro das dioceses, já que incentiva a promoção de momentos de oração e de confissão, de anúncio do Evangelho e de vigília, que ajudem a viver a Quaresma, preparando para a Páscoa. A proposta é que as igrejas fiquem abertas durante 24h para que os fiéis possam participar do Sacramento da Reconciliação. (SIR/AC)

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Papa em Monza: famílias pobres receberão casas da Caritas

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Monza (RV) – Na ocasião da missa que o Papa celebrará em Monza, sábado (25/03), serão entregues as chaves das 55 casas reformadas pela Caritas de Milão a famílias com dificuldades econômicas. O projeto, uma ideia do Cardeal-arcebispo Angelo Scola, quer ser o ‘sinal duradouro’ de misericórdia deixado pelo Ano Santo, recém-terminado.

Quatro famílias já devem se mudar no final de março; oito em meados de abril e todas as outras nos três meses seguintes. As casas fazem parte de um lote de 55 moradias populares que estavam vazias e puderam ser designadas com a contribuição da Diocese de Milão. 

Através de um aviso público ao qual 800 famílias responderam, a Caritas Ambrosiana selecionou as beneficiadas, que atendiam aos seguintes requisitos: ser italianas ou estrangeiras com visto de permanência há pelo menos 2 anos, ter renda inferior a 26 mil euros, residir ou trabalhar no município de Milão e não possuir uma moradia adequada na região.

As casas se localizam no bairro de Niguarda, a maioria tem 2 quartos e área de 40 a 70 m2. O aluguel é simbólico. Das 55, 8 serão reservadas a núcleos familiares em situação de necessidade e emergência, identificadas pelos Serviços Sociais do Município.

(CM)

 

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Sesta do Papa em Milão será na Prisão de San Vittore

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma sesta na Prisão de San Vittore, no quarto usado normalmente pelo Capelão. Durante a visita a Milão no próximo sábado, o Papa Francisco decidiu não se deslocar até o Arcebispado para fazer seu habitual descanso após o almoço, mas permanecer na prisão por mais trinta minutos. O encontro com os detentos terá a duração de cerca três horas, sendo concluído com o almoço com Francisco. 

A circunstância é totalmente inusitada. Nunca havia acontecido algo semelhante nas viagens papais da época contemporânea, desde 1964 até hoje, e certamente nem mesmo nos séculos precedentes.

Normalmente, de fato, o momento de repouso do Santo Padre durante as suas viagens é feito na Nunciatura ou na sede do bispado local. Mas para Francisco, no entanto, trata-se de uma decisão normal, movida quem sabe também por questões práticas, visto que o deslocamento de automóvel até o arcebispado duraria cerca de 15 minutos.

Francisco não precisa de muito tempo para restabelecer as forças. Como já havia confidenciado em diversas ocasiões, basta-lhe pouco tempo para se recuperar, mesmo em condições adversas de repouso. Muitas vezes, aproveitava para repousar dentro do metro de Buenos Aires.

De qualquer maneira, esta escolha do Pontífice adquire um grande significado humano e pastoral.

(JE/La Reppublica)

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Papa em Milão: coro de sinos e 80 mil pessoas no Estádio San Siro

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Milão (RV) – A Arquidiocese de Milão anunciou que cerca de 80 mil pessoas se inscreveram para participar do encontro com o Papa no sábado (25), no Estádio San Siro. Por ocasião da visita pastoral de Francisco à cidade, estarão reunidos no local, crismandos, pais, padrinhos, madrinhas e catequistas. Além deles, mais de 400 voluntários vão trabalhar na acolhida e outros mil adolescentes participarão das coreografias do dia.

O encontro com crismandos e crismados de Milão já é tradicional na cidade e acontece desde a década de 70. Depois da visita de Bento XVI em 2012, com a participação de 65 mil pessoas, Francisco é o segundo Pontífice a encontrar os adolescentes no San Siro.

Já na chegada de Papa Francisco à cidade, porém, por volta das 8h, no Aeroporto Linate, um “coro” dos sinos de milhares de igrejas das mais de mil paróquias das dioceses vão tocar contemporaneamente. A festa musical de boas vidas será realizada a pedido do arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola. (AC)

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Igreja no Brasil



Diocese de Montenegro (RS) ganha Bispo Coadjutor

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou, quarta-feira (22/03), o Pe. Carlos Rômulo Gonçalves e Silva, 48, do clero da Arquidiocese de Pelotas (RS), como Bispo Coadjutor da Diocese de Montenegro (RS).   

O novo bispo colaborará no governo pastoral de Dom Paulo De Conto até o momento de sua renúncia, que ocorrerá no próximo mês de outubro, por ocasião de seu 75º aniversário, conforme orientações do Código de Direito Canônico. A partir da renúncia, Dom Paulo torna-se Bispo Emérito da Diocese de Montenegro e Dom Carlos Rômulo assume como novo Bispo Diocesano.

Estudos, ordenação e ministério

Dom Carlos Rômulo nasceu em24 de janeiro de 1969 em Piratini (RS). Estudou Filosofia e Teologia em instituições gaúchas, obtendo em seguida o mestrado em Teologia Espiritual na Universidade Gregoriana de Roma (2002-2004). Fez ainda cursos para Formadores de Seminário organizados pelo CELAM em Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia).

Foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1994 e a partir de 1995, no Seminário Arquidiocesano São Francisco de Paula foi: Assistente dos seminaristas menores (1995-1997), dos seminaristas do curso propedêutico (1996-2002 e 2004-2008), dos estudantes de Filosofia (1997-2002) e de Teologia (2001-2016); Diretor Espiritual (2004-2008) e Reitor (2011-2016).

Também foi Vigário paroquial de Santa Teresinha em Pelotas (1995-2002); Coordenador da Pastoral vocacional (1997-2002); Coordenador das Santas Missões Populares (2005-2007); Pároco de Nossa Senhora da Conceição em Canguçu (2008-2011); Coordenador da Pastoral presbiteral (2008-2011); Pároco (2011-2012) e Vigário paroquial (2012-2013) de Santo Cura d’Ars em Pelotas; e Professor no Instituto de Teologia Paulo VI (desde 1995).

Até agora era Vigário Geral; Diretor do Instituto de Teologia “Paulo VI”; Diretor da Escola Diaconal; Membro do Colégio dos Consultores, do Conselho Presbiteral, do Conselho para Assuntos econômicos e de alguns Conselhos da Universidade Católica de Pelotas.

A criação da Diocese de Montenegro foi anunciada oficialmente pelo Papa emérito Bento XVI em 2 de julho de 2008.

(CM)

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Igreja no Mundo



Concluída rogatória para beatificação do Pe. Ezequiel Ramin

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Pádua (RV) – A rogatória diocesana para a causa de Beatificação do Padre Ezequiel Ramin, missionário comboniano italiano assassinado em 24 de julho de 1985, em Cacoal, Rondônia, serão concluídas no próximo sábado, 25 de março. 

A rogatória havia sido aberta em 9 de abril de 2016, após o início da investigação da Diocese de Ji-Paraná sobre a fama de santidade, corroborada pela indicação de “super martyrio”, ou seja, que demonstra a consciência de que o religioso morreu na defesa da própria fé, da paz e da justiça”.

A fase diocesana do processo de beatificação do “Servo de Deus” Padre Ezequiel Ramin – já proclamado “Mártir da Caridade” pelo Papa João Paulo II – começou, com a primeira sessão pública no dia 9 de abril de 2016, na cidade italiana de Pádua.

Desde então, foram 36 as sessões do Tribunal diocesano, em que foram ouvidas 33 testemunhas provenientes de várias partes da Itália e do exterior.

O trabalho do processo rogatório havia sido aberto aberto na igreja dos Missionários Combonianos, na Via San Giovanni da Verdara, em Pádua, com a instituição do tribunal sobre o processo “super martyrio” e o juramento dos componentes.

Após um momento de oração, Dom Pietro Brazzale, coordenador geral da rogatória, havia apresentado as motivações e o significado. Seguiu-se o juramento do Bispo Claudio Cipolla e dos membros do Tribunal para a rogatória diocesana: o juiz delegado Mons. Giuseppe Zanon; o Promotor de justiça Pe. Antonio Oriente; o advogado notário das actas, Mariano Paolin, e o notário adjunto e coordenador geral da rogatória, Mons. Pietro Brazzale.

Padre “Lele” Ramin, comboniano de Pádua, foi assassinado no dia 24 de julho de 1985 em Cacoal, Rondônia.

(JE/Combonianos)

 

 

 

 

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Arquidiocese de Tijuana faz manifestação pela vida e pela paz

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Cidade do México (RV) – No último dia 19 de março, teve lugar a Marcha pela Vida e pela Paz. Este evento é realizado anualmente pela Arquidiocese de Tijuana, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

A marcha teve inicio com uma oração no muro da fronteira, onde foram colocados os símbolos da paixão de Cristo; a cruz e a coroa de espinhos. Para o Arcebispo de Tijuana, Dom Francisco Moreno Barrón, este gesto já fala por si só. “Queremos apresentar todos os nossos irmãos migrantes, não só aqueles que passam por esta fronteira”.

O arcebispo acrescenta: “a comunidade humana inteira é uma família, feita por Deus para amar. Somos chamados a viver no amor como uma família. Infelizmente, por causa do egoísmo que está presente no mundo e nas mentes dos homens, construímos muros que dividem. Ao contrário, disse, precisamos criar pontes que nos ajudem a construir a fraternidade para vivermos em paz e sermos capazes de realizar o sonho de Deus para seus filhos: viver unidos no amor”.

Para Barrón, não há dúvida de que o problema da migração diz respeito a esta conduta do ser humano. “Aqui, no entanto, o fenômeno é particularmente importante, uma vez que somos a maior fronteira do mundo, e porque do outro lado temos os Estados Unidos, a terra que muitos migrantes aspiram alcançar”, finalizou.

(MD)

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Filipinas: Novo apelo dos bispos contra a pena de morte

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Manila (RV) – Como se sabe, há poucos dias a Câmara dos Representantes das Filipinas, aprovou a volta da pena de morte para alguns crimes relacionados ao tráfico e ao consumo de drogas. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado. Tendo em vista este passo institucional importante, os bispos filipinos voltaram a usar sua voz em defesa da sacralidade da vida.

Uma mensagem foi lida no domingo passado em todas as igrejas do país. A mensagem foi para esclarecer possíveis mal-entendidos e interpretações mais arbitrárias por aqueles que ainda usam a Sagrada Escritura para justificar até mesmo o que nunca pode totalmente ser justificado. “É inadmissível apelar para as Sagradas Escrituras para apoiar a legitimidade da pena de morte”, ressaltam acrescentando: “Queridos irmãos e irmãs em Cristo, não vamos permitir que nossos poços sejam envenenados com a água amarga; queremos defender a santidade da vida e nos colocar contra a pena de morte”.

Os bispos filipinos, não escondem a gravidade da situação social, devido à propagação do tráfico de drogas. No entanto, eles argumentam: “as vítimas e algozes, ambos são nossos irmãos. A vitima e o opressor, ambos são filhos de Deus. Para o culpado oferecemos a oportunidade de se arrepender e reparar os danos de seus pecados. Para as vítimas oferecemos nosso amor, nossa compaixão e nossa esperança”.

Em países onde está em vigor a pena de morte, lembram os bispos, a legislação é justificada pelo princípio com base na restituição do mal – “olho por olho, dente por dente” – mas Jesus “desafiou e substituiu pelo mais elevado princípio da não-retaliação de mal com o mal, com justiça fundada na misericórdia”. E, voltando-se para as pessoas que apelam para a Bíblia para defender a pena de morte, os bispos recordam “quantos crimes contra a humanidade foram justificados usando a mesma Bíblia”. Ao contrario, “nós humildemente sugerimos a eles que interpretem as Escrituras corretamente, para ler como uma revelação progressiva da vontade de Deus para a humanidade, com o seu cumprimento final em Jesus Cristo, a Palavra definitiva de Deus para o mundo”. (MD)

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Etiópia: um terço em prol da missão na região somali

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Gode (RV) – Mais de um ano sem água, o gado morto ao longo das estradas de barro, pessoas mortas cotidianamente por causa da cólera, sem medicamentos e médicos, sem nenhum termômetro para mediar a febre, enquanto a temperatura passa de 45 graus. O cenário descrito é o da região somali da Etiópia. Dentre as iniciativas promovidas para esta emergência, #AyunoXti convida a rezar um terço comunitário neste dia 22 de março pela missão de misericórdia do Padre Christopher Hartley, missionário espanhol que vive desde 2008 em Gode, nesta área entre a Etiópia e a Somália. “Nós temos água, remédios, alimentos, e nos deixamos levar pelo consumismo e pelas comodidades. Ali, milhares de pessoas morrem porque não têm um copo de água. Rezemos para que Deus lhe dê força, sensibilize o Ocidente com a oração intensa e ofertas materiais”, consta no apelo.

Ao convite à oração se une a mensagem de agradecimento que o próprio Padre Christopher enviou às pessoas que ajudarem. “Queridos amigos, obrigado por sua extraordinária generosidade. Ontem pude acompanhar o primeiro carro-pipa com água na primeira aldeia indicada pelo Governo” revela à Fides. “O vilarejo se encontra a 70 km de Gode e tem 4.500 moradores. Não consigo descrever a emoção e a alegria das pessoas, que continuavam a dizer: ‘Abba, Ebbe, Xakubarakeyo’ (pai, que Deus a abeçoe). Hoje, irei a outra aldeia e assim durante toda a semana. Cada caminhão leva 24 mil litros de água. Peço-lhes somente que continuem a rezar intensamente por nós a fim de que a Igreja continue sendo mãe em meio a este pobre território africano” conclui Pe. Christopher. (SP-Fides)

 

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Formação



Brasil é denunciado na CIDH por violência e superlotação em presídios

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Cidade do Vaticano (RV) - O ano de 2017 teve início com episódios de violações de direitos em presídios brasileiros. A gravidade da situação em presídios no Amazonas, Roraima e em outros estados brasileiros motivou a apresentação de denúncia contra o Estado Brasileiro frente à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (CIDH).

Trinta e duas organizações nacionais e internacionais apresentaram os pedidos de audiência, que se realiza esta quarta-feira (22/3), em Washington, nos EUA. Entre estas organizações, está a Pastoral Carcerária.

Na audiência, as entidades confrontam representantes do governo brasileiro com informações sobre tortura, maus-tratos e condições intoleráveis de higiene e saúde relacionadas ao encarceramento em massa e à superlotação de unidades.

O vice-coordenador da Pastoral Carcerária, Pe. Gianfranco Graziola, manifesta sua preocupação não só com as chacinas, mas pelas mortes que ocorrem com frequência nas prisões: 

Os pedidos de audiência na CIDH foram apresentados em janeiro de 2017, mês marcado por diversos conflitos e chacinas em prisões de diferentes estados do país, que resultaram em pelo menos 126 mortes. O primeiro pedido, formulado por 10 entidades, solicitou uma audiência pública sobre a política de encarceramento em massa no Brasil, e as condições de maus-tratos e situações de tortura verificadas em diversos estágios da acusação criminal ou cumprimento de pena.

Além da superlotação das prisões e dos relatos de tortura e maus tratos, o documento também denuncia o uso sistemático das prisões provisórias no país, que hoje compõem mais de 40% do sistema carcerário brasileiro, e a conivência do Estado brasileiro com as violações de direitos das pessoas presas.

As organizações citam a Medida Provisória nº 775, publicada em dezembro pela Presidência da República, que, dentre outros pontos, desvinculou recursos financeiros destinados à melhoria de unidades prisionais para custear despesas com a segurança pública, e também uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de anular o julgamento dos 74 policiais militares envolvidos no Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.

O documento exige das autoridades brasileiras a adoção imediata de medidas para o desencarceramento, a prevenção e combate às condições de maus tratos e tortura nas prisões brasileiras.

Maioridade penal e sistema socioeducativo

As violações no sistema socioeducativo também serão alvo de denúncia na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Na audiência, solicitada por 26 entidades nacionais e internacionais, serão denunciadas práticas de tortura e de aumento indefinido de prazo para a internação provisória de adolescentes e jovens, medidas ilegais que consistem também em violações de direitos previstos em Acordos Internacionais.

Além das práticas de tortura e a ilegal dilação de prazo para a internação provisória, o documento enviado à Comissão Interamericana em janeiro também denuncia as iniciativas parlamentares para tentar reduzir a chamada maioridade penal de 18 para 16 anos, e para aumentar para até 10 anos o tempo máximo de internação. As entidades frisam que as alterações legislativas que tramitam no Congresso brasileiro representam um grave retrocesso à garantia dos direitos de crianças e adolescentes, e demandam a urgente atenção da Comissão Interamericana sobre o risco desta pauta legislativa.

As organizações levarão à audiência, ainda, seu questionamento sobre a ausência de resposta estatal para as mortes e suicídios dentro dos centros de internação de adolescentes em todo o território brasileiro, apresentando três casos emblemáticos para atenção da Comissão, no Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

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Ecologia do homem - CF 2017

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Rádio Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar no programa de hoje da relação entre a Campanha da Fraternidade de 2017 e a Constituição Gaudium et Spes

Temos dedicado este nosso espaço à ligação existente entre a Gaudim et Spes e a Campanha da Fraternidade deste ano - dedicada ao cuidado dos biomas brasileiros - mas também ao cuidado com a criação em seu sentido mais amplo.

No programa de hoje, o Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso, nos recorda o pronunciamento de Bento XVI à Cúria romana, em dezembro de 2008, em que falava, que a Igreja "tem uma responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. E fazendo isto deve defender não só a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos. Deve proteger também o homem contra a destruição de si mesmo":

"A Constituição Apostólica Gaudium et Spes faz uma afirmação importante que nos ajuda a vivermos como cristãos, aqui no Brasil, a temática ecológica da campanha da Fraternidade de 2017. Diz assim a GS no número 09: “Entretanto, vai crescendo a convicção de que o gênero humano não só pode e deve aumentar cada vez mais o seu domínio sobre as coisas criadas, mas também lhe compete estabelecer uma ordem política, social e econômica, que o sirva cada vez melhor e ajude indivíduos e grupos a afirmarem e desenvolverem a própria dignidade”. A ordem social e econômica, portanto, deve respeitar a dignidade humana. Respeitar a ecologia ao nosso redor é respeito sobretudo o homem, rei da criação.

Nessa perspectiva na defesa do ecossistema, quero lembrar aqui hoje na íntegra uma declaração de Bento XVI por ocasião das felicitações natalinas à Cúria Romana, no dia 22 de dezembro de 2008. Já o fizemos na quarta-feira anterior. Hoje aprofundo essa declaração. Cabe muito bem aqui o contexto dessa frase dita pelo Papa Bento na defesa de uma ecologia do homem, contra a ideologia do gênero. Dizia assim o Papa:

“Dado que a fé no Criador é uma parte essencial do Credo cristão, a Igreja não pode e não deve limitar-se a transmitir aos seus fiéis apenas a mensagem da salvação. Ela tem uma responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. E fazendo isto deve defender não só a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos. Deve proteger também o homem contra a destruição de si mesmo. É necessário que haja algo como uma ecologia do homem, entendida no sentido justo. Não é uma metafísica superada, se a Igreja falar da natureza do ser humano como homem e mulher e pedir que esta ordem da criação seja respeitada. Trata-se aqui do fato da fé no Criador e da escuta da linguagem da criação, cujo desprezo seria uma autodestruição do homem e portanto uma destruição da própria obra de Deus. O que com frequência é expresso e entendido com a palavra "gender" , resolve-se em definitiva na auto-emancipação do homem da criação e do Criador.

O homem pretende fazer-se sozinho e dispor sempre e exclusivamente sozinho o que lhe diz respeito. Mas desta forma vive contra a verdade, vive contra o Espírito criador. As florestas tropicais merecem, sim, a nossa proteção, mas não a merece menos o homem como criatura, na qual está inscrita uma mensagem que não significa contradição da nossa liberdade, mas a sua condição. Grandes teólogos da Escolástica qualificaram o matrimônio, ou seja, o vínculo para toda a vida entre homem e mulher, como sacramento da criação, que o próprio Criador instituiu e que Cristo sem modificar a mensagem da criação depois acolheu na história da salvação como sacramento da nova aliança. Pertence ao anúncio que a Igreja deve levar o testemunho a favor do Espírito criador presente na natureza no seu conjunto e de modo especial na natureza do homem, criado à imagem de Deus. Partindo desta perspectiva seria necessário voltar a ler a Encíclica Humanae vitae: a intenção do Papa Paulo VI era defender o amor contra a sexualidade como consumo, o futuro contra a pretensão exclusiva do presente e a natureza do homem contra a sua manipulação”(Mensagem de Bento XVI por ocasião das felicitações natalinas à Cúria Romana, no dia 22 de dezembro de 2008).

A ideologia do Gênero fere a obra de Deus criador, falseando o homem, tornando-o uma manipulação. A criatura volta-se contra o criador, querendo ela mesmo a independência do modo como Deus a criou. Para defender os biomas brasileiros é preciso, antes de mais nada, recuperar a dignidade de cada um".

 

 

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Pe. Chiera: agradeço a Deus pela vocação ao lado dos excluídos

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso convidado no “Porta Aberta”, desta quarta-feira (22/03), é o fundador da Casa do Menor, Pe. Renato Chiera, que recentemente visitou a nossa emissora.

A Casa do Menor é uma instituição que acolhe crianças, adolescentes e jovens em situação de risco, em Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense. 

Nós conversamos com Pe. Chiera sobre os motivos de sua vinda à Itália.e sobre esta instituição.

(MJ)

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Atualidades



Criada rede europeia de oração pelos 60 anos dos Tratados de Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – Em ocasião do aniversário de 60 anos dos Tratados de Roma, a capital da Itália irá receber, no sábado (25), chefes de Estado de 27 países da União Europeia. Além da presença dos líderes, estão previstas manifestações com a participação de 25 mil pessoas, o que fez a Polícia italiana anunciar um esquema de segurança reforçado com 3 mil agentes, controle aéreo intensificado, inclusive em estações de trem e nos portos, e circulação restrita no centro histórico. 

Os Tratados de Roma, assinados em 25 de março de 1957, na capital italiana, fazem referência à constituição da CEE, a Comunidade Econômica Europeia (rebatizada nos Anos 90 como União Europeia), e à Euratom, a Comunidade Europeia da Energia Atômica (hoje autônoma). A assinatura dos Tratados representou um marco na história geopolítica do mundo, por culminar de um processo pós-Segunda Guerra Mundial que deixou a Europa econômica e politicamente destruída.

Neste sábado (25), os chefes de Estado irão assinar a “Declaração de Roma”, um documento para redirecionar a União Europeia nos próximos anos. No dia anterior, 24 de março, será realizada uma oração ecumênica e internacional na Basílica dos Santos Doze Apóstolos, no centro da cidade, a partir das 19h30. A iniciativa é da rede ecumênica “Todos pela Europa”, formada por mais de 300 comunidades e movimentos cristãos, interessadas em expressar o seu “sim pela Europa, mesmo com tantos desafios”.

Um comunicado sobre o encontro ecumênico afirma que a reunião dos chefes de Estado em Roma dará “um sinal de unidade” e irá reforçar “o continente, que está em crise permanente. É urgente uma dinâmica constante de renovação para resolver os principais problemas comuns”. E o texto aponta, então, como exemplo, “o fluxo de refugiados em direção à Europa, as mudanças demográficas, o Brexit, as diferenças histórico-culturais e econômicas entre a Europa Oriental e a Ocidental, as diversas concessões da democracia”.

Junto à oração ecumênica de Roma serão realizadas, em diferentes contextos nestes dias, iniciativas semelhantes em outras 50 cidades da Europa, como Lisboa, Paris e Bruxelas. O objetivo da rede europeia de oração está em mostrar ao mundo que “a fraternidade e a unidade, mesmo com as diferenças culturais e de confissões, são possíveis”, finaliza o comunicado. (SIR/AC)

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