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Sumario del 20/04/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Protomártires do Brasil serão canonizados em 15 de outubro próximo

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu, nesta quinta-feira (20/04), o Consistório Ordinário Público realizado na Sala do Consistório, no Vaticano, em que foram definidas as datas de novas canonizações

Os protomártires do Brasil serão canonizados pelo Papa Francisco, em 15 de outubro próximo, na Basílica de São Pedro.

Os futuros santos são: André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes diocesanos, e Mateus Moreira e seus vinte e sete companheiros leigos, que em 1645, no Rio Grande do Norte, derramaram seu sangue por amor a Cristo. 

Conhecidos como mártires de Cunhaú e Uruaçu foram beatificados no ano 2000

Em 16 de julho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis estavam participando da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama (RN). 

Em 03 de outubro de 1645, três meses depois, houve o massacre de Uruaçú. Padre Ambrósio Francisco Ferro foi torturado e o camponês Mateus Moreira, morto. 

Os invasores calvinistas não admitiam a prática da religião católica.

Na entrevista concedida a Cristiane Murray, o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, fala sobre o exemplo que os protomártires dão hoje para a humanidade.   

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Jacinta e Francisco serão canonizados em 13 de maio em Fátima

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Cidade do Vaticano (RV) - Jacinta e Francisco Marto, os dois pastorzinhos que tiveram visões de Nossa Senhora, serão canonizados pelo Papa Francisco em Fátima, em 13 de maio. 

A confirmação deu-se na manhã desta quinta-feira (20/04) durante o Consistório Ordinário Público, presidido pelo Santo Padre no Vaticano. Serão as primeiras crianças não-mártires a serem proclamadas Santas. Na mesma data, há 17 anos, os dois irmãos eram beatificados por João Paulo II.

Jacinta e Francisco Marto, os dois irmãos de apenas nove e dez anos, junto com a prima Lúcia dos Santos, tiveram visões de Nossa Senhora. A primeira vez em 13 de maio de 1917, seguindo-se em todos os dias 13 de cada mês, até chegar ao mês de outubro. Nos "encontros celestiais" Maria deixou mensagens sobre acontecimentos futuros e recomendações aos pequenos, entre estas, a de rezar o Rosário diariamente.

A fama de santidade dos dois pastorzinhos logo após as suas mortes já havia se difundido por todo o mundo. Francisco morreu em 4 de abril de 1919, de febre espanhola. Jacinta, dez meses mais tarde, em 20 de fevereiro de 1920.

Jacinta, após muitos sofrimentos oferecidos pela conversão dos pecadores, morreu sozinha em um hospital de Lisboa, sendo sepultada em Vila Nova de Ourém, o município ao qual pertence o Santuário de Fátima.

De Francisco - chamado de "o consolador" pelo seu desejo de consolar com a oração Nossa Senhora - perdeu-se o local preciso de seu sepultamento. Somente anos mais tarde seus restos mortais foram reconhecidos pelo pai, por um detalhe muito particular, o terço que ele tinha nas mãos.

Em setembro de 1935, o corpo incorrupto de Jacinta foi traslado de Vila Nova de Ourém a Fátima. O corpo foi fotografado e o Bispo de Leiria-Fátima, José Alvez Correia da Silva, enviou uma cópia à Lúcia, que havia se tornado uma Irmã dorotéia. Na ocasião, o prelado pediu a Lúcia que escrevesse tudo o que sabia sobre a vida de Jacinta. Nascia assim a Primeira memória, que ficou pronta no Natal de 1935.

Sucessivamente o bispo pediu que Lúcia escrevesse também suas recordações a respeito de Francisco e os fatos ocorridos em Fátima.

Não fossem estes relatos deixados sobre a breve vida dos dois irmãos, talvez ninguém poderia ter pensado em abrir uma Causa de canonização, mesmo porque naquele tempo ainda não havia sido decretado o reconhecimento de "exercício das virtudes em grau heróico" também para os pequenos.

O pedido para investigar a santidade dos dois foi iniciado pela Diocese de Leiria somente em 1952 e concluída em 1989, com o decreto sobre a prática das virtudes, em consideração à idade das crianças.

O obstáculo, era ainda uma uma questão de fundo debatida no decorrer do século XX, em relação à possibilidade ou não de levar em consideração duas crianças como candidatos à canonização. Questão que foi resolvida em 1981 por meio de um um documento emitido com este propósito pela Congregação da Causa dos Santos.

O milagre atribuído à intercessão das duas crianças, e que levou à beatificação, foi reconhecido em 1999. Já o que abriu o caminho para a canonização, foi reconhecido em 23 de março passado, e diz respeito a uma criança brasileira, que na época tinha seis anos.

Esta criança estava na casa do avô, brincando com a irmãzinha, quando caiu por acidente de uma janela de cerca sete metros de altura, sofrendo um grave traumatismo crânio-encefálico, com a perda de material cerebral.

Levada ao hospital em coma, foi operada. Caso sobrevivesse, viveria em estado vegetativo ou, no máximo, com graves deficiências cognitivas.

Milagrosamente, após três dias, a criança recebeu alta, não sendo constatado nenhum dano neurológico ou cognitivo.

Em 2 de fevereiro de 2007, uma equipe médica deu parecer positivo unânime sobre o caso, como "cura inexplicável do ponto de vista científico".

No momento do incidente, o pai da criança havia invocado Nossa Senhora de Fátima e os dois pequenos beatos. Na mesma noite, os familiares e uma comunidade de irmãs de clausura haviam rezado com insistência, perdindo a intercessão dos pastorzinhos de Fátima. (JE)

 

 

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Papa envia mensagem a encontro sobre Bento XVI na Polônia

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Varsóvia (RV) -  "Que o encontro suscite um renovado compromisso pelo diálogo respeitoso e fecundo entre Estado e Igreja, em vista da construção da civilização do amor". 

Por meio de uma mensagem assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, o Santo Padre enviou sua saudaçao e Bênção Apostólica aos organizadores e participantes do encontro realizado na sede da Conferência Episcopal polonesa em Varsóvia, sobre o tema "O conceito de Estado na perspectiva do ensinamento do Cardeal Joseph Ratzinger - Bento XVI".

Francisco expressou seu apreço pela iniciativa "voltada a reconhecer a benemérita obra de seu amado predecessor".

Bento XVI

Também o Papa emérito enviou uma mensagem, demonstrando "grande e profunda comoção, alegria e gratidão" ao ter tomado conhecimento da iniciativa.

"O tema escolhido - escreveu Ratzinger - leva autoridades estatais e eclesiais a dialogar juntas sobre uma questão essencial para o futuro de nosso continente. O confronto entre concepções radicalmente ateias de Estado e o surgimento de um Estado radicalmente religioso nos movimentos islâmicos, leva o nosso tempo a uma situação explosiva, cujas consequências experimentamos a cada dia".

"Estes radicalismos - observa Bento XVI - exigem urgentemente que desenvolvamos uma concepção convincente de Estado, que sustente o debate sobre estes desafios e que possa superá-los".

O Papa emérito recorda ainda que a partir do último meio século, "com o Bispo-Testemunha Cardeal Wyszynski e o Papa João Paulo II, a Polônia deu à humanidade duas grandes figuras que não somente refletiram sobre tal questão, mas provaram dela o sofrimento e a experiência viva, e neste sentido continuam a indicar o caminho para o futuro".

Ao concluir, Bento XVI concedeu aos participantes sua "bênção paternal ".

Pronunciaram-se entre outros, o Presidente da Fundação Joseph Ratinger-Bento XVI, Padre Federico Lombardi, o Núncio Apostólico na Polônia, o Arcebispo Salvatore Pennacchio e o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Ludwig Müller.

A iniciativa - que teve o patrocínio da Conferência dos bispos poloneses, da Fundação Joseph Ratzinger, do Presidente da República da Polônia e da Agência de informação católica KAI, reuniu na capital polonesa na quarta-feira (19/04) alguns expoentes religiosos do Vaticano e da Polônia, além de autoridades civis da Hungria e Polônia. (JE)

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Papa aos Maristas: o terreno que vocês trabalham e modelam é sagrado

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta quinta-feira (20/04), ao Superior Geral dos Irmãos Maristas, Emili Turú Rofes, por ocasião do bicentenário de fundação da Congregação e do 22º Capítulo Geral que se realizará, em setembro próximo, na Colômbia. 

“A sociedade hoje precisa de pessoas sólidas em seus princípios, que testemunhem o que creem a fim de construir um mundo melhor para todos”, destaca Francisco no texto. 

“Estes dois séculos de vida tornaram-se uma grande história de dedicação a crianças e jovens que vocês acolheram e formaram nos cinco continentes para que se tornassem cidadãos honestos e sobretudo bons cristãos”, sublinha ainda o Santo Padre. 

O Papa ressalta a importância da educação dos jovens, centro da vocação dos Irmãos Maristas, desde a fundação da Congregação dois séculos atrás. “Educar é expressão da bondade e misericórdia de Deus”, frisa Francisco.

O Santo Padre recorda as palavras do fundador dos Maristas, São Marcelino de Champagnat: “A educação é para cada criança o que o cultivo é para a terra. Por melhor que seja o terreno, se não for arado, produz só sarça e erva daninha.”

Segundo o Papa, “a tarefa do educador é uma dedicação constante que requer sacrifício”. “Todavia, a educação é uma questão de coração e isso a torna diferente e sublime. Ser chamados a cultivar exige, primeiramente, cultivar a si mesmos. O educador religioso deve cultivar o seu campo interior, suas reservas humanas e espirituais a fim de sair para semear e cultivar o terreno que lhe foi confiado”, afirma o Papa. 

Francisco sublinha na carta que os Maristas devem estar conscientes de que o terreno que eles trabalham e modelam “é sagrado”, e que eles devem ver “nele o amor e o sigilo de Deus”. 

O Papa encoraja os Maristas a se abrirem “com esperança ao futuro, caminhando com um espírito renovado”. 

“Com dedicação e compromisso, fiéis à missão recebida, contribuam para a obra do Deus que os chama para ser instrumentos simples em suas mãos”, finaliza o Papa.

(MJ)

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Papa a Tawadros II: cristãos são chamados a proclamar juntos Cristo ressuscitado

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Cidade do Vaticano (RV) - “Como servidores da esperança, os cristãos são chamados a proclamar juntos o Cristo ressuscitado através do testemunho alegre de suas vidas e do amor generoso ao próximo. Sabemos que o mundo hoje precisa urgentemente da proclamação desta esperança, a única que não decepciona.” 

É o que escreve o Papa Francisco numa carta de felicitações pascais enviada ao Patriarca copta-ortodoxo, Tawadros II, segundo informações da Agência Sir. 

“Com a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte”, lê-se na missiva entregue ao patriarca pelo Núncio Apostólico no Egito, Dom Bruno Musarò, “cada homem e cada mulher é capaz de olhar para a própria vida com olhos e corações novos, até mesmo em circunstâncias marcadas por tristeza e dificuldade. As trevas, o fracasso e o pecado podem ser superados e tornarem-se o ponto de partida de um novo caminho”, escreve ainda Francisco.
 
“Possa a Páscoa, que este ano os cristãos celebram no mesmo dia, inspirar nas Igrejas o desejo cada vez maior de uma solidariedade mais profunda em proclamar o Evangelho e servir aqueles que passam necessidades”, finaliza o Papa. 

(MJ)

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Santa Sé: defender direitos, liberdade e dignidade dos migrantes

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Nova York (RV) - O Acordo Global sobre Migrações dará à comunidade internacional a oportunidade de respeitar os compromissos assumidos com a adoção da Agenda 2030, o programa para o desenvolvimento sustentável subscrito em 2015 pelos governos de 193 países membros da Onu.

Foi o que ressaltou o observador permanente da Santa Sé junto à Organização das Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento esta terça-feira (18/04) em Nova York num debate internacional centralizado nos fluxos migratórios.

A Agenda 2030 é um sinal de esperança

O núncio apostólico recordou que o Papa Francisco definiu a adoção desta Agenda “um importante sinal de esperança”. A Santa Sé considera que esta esperança se transformará em realidade somente se a Agenda for verdadeiramente, de modo équo e eficaz, aplicada para todos, inclusive os migrantes, explicou o prelado.

É urgente responder às necessidades fundamentais de todos

O arcebispo filipino recordou também que o Santo Padre exortou todos os líderes de governo a adotar medidas imediatas, eficazes e concretas para acabar, o mais rapidamente possível, com o fenômeno da exclusão social e econômica. A impossibilidade de um acesso a uma instrução de qualidade, a falta de oportunidade de trabalho e a ausência de uma assistência de saúde adequada encontram-se entre as causas que levam as pessoas a emigrar.

A instabilidade global determina graves consequências negativas

Essas exigências sem respostas criam base de uma instabilidade global. E são muitas as repercussões negativas provocadas por tal instabilidade. Entre elas, o tráfico de seres humanos, a exploração sexual, formas de escravidão ligadas ao trabalho, a prostituição, o comércio de droga, de armas e o terrorismo. Por isso, o primeiro e principal compromisso deve ser o de responder às exigências fundamentais de todos os povos, disse o representante vaticano.

Cada vez mais preocupante o drama dos menores desacompanhados

Um ulterior âmbito de grave preocupação diz respeito às crianças migrantes desacompanhadas. Antes de alcançar importantes objetivos como a reunificação familiar, deve-se olhar para a origem de tal problemática.

A comunidade internacional se empenhe no sentido de fazer cessar conflitos e violências. Essas são as chagas que levam as pessoas a fazer com que seus filhos emigrem na esperança que possam encontrar as condições para uma vida melhor.

Necessidade de abordagem global para governar fenômeno das migrações

No que tange às migrações, a governança não pode ser relegada a um ministério ou a um único departamento. É preciso uma abordagem global que reflita a natureza integral da pessoa humana, ressaltou Dom Auza num segundo pronunciamento sobre o mesmo tema.

Portanto, é indispensável uma resposta comum para as migrações, que leve em consideração a complexidade de tal fenômeno. É igualmente urgente um esforço coordenado que inclua, além das atividades de governo, também a comunidade política, a sociedade civil, as organizações internacionais e as instituições religiosas.

Ninguém pode eximir-se de defender os direitos

Por fim, o observador permanente da Santa Sé na Onu recordou as palavras do Papa Francisco, em 21 de fevereiro passado, dirigidas aos participantes do Fórum “Migrações e paz”. Naquela ocasião o Pontífice se detivera sobre a situação de milhões de trabalhadores e trabalhadoras migrantes, entre os quais muitos refugiados, indivíduos que solicitaram asilo e vítimas do tráfico de pessoas.

“A defesa de seus direitos inalienáveis, a garantia das liberdades fundamentais e o respeito por sua dignidade – dissera – são tarefas das quais ninguém pode eximir-se.” (RL / AL)

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Fátima: 1806 pedidos de credenciamento para visita do Papa

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Fátima (RV) - Os serviços do Santuário de Fátima já receberam 1806 pedidos de credenciamento para a visita do Papa Francisco. Metade destes, são de sacerdotes que pretendem concelebrar na Missa do dia 13 de maio, presidida pelo Papa Francisco.

De acordo com os dados oficiais, deram entrada 795 pedidos de credenciamento para concelebrantes, dos quais 640 são portugueses e 155 estrangeiros. 

Os credenciamentos para profissionais de Comunicação Social totalizaram 750: 642 são de Portugal e 108 do estrangeiro.

Para a Comunicação Social e para os concelebrantes, o credenciamento pode ser feita até 30 de abril.

Quanto aos peregrinos com necessidades especiais, cuja pré-inscrição terminou a 15 de abril, foram recebidos 257 pedidos de Portugal e quatro de fora do país.

O Papa Francisco preside a 12 e 13 de maio à primeira Peregrinação Internacional Aniversária do Centenário das Aparições.

(Ag. Ecclesiae)

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Igreja no Brasil



"O Papa acompanha o que está acontecendo no Brasil"

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Cidade do Vaticano (RV) – Como confirmado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa Francisco provavelmente não poderá ir ao Brasil em 2017 para participar das celebrações pelos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O Pontífice escreveu diretamente ao Sr. Michel Temer em resposta ao convite do Chefe de Estado, afirmando que “infelizmente não poderá ir porque outros compromissos não lhe permitem”.

O Programa Brasileiro recebeu a visita nesta quarta-feira (19/04) de Mons. André Sampaio, juiz no Tribunal Interdiocesano e de Apelação do Rio de Janeiro e pároco da Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia. Segundo ele, certamente numerosos compromissos internos, como a acolhida de visitas ad Limina de bispos, e também de viagens internacionais já programadas, impedem o Papa de retornar ao nosso país este ano.

Inicialmente, Mons. André explica como estão indo as relações diplomáticas entre o Brasil e a Santa Sé. Ouça aqui: 

 

 

 

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Igreja na América Latina



REPAM leva violações de terras indígenas à ONU em NY

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Nova York (RV) - Entre os dias 22 de abril e 1º de maio, os povos indígenas amazônicos Mosetén (Bolívia), Munduruku e Yanomami (Brasil) e Kukama (Perú) estarão no Fórum Permanente de Assuntos Indígenas das Nações Unidas, em Nova York.

A iniciativa se insere no processo de exigibilidade de Direitos Humanos que a REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica) acompanha, em defesa do território, na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.

A delegação, que conta com a presença de lideranças indígenas, exporá a problemática em outros eventos paralelos ao Fórum, espaços acadêmicos em universidades, grupos de trabalho especializados da sociedade civil e núcleos pastorais, como o Comitê de Assuntos Indígenas, Minning Working Group,  Saint Jonhs University e outros. 

Dom Gustavo Rodríguez, presidente do DEJUSOL, Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano, CELAM, acompanhará a delegação da REPAM.

No mês de março, a REPAM levou outros 4 casos à Comissão Internacional de Direitos Humanos, CIDH, em Washington, onde se constatou a necessidade de elaborar um informe especializado sobre a violação de direitos no território Pan-Amazônico e o acompanhamento e a vigilância dos casos assistidos pela Igreja, através da REPAM. 

(CM)

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Bispos venezuelanos pedem respeito pelos direitos civis

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Caracas (RV) - Antes dos protestos realizados na quarta-feira em toda a Venezuela, a Presidência da Conferência Episcopal Venezuelana havia dirigido uma mensagem a todos os venezuelanos, pedindo para rechaçarem qualquer manifestação violenta, ao mesmo tempo em que pedia o respeito pelos direitos de todos os cidadãos.

Nos protestos realizados nas principais cidades do país na quarta-feira, morreram três manifestantes.

Na mensagem o episcopado recorda que a democracia é caracterizada pelo respeito e pela proteção dos direitos dos cidadãos. E "quando o Estado (ou o Governo) desconhece ou desrespeita estes direitos - alerta - deixa de ser um Estado democrático, perde a legitimidade de sua função, que é a defesa de todos os cidadãos, independentemente de sua ideologia política".

A defesa dos direitos humanos e civis - recorda o comunicado -  não é uma exclusividade do âmbito sócio-político, mas também do religioso. Para os fiéis, "Deus é o autor da vida e seu protetor. O mandamento "Não matarás" é uma defesa da vida".

"A Igreja acompanha e exorta os cidadãos para que (as manifestações) sejam pacíficas", respeitem a vida, a propriedade e o bem comum. "O protesto cívico e pacífico não é um delito - recorda o comunicado. É um direito! Seu controle não pode ser uma repressão desmedida", pois está garantido pela Constituição e amparado pelas leis.

Ao respaldar em todos os seus aspectos as declarações dadas recentemente pelos Cardeais do país, a Conferência Episcopal Venezuelana pede a "todos os cidadãos, aos fiéis em Cristo e aos homens de mulheres de boa vontade, para agirem segundo a reta consciência, os princípios democráticos e as leis do país, assim como exercer o direito à manifestação e protesto público de maneira respeitosa com as pessoas e propriedades e de modo responsável e pacífico".

Também é feita referência à mensagem do Papa Francisco na mensagem Urbi et Orbi no domingo de Páscoa, em que exorta os países da América Latina "à busca de válidas soluções pacíficas diante das controvérsias, para o progresso e a consolidação das instituições democráticas, no pleno respeito do estado de direito".

Por fim, os prelados venezuelanos exigem do Governo, "o respeito pela dignidade das pessoas e o direito de livre expressão de protestos e manifestações pacíficas e democráticas". (JE)

 

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Rede Clamor: 'hospital de campanha' para migrantes e refugiados

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Santo Domingo (RV) – Um “hospital de campanha” para acolher, proteger e curar migrantes, desalojados, refugiados e vítimas do tráfico humano e ajudá-los a integrar-se na comunidade que os acolhe. É a intenção da Rede Clamor (Rede do Grito), novo organismo que reúne realidades da Igreja da América Latina e do Caribe engajadas nos campos das migrações e mobilidade humana.

A Rede foi formalmente criada em encontro em Santiago de Caballeros, República Dominicana, organizado pelo DEJUSOL, Departamento Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).

Durante os trabalhos na República Dominicana, os delegados da Rede Clamor foram até o confim setentrional com o Haiti compartilhar no território a experiência missionária dos religiosos comprometidos na assistência aos milhares de migrantes e desalojados em fuga de situações de pobreza. “Sem dúvida, a Rede é um grande sinal de esperança”, diz Dom Julio César Corniel Amaro, bispo de Puerto Plata e coordenador nacional da pastoral social, para quem este novo organismo “representa a consolidação de linhas concretas para o trabalho: unificar critérios e sentir-se amparados e unidos ao buscar soluções aos problemas que se apresentam”.

A constituição desta Rede foi precedida, em outubro passado, por um documento denominado “Declaração de Honduras”, difundido pelo Conselho Latino-americano de mobilidade humana. “Nós, bispos, sacerdotes diocesanos, religiosos e leigos da América Latina e Caribe estamos preocupados com a grave situação em que são obrigados a viver migrantes refugiados e vítimas do tráfico, principalmente nesta região do mundo. Somos testemunhas da condição de vida de milhões de irmãos e irmãs obrigados a migrar e encontrando muros físicos, religiosos e culturais, ao invés de portas abertas. Situações diante das quais não se pode fechar os olhos”. 

(CM)

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Igreja no Mundo



Bispos poloneses: tristes pela negativa da população em receber imigrantes

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Varsóvia (RV) – O responsável pela imigração do Episcopado Polonês, Dom Krzysztof Zadarko, se diz “profundamente entristecido” pelos últimos estudos que indicam que somente 4% dos poloneses são “decididamente favoráveis” ao acolhimento dos imigrantes provenientes da região do Oriente Médio, que está em guerra. 

A pesquisa do Instituto Polonês do Centro de Análises da Opinião Pública (CBOS) confirma um constante aumento da população contrária à recolocação dos imigrantes que chegam à União Europeia vindos do Oriente Médio e da África, isto é, 74%. De dezembro de 2015 a hoje, o número de poloneses que rejeita os imigrantes daquela região supera firmemente os favoráveis a dar hospitalidade a eles. Todavia, 55% da população polonesa aceitaria os imigrantes ucranianos sem distinções de fé ou etnia.

Dom Zadarko enfatiza que “é necessária uma maior abertura para o próximo em dificuldade”. O prelado observa ainda o quanto seja “inadequado”, na atual situação, a “ajuda in loco” proposta pelo governo polonês como melhor solução para as populações da Síria que, como sublinha Dom Zadarko, “em milhares estão fugindo da guerra”. (AC/Sir)

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Presidente israelense visita Patriarcado Latino de Jerusalém

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Jerusalém (RV) - “É importante conservar e garantir a presença das Igrejas cristãs de Jerusalém”, porque sem elas a cidade santa “perderia o seu caráter universal.”

Foi o que reiterou o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, encontrando o presidente israelense Reuven Rivlin, que esta quarta-feira (19/04) visitou a sede do patriarcado para fazer suas felicitações de Páscoa à comunidade cristã na Terra Santa, representada por vários chefes das Igrejas de Jerusalém.

Terceira visita do presidente às comunidades cristãs

Trata-se da terceira visita do chefe do Estado israelense às comunidades cristãs desde o início de seu mandato, em julho de 2014 – refere o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”. Efetivamente, em 2015, o Presidente Rivlin fizera uma visita surpresa ao patriarcado greco-ortodoxo para as felicitações pascais.

No ano seguinte visitara o patriarcado armênio para saudar os chefes das Igrejas de Jerusalém. Este ano, a sede escolhida foi o patriarcado latino. O encontro foi caracterizado pelos discursos do arcebispo Pizzaballa, do patriarca greco-ortodoxo Teófilo III e do próprio presidente israelense.

Discursos que, um após o outro, ressaltaram o caráter único, sagrado e universal da cidade de Jerusalém para as três religiões monoteístas e para o mundo.

Comunidades cristãs parte integrante da identidade da cidade

Em particular, Dom Pizzaballa reiterou a importância da presença das comunidades cristãs enquanto “parte integrante da identidade da cidade, e sem a qual Jerusalém não mais poderia ser a cidade que é. Sem essa pequena mas bem radicada comunidade, “a casa de oração” para todos os povos (Isaías, 56, 7), que é Jerusalém, perderia o seu caráter universal”.

Conservar e garantir a presença das Igrejas cristãs de Jerusalém

Em seguida, ressaltando a coincidência, este ano, das celebrações da Páscoa cristã com a festa de Pesach – a Páscoa judaica –, o arcebispo Pizzaballa mencionou a “alegre confusão” e os “inevitáveis problemas organizativos”, fazendo um apelo ao presidente israelense:

“Estas cenas pitorescas de vida em Jerusalém são únicas e devem ser preservadas. Sim, é importante conservar e garantir a presença das Igrejas cristãs de Jerusalém, suas comunidades e suas tradições. O fato de, apesar de nossos pequenos números, o senhor ter decidido vir até nós, torna a visita ainda mais apreciada.”

O prelado expressou ainda suas felicitações de Páscoa, recordando o laço entre as celebrações judaica e cristã:

“Páscoa, a ‘libertação do Egito’ para o povo de Israel. Para nós como cristãos, ela tornou-se a imagem da libertação de toda forma de opressão. Para nós esta é a libertação definitiva do poder do pecado e da morte mediante a ressurreição de Jesus.”

Jerusalém, cidade universal

Também o patriarca Teófilo III ressaltou o caráter universal da cidade santa, “mosaico religioso e étnico em que coexistem, lado a lado, antigas tradições”. Todavia, “esta mensagem profunda de convivência é usurpada pela soberba, pela arrogância e pela violência” de quem “quer arrogar o lugar de Deus”. E endossando as palavras de Dom Pizzaballa, deplorou a violência que persiste na região, em particular, no Egito contra a comunidade copta.

Construir juntos um futuro comum

Por sua vez, o Presidente Rivlin expressou seus votos: “Somos todos habitantes de Jerusalém. Juntos podemos construir um futuro comum. Esse é o meu sonho”. Em seguida, condenou e expressou seu pesar aos coptas “atingidos por tão grande brutalidade”, referindo-se ao ocorrido antes da Páscoa e ainda mais recentemente no Sinai, no mosteiro de Santa Catarina. (RL)

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Atualidades



Al-Azhar rechaça acusações de filo-extremismo

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Cairo (RV) – A Universidade de Al-Azhar - o mais prestigiado centro acadêmico do Islã sunita - rechaça com veemência as críticas e ataques recebidos nos últimos dias por parte de políticos e intelectuais egípcios, que apontam o dedo contra os programas curriculares de seus cursos, acusados de proximidade com as aberrantes ideologias adotadas pelo terrorismo jihadista.

Por meio de um comunicado oficial - divulgado na terça-feira, 18 de abril - o Conselho Supremo dos Estudiosos de Al-Azhar deixou claro que "a Sharià proíbe todo ataque contra seres humanos, independente de sua religião e credo", reiterando que o Islã exorta os muçulmanos também a proteger todos os lugares de culto e a tratar com benevolência os não-muçulmanos.

Em relação às acusações que dizem respeito aos programas de ensino da Universidade sunita, o comunicado dos "sábios" ressalta que "os currículos de Al-Azhar são os únicos que ensinam de maneira apropriada o Islã que favorece a paz e a convivência pacífica entre muçulmanos e não-muçulmanos, como testemunham milhares de diplomatas que foram e são advogados de paz e fraternidade".

Apresentar o ensino dado em Al-Azhar como um incentivo ao terrorismo - lê-se no comunicado  enviado à Agência Fides - representa uma "desfiguração da história do Egito e uma traição das consciências dos egípcios".

A declaração dos estudiosos de Al-Azhar suscitou ulteriores críticas por parte de intelectuais, como o escritor Khaled Montasser, que definiu o pronunciamento como "o último prego do caixão do estado de direito no Egito".

O intelectual copta Naguib Gabriel - por sua vez -  líder da União Egípcia para os Direitos Humanos, recordou que o problema dos programas curriculares não diz respeito somente ao que é ensinado em Al Azhar, mas também os livros e os cursos para o estudo da língua árabe, que obrigam mesmo os estudantes não-muçulmanos a decorar os versículos do Alcorão e os Hadith (frases) do Profeta Maomé.

Em resposta à série de críticas recebidas, a Universidade de al-Azhar, nos últimos dias, intensificou seus pronunciamentos de condenação das violências contra os cristãos no Egito, enquanto se aproxima a data da Conferência Internacional da Paz a ter lugar na própria universidade, no Cairo, em 28 de abril, e que terá a participação do Papa Francisco e do Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I.

(Fides/je)

 

 

 

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Nepal: Catedral da Assunção atacada em Katmandú

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Katmandú (RV) - Um grupo de desconhecidos atacou a Catedral da Assunção, em Katmandú, Nepal, no dia 18 de abril.

Segundo informou à Rádio Vaticano o Pároco, Padre Ignatius Rai, os vândalos entraram nas dependências da Catedral, ateando fogo em uma parte lateral do templo e na casa paroquial.

"Isso é chocante. A comunidade cristã local agora está vivendo sob ameaças", deplorou o sacerdote.

Os cristãos "estão em pânico", afirmou por sua vez o Padre Silas Bogati, que já serviu na Catedral. "Ninguém sabe se o motivo do ataque é alguma rixa pessoal ou ódio por parte de alguma organização".

A Catedral de Katmandú, por sua vez, publicou um comunicado onde condena o ataque e pede às autoridades a investigação do ocorrido. Na nota, também é pedido que não se permita "que nenhum tipo de ataque quebre a harmonia religiosa vivida no país".

Este foi o segundo ataque contra o templo católico. Em 2009 uma bomba explodiu, provando três mortes e deixando 15 feridos, entre os quais uma criança.

A polícia prendeu em 2010 o líder do grupo extremista hinduísta "Exército de Defesa do Nepal", Ram Prasad Mainali, ligado ao atentado.

O Nepal tem 28 milhões de habitantes, 81% deles professa o hinduísmo, enquanto apenas 1% da população é cristã, ou seja, cerca de 300 mil habitantes.

A primeira igreja católica no país foi construída em 1991, depois da promulgação da nova Constituição, que permitiu a liberdade religiosa, restringindo porém a possibilidade de tentativas de conversão pata outra religião. (JE/Aica)

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Migrantes do Mediterrâneo ganham fôlego com o Telefone de Alarme

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Cidade do Vaticano (RV) – Um tipo de central telefônica, com sede na Alemanha, está há seis meses ajudando a coordenar todas as ligações recebidas pelas embarcações do Mediterrâneo com pedidos de emergência. O projeto chamado “Alarm phone” (o Telefone de Alarme) não é um número de resgate, mas um contato de alarme para apoiar operações do gênero. O serviço oferece uma maior mobilização - e em tempo real - do SOS feito pelos tripulantes de barcos afetados no mar.

A linha direta emergencial para suporte a migrantes e refugiados em perigo no mar está ativa graças a um grupo de 30 pessoas que falam a mesma língua de quem faz a ligação. Os voluntários, que fazem parte de redes independentes de solidariedade, estão espalhados pelos países europeus, classificando os pedidos de ajuda para a Guarda Costeira da Itália e de Malta e também recolhendo informações para fazer o trabalho de amparo legal, sensibilização e denúncia.

O Telefone de Alarme está envolvido ativamente nas três regiões pelas quais os migrantes e refugiados tentam atravessar para chegar à União Europeia: o Mar Egeu (entre a Grécia e a Turquia), o Mediterrâneo Central (entre a Líbia/Tunísia e Itália) e o Mar Mediterrâneo do Oeste (entre o Marrocos e a Espanha). Segundo a agência de notícias Sir, porém, o último dossiê sobre o tema documenta um “bloqueio dos migrantes” por parte da Europa em alguns países africanos, que causa uma série de violações aos direitos humanos.  

O Padre Mussie Zerai é um dos promotores do Telefone de Alarme. Em entrevista à Sir, ele comentou que “os fluxos não param e, por isso, a resposta não é a repressão, muros, fechamentos e arame farpado. Aquilo que a Europa não quer entender é que é preciso ir até a raiz do problema: lá onde há conflitos, injustiças, violações de direitos é que precisa de soluções”.

O Pe. Zerai acrescenta que, “invés de gastar milhões e bilhões em mecanismos de defesa, gastemos para criar contextos de vida digna, de segurança nos países de origem e nos países vizinhos que já acolhem centenas de milhares de refugiados”. O Telefone de Alarme, segundo o próprio site oficial, explica que o projeto visa “criar um espaço Mediterrâneo de solidariedade mútua com fronteiras abertas para todas as pessoas”. (AC) 

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Busto impresso em 3D de São Valentim será doado à paróquia no sul do Brasil

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São Valentim do Sul (RV) – A paróquia da pequena comunidade de São Valentim do Sul, a 160 km de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está se preparando para receber um busto do santo que dá nome à cidade, impresso em 3D, colorido.

A imagem em três dimensões do rosto de São Valentim foi digitalmente reconstruída a partir do crânio do santo - que se encontra na Igreja de Santa Maria de Cosmedin, em Roma. O trabalho de reconstrução facial foi realizado por uma equipe brasileira, liderada pelo designer gráfico de Chapecó/SC, Cícero Moraes, que já reconstruiu a face de 10 santos e beatos católicos de diferentes partes do mundo.

Com a reconstrução finalizada, já é tradição da equipe fazer uma doação à paróquia que leve o nome do santo, como aconteceu com outros projetos: o busto de Santo Antônio de Pádua foi doado à basílica da cidade italiana e, o de Madre Paulina, às paróquias brasileiras de Nova Trento e São Paulo.

No próximo dia 29 de abril, o busto em 3D de São Valentim, trabalho divulgado mundialmente em fevereiro deste ano, será recebido na cidade gaúcha de 2 mil habitantes, com missa presidida pelo Padre Helio Marsiglio. A paróquia de São Valentim do Sul vai ceder um espaço para abrigar o busto em 3D do santo, que ficará protegido por uma redoma de vidro para que os fiéis possam apreciar a peça.

Atualmente, a equipe, que recebe apoio de instituições públicas e privadas, trabalha na reconstrução facial de quatro santos da América do Sul, 2 deles ainda mantidos em sigilo por Cícero.

Confira a reportagem completa de Andressa Collet aqui:  

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