Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 03/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Jesus é a plenitude da lei com a misericórdia e o perdão

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Cidade do Vaticano (RV) - “Jesus, que julga com misericórdia, é a plenitude da lei”, disse o Papa Francisco na missa matutina celebrada, nesta segunda-feira (03/04), na Casa Santa Marta. 

“Diante do pecado e da corrupção, Jesus é a “plenitude da lei”. O Papa refletiu em sua homilia sobre o Evangelho de João que propõe o trecho em que Cristo, a propósito da mulher surpreendida em adultério, diz a quem a acusa: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.” 

O Pontífice se deteve também na Primeira Leitura, extraída do Livro do Profeta Daniel, dedicada a Susana que foi vítima de dois juízes anciãos do povo que orquestraram contra ela um “adultério falso, fictício”. Ela é obrigada a escolher entre “fidelidade a Deus e à lei” e “salvar a vida”: “era fiel ao marido”, disse o Papa, “talvez tivesse outros pecados, pois todos somos pecadores”. “A única mulher que não tem pecado é Nossa Senhora”. 

Nos dois episódios se encontram “inocência, pecado, corrupção e lei”, pois nos dois casos os juízes eram corruptos”.

Sempre existiram no mundo juízes corruptos. Existem também hoje em todas as partes do mundo. Por que a corrupção chega a uma pessoa? Porque uma coisa é o pecado: Eu pequei, escorreguei, sou infiel a Deus, mas procuro não fazer mais ou procuro me ajeitar com o Senhor ou pelo menos sei que isso não é bom. Outra é a corrupção. Existe corrupção quando o pecado entra, entra na consciência e não deixa lugar nem mesmo para o ar.” 

Quando tudo se torna pecado: isso é corrupção. “Os corruptos pensam em fazer bem com a impunidade. No caso de Susana, os juízes anciãos “foram corruptos dos vícios da luxúria”, ameaçando-a de testemunhar falsidades contra ela. “Não é o primeiro caso”, refletiu Francisco, “que nas Escrituras aparecem falsos testemunhos. Isso nos recorda Jesus, condenado à morte por falso testemunho”. 

No caso da verdadeira adúltera, quem a acusa são outros juízes que “tinham perdido a cabeça” fazendo crescer neles uma interpretação tão rígida da lei que não deixava espaço ao Espírito Santo”: ou seja, a corrupção da legalidade, legalismo, contra a graça”. Depois, temos Jesus, verdadeiro Mestre da lei diante de falsos juízes que tinham o coração pervertido ou que davam sentenças injustas “oprimindo os inocentes e absolvendo os malvados”: 

“Jesus diz poucas coisas, poucas coisas. Diz: ‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra’. E à pecadora diz: Eu não te condeno. Não peques mais’. Esta é a plenitude da lei, não a dos escribas e fariseus que tinham a mente corrompida, fazendo várias leis sem deixar espaço à misericórdia. Jesus é a plenitude da lei e Jesus julga com misericórdia.

“Deixando livre a mulher inocente, a quem Jesus chama de “Mãe” porque, explicou Francisco, “a sua mãe é a única inocente”, saem palavras não bonitas da boca do profeta em relação aos juízes: Encarquilhados nos vícios, no mal. O Papa convidou a pensar na maldade com a qual os nossos vícios julgam as pessoas: 

“Nós também julgamos no coração os outros, hein? Somos corruptos? Ou ainda não? Parem. Paremos e olhemos Jesus que sempre julga com misericórdia: Eu também não te condeno. Podes ir em paz, e não peques mais.”

(MJ)

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Derrotar o "flagelo atroz" do tráfico humano, pede Francisco

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Viena (RV) – O Papa Francisco enviou uma mensagem para a 17ª Conferência da Aliança contra o Tráfico de Pessoas, marcada para os dias 03 e 04 de abril em Viena, na Áustria. 

A mensagem do Pontífice foi lida pelo Subsecretário da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Pe. Michael Czerny SJ.

Escravidão, crime contra a humanidade, uma grave violação dos direitos humanos, um flagelo atroz: essas são as expressões utilizadas por Francisco para falar de tráfico humano, sobretudo quando envolve crianças e adolescentes.

No texto da mensagem, o Pontífice afirma que a Conferência em Viena é um sinal positivo da determinação da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) em erradicar "uma das mais vergonhosas dinâmicas da humanidade moderna".

“A maioria dos fiéis de qualquer religião e pessoas de todas as convicções ficam chocadas, senão escandalizadas, quando descobrem que o tráfico ocorre em todos os países e que representa o negócio mais próspero do planeta”, escreve Francisco, que convida os membros da Conferência a fazerem tudo o que estiver a seu alcance para aumentar a conscientização pública e coordenar melhor os esforços governamentais, legais, fiscais e sociais para resgatar milhões de crianças e adultos.

“Vamos fazer ainda mais, e urgentemente, para impedir que sejam traficados e escravizados”, diz ainda o Papa, em referência às crianças e adolescentes, fazendo votos para um trabalho bem-sucedido e frutífero da Conferência.

Realidade

O relatório das Nações Unidas de 2016 sobre o tráfico humano apontou que de quarto vítimas, uma é menor de idade. Estimam-se que cinco milhões e meio de crianças são obrigadas a trabalhar, sujeitas a abusos, forçadas a se casar ou se alistar em milícias.

A finalidade da conferência é trocar experiências bem sucedidas de combate a este tipo de tráfico e desenvolver uma parceria mais coordenada entre os países-membros da OSCE.   

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Vaticano acolhe três novas famílias de refugiados sírios

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Cidade do Vaticano (RV) – As primeiras famílias sírias acolhidas no Vaticano, deixaram as dependências dos três apartamentos em que viviam, após terem encontrado meios para viver de forma independente. Assim, os apartamentos passaram a ser ocupados por outros três núcleos familiares: duas famílias cristãs e uma muçulmana, num total de 13 pessoas. 

Segundo a Esmolaria Pontifícia, duas das novas famílias acolhidas haviam sido sequestradas e sofreram discriminações por serem cristãs. Elas chegaram na Itália no mês de março do corrente.

Uma das famílias é formada pela mãe, dois filhos adolescentes, uma avó, uma tia e outra senhora síria que vive com eles. A outra, é formada por um jovem casal, que teve sua primeira filha – Stella – há duas semanas, precisamente no apartamento onde moram. A jovem havia sido sequestrada pelo Isis e agora, na Itália, pode reencontrar a serenidade.

Por fim, o terceiro núcleo familiar foi um dos primeiros a chegar na Itália, em fevereiro de 2016. É formada pelos pais com seus dois filhos. A primeira filha, doente, iniciou agora um percurso de integração. As crianças frequentam regularmente a escola elementar, a mãe está inscrita na Faculdade no Curso para  Mediadores Interculturais e há poucos dias, começou a fazer um estágio com vistas a uma futura inserção no mercado de trabalho.

São três os apartamentos de propriedade do Vaticano que há mais de um ano acolhem núcleos familiares de refugiados sírios,  vindos à Itália graças aos corredores humanitários promovidos pela Comunidade de Santo Egídio, pela Federação das Igrejas Evangélicas na Itália e pela Távola Valdense.

O gesto é uma resposta concreta ao apelo dirigido pelo Santo Padre, ao final da oração do Angelus de 6 de setembro de 2015, para acolher uma família em cada paróquia, comunidade religiosa, mosteiro e santuário.

Por meio dos corredores humanitários, foram acolhidos até agora em Roma 70 núcleos familiares, num total de 145 pessoas.

Além de assegurar uma adequada acolhida nas paróquias, comunidade e associações, os voluntários acompanham as famílias sírias na sua plena integração, a começar pelo aprendizado da língua italiana.

Além desta acolhida, a Santa Sé apoia economicamente as 21 pessoas vindas de Lesbos com o Papa Francisco e que são acolhidas em algumas casas particulares e de religiosos.

(JE com informações da Esmolaria Pontifícia)

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Divulgada agenda da viagem do Papa ao Egito

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Cidade do Vaticano (RV) – A Secretaria para a Comunicação (SPC) do Vaticano divulgou na manhã de segunda-feira (03/04), o programa da visita que o Papa fará ao Egito nos dias 28 e 29 de abril. 

O Pontífice deixa o aeroporto de Fiumicino rumo à Cidade do Cairo às 10h45. Às 14h, no aeroporto internacional da capital egípcia, haverá a acolhida oficial. Na sequência, estão previstos os seguintes eventos: cerimônia de boas-vidas, visita de cortesia ao Presidente da República e visita de cortesia ao Grande Imâme de Al Azhar. Francisco fará um discurso aos participantes da Conferência Internacional sobre a Paz

O programa prevê no final da tarde encontros com as autoridades e com Sua Santidade Tawadros II (Teodoro II), Patriarca de Alexandria. Estão programados discursos em ambos os eventos. 

Sábado, 29/04, a agenda do Pontífice contempla a celebração de uma missa, o almoço com os Bispos egípcios e enfim, um encontro de oração com o clero, os religiosos e os seminaristas. Francisco deve também fazer um discurso neste evento. 

Às 17h, está marcada a partida do aeroporto de Cairo, com chegada em Roma/Ciampino às 20h30. 

Os horários indicados se referem à Cidade do Cairo, com diferença de 5h a mais em relação a Brasília.

(CM)

 

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Cruz peregrina da JMJ será entregue aos jovens do Panamá no domingo

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Cidade do Vaticano (RV) – No Domingo de Ramos, no próximo 9 de abril, será celebrada a 32ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em nível diocesano. No Vaticano, 200 pessoas de várias dioceses do Panamá, de países da América Central e do México estarão reunidos para a entrega da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora pelas mãos dos jovens poloneses de Cracóvia.

Como de tradição, a entrega acontece durante a Santa Missa presidida pelo Papa, às 10h, na Praça São Pedro. Em preparação ao domingo, os jovens poloneses e latino-americanos irão participar de um congresso durante a semana com o tema: “De Cracóvia ao Panamá. O Sínodo em Caminho com os jovens”. O evento, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, começa nesta quarta-feira (5) para analisar os resultados da JMJ da Polônia e para refletir sobre o futuro dos jovens católicos na sociedade atual.

Para o sábado, 8 de abril, está previsto um encontro com o arcebispo do Panamá, José Domingo Ulloa Mendieta, que vai apresentar as principais características da JMJ de 2019, a organização do evento e os aspectos pastorais. A reunião da manhã será concluída com a celebração de uma missa, ao meio-dia. No final da tarde, os participantes se encontrarão na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, para a Vigília Mariana.

Durante a noite, tanto os jovens na Itália quanto os jovens no Panamá estarão reunidos em oração, em Vigília pela entrega da Cruz Peregrina e do ícone mariano da JMJ. Da América, às 3 horas da manhã de domingo, 9 de abril, eles estarão acompanhando ao vivo, direto do Vaticano, a entrega dos símbolos da Jornada que serão recebidos por 25 jovens do Panamá, um de cada país da América Central e um do México. (AC) 

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Via Sacra: A Paixão mostra Deus presente onde menos se esperava

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Cidade do Vaticano (RV) – Será a primeira vez no Pontificado de Francisco que caberá a uma mulher a missão de escrever as meditações para a Via Sacra da Sexta-feira Santa, no Coliseu. Trata-se da biblista francesa, Anne-Marie Pelletier, que em 2014 foi condecorada com o Prêmio Ratzinger.

“Não será um caminho da Cruz “feminista” no sentido em que os refletores serão dirigidos somente para as mulheres, assegurou ela à Agência Adnkronos. Os protagonistas masculinos têm muito a ensinar. Devem confrontar-se juntos com suas fraquezas, a obscuridade da fé, o excesso do mal e o excesso mais radical do amor que Deus opõe à loucura e aos fracassos do homem”.

“O drama espiritual da humanidade que diz sentir aversão pela morte e ao mesmo tempo mostra-se cúmplice dela, seguindo por caminhos de pecado, do orgulho mortífero, da rejeição do outro, da agressividade, do “somente eu”, as consequências da busca do sucesso a qualquer preço, a coragem e a resistência das tantas mulheres vítimas da violência e da dor. Estas são algumas das questões espinhosas para a humanidade atual e que estarão presentes nas  XIV Estações da Via Sacra.

Ela é a primeira mulher leiga, escolhida por Francisco, para escrever as meditações da Via Sacra. “Naturalmente – confessou Anne-Marie – sou sensível ao caráter inédito desta participação”. E nas meditações, “quis honrar a coragem e a resistência das mulheres na dor – explicou – os gestos de solicitude e compaixão quando ficam aos pés da Cruz e após a morte de Jesus. São os mesmos gestos que continuam a ter tantas mulheres anônimas no mundo. Crentes ou não, preocupadas pela carne do outro em dificuldade”.

A este propósito, a biblista focou a atenção em “evidências muito esquecidas: aos pés da cruz, quando Jesus expira, estão presentes somente mulheres, enquanto quase todos os homens desapareceram. Da mesma forma na manhã da Páscoa, são sempre as mulheres que se apressam para chegar ao túmulo e receber o anúncio da Ressurreição. O mistério pascal convoca as mulheres de maneira especial. Depois do primeiro estupor, pensei que esta era uma ótima maneira para exercer o sacerdócio batismal, que ocupa um lugar importante no modo em como conheço a Igreja e ensino”.

Ao falar dos temas tratados nas meditações, Pelletier explicou que “colocar os próprios passos naqueles da Via Sacra até o Gólgota onde Jesus expira, significa encontrar-se no coração ardente da profissão da fé cristã. Significa experimentar a força de um paradoxo absoluto que não é outra coisa que aquilo que professa a fé. O paradoxo pelo qual, enquanto parecem triunfar definitivamente injustiça e violência, são o  amor e a vida que vencem o pecado e a morte”.

“Aos meus olhos – explica ela – entrar no caminho da Cruz significa entrar na resistência de esperança, esta esperança da qual as nossas sociedades perderam o sentido e o gosto”. “Diante do inocente absoluto que é Cristo – reitera -  a história da Paixão revela a cumplicidade de todos”.

A hora da Paixão é outro momento que ganha relevo nas meditações, como “o momento decisivo que destrói todas as imagens idólatras de Deus que a humanidade constrói para si. Incluída a humanidade religiosa! A Paixão mostra Deus presente onde menos se esperava. O mostra onde não deveria estar, em meio aos pecadores e em um local de morte! Revela assim que o Altíssimo é idêntico ao muito baixo. Grande inversão de todas as imagens da glória e do poder. Subversão das hierarquias habituais. De novo – sublinhou a autora das meditações – muitas as consequências pelo apreço daquilo que humanamente chamamos sucesso. De fato, o Papa Francisco não deixa de nos recordar estas verdades”.

(JE/ADNKRONOS)

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Dom Fisichella: santuário, uma autêntica forma de nova evangelização

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Cidade do Vaticano (RV) – Com um Motu Proprio, o Papa Francisco confiou ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização as competências sobre a pastoral relativa aos Santuários,  o que inclui a tutela e valorização dos mesmos. A este respeito, eis o que declarou aos microfones da Rádio Vaticano o Presidente deste dicastério vaticano, o Arcebispo Rino Fisichella: 

“Antes de tudo somos agradecidos ao Papa que pensou no Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização como destinatário deste grande espaço na piedade popular e na fé da Igreja, representado pelos santuários. Como o próprio Papa afirmou, nos Santuários se busca a companhia dos santos, a proximidade a Cristo, a proteção da Virgem Maria. Os santuários são realmente, sobretudo em nossos dias, um lugar privilegiado para o anúncio do Evangelho. E penso que nós acolhemos isto também como um grande desafio, o desafio, isto é, de corresponder com uma linguagem nova, com novas possibilidades de evangelização que provém destes lugares onde a piedade popular vê e reencontra plenamente aquelas expressões basilares da própria fé”.

RV: Também a beleza dos santuários é um caminho de evangelização...

“Os santuários, também o diz o Papa Francisco, representam uma expressão da beleza, beleza que é o fruto da fé dos séculos precedentes. Quantas pessoas, existem milhões, milhões que a cada ano frequentam os nossos santuários! E estes milhões de pessoas são movidos pelos desejos mais diversos possíveis: existem aqueles fiéis que frequentam os santuários históricos mais conhecidos, mas também existe muita gente, muita gente que vai porque atraída pela beleza dos santuários ou porque atraídas pela beleza da paisagem ou porque sentem um desejo no mais profundo do coração. Eu acredito que o esforço, o trabalho, a acolhida, o testemunho, o modo de rezar, a que os santuários são chamados a ser, representam uma autêntica forma de nova evangelização”.

(B/JE)

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A Biblioteca Vaticana no século XVIII, em livro de Barbara Jatta

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Cidade do Vaticano (RV) – O quarto volume da história da Biblioteca Apostólica Vaticana, coletânea que começou a ser lançada em 2010, é dedicado ao século XVIII.  

O livro intitulado “A Biblioteca Apostólica e as artes no século do Lumi” – organizado pela atual Diretora dos Museus Vaticanos, Barbara Jatta, com a contribuição de cerca 20 estudiosos – destaca as aquisições da Biblioteca em um século difícil para a história da Igreja.

“Fazer crescer o esplendor de Roma e testemunhar a verdade da religião católica”. A frase em latim pode ser lida em uma lápide de 1756 na entrada do Museu Sacro desejado pelo Papa Bento XIV Lambertini, como parte integrante da Biblioteca Vaticana.

Achados arqueológicos que remontam às primeiras catacumbas de Roma, ao lado das coleções etruscas e romanas do Museu sacro instituído pelo sucessor Clemente XIII, conferiram à Biblioteca uma das etapas obrigatórias da “Viagem na Itália” das elites culturais europeias, como explica um dos colaboradores do livro, o Prof. Antonio Paolucci:

“O século XVIII, o tempo do Iluminismo, um século delicado e difícil para a Igreja. Não obstante isto, a Biblioteca se enriquece sempre mais, torna-se uma referência irrenunciável para a cultura internacional. Se enriquece com novas doações, crescem os Museus da Biblioteca. Tudo isto é contado no livro. Um livro que exigiu muito e de grande alento. São quase 500 páginas impressas, com uma importante coletânea iconográfica e um aparato sem fim de notas. Por outro lado, não se poderia esperar menos da Biblioteca Apostólica em um século de grande importância como o século XVIII”.

Para a Igreja, o século XVIII foi também o século do Iluminismo. De um lado, a filosofia e a introdução do método científico para a análise dos documentos por meio da aceitação crítica das fontes; de outro, o período revolucionário, que culminou com a morte no exílio na França do Papa Pio IV Braschi, como nos conta o Bibliotecário e Arquivista da Santa Romana Igreja, Mons. Jean-Louis Bruguès:

“O século coberto é o século mais interessante e mais difícil ao mesmo tempo: no início do século, o caráter brilhante da sociedade ocidental, e no final, a revolução. O livro conta a abertura da Biblioteca à modernidade; o Iluminismo; e ao mesmo tempo a perda de tantos documentos e livros, que passaram à mãos francesas”.

Para a curadora do volume,  Dra Barbara Jatta – há poucos meses à frente dos Museus Vaticanos – o livro adquire um significado particular. Antes de ser nomeada como Diretora dos Museus, era responsável pelo Setor de Impressões da Biblioteca Apostólica:

“Eu comecei a trabalhar na Biblioteca em 1996. Os Museus da Biblioteca eram ainda da Biblioteca; passaram em 31 de dezembro de 1999 à gestão dos Museus Vaticanos. Assim, agora me encontro de certa maneira dirigindo os Museus que eram da Biblioteca, enquanto Diretora dos Museus Vaticanos. É uma belíssima passagem: abrimos as portas entre a Biblioteca e os Museus, que estavam fechadas desde 1999, e penso que estas portas serão sempre mais abertas! Portanto, este é um sinal que se dá”.

(MR/JE)

 

 

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Cardeal Parolin: "substituir a lei do poder com o poder do amor"

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Cidade do Vaticano (RV) - “Substituir a lei do poder com o poder do amor.” Para o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, esse é o caminho para realizar “o desenvolvimento humano integral” auspiciado 50 anos atrás pelo Papa Paulo VI. 

Na homilia da missa oficiada esta segunda-feira (03/04) na Basílica de São Pedro, por ocasião da Conferência internacional promovida pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que celebra os 50 anos da “Populorum Progressio”, o purpurado explicou que as “boas intenções” não servem, mas “ações concretas” para promover a solidariedade para “com toda pessoa que sofre” e a paz.

O ponto de partida é a “preocupação constante com a dignidade da pessoa – corpo e alma, mulher e homem, indivíduo e sociedade – para buscar toda justiça”, afirmou.

O Cardeal Parolin definiu “providencial a coincidência” entre os 50 anos da Populorum Progressio e o início da atividade do novo Dicastério instituído por vontade do Papa Francisco, que reúne quatro organismos da Santa Sé (Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cor Unum, Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes e Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde) para dar fim às “formas de marginalização” para com os migrantes, aqueles que se encontram em situação de provação e de necessidade, os encarcerados, os desempregados, as vítimas de guerras e de catástrofes naturais.

“Ninguém é tão pequeno” para eximir-se de dar sua contribuição em favor do desenvolvimento, advertiu o secretário de Estado vaticano, precisando que o novo Dicastério pontifício deve agir “como um único corpo, com diferentes funções”.

Daí o convite, dirigido aos presentes, a “trabalhar juntos, unidos na preocupação uns pelos outros, para proclamar a salvação no centro e nas periferias, a paz e a reconciliação entre indivíduos e os povos”.

“Não se deve ter medo de sujar as mãos ao trabalhar pela paz e a justiça no mundo”, foi o convite final do Cardeal Parolin. (Sir / RL)

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Igreja na América Latina



Igreja católica vai doar recursos para superar a tragédia na Colômbia

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Bogotá (RV) – Os recursos recolhidos pela Igreja católica colombiana para ajudar os necessitados em caso de desastres naturais serão doados aos atingidos pelo deslizamento de lama em Mocoa, ao sul da Colômbia. Em declaração à imprensa local, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, arcebispo de Tunja e presidente da Conferência Episcopal do país, disse que os fundos vêm de uma coleta especial feita todos os anos para esse fim e serão destinados à população da capital do departamento de Putumayo, que fica perto da fronteira com o Equador e o Peru. 

Ao lamentar profundamente o desastre natural que deixou centenas de mortes,  Dom Luis enviou mensagem de solidariedade e disse que estão em oração permanente “para que Deus dê coragem aos sobreviventes da avalanche e para que todos os desaparecidos possam ser encontrados”.

O arcebispo também confirmou que uma equipe de apoio católico e espiritual da Pastoral Social Nacional de Bogotá já está na região do desastre “para uma ajuda efetiva” e para confortar na fé as vítimas e os desabrigados. As dioceses também irão se encarregar, segundo Dom Luis, a fazer campanhas de arrecadação de recursos e de material que possa auxiliar os moradores dos 17 bairros colombianos de Mocoa atingidos pelo deslizamento, uma população estimada pela Cruz Vermelha em 45 mil habitantes.

De acordo com o relatório divulgado pelas Forças Armadas do país, que estão trabalhando no resgate, entre as 254 vítimas fatais, estão 62 crianças. A catástrofe foi provocada pela cheia dos rios Mocoa e SanBoyaco na madrugada de sábado (1), deixou 400 feridos e 200 pessoas desaparecidas. (AC) 

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Igreja no Mundo



Bispos congoleses e Núncio denunciam violências em Kasai

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Kinshasa (RV)- “Exorto todos a rezarem pela paz para que os corações dos artífices de tais crimes não permaneçam escravos do ódio e da violência. O ódio e a violência sempre destroem”: palavras do Papa no Angelus de domingo, 2 de abril, ao manifestar sua solidariedade aos habitantes da região de Kasai, na República Democrática do Congo.

Com o Papa, a Igreja local também denuncia as consequências dos confrontos entre agentes de segurança e milicianos do defunto líder tradicional Kamuina Nsapu na região congolesa.

A Conferência Episcopal Nacional Congolesa (CENCO) e o Núncio Apostólico no país, Dom Luis Mariano Montemayor, divulgaram um comunicado para condenar “toda forma de violência contra as vidas humanas e as estruturas públicas e particulares”.

“Há mais de um ano, os sangrentos confrontos entre militares e milicianos de Kamuina Nsapu provocam consequências assustadoras e insuportáveis”, escrevem os Arcebispos, que lamentam o assassinato de policiais e de inúmeros civis, entre os quais dois especialistas das Nações Unidas, o americano Michael Sharp e a sueca Zaida Catalan, e de seu intérprete congolês.

A insegurança criou uma transferência maciça de populações rumo às florestas ou aos principais centros urbanos da região. “As populações vivem numa insustentável precariedade humanitária e alimentar. Algumas paróquias estão quase completamente vazias e abandonadas, em especial nas dioceses de Luiza, Luebo e Mbuijmayi”, afirma o documento, que denuncia também assassinatos de civis no decorrer de ataques, casa por casa, em Nganza e em Katoka II, na Arquidiocese de Kananga.

A CENCO, a Nunciatura Apostólica e o Arcebispo de Kananga pedem o fim do recrutamento de jovens e crianças, dos assassinatos de civis por parte dos insurgentes, das execuções sumárias de cidadãos inocentes, e fazem um apelo à polícia para que faça um uso proporcional da força.

Os signatários pedem ao governo que relancem com urgência a negociação para encontrar uma solução política à crise sociopolítica e humanitária que atinge a região e, ao mesmo tempo, invocam ações concretas para identificar rapidamente os autores dos crimes através de uma investigação independente e objetiva. (BF/Agência Fides)

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Apelo do Cardeal Sandri por Coleta em favor da Terra Santa

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Cidade do Vaticano (RV) - “Faço apelo à nossa comum humanidade, à fé cristã que nos une em Cristo, a fim de que sejais verdadeiramente generosos e possais contribuir para a paz na região de Jesus, a Terra Santa, tornando-vos protagonistas e construtores deste mundo.”

É o convite que o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, dirige aos fiéis do mundo inteiro em vista da próxima Coleta em favor da Terra Santa que, por tradição, se realiza na Sexta-Feira Santa.

Lugares da Terra Santa permitem a quem acredita, sem ter visto, fazer-se próximo de Cristo

Em entrevista concedida à Sir – a ser publicada estes dias –, da qual a agência católica nos traz uma antecipação, o purpurado argentino recorda a importância da custódia e da manutenção dos Lugares Santos que são um acercamento, para nós que cremos ser ter visto, para fazer-se fisicamente próximos do Salvador, Filho de Deus”.

Diante dos fatos que se verificam nesta região atormentada do mundo, corre-se o risco de ver esses Lugares Santos “quase como se não fossem nossos, como se não tivéssemos nenhuma responsabilidade”.

“Tornando-vos partícipes da Coleta em favor da Terra Santa, estais contribuindo pessoalmente para transformar esta realidade de guerra, de miséria, de terrorismo, de violência e de divisão. Não o façam outros, façais vós mesmos”, exorta o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.

Coleta para contribuir em prol da paz na região

Daí, o apelo pela Coleta para “contribuir em prol da paz na região de  Jesus”. A “Coleta pela paz na Terra Santa” nasceu da vontade dos Papas de “manter estreito e forte os laços entre todos os cristãos do mundo e os Lugares Santos.

A Coleta, que tradicionalmente se realiza na Sexta-Feira Santa, é a fonte principal para a manutenção da vida que se vive em torno dos Lugares Santos; é também o instrumento que a Igreja utiliza para manter-se lado a lado das comunidades eclesiais do Oriente Médio.

Em tempos mais recentes o hoje Beato Papa Paulo VI, mediante da Exortação apostólica “Nobis in Animo”, de 25 de março de 1974, deu um impulso decisivo em favor da Terra Santa. (Sir / RL)

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Formação



Bispo de Patos: com Francisco, convidados a sermos uma Igreja em saída

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o espaço semanal “O Brasil na Missão Continental” inicia neste quadro a participação do bispo da Diocese de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, que vai estar conosco estes dias trazendo-nos um pouco da experiência da “Missão Continental” na realidade eclesial desta Igreja particular da Paraíba. 

Sede desta circunscrição eclesiástica do sertão da Paraíba, Patos é também conhecida como capital nordestina do calçado e do couro. Distante 307 Km de João Pessoa, localiza-se no centro do estado com vetores vários interligando-o com toda a Paraíba e viabilizando o acesso aos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Inserida entre as cidades de interior que mais crescem em todo o Brasil, Patos é a 3º cidade polo do estado da Paraíba, considerando sua importância socioeconômica.

Após esses breves dados sobre a cidade-sede da diocese, passemos então à contribuição de Dom Eraldo nesta edição. Recordando que a Missão Continental não se propõe como uma pastoral ao lado de outras, mas como um espírito que perpassa todas as pastorais, o bispo de Patos nos diz como se tem trabalhado nesta Igreja particular este espírito de discípulos missionários.

A propósito, Dom Eraldo diz-nos que hoje, principalmente com a Conferência de Aparecida e diante do magistério do Papa Francisco, somos convidados constantemente, insistentemente, a sermos uma Igreja em saída. Esta missionariedade, este espírito, leva toda a Igreja a ser uma Igreja desinstalada, afirma, acrescentando que “a missionariedade é um modo de os discípulos se comportarem no mundo de hoje. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Calamidade na Colômbia: bispos pedem iniciativas para reconstruir

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Mocoa (RV) - O deslizamento de terra na cidade de Mocoa, capital do departamento do Putumayo, no Sul da Colômbia, deixou pelo menos 254 mortos, dos quais 62 crianças, de acordo com o último relatório divulgado pelas Forças Armadas do país, que estão trabalhando no resgate. Segundo o comunicado, a tragédia que atingiu Mocoa na madrugada de sábado fez ainda 400 feridos e deixou 200 pessoas desaparecidas.

As águas dos rios Mocoa e SanBoyaco carregaram diversas casas, postes de eletricidade, veículos, árvores, e destruíram pelo menos duas pontes, acrescentou o Exército, cujos soldados apoiam os trabalhos de resgate e socorro. Os bairros atingidos são 17. O município de 40 mil habitantes está sem energia elétrica e água. As imagens divulgadas pelos socorristas são impactantes: ruas cobertas de terra, soldados carregando crianças, pessoas chorando, veículos destruídos e lixo nas ruas.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, declarou estado de "calamidade pública" para "agilizar" as operações de resgate e ajuda, segundo escreveu no Twitter. A Cruz Vermelha, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil participam das operações de salvamento.

Os Bispos colombianos convidaram a rezar pelos mortos e pediram a Deus a força para os que foram atingidos pela calamidade. Em nota, a Conferência Episcopal da Colômbia convida as comunidades eclesiais, as pessoas e instituições de boa vontade a empreender iniciativas para ajudar de modo eficaz o caminho da reconstrução.

O Papa Francisco, antes de rezar o Angelus, domingo (02/04), assegurou suas orações pelas vítimas e pelas famílias.

A "onda de inverno" na América do Sul não afetou somente a Colômbia. O Peru vem enfrentando desde o início do ano chuvas e deslizamentos de terra que até o momento deixaram 101 mortos e mais de um milhão de afetados.

 

(CM)

 

 

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Família de estudante italiano morto no Egito faz apelo ao Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Com a divulgação do programa da visita apostólica do Papa ao Egito, nos dias 28 e 29 de abril, os pais do pesquisador italiano torturado até a morte no ano passado no Cairo fazem um apelo ao Pontífice. A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa realizada no Palazzo Madama, que acolhe o senado italiano, em Roma, na manhã desta segunda-feira (3). 

Paola Regeni, mãe do estudante Giulio, afirmou que estão certos de que, durante a viagem ao Egito, o Papa “não deixará de se lembrar de Giulio e de se unir ao nosso pedido concreto de verdade para ter paz”.

Segundo Luigi Manconi, presidente da Comissão de Direitos Humanos e que organizou a coletiva, “os pais de Giulio se dirigiram ao Papa de maneira muito emocionada, ao lembrar do encontro que tiveram com o Pontífice alguns meses atrás, em que demonstrou conhecer o caso. Com a viagem ao Egito, o desejo é que a situação seja recordada durante os discursos que fará”, sublinhou Manconi.

Giulio Regeni estava fazendo um doutorado sobre economia e sindicatos, na Universidade Americana do Cairo. Ele tinha sido visto pela última vez em 25 de janeiro de 2016, no metrô, no sofisticado bairro de Dokki. Seu corpo foi encontrado 10 dias depois à beira de uma estrada com queimaduras de cigarro e outros sinais de tortura. (Adnkronos/AC)

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JMJ Panamá: as informações corretas na rede

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Cidade do Vaticano (RV) - O anúncio dos dias de realização da Jornada Mundial da Juventude, na Cidade do Panamá, entre 22 e 27 de janeiro de 2019, deu início à contagem regressiva para o maior evento jovem do mundo. 

Portanto, falta menos de dois anos para o grande encontro do Papa com os jovens após a memorável jornada em Cracóvia, em julho de 2016.

Então, quem quiser obter informações corretas sobre o evento nas redes sociais pode seguir alguns conselhos.

Assim como em Cracóvia, a hashtag do evento é #Panama2019.

No Facebook, a página global da Jornada Mundial da Juventude está disponível em diversos idiomas: assegure-se de escolher a região correta para receber as informações na sua língua

Arquidiocese do Panamá

A Arquidiocese do Panamá é extremamente social friendly: está presente no Twitter, no Facebook, no Instagram e no Youtube. Para incentivar a participação na JMJ 2019, a Arquidiocese preparou um vídeo sobre o país anfitrião.

 

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