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Sumario del 28/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa na missa da manhã: "Viver a vida assim como ela é; a preguiça paralisa"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Evangelho do dia, que narra o episódio do paralítico curado por Jesus, foi o centro da homilia do Papa na missa celebrada na manhã desta terça-feira (28/03), na Casa Santa Marta.

Um homem que estava doente havia trinta e oito anos estava deitado na beira de uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. Muitos doentes ficavam ali deitados - cegos, coxos e paralíticos -, esperando que a água se movesse. Diziam que quando um anjo descia e movimentava a água da piscina, os primeiros doentes que entrassem, depois do borbulhar da água, ficavam curados de qualquer doença que tivessem.

Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: 'Quer ficar curado?'

“É belo, Jesus sempre nos diz ‘Quer ficar curado? Quer ser feliz? Quer melhorar a sua vida? Quer estar cheio do Espírito Santo?’... a palavra de Jesus... Todos os outros que estavam ali – doentes, cegos, paralíticos – disseram: ‘Sim, Senhor, sim!’. Mas aquele homem, estranho, respondeu a Jesus: ‘Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente’. Sua resposta é uma lamentação: ‘Veja, Senhor, como é ruim e injusta a vida comigo. Todos os outros podem entrar e se curar e eu tento há 38 anos, mas...’

“Este homem – observa o Papa – era como a árvore plantada nos braços de um rio - como diz o primeiro Salmo - ‘mas tinha as raízes secas’ e ‘as raízes não tocavam a água, não podiam extrair saúde das águas’”:

“Isto se entende pelo comportamento, pelas lamentações... sempre tentando dar a culpa ao outro: ‘Mas são os outros que vão antes de mim, eu sou um coitadinho que está aqui há 38 anos...”. Este é um pecado feio, o pecado da preguiça, que é pior do que ter o coração morno, bem pior. É viver, mas ‘viver sem vontade de ir avante, de fazer alguma coisa na vida; é perder a memória da alegria’. “Este homem não conhecia nem de nome a alegria, a havia perdido. Isto é pecado, é uma doença muito ruim”. ‘Mas eu estou bem assim, me acostumei... A vida foi injusta comigo...’. “Sente-se o ressentimento, a amargura do seu coração”.

Jesus não o repreende, mas lhe diz: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’. O paralítico se cura; mas era sábado, os Doutores da Lei lhe dizem que não lhe é permitido carregar a cama e lhe perguntam quem o havia curado naquele dia. ‘É contra a lei, este homem não é de Deus’. O Paralítico não tinha ainda agradecido Jesus, não lhe havia nem perguntado seu nome. “Levantou-se com a preguiça de quem vive porque o oxigênio é grátis”, disse o Papa.

“Daqueles que vivem sempre vendo que os outros são mais felizes e vivem na tristeza, esquecendo-se da alegria. A preguiça – explicou Francisco – é um pecado que paralisa, que nos deixa paralíticos, que não deixa caminhar. Hoje também o Senhor olha por todos nós; todos temos pecados, mas vendo este pecado, nos diz: ‘Levanta’”:

“Hoje o Senhor diz a cada um de nós: ‘Levanta, pega a tua vida como ela é: boa, ruim, como for, pegue-a e vá adiante. Não tenha medo, vai adiante, com a tua cama’. ‘Mas Senhor, não é o último modelo...’. ‘Vai avante! Com a cama ruim, mas avante! É a sua vida e a sua alegria!’ “Quer ser curado? – é a primeira pergunta que o Senhor nos faz hoje. ‘Sim, Senhor’. ‘Levanta’. E na antífona, no início da missa, havia aquele trecho tão bonito: ‘Vós, que tendes sede, vinde às águas – são grátis, não a pagamento – vinde e bebei com alegria’. E se dissermos ao Senhor ‘Sim, quero ser curado; sim, Senhor, ajuda-me porque quero me levantar’, saberemos como é a alegria da salvação”. 

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Papa contra as armas nucleares: a paz não se constrói sobre o medo

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma mensagem à Conferência da ONU sobre armas nucleares, em andamento em Nova Iorque de 27 a 31 de março. A finalidade da Conferência é negociar um instrumento juridicamente vinculante sobre a proibição das armas nucleares, que conduza à sua total eliminação. 

Representando a Santa Sé, participa do evento o Subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri, que leu a mensagem do Papa Francisco.

No texto, o Pontífice cita os efeitos devastadores das armas nucleares e suas catastróficas consequências humanitárias e ambientais para questionar a sustentabilidade de um equilíbrio baseado no medo.

“A paz e a estabilidade internacionais não podem ser fundadas sobre um falso sentido de segurança, sobre a ameaça de uma destruição recíproca ou de total aniquilamento, sobre a simples manutenção de um equilíbrio de poder”, afirma o Papa. Pelo contrário, a paz deve ser construída sobre a justiça, sobre o desenvolvimento humano integral, sobre o respeito dos direitos humanos fundamentais e da natureza.

Portanto, nesta perspectiva, para Francisco é preciso ir além da proibição das armas nucleares, adotando estratégias de longo alcance para promover a paz e a estabilidade e evitar políticas míopes aos problemas de segurança nacional e internacional, que ultrapassem o medo e o isolacionismo.

Neste contexto, prossegue o Papa, “o objetivo final da eliminação das armas nucleares se torna seja um desafio, seja um imperativo moral e humanitário”. Ainda na mensagem, o Pontífice insiste na necessidade do diálogo, da confiança recíproca e do envolvimento de todos os Estados, que possuam ou não armas nucleares. “A humanidade tem a capacidade de trabalhar junta para construir a nossa casa comum; temos a liberdade, a inteligência e a capacidade de guiar e dirigir a tecnologia, assim como a de limitar o nosso poder e de colocá-lo a serviço de outro tipo de progresso: mais humano, mais social e mais integral.”

Por fim, Francisco faz votos de que a Conferência seja profícua e dê uma contribuição eficaz no avanço da ética da paz e da segurança cooperativa multicultural, “de que a humanidade tanto necessita”.

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Papa apresenta mensagem para o IX Encontro Mundial das Famílias nesta quinta

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Cidade do Vaticano (RV) – A carta do Papa Francisco por ocasião do IX Encontro Mundial das Famílias será apresentada à imprensa nesta quinta-feira (30) de manhã, na Sala de Imprensa da Santa Sé. Na coletiva ao jornalistas o Cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e Dom Diarmuid Martin, arcebispo de Dublin, farão a apresentação da mensagem do Pontífice. 

O evento sobre “O Evangelho da Família: alegria para o mundo” acontece de 21 a 26 de agosto de 2018, em Dublin, na Irlanda. Até lá, segundo Dom Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, o Papa sugere “uma espécie de enculturação, um aprofundamento de temas, não somente uma preparação ‘exterior’”.

Além da carta do Papa que será apresentada nesta semana, a Exortação Apostólica Amoris Laetitia é um instrumento fundamental para se fazer “não somente uma simples atualização pastoral familiar, mas um novo modo de viver a Igreja” até o evento em Dublin. “Será o primeiro grande encontro das famílias do mundo depois do Sínodo dos Bispos” e após a publicação da Amoris Laetitia.

Na apresentação do Encontro Mundial no ano passado, o arcebispo de Dublin comentou que “será uma ocasião para a renovação eclesial, com a Igreja da Irlanda servindo de estímulo para outros países”.

O site oficial do evento, o www.worldmeeting2018.ie, está selecionando voluntários para traduzir o material de divulgação em diferentes línguas, bem como para trabalhar no encontro, como colaborador, e para apresentar uma performance ligada ao tema da família. Basta enviar um e-mail de intenção para o endereço: info@worldmeeting2018.ie. (AC)

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Parolin: fortalecer a agricultura para que haja comida para todos

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Cidade do Vaticano (RV) - “Serve um maior compromisso em favor do setor agrícola, não somente na questão da melhoria dos sistemas de produção ou comercialização, mas sobretudo no enfatizar o direito de todo ser humano de ter acesso ao alimento saudável e suficiente, e ser nutrido na medida de suas necessidades.” 

Este é o apelo do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, numa carta enviada ao presidente do 10º Fórum para o Futuro da Agricultura, Janez Potocnik, promovido, em Bruxelas, na Bélgica, nesta terça-feira (28/03).

Estendendo a todos os participantes a saudação do Papa Francisco, o purpurado pede todo esforço para que cada país “aumente os próprios recursos a fim de alcançar a autossuficiência alimentar, pensando aos novos modelos de desenvolvimento e consumo, facilitando formas de organização comunitária que valorizem os pequenos agricultores e preservem os ecossistemas locais e a biodiversidade”.

“Cada vez mais se evidencia a necessidade de colocar a pessoa no  centro do setor agrícola”, afirma o Cardeal Parolin, sugerindo uma abordagem que mostre a “relação estreita entre agricultura, proteção da criação, crescimento econômico, desenvolvimento e necessidades da população mundial”.

O purpurado pede uma atenção maior para as áreas do mundo mais vulneráveis, em que as pessoas são “excluídas dos processos produtivos” e muitas vezes são “obrigadas a deixar suas terras” em busca de refúgio e esperança de vida. 

Em muitos países, a atividade agrícola é carente, não diversificada suficientemente e inadequada para responder ao contexto ambiental ou às mudanças climáticas. Pensando nessas áreas, o Cardeal Parolin menciona os elevados níveis de desemprego e a desnutrição, até mesmo crônica, de milhões de seres humanos. 

A solução não é impor “um modelo de produção a favor de grupos restritos”, nem pensar no trabalho agrícola partindo dos resultados obtidos em pesquisas de laboratórios”. Uma tal abordagem, mesmo sendo fonte de vantagem imediata para alguns, prejudica outros. 

(MJ)

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Card. Parolin: os desastres não têm a última palavra

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Carpi – (RV) - O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, afirmou que as consequências dos desastres naturais, como o luto e as devastações, “não têm a última palavra”, porque com a ajuda de Deus sempre é possível seguir em frente. Palavras pronunciadas pelo purpurado durante a sua homilia na Missa no último sábado, dia 25 de março, na reabertura da Catedral da cidade italiana de Carpi. A igreja foi gravemente afetada por um terremoto em maio de 2012.

O cardeal destacou que os terremotos, assim como outros desastres, “que podem abalar a sociedade, com o luto e devastações, não têm a última palavra. Com a ajuda do Senhor e perseverando com o trabalho e a coragem, a vida renasce, as feridas cicatrizam e novamente é possível esperar, planejar e construir juntos”.

“Esta celebração, - continuou o cardeal italiano -, demonstra que o terremoto pode abalar e ferir, mas não pode derrotar nem aniquilar, pode danificar e fazer a terra tremer, mas não pode desintegrar ou dispersar uma comunidade que se esforça para renascer”.

Para o Secretário de Estado, reabrir este templo “será mais significativo quanto mais reabrirmos também os corações e as mentes a Cristo, à sua mensagem de paz, de salvação, de alegria, de autêntica libertação”.

“Se Deus se faz pequeno por nós, o único caminho para nos tornarmos grandes é o de serviço ao próximo e, sobretudo, aos pequenos e aos pobres, sendo testemunho crível do seu amor”. Nesta igreja, destacou o Secretário de Estado, “celebramos então a beleza do templo restaurado, o lugar onde podemos celebrar a Eucaristia e adorar o Senhor presente no Santíssimo Sacramento”.

A reabertura da Catedral se verifica uma semana antes da visita do Papa Francisco a Carpi, no próximo domingo, 2 de abril.

O Cardeal Parolin comentou que a visita do Santo Padre a Carpi permitirá que os seus habitantes sejam confirmados na fé e recebam “a mensagem de esperança sempre atual que brota do Evangelho”. Deste modo, disse, poderão ser “um sinal concreto de proximidade e solidariedade por tudo o que sofreram aqui; assim como para agradecer ao Senhor pela rapidez da obra de reconstrução e volta à normalidade”.

A viagem do Papa a Carpi será a segunda que irá realizar na Itália depois do Ano Santo da Misericórdia, após a visita a Milão, em 25 de março. (SP-ACI)

 

 

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Nossa programação da Semana Santa com o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Quem quiser viver a Semana Santa em companhia do Papa Francisco pode fazê-lo seguindo a nossa programação. Os horários indicados se referem a Roma e nossas transmissões têm início sempre 10 minutos antes. Confira abaixo a agenda das celebrações do Pontífice.

9 de abril, Domingo de Ramos

Bênção das oliveiras, Procissão, Missa e oração do Angelus

Praça São Pedro, 10h

13 de abril, Quinta-feira Santa

Missa do Crisma

Basílica Vaticana, 9h30

14 de abril, Sexta-feira Santa

Celebração da Paixão

Basílica Vaticana, 17h

14 de abril, Sexta-feira Santa

Via Sacra

Coliseu de Roma, 21h15

15 de abril, Sábado Santo

Vigília Pascal

Basílica Vaticana, 20h20

16 de abril, Domingo de Páscoa

Missa da Ressurreição do Senhor e Bênção Urbi et Orbi

Praça São Pedro, 10h

17 de abril, Segunda-feira do Anjo

Oração do Regina Coeli

Praça São Pedro, 12h

Com o fuso horário atual, a diferença de Roma para Brasília é de 5 (cinco) horas. Os momentos mais salientes da Semana Santa podem ser acompanhados ao vivo pelo rádio, no site e em nosso canal no Youtube.

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Título de honoris causa em Medicina ao Papa, “um médico das almas”

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Salerno (RV) – A Universidade de Salerno, cidade ao sul da Itália, pretende conferir o título de doutor honoris causa em Medicina ao Papa. Um documento oficial já foi enviado ao Pontífice e ao secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, justifica o título honorífico a Francisco “pelos seus dotes e capacidades, universalmente reconhecidos, de médico das almas e de íntimo conhecedor das necessidades das pessoas mais vulneráveis, mais pobres, mais necessitadas da divina misericórdia e da solidariedade humana”. 

O anúncio foi feito há 10 dias pelo reitor da universidade, Aurelio Tommasetti, e pelo diretor do Departamento de Medicina, Mario Capunzo, durante um convênio dos médicos católicos em Baronissi. O evento sobre a humanização da medicina foi promovido pela Associação dos Médicos Católicos Italianos e pela Escola Médica de Salerno, a mais antiga do gênero no mundo.

O título de honoris causa é entregue a personalidades que tenham se destacado em determinada área do conhecimento, sem que necessariamente possuam um diploma universitário. (AC)

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5° encontro mundial "Jovens pela Paz" apresentado no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - O 5° encontro mundial "Jovens pela Paz", organizado pelo Serviço Missionário Jovem de Turim e Pádua, foi apresentado na segunda-feira (27/03) ao Cardeal Pietro Parolin. O evento, que envolve jovens de todas as partes do mundo, está programado para o próximo dia 13 de maio.

"Apresentamos o grande encontro de Pádua - explica Ernesto Olivero, fundador da Semig - como um grande sinal de esperança para a nossa época. Dezenas de milhares de jovens se encontrarão para dizer que é possível não deixar-se aprisionar e deter o ódio. Podemos recomeçar a partir do amor, da concretude dos ideais e das escolhas de justiça que cada um pode fazer. Ficamos felizes em encontrar o Cardeal Parolin, um homem bom a serviço da paz".

Na ocasião, Olivero apresentou também a iniciativa "Bambini d'Italia" dos jovens de origem estrangeira que frequentam o Arsenal da Paz (sede do Seming em Turim), para que o Parlamento aprove a lei que concede a cidadania aos menores nascidos na Itália de pais estrangeiros e regularmente residentes ou para quem veio à Itália e aqui concluiu um ciclo de estudos.

O apelo dos jovens nas últimas semanas havia sido subscrito também pelo Papa Francisco.

O encontro com o Cardeal Parolin realizou-se após aquele ocorrido com o Presidente da República italiana Sergio Mattarella, que em setembro passado havia recebido os jovens do Semig no Quirinale, no dia do anúncio do encontro em Pádua.

(JE/Vatican Insider)

 

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Missa recorda um ano de falecimento de Madre Angelica, fundadora do EWTN

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Cidade do Vaticano (RV) - "Uma anunciadora do Evangelho sine glossa". Assim o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Arcebispo Rino Fisichella, recordou na tarde de terça-feira Madre Maria Angelica da Anunciação, clarissa, fundadora em 1981 da Eternal World Television Network (EWTN).

De fato, uma Missa celebrada em inglês na Capela São José, na Basílica de São Pedro, e que reuniu a equipe da EWTN Roma, recordou um ano de seu falecimento.

"A vida de Madre Angelica foi repleta", recordou Dom Rino Fisichella. "Foi uma mulher de fé e o sentido de sua existência foi o encontro com Jesus". E deste sentir-se olhada por Ele - observou - nasceu a sua vocação. "Deus te escolheu desde toda eternidade. Justamente tu. Justamente agora para transformar o mundo", amava repetir Madre Angelica àqueles que trabalhavam na EWTN.

"Hoje Madre Angélica - prossseguiu o prelado, dirigindo-se aos jornalistas da EWTN presentes na celebração - continua a viver no testemunho de vocês e a sua vocação vive com as vossas capacidades e vontade de anunciar o Evangelho de Cristo".

EWTN é hoje um das maiores redes religiosas do mundo, presente em 144 países, com transmissões 24 horas ao dia e responsável, entre outros, pelo National catholic Register, a Catholic News Agency e a Aci Prensa. (JE/PO)

 

 

 

 

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Igreja na América Latina



Inundações no Peru: novo apelo dos bispos à caridade aos atingidos

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Lima (RV) – Continua a emergência das inundações na zona norte e central do Peru, inclusive na capital de Lima, com o balanço das vítimas que voltou a subir com o passar dos dias. Os bispos do país divulgaram um novo apelo, através de uma mensagem que sublinha o período vivido de “extremo sofrimento, preocupação e dor, mas também de solidariedade”.

No texto, os bispos comentam que as inundações do país estão “desafiando a capacidade de resposta das autoridades e estão pedindo coragem e força às pessoas atingidas para que enfrentem as adversidades”. Momento em que todos estão sendo chamados para se empenhar de maneira mais concreta, através da caridade, “para manter viva a esperança entre as pessoas atingidas”.

Ao exortar a população a não se abater perante as adversidades climáticas, os bispos sublinham que “esta não é hora do medo”, mas é o momento de “confiar na providência de Deus. É a hora da oração e da solidariedade, como está realmente demonstrando o nosso povo”. A nota do episcopado procura enaltecer, no entanto, que o momento não é de “procurar os culpados, mas de unir os esforços” para ajudar as vítimas.

Por isso o apelo à mútua solidariedade e à atenção para os mais fracos, em especial as crianças, os idosos e as gestantes. Os bispos também fazem um agradecimento especial ao exército, à polícia e às autoridades civis pelo trabalho pontual “de socorro”, além de enfatizar o empenho da rede das paróquias e das Caritas diocesanas. (L’Osservatore Romano/AC)      

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Bispos mexicanos: silêncio sobre aborto nos torna cúmplices

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Cidade do México (RV) - O silêncio diante da supressão da vida que nasce, nos torna cúmplices do crime do aborto.

É o que afirmam, em síntese, os bispos mexicanos em um comunicado divulgado por ocasião do Dia da Vida, que em nível nacional, foi celebrado no dia 25 de março, dia da Anunciação.

"A vida não é um bem que nós damos, mas um dom que recebemos - lê-se na mensagem, assinada pelo Bispo de Toluca e responsável pela Comissão Episcopal para a Vida, Dom Javier Chavolla Ramos. Ninguém pode violar a integridade de outro ser humano; nem com o objetivo de pesquisa, nem porque é idoso, com necessidades especiais, doente, incapaz de entender e querer, ou migrante".

Ideologia contra a família e confusão anti-humana

"Hoje, no México, são muitas as ameaças contra a vida familiar", voltadas a transformar, por via legal, o rosto e a dignidade do matrimônio, o respeito pela vida e a identidade da família.

Na sociedade atual, "a ideologia do respeito pelos animais é vivida como responsabilidade, enquanto matar um nascituro é concebido como um direito".

"Uma confusão antihumana e criminosa - é a denúncia - está permeando em todo o país e hoje no México milhares de crianças nas-nascidas não mortas".

O silêncio nos torna cúmplices do crime do aborto

Forte o chamado aos pastores, aos fieis e aos cidadãos: estes desafios nos interpelam, "temos uma séria responsabilidade humana e social". "As palavras do Anjo a Maria, "não temer", nos recordam para defender a vida sem medo".

"Que o tempo da Quaresma - são os votos -  seja ocasião para corrigir os nossos erros, o primeiro do quais o silêncio, que nos torna cúmplices do crime do aborto.

O convite é para pedir perdão aos tantos seres humanos que perderam a vida com o aborto: "com o nosso silêncio contribuímos para a morte deles". (PO/JE)

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Igreja no Mundo



Tawadros II: Sem alarmismos sobre violências anti-cristãs

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Cairo (RV) - Os acontecimentos envolvendo violências contra os cristãos registados no Sinai do Norte são uma exceção, em um país onde a Sagrada Família, fugindo de Herodes, veio buscar refúgio e proteção.

Com esta sugestiva menção à fuga para o Egito de José, Maria e o Menino Jesus, narrada no Evangelho de São Mateus, o Patriarca Copta Ortodoxo Tawadros II quis dar uma outra dimensão aos alarmismos sobre as condições dos cristãos no Egito, desencadeados após os violentos homicídios contra a comunidade copta.

Em entrevista ao canal CBC na última segunda-feira, 27 de março, o Primaz da mais consistente Igreja radicada em um país árabe, quis ressaltar que os ataques de grupos jihadistas certamente atingiram os cristãos egípcios, mas também o exército, as forças de polícia, a magistratura.

Por trás de tais ações terroristas dos jihaditas ligados ao autoproclamado Estado Islâmico - denunciou Tawadros - existem forças e organizações estranhas à sociedade egípcia, que têm por objetivo dividir o país.

Durante a entrevista, o Patriarca da Igreja Copta ressaltou as relações harmoniosas existentes entre a Igreja e instituições civis, respondendo indiretamente assim às críticas sobre o excessivo alinhamento da Igreja Copta com o bloco político-social liderado pelo Presidente Abdel Fattah al Sisi.

Tawadros II fez questão de frisar que as boas relações existentes entre a Igreja e as instituições civis "não representam um fato negativo", e que a Igreja pode desenvolver com mais serenidade a própria missão quando não existe polarização entre o grupo eclesial e o Estado, e quando prevalece a concórdia entre os diversos componentes da sociedade.

A respeito do êxodo forçado de mais de trezentas famílias coptas fugidas do Sinai do Norte em fevereiro passado, após a série de assassinatos de cristãos coptas, o Patriarca recordou que a transferência deles representou uma medida excepcional e temporária, tomada para salvaguardar a vida de todos, e confirmou que em breve as famílias poderão retornar às próprias casas.

De fato, a notícia do retorno dos cristão ao Sinai do Norte já havia sido confirmada pelo Bispo copta-ortodoxo de al-Arish, Dom Anba Kosman, que assegurou a volta à normalidade.

(fides/je)

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AIS: 12 mil casas destruídas pelo Estado islâmico na Planície de Nínive

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Bagdá (RV) - Quase 12 mil casas, situadas nos povoados cristãos da Planície de Nínive, no Iraque, foram destruídas pelo Estado islâmico. Os custos para a reconstrução são estimados em quase 190 milhões de dólares.
 
Estas são as conclusões de um estudo realizado pela fundação pontifícia ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ (AIS). “Atualmente, em Irbil, no Curdistão iraquiano, existem cerca de 14 mil núcleos familiares que fugiram da Planície de Nínive por causa da violência perpetrada pelo Estado islâmico”, lê-se na nota de AIS, divulgada nesta terça-feira (28/03). 

Segundo a Agência Sir, trata-se de cerca de 90 mil pessoas (eram mais de 120 mil em 2014). Doze mil famílias ainda dependem da ajuda humanitária fornecida por AIS. Foi perguntado a mil e quinhentas famílias se pretendem retornar a seus povoados de origem. Mais de mil e trezentas responderam à enquete: 41% respondeu afirmativamente, e 46% está avaliando tal hipótese. 
 
Em novembro passado, AIS fez outra pesquisa entre 5.762 refugiados internos: 3,3% dos entrevistados tinham a intenção de retornar a seus povoados. 

Naquela época, a segurança nas regiões libertadas era muito precária, e as operações militares estavam ainda em andamento. Segundo um estudo recente, 57% dos entrevistados referiram que suas propriedades foram saqueadas, 22% disseram que suas casas foram destruídas. O restante não estava em condições de fornecer informações sobre o estado atual de suas moradias. 25% referiram que seus documentos de identidade foram roubados pelos terroristas do Estado islâmico. 
Depois de calcular os danos, a fundação AIS, auxiliada por agentes das dioceses locais, está procedendo na avaliação dos edifícios destinados ao público como escolas, clínicas e lugares de culto.
 
“A fase de avaliação dos prejuízos já foi quase concluída. Estamos prontos para a fase operacional. O projeto de fazer a vida retornar aos povoados cristãos da Planície de Nínive é realmente ambicioso”, disse o diretor de AIS-Itália, Alessandro Monteduro

“Daqui aos próximos meses, todo benfeitor da fundação poderá por uma pedra para a reconstrução. Ajudar os cristãos iraquianos a viver em sua pátria, como eles desejam, é uma ação concreta e construtiva ao alcance de todos. Significa a esperança que cairá sobre o horror causado pelo Estado islâmico”, concluiu Monteduro. 

(MJ)

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82,1% dos portenhos têm uma imagem positiva de Francisco

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Buenos Aires (RV) - Uma pesquisa de opinião realizada por um grupo privado entre os portenhos e os moradores da grande Buenos Aires, revelou que o Papa Francisco é visto de forma muito positiva, principalmente entre as mulheres e a faixa etária acima dos 60 anos. A sondagem foi realizada entre os dias 17 e 20 deste mês, num universo de 2 mil entrevistados.

82,1% dos entrevistados têm uma imagem positiva a respeito de Francisco, 12,3% negativa e 5,6% não têm opinião.

Bergoglio, segundo a sondagem, é visto de forma "muito boa" por 41,8% dos entrevistados, "boa" por 24,9%, "regular positiva" por  15,4%, "regular negativa" por 6,2%, "negativa" por 2,4% e "muito negativa" por 3,8%.

A análise dos dados destaca que, mesmo tendo sido registrada uma avaliação positiva em todos os grupos sondados, "a imagem positiva do Papa atinge seu pico entre as mulheres e os adultos entre 45 e 59 e maiores de 60 anos, segmentos estes onde alcançou aprovação superior a 85%.

A pesquisa também quis saber sobre o que mais chama a atenção no Papa: "a austeridade e a honestidade que professa" foi o item citado por 27,5% dos entrevistados, seguido pela preocupação "com os pobres, migrantes e excluídos", com 21,4%, "a crítica ao capitalismo", 15,8% e por fim a denúncia contra padres pedófilos (12%), tema que motivou algumas críticas após a confirmação da condenação por abusos do sacerdote Julio César Grassi.

No último final de semana, precisamente, na contra-capa do L'Osservatore Romano, foi publicada novamente uma carta do Papa de meados de 2016, em que condenava os abusos sexuais.

Outro item investigado, foi o impacto que a eleição de Bergoglio teve na vida religiosa dos portenhos. 40,7% dos consultados assegura sentir-se tão próximo da Igreja quanto antes de sua eleição à Cátedra de Pedro. 30,1% não se sente mais próximo e 29,2% se sente mais próximo.

Por fim, a pesquisa quis saber o grau de confiança dos entevistados nas instituições. A Igreja Católica encabeça a lista com 27,9% dos votos, seguida pelos meios de comunicação, com 10,5%, ONGs ou fundações, com 7,2% e a Justiça com 7,2%.

(JE/Cronica)

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Rádio Renascença de Portugal completa 80 anos, fiel à "marca católica"

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Lisboa (RV) – O Cardeal Patriarca de Lisboa saudou os 80 anos da Rádio Renascença (RR), de Portugal, a serem completados em 10 de abril. Dom Manuel Clemente destacou a importância da emissora católica, tanto a nível informativo como social e cultural.

Um projeto que ao longo das décadas, tem “incarnado” também a missão do “catolicismo”, que passa por “fazer das alegrias e das esperanças, das tristezas e das angústias da sociedade” uma “causa” a “acompanhar e animar”, a “esclarecer e inspirar”, salientou Dom Manuel Clemente, numa mensagem enviada à Agência Ecclesia.

O Patriarca também elogiou a capacidade demonstrada pela RR “em atrair novos públicos e diversificar a oferta”, indo ao encontro não só “do gosto dos mais novos” mas também da “saudade dos que são novos há mais tempo” e “dos que preferem música aos que insistem em palavra e debate”.

As emissões da RR começaram em 1937 por iniciativa do mMnsenhor Lopes da Cruz e com o apoio do então Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Gonçalves Cerejeira.

“O Cardeal Cerejeira desejou que a Rádio Renascença competisse em perfeição técnica com qualquer outra, que visse longe e largo, com coragem, largueza e confiança. Tantos anos depois, damos graças a Deus, porque o desígnio foi cumprido”, salientou Dom Manuel Clemente, que recordou alguns dos desafios que têm marcado o percurso da emissora católica.

“Do pós-segunda Guerra Mundial ao Vaticano II e ao pós-Concílio; antes, durante e depois de 1974 e desde então ao novo século e aos nossos dias: muito e muitíssimo do que em Portugal foi notícia, debate, música, desporto, distensão ou oração teve e tem na Renascença a voz ou o eco, a palavra e a mensagem”, sustentou o Cardeal Patriarca.

Dom Manuel Clemente deixou esta mensagem durante um concerto comemorativo pelos 80 anos da Rádio Renascença, que teve lugar no sábado com participação do tenor italiano Andrea Bocelli.

O evento, que marcou o início do programa de aniversário da RR, serviu para homenagear todas as figuras que ao longo dos anos passaram pela emissora católica, desde responsáveis pela administração a funcionários, passando também pelos jornalistas, animadores e técnicos.

“A Renascença foi escola de muitos que, permanecendo nela, ou partindo para outras congéneres no vasto campo do audiovisual, foram e são o melhor certificado da qualidade da emissora onde aprenderam ou cresceram”, completou Dom Manuel Clemente.

(Agência Ecclesia)

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Formação



Febre amarela voltou a assustar os brasileiros

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Cidade do Vaticano (RV) - O aumento do número de casos de febre amarela, este ano, despertou a atenção das autoridades brasileiras no campo da saúde.  

Combatida por Oswaldo Cruz, no início do século XX, e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942, a doença voltou a assustar os brasileiros, com a proliferação de casos de febre amarela silvestre neste verão. 

Até agora, o Ministério da Saúde confirmou 492 casos de febre amarela. Minas Gerais teve 375 casos da doença, seguido por seus estados vizinhos: Espírito Santo, com 109 confirmações e São Paulo com cinco. O Rio de Janeiro, o mais recente a entrar na lista da febre amarela, está com três casos confirmados, dois descartados e 20 em investigação.

Segundo o Ministério da Saúde, a febre amarela causou 162 mortes desde o início do surto, em dezembro passado, e 95 ainda estão sob análise para a confirmação. 

A principal arma contra a doença continua sendo a vacinação, prevista no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e oferecida em postos do Sistema Único de Saúde (SUS).

(MJ/Fiocruz/Ministério da Saúde)

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Atualidades



Francisco e o cinema italiano: para falar de crianças e educação na fé

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Cidade do Vaticano (RV) - "As crianças, os filhos, observam o comportamento dos pais". Ao concluir sua visita a Milão, com o encontro com os crismandos, o Papa Francisco afirmou que o exemplo dos pais é a melhor forma de transmitir da fé aos filhos.

E então, demonstrou mais uma vez sua paixão pelo cinema italiano ao recordar o filme do Diretor italiano Vittorio De Sica, "I bambini ci guardano" ("As crianças nos olham"), dizendo que "aqueles filmes italianos do pós-guerra foram uma verdadeira catequese da humanidade. Procurem-os!", aconselhou.

"As crianças nos olham, como diz o filme de Vittorio De Sica, e vocês não podem imaginar o quanto sofrem quando os pais brigam. Se a conta é apresentada, são eles que pagam. As crianças sofrem quando vocês brigam. Conseguem captar tudo, se dão conta de tudo e dado que são muito intuitivas, são muito espertas, absorvem os conhecimentos deles", disse Francisco, que acrescenta: "Cuidem das alegrias e das esperanças deles. Os seus olhos entendem se vocês os enganam. E observam se a fé os ajuda a seguir em frente", disse Francisco ao responder a pergunta de um pai, sobre como transmitir a fé aos filhos.

O filme de Vittorio de Sica foi realizado entre 1942 e 1943, entrando em cartaz somente um ano mais tarde. Ao lado de "Ossessione", de Visconti e "Quattro passi tra le nuvole", de Blasetti, é um dos precursores do Neorealismo, o movimento que com Roberto Rossellini e o próprio De Sica, a partir de 1945 lançou o cinema italiano em todo o mundo com sua narrativa seca, mas permeada de elevada poesia sobre a vida dos humildes, homens, mulheres e crianças, que com a sua força de ânimo, procuram resistir em um mundo ainda marcado pela crueldade da guerra.

"I bambini ci guardano", inspirado no romance de Pricò de Cesare Giulio Viola, marcou a primeira colaboração de De Sica com Cesare Zavanttini e é a primeira de uma trilogia de obras-primas sobre a infância, junto com "Sciuscià" e "Ladrões de bicicleta". Foi também o primeiro filme em que De Sica não aparece como ator, uma escolha feita para marcar o distanciamento de sua precedente carreira de "divo" do cinema dos "telefones brancos".

O papel de protagonista coube a Luciano De Ambrosis, uma criança de Turim de cinco anos que interpretou com maestria Pricò, um menor que vive em um bairro popular de Roma e sofre com a separação dos pais, provocada pelo relacionamento de sua mãe com outro homem. O pai tenta protegê-lo como pode, mas a criança assiste com os olhos sempre mais perdidos às maldades e à indiferença dos adultos concentrados somente em si mesmos e em suas mesquinharias.

Os olhos de Pricò são os mesmos de Edmund, o menino que perambula pelos escombros de Berlim na Alemanha ano zero de Rosselini de 1948 e de todos os outros pequenos que ainda hoje nos pedem somente uma coisa: que, como disse o Papa Francisco, sua alegria e esperança sejam respeitadas.

Neste sentido que Francisco aconselha que estas verdadeiras pérolas do cinema italiano sejam resgatadas e revistas.

(Famiglia Cristiana/JE)

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Justiça Restaurativa: transformando a realidade carcerária

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Cidade do Vaticano (RV) – Sábado passado, por ocasião de sua visita a Milão, o Papa Francisco dedicou parte do seu dia aos detentos da penitenciária São Vítor – a primeira visita de um Pontífice a esta prisão.

Longe das telecâmeras, Francisco pôde conversar e almoçar com os detentos – momento que o fez “sentir-se em casa”, como disse o próprio Papa. 

A Igreja, através da Pastoral Carcerária, partilha desta mesma sensibilidade de Francisco e há anos acompanha os detentos.

No Brasil, diante da crise penitenciária, propõe um novo modelo de Justiça: a Justiça Restaurativa, que foi tema de um seminário internacional nos dias 23 e 24 de março, em São Paulo.

Com o título “Diversos Saberes dialogando para transformar realidades”, o seminário contou a participação de diversas personalidades brasileiras, além de dois  especialistas do Canadá.

Entre os relatores, estava Petronella Maria Bonen, da Congregação das Servas do Espírito Santo, Fundadora da linha de Práticas Restaurativas do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo – SP. Em entrevista ao vice-coordenador da Pastoral Carcerária, Pe. Gianfranco Graziola, Petronella expõe os fundamentos da Justiça Restaurativa: 

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Carta de S. Vicente, a primeira descrição do bioma Mata Atlântica

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Cidade do Vaticano (RV) – Há quase três anos da canonização de José de Anchieta, volta à atualidade a sua Carta de São Vicente, escrita no litoral paulista em 1560 e considerada ‘um marco da biogeografia brasileira’.

A carta foi escrita por Anchieta aos 26 anos, a pedido de seus superiores, e é a primeira descrição da Mata Atlântica de que se tem conhecimento, detalhando a diversidade e o exotismo de nossa fauna e flora e seu uso pelos indígenas e pelos primeiros brasileiros.

A carta de São Vicente traz também informações preciosas sobre os costumes e a língua de nossos índios, sobre plantas medicinais e importantes elementos de nossa culinária.

Padre Josafá Siqueira é jesuíta como Anchieta. Reitor da Pontifícia Universidade Católica do RJ desde 2010, foi um dos idealizadores da Agenda Ambiental da PUC-Rio, lançada em 2009, e também do novo curso de graduação em Ciências Biológicas, o primeiro no Brasil com ênfase em Ciências Ambientais.

Pe. Josafá ressalta alguns aspectos de referência na Carta de São Vicente. O primeiro é a ‘visão integradora’ que o documento oferece.  

“A Carta de Anchieta é importante porque é extremamente diferente da de Pedro Vaz de Caminha; é um marco da biogeografia brasileira, porque nos dá uma visão muito integradora da realidade que ele encontrou naquele momento aqui no Brasil. Ao mesmo tempo em que ‘acorda’ para determinadas temáticas, ele nos faz questionar sobre a importância que nós temos hoje de resgatar a visão tão sistêmica e tão integradora que ele teve naquele momento”.

A Carta de Anchieta é não só um referencial para nós católicos, nem só para nós, jesuítas, ou cristãos... é uma referência mais aberta, para todos. Anchieta nos apresenta uma visão que seria o ‘ideal’ para o mundo moderno: uma visão integradora, onde as questões ambientais estão profundamente relacionadas com as questões sociais. Isto aparece fortemente na Carta. Ela permite ver que os elementos da natureza (plantas, animais, clima) estão profundamente associados aos usos e costumes dos povos tradicionais, indígenas”.

“Anchieta foi extremamente feliz, neste sentido, na visão integradora que pôde realmente mostrar o quanto é importante termos uma relação mais proximal com a Criação, no conceito mais cristão da palavra”. 

Ouça acima a entrevista completa.

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