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Sumario del 19/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa na audiência "A nossa fé nasce na manhã de Páscoa!"

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Cidade do Vaticano (RV) – A Praça São Pedro ficou lotada na manhã desta quarta-feira (19/04) fria, mas ensolarada, para o habitual encontro de Francisco com fiéis, peregrinos, turistas e romanos. Ainda no clima da Páscoa que a Liturgia continua a celebrar, em sua catequese o Papa refletiu com os fiéis sobre Cristo Ressuscitado, ‘nossa esperança’, como apresentado por São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios.  

A Ressurreição provocava discussões na comunidade de Corinto e Paulo queria esclarecê-la aos cristãos. “Jesus morreu por nossos pecados, foi sepultado e no terceiro dia ressuscitou e apareceu a Pedro e aos Doze Apóstolos”, dizia. 

O cristianismo nasce aqui. Não é uma ideologia, não é uma corrente filosófica, mas um caminho de fé que nasce com um evento testemunhado pelos primeiros discípulos de Jesus”.

O Papa prosseguiu explicando que “a Ressurreição é o núcleo central da fé; se tudo tivesse acabado com a morte, Cristo foi um exemplo de dedicação suprema, sim, mas isto não poderia gerar a nossa fé. Ele não era um herói. Aceitar que Cristo morreu na Cruz não é um ato de fé; é um fato histórico, crer que ressuscitou o é. Jesus é vivo, é o fulcro do evento. Nossa fé nasce na manhã de Páscoa”. 

Explicando este mistério aos cristãos, Paulo conta que de todos os discípulos que viram o Ressuscitado aparecer, ele foi o último, ‘o menos digno’. Paulo tem uma história pessoal dramática: era um perseguidor da Igreja, orgulhoso das próprias convicções, até o dia em que improvisamente encontrou Jesus no caminho para Damasco. Aquele evento deu uma guinada em sua vida. De perseguidor se tornou Apóstolo, porque viu Jesus vivo e ressuscitado. Este é o fundamento da fé de todos os Apóstolos e também da nossa”.

“É belo pensar que o cristianismo, essencialmente é isso!”, comentou o Papa. “Não somos nós a procurar Deus, mas é Deus que nos procura, nos conquista e não nos abandona jamais. O cristianismo é graça; é surpresa, mas deve encontrar nosso coração aberto, capaz de receber maravilhas. Um coração fechado não pode entender o que é o cristianismo. Mesmo sendo pecadores, mesmo olhando para trás e vendo uma vida cheia de insucessos, na manhã de Páscoa podemos ir ao sepulcro de Jesus e ao ver a pedra descartada saberemos que Deus está realizando um futuro para nós. Encontraremos felicidade, alegria e vida onde todos pensavam que havia tristeza, derrotas e trevas. Deus faz crescer suas flores mais belas em meio às pedras mais áridas”. 

Terminando sua catequese, o Papa concluiu que “ser cristãos significa não começar pela morte, mas pelo amor de Deus por nós, que derrotou o nosso maior inimigo. É suficiente uma vela acesa para vencer a mais sombria das noites. E se alguém nos perguntar o porquê do nosso sorriso e da nossa paciência e solidariedade, podemos responder que ‘Jesus ainda está aqui, continua vivendo no meio de nós. Ele está aqui na Praça, vivo e ressuscitado’”.  

 

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Papa Francisco e Bartolomeu I juntos no Egito

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Cidade do Vaticano (RV) - Depois da Terra Santa, Assis, do encontro de oração nos Jardins Vaticanos com Mahmoud Abbas e Shimon Peres, a visita aos refugiados na Ilha grega de Lesbos, agora é a vez da histórica viagem ao Egito. 

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, anunciou no Domingo de Páscoa que espera estar ao lado do Papa Francisco na Universidade de Al-Azhar, no Cairo, em 28 de abril próximo.

Após a celebração da Páscoa na Catedral de São Jorge, em Istambul, Bartolomeu I mostrou aos jornalistas uma carta escrita à mão enviada pelo Francisco por ocasião da Páscoa,  onde destaca a "fraterna amizade" que une os dois líderes cristãos.  "Agradeço pela tua amizade e espero  encontrar-te em breve", disse Francisco.

"A ocasião poderá estar muito próxima. Fui convidado pela Universidade de Al-azhar no Cairo, de modo que em 28 de abril poderei estar com Francisco", afirmou o Patriarca, ressaltando que já se reuniu com Francisco em seis ocasiões, desde que foi eleito à Cátedra de Pedro em março de 2013.

A presença no Egito dos dois líderes cristãos mais representativos - junto com Kirill - seria uma demonstração forte de apoio e proximidade aos cristãos no Egito, vítimas de perseguições e atentados. Eles deverão encontrar o Patriarca da Igreja Copta Tawadros II, abraçando desta forma todos os cristãos do país.

Já a oração comum em Al-Azhar - centro teológico referencial do Islã sunita - ao lado do Grão Mufti Ahmed Al-Tayyeb, servirá para lançar uma ulterior mensagem comum de paz e tolerância entre islamismo e cristianismo, e condenar o uso da religião e do nome de Deus para justificar a violência.

A viagem do Papa Francisco ao Egito foi confirmada após os dois atentados no Domingo de Ramos contra igrejas em Tanta e Alexandria. Por motivos de segurança, o programa não traz detalhes de locais e hora dos encontros que Francisco manterá com o Presidente do país, Abdel Fattah al Sisi, com o Grão Imame de Al-Azhar Ahmed Al-Tayyeb e com o Patriarca da Igreja Copta, Tawadros II. (JE)

 

 

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Francisco e Bartolomeu I juntos no Egito pela paz

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Cidade do Vaticano (RV) – O Patriarca Ecumênico Bartolomeu I estará no Cairo nos dia 28 e 29 de abril, a convite do Grão Imame da Universidade de al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb. Ao lado do Papa Francisco, os dois líderes cristãos participarão da Conferência Internacional sobre a Paz promovida na capital egípcia.

Não obstante as dificuldades internacionais e os recentes atentados contra a comunidade copta, o diálogo ecumênico e inter-religioso prossegue com determinação.

Na terça-feira (19/04), um ataque contra uma barreira da polícia montada nas proximidades do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, aos pés do Monte Sinai, provocou a morte de um policial. A ação foi reivindicada pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Sobre o significado da presença de Francisco e Bartolomeu no Cairo, ouçamos o que diz o Arquimandrita  Athenagoras Fasiolo, delegado do Metropolita ortodoxo da Itália:

“Acredito que as duas maiores Igrejas cristãs, as duas maiores famílias do cristianismo, são testemunhas comuns de um plano de paz que ultrapassa os vínculos políticos, econômicos, mesmo das superpotências consideradas cristãs, que muitas vezes, junto com o Ocidente, permanecem em silêncio diante destes fatos"”

RV: Existe algum risco de que esta unidade e esta força no querer alcançar a paz possam provocar uma intensificação de reações opostas, daqueles que, pelo contrário, não querem a paz, como ocorreu nos recentes atentados que se seguiram ao anúncio da visita do Papa Francisco ao Egito?

“Acredito que todas as religiões tenham como primeiro dever, ensinar aos próprios fiéis, aos próprios discípulos, o que entendemos por paz. Paz não é nunca a supremacia de um sobre os outros; isto não é paz. Paz não é nunca uma paz imposta, não é nunca uma submissão aos desejos de uns sobre os outros. Paz é coordenar, trabalhar juntos para encontrar uma via comum, satisfatória, justa, que possa garantir uma vida correta, isto é, na sua totalidade. Ora, não devemos ter medo de dizer que existem grupos enlouquecidos, porém acredito que como aconteceu nos dois mil anos de história cristã  - em que se entendeu como se devia viver a fé - acredito que outras famílias religiosas deverão fazer o mesmo. Não podemos, na minha opinião, salvar-nos sozinhos; devemos salvar-nos juntos, uns com os outros: cristãos com cristãos, cristãos juntos aos fiéis de outras religiões”.

RV: Este diálogo ecumênico e inter-religioso conseguirá delimitar corretamente as distâncias com quem deseja instrumentalizar a religião com fins políticos ou geopolíticos?

“Acredito que sim. Como homem de fé acredito que sim. Devemos ser corajosos, porém devemos falar uns com os outros também sobre as coisas que deixamos de fazer, para evitar tudo isto. O Ocidente seguramente tem as suas culpas pelo aparecimento destes fundamentalismos; o mundo muçulmano tem as suas culpas por não ter sabido conduzir a pensamentos mais sábios uma teologia deixada um pouco entregue a si mesma. Acredito que cada um deva fazer a sua parte, porque de outra forma, estaremos em um caminho sem volta. Devemos nos encontrar, devemos ter a coragem de nos falar, devemos ter a coragem de realizar também estas viagens difíceis, porque eu estou certo de que esta viagem, neste momento, quer para o Papa Francisco como para o Patriarca Ecumênico, quer para todos os outros líderes religiosos que estarão presentes, é difícil. Não podemos fingir de não ver todos os nossos irmãos de fé que sofrem em muitas partes do mundo; não podemos não dizer que a fé cristã neste momento é a religião mais martirizada, mais uma vez, no mundo. Mas isto não para desejar afirmar uma supremacia ou quem sabe que coisa, mas simplesmente para falar como irmãos e para encontrar juntos as soluções”. (SL/JE)

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O conceito de "Estado" no pensamento de Bento XVI

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Varsóvia (RV) -  "O conceito de Estado na perspectiva do ensinamento do Cardeal Joseph Ratzinger - Bento XVI". Este foi o tema da Encontro que teve lugar na manhã deste 19 de abril na sede da Conferência Episcopal polonesa, por ocasião dos 90 anos do Papa emérito.

A iniciativa teve o patrocínio da Conferência dos bispos poloneses, da Fundação Joseph Ratzinger, do Presidente da República da Polônia e da Agência de informação católica KAI.

No encontro se pronunciaram, entre outros, o Núncio Apostólico na Polônia, o Arcebispo Salvatore Pennacchio, o Presidente da Conferência Episcopal polonesa, Dom StanisÅ‚aw Gadecki, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Ludwig Müller, o Presidente da Fundação Joseph Ratzinger - Bento XVI, Padre Federico Lombardi, além de autoridades civis da Polônia e Hungria. Também será lida uma mensagem do Presidente do Parlamento alemão, Norbert Lammert.

Entre os temas abordados estava "O Estado moderno e a moderna política no pensamento do Papa Bento XVI" e "A verdadeira laicidade do Estado segundo Bento XVI".  (JE)

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Card. Braz de Aviz é o enviado do Papa para evento mundial dos Cursilhos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou o Cardeal brasileiro João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para a Vida Religiosa e os Institutos de Vida Consagrada, seu enviado especial para a quinta edição da Ultreia Mundial do Movimento dos Cursos de Cristandade (Mcc). O evento se  realiza este ano em Fátima (Portugal), de 4 a 6 de maio. 

“É hora dos cursilhos” é o lema da quinta edição - uma iniciativa que se realiza num ano histórico para Portugal e para a Igreja Católica, com os 100 anos das Aparições de Fátima, a vinda do Papa Francisco a Portugal, o Centenário do nascimento de Eduardo Bonnín, fundador do Movimento, e da canonização dos Pastorzinhos Francisco e Jacinta.

Durante três dias, várias iniciativas serão realizadas em Fátima: Eucaristias, Orações, conferências, Tertúlias, Procissões, com destaque para a ultreia que se realiza no dia 6 de maio na Basílica da Santíssima Trindade .

Participam na Ultreia Mundial do Mcc cerca de 8000 cursilhistas vindos de 38 países, entre eles mais de 100 brasileiros.

O Movimento dos Cursos de Cristandade tem reconhecimento canônico da Santa Sé. Trata-se de um movimento eclesial de evangelização cristã criado na Espanha no início do século XX. No Brasil, o Cursilho foi trazido inicialmente à Arquidiocese de Campinas. O Cursilho destaca-se por ser um Movimento eclesial voltado a um primeiro anúncio explícito do ideal evangélico apresentado por Jesus Cristo, com o propósito de despertar novas lideranças - preferencialmente, cristãos batizados que estejam afastados da Igreja -, a fim de que se tornem evangelizadoras de suas realidades particulares.

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Milão: LEV presente no Salão do Livro

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Milão (RV) - A Livraria Editora Vaticana (LEV) participa, em Milão, Itália, do Salão “Tempo de Livros” que teve início nesta quarta-feira (19/04), e prossegue até o próximo dia 23. 

O conceito do estande da Editora Vaticana se insere no âmbito da primeira edição do Salão do Livro que este ano propõe como primeiro tema “O alfabeto” (alfabetos de letras, números, símbolos, figuras e gestos).  

A exposição, a cargo de Alessandra Coppa, Andrea Lancellotti e Sabina Antonini, é composta de alguns elementos simbólicos: um cubo posicionado no centro do estande num chão de resina dourado que define uma espacialidade funcional, com o foco na tecnologia.

Completa a exposição uma mostra de Giovanni Chiaramonte intitulada “Viver a caminho” dedicada aos tuítes do Papa Francisco que podem ser consultados na internet. É possível consultar também o novo catálogo 2017 da LEV. 

“É um estande luminoso, branco e moderno. Diferente dos outros”, disse o Diretor da LEV, Pe. Giuseppe Costa. “O interesse pela editoria religiosa é notável. A presença da LEV em Milão é uma ocasião  para fazer conhecer cada vez mais o ensinamento do Papa e a riqueza cultural do catolicismo, numa ótica de evangelização em sintonia com os tempos”, sublinhou.

A Editora Vaticana expõe 500 livros do catálogo mais recente com atenção particular ao Papa Francisco de quem são expostos todos os livros publicados até o volume dedicado à sua visita a Milão. Dentre as obras expostas vale a pena mencionar os escritos do Papa Emérito Bento XVI do qual se lembra os seus 90 anos e numerosos volumes dedicados à Sagrada Escritura e à Teologia.

Estão previstos dois eventos: na sexta-feira próxima, às 18h locais, a iniciativa dedicada ao ‘Dicionário da Bíblia’ de Giuliano Vigini, e no sábado 22, o evento ‘Vagueando na cozinha’ que contará com a presença do chef Filippo La Mantia e da atriz Maria Carla Aldisio.

(MJ)

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Igreja no Brasil



Papa nomeia bispos para o Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja no Brasil ganhou dois novos bispos. O Papa Francisco nomeou Bispo Prelado da prelazia territorial de Itacoatiara (AM) o Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira, S.D.V., atualmente Vigário Paroquial de “Nossa Senhora da Conceição”, em Riachão do Jacuípe, diocese de Serrinha (BA). 

O vocacionista Pe. José Ionilton Lisboa de Oliveira nasceu em 9 de março de 1962 em Araci, arquidiocese de Feira de Santana (Bahia). Estudou Filosofia no Seminário Diocesano “Nossa Senhora das Vitórias”, em Vitória da Conquista, e Teologia na Faculdade Benedetina “Mosteiro de São Bento”,  no Rio de Janeiro.

Emitiu a profissão religiosa em 21 de janeiro de 1990 e foi ordenado sacerdote em 19 de janeiro de 1992. No decorrer do seu ministério, desempenhou atividades na pastoral paroquial, na animação das vocações, na formação dos noviços, na administração econômica como Superior Provincial; Diretor de Comunidade, Membro da Conferência dos religiosos e do Conselho Presbiteral de Vitória da Conquista.

Campo Mourão (PR)

A outra nomeação é para uma diocese paranaense. O Papa Francisco nomeou Bispo Coadjutor de Campo Mourão (PR) o Pe. Bruno Elizeu Versari, do clero da Arquidiocese de Maringá (PR), até então pároco de “Santa Maria Goretti” em Maringá.

Pe. Bruno Elizeu Versari nasceu em 30 de maio de 1959 em Cândido Mota, diocese de Assis (São Paulo). Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Curitiba (1981-1983) e Teologia no Instituto “Paulo VI” em Londrina (1984-1987). Depois se especializou em Bíblia na Pontifícia Universidade Católica de Maringá.

Foi ordenado sacerdote em 3 de janeiro de 1988 e foi incardinado na Arquidiocese de Maringá. No decorrer do seu ministério, desempenhou os seguintes cargos: Vigário Paroquial de“Santa Maria Goretti” em Maringá (1988-1990); Assistente do Seminário Maior “Nossa Senhora da Glória” (1988-1990); Pároco de “Santa Isabel de Portugal” em Maringá (1990-2009); Ecônomo arquidiocesano (2001-2009); Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores (2001-2010); Vigário Geral (2011-2015).

Atualmente, é pároco de “Santa Maria Goretti” em Maringá (dal 2009) e Diretor da Rádio arquidiocesana (desde 2015).

Imperatriz (MA)

O Papa Francisco fez ainda duas transferências no episcopado brasileiro. O Pontífice nomeou Bispo da diocese de Imperatriz (MA) Dom Vilsom Basso, S.C.I., transferindo-o da diocese de Caxias do Maranhão. Dom Vilsom estava à frente desta Diocese desde que foi nomeado Bispo em 2010. Atualmente, também é Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Joinville (SC)

A outra transferência diz respeito à Diocese de Joinville (SC). O Papa Francisco nomeou Bispo da diocese catarinense Dom Francisco Carlos Bach, até então Bispo da Diocese de São José dos Pinhais (PR). Dentro da CNBB, atualmente é Membro da Comissão para os Tribunais Eclesiásticos de 2a Instância e Secretário do Conselho Episcopal do Regional Sul 2 (Estado do Paraná).

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Ceris prepara Anuário Católico de 2017

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Brasília (RV) - O Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais (CERIS), com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), convidam as arquidioceses e Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica a participarem do Censo da Igreja Católica de 2017. O objetivo é atualizar os dados de todos os membros da Igreja no Brasil. As informações farão parte do Anuário Católico de 2017.

A partir deste ano, o Ceris realizará a pesquisa, o tratamento dos dados, o arquivamento, a editoração, a publicidade e a comercialização do Anuário Católico Digital, sendo que o exemplar impresso será comercializado pela editora da CNBB, a “Edições CNBB”. Por isso, a participação de toda a Igreja no Censo Anual é fundamental para o sucesso e o alcance de seus objetivos.

O Ceris solicita a indicação da pessoa responsável por responder as perguntas do Censo e, posteriormente, mantê-los atualizados. Os dados da pessoa responsável, tais como nome completo, telefone e e-mail deverão ser enviados diretamente para o e-mail: secretario@ceris.org.br ou ainda, pelo telefone: (11) 5051-4908, até o dia 30 de abril. Após esse período, representantes do Ceris entrarão em contato com a pessoa indicada para o fornecimento do login e senha do programa, uma vez que o preenchimento dos dados será online. 

Para outras informações, acesse o site do Ceris.  

(MJ/CNBB)

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Igreja na América Latina



Bispos cubanos iniciam visita 'ad limina' em 25 de abril

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Cidade do Vaticano (RV) - O episcopado cubano dará início em 25 de abril a visita ad limina ao Vaticano. O encontro com o Santo Padre está previsto para a quinta-feira, 4 de maio. 

A última vez que os bispos cubanos estiveram no Vaticano para este fim foi em 2008, sob o Pontificado do Papa Bento XVI, quando o então Arcebispo de Camaguëy, Dom Juan de la Carida García Rodríguez - desde 26 de abril de 2016 Arcebispo de La Habana, por desejo de Francisco, em substituição ao Cardeal Jaime Ortega - saudou Bento XVI em nome dos demais bispos.

Na ocasião, o Papa  falou principalmente sobre seis temas: a promoção da vida espiritual, uma atenção especial pelos presbíteros, um renovado compromisso em favor das vocações religiosas, a proximidade aos religiosos, religiosas e missionários (muitos deles estrangeiros), cuidado intenso pela pastoral matrimonail, familiar e do laicado e o serviço aos pobres e necessitados. Foram evitados outros temas, como a relação entre a Igreja em Cuba e a sociedade, o Estado e instituições do Governo, visto que "muitas coisas estavam mudando, mesmo que lentamente".

Depois deste encontro, Bento XVI viajou a Cuba de 26 a 28 de março de 2012. Francisco fez o mesmo em duas ocasiões: em sua visita pastoral de 19 a 22 de setembro de 2015 e em 12 de fevereiro de 2016, para o encontro com o Patriarca Kirill em Havana. 

Na visita ad limina, os três Arcebispos, oito Bispos e um Bispo auxiliar falarão com Francisco sobre o panorama atual da Ilha a menos de um ano da data fixada por Raúl Castro para deixar o poder (fevereiro de 2018), ainda que continuará como Primeiro Secretário do Partido Comunista até 2021.

A Igreja Católica conseguiu ampliar seus espaços de atuação na Ilha após uma melhoria nas relações com o regime, porém ainda queixa-se do escasso acesso aos meios de comunicação, o ensino e inclusive serviços sociais.

O Vatican Insider esteve na Ilha em fevereiro passado e relatou que a percepção do cubano é de que a Igreja Católica "parece ausente", pois se tem a impressão de que caminha "com o freio de mão puxado, com tal discrição que não permite perceber sua presença".

Não parece que "sua presença pastoral, indiscutível, seja valente nem audaciosa", avalia a publicação, que também assinala não ser fácil encontrar em Cuba os textos do magistério do Papa Francisco. A imprensa oficial não publica seus pronunciamentos, limitando-se a indicar algumas frases se o tema é de interesse do governo.

Estes textos, sequer podem ser encontrados no site da Conferência Episcopal cubana.

"As causas desta realidade fazem parte da relação com as instituições do país, porém também dos limites intrínsecos da propria comunidade eclesial", concluem.

(JE/Vatican Insider)

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Igreja venezuelana condena vandalismos na Basílica Santa Teresa

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Caracas (RV) - A Arquidiocese de Caracas, por meio de um comunicado, condenou com veemencia os atos de vandalismo e violência verificados na Basílica de Santa Teresa durante a Semana Santa,  algo "nunca registrado antes em um templo católico na Venezuela".

A nota qualifica como "insólita e repugnante" a ação violenta de um grupo politicamente identificado com o Governo nacional.

A Igreja venezuelana na nota  reiterou ser totalmente falso que o Cardeal Jorge Urosa Savino tenha incitado à violência ou tenha atacado o governo na Missa em honra ao 'Nazareno de San Pablo', em 12 de abril passado, na Basílica Santa Teresa.

Tais atos - diz o comunicado - "profanaram a celebração sagrada em honra a Nosso Senhor Jesus Cristo Nazareno e posteriormente foram rechaçados pelos cerca de dois mil fiéis vindos de toda Caracas e de outras partes do país que se encontravam na Basílica".

A Igreja em Caracas cobrou do Governo Nacional sua "obrigação de proteger a liberdade religiosa, assim como a integridade física de todos os cidadãos, promover a convivência cívica e garantir o direito de culto religioso dos católicos venezuelanos".

Os fatos

O grupo que invadiu a celebração estava desde as primeiras horas da manhã do lado de fora da Basílica. Aproveitando o ingresso do Cardeal Urosa entraram com a procissão, colocando-se então atrás do Altar maior. Eles estavam acompanhados por alguns líderes do "oficialismo" em Caracas e agiram seguindo um plano pré-determinado.

Antes da homilia do Cardeal, o grupo começou a gritar slogans políticos, interrompendo por diversas vezes a celebração, apesas da reprovação dos fiéis. Ao final da Eucaristia, durante o regresso do Cardeal à Sacristia - protegido por uma corrente humana - o grupo forçou passagem tentando agredir o purpurado. Sem atingir o objetivo, passaram então a provocar brigas com os fiéis. Por fim, os manifestantes foram retirados do local pela Guarda Nacional Bolivariana e a Polícia Nacional. (JE)

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CELAM cria "Red Clamor", um apoio aos migrantes, refugiados e vítimas do tráfico

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Bogotá (RV) –  O Departamento Justiça e Solidariedade do CELAM (DEJUSOL) , criou oficialmente nos dias passados a “Red Clamor”, isto é, a Rede Latino-americana e do Caribe para a Pastoral de Migrantes, Refugiados e vítimas do tráfico.

O organismo, fruto de um trabalho que durou quatro anos, reúne grande parte das organizações de mobilidade humana da Igreja Católica da América Latina e do Caribe.

A cerimônia que selou a criação da nova entidade teve lugar em Santiago de Caballeros, República Dominicana.

Os membros da rede

Satisfação pela novidade foi expressa pelo Presidente do Dejusol, Dom Gustavo Rodríguez, que sublinhou “o entusiasmo dos participantes do projeto”, que “realiza um sonho e dá esperança ao futuro deste tipo de Pastoral”.

Fazem parte da Rede os escalabrinianos, o Jesuit Refugee Service, diversos Departamentos da mobilidade humana das Conferências Episcopais Latino-americanas (República Dominicana, Guatemala, Haiti, Chile), além de numerosas Congregações Religiosas.

Sinal de esperança

O Presidente da Pastoral Social da República Dominicana, Dom Julio Corniel, reiterou que “a Red Clamor” representa a consolidação de linhas concretas para o trabalho com os migrantes, para unificar os seus critérios, para sentirem-se apoiados e unidos na busca de soluções aos problemas que se apresentam. Sem dúvida, a Rede é  um grande sinal de esperança”.

Situações terríveis dos migrantes

No mesmo sentido, o Diretor do Secretariado Caritas da América Latina e do Caribe, Padre Francisco Hernández, afirmou que  “a migração é um tema fundamental, pois é um dos maiores problemas no mundo. Por isto, nos sentimos profundamente comprometidos em trabalhar como comunhão eclesial, em que a diversidade de esforços e de experiências nos permite proceder em modo concreto em favor dos migrantes que experimentam situações terríveis”.

Reconhecer dignidade dos migrantes

A “Red Clamor”, por fim, deseja ser “um hospital de campanha em que os  migrantes, os deslocados, os refugiados e as vítimas do tráfico possam ser acolhidos, protegidos e cuidados, reconhecidos em sua dignidade e ajudados a integrar-se nas comunidades de acolhida”.

(IP/JE)

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Igreja no Mundo



Fátima: testemunho dos videntes comprova veracidade das aparições

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Papa Francisco presidirá esta quinta-feira, 19 de abril, a celebração da Hora Terça e o Consistório Ordinário Público para a canonização de 36 novos Santos. 

Entre estes, os irmãos Francisco e Jacinta Marto, que ao lado da Irmã Lúcia dos Santos viram Nossa Senhora em Fátima, cujo centenário das aparições recorre precisamente neste ano, 2017.

Para entender a importância da canonização deste dois pastorinhos, a Rádio Vaticano entrevistou Antonino Grasso, mariólogo, docente no Instituto Superior de Ciências Religiosas "São Lucas" de Catânia e especialista em Fátima:

"Está tudo ligado com o mistério, as aparições e a mensagem de Fátima. Quando os videntes testemunham com a sua vida que seguem as indicações da mensagem da Virgem e alcançam os mais altos graus da santidade, é claro que são um testemunho concreto da veracidade das aparições que afirmaram. Portanto, é importante sob este aspecto a canonização dos dois pastorinhos porque eles, tendo recebido a mensagem da Virgem, a colocaram em prática em suas brevíssimas vidas, seguindo as indicações sobretudo da Virgem que pedia a eles para rezar pela paz, mas sobretudo de sacrificar-se pelos pecadores".

RV: Isto foi pedido diretamente por Nossa Senhora em uma das aparições...

"Em uma das aparições, a Virgem afirmou que muitas almas iam ao inferno, mostrando a eles a dramaticidade desta realidade. E assim os pastorinhos oferecem a vida deles e todos os seus sacrifícios e os sofrimentos de suas doenças para que se salve o maior número de almas possível. Portanto, eles testemunharam com a santidade de suas vidas a veracidade da mensagem e das aparições da virgem".

RV: Qual é a espiritualidade dos dois pastorzinhos?

"Jacinta cultivava três amores: a Eucaristia, o Coração Imaculado de Maria e o Santo Padre. Era muito disponível em mortificar-se. Ela usou uma corda-cinta na cintura para penitência até quando, temendo que fosse descoberta, poucos dias antes de cair doente, entregou-a a Lúcia que a queimou. Sentava-se por terra ou sobre uma pedra e, absorvida, começava a repetir: "Quanta tristeza eu sinto pelas almas que vão para o inferno". E por isto chorava, rezava e se sacrificava continuamente por elas. Pelos pecadores, Jacinta aceitou a doença, os alimentos e os remédios pelos quais sentia tanta repugnância, o sacrifício de separar-se da família, de ir nos vários hospitais e até mesmo aquilo que mais a aterrorizava: a idéia de morrer sozinha, o que de fato ocorreu. Francisco foi muito tocado espiritualmente pela compaixão pelo sofrimento dos outros. Não raro foi surpreendido pelos primos atrás de uma parede ou de uma cerca onde, escondido, se refugiava para rezar de joelhos ou pensar em Jesus, triste - como dizia - por causa de tantos pecados. E fazendo orações e penitências pela salvação das almas que ofendem a Deus, Francisco se sentia atraído pelo amor divino e sua grande preocupação era sobretudo a de consolar Nosso Senhor. Podemos portanto concluir, como afirmamos no início, que a santidade dos dois pastorinhos foi uma confirmação também da vitalidade salvífica e da atualidade da mensagem a eles transmitida pela Virgem". (FP/JE)

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França: Aberta Causa de Beatificação do Padre Jacques Hamel

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Paris (RV) - Ainda é grande a alegria em Rouen, na França, pela notícia dada na Vigília Pascal sobre o início da Causa de Beatificação do Padre Jacques Hamel, sacerdote assassinado por dois terroristas islâmicos em 26 de julho de 2016 na Igreja Saint-Etienne-du-Rouvray, enquanto celebrava a Eucaristia.

O anúncio foi do Bispo de Rouen, Dom Dominique Lebrun, que conversou com a Rádio Vaticano: 

"A assembléia ficou muito tocada por esta decisão que, no entanto, já era esperada. Eu havia dito que aconteceria e agora vejo que existem reações que vão bem além da comunidade cristã. O acontecimento de Padre Jacques Hamel continua a chamar a atenção, não foi esquecido. Pelo contrário, pouco a pouco torna-se luz, esperança e temos tanta necessidade disto".

RV: A dor ainda é muito forte pela sua morte, mesmo que tenha ocorrido em julho passado...

"A dor é para os mais próximos, em particular penso em sua família e aos seus paroquianos que realmente eram muito ligados a ele. Mas também existe preocupação porque os atentados continuam, como aconteceu recentemente na Suécia e no Egito. Estas manifestação de violência parecem não acabar nunca, em particular contra nossos irmãos cristãos. Penso nos coptas no Egito. Nos sentimos muito unidos a eles".

RV: Quais serão os primeiros passos deste processo de beatificação?

"Agora que o processo foi aberto entramos na primeira grande fase, que é a investigação diocesana. É a fase em que recolhemos todos os documentos que serão examinados pelos teólogos, os escritos do Padre Jacques Hamel, entre os quais as suas homilias. Depois vem a escuta dos testemunhos, as testemunhas de sua morte e os da sua vida: a sua família, os outros padres, os paroquianos. Ao final desta investigação diocesana, iremos redigir um relatório que será enviado à Roma, com todos os anexos. Então, será a Congregação das Causas dos Santos a escolher um relator que recolherá toda a documentação e a submeterá ao Papa para a decisão final sobre o reconhecimento do martírio de Padre Jacques Hamel".

RV: O anúncio da abertura do processo de beatificação de Padre Jacques Hamel foi dado justamente na Vigília Pascal. Um verdadeiro sinal de esperança...

"Sim. Comoveu-me muito ouvir os sacerdotes que me disseram: "Esta notícia me faz bem!". Certo, a ferida permanece. Os padres me disseram: "Poderia ter sido eu em seu lugar...". Não é pequena esta ferida psicológica e espiritual. E ao mesmo tempo, estou feliz por ter este companheiro de caminho, que foi muito discreto, mas agora tornou-se um sinal de esperança para todos nós". (HD/JE)

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Fome no Sudão do Sul: salesianos incentivam a solidariedade

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Juba (RV) – Devido ao agravamento da fome no Sudão do Sul, as Missões Salesianas lançaram uma campanha para arrecadar ajuda para mais de 100 mil pessoas. “Há pessoas que estão sobrevivendo comendo sementes ou plantas”, explicam os missionários.

Segundo o missionário salesiano Job Shyjan, “em Gumbo, são mais de 10 mil pessoas que estão deslocadas, mas também em Mori, Mafao e Wau. Estamos recebendo mais de 5 mil pessoas que fogem da fome”. 

A inflação no pais africano excede 800% e nos mercados só se encontra chá e sal. O salesiano afirma que, “quando o período chuvoso começar, a situação vai piorar, pois o transporte de ajuda e alimentos será muito complicado”.

Diante desta situação, Ana Muñoz, porta-voz da organização, destacou que “a fome neste país se tornou uma arma de guerra que está destruindo o futuro de milhares de pessoas”. E faz uma convocação: “Chamamos a atenção para aqueles que são esquecidos continuamente e pedimos à comunidade internacional que se envolva ante esta crise humanitária”, insiste.

Atualmente, mais de 15 mil pessoas estão sendo atendidas pelos missionários salesianos no Sudão do Sul. “Hoje, devemos cuidar das pessoas que nos pedem ajuda, mas amanhã temos que trabalhar na reabilitação dos povos, na manutenção da paz e da reconciliação do país”, disse o missionário salesiano.

(MD/ACI DIGITAL)

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Card. Bo: na Páscoa, remover pedras da divisão, do conflito e da injustiça

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Yangun (RV) - Mianmar deve “remover” as pedras da divisão, do ódio, do conflito, da desigualdade, para fazer nascer uma “sociedade mais justa”. Foi o que afirmou o arcebispo de Yangun, em Mianmar, Cardeal Charles Maung Bo, na mensagem para a Páscoa endereçada aos fiéis e a toda a nação do sudeste asiático.

O purpurado chamou os líderes religiosos – católicos, protestantes, budistas, estes últimos, a grande maioria no país – a “colocar-se acima dos interesses pessoais” e, quanto aos líderes cristãos, “a levar a esperança da ressurreição”.

Muitos de nós vivem uma Sexta-feira Santa perene, que conhece somente o sofrimento. Muitos de nosso povo encontram-se sepultados pelos grandes problemas que parecem um túmulo. Mianmar espera a ressurreição de seu passado e precisa viver na paz (Shalom) da Páscoa, uma paz interior, nas famílias, entre comunidades”, acrescentou o Cardeal Maung Bo. (RL / AsiaNews)

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Formação



Espírito Santo, o compreenderemos somente no Paraíso

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a falar sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, tratando na edição de hoje das "definições do Credo sobre o Espírito Santo". 

 

O Concílio Vaticano II abriu um novo horizonte de valorização de uma Teologia do Espírito Santo. O documento Lumen Gentium, por exemplo, fala da dimensão carismática da Igreja, juntamente com aquela institucional e hierárquica, insistindo na importância dos carismas.

"Quem olha para a história da época pós-conciliar - dizia Bento XVI na Quinta-feira Santa de 2012 - pode reconhecer a dinâmica da verdadeira renovação, que muitas vezes assumiu formas inesperadas em movimentos cheios de vida e que torna quase palpável a vivacidade inesgotável da Santa Igreja, a presença e a ação eficaz do Espírito Santo".

Na edição de hoje deste nosso espaço, Padre Gerson Schmidt nos fala sobre "as definições do Credo sobre o Espírito Santo":

“Raniero Cantalamessa falou que a nova abordagem sobre o Espírito Santo é o grande presente do Concílio Vaticano II Na primeira pregação do Advento último, comenta as três grandes afirmações do Credo sobre o Espírito Santo. 1. “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida”. 2. “... e procede do Pai (e do Filho) e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”. 3. "... e falou pelos profetas". Já comentamos a primeira e introduzimos a segunda. Hoje continuamos nossa abordagem da segunda afirmativa do credo: 2. “... e procede do Pai (e do Filho) e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”.

O Espírito Santo, apesar de tudo, será sempre o Deus escondido, mesmo se conhecemos os efeitos. Ele é como o vento: ninguém sabe de onde vem e para onde vai, mas vemos os efeitos da sua passagem. É como a luz que ilumina tudo o que está à frente, ficando ela própria escondida.

Por isso é a pessoa menos conhecido e amada das Três, apesar de ser o Amor em pessoa. É mais fácil a gente pensar no Pai e no Filho como “pessoas”, mas é mais difícil para nós o Espírito. Não existem categorias humanas que podem ajudar-nos a compreender este mistério do Espírito Santo.

Para falar de Deus Pai nos ajudamos da filosofia que trata da causa primeira (o Deus dos filósofos); para falar do Filho temos a analogia da relação humana pai-filho e temos também a história, já que o Verbo se fez carne, morreu e ressuscitou por nós. Para falar do Espírito Santo só temos a revelação e a experiência. A própria Escritura fala dele servindo-se quase sempre de símbolos naturais: a luz, o fogo, o vento, a água, o perfume, a pomba.

Cantalamessa diz que compreenderemos totalmente quem é o Espírito Santo só no paraíso. Na verdade, o viveremos em uma vida que não terá fim, em um aprofundamento que nos dará alegria imensa. Será como um incêndio muito doce que inundará a nossa alma e a encherá de bem-aventuranças, como quando o amor invade o coração de uma pessoa e que se sente feliz".

 

 

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Atualidades



90 anos de Bento XVI, um doutor da Igreja de nosso tempo

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Trento (RV) - “Bento XVI é um doutor da Igreja do nosso tempo e para além do nosso tempo.” Essa é a convicção do bispo de Bolzano-Bressanone – nordeste da Itália –, Dom Ivo Muser, que nestes dias enviou uma mensagem de felicitações ao Papa emérito por ocasião de seu 90º aniversário festejado este domingo de Páscoa, 16 de abril.

Partindo do pensamento de dois doutores da Igreja, quais Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, Dom Muser ressalta que o primeiro foi o “escritor espiritual que mais influenciou e marcou” Joseph Ratzinger, enquanto o segundo – com a busca contínua de uma síntese entre fé e razão – está presente na teologia e no anúncio de “Ratzinger como professor, bispo e Papa”.

“Caro Papa Bento, parabéns, de coração, por seu 90º aniversário! O senhor foi e é uma bênção para a nossa Igreja, para muitas pessoas em busca daquela verdade, que pode responder às perguntas e aos embates de sua razão – escreve Dom Muser.”

“Agradeço-lhe de coração pelo muito que deu a inúmeras pessoas – através do seu ser, da sua teologia e do seu anúncio, através de seu serviço petrino.” Por fim, Dom Muser recorda a relação de amizade que há anos une a cidade de Bressanone e o Seminário maior a Bento XVI. (RL / Sir)

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Bruno Franguelli SJ ordenado diácono em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – A bela Igreja de Jesus, em Roma, acolheu na tarde de terça-feira (18/04) a ordenação de 15 diáconos, dentre os quais Bruno Franguelli, colaborador do Programa Brasileiro da RV. A igreja-mãe da Companhia de Jesus foi a sede do superior geral da Companhia de Jesus até a supressão da ordem, em 1773. Depois de recuperado pelos jesuítas, o edifício anexo foi transformado em alojamento para estudiosos da ordem vindos de outras partes do mundo para estudar para a ordenação ao sacerdócio.

Nesta igreja se encontram o corpo do fundador da Companhia, Santo Inácio de Loyola, e um braço de São Francisco Xavier, missionário jesuíta, evangelizador no Continente asiático.

Dom Luis F. Ladaria Ferrer, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo espanhol, presidiu a celebração, que teve a participação de cerca de 200 pessoas.

Em clima de emoção, o recém-ordenado Bruno concedeu entrevista à RV e explicou que aquele momento não era uma linha de chegada, pois diácono se é por toda a vida. Ouça aqui: 

 

(CM)

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Deslizamentos em Mocoa: Igreja leva10 toneladas de ajudas

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Mocoa (RV) - Dez toneladas de ajudas (alimentos, cobertores, artigos de higiene e roupas) chegaram nos últimos dias à população de Mocoa por mãos da Igreja Católica e especialmente, da Caritas.

Quem informa é o bispo de Mocoa, Dom Luis Albeiro Maldonado Monsalve. A cidade do departamento de Putumayo está tentando se reerguer da tragédia ocorrida no início do mês, quando lama e detritos soterraram mais de trezentas pessoas. Somente esta semana as escolas foram reabertas.

Em entrevista publicada no site da Conferência Episcopal Colombiana, o vigário geral da diocese de Mocoa, Padre Luis Fernando Carvajal, que coordenou a comissão criada pelo bispo, acrescenta que estão chegando ajudas de todas as partes do país e do exterior e ressalta a importância do trabalho dos quase 80 voluntários que descarregam as ajudas, as distribuem entre a população, visitam as casas e os centros de acolhida. 

(CM)

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