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Sumario del 04/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



"A cruz não é um ornamento, mas o Deus que se fez pecado"

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Cidade do Vaticano (RV) – “A salvação não provém somente da cruz, mas da cruz que é Deus feito carne, pois não há salvação nas ideias ou na boa vontade”. Foi o que recordou o Papa na homilia da missa matutina, na Casa Santa Marta. Francisco convidou a não carregar a cruz apenas como um símbolo de pertença, mas a olhar ao Crucificado, ao “Deus que se fez pecado” para receber a salvação. 

No Evangelho do dia, por três vezes Jesus diz aos fariseus: “Morrereis nos vossos pecados”, porque tinham o coração fechado e não entendiam aquele mistério que o Senhor representava. ”Morrer no próprio pecado é algo ruim”, destacou o Papa. No diálogo com eles, Jesus então recorda: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo”. Jesus se refere àquilo que aconteceu no deserto, narrado na Primeira Leitura, quando o povo que não podia suportar o caminho, “se afasta do Senhor” e “fala mal Dele e de Moisés”. Então chegam as serpentes que mordem e provocam a morte. O Senhor pede a Moisés que faça uma serpente de bronze e a coloque como sinal sobre uma haste: Quando alguém era mordido e olhava para a serpente de bronze, ficava curado. A serpente é o “símbolo do diabo”, “o pai da mentira”, “o pai do pecado, que fez a humanidade pecar”. E Jesus recorda: “Quando eu for elevado, todos virão a mim”. Este é o mistério da cruz, disse Francisco. “A serpente de bronze curava”, mas “era sinal de duas coisas: do pecado cometido pela serpente, de sua sedução, de sua astúcia; e também era sinal da cruz de Cristo. Era uma profecia”, explicou o Papa. Portanto, Jesus se “fez pecado”, como diz São Paulo, e tomou sobre si todas as sujeiras da humanidade, se fez elevar para que todas as pessoas feridas pelo pecado, olhassem para Ele. E quem não reconhecer naquele homem elevado “a força de Deus que se fez pecado para nos curar”, morrerá no próprio pecado: 

“Não há salvação nas ideias, não há salvação na boa vontade, no desejo de ser bons... não. A única salvação está em Cristo crucificado, porque somente Ele, como a serpente de bronze, foi capaz de tomar para si todo o veneno do pecado e nos curar. Mas o que é a cruz para nós? Sim, é o sinal dos cristãos, é o símbolo dos cristãos. Nós fazemos o sinal da cruz, mas nem sempre o fazemos bem; porque não temos fé na cruz. Outras vezes, para algumas pessoas, é um distintivo de pertença: ‘Sim, eu uso uma cruz para mostrar que sou cristão’. É bom isso, mas não só como distintivo, como se fosse de um time, mas como memória daquele que se fez pecado”.

“Outros, ainda, usam a cruz como um ornamento; alguns usam cruzes com pedras preciosas, para se mostrar”, frisou Francisco:  

“Deus disse a Moisés: Quem olhará para a serpente será curado”. Jesus diz a seus inimigos: “Quanto  tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou”. Quem não olha para a cruz assim, com fé, morrerá nos próprios pecados, não receberá a salvação”.

A Igreja propõe um diálogo com o mistério da cruz:

“Hoje, a Igreja nos propõe um diálogo com este mistério da cruz, com este Deus que se fez pecado por amor a mim. E cada um de nós pode dizer: “Por amor a mim”. E podemos pensar: Como eu uso a cruz? Como uma recordação? Quando faço o sinal da cruz tenho consciência do que faço? Como levo a cruz? Somente como um símbolo de pertença a um grupo religioso? Como uma decoração? Como uma joia, com pedras preciosas... de ouro? Aprendi a levá-la nas costas, aonde machuca? Cada um de nós, hoje, observe o Crucifixado, olhe para este Deus que se fez pecado para que nós não morramos nos nossos pecados e responda a estas perguntas que acabei de sugerir”.

(CM/BF)

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Papa: integrar para promover o desenvolvimento integral

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco se reuniu na manhã de terça-feira (04/04) com os participantes do Congresso sobre os 50 anos da Encíclica Populorum Progressio, do Beato Paulo VI.

O evento, realizado na sala nova do Sínodo, também foi organizado para apresentar o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, guiado pelo Card. Peter Turkson, a quem o Papa agradeceu o trabalho e a criatividade, como “modelo de construção eclesial”. 

O Pontífice desenvolveu seu discurso a partir do verbo “integrar”, para evidenciar aspectos da expressão cunhada por Paulo VI na Encíclica: “desenvolvimento de cada homem e de todo o homem”.

Para o desenvolvimento integral, se trata de integrar os diversos povos da terra. “O dever de solidariedade nos obriga a buscar modalidades justas de compartilha, para que não exista a dramática desigualdade entre quem muito tem e nada tem, entre quem descarta e que é descartado. Somente o caminho da integração entre os povos permite à humanidade um futuro de paz e de esperança.”

Para isso, todos podem e devem dar sua contribuição. Trata-se do princípio de subsidiariedade, integrando os vários sistemas: a economia, a finança, o trabalho, a cultura, a vida familiar e a religião.

Nenhum aspecto deve prevalecer sobre o outro, destaca o Papa, pois se trata de integrar a dimensão individual com aquela comunitária. Não faltam visões ideológicas e poderes políticos que espezinham a pessoa, massificando-a ou privando-a da liberdade. Francisco denuncia os poderes econômicos que querem explorar a globalização para impor um mercado global do qual ditam as regras para obter lucros. “O eu e a comunidade não são concorrentes entre si”, afirma Francisco.

O Papa recordou que já Paulo VI escrevia que o desenvolvimento não se reduz a um simples crescimento econômico: “O desenvolvimento não consiste em ter à disposição sempre mais bens, para um bem-estar somente material. Integrar corpo e alma significa também que nenhuma obra de desenvolvimento poderá alcançar realmente o seu fim se não respeitar o local em que Deus está presente em nós e fala ao nosso coração”.

Para a Igreja, de modo especial, oferecer um desenvolvimento integral significa não trair Deus nem o homem. Deus se fez homem para fazer da vida humana, seja pessoal, seja social, uma concreta via de salvação. Neste sentido, o conceito de pessoa, amadurecido no Cristianismo, ajuda a perseguir um desenvolvimento plenamente humano. Porque pessoa remete sempre à relação, não ao individualismo; afirma a inclusão e não a exclusão, a dignidade única e inviolável e não a exploração, a liberdade e não a coação.

Francisco concluiu afirmando que a Igreja nunca se cansa de oferecer esta sabedoria e a sua obra ao mundo, na consciência de que o desenvolvimento integral é o caminho do bem que a família humana é chamada a percorrer.

 

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Novas disposições para sacerdotes da Fraternidade São Pio X

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Cidade do Vaticano (RV) –  Com o objetivo de evitar problemas de consciência nos fiéis que aderem à Fraternidade São Pio X, incertezas a respeito da validade do Sacramento do Matrimônio, e para apressar o caminho rumo à plena regularização institucional, a Congregação para a Doutrina da Fé divulgou um comunicado orientando os bispos das Conferências Episcopais. 

O comunicado ressalta os diversos encontros e iniciativas que estão em andamento visando levar a Sociedade Sacerdotal São Pio X à plena comunhão. Neste sentido, recentemente o Santo Padre decidiu, por exemplo, conceder a todos os sacerdotes do referido instituto a faculdade de confessar validamente os fiéis (carta Misericordia et misera, n.12), a fim de garantir a validade e legitimidade do Sacramento por eles administrado, evitando assim provocar inquietação nos fiéis.

Na mesma linha pastoral - que deseja contribuir para o serenamento da consciência dos fiéis – apesar da objetiva persistência, “por ora”, da situação canônica de ilegitimidade enfrentada pela Sociedade São Pio X, o Santo Padre, por proposta da Congregação para a Doutrina da Fé e da Comissão Ecclesia Dei, decidiu autorizar os Reverendíssimos Ordinários do lugar para que possam conceder também licenças para a celebração de matrimônios de fiéis que seguem as atividades pastorais da Fraternidade, segundo as modalidades seguintes.

Sempre que possível, a incumbência do Ordinário para assistir ao matrimônio será concedida a um sacerdote da diocese (ou a um sacerdote plenamente regular) para que acolha o consenso das partes no rito do sacramento que, na liturgia do Vetus ordo, ocorre no início da Santa Missa, seguindo depois a celebração da Santa Missa votiva por parte de um sacerdote da Fraternidade.

Onde isto não for possível, ou não há sacerdotes da diocese que possam receber o consenso das partes, o Ordinário pode conceder atribuir diretamente as faculdades necessárias ao sacerdote da Fraternidade que celebrará também a Santa Missa, advertindo-o do dever de fazer chegar o quanto antes à Cúria diocesana a documentação da celebração do Sacramento. (JE)

 

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Papa recebe príncipe Charles e duquesa Camilla no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência privada, no final da tarde desta terça-feira (4), o príncipe Charles, herdeiro da Coroa britânica, e sua mulher Camilla Parker Bowles, a duquesa da Cornualha. O encontro aconteceu no escritório da Sala Paulo VI, no Vaticano. 

O casal foi recebido por Francisco pela primeira vez. Em 2009, o príncipe britânico e a duquesa já tinham encontrado o Papa emérito, Bento XVI.

Na audiência desta terça, o príncipe de Gales na Inglaterra abordou o tema da preservação do meio ambiente e dos desafios da poluição, argumento em consonância com o magistério do Papa Francisco, autor da Encíclica que exorta o homem para uma maior proteção e cuidado com o mundo. “Precisamos realinhar a percepção humana às leis da natureza e refazer esse equilíbrio antes que seja muito tarde”, comentou o príncipe Charles em discurso no Palazzo Vecchio, em Florença, na noite desta segunda-feira (4).

Na ocasião, em que recebeu as chaves da cidade e o prêmio “Homem do Renascimento 2017” da Fundação Strozzi Usa, o príncipe enfatizou sua preocupação com a questão ambiental ao se questionar a falta de preocupação pela preservação da biodiversidade. “É incrível que as pessoas se perguntem por que deveríamos nos esforçar para fazer das extraordinárias temáticas ambientais uma prioridade”, disse ele, que complementou: “a diversidade da vida na Terra é aquilo que, de fato, nos permite existir”.

O herdeiro da Coroa britânica aproveitou a ocasião para convidar a uma maior tutela ambiental, à reciclagem do lixo, ao uso das energias renováveis, a criar comunidades coerentes e integradas.

A visita real pela Itália prossegue nesta quarta-feira (5) quando o casal será recebido pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, no Palácio do Quirinale, em Roma. A viagem europeu de nove dias já passou pela Romênia e, depois da Itália, o príncipe Charles e Camilla irão à Áustria. (AC)

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Papa e príncipe Charles: troca de presentes e de 'produções próprias'

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Cidade do Vaticano (RV) – A audiência privada no Vaticano entre o Papa, o príncipe Charles e sua mulher Camilla durou 27 minutos nesta terça-feira (4).

Para o Pontífice, o herdeiro da Coroa britânica deu uma cesta cheia de produtos provenientes da casa de campo real de Hidhgrove, zona rural da Inglaterra. Nesse momento, o príncipe Charles disse ser “difícil saber o que dar” para o Papa. E, ao abrir a cesta, acrescentou: “espero que seja útil. Foi tudo feito em casa por mim”.

Já o Pontífice presenteou o casal com uma pequena escultura em bronze, em formato de ramo de oliveira, como “símbolo de paz”. “Onde quer que vá, seja um homem de paz”, leu o Papa em voz alta o que estava gravado no presente. Francisco também entregou uma cópia da Encíclica Laudato si e das Exortações Apostólicas Evangelii gaudium e Amoris laetitia, em língua inglesa. Foi quando o Papa mostrou a sua ‘produção’: “estes são os meus trabalhos”.

Em seguida, o casal real foi até o Palácio Apostólico para um encontro com o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin. O príncipe de Gales e a duquesa também visitaram o Arquivo Secreto e a Biblioteca do Vaticano, onde puderam conhecer alguns documentos históricos disponíveis. (AC)

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Papa Francisco aos jovens: trabalhem por um mundo melhor

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Cidade do Vaticano (RV) - Trabalhar por um mundo melhor. Este é o desafio lançado pelo Papa Francisco aos jovens na vídeo-mensagem, divulgada nesta terça-feira (04/04), sobre as intenções de oração do mês de abril confiadas ao Apostolado da Oração.

O Santo Padre se inspira na intenção de oração deste mês para incentivar os jovens a responderem com generosidade à própria vocação, considerando seriamente também a possibilidade de se consagrarem a Deus “no sacerdócio ou na vida consagrada”. 

O Papa se dirige aos jovens em espanhol e os convida a não viverem “na ilusão de uma liberdade que se deixa levar pelas modas do momento”, mas que apostem alto. 

“Não deixe que outros sejam os protagonistas da mudança! Vocês, jovens, têm o futuro. Peço-lhes que o construam, que trabalhem por um mundo melhor”.

O Papa exorta os jovens a aceitarem esse “desafio” e convida todos a rezar com ele pelos jovens “para que saibam responder com generosidade à própria vocação”, mobilizando-se “pelas grandes causas do mundo”. 

(MJ)

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Bispo de Luxor: visita do Papa a Al-Azhar confirma que religiões são pela paz

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Cidade do Vaticano (RV) - "A visita do Santo Padre e a acolhida de Al-Azhar confirma que as religiões são feitas para a paz". 

Com estas palavras o Bispo de Luxor, Dom Emanuel Bishay, comentou à TV 2000 dos bispos italianos a visita que o Papa Francisco fará ao Egito nos dias 28 e 29 de abril.

O prelado sublinha que "o encontro entre o Papa e o Grão Imame de Al-Azhar, por um lado confirma que as religiões seguem um caminho pela paz e para realizar, para criar pontes entre uma religião e outra. Por outro, condena todos aqueles que tentam levar as religiões para o conflito".

"O significado da visita do Papa é plenamente compreendido no logotipo que foi apresentado - comenta o Bispo de Luxor. O Pontífice que leva uma mensagem de paz em uma terra, historicamente acolhedora, que está buscando sempre mais trabalhar pela paz também entre as religiões. Todo o povo egípcio vive e espera com alegria a visita do Papa". (JE)

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Abertura noturna dos Museus Vaticanos

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Cidade do Vaticano (RV) – A abertura noturna dos Museus Vaticanos será proposta ao público também em 2017. Uma experiência extraordinária para quem vive em Roma ou está organizando sua viagem durante os meses de abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro. 

Este ano a abertura noturna dos Museus foi renovada e prolongada, permitindo experenciar e visitar as maravilhosas obras de arte dos Museus, à luz do crepúsculo ou do céu noturno da Cidade Eterna. Não haverá a interrupção no mês de agosto, como nos anos precedentes, dando assim maior possibilidade aos visitantes de contemplar o entardecer, tendo os Jardins e a cúpula da basílica de fundo, a partir do Átrio da Pinacoteca e das janelas da Galeria dos Mapas Geográficos.

A primeira abertura noturna será na sexta-feira, 21 de abril, e a última, em 27 de outubro. O horário limite para a entrada é às 21h30min. Também está confirmada a proposta cultural e musical que enriquecerá algumas noites, com os concertos iniciando às 20h30min.

O programa completo poderá ser consultado em breve no site oficial dos Museus, em italiano, inglês, francês, alemão, espanhol. (JE)

 

 

 

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Igreja no Brasil



Futuro das escolas católicas é debatido em evento nacional

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Aparecida (RV) – Realiza-se, em Aparecida, (SP), o 5º encontro de Escolas Católicas. O evento que teve inicio nesta terça-feira (04/04) e termina na próxima quinta-feira (06/04), traz como tema “Carisma e Negócios”.

O encontro, promovido pela Editora Positivo e voltado para instituições conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino, reúne participantes de 130 escolas de 20 estados brasileiros. Essas organizações respondem por cerca de 58 mil alunos e representam uma fatia importante da área da educação no Brasil.

Isso porque, segundo a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) – que congrega instituições mantenedoras de estabelecimentos confessionais católicos de educação em todos os níveis, graus e modalidades - atualmente existem no país cerca de 430 mantenedoras, 2 mil escolas, 130 instituições de ensino superior e 100 de obras sociais, totalizando 2,5 milhões de alunos atendidos e aproximadamente 100 mil professores e funcionários representados.

Além de apresentar painéis sobre os cenários e perspectivas da educação brasileira, o encontro contempla uma série de debates e momentos de formação que envolvem temas como diversidade e formação religiosa, escola e família, trabalhos pastorais e Campanha da Fraternidade. Uma mesa-redonda chamada “Para além das fronteiras do ensino religioso na escola”, mediada pelo Professor Sérgio Junqueira, Pós-Doutor em Ciência da Religião e líder do Grupo de Pesquisa Educação e Religião, também pretende promover o diálogo inter-religioso.

A diretora pedagógica da Editora Positivo, Acedriana Vicente Sandi, explica que o objetivo do evento é aprender com o passado, debater sobre o presente e refletir sobre o futuro da educação nessas instituições de ensino. “Por meio do encontro, buscamos promover a reflexão sobre o perfil e a função das escolas cristãs no cenário atual, fortalecendo-as tanto no aspecto do carisma, como no de negócio.
 
“Sendo a escola um espaço privilegiado para a reflexão, e de diálogo com as pessoas que pensam e creem de forma diferente, entendemos que cabe à escola colaborar com uma cultura de paz”, complementa o Padre José Alves de Melo Neto, um dos palestrantes convidados. O evento se realiza no Hotel Rainha do Brasil, em Aparecida. 

(MD/Sistema de Ensino Positivo) 

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Igreja no Mundo



Deus liberte a Rússia e o mundo do terror, pedem líderes religiosos

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Cidade do Vaticano (RV) – “Não há nenhuma justificativa para este crime: a Igreja Ortodoxa Russa condena com veemência a ação agressiva contra os civis e convida a sociedade a opor-se a toda manifestação de violência”.

É o que afirma o Patriarca de Moscou Kirill, na mensagem enviada ao Governador de São Petersburgo, Georgy Poltavchenko, e ao Metropolita Varsonofio, após o atentado terrorista no metrô de São Petersburgo que matou 11 pessoas e feriu mais de 30.

Kirill – como refere a Agência Sir – “eleva orações ao Deus criador para o pronto restabelecimento dos feridos e o repouso das almas dos falecidos”, ao mesmo tempo em que a Igreja Ortodoxa adere aos três dias de luto decretados pelas autoridades.

Na manhã desta terça-feira, o Patriarca de Moscou presidiu uma celebração em recordação das vitimas, na Catedral da Transfiguração de Cristo Salvador, em Moscou, antes da reunião do Conselho da Igreja Ortodoxa Russa. "Trata-se de um ato de terrorismo que lança um desafio não somente às autoridades, não somente às forças de ordem e aos responsáveis pela segurança, mas a todo o povo", disse o Primaz da Igreja Ortodoxa Russa. "Devemos reconhecer ulteriormente a import}ancia de manter uma vida pacífica, a independência de nosso país e mais ainda, devemos ser conscientes de nossa comum responsabilidade pelo futuro de nosso povo", completou.

Igreja Católica russa

Também a Igreja Católica russa manifestou “profunda dor” pelas vitimas do atentado. Em nome de todos os bispos católicos do país, o Arcebispo de Moscou, Dom Paolo Pezzi, fez um apelo especial: “Junto a todos os fiéis católicos e crentes de outras confissões e religiões, lanço um apelo a Deus, em fervorosa oração, pela libertação na Rússia e em todo o mundo pelo mal do terrorismo”.

O Arcebispo pediu a todos os sacerdotes e fiéis da Arquidiocese da Mãe de Deus, de Moscou, para “rezarem pelas vitimas, pela consolação das pessoas que perderam entes queridos, pela cura dos feridos e de todos aqueles que estão trabalhando para evitar a repetição desta tragédia”.

Al-Azhar condena atentado: deter fluxo de armas

Também a Universidade de Al-Azhar condenou o atentado na Rússia. Em um comunicado divulgado logo após o ataque,  a  máxima autoridade teológico-acadêmica do islã sunita  fez um chamado urgente para que o terrorismo seja combatido com adequadas medidas internacionais que freiem o fluxo de armas e de recursos direcionados aos aparatos do terror.

Em abril, durante a visita do Papa Francisco ao Egito, o Grão Imame de Al Azhar, Xeique Ahmed al Tayyeb, encerrará ao lado do Pontífice uma conferência sobre a paz a ter lugar na Universidade sunita no Cairo.

Autoria

O atentado no metrô de São Petersburgo foi provocado por um homem bomba. Seus restos mortais foram encontrados no terceiro vagão do comboio. O autor do atentado foi identificado como Akbarzhon Jalilov, nascido em Osh, no Quirguistão, em 1995. Duas outras pessoas são procuradas pelas forças de segurança, por suposta participação no ataque.

(JE com Agências)

 

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Formação



Populorum e migração: a palavra aos brasileiros

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Cidade do Vaticano (RV) – “Perspectivas para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral” é o título do Congresso que reúne cerca de 300 pessoas na Sala Nova do Sínodo, nos 50 anos da Populorum Progressio.

Nos dois dias de evento, os trabalhos foram divididos em sessões que remetem aos temas da Encíclica, como “Alma e Corpo”, “Homem e Mulher”, “Indivíduo e Sociedade”. Nessas sessões, são abordados temas como democracia, pobreza, família, desigualdade e migrações.

Para o Congresso foram convidados representantes eclesiais dos cinco continentes, entre os quais brasileiros. A Rádio Vaticano entrevistou a Superiora das Missionárias de São Carlos Borromeu, as scalabrianas, Ir. Neusa de Fátima Mariano: 

Outro scalabriano é o Bispo de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni, que acompanha a pastoral dos brasileiros no exterior: 

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Febre amarela: vacinação, principal arma contra a doença

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos a nossa conversa sobre a febre amarela, em nosso espaço de saúde, com a epidemiologista clínica Dra. Miriam Sommer de Porto Alegre (RS).

O Ministério da Saúde confirmou, no final da semana passada, 574 casos de febre amarela no Brasil. Os dados foram contabilizados de 1º de dezembro de 2016 a 30 de março passado. A doença causou 187 mortos em 91 municípios do país.

Minas Gerais é o Estado mais afetado pela doença desde o início do surto, com 422 casos confirmados. Em segundo lugar está o Espírito Santo, com 139 registros.

O Rio de Janeiro superou o Estado de São Paulo no número de confirmações da febre amarela: foram seis casos, contra cinco em terras paulistas. O Pará também teve dois pacientes com a doença.

Perguntamos à Dra. Miriam Sommer o que pode contribuir para o aumento do número de casos da febre amarela. 

Vacinação

A principal arma contra a doença continua sendo a vacinação, prevista no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e oferecida em postos do Sistema Único de Saúde (SUS).

No último sábado (1º/04), nas cidades da região de Campinas (SP), onde foram registradas mortes de macacos com febre amarela, houve um mutirão de vacinação contra a doença. 

Pessoas de 6 meses a 60 anos de idade que moram ou que vão viajar para regiões de risco, devem se vacinar. Quem vai viajar deve se vacinar pelo menos 10 dias antes da viagem. Pessoas com mais de 60 anos, se estiverem em boas condições de saúde, também podem se vacinar. 

Dra. Miriam, quem não deve se vacinar?

(MJ/g1.globo.com)

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Atualidades



Papa: renovemos o compromisso por um mundo sem minas

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Cidade do Vaticano (RV) - Celebra-se, nesta terça-feira (04/04), o Dia Mundial contra as minas terrestres.

“Hoje é o Dia Mundial contra as minas terrestres. Por favor, renovemos o compromisso por um mundo sem minas!”, tuitou o Papa Francisco por ocasião desse dia. 

Segundo o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, nos últimos 20 anos, a organização e parceiros retiraram explosivos de vastas áreas em todo o mundo. Para ele, no mundo atual, "os conflitos estão se multiplicando e estão interligados", informa a Rádio ONU.

Crianças

Para Guterres, "o mais perturbador é que as partes em conflito estão vergonhosamente tendo como alvo os civis e mostrando um desrespeito flagrante pela lei humanitária internacional".

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a Campanha Internacional para Banir Minas Terrestres afirmaram que as crianças representam 20% das vítimas desses explosivos. As minas terrestres matam ou mutilam até 20 mil pessoas por ano no mundo.

Segundo o chefe da ONU, os explosivos improvisados, chamados de IED na sigla em inglês, estão matando e ferindo milhares de pessoas todos os anos. Esse material está sendo colocado em residências e escolas, aterrorizando a população local.

António Guterres declarou que as Nações Unidas fornecem assistência médica às vítimas e ensinam a milhões de pessoas como viver de forma segura durante e logo após o fim de um conflito.

Medo de morrer

Além disso, a organização treina e emprega milhares de homens e mulheres em trabalhos de ação contra as minas terrestres. Ele agradeceu o trabalho realizado por essas pessoas e pelo Grupo de Coordenação Interagências sobre Ação contra Minas.

Guterres afirmou que "paz sem ação contra minas terrestres é uma paz incompleta".

O secretário-geral pediu aos Estados-membros para que mantenham o assunto no topo da agenda internacional quando negociarem um acordo de paz, buscarem evitar ferimentos durante conflitos ou quando enviarem respostas humanitárias de emergência para zonas de guerra.

Para o chefe da ONU, a ação contra minas terrestres estabelece a base para uma recuperação duradoura e para o desenvolvimento. Segundo ele, "ninguém deve viver com medo de morrer depois que os conflitos acabam".

(MJ/Rádio ONU)

 

 

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Exemplo de coexistência pacífica dentro da Igreja é resposta ao terrorismo

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Cidade do Vaticano (RV) – A cidade russa de São Petersburgo está em luto depois do atentado terrorista no metrô que, nesta segunda-feira (3), matou 14 pessoas e deixou dezenas de pessoas feridas. Um jovem de 22 anos, do Quirguistão (Ásia Central), com nacionalidade russa, foi identificado como autor da explosão e a polícia está investigando sobre as suas ligações com grupos terroristas.

Do mundo inteiro vem a solidariedade e o sentimento de proximidade à população russa, como confirma Dom Celestino Migliore, núncio apostólico em Moscou. 

Dom Celestino“Em primeiro lugar, a expressão de proximidade humana e espiritual às vítimas e à sociedade inteira que está aterrorizada e, também, uma mensagem que vale para cada uma dessas tristes situações, em diferentes partes do mundo: que a expressão de reprovação e repúdio desse gênero de cruel violência se acompanhe sempre, como vemos inclusive nas palavras do Papa Francisco, a um apelo de tentar superar de todas as formas, além de remover as circunstâncias que levam a tais atos.”

A história nos ensina que a violência nunca pode ser vencida com outro tipo de violência. Por isso, Dom Celestino, comenta que a resposta mais eficaz e atual contra o terrorismo pode ser encontrada na própria Igreja.

Dom Celestino“A Igreja oferece uma contribuição através dela mesma, isto é, favorece principalmente a harmonia e a colaboração entre as suas diferentes comunidades para dizer ao mundo que a coexistência pacífica entre as pessoas de diversas culturas, etnias e religiões é possível e é produtiva. A colaboração, e não a contraposição violenta, contribui ao bem comum da humanidade. E o caminho do testemunho e da persuasão é um caminho de longo prazo, mas definitivamente vencedor.” (AC)

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