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Sumario del 29/03/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Como Abraão, esperar contra toda esperança"

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Cidade do Vaticano (RV) – A catequese proferida pelo Papa na audiência geral desta quarta-feira (29/03) foi inspirada no episódio narrado por Paulo na Carta aos Romanos. Segundo Francisco, este trecho é um ‘grande dom’, porque mostra Abraão como ‘pai da esperança’ e preanuncia a Ressurreição: a vida nova que vence o mal e até a morte. 

“Abraão não vacilou na fé, apesar de ver o seu físico desvigorado por sua idade e considerando o útero de Sara já incapaz de conceber”, diz o trecho lido em várias línguas aos 13 mil fiéis presentes na Praça São Pedro.

O Apóstolo nos ensina que somos chamados a viver esta experiência, a ‘esperar contra toda esperança’; a acreditar no Deus que salva, que chama à vida e nos tira do desespero e da morte. “Que aquele hino a Deus, que liberta e regenera, se torne profecia para nós”, disse o Papa, prosseguindo:

“Deus ‘ressuscitou dos mortos a Jesus’ para que nós também possamos passar Nele da morte à vida. Pode-se bem dizer que Abraão  se tornou ‘pai de muitos povos’, porque resplandece como o anúncio de uma nova humanidade, resgatada por Cristo do pecado e conduzida para sempre ao abraço do amor de Deus”. 

A esperança cristã vai além da esperança humana

Paulo nos ajuda a compreender a íntima relação entre fé e esperança. A esperança cristã não se baseia em raciocínios, previsões e garantias humanas; ela se manifesta quando não há mais nada em que esperar, exatamente como o fez Abraão ante sua morte iminente e a esterilidade de Sara, sua esposa. Era o fim para eles... não podiam ter filhos... mas Abraão acreditou, teve esperança”.

A grande esperança se fundamenta na fé e precisamente por isso é capaz de ir além de qualquer esperança. Não se baseia em nossa palavra, mas na Palavra de Deus, explicou Francisco à multidão. 

“E é neste sentido que somos chamados a seguir o exemplo de Abraão, que mesmo diante da evidencia de uma realidade que o levaria à morte, confia em Deus, plenamente convencido de que Ele tem poder para cumprir o que prometeu”. 

Improvisando, a pergunta aos fiéis

Dirigindo-se à Praça, o Papa perguntou aos fiéis: “Estamos convencidos realmente de que Deus nos quer bem? Que ele pode cumprir o que prometeu? Qual seria o seu preço? Abrir o coração! A força de Deus ensinará o que é a esperança. Este é o único preço: abrir o coração á fé... e Ele fará o resto!”.

“Eis, portanto, o paradoxo e ao mesmo tempo, o elemento mais forte, mais elevado, da nossa esperança! Ela é fundada em uma promessa que do ponto de vista humano parece ser incerta e imprevisível, mas que se manifesta até mesmo diante da morte, quando quem a promete é o Deus da Ressurreição e da vida”.

Firmes na esperança

“Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor a graça de permanecer firmes não apenas em nossas seguranças, em nossas capacidades, mas na esperança que brota da promessa de Deus. Assim, a nossa vida terá uma nova luz, na certeza de que Aquele que ressuscitou o seu Filho ressuscitará a nós também, tornando-nos uma só coisa com Ele, junto de todos os nossos irmãos na fé”. 

O Papa encerrou o encontro concedendo a bênção aos fiéis 

 

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Papa pede proteção para os civis iraquianos

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Cidade do Vaticano (RV) – Na conclusão da audiência geral aos fiéis, na praça São Pedro, o Papa Francisco saudou os grupos presentes na Praça, como a delegação iraquiana de representantes religiosos acompanhada pelo Cardeal Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. A eles, o Pontífice dirigiu especificamente algumas palavras: 

“A riqueza da querida nação iraquiana reside precisamente neste mosaico que representa a unidade na diversidade, a força na união, a prosperidade na harmonia. Queridos irmãos, encorajo-os a continuar assim, convidando-os a rezar para que o Iraque encontre na reconciliação e na harmonia entre seus componentes étnicos e religiosos, a paz, a unidade e a prosperidade. Meu pensamento é para os civis retidos nos bairros ocidentais de Mossul e os desalojados pela guerra, aos quais me sinto unido no sofrimento por meio da oração e da proximidade espiritual. Ao expressar profunda dor pelas vítimas do sangrento conflito, renovo a todos o apelo a se comprometerem com toda a firmeza possível com a proteção dos civis: é uma obrigação imperativa e urgente”.

As últimas notícias provenientes do Iraque falam da descoberta daquela que seria a maior vala comum do Iraque, próxima da cidade de Mossul, onde os militantes do Daesh teriam enterrado as suas vítimas. As autoridades iraquianas admitem que pode haver restos mortais de seis mil pessoas. As vítimas seriam elementos dos serviços de segurança e da polícia que foram mortos quando o autoproclamado ‘Estado Islâmico’ conquistou a cidade, em 2014.

Um comunicado da Anistia Internacional divulgado terça-feira (28/03) denuncia que centenas de civis morreram em Mossul no interior das suas casas ou em refúgios depois de o Governo do Iraque lhes ter pedido para não fugirem durante a ofensiva da cidade. (CM)

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Papa a Superintendências iraquianas: satisfação por este encontro de diálogo

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Cidade do Vaticano (RV) - Antes da Audiência Geral desta quarta-feira (29/03), o Papa Francisco recebeu em seu escritório, na Sala Paulo VI, no Vaticano, os participantes da reunião da Comissão Permanente para o Diálogo entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e as Superintendências iraquianas para os xiitas, sunitas, cristãos, yazidis, sabeus/mandeus do Ministério para Assuntos Religiosos do País do Golfo. 

O Pontífice saudou e agradeceu os participantes pela visita e presença, e ouviu, comovido, histórias de violência e destruição. 

“Tenho grande satisfação por este encontro de diálogo e fraternidade. Somos todos irmãos, e onde há fraternidade, há paz. Somos todos filhos de Deus e temos um Pai comum aqui na Terra: Abraão”, disse Francisco.

“Somos irmãos e como irmãos somos diferentes e iguais, como os dedos de uma mão: os dedos são cinco, mas são diferentes. Agradeço a Deus, ao Senhor, que nos ajudou a estar unidos aqui. Esse diálogo, essa visita é uma riqueza verdadeira de fraternidade. Por isso, é uma estrada para a paz, de todos. A paz do coração, a paz das famílias, a paz dos países, a paz do mundo.”
 
O Santo Padre pediu a Deus para abençoar os participantes desse encontro e pediu-lhes para rezar por ele.
 
Uma cópia do Alcorão e um manto tradicional foram presenteados ao Papa Francisco. Esses dons manifestam o desejo de diálogo dos muçulmanos iraquianos que vieram a Roma para relançar as iniciativas comuns com o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, cujo presidente é o Cardeal Jean-Louis Tauran. 

O Papa encorajou os participantes iraquianos que apresentaram-lhe situações dramáticas, como as vividas pelas populações civis retidas nos bairros ocidentais de Mosul.
 
Foi reconhecido o trabalho de assistência desempenhado pela Igreja católica entre os pobres e deslocados, sem distinção de pertença religiosa.
 
Ao apresentar ao Papa o trabalho da comissão, o Cardeal Tauran lembrou que “verdade, justiça, amor e liberdade são as colunas da paz na perspectiva de cristãos e muçulmanos” e que a caridade é uma linguagem concreta, comum e compreensível a todos.
 
Estavam presentes alguns membros do dicastério vaticano, como Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, secretário, e Mons. Khaled Akasheh, responsável pelo escritório para o Islã, além de alguns protagonistas do diálogo inter-religioso no Iraque.
 
(MJ)

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Papa: jovens sejam portadores convictos da alegria do Evangelho

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do Simpósio europeu sobre os jovens, que se realiza em Barcelona (Espanha) de 28 a 31 de março. 

O evento é promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (Ccee), sobre o tema: “Acompanhar os jovens a responder livremente ao chamado de Cristo”.

Na mensagem, assinada pelo Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, o Pontífice encoraja os participantes a conduzirem uma reflexão sobre os desafios da evangelização e sobre o acompanhamento dos jovens para que, mediante o diálogo e encontro, “os jovens sejam portadores convictos da alegria do Evangelho em todos os âmbitos”.

O Simpósio reúne mais de 200 representantes dos episcopados de todo o continente e pretende ser preparatório para o Sínodo convocado pelo Papa Francisco para o próximo ano e que será centralizado na juventude.

Os participantes estão analisando como aumentar o número de vocações e como atrair os jovens ao catolicismo, a partir de cinco âmbitos cruciais: catequese, escola, universidade, vocações e tecnologia.

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Egito: Papa poderá concluir Conferência sobre a Paz em Al-Azhar

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Cairo (RV) – No Egito “se está trabalhando no sentido de que o Papa Francisco e o Xeique de al-Azhar Ahmed al-Tayyeb concluam os trabalhos da Conferência Mundial sobre a Paz que se realizará no Cairo nos dias 27 e 28 de abril”.

A informação à Agência Aki-Adnkronos International é de uma fonte egípcia, que precisou que os trabalhos da Conferência serão concluídos em concomitância “com o primeiro dia da visita” do Sumo Pontífice à capital egípcia.

“Al-Azhar  - explicou a mesma fonte - convocará uma conferência mundial para a paz por ocasião da visita do Papa Francisco”, conferência que “já havia sido anunciada pelo Xeique de Al-Azhar  há um ano, por ocasião de sua visita ao Vaticano”.

No encontro realizado no Vaticano em 23 de maio de 2016 o Papa e o Grão-Imame haviam falado sobretudo do compromisso comum das autoridades e fiéis com a paz no mundo, no rechaço à violência e ao terrorismo e na situação dos cristãos e sua proteção no contexto dos conflitos no Oriente Médio. Ambos concordaram com a importância deste novo encontro no âmbito do diálogo entre a Igreja Católica e o Islã.

A visita que o Papa Francisco fará ao Egito nos dias 28 e 29 de abril é uma resposta aos convites feitos Presidente do país Abdelfattah al-Sisi e pelo Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa Tawadros II.

Será o segundo pontífice a visitar o país, após João Paulo II no ano 2000. (JE)

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Papa receberá delegação do Pontifício Colégio Espanhol de Roma, nos 125 anos de fundação

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco receberá em audiência no próximo sábado uma delegação do Pontifício Colégio Espanhol de Roma, por ocasião dos 125 anos de fundação.

No encontro - às 11h30min - o Santo Padre receberá os bispos patronos do Colégio, o Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Ricardo Blázquez, o Arcebispo de Sevilha Dom Juan José Asenjo e o Arcebispo de Toledo, Dom Braulio Rodríguez.

Também participarão do encontro a direção do colégio, sacerdotes, funcionários e um numeroso grupo de ex-alunos que viajará a Roma.

Na parte da tarde se realizará um encontro sobre a história do Colégio. No domingo, 2 de abril, o Cardeal Blázquez presidirá uma Celebração Eucarística.

Bento XVI

Em 2012 o Papa Bento XVI havia exortados os estudantes a pensar, sobretudo, "não tanto em seu bem particular, mas no serviço ao povo santo de Deus, que necessita pastores que se entreguem ao grande serviço da santificação dos fieis com alta preparação e competência".

Mártires e bispos

Desde a sua fundação em 1° de abril de 1892, passaram pelo Colégio 3.661 sacerdotes. Destes, 128 foram ordenados bispos, 105 morreram mártires durante a perseguição religiosa ocorrida na Espanha entre 1936 e 1939. Dez deles foram beatificados.

Fundação

O Pontifício Colégio Espanhol de São José de Roma - nome completo da instituição -  foi fundado pelo Beato Manuel Domingo y Sol, com o objetivo de renovar científica e disciplinarmente o clero espanhol.

Sem ter pedido este espírito do fundador, o atual objetivo do Colégio é o de "buscar um clima espiritual, científico e material apto para a convivência dos sacerdotes e seminaristas espanhóis que vêm a Roma, enviados por seus bispos, com o fim de realuzar estudos superiores eclesiásticos e completar sua formação sobre a santa Sé", como escrito em seu Regulamento.

O Beato Domingo y Sol também fundou a Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos, associação cuja missão é a formação, acompanhamento e apoio às vocações da Igreja e que se encarrega da administração do Pontifício Colégio Espanhol.

No âmbito das comemorações pela recorrência, foram organizados - além do encontro com o Pontífice - vários atos comemorativos de caráter religioso, artístico e cultural que se realizarão no decorrer do ano acadêmico.

Papas e autoridades civis

Ao longo de sua história, 3 Papas visitaram o Colégio. João XXIII em 1962, Papa Paulo VI em 1963 e João Paulo II em 1992.

Entre as personalidades que visitaram as diferentes sedes do Colégio destacam-se da monarquia os Reis de Espanha Alfonso XIII e Victoria Eugenia, em novembro de 1923 e o rei Juan Carlos I, em fevereiro de 1977. No mesmo ano, em setembro, foi a vez do Presidente de Governo Adolfo Suárez.

Vínculos com América Latina

O Pontifício Colégio Espanhol de São José de Roma tem fortes vínculos com a Igreja na América Latina, como por exemplo, o convênio com o episcopado venezuelano, que possibilita que sacerdotes venezuelanos venham estudar em Roma. Atualmente sete sacerdotes venezuelanos residem no Colégio Espanhol.

O Colégio Venezuelano encerrou suas atividades recentemente, como consequência da difícil conjuntura econômica vivida no país.

(JE/ACI)

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Igreja no Brasil



Diocese de Floriano tem novo Bispo

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja no Brasil tem um novo Bispo: o Papa nomeou à frente da Diocese de Floriano (PI) o Pe. Edivalter Andrade, do clero da diocese de São Mateus (ES). Até então, o sacerdote era pároco de “São Francisco de Assis”, em Barra de São Francisco (ES). 

O Pe. Edivalter Andrade nasceu em 17 de abril de 1962 em Barra de São Francisco, diocese de São Mateus, no estado do Espírito Santo. Estudou Filosofia (1982-1984) e Teologia (1985-1989) no Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória. Frequentou cursos para formadores de Seminários, um em Viamão (RS - 1990-1991) e outro em Roma (1997); é formado em Serviço Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (1993-1997). 

Recebeu a ordenação sacerdotal em 8 de outubro de 1989 e foi incardinado na diocese de São Mateus, onde desempenhou os seguintes cargos: Vigário paroquial em Água Doce (1990-1992); Reitor do Seminário Maior (1990-1998); Administrador paroquial em Barra de São Francisco (1995); Pároco em Jaguaré (1998-2001); Pároco da Catedral (2002-2014); Coordenador Diocesano de Pastoral (2002-2014); Diretor da Caritas diocesana; Ecônomo; Diretor da Rádio Kairós; Membro do Conselho Presbiteral. Atualmente, é Pároco de “São Francisco de Assis”, em Barra de São Francisco, e Vigário forâneo.

 

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Brasil: relatório do jornal “O Globo” sobre as organizações religiosas

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Brasília (RV) – Segundo o jornal “O Globo”, desde 2010, uma nova organização religiosa surge por hora no Brasil. A facilidade para a abertura de novas igrejas, o fortalecimento do movimento neopentecostal e efeitos da situação econômica são apontados como principais motivos.

 
 
De acordo com os relatórios publicados pelo jornal, de janeiro de 2010 a março de 2017, todos os dias, em particular no Rio de Janeiro, nasceram 25 novas organizações religiosas ou espirituais.

O processo para abrir uma organização religiosa ou filosófica no Brasil é simples e rápido. A Constituição Brasileira proíbe a cobrança de imposto de “templos de qualquer culto”, que são isentos do pagamento de impostos sobre propriedade, imposto de renda sobre as doações recebidas, além do IPVA sobre os veículos adquiridos. Em alguns estados essas organizações também estão isentas do pagamento do IVA. 

O texto constitucional estabelece a imunidade fiscal e a liberdade de culto. Não há, portanto, a necessidade de apresentar requisitos teológicos ou doutrinários para abrir uma igreja. A facilidade faz com que muitas organizações sequer tenham um lugar, próprio ou alugado, para receber os fiéis, informando o endereço de imóveis residenciais ou de outras empresas como sendo seus. 

Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), mostram que há 21.333 CNPJs ativos de organizações religiosas. De janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, houve 9.670 registros. O estado campeão no período foi São Paulo, com 17.052. Entre as denominações que surgiram, o Jornal o “Globo” citou movimentos como a “Associação Ministerial Homens Corajosos”. O grupo não tem um templo próprio e percorre diversas igrejas evangélicas com palestras sobre os valores da vida em família.

O crescimento das organizações religiosas no país despertou várias desconfianças. Do ponto de vista tributário, a fiscalização sobre os impostos da União cabe à Receita Federal, enquanto as secretarias estaduais e municipais de Fazenda devem supervisionar os tributos a cargo dos estados e cidades. O Ministério Público também tem o dever de averiguar possíveis irregularidades e desvios provocados pela blindagem fiscal.

Outra questão que tem suscitado debates é a  presença maciça de programas produzidos por igrejas evangélicas nas grades das emissoras abertas de televisão, e despertou a atenção do Ministério Público Federal (MPF), que apura possíveis irregularidades na prática. O caso mais notável é o canal “CNT”, que em sua programação tem cerca de 90% da programação vendida  para “Igreja Universal do Reino de Deus”. 

As regras para radiodifusão não estabelecem limites para a produção de programas por terceiros, o que, de acordo com esta interpretação, seria o caso, e não uma relação publicitária.  Segundo relatado na matéria do “jornal” , nos documentos que constam do inquérito, as emissoras negam irregularidades, sustentam que são responsáveis pelos conteúdos veiculados e garantem que respeitam os limites determinados para a exibição de publicidade. 

(MD/O Globo)

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Igreja na América Latina



Reforma da mídia vaticana é tema de encontro na República Dominicana

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Santo Domingo (RV) – A Pontifícia Universidade Católica Madre y Maestra (PUCMM) e a Conferência do Episcopado Dominicano (CED) promovem nos dias 2 e 3 de abril, em Santiago e Santo Domingo, respectivamente, a conferência “O Vaticano e sua nova plataforma de comunicação: sua implicação no trabalho jornalístico moderno”, que marca a celebração do Dia do Jornalista, no dia 7 de abril.

O conferencista será o Secretário da Secretaria para as Comunicações do vaticano e Diretor do Serviço de Internet, Monsenhor Lucio Ruiz.

O Reitor da Universidade, Padre Alfredo de la Cruz Baldera, explicou que com este tipo de evento, a Instituição se propõe a ressaltar o trabalho jornalístico no país, promovendo o debate sobre temas atuais vinculados à comunicação em suas distintas esferas.

Reforma da mídia vaticana

Em 2015, com a Carta Apostólica “O atual contexto da comunicação”, o Papa Francisco instituiu a Secretaria para as Comunicações.

Monsenhor Ruiz, a partir da Comissão “Vatican Media Center”, é um dos responsáveis pela reforma da mídia vaticana, que envolve o L’Osservatore Romano, o Centro Televisivo Vaticano, a Rádio Vaticano,  a Agência Fides e o portal News.va.  O religioso também trabalha como assessor da rede de Informática da Igreja na América Latina (RIIAL).

“Oferecemos a tecnologia e o suporte necessário para que a palavra do Papa, seus ensinamentos e seus gestos cheguem até os extremos confins da terra, afirmou Ruiz em entrevista ao portal Catholic.net. Somos, de alguma maneira, os braços, as pernas e a voz digital do Pontífice”.

(JE/Listin Diario)

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Colômbia: Encontro de Iniciação Cristã recorda 10 anos do CELAM em Aparecida

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Bogotá (RV) - Por ocasião do 10° aniversário da 5a Conferência Geral do Episcopado Latino-americano - celebrado em Aparecida em 2007 - o Centro Pastoral para la Evangelización y la Fe da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), realizará em Bogotá, de 15 a 17 de maio, o Encontro Nacional de Iniciação Cristã.

O evento quer impulsionar a opção pela iniciação cristã, "como  maneira ordinária de fazer discípulos missionários em todo o continente", como foi assinalado pelos bispos da América Latina e Caribe no encontro de Aparecida, refere um comunicado divulgado pela CEC.

O público alvo da iniciativa são os Vigários de Pastoral, delegados de Catequese, Liturgia, Animação Bíblica, Doutrina, Educação, Promoção da Unidade e Diálogo, e missões, de cada uma das dioceses do país.

O Bispo de Facatativá e Coordenador do centro, Dom José Miguel Gómez, afirma no convite que "esta comemoração é uma boa oportunidade para fazer uma avaliação daquelas opções fundamentais que como Igreja colombiana fizemos até agora".

A missiva convida, outrossim, para que o processo de iniciação cristã seja assumido como uma maneira indispensável de introduzir a vida cristã nos fieis e assim, junto com a catequese básica e fundamental, responder aos desafios que a evangelização apresenta.

Iniciação cristã em Aparecida

No documento final da 5a Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, é reiterada a urgente necessidade de desenvolver nas comunidades de fé um processo de iniciação na vida cristã que leve a um encontro pessoal e maior com Jesus, que é perfeito Deus e perfeito homem.

"Trata-se de uma experiência que introduz em uma profunda e feliz celebração dos Sacramentos, com toda a riqueza de seus signos. Deste modo, a vida vai se transformando progressivamente pelos santos mistérios  que se celebram, capacitando ao crente  transformar o mundo. Isto é o que se chama 'catequese mistagógica', tal como é sublinhado no documento conclusivo de Aparecida.

Também se recorda que a iniciação cristã "dá a possibilidade de uma aprendizagem gradual no acontecimento, amor e seguimento de Jesus Cristo", que "forja a identidade cristã com as convicções fundamentais e acompanha na busca do sentido da vida".

Neste sentido, o documento convida a assumir a dinâmica catequética da iniciação cristã, destacando que "uma comunidade que assume a iniciação cristã renova sua vida comunitária e desperta seu caráter missionário"; o que requer novas atitudes pastorais tanto dos bispos, como dos sacerdotes, diáconos, consagrados e agentes de pastoral.

O documento fala da paróquia como lugar onde se deve assegurar a iniciação cristã com determinadas tarefas: "iniciar na vida cristã aos adultos batizados e não suficientemente evangelizados; educar na fé as crianças batizadas em um processo que as leve a completar sua iniciação cristã; e iniciar aos não-batizados que tendo escutado o "kerigma" queiram abraçar a fé".

(JE/Gaudium Press)

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Igreja no Mundo



Papa Francisco irá receber 4 imames ingleses, diz Card. Nichols

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Cidade do Vaticano (RV) - Na próxima quarta-feira, 5 de abril, quatro imames ingleses serão recebidos em audiência privada pelo Papa Francisco, no Vaticano, após o ataque de matriz terrorista deste 22 de março em Westminster Bridge, em Londres. Foi o que anunciou à agência católica Sir o arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Nichols, em entrevista concedida à margem do Simpósio europeu sobre jovens em andamento em Barcelona, na Espanha.

“Na próxima semana levarei 4 líderes muçulmanos da Inglaterra ao Papa Francisco para dizer que os líderes religiosos querem e estão comprometidos na construção de relações”, afirmou o purpurado.

Em relação ao ataque em Westminster, observou o arcebispo, “é claro que o que ocorreu não tem nada a ver com os confins. O autor do atentado era um homem nascido na Inglaterra, crescido na Inglaterra”.

É verdade, acrescentou, “transcorreu um breve período na Arábia e se tornou muçulmano. Mas é também preciso dizer que era um homem com uma longa histórica de violência. Esteve 5, 6 vezes na prisão e quem o conheceu fala de um homem muito colérico. Esse atentado deve ser visto e interpretado em sua realidade”. O atentado deixou 4 mortos, incluindo o autor do mesmo.

Para o futuro, acrescentou o purpurado, “há uma coisa muito importante a ser aprendida: não permitir que as comunidades se isolem. Penso que as pessoas de fé têm muito a oferecer”.

“O diálogo entre pessoas que creem em Deus cria um espaço comum. E é desse ponto de vista um dever para os líderes religiosos falar entre si, encontrar-se, buscar juntos soluções comuns, enfrentar a questão do credo religioso que acaba em extremismo e violência”, disse o Cardeal Nichols.

”É preciso estar atento a não relegar a fé a uma esfera privada porque isso contribui ainda mais para o isolamento das comunidades e não contribuição para a construção de uma sociedade inclusiva”, advertiu. (Sir / RL)

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Bispo na Nicarágua: corrupção e injustiça campeiam no país

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Manágua (RV) - “Há muita corrupção. Há muitas mentiras, egoísmo e muita avidez pelo dinheiro e o poder, e isso cria injustiça e faz aumentar o números dos pobres”: afirmou durante a missa, domingo passado (26/03), o bispo auxiliar de Manágua, na Nicarágua, Dom José Silvio Baez.

É verdade que há coisas positivas no país, mas não estamos satisfeitos com o andamento”, disse o prelado comentando o trecho do Evangelho onde Jesus restitui a visão a um cego.

Dom Baez reiterou que somos todos membros da sociedade: “devemos restituir a vista à sociedade, restituir-lhe a alma, porque a nossa sociedade parece viver sem a alma, sem a vista, sem a mente, porque, como todos podemos verificar, são por demais os atos irracionais”.

Em seguida, o bispo nicaraguense acrescentou que “a pobreza é fruto desta cegueira, bem como o fanatismo religioso ou político”, refere a agência missionária Fides.

O prelado ressaltou que a Nicarágua ainda se encontra estarrecida com o ocorrido um mês atrás, quando numa igreja evangélica uma mulher de 25 anos foi queimada viva porque considerada endemoniada.

A jovem morreu quatro dias depois, quando finalmente foi levada para o hospital. A polícia ainda investigando o ocorrido e foram detidos alguns líderes da comunidade evangélica. Um fato dessa natureza jamais tinha sido verificado no país centro-americano.

Dom Baez concluiu a homilia recordando que “nós, cristãos, somos chamados a tornar-nos luz do mundo, como Jesus, a tirar a cegueira que nos leva a um caminho sem saída. Viram quanto crime, quanto fanatismo religioso?” – perguntou o bispo auxiliar de Manágua. “Falta luz na Nicarágua”, completou. (RL)

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110º aniversário do nascimento da Irmã Lúcia recordado em Fátima

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Fátima (RV) - O Santuário de Fátima, onde estão sepultados os restos mortais da Irmã Lúcia de Jesus, recordou na terça-feira o 110º aniversário do nascimento da religiosa, uma das videntes das Aparições de 1917.

Nascida em Aljustrel, como os seus primos Francisco e Jacinta Marto, Lúcia de Jesus testemunhou na Cova da Iria, a 13 de maio de 1917, a aparição da Virgem Maria, segundo o seu testemunho, reconhecido pela Igreja Católica.

Os chamados ‘três Pastorinhos’ de Fátima “passam a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados de mentirem e de inventarem os acontecimentos”, recorda o Santuário.

“Recolhida no Asilo de Vilar, no Porto, depois da última Aparição (ocorrida em 13 de outubro de 1917), a conselho do bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, Lúcia de Jesus começa uma vida retirada do mundo que a irá levar ao postulantado das Irmãs Doroteias, em Espanha, aos 15 anos de idade, e, mais tarde, à clausura do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, onde permanecerá desde 17 de maio de 1946 até à sua morte, em 13 de fevereiro de 2005”, acrescenta uma nota divulgada pela instituição.

No ano de 1925, ingressou na Congregação de Santa Doroteia, em Espanha, “onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus”.

O Santuário de Fátima recorda que a Irmã Lúcia se encontrou com “Papas, chefes de estado e de governo, cineastas e gente simples”, tendo respondido a “milhares de cartas e de pedidos de oração,” correspondência que foi analisada e estudada no âmbito da fase diocesana da Causa de Canonização que chegou ao fim no último dia 13 de fevereiro.

O processo implicou a análise destas cartas e textos, além da auscultação de 61 testemunhas, resultando em mais de 15 páginas de documentação que segue agora para a Congregação das Causas dos Santos (Santa Sé).

Após a sessão de clausura, todo o material recolhido foi entregue na Congregação das Causas dos Santos (Santa Sé) pelo postulador da causa, o padre italiano Romano Gambalunga, carmelita.

(Agencia Ecclesia)

 

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Formação



Ser humano, centro da criação

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje da relação entre o tema da Campanha da Fraternidade 2017 e os documentos conciliares. 

Qual a abrangência e a amplitude do cuidado pela criação, nossa "casa comum", a que somos chamados a fazer? Quem nos explica, é o Padre Gerson Schmidt, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre e que tem nos acompanhado no período da Quaresma nas reflexões deste nosso espaço dedicado ao Concílio Vaticano II:

"Dentro do resgate histórico que fazemos dos documentos conciliares, estamos fazendo uma ponte aqui da GS, que aponta a missão da Igreja no mundo, com a temática da CF 2017, a casa comum onde nós vivemos que deve ser cuidada e preservada como realmente a “nossa” casa, o chão de nossa história salvífica.

A Igreja não pode descuidar dos problemas do mundo. Bem por isso, deve zelar pelo ambiente em que vive e mergulha na sua missão evangelizadora. Se cuidamos da casa que é o mundo, cuidamos do próprio ser humano. Se cuidamos do ser humano, a casa se ajeita, se arruma, ficará automaticamente reorganizada. A bagunça no mundo existe porque o ser humano está bagunçado e vice-versa.

Bento XVI, em forma de exortação, diz assim na Encíclica Caritas in Veritate, número 51: “A Igreja sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos, mas deve, sobretudo, proteger o homem da destruição de si mesmo. Requer-se uma espécie de ecologia do homem, entendida no justo sentido. De fato, a degradação da natureza está estreitamente ligada à cultura que molda a convivência humana: quando a ‘ecologia humana’ é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental”.

Portanto, defender a natureza, a ecologia, nessa temática da Campanha da Fraternidade, é também a defesa do próprio homem na sua dignidade e autenticidade mais genuína. A ideologia do gênero deturpa o ser humano. Faz dele um transumano, um ciborgue, como afirmou um filósofo Francês, Fabrice Hadjadj: “A partir da ideologia do gênero a sociedade caminha para o transumano, isto é, para um humano potenciado pelas novas tecnologias. Na verdade, porém, isso não passaria de um androidismo ou de um ciborguismo”¹.

Já afirmava o Papa João Paulo II na Encíclica Centesimus Annus, número 38: “Além da destruição irracional do ambiente natural, é de recordar aqui outra ainda mais grave, qual é a do ambiente humano, a que se está ainda longe de prestar a necessária atenção. Enquanto justamente nos preocupamos, apesar de bem menos do que o necessário, em preservar o «habitat» natural das diversas espécies animais ameaçadas de extinção, porque nos damos conta da particular contribuição que cada uma delas dá ao equilíbrio geral da terra, empenhamo-nos demasiado pouco em salvaguardar as condições morais de uma autêntica «ecologia humana». Não só a terra foi dada por Deus ao homem, que a deve usar respeitando a intenção originária de bem, segundo a qual lhe foi entregue; mas o homem é doado a si mesmo por Deus, devendo por isso respeitar a estrutura natural e moral, de que foi dotado. Neste contexto, são de mencionar os graves problemas da moderna urbanização, a necessidade de um urbanismo preocupado com a vida das pessoas, bem como a devida atenção a uma «ecologia social» do trabalho”.

Na Encíclica Laudato Si, que está por detrás dessa temática ecológica da CF, o Papa Francisco afirma assim no número 115: O antropocentrismo moderno acabou, paradoxalmente, por colocar a razão técnica acima da realidade, porque este ser humano “já não sente a natureza como norma válida nem como um refúgio vivente. Sem se pôr qualquer hipótese, vê-a, objetivamente, como espaço e matéria onde realizar uma obra em que se imerge completamente, sem se importar com o que possa suceder a ela”². Assim debilita-se o valor intrínseco do mundo. Mas, se o ser humano não redescobre o seu verdadeiro lugar, compreende-se mal a si mesmo e acaba por contradizer a sua própria realidade".

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¹ Una cultura per um nuevo umanesimo”, Ultime notizie dell’uomo, de fabrce Hadjadj. 25 de junho de 2015, www.gliscritti.it.

² Romano Guardini, Das Ende der Neuzeit (Würzburg 9 1965), 63.

 

 

 

 

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Atualidades



Feira das Boas Ações apresenta criatividade dos jovens católicos em Barcelona

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Barcelona (RV) – Termina nesta sexta-feira (31) o Simpósio Europeu sobre os Jovens em Barcelona. O evento está sendo acompanhado pelo Papa Francisco, do Vaticano, que já enviou uma mensagem de encorajamento e reflexão sobre os desafios da evangelização: que através do diálogo, “os jovens sejam portadores convictos da alegria do Evangelho”. 

O Cardeal Antonio Canizares Llovera, vice-presidente da Conferência Episcopal dos Bispos da Espanha, sublinhou a mensagem do Papa afirmando que os jovens “precisam de Cristo para edificar uma nova humanidade feita de homens e de mulheres que precisam aprender a arte de viver que Ele nos ensina. A Igreja não tem outra riqueza nem outra palavra que Cristo, e ela não pode ser silenciada”.

Nesta quarta (29), os participantes puderam explorar da Feira das Boas Ações, um espaço para “mostrar o dinamismo e a criatividade da Igreja na Europa”, disse Dom Michel Remery, vice-secretário geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que promove o evento. Ele explicou que a inspiração parte dos próprios jovens, já que demonstram que “não são somente usuários dos serviços, mas os principais protagonistas da sua pastoral, se adequadamente acompanhados”.

Entre as iniciativas da Feira, destaca-se a “Valeria e o padre” (Valerie um der Priester), uma página no Facebook seguida por mais de um milhão de pessoas. O espaço foi criado por uma jovem jornalista alemã que acompanhou e observou por um ano inteiro a vida de um jovem sacerdote. Um outro canal, o “Espaços de oração nas escolas” (Prayer spaces school), ajuda crianças e jovens a explorar os temas da vida, da espiritualidade e da fé num ambiente dinâmico e interativo.

Todas as ações desenvolvidas na Feira podem ser aprofundadas no site oficial do evento, o symposium2017.ccee.eu, que também está fazendo transmissões via streaming do Simpósio. (AC)

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Carta de S. Vicente, a beleza e a singularidade da obra da Criação

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Cidade do Vaticano (RV) – A importância dos detalhes da Criação: é o segundo aspecto destacado pelo reitor da PUC-Rio, Padre Josafá Siqueira, na Carta de São Vicente, escrita pelo Santo José de Anchieta no litoral de SP em 1560. A carta é vista como uma referência pois apresenta a nossa tríplice relação (teológica, ambiental e antropológica) com a Criação.

Naquela época, a Mata Atlântica compunha ainda um maciço florestal de mais de 1.100.000 km², em perfeito equilíbrio. Não era uma grande área desocupada, ao contrário, milhares de indígenas com ela conviviam, daí tirando todos os bens necessários à sua alimentação, saúde, abrigo e cultura material e espiritual.

Para o nosso convidado, Pe. Josafá Siqueira SJ, reitor da PUC e especialista em questões ambientais, o documento traz uma riqueza específica por ser um o convite a observarmos a importância dos detalhes em meio à grandeza da Criação: a beleza e a singularidade de cada elemento que nos circunda.

Ouça: 

“Na Carta, aparece exatamente a visão ‘integradora’, que é a tríplice relação teológica, ambiental e antropológica. É muito importante porque vivemos em um mundo que quer fragmentar, separar o ambiental do social. Isto é muito ruim porque nos distancia da Criação e não nos permite contemplar aquilo que é próprio da tradição bíblica, onde a visão entre o Criador e a Criação está profundamente articulada”.

Por outro lado, a Carta nos mostra também a importância de ver os detalhes. O mundo hoje é voltado mais para uma relação tecnológica. Muitas vezes os jovens, sobretudo, estão perdendo a capacidade de ver detalhes. Isto é muito ruim porque é exatamente nos detalhes que nós percebemos a grandeza do Criador, a singularidade e a pluralidade que existem no mundo criado. A Carta de Anchieta é um convite para isso: Anchieta mostra detalhes por exemplo, das plantas que são usadas pelos povos indígenas; alguns detalhes do comportamento dos animais, a sua relação com as pessoas, esta capacidade de ver os detalhes é extremamente importante hoje, sobretudo no mundo digital em que vivemos. A capacidade de ver a beleza e a singularidade que existem em toda a obra da Criação”. 

(CM)

 

 

 

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Porta Aberta para a vida

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Cidade do Vaticano (RV) - Na edição do ‘Porta Aberta’, desta quarta-feira (29/03), temos três convidados. A primeira convidada é Maria de las Mercedes Figueroa Moyano que faz parte do grupo “Juntos pela vida” da Canção Nova.  

Este grupo, é formado “por voluntários dentro da Canção Nova e outras pessoas que ficaram sabendo do nosso trabalho e decidiram se reunir para promover a valorização da vida, coisa que parece tão simples, mas que na verdade está se perdendo na sociedade hoje”, disse Mercedes na conversa com Silvonei José.
 
O segundo convidado, é o Bispo da Diocese de Palmeira dos Índios (AL), Dom Dulcênio Fontes de Matos, que na conversa com Raimundo Lima falou sobre o Jubileu e os frutos do Ano Santo da Misericórdia. 

Segundo o prelado, o povo simples tem a percepção do rosto misericordioso do Pai. “As mãos mais pobres são as que mais se abrem para doar. O nosso povo tem Deus no coração e as mãos abertas”, disse Dom Dulcênio.

O terceiro e último convidado é o fundador da Casa do Menor, Pe. Renato Chiera, que visitou recentemente a nossa emissora. 

A Casa do Menor é uma instituição que acolhe crianças, adolescentes e jovens em situação de risco, em Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense.

“O carisma que temos de ser família, de ser presença de Deus pai, mãe e família, ao lado de quem não tem família, de quem não é amado por ninguém, serve para o mundo inteiro”, disse Pe. Renato na entrevista.

(MJ)

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