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Sumario del 18/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Dom Paglia: "Amoris laetitia" acolhida pelos fiéis com entusiasmo

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Cidade do Vaticano (RV) - A Amoris laetitia, Exortação apostólica do Papa Francisco sobre o amor na família, está completando um ano de publicação. Embora o documento magisterial traga a data 19 de março de 2016 – solenidade de São José –, o texto foi publicado no dia 8 de abril sucessivo. Em  muitas Igrejas locais foram promovidas iniciativas para refletir sobre o texto e permitir uma aplicação concreta do mesmo. A Rádio Vaticano ouviu o presidente da Pontifícia Academia para a Vida e grão-chanceler do Instituto João Paulo II para estudos sobre matrimônio e família, Dom Vincenzo Paglia, para uma avaliação sobre o acolhimento que o documento recebeu: 

Dom Vincenzo Paglia:- “Há uma grandíssima recepção por parte do povo de Deus, em todos os lugares no mundo. É um texto que tem sido acolhido com entusiasmo, no qual as pessoas veem grande simpatia pelas famílias, é também um texto de grande esperança. Passado um ano, os frutos são notáveis, mas obviamente a complexidade das situações exigirá ainda aplicações mais ligadas aos vários contextos culturais. É preciso, por exemplo – é algo que observo de certo modo em todo lugar –, repensar de maneira bastante profunda a preparação para o matrimônio e, mais ainda – e aí estamos realmente muito atrasados –, o acompanhamento dos jovens casais nos primeiros anos de sua experiência matrimonial e familiar.”

RV: Há elementos-chave deste texto que a seu ver ficaram em segundo plano em relação ao debate sobre o discernimento nas situações irregulares?

Dom Vincenzo Paglia:- “Sim, sem dúvida alguma. A ‘Amoris laetitia’ requer uma mudança de estilo e de concepção da própria Igreja local. A Igreja, ela mesma, deve tornar-se familiar, deve apurar o olhar materno se quiser compreender, acompanhar, discernir e integrar as famílias. E aí há muito ainda a ser feito. Encontramo-nos diante de famílias – em geral – pouco eclesiais e de comunidades paroquiais – em geral – pouco familiares. É preciso reencontrar uma espécie de nova aliança. A Igreja da ‘Amoris laetitia’ é uma Igreja que deve redescobrir o amor na sua profundidade. Uma parte que comumente é pouco revisitada, mas é – penso –, o pilar de toda a Exortação apostólica, é o capítulo 4º, onde o amor não ressoa com cordas românticas – ‘uma choupana, dois corações’ – mas o amor, como o Papa o descreve, é um amor que constrói, que edifica, que é paciente, que perdoa, que suporta, que desculpa e que espera mesmo contra toda esperança. Eis o motivo porque é um amor robusto e não um amor ligado unicamente aos sentimentos – que é um dos grandes equívocos da cultura contemporânea.”

RV: O que o senhor responde a quem ressalta as dúvidas pastorais suscitadas pelo capítulo 8º da ‘Amoris laetitia’?

Dom Vincenzo Paglia:- “Não há nenhuma dúvida sobre a doutrina. Há um amplo espaço dado novamente à pastoral. É claro, isso requer pastores que voltem a ser pastores, ou seja, que saibam – justamente – discernir, que saibam acompanhar, que saibam ouvir e que saibam pouco a pouco integrar os fiéis – inclusive os mais problemáticos – com a paciência e a pedagogia de Deus à incorporação a Jesus, a seu Corpo. E reitero que o primeiro encontro com o Corpo de Cristo, neste caso das famílias feridas, problemáticas, se dá tocando a comunidade cristã, participando da sua vida e é daí que depois se toma um novo caminho de crescimento e de conversão. E aí há uma responsabilidade enorme. Poderia dizer: os padres devem ser padres, devem ser pais espirituais e alguns leigos também devem ser pais espirituais. É preciso ajudar aqueles que têm dificuldade de levantar-se e de caminhar com o auxílio da graça de Deus.”

RV: Nesse sentido entende-se também qual é a mensagem da ‘Amoris laetitia’ em chave de ressurreição pascal...

Dom Vincenzo Paglia:- “A ressurreição é um dinamismo de integração ao Cristo ressuscitado que ajuda a curar as feridas, a robustecer nosso coração e o nosso espírito para ir ao encontro de quem mais precisa. Em suma, a ressurreição é a vitória sobre todo pecado, sobre todo mal. Nesse sentido, a mensagem de Cristo ressuscitado é o anúncio alegre mais veemente que todas as famílias do mundo devem ouvir. E cabe a todos nós cristãos – pastores, leigos, religiosos, sacerdotes e quem quer que seja – colocar a centelha da ressurreição em todas as situações: Jesus veio para salvar, não para condenar.” (RL)

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Equipe de Críquete São Pedro participa de torneio ecumênico e inter-religioso

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Cidade do Vaticano (RV) - A equipe de Críquete São Pedro viajou para Portugal a fim de participar do terceiro torneio ecumênico e inter-religioso de críquete. 

Esse jogo se disputa num gramado, entre duas equipes de 11 jogadores, com uma pequena bola maciça e pás de madeira para batê-la e rebatê-la entre as balizas de um lado e do outro.

Esse time do Estado da Cidade do Vaticano foi criado, em outubro de 2013, pelo Pontifício Conselho para a Cultura, para o terceiro ‘Light of Faith Tour’, torneio ecumênico e inter-religioso, em Portugal. 

A iniciativa nasceu de uma ideia do Embaixador da Austrália junto à Santa Sé, John McCarthy, a fim de “construir pontes entre religiões e culturas” através do esporte. 

Fazem parte da equipe de críquete do Vaticano sacerdotes, diáconos e seminaristas indianos, paquistaneses e ingleses de vários colégios e universidades pontifícias em Roma. 

A competição deste ano se realizará, em Portugal, em vista do centenário das aparições de Fátima, em maio próximo. Os jogadores enfrentarão os times portugueses, espanhóis e ingleses, formados por pessoas de religiões diferentes: islâmica, judaica e hinduísta. O primeiro dia eles passarão no Santuário de Fátima. 

O primeiro torneio realizou-se em setembro de 2014. Naquela ocasião, antes da ida dos jogadores ao Reino Unido, o Papa Francisco os recebeu em audiência no dia 9 daquele mês.
 
(MJ)

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Voluntários do Santuário de Fátima prontos para a chegada do Papa

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Fátima (RV) – No ano do seu centenário e na iminência da canonização dos Pastorzinhos, o Santuário de Fátima se prepara para a chegada do Papa Francisco, prevista para a tarde de 12 de maio. A estadia não passa de 24 horas, mas é o suficiente para que a dimensão da operação logística assuma grandes proporções, como o incremento do aparato policial. Ao lado das forças da ordem, funcionários e voluntários do Santuário devem garantir o normal decorrer da programação. 

Além de 311 funcionários, o Santuário de Fátima dispõe de 431 voluntários que colaboram regularmente. Dez deles vão trabalhar com os 558 jornalistas já credenciados para participar dos eventos. Ao longo do ano, os voluntários oferecem assistência os peregrinos, servem como ministros extraordinários para a comunhão, participam no coro, apoiam nas procissões, fazem leituras e prestam auxílio nos postos de socorro, entre outras tarefas.  Muitos deles já têm anos de serviço.

A Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima é pioneira no serviço de voluntariado, tendo começado em  1924, ano de sua fundação. Desde então e até hoje, os Servitas são parte importante do apoio aos fiéis que chegam a Fátima, desempenhando as mais variadas funções, que vão desde serviços de saúde à simples prestação de informações a quem chega.

Os serviços de saúde incluem o auxílio na bênção dos doentes, o posto de socorro e o lava-pés, que assume uma particular carga simbólica para os católicos. O ato de significação bíblica é também uma das tarefas dos Servitas no acolhimento aos peregrinos.  

(CM/informações de Público)

 

 

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Nota da Sala de Imprensa Vaticana sobre carta do Papa a Michel Temer

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Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé confirma que “dias atrás o Santo Padre enviou uma carta pessoal ao Presidente do Brasil. A missiva não foi publicada por ter caráter privado”, afirma o comunicado.

A direção da Sala de Imprensa vaticana acrescenta “tratar-se da resposta do Papa a uma carta do Sr. Michel Temer na qual o Chefe de Estado convidava o Pontífice a visitar o Brasil em 2017 por ocasião dos 300 anos de Aparecida. O Papa respondeu infelizmente não poder ir porque outros compromissos não lhe permitiam”.

“Ademais, como o próprio Presidente Temer em sua carta fazia referência a seu compromisso no combate aos problemas sociais do país, o Papa ressalta tal aspecto e encoraja a trabalhar pela promoção dos mais pobres”, lê-se no comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

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Igreja na América Latina



Cardeal Maradiaga: corrupção, uma das causas da pobreza em Honduras

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Tegucigalpa (RV) - “Acabar com a violência criminal e derrotar a corrupção em Honduras.” 

Este é o apelo lançado pelo Arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, na homilia da missa celebrada no Domingo de Páscoa, na catedral da capital do país. 

Segundo o jornal ‘La Prensa’, o purpurado definiu a violência e a corrupção como chagas cada vez mais arraigadas na sociedade hondurenha. “Não podemos continuar remexendo sempre a mesma podridão. Não podemos continuar na violência e na corrupção”, disse o Cardeal Maradiaga aos fiéis presentes na missa.

O Arcebispo de Tegucigalpa os exortou a buscar somente os bens do céu e não os da terra, “pois quem entra na vida eterna não leva nada deste mundo”. “A corrupção é uma das causas da pobreza em Honduras”, disse ele. Mais uma vez o purpurado exortou a voltar a Deus, pois, ao contrário, “se retorna à lei da selva, ao ódio, à vingança e morte”.

“Cristo ressuscitado derrotou a morte, o pecado e a injustiça”, prosseguiu o Cardeal Maradiaga, convidando os fiéis a anunciar a ressurreição. 
“A última palavra não é a do poder da morte, do pecado, do egoísmo, da corrupção, da exclusão e do aniquilamento dos pobres. A última palavra é a do Deus da vida, da misericórdia e da esperança”, frisou ainda o purpurado.

“A nossa tarefa é a de levar luz aos lugares de escuridão e anunciar Cristo ressuscitado aos excluídos”, concluiu o Cardeal Maradiaga.

(MJ)

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Igreja no Mundo



Dom Pizzaballa: sombras de morte no Egito, Síria, Iraque e Terra Santa

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Jerusalém (RV) - “A vida que nós hoje aqui celebramos é todos os dias desprezada e humilhada com cinismo e arrogância” na Síria, no Iraque, no Iêmen, no Egito, na Terra Santa: disse o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, na missa de Páscoa celebrada no domingo na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém.

Falando do “mistério por excelência, a ressurreição”, o arcebispo afirmou na homilia que “não existe lugar da nossa história que não possa ser lugar de encontro com Deus”. Uma consciência que “não nos torna isentos da experiência da provação, da dor, da escuridão... Efetivamente, basta olhar ao nosso redor e teremos do que preocupar-nos e sentir-nos subjugados pela morte, por suas vitórias e por seus aguilhões".

O administrador apostólico recordou o massacre de fiéis coptas em Tanta e Alexandria, no Egito: “É uma situação de morte, um desejo de morte do qual muitos hoje nestes nossos países parecem sedentos” e não correspondidos por estes “nossos irmãos cristãos que permanecem abertos, com serena confiança, a toda colaboração. Com todos. Nenhuma palavra de ódio e desprezo. Nenhuma reação violenta, mas somente o sereno e justamente resoluto desejo de justiça”.

A morte daqueles mártires não eliminou a força de vida daquela comunidade! O domingo de Ramos foi para eles já a Páscoa”. “Mas também aqui, em nossa Terra Santa, não faltam as sombras da morte: as feridas na geografia do país e na vida de nossas populações são inúmeras, justiça e paz tornaram-se slogans desprovidos de todo e qualquer crédito”, acrescentou Dom Pizzaballa.

“Nossas famílias estão divididas. Falar de esperança parece falar sem sentido, ‘parece estar fora da realidade. Em suma, em tudo há medo e desconfiança: entre os membros de vários credos, entre as várias comunidades, no próprio seio de nossas comunidades e famílias vemos contínuas divisões de todo tipo, baseadas no medo do outro, no medo de perder algo, no medo de morrer, de dar a vida. E desse modo nos entregamos, ao invés, à morte e a seu poder”, ressaltou o prelado.

“Mas se cremos verdadeiramente na ressurreição, se colocarmos todas essas situações nas mãos do Ressuscitado, se fizermos com que elas se tornem pedido, oração, grito, então essas mesmas situações se tornarão um caminho de vida. Não nos dobremos ou nos fechemos em nossos medos. Não permitamos que a morte e seus súditos nos amedrontem. Seria negar com a vida a nossa fé na ressurreição!” – frisou.

“E não nos limitemos nem mesmo a venerar este sepulcro vazio. A ressurreição é o anúncio de uma alegria nova que irrompe no mundo, que não pode permanecer fechada neste Lugar, mas daqui deve ainda hoje chegar a todos”, concluiu o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém. (Sir /RL)

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Jordânia: votos de Felíz Páscoa do Rei Abdullah II aos líderes cristãos

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Amã (RV) - Os jordanianos são uma “família unida que participa ativamente da construção do próprio país”. Com estas palavras o primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, fez os votos de Feliz Páscoa, da parte do Rei Abdullah II, aos líderes cristãos do país.  

Segundo a agência de informação jordaniana Petra, o encontro foi realizado, no último sábado (15/04), na sede da Igreja ortodoxa, em Amã. 

“Guiada pelo Rei Abdullah II, a Jordânia é um país seguro e estável e os jordanianos, como uma família, procuram alcançar juntos os seus objetivos de desenvolvimento socioeconômico a fim de tornar o seu país melhor e preservar os seus sucessos”, disse o primeiro-ministro jordaniano, acompanhado por vários ministros e demais autoridades. 

Mulki manifestou pesar pelas vítimas inocentes dos atentados perpetrados no Domingo de Ramos contra os cristãos coptas em Tanta e Alexandria, no Egito. Ataques definidos por ele como “uma vergonha”, aos quais os responsáveis serão punidos. 

Do mesmo teor as palavras proferidas pelo Presidente do Senado, Faisal Al-Fayez. Durante o encontro, Al-Fayez disse que a Jordânia tem orgulho da unidade entre muçulmanos e cristãos, afirmando que o cristianismo é uma componente essencial da sociedade jordaniana. Ele também condenou os atentados recentes perpetrados no Egito e reiterou que o terrorismo não tem religião. Al-Fayez manifestou a solidariedade da Jordânia a todos os cristãos no Oriente Médio. 

(MJ)

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Formação



Card. Hummes: "Combater criminalização de lideranças indígenas"

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Cidade do Vaticano (RV) – Um estudo recente elaborado pelo Banco Mundial aponta que um em cada quatro indígenas latino-americanos vive na pobreza, apesar dos enormes progressos na região na última década em matéria de desenvolvimento e combate à pobreza. Os indígenas representam cerca de 8% da população total da América Latina no século XXI, mas são 14% dos cidadãos que vivem na pobreza. A Igreja Católica está próxima deles e prossegue seu esforço de defesa de seus direitos e da evangelização, na Amazônia, assim como no resto do Brasil. Mas esta presença ainda não é suficiente e ao desafio de respeitar seus valores ancestrais soma-se a missão de uma Igreja inculturada, em que o indígena seja o protagonista de sua Igreja.

A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Comissão Episcopal para a Amazônia, em parceria com a Comissão Bíblico-Catequética e Comissão Pastoral para a Liturgia, promoveram em Brasília, em fins de março, um encontro sobre evangelização dos povos indígenas. Naqueles dias, bispos em cujos territórios vivem povos indígenas, lideranças que trabalham com povos indígenas, padres, religiosas/os e lideranças indígenas das comunidades católicas escutaram-se uns aos outros na tentativa de identificar as prioridades neste campo.

Dom Cláudio Hummes, Presidente da Comissão para a Amazônia e da Rede Eclesial Pan-Amazônia (Repam), nos fala de algumas destas prioridades. Ouça o cardeal: 

“Formar a Igreja no Brasil sobre o que está ocorrendo e encorajar os bispos que têm comunidades indígenas a ir ver mais de perto o que está ocorrendo e também começar a elaborar um novo tipo de evangelização. É preciso continuar a defender os direitos dos indígenas, sobretudo os direitos humanos, que muitas vezes são violados. Combater a criminalização dos líderes, daqueles que defendem seus direitos, seja missionários, como os próprios indígenas que defendem seus direitos e por isso, são criminalizados e muitas vezes, mortos. É uma situação grave; nós levamos isso para a CIDH, Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A REPAM levou (a Washington, ndr) esta criminalização dos direitos humanos”.

“Devemos continuar a defender o direito à consulta prévia, a que têm direito os indígenas quanto a projetos que são trazidos, seja da iniciativa privada seja da parte do governo; projetos que acabam interferindo muito nas áreas já demarcadas dos indígenas. O direito à consulta prévia e a demarcação de terras indígenas, que diminuiu muito. Então temos que agilizar isso”.

“Estamos também encorajando os bispos, na Amazônia e no resto do Brasil, onde há indígenas, a promover uma pastoral indígena: isto significa uma Pastoral para uma Igreja indígena, inculturada, onde os próprios indígenas assumam a sua Pastoral, a sua Igreja”.

“E depois, nos planos pastorais de dioceses onde há indígenas, seja incluída e integrada a Pastoral Indigenista. Ou seja, como a Igreja ainda vai, com missionários, para dentro das comunidades indígenas. Como está isso? Em muitos lugares, as comunidades são apenas entregues às paróquias locais, que por vezes não têm nenhuma prática... Chega um padre novo, que talvez nunca tenha visto índios... É muito difícil para ele fazer, de fato, um trabalho suficiente entre os indígenas. Então estamos pedindo muito que esta questão seja integrada no plano diocesano de Pastoral, para que haja maior e melhor atenção, em termos de qualidade de evangelização”. 

(CM)

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Pe. Mometti: a Igreja ama os hansenianos

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa sobre a hanseníase com o missionário italiano Pe. João Mometti, incardinado na Arquidiocese de Belém do Pará, que recentemente visitou a nossa emissora.  

Pe. João mora há 60 nos no Brasil e nos conta mais um pouco de sua experiência com os hansenianos com os quais trabalha há 40 anos, na conversa com Silvonei José.

(MJ)

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Atualidades



Conflitos no campo 2016: um dos mais violentos da história

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Brasília (RV) - “Esse relatório não é um livro. Não são apenas dados, mas são pessoas que pretendemos mostrar ao Brasil”: assim o Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, comentou a publicação "Conflitos no Campo Brasil 2016" - relatório que a Comissão Pastoral da Terra lançou dia 17 de abril, na presença de jornalistas, lideranças de movimentos sociais e representantes do parlamento brasileiro. 

A edição de 2016 chama a atenção para o aumento de assassinatos. O ano entra para a história com o maior número de mortes no campo em decorrência de conflitos agrários, de luta pela terra e pela água nos últimos 13 anos. O monitoramento da CPT registrou 61 assassinatos no ano passado, 11 a mais que em 2015, com registro de 50 assassinatos.

No lançamento, também estava presente a advogada Divanilce de Sousa Andrade, que teve sua mãe, Nilce de Souza Magalhães, liderança do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), assassinada em 7 de janeiro de 2016, em Rondônia. Emocionada, ela falou da morosidade da justiça, da ausência do Estado brasileiro e da certeza da impunidade.

Rigor científico

O Bispo responsável pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Enemésio Lazzaris, ressaltou a seriedade do trabalho da equipe da CPT na documentação e organização do levantamento e pesquisa dos conflitos no campo. Ele também ressaltou o estado de abandono no qual se encontram comunidades tradicionais, as comunidades do campo, os povos originários, os quilombolas e os pescadores. “É necessário pressionar mais para que os direitos adquiridos por essas comunidades sejam mantidos, confirmados e até ampliados”, disse Dom Enemésio.

O relatório destaca ainda que vem aumentando, desde 2015, atos do Executivo e do Legislativo brasileiros, que implicam e resultarão em redução dos direitos já conquistados pela agricultura familiar, indígenas e quilombolas. Um exemplo citado pelo professor da Universidade Federal da Paraíba, Marco Mitidiero, é o fato de o Executivo ter retirado do censo agropecuário questões relativas ao uso de agrotóxicos e à agricultura familiar.

Com este relatório, a CPT espera que os dados, organizados com rigor científico, sensibilizem as autoridades para que tenham um pouco mais de atenção e facilitem a vida dos camponeses e comunidades indígenas. 

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Bento XVI festeja com amigos e familiares seus 90 anos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Bento XVI festejou na segunda-feira (17/04) os seus 90 anos de vida, completados no dia 16 de abril. 

Joseph Ratzinger recebeu em sua residência, o mosteiro Mater Ecclesiae nos Jardins Vaticanos, uma delegação de sua terra natal, a Baviera. As fotos divulgadas pelo jornal L’Osservatore Romano retraem Bento XVI bem disposto, sorridente, tomando inclusive um copo de cerveja acompanhado de seu irmão Georg, três anos mais velho, e do seu secretário particular, Georg Ganswein.

O Papa emérito agradeceu pelo afeto recebido e agradece a Deus por ter-lhe oferecido uma “vida bela, intensa, com altos e baixos”.

O Papa Francisco cumprimentou pessoalmente Bento XVI na quarta-feira passada (12/04), antes do início do tríduo pascal.

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