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Sumario del 12/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: Jesus é a semente da nossa esperança

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta Quarta-feira Santa (12/04), o Papa concedeu audiência geral aos fiéis na Praça São Pedro. Sol e temperatura de primavera aqueceram o encontro e, em sua cateque, Francisco recordou o ingresso de Jesus em Jerusalém, celebrado no Domingo de Ramos. 

“Quem podia imaginar que aquele que entrou triunfante na cidade teria sido humilhado, condenado e morto na cruz?”, questionou Francisco aos fiéis. “As esperanças daquele povo se desmancharam diante da cruz; mas nós cremos que precisamente Nele, crucificado, a nossa esperança renasceu. Que esperança é essa?”.

A frase que pode nos ajudar a entender esta esperança foi pronunciada justamente por Jesus depois de entrar em Jerusalém: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”.

A esperança tem a forma de uma semente

Jesus, explicou o Papa, trouxe ao mundo uma nova esperança, com o formato de uma semente: se fez pequeno, como um grão de trigo; deixou a sua glória celeste para vir entre nós: “caiu na terra”. Mas não era suficiente.

“Se alguém de vocês me perguntar: como nasce a esperança? Da cruz. Olhe para a cruz, olhe para cristo crucificado e dali virá a esperança que jamais desaparece.”

A transformação da Páscoa

Para produzir fruto, Jesus viveu o amor até o fim, deixando-se romper pela morte como uma semente sob a terra. Justamente ali, no ponto extremo do seu abaixamento – que é também o ponto mais alto do amor – brotou a esperança. Assim, na Páscoa, Jesus transformou o nosso pecado em perdão, a nossa morte em ressurreição, o nosso medo em confiança. Esta é a transformação da Páscoa. “Eis o porquê ali, sobre a cruz, nasceu e renasce sempre a nossa esperança.”

“A esperança supera tudo, porque nasce do amor de Jesus”, prosseguiu Francisco. Quando escolhemos a esperança de Jesus, aos poucos descobrimos que o melhor modo de viver é o da semente, do amor humilde. Não há outro modo de vencer o mal e dar esperança ao mundo.

Cruz: única lógica que pode vencer o mal

Parece uma lógica falida, porque quem ama perde poder. Já para nós, possuir sempre nos leva a querer sempre mais. “Quem é voraz jamais está satisfeito”, recordou o Papa. E Jesus diz de modo claro: “Quem ama a própria vida a perde”, ou seja: quem ama o próprio e vive por seus interesses, se enche de si e se perde. Quem ao invés aceita, é disponível e serve os outros, salva si mesmo e se torna semente de esperança para o mundo.

Contudo, a cruz é uma passagem obrigatória, mas não é a meta: a meta é a glória, como nos mostra a Páscoa. É como uma mulher que, para dar à luz, sofre no parto. “É o que fazem as mães: dão outra vida. Sofrem, mas ficam felizes porque dão outra vida, dão sentido à dor. O amor é o motor que move a nossa esperança”, repetiu três vezes Francisco, que concluiu:

Lição de casa: contemplar o Crucifixo

“Queridos irmãos e irmãs, nesses dias deixemo-nos envolver pelo mistério de Jesus que, como grão de trigo, morrendo nos doa a vida. Ele é a semente da nossa esperança. Quero lhes dar uma lição de casa: Nos fará bem contemplar o Crucifixo e dizer-lhe: Contigo nada está perdido. Contigo posso sempre esperar. Tu és a minha esperança”. E convidou os fiéis a repetirem a última frase juntos: “Tu és a minha esperança”.

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Nomeados Consultores da Secretaria para a Comunicação

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre nomeou Consultores da Secretaria para a Comunicação os Reverendos Pe. Ivan Maffeis, Subsecretário da Conferência Episcopal Italiana; Pe. José María La Porte, Decano da Faculdade de Comunicação Social Institucional da Pontifícia Universidade da Santa Cruz; Pe. Peter Gonsalves, S.D.B., Decano da Faculdade de Ciências da Comunicação Social da Pontifícia Universidade Salesiana; Pe. Eric Salobir, O.P., Promotor Geral para as Comunicações Sociais da Ordem dos Frades Pregadores; Pe. James Martin, S.I., Jesuit Magazine America; P. Jacquineau Azétsop, S.I., Decano da Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Gregoriana.

Para o mesmo dicastério também foram nomeados os ilustríssimos Dr. Paolo Peverini, Docente de Semiótica na Luiss Guido Carli; Dr. Fernando Giménez Barriocanal, Presidente e Conselheiro Delegado de Radio Popolar‑Cadena COPE; Dra. Ann Carter, Rasky Baerlein Strategic Communications; Sr. Graham Ellis, Vice-diretor de BBC Radio; Dr. Michael P. Warsaw, Chairman of the Board and Chief Executive Officer de EWTN Global Catholic Network; Dr. Dino Cataldo Dell'Accio, Chief ICT Auditor junto às Nações Unidas; Dr. Michael Paul Unland, Diretor Executivo do Catholic Media Council (CA.ME.CO.). (SP)

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Papa recorda os novos mártires na Basílica de São Bartolomeu

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Cidade do Vaticano (RV) - O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, declarou nesta quarta-feira (12/04), que o Papa Francisco presidirá no próximo dia 22, às 17h locais, a Liturgia da Palavra na Basílica de São Bartolomeu, situada na Ilha Tiberina, em Roma, em memória dos novos mártires dos séculos XX e XXI. A cerimônia será celebrada com a Comunidade Romana de Santo Egídio que acolheu “com grande alegria” a notícia da visita do Pontífice. 

“A oração do Papa num lugar que desde o Jubileu do ano 2.000, por desejo de João Paulo II, custodia as memórias dos mártires contemporâneos assume um valor particular em tempos marcados pelo sofrimento de muitos cristãos no mundo e à luz da Páscoa”, lê-se na nota da Comunidade de Santo Egídio. (MJ)

Confira o calendário oficial das celebrações que serão presididas pelo Papa até o final de maio, divulgado pela Secretaria para as Comunicações do Vaticano nesta quarta-feira (12): 

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Papa agradece os 200 anos de vida e missão dos maristas

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência privada na Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano, o Irmão marista Emili Turú, no contexto da celebração do Bicentenário do Instituto.

Durante o encontro, realizado às 10h30min da manhã do dia 10 de abril, o religioso presenteou o Papa com um livro fotográfico que apresenta o Projeto Fratelli, no Líbano, de autoria do fotógrafo Marco Amato.

O Santo Padre agradeceu e fez uma dedicatória no volume destinado aos colaboradores do Projeto.

Francisco também enviou uma bênção especial aos Maristas Azuis da Síria.

Por fim, o Pontífice entregou uma mensagem aos Maristas de Champagnat, que será divulgada dentro de alguns dias.


(JE/champagnat.org)


 

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A "Capela Musical Sistina" e o repertório do Tríduo Pascal

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Cidade do Vaticano (RV) – Propomos o artigo escrito por Monsenhor Massimo Palombella, publicado no L’Osservatore Romano, sobre o repertório musical escolhido para as celebrações litúrgicas do Tríduo Santo.

“O Tríduo Santo é o coração do ano litúrgico e nas suas celebrações está presente a produção musical mais refinada. A liturgia papal é testemunho vivo desta tradição e o imenso fundo musical presente na Biblioteca Apostólica vaticana confirma, na história documentada do século XV, a grande e alta produção realizada no tempo.

O ser maestro Diretor da ‘Capella Musicale Pontificia Sistina’ significa ter, em um certo sentido, no próprio repertório musical, os códigos presentes na Biblioteca Vaticana. Este fato coloca quem presta este serviço diante de uma dupla responsabilidade cultural: em primeiro lugar, dar vida à música que de outra forma permaneceria letra morta, e em segunda instância, tendo à disposição manuscritos e impressos antigos, o dever de uma práxis musical pertinente, que procure traduzir, com os estudos científicos e os meios hoje à nossa disposição, o sinal gráfico no sinal sonoro.

Tratar, portanto, as celebrações do Tríduo Santo dentro da reforma litúrgica que nos deu o Concílio Vaticano II, significa, junto a uma necessária escritura musical que dialogue com a contemporaneidade e olhe ao futuro, abarcar obedientemente um imenso repertório, o patrimônio cultural e musical da Igreja, que é colocado com sabedoria na liturgia com pertinência celebrativa.

O caminho realizado nestes anos levou a Sistina a abandonar definitivamente um certo modo de cantar capaz de produzir fortes e potentes sons basilicais, a um trabalho cotidiano com todos os cantores, a incidir em exclusiva com a prestigiosa marca Deutsche Grammophon e a uma frequentação diuturna dos fundos musicais presentes no Vaticano.

Isto permite hoje oferecer nas celebrações do Tríduo Santo um pesquisado repertório musical conectado com a grande tradição da profissionalidade que marcou esta instituição nos séculos XIV e XV, quando os melhores músicos da Europa militavam entre os seus cantores.

Buscando conjugar – e também declinar – o conceito de participação do povo com a presença de nobres segmentos da tradição cultural da Igreja, foram feitas escolhas voltadas a criar um círculo inclusivo entre as instâncias da última reforma litúrgica e a histórica especificidade das celebrações papais

Na Missa crismal da próxima Quinta-feira Santa, após o canto da procissão, a introdução Iesu Christus fecit nos regnum, sobre o texto específico indicado pelo Missal Romano.

Com base na Missa de Angelis — para favorecer a fácil participação de todos (com o Sanctus alternado entre gregoriano e polifonia) — ao ofertório encontramos, também em recordação aos 450 anos do nascimento de Claudio Monteverdi, o belíssimo moteto Cantate Domino (em Giulio Cesare Bianchi [ed.] Mottetti I [Magni, Venezia, 1620]), como segundo canto de comunhão o moteto de Giovanni Pierluigi da Palestrina Ego sum panis vivus (Liber II Motectorum Quatruar Vocum [Mediolani, 1587]) e como terceiro canto de Comunhão o Ubi caritas com o refrão gregoriano e as estrofes com a polifonia de Maurice Duruflé. La procissão final será acompanhada pelo caraterístico O redemptor com as estrofes polifônicas em duplo coro.

A ação litúrgica da Sexta-feira Santa prevê o canto  do trecho Domine exaudi orationem meam em gregoriano após a primeira leitura (no lugar do Salmo Responsorial) e o famoso “graduale”, sempre em canto gregoriano, Christus factus est.

As intervenções poliofônicas na Passio serão de Tommaso Ludovico da Victoria (Officium Hebdomadae Sanctae [Romae, Apud Alexandrum  Gardanum, 1585]; Cappella Sistina 322 [1737], ff. 24v-38r).

Na adoração da Cruz, à proposta em canto gregoriano Ecce lignum crucis responderá a Sistina com Venite adoremus de nova composição. Seguirá o canto do Popule meus de Tommaso Ludovico da Victoria (Officium Hebdomadae Sanctae [Romae, Apud Alexandrum Gardanum, 1585]; Cappella Sistina 74 [1585], f. 59v) e do célebre Miserere de Gregorio Allegri na sua inédita versão original (Cappella Sistina 205-206 [1661], respectivamente ff. 50v-56r, 54v-60r) à qual si interpolarão duas estrofes na versão universalmente conhecida, com o do agudo, versão extraída - no que se refere ao primeiro coro - da publicação de Charles Burney 'La musica che si canta annualmente nelle Funzioni della Settimana Santa nella Cappella Pontificale' del 1771, e no que se refere ao coro dos solistas da edição de Robert Haas del 1932.

O verso da  antífona de comunhão Diviserunt sibi vestimenta mea será O vos omnes de Gesualdo da Venosa (Sacrarum Cantionum Liber Primus quorum unam septem vocibus, ceterae sex vocibus singulari artificio compositae [Vitali C., Napoli, 1603]).

Abrirá a Via Sacra o moteto Adoramus te, Christe de Orlando de Lasso (Magnum Opus Musicum Orlandi De Lasso [Monachii, Ex typographia Nicolai Hentici, 1604]) e  tudo se concluirá com o moteto Vere languores nostros de Tommaso Ludovico da Victoria (Officium Hebdomadae Sanctae [Romae, Apud Alexandrum Gardanum, 1585]; Cappella Sistina 74 [1585]; Cappella Giulia XVI.23 [1585]; Cappella Sistina 495-501 [1589], f. 11; Cappella Giulia XIII.21 [1699, 1703-1711], f. 13r-v).

Na Vigília Pascal — com base na missa gregoriana própria, a Lux et origo — ao ofertório encontramos o moteto Exsultate Deo de Giovanni Pierluigi da Palestrina (Motectorum Quinque vocibus Liber Quintus [Romae, Apud Alexandrum Gardanum, 1584]; Cappella Sistina 229-232/iv, 234/iv [1584]). O verso da antífona de comunhão Pascha nostrum será Lapidem quem reprobaverunt de nova projeto.

A Missa do dia da Páscoa — com base na Missa de angelis para favorecer a participação de todos (com o Gloria alternado entre gregoriano e polifonia) — prevê para ofertório o canto de um moteto anônimo e inédito, Christus resurgens, proveniente dos códigos vaticanos (Cappella Sistina 57 [1571], ff. 103v-109r).

O Concílio Vaticano II, nos seus preciosos documentos, nos interpela profundamente sobre o diálogo com a modernidade e a cultura. Somente uma visão superficial e ideológica deste Concílio pode chegar a afirmar que “tudo acabou”, que a grande música destinada à liturgia foi abandonada para sempre.

O desafio do Vaticano II sobre a música sacra se pode sinteticamente identificar na necessária busca de uma pertinência celebrativa do sinal musical dentro da liturgia que este Concílio nos entregou, no dever de dialogar com a modernidade, e precisamente por isto, na inteligente recepção daquilo que hoje os estudos científicos sobre o canto gregoriano e a polifonia do renascimento nos comunicaram, para encontrar caminhos que traduzam o sinal gráfico em sinal sonoro dentro da celebração litúrgica.

Buscar a pertinência estética, esforçar-se para ser “infielmente fiéis” a um mundo distante de nós, exige um estudo cotidiano, pesquisa e experimentação. Acredito que nisto consista a fidelidade àquilo que o Concílio Vaticano pede em relação ao grande patrimônio cultural da música sacra. Para restituir na liturgia um sinal sonoro antigo, e portanto precioso, capaz de continuar a ser atual e, precisamente pelo seu estar vivo, ajudar ainda hoje no caminho da fé”.

(L’Osservatore Romano / JE)

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Igreja no Brasil



Card. Hummes: "É triste a realidade dos indígenas, de Norte a Sul do país"

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Cidade do Vaticano (RV) - Há mais indígenas em São Paulo do que no Pará ou no Maranhão. O número de indígenas que moram em áreas urbanas brasileiras está diminuindo, mas crescendo em aldeias e no campo. O percentual de índios que falam uma língua nativa é seis vezes maior entre os que moram em terras indígenas do que entre os que vivem em cidades.

As conclusões integram o mais detalhado estudo já feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre os povos indígenas brasileiros, baseado no Censo de 2010 e lançado nesta semana.

Segundo o instituto, há cerca de 900 mil índios no Brasil, que se dividem entre 305 etnias e falam ao menos 274 línguas. Os dados fazem do Brasil um dos países com maior diversidade sociocultural do planeta.  

Como anda a evangelização dos indígenas no nosso país? E principalmente, como estão vivendo estes povos, do Norte ao Sul? As comissões episcopais para a Ação Missionária e para a Amazônia, em parceria com a Comissão Bíblico-Catequética e a Pastoral para a Liturgia, decidiram avaliar o tema. Indígenas, missionários/as indigenistas, padres e padres indígenas, bispos e arcebispos do Brasil que contam com a presença de povos indígenas nas prelazias, dioceses e arquidioceses se reuniram em Brasília (DF), nos últimos dias de março, para refletir sobre a evangelização dos e entre os povos indígenas do Brasil.

Conosco, o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Comissão para a Amazônia e da REPAM, Rede Eclesial Pan-amazônica. Ouça-o: 

“É muito diferenciada a situação dos indígenas, como também a problemática em termos de evangelização: o que se está fazendo, de que modo se está fazendo ou não se está fazendo, etc. É uma problemática sob certos aspectos preocupante. Os próprios indígenas dizem que ‘a Igreja tem que estar mais presente’”.

“A Igreja acabou aos poucos perdendo o contato com as comunidades indígenas, e não há mais praticamente padres que moram dentro das comunidades, em suas áreas. Apenas vão e voltam. Isso torna muito difícil a sua caminhada católica, por causa da invasão das igrejas evangélicas e neopentecostais que estão muito agressivamente entrando nestas comunidades, por todo lado. Temos perdido muitas comunidades indígenas que passaram para as igrejas evangélicas”.

“Precisamos retomar muito mais intensamente e em novas formas a evangelização dos indígenas. Pelo Brasil afora, às vezes estão em situação muito pior do que os indígenas na Amazônia, sobretudo em termos sociais e econômicos. Enfim, há áreas grandes, onde existem algumas comunidades, inclusive no Sudeste, no Paraná, por exemplo, que vivem em acampamentos. Ao lado da estrada, vivem uma pobreza muito grande: subnutrição, doenças, falta de assistência… a assistência religiosa acaba sendo muito precária. Notamos que há situações extremamente necessitadas de uma atuação urgente em favor dos indígenas, seja em terras demarcadas, seja em outras situações. A situação daqueles que vivem às beiras das estradas é muito triste”. 

(CM)

 

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Assassinatos em conflitos no campo batem novo recorde em 2016

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Cidade do Vaticano (RV) - No dia 17 de abril, próxima segunda-feira, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual ‘Conflitos no Campo Brasil 2016’. É a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais.

O lançamento ocorrerá a partir das 14h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). Estarão presentes no lançamento o Presidente da CPT, Dom Enemésio Lazzaris, membros da coordenação executiva nacional da CPT, representantes da CNBB, o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Marco Mitidiero, a filha da Nicinha, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), assassinada em Rondônia, Divanilce Andrade, entre outros convidados.

Assassinatos em conflitos no campo batem novo recorde em 2016

O relatório de 2016 destaca o maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos 13 anos, 61 assassinatos – 11 a mais que no ano anterior, quando foram registrados 50 assassinatos. 48 destes assassinatos ocorreram na Amazônia Legal. Além do aumento no número de assassinatos, houve aumento e outras violências. Ameaças de morte subiram 86% e tentativas de assassinato 68%.

Os dados mostram 2016 como um dos anos mais violentos do período em que a CPT faz o registro desde 1985.

Assassinatos e julgamentos: os números da impunidade

Segundo os dados do Centro de Documentação Dom Tomás Balduino da CPT, entre 1985 e 2016 foram 1.387 casos com 1.834 pessoas assassinadas em conflitos no campo. Deste total, apenas 112 casos foram julgados, e houve a condenação de apenas 31 mandantes destes assassinatos.

(CPT)

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Aborto: nova nota da CNBB

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Brasília (RV) - Na tarde desta terça-feira (09/04), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu Nota Oficial "Pela vida, contra o aborto". Os bispos reafirmam posição firme e clara da Igreja "em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural" e, desse modo lembra condenam "todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil". 

"O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu", sublinham os bispos.

Os bispos ainda lembram que "o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto".  E afirmam: "A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade". 

Atitudes antidemocráticas

Na Nota, os bispos afirmam: "Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar". 

A CNBB pede: "O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado". E conclama: as "comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana".

 
Leia a Nota:

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 

Presidência

NOTA DA CNBB

PELA VIDA, CONTRA O ABORTO

 

“Não matarás, mediante o aborto, o fruto do seu seio”

(Didaquê, século I)

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Presidência, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural . Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil. 

O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso.

A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência  e o arcabouço moral  do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: “A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis” .

O respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto. O aborto jamais pode ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra pessoa. A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade. O Papa Francisco afirma que “as mães são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer” .

Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar. 

O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo. O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado. 

Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto” . São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto. 

É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos. 

Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana.

Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros.  


Brasília-DF, 11 de abril de 2017.

 

Cardeal Sergio da Rocha

 Arcebispo de Brasília

Presidente da CNBB

 

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ   

Arcebispo de São Salvador

Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Leonardo U. Steiner, OFM

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB

 

 

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Igreja na América Latina



Por desejo de Francisco, capela do Mercado Central de Buenos Aires é dedicada a JP II

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Buenos Aires (RV) –  Trinta anos após a missa celebrada por João Paulo II no Mercado Central de Buenos Aires, na tarde de 10 de abril de 1987, e que reuniu 300 mil trabalhadores, boa parte deles jovens, foi inaugurada uma capela no local a ele intitulada por desejo do Papa Francisco. Na ocasião, o Pontífice havia rezado pelos desempregados, pedindo mais vagas de trabalho. 

Uma Missa presidida pelo Bispo de San Justo, Dom Eduardo García, marcou na última segunda-feira, 10 de abril, a inauguração deste local de oração. Durante a celebração foi lido o decreto eclesiástico do Papa Francisco que nomeia como São João Paulo II a capela do Mercado Central.

Jorge Mario Bergolio foi criado Cardeal pelo Papa Wojtyla em 21 de fevereiro de 2001. 

Cinco anos após sua primeira visita à Argentina, Karol Wojtyla havia sido  recebido por um governo democrático e visitou dez cidades do país, além de presidir a Jornada Mundial da Juventude em nível diocesano. (JE)

 

 

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Igreja no Mundo



Jejum pela Síria: compartilhar o sofrimento dos outros, diz Cardeal Montenegro

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Roma (RV) – “As notícias que chegam de outras terras, sobretudo o que aconteceu no Domingo de Ramos, mas também nos dias precedentes, nos interpelam como cristãos. Não basta dizer “pobrezinhos”, cada um de nós pode fazer alguma coisa”.

O Presidente da Caritas italiana, Cardeal Francesco Montenegro, explica em uma videomensagem desta forma as razões do dia de jejum e oração pela Síria, celebrado esta quarta-feira em toda a Itália, por iniciativa da Caritas Itália e Pax Christi. Também pessoas de boa-vontade de outros países aderiram à iniciativa.

“O jejum não é somente não comer algo – observa – mas significa também silêncio interior que permite olhar com os olhos do coração, com realidade, aquilo que acontece ao nosso redor”.

“A nossa fé é tão fácil e nós pensamos poder contentar Deus com pouco” – considera o Cardeal - enquanto “os nossos irmãos correm riscos para ir à Missa”. Este é o sentido para que  “este dia de oração e jejum, transforme-se em uma coparticipação nos sofrimentos dos outros”.

“Não mudaremos o mundo, mas o amor percorre estes caminhos pequenos e silenciosos”, conclui o Presidente da Caritas italiana, fazendo votos de que “possamos por meio de pequenos passos comprometermo-nos em construir um mundo diferente, melhor, mais humano, onde juntos de pode viver sem medo”. (SIR/JE)

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Custódio da Terra Santa: Oriente Médio tem necessidade de ressurreição

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Jerusalém (RV) - Milhares de fiéis de todas as partes do mundo escolheram passar a Semana Santa, em particular o Domingo de Páscoa, na Terra Santa. 

Em 2017, a data de 16 de abril será a mesma para as Igrejas do Oriente e do Ocidente, ou seja, os cristãos celebrarão a Páscoa no mesmo dia, uma feliz coincidência que irá conferir à data um especial caráter ecumênico. Somente em 2025 haverá esta coincidência entre os Calendários Juliano e Gregoriano.

O domingo 16 de abril também será recordado como a primeira Páscoa celebrada após a histórica restauração da Edícula do Santo Sepulcro, que reuniu os esforços conjuntos da Igreja Greco-ortodoxa, Católica (com a Custódia da Terra Santa) e Armênia.

"Estamos felizes pela restauração, que era muito urgente, realizada em concordância e harmonia. Foi a ocasião para um diálogo frequente entre as diversas comunidades que administram a Basílica do Santo Sepulcro e um momento de crescimento nas relações amigáveis e fraternas", afirmou o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton.

"Depois de dois séculos conseguimos fazer a restauração. E encontrar-se unidos ao redor do Sepulcro de Jesus - acrescenta - é ainda mais significativo à luz da Páscoa comum para as Igrejas do Oriente e do Ocidente".

Padre Patton foi eleito o novo Custódio da Terra Santa - em substituição ao Arcebispo Pierbattista Pizzabala - em 20 de maio de 2016.

Em entrevista à Agência Sir, o religioso francisco comentou a proposta do Patriarca armênio Nourhan Manougian - lançada durante seu discurso na inauguração da Edícula -  de que também os anglicanos e luteranos possam celebrar no local.

"Nós todos fazemos votos de que o Santo Sepulcro seja um local compartilhado - explicou. Naturalmente com regras e termos bem claros, de modo que seja um direito de uso disciplinado e que isto não crie problemas de relacionamento entre as Igrejas (...). Temos uma tradição de diálogo e de encontro baseada em textos e declarações compartilhadas sobre temas significativos para esta Terra. Sabemos ser minoria - todos os cristãos juntos chegam a 2% - por isto devemos estar unidos".

Este tempo forte também é um momento para que todas as comunidades cristãs, especialmente na Síria e no Iraque, mas em todo o Oriente Médio - que sofrem pela guerra e perseguições - rezem pela paz e por tempos melhores.

"A Via Sacra destes nossos irmãos cristãos - observou Padre Patton - infelizmente tem ainda muitas estações a serem percorridas. Queremos rezar para que este sofrimento deles possa chegar a alguma forma de Ressurreição. O Oriente Médio tem necessidade de uma Ressurreição, também e sobretudo da presença cristã. Falo, em particular, dos países ao nosso redor, a Síria, o Iraque, onde o cristianismo nasceu".

"É necessária uma experiência pascal para estes irmãos que foram dizimados e que, não obstante tudo, nesta sua Via Sacra, nos dão um testemunho extraordinário do que significa permanecer fiel a Cristo. Abandonaram suas terras, suas casas e isto comporta também um empobrecimento cultural, religioso e de humanidade", disse o Custódio.

A esperança cristã é aquela que sabe ir além das tragédias do momento para ver os sinais da ação de Deus que prevalece e prevalecerá. Neste sentido, o religioso franciscano recorda que "Jesus não ressuscitou em um contexto de paz, mas em um momento em que um pequeno país, Israel, era ocupado pela superpotência de turno, o Império Romano. A Ressurreição aconteceu em um momento em que, poucos anos depois, esta terra viu uma tragédia terrível: a destruição de Jerusalém do ano 70".

Assim, "a Ressurreição é o que nos garante que o projeto de Deus chega ao seu termo em meio a situações que parecem aparentemente negá-lo e impedi-lo. Jesus ressuscitado nos recorda que a morte já foi vencida e todos aqueles que ficam do lado da morte já estão derrotados. Esta é a esperança cristã".

Por fim, o Padre Francesco Patton afirmou ser difícil estimar o número de peregrinos que estarão na Terra Santa para a Páscoa, mas disse esperar "um elevado número de cristãos coptas do Egito e cristãos etíopes". "Existem longas filas no Sepulcro. Posso confirmar uma retomada nas peregrinações (...). O Sepulcro, é o lugar da Páscoa!", concluiu.

(JE/SIR)

 

 

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Algumas igrejas no Egito não festejarão a Páscoa, em luto pelos mortos nos ataques

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Cairo (RV) - As Igrejas na cidade de Minya, no sul do Egito, informaram esta terça-feira que não festejarão a Páscoa no próximo domingo, em luto pelos 46 cristãos coptas mortos nas explosões em duas igrejas nas cidades de Tanta e Alexandria, durante as cerimônias do Domingo de Ramos.

A Diocese Copta Ortodoxa de Minya explicou que as celebrações se aterão às orações litúrgicas, "sem manifestações festivas".

A Província de Minya tem a maior população cristã copta do país. Tradicionalmente, os coptas realizam as celebrações e orações da Páscoa na noite de sábado, dedicando o Domingo da Ressurreição à vida em família e refeição na presença de amigos e visitantes.

O Parlamento egípcio aprovou na terça-feira a decisão do Presidente Abdel Fattah al-Sissi de decretar o Estado de Emergência de três meses após os ataques no último domingo. O gabinete declarou que a decisão entrou em vigor às 13 horas de segunda-feira.

A câmara unicameral aprovou preliminarmente emendas a um conjunto de leis na segunda-feira destinadas a acelerar os julgamentos dos acusados em casos relacionados com o terrorismo.

Após os ataques, al-Sissi ordenou a formação de um novo organismo chamado Conselho Supremo de Combate ao Terrorismo e ao Fanatismo.

Os ataques de domingo, reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, são mais uma etapa do cumprimento das ameaças divulgada por meio de um vídeo, em que os radicais islâmicos prometiam atacar a minoria cristã no Egito. Centenas de família haviam sido obrigadas a abandonar o Sinai do Norte após assassinatos em série de cristãos coptas.

O grupo também havia reivindicado a autoria do ataque perpetrado em dezembro no Cairo contra uma igreja adjacente às Catedral de São Marcos, e que matou 30 fiéis e deixou dezena de feridos. (JE/Reuters)

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Etiópia: atividades pastorais da Igreja

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Adis-Abeba (RV) – A Comissão para o Desenvolvimento Social da Igreja Católica na Etiópia, com o apoio financeiro da fundação alemã Kindermissionwerk, desenvolveu um projeto para promover a política de proteção e tutela das crianças em todas as atividades pastorais e sociais da Igreja. 

Foi realizado um fórum em Adis-Abeba, com a presença de diversos agentes pastorais. Na ocasião, foi reiterada a necessidade de uma ação mais coordenada visando facilitar a integração das crianças e ajudá-las a superar as situações difíceis. O projeto envolve também as crianças de escolas católicas.
  
Segundo a Irmã Senait Mengesha, responsável pelo projeto, é importante que as famílias continuem sentindo a presença da Igreja. “Nos últimos dois anos” – disse ela, “visitamos várias dioceses do país, especialmente o Vicariato de Soddo, o Vicariato Apostólico de Jimma-Bonga e Eparquia de Emdibir, para educar as pessoas sobre a importância de proteger os menores e a necessidade de enviá-los para a escola com apoio psicológico e financeiro da Igreja Católica”.

De acordo com Gessesse Gebremedhin, membro do grupo que idealizou o projeto, a proteção das crianças é essencial para aumentar a autoestima delas. ”Muitas crianças ficaram inseguras em participar do projeto por medo de serem descriminadas por causa de suas más condições de higiene, por isso, nós fornecemos produtos de limpeza íntima, roupas e uniformes escolares. Isto foi importante para quebrar as barreiras sociais.”

E continuou: “A proteção das crianças começa com cuidados em casa, de forma a garantir uma boa educação e um futuro melhor. Tudo isto é possível com a colaboração entre as famílias e o governo, e o apoio de organizações não governamentais.” 

No entanto, ainda há muito a fazer, e Gebremedhin pediu aos agentes e pais para que continuem trabalhando com determinação para que a Comissão de Desenvolvimento Social da Igreja Católica na Etiópia atinja o maior número possível de pessoas.

Há alguns anos, a Igreja está envolvida, especialmente na Somália num projeto em favor das mulheres e crianças vulneráveis. Um grupo de voluntários organizou cursos de educação infantil, escolas de formação para as mulheres, aulas de higiene pessoal e assistência às mães na educação dos filhos. 
   
(MD)            

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Comece: recursos e voluntários para criar Corpo Europeu de Solidariedade

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Bruxelas (RV) - Realiza-se nesta quarta-feira (12/04), em Bruxelas, na Bélgica, o fórum dedicado ao Corpo Europeu de Solidariedade, instituído recentemente pela União Europeia, ao qual 24 mil jovens fizeram pedidos para participar de iniciativas nos campos social, ambiental e cultural em toda a Europa. 

Segundo a Agência Sir, o Corpo Europeu de Solidariedade é uma nova iniciativa da União Europeia que “oferece aos jovens oportunidades de trabalho ou de voluntariado no próprio país ou no exterior, em projetos destinados a ajudar comunidades ou populações europeias”.  

É possível aderir ao Corpo Europeu de Solidariedade a partir dos 17 anos, mas é preciso ter pelo menos 18 para iniciar um projeto. Os projetos são abertos a pessoas de até 30 anos. 

A comissão explica: “Depois de completar um simples procedimento de registro, os participantes do Corpo Europeu de Solidariedade serão selecionados e convidados a se unir a uma série de projetos ligados, por exemplo, à prevenção de catástrofes naturais ou reconstrução após uma calamidade, assistência nos centros para requerentes de asilo ou problemáticas sociais de vários tipos nas comunidades.” 

Os projetos podem durar até doze meses e se realizarão no território dos Estados membros da União Europeia. O fórum está sendo realizado para esclarecer o perfil da iniciativa à qual a comissão deve apresentar até o final de junho próximo, uma proposta legislativa a fim de capacitar o Corpo europeu de solidariedade de uma base jurídica própria.

“Recursos e voluntários são necessários para tornar efetiva a ideia de criar um Corpo Europeu de Solidariedade”, afirmou a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (Comece) sobre essa iniciativa da União Europeia. 

Segundo o organismo, “o projeto é bom, mas é preciso capacitá-lo de um próprio canal de recursos e desenvolver uma estratégia ampla no campo do voluntariado”. 

Segundo o jornal L’Osservatore Romano, o organismo episcopal está acompanhando nesses dias a definição dessa proposta lançada pela União Europeia, em dezembro de 2016, que contou com a adesão de mais de vinte e quatro mil jovens de 18 a 30 anos. 

A Comece participou da consulta pública e ofereceu algumas indicações: para que o Corpo Europeu de Solidariedade funcione é preciso ter objetivos claros, são necessários mais financiamentos e uma base jurídica distinta em relação aos outros programas já existentes, inserir a iniciativa numa estratégia mais ampla em relação ao voluntariado, vigiar para que o voluntariado não seja transformado num trabalho não remunerado e o acesso aos financiamentos deverá ser simples de modo que também as organizações pequenas possam participar do programa. 

A Comece participará nesses dias, em Bruxelas, do fórum com as associações juvenis e da sociedade civil, interessadas numa definição ulterior dessa iniciativa louvável. 

(MJ)

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Formação



A renovação da Páscoa pelo Concílio Vaticano II

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos concluir nesta edição, as reflexão da Quaresma, abordando o tema “a renovação da Páscoa pelo Concílio”. 

Dedicamos os programas da Quaresma deste nosso espaço, às ligações existentes entre o tema proposto pela Campanha da Fraternidade 2017, documentos conciliares e pronunciamentos de vários Pontífices. No programa de hoje, Padre Gerson Schmidt traz a reflexão conclusiva, abordando o tema “a renovação da Páscoa pelo Concílio”:

“A Páscoa foi recuperada pela Igreja e foi selada pelo Concílio Vaticano II. Pe. Pedro Farnés, jovem e recém-formado no Instituto Pastoral de Liturgia de Paris, que foi a fonte de onde nasceu toda a renovação, com homens fantásticos como foram Dom Botte e Boyer e toda essa gente que são os que prepararam o Concílio. Muita gente escutou Farnés e se escreveu milhares de livros depois do Concilio, mas verdadeiramente não se entendeu ainda o que é a Páscoa.

Nesses 40 dias, o mistério da quaresma que trilhamos em preparação imensa para a Páscoa é para que ela se realize em nós, em ti, em mim. Para que cada um de nós possa experimentar a glorificação à qual Deus leva o ser humano. E vemos a missão da Igreja, que será sem ruga e sem mancha; que será conduzida de ser gente pecadora e escrava, como o povo de Israel, a poder ter uma missão imensa de luz, de direção da história, de Páscoa, de passar para a alegria plena.

Jesus Cristo desejou ardentemente comer a Páscoa com seus discípulos, antes de sofrer. Assim será colocado por São João e será entendido por todos os evangelistas. Quando cada família de Israel leva seu cordeiro ao templo para matá-lo e depois o leva para casa para o Seder Pascal, Cristo está morrendo na cruz. Tudo para ver que Deus intervém na história, conduz a história, e na noite da Páscoa traz todo o passado para o presente; mas não para uma simples recordação, mas para alimentar o presente com os acontecimentos do passado, para que se realizem agora em nós, e nos abram para a esperança de um futuro maravilhoso.

A Páscoa não pode ser comparada com nenhuma Missa, nem com nenhuma vigília de oração, nem com nada; é todo um memorial junto com o qual o próprio Deus se empenhou para realizar esta Aliança que prometeu a Abraão e os profetas. A Páscoa não é uma missa de meia noite, mas algo muito maior. É Deus que passa. Nós não celebramos a Páscoa ou ir à Páscoa ou dar algo a Páscoa. É a páscoa que vem com potência a nós. Deus irrompe e o poder da sua passagem (Páscoa) convida-nos a sair de nosso Egito interior, de nossas trevas, de nossos pecados, nossas angústias, para passar da escravidão à liberdade, da tristeza à alegria. É a páscoa que Jesus Cristo fez. Agora, a Páscoa vem para ser celebrada em nós.

A festa pascal é o lugar onde tudo converge e a fonte da qual tudo emana. Todo o culto cristão não e nada mais que uma celebração continuada da Páscoa. Como o sol, que não cessa de levantar-se sobre a terra, atrai para sua órbita todos os astros, a noite da Páscoa é rodeada por todas as eucaristias que continuamente e diariamente, a cada minuto, são celebradas em toda a terra, porque participam da Páscoa, assim como participam todos os sacramentos. São celebrações da grande Páscoa, do Mistério Pascal. Somos todos filhos desta Igreja que redescobriu o valor e o sentido da Páscoa. O movimento litúrgico, bíblico e toda a renovação conciliar trouxeram esse dinamismo a Páscoa, para colocar em movimento a História e o mundo. Na Páscoa, todas as coisas são renovadas em Cristo”.

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Atualidades



Porta Aberta ao Povo de Rua

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quarta-feira (12/04) do Programa semanal “Porta Aberta” tem como convidada especial a Ir. Cristina Bove, oblata beneditina.

Uruguaia radicada no Brasil, Ir. Cristina Bove é parte da coordenação nacional da Pastoral do Povo de Rua e esteve no Vaticano para participar do Congresso por ocasião dos 50 anos da Carta Encíclica do Beato Paulo VI, a Populorum Progressio.

Ir. Cristina visitou os estúdios da Rádio Vaticano e em entrevista ao Programa Brasileiro falou de inúmeros temas, como a organização de um evento internacional sobre a Pastoral do Povo de Rua, o Papa Francisco e como a crise incrementou a população em situação de rua no Brasil. 

Ouça aqui: 

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