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Sumario del 08/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: vigília de oração com os jovens na Basílica de Santa Maria Maior

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na tarde deste sábado, 8 de abril, a vigília de oração com os jovens, na Basílica de Santa Maria Maior, em vista da 32ª edição da Jornada Mundial da Juventude, em nível diocesano, que se celebrará amanhã, Domingo de Ramos, em todas as dioceses do mundo. O tema da 32ª edição da JMJ é “O Todo-poderoso realizou grandes coisas em meu favor”, extraído do Evangelho de Lucas 1, 49.

“Queridos jovens, não tenham medo de dizer ‘sim’ a Jesus com todo o ímpeto do coração, de lhe responder generosamente e de segui-lo!”, tuitou o Papa neste sábado, em sua conta @Pontifex em nove línguas. 

Esta vigília de oração na Basílica de Santa Maria Maior é o primeiro encontro do Papa com os jovens no caminho de preparação da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro de 2018 sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, e da 34ª Jornada Mundial da Juventude que se realizará no Panamá, em 2019.

"Esta noite, tem um duplo início de caminho rumo ao Sínodo que tem um tema longo, jovens, fé, discernimento vocacional. O Sínodo dos jovens", disse o Papa, "e o início do caminho rumo ao Panamá", reiterou Francisco.

O Papa Francisco escolheu e dedicou a Maria os temas para o percurso trienal das próximas Jornadas Mundiais da Juventude. 

Para a 33ª Jornada Mundial da Juventude diocesana de 2018 o tema escolhido pelo pontífice é “Não temas, Maria, porque encontraste graça junto de Deus”.
O tema da 34ª Jornada Mundial da Juventude que se realizará no Panamá, em 2019, é “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Os três temas anunciados tem como objetivo dar uma conotação mariana forte ao itinerário espiritual das próximas JMJ, recordando ao mesmo tempo a imagem de uma juventude a caminho entre passado (2017), presente (2018) e futuro (2019), animada pelas três virtudes teologais: fé, caridade e esperança.

(MJ)

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A semana do Papa em imagens

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Cidade do Vaticano (RV) - A semana do Papa foi intensa, começando com a visita de Francisco à região italiana da Emilia-Romagna (Carpi e Mirandola), cinco anos depois do terremoto. Já no Vaticano, além das missas na capela da Casa Santa Marta e da Audiência Geral, o Papa recebeu o príncipe Charles e um grupo de líderes muçulmanos ingleses. Confira a síntese em imagens da semana do Papa:

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Igreja no Brasil



Domingo de Ramos: Igreja no Brasil realiza Coleta Nacional de Solidariedade

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Brasília (RV) - No próximo dia 9, Domingo de Ramos, a Igreja Católica no Brasil realiza em todo país a Coleta Nacional da Solidariedade, uma ação prevista pela Campanha da Fraternidade (CF), que este ano propõe o aprofundamento e ações concretas em torno do tema do meio ambiente, com destaque para os biomas brasileiros. 

Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos, agentes de pastoral, colégios católicos e movimentos eclesiais são os principais motivadores e animadores dessa coleta.

Segundo o Bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a conversão, movimento proposto para o período da Quaresma, exige passos concretos. “A Coleta Nacional de Solidariedade”, destaca o prelado, “permite aos católicos de ajudar os pobres e colaborar na continuidade do cuidado com a obra da criação”.

A cada ano, com o recurso arrecado, a CNBB apoia pequenos projetos em todo país relacionados à temática proposta pela CF. Em 2017, serão apoiados pequenos projetos que têm como foco o tema do meio ambiente e a sustentabilidade. Em 2016, foram arrecadados para o Fundo Nacional R$ 5.879.109,88. De 2012 a 2015, 1.067 projetos de desenvolvimento local e solidariedade foram apoiados em todo o país pela CNBB.
 
Fundo de Solidariedade

O resultado integral das coletas realizadas nas celebrações do Domingo de Ramos, coleta da solidariedade, com ou sem envelope, deve ser encaminhado à respectiva diocese. Do total arrecadado pela Coleta da Solidariedade, a diocese deve enviar 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), gerido pela CNBB. A outra parte (60%) permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS).

As doações para o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB, podem ser efetuadas na conta indicada abaixo, ao longo de todo o ano. O depósito dos 40% da Coleta da Solidariedade para o Fundo Nacional de Solidariedade – CNBB deve ser feito na seguinte conta: Banco Bradesco, Agência 0484-7 – Conta Corrente 4188-2 – CNBB. O comprovante do depósito precisa ser enviado por: e-mail – financeiro@cnbb.org.br ou por correspondência para o endereço: SE/Sul Quadra 801 Conjunto B, CEP: 70.200-014 – Brasília – DF. Contato pelo telefone – (61) 2103-8309 (falar no financeiro).

(MJ/CNBB)

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Formação



Entrada de Jesus em Jerusalém: Missão de Paz!

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Cidade do Vaticano (RV) - «O Senhor é aclamado como se faz a um general romano ou a um herói egípcio quando de sua chegada a sua cidade, à sua terra, após uma gloriosa vitória. 

Apenas algumas diferenças: o Senhor ainda vai consumar sua luta e, enquanto os vencedores trazem consigo o espólio dos vencidos e os próprios vencidos como troféus,  será o Senhor o próprio espólio, o grande serviçal, o escravo de todos nós.

Esse gesto nos recorda um trecho da segunda leitura de hoje, da Carta de São Paulo aos Filipenses, que diz: “Não deveis fazer nada por egoísmo, ou para sentir-vos superiores aos outros, mas cada um de vós, com toda a humildade, considere os outros superiores a si mesmo, ninguém procure o próprio interesse, mas antes o dos outros.” O Senhor buscou apenas o nosso interesse, ou melhor, o interesse do Senhor é a nossa salvação.

Jesus entra em Jerusalém, montado em um jumentinho. Isso significa que entra na cidade que é sua para fazer com toda a Humanidade, uma missão de paz, ainda que essa paz tenha como preço sua própria vida.

Cristo entra em Jerusalém para entregar-se como oferta ao Pai, em nome de cada um de nós. Ele se coloca em nosso lugar e sofre as consequências que nosso egoísmo, nossa falta de amor e de perdão ocasionaram. Ele é o verdadeiro cordeiro pascal, a verdadeira vítima. Seu corpo é o pão e seu sangue é o vinho. Somos redimidos, para sempre, por seu sangue derramado de fato, Jesus Cristo é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.

Outro ensinamento, agora colhido da leitura da Paixão, este ano, a de São Mateus, é sobre a retaliação e a paz . Jesus impede que Pedro continue sua ação de punir o soldado que o ofendera e diz a ele: “Guarde a espada na bainha!” e cura Malcolm. Somos filhos da paz! Nosso Rei é o Principe da Paz, o Pacificador.

Que este início da Semana Santa nos comprometa com o projeto de Jesus para nós. Sejamos irmãos, sejamos filhos do mesmo Pai de nosso Senhor.

Que a humildade e a paz sejam nossos tesouros, recebidos através do sacrifício redentor do Filho de Deus!

Nossa libertação do egoísmo e da ira, da raiva, custou o sangue inocente de Jesus.

Valorizemos, com gratidão e amor, o sacrifíco do Senhor por nós».

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o Domingo de Ramos)

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Editorial: Família, boa nova para o mundo

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Cidade do Vaticano (RV) – “A família hoje é desprezada e maltratada”: palavras do Papa Francisco pronunciadas tempos atrás. O Sucessor de Pedro está ciente do difícil momento que o matrimônio e a família estão vivendo. Na semana passada foi apresentada a Carta de Francisco para o 9º Encontro Mundial das Famílias que se realizará em Dublin, na Irlanda, de 21 a 26 de agosto de 2018, sobre o tema “O Evangelho da Família: alegria para o mundo”.  

O Pontífice parte mais uma vez de uma pergunta: “O Evangelho continua sendo a alegria para o mundo? A família continua sendo uma boa nova para o mundo de hoje?” E a resposta é imediata: “Tenho certeza que sim”. Um sim estabelecido no desígnio de Deus. Segundo Francisco, “o amor de Deus é o seu sim a toda a Criação e ao ser humano, centro da Criação”. É o sim de Deus pela união entre o homem e a mulher, abertura e serviço à vida em todas as suas fases; é o sim e o compromisso de Deus pela humanidade ferida, maltratada e dominada pela falta de amor. A família, portanto, é o sim de Deus-Amor.

Somente a partir do amor, a família pode manifestar, difundir e regenerar o amor de Deus no mundo. “Sem o amor não é possível viver como filhos de Deus, como cônjuges, pais e irmãos”.  Francisco convida então as famílias a se perguntarem com frequência se vivem “a partir do amor, por amor e no amor”.

Isso, – observa - significa concretamente doar-se, perdoar-se, não perder a paciência, antecipar o outro e respeitar-se. E Francisco volta a tocar na mesma tecla de suas conversas com os casais: como seria melhor a vida familiar se a cada dia fossem vividas três palavras simples: permissão, obrigado e desculpa. Sim, porque todos os dias fazemos experiência de fragilidade e fraqueza.

É necessário partir novamente daqui: não só a família é um bem, não somente é uma coisa boa de se viver, mas ainda mais é bonita. Como sempre, o verdadeiro convence, o bem leva a agir, mas a beleza, sobretudo, atrai. Entre as luzes do universo está a família: ver um pai e uma mãe com seus filhos nos abre o sorriso, nos deixa fascinados. Certa vez o Papa disse que o que nos é pedido hoje é reconhecer quanto é bonita, verdadeira, e bom formar uma família, ser uma família; quanto é indispensável isso para a vida do mundo, para o futuro da humanidade.

E à Igreja é pedido de colocar em evidência o luminoso plano de Deus sobre a família e ajudar os casais a viverem esse plano com alegria no seu dia a dia, acompanhando-os nas muitas dificuldades, com uma pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor. Esta é a meta que propõe Francisco.

O Papa considera a família “célula fundamental da sociedade humana” porque deste o princípio o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e sobre a mulher para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família representa no mundo o reflexo de Deus.

Na sua Carta para o Encontro Mundial das Famílias em Dublin Francisco fala de uma Igreja misericordiosa que anuncie o coração da revelação do Deus-Amor que é Misericórdia. Esta misericórdia nos faz novos no amor. Sabemos quanto as famílias cristãs são lugares de misericórdia e testemunhas de misericórdia.

Recordando os ensinamentos da sua Exortação Apostólica Amoris laetita, o Papa pede a todos as famílias que estejam sempre a caminho, naquela peregrinação interior que é manifestação de vida autêntica.

Para finalizar, convém recordar que a família é uma só: a que nós conhecemos, não existe outra. É uma realidade natural, inscrita na vocação do homem e da mulher a realizar-se no específico de si mesmos.

Na sua viagem às Filipinas, em janeiro de 2015, falando sobre a família, Francisco chamou a atenção para o sonho da família. Não é possível uma família sem o sonho. Quando em uma família se perde a capacidade de sonhar, as crianças não crescem e o amor não cresce, a vida se apaga. Por isso, é muito importante recuperar os sonhos, recuperar o amor através dos projetos de todos os dias. Jamais deixar de serem eternos namorados! Um convite a todos os casais que caminham juntos nas estradas da vida. (Silvonei José)

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Crônica: Vida e morte no Islã

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Dubai (RV*) - Amigas e amigos da Radio Vaticano, paz e bem. Em todas as culturas e religiões está presente a questão da morte. A incerteza sobre o que vem depois da morte é preocupante e assustadora até mesmo naqueles que acreditamos na vida melhor. Todas as religiões tentam abrir caminhos para entender os mistérios do após morte. 

Como não podia deixar de ser, o Islã também fornece detalhes bastante explícitos, do que acontece depois da morte, que podem estar na agenda do diálogo inter-religioso.

 O Islã vê a morte como uma passagem natural para o próximo estágio de existência.  A doutrina islâmica mantém que a existência humana continua, após a morte do corpo humano, na forma de ressurreição física e espiritual.

Na doutrina islâmica, existe uma relação direta entre a vida presente e vida pós- mortem. A conduta das pessoas sobre esta terra será o critério para a recompensa ou a condenação.

Virá o dia em que Deus ressuscitará e reunirá todas as criaturas e lhes fará um julgamento justo. Será o grande momento quando entrarão em sua morada final, inferno ou paraíso. A fé na vida após a morte nos coloca diante da necessidade de fazer o certo e ficar longe do pecado.

Não importa se as pessoas virtuosas sofrem e se os ímpios se divertem; todos serão julgados e justiça será feita.

A fé na vida após a morte é uma das crenças fundamentais do islamismo. Rejeitando-a, todas as demais crenças perderão o sentido, pois o destino do ser humano é a vida após a morte.

Acreditam os islâmicos que o morto tem um tipo de existência continuada e consciente no túmulo. Pare eles, a cova é  uma fase intermediária entre a morte e a ressurreição. O túmulo é como se fosse um novo mundo, um lugar de “teste”. A sepultura é um jardim do paraíso ou um pedaço do inferno.

  Enquanto os mortos esperam a ressurreição, serão visitados por dois tipos de anjos: anjos de misericórdia visitam as almas dos crentes e os anjos de punição, as almas dos descrentes.

Cristo lembra-nos como viver focando-nos na felicidade eterna: “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (Mt 6,19-21).

*Missionário Pe. Olmes Milani CS, das Arábias para a Rádio Vaticano

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Atualidades



Dia Internacional do Cigano: declaração das Igrejas europeias

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Bruxelas (RV) - Celebra-se, neste sábado (08/04), o Dia Internacional do Cigano instituído para reconhecer, honrar os ciganos e valorizar sua cultura. 

“Na Europa, este ano, o dia se realiza após uma semana promovida pela União Europeia, para recordar os ciganos, com eventos organizados no Parlamento europeu, em Bruxelas, e em toda a Europa a fim de conscientizar a opinião pública sobre sua batalha pela justiça e reconhecimento”, destaca a mensagem conjunta da Conferência das Igrejas Europeias, da Comissão das Igrejas para os Migrantes na Europa e da Comissão Caritas in Veritate do Conselho das Conferências Episcopais da Europa. 

“Hoje, vivem em toda a Europa cerca de 10 a 12 milhões de ciganos. São custódios de valores importantes. A sua cultura eleva o valor da família, mesmo vivendo num tempo de individualismo crescente.”

“Séculos de anticiganismo criaram condições inaceitáveis para os ciganos. Historicamente, eles foram marginalizados e vítimas de violência, reduzidos a escravidão e até mesmo genocídio. Hoje, sofrem uma exclusão social constante e são obrigados a lutar pelo acesso à educação, moradia, emprego, acesso aos serviços sociais e assistência médica. Muitas vezes lhes são negados os direitos civis fundamentais, como certidões de nascimento e relativos direitos jurídicos. Não obstante esta opressão, eles sobreviveram e protegeram o seu estilo peculiar de vida, sua língua e suas tradições”, frisa a nota. 

“As Igrejas na Europa apoiam os esforços para mudar a percepção negativa dos ciganos, favorecer um diálogo na dignidade, respeitar as diferentes histórias e identidades, e ao mesmo tempo reconhecer os ciganos como cidadãos dos países europeus. Reconhecemos também o forte compromisso que muitas Igrejas na Europa demonstram e incentivam no trabalho concreto nessa área.” 

“Os ciganos têm uma história incomparável a de nenhum outro povo neste continente e são o maior povo indígena da Europa. Não obstante tenham se passado séculos de sua primeira aparição na Europa, eles permanecem à margem de nossa consciência e de nossas sociedades. Juntos, devemos nos arrepender dos pecados de discriminação e perseguição, e voltar a nos comprometer na obra difícil de reconciliação”, frisa a mensagem conjunta. 

“Para reconhecer a história dos ciganos na Europa é preciso olhar para a história das sociedades europeias e reconhecer os esquemas de exclusão. As Igrejas na Europa desejam que os ciganos possam ser mais aceitos como cidadãos europeus, com direitos e deveres, e contribuir a um futuro mais junto que todos nós partilhamos.” 

“Este ano, o Dia Internacional do Cigano coincide com o início do tempo pascal. Neste tempo, recordamos o caminho de Jesus que foi ao encontro das pessoas marginalizadas, e levou justiça  e esperança aos oprimidos. Hoje, o povo cigano nos recorda em que direção devemos caminhar para servir o Cristo ressuscitado. A sua experiência é o lugar onde teve início a vitória da esperança sobre o desespero e da vida sobre a morte. “

O Dia Internacional do Cigano foi lançado pela primeira vez em 1990 pelo 4° Congresso Internacional de Ciganos realizado em Serock, na Polônia. A data de 8 de abril foi escolhida como reconhecimento da primeira realização desse congresso, em 1971, um encontro que foi parcialmente financiado pelo Conselho Ecumênico de Igrejas. 

(MJ)

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Suécia: Declarações do Bispo de Estocolmo e Conselho Inter-religioso

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Estocolmo (RV) - “Estocolmo sofreu um ataque horrível de terrorismo e estamos chocados, consternados pelo fato que a violência insensata e cruel tenha nos atingido.”

É o que escreve o Bispo de Estocolmo, Suécia, Dom Anders Arborelius, numa mensagem, divulgada pela Agência Sir, na qual recorda o atentado desta sexta-feira (07/04), em que um caminhão atropelou os pedestres numa rua importante da cidade, causando 4 mortos e 15 feridos. O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, declarou que se tratou de “um ataque terrorista”.

“Cada vez mais percebemos que vivemos num mundo de mal e o quanto nós seres humanos somos vulneráveis. Depois do que aconteceu, a cruz de Jesus estará ainda mais próxima de nós”, disse o prelado. “Devemos unir o sofrimento em nosso país com o sofrimento do crucificado pela salvação do mundo. Somente Jesus pode nos dar esperança e confiança na dificuldade e na fadiga, pois com a sua ressurreição derrotou o pecado e a força da morte. A cruz leva sempre à vitória pascal”, disse Dom Arborelius.

O Conselho Inter-religioso da Suécia sublinha numa nota que o “ataque a Estocolmo mostrou o rosto covarde e desesperado do mal”.

 “Ataques desse tipo são projetados para destruir a nossa sociedade, polarizando e minando a diversidade de etnias, culturas e religiões da sociedade sueca”, escrevem os representantes da Comunidade budista, dos Conselhos islâmico e judaico, e do Conselho das Igrejas.

“As pessoas de várias filiações religiosas pensam de maneira diferente, mas estão unidas na busca do bem”, destaca ainda o Conselho Inter-religioso da Suécia.

Um suspeito detido, nesta sexta-feira (07/04), foi indiciado, neste sábado (08/04), por “ato terrorista”, conforme investigação da Polícia.

Um segundo homem foi detido mais tarde numa periferia de Estocolmo. Fontes policiais citadas pelo canal televisivo SVT informaram sobre uma possível conexão entre os dois. (MJ)

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Cerimônias na ONU marcam 23 anos do genocídio em Ruanda

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Nova Iorque (RV) - Nesta sexta-feira (07/04), a ONU recordou os 23 anos do genocídio em Ruanda. 

Em 1994, 800 mil pessoas foram assassinadas, de forma sistemática, no país. A grande maioria era da etnia tutsi, mas hutus moderados, Twa e outras pessoas também foram mortas.

Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a melhor maneira de honrar os que sobreviveram e os que perderam a vida no genocídio é "reconhecermos sua dor e coragem, e as lutas que continuam enfrentando".

Reconciliação

Segundo Guterres, a resiliência dos sobreviventes e a sua capacidade de reconciliação são uma inspiração para todos.

O secretário-geral da ONU disse ainda que a "única maneira de honrar verdadeiramente a memória daqueles que foram mortos em Ruanda é garantir que tais eventos nunca voltem a ocorrer".

Guterres lembrou que prevenir o genocídio e outros crimes monstruosos é uma responsabilidade partilhada e um dever central das Nações Unidas.
Para o chefe das Nações Unidas, o século passado mostrou, repetidas vezes, o veneno da intolerância à solta nas sociedades.

E encerrou a mensagem afirmando que ainda hoje, as minorias e outros grupos sofrem ataques e exploração baseados no serem quem são.

Para António Guterres é hora de aprender as lições de Ruanda e construir um futuro de dignidade, tolerância e direitos humanos para todos.

(MJ/Rádio ONU)

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