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Sumario del 05/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: não aos rígidos de vida dupla, na Igreja é necessária a mansidão

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Cidade do Vaticano (RV) – Também hoje, na Igreja, existem pessoas que usam a rigidez para encobrir os próprios pecados. Esta foi a advertência que o Papa Francisco fez na homilia da missa celebrada esta sexta-feira (05/05) na capela da Casa Santa Marta. 

Comentando a Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, o Pontífice falou sobre a figura de São Paulo que, de rígido perseguidor, se tornou manso e paciente anunciador do Evangelho.

“A primeira vez que aparece o nome de Saulo – observou Francisco – é na lapidação de Estevão”. Saulo era um “jovem, rígido, idealista” e estava “convencido” da rigidez da Lei.

Não aos rígidos de vida dupla

Era rígido, comentou o Papa, mas “era honesto”. Ao invés, Jesus “teve que condenar os rígidos que não eram honestos”:

“São os rígidos de vida dupla: se mostram belos, honestos, mas quando ninguém os vê, fazem coisas feias. Ao invés, este jovem era honesto: acreditava nisso. Quando falo disso, penso em muitos jovens que caíram na tentação da rigidez, hoje, na Igreja. Alguns são honestos, são bons, devemos rezar para que o Senhor os ajude a crescer no caminho da mansidão”.

Francisco prosseguiu dizendo que outras pessoas “usa a rigidez para encobrir as fraquezas, pecados, doenças de personalidade e usam a rigidez” para se afirmar sobre os outros. O Papa observou que Saulo, crescido nesta rigidez, não pode tolerar aquela que para ele é uma heresia e, assim, começa a perseguir os cristãos. “Pelo menos – comenta o Pontífice com amargura – deixava as crianças vivas: hoje, nem isso”.

Saulo então vai a Damasco para capturar os cristãos e conduzi-los prisioneiros a Jerusalém. E no caminho há o encontro “com outro homem que fala com uma linguagem de mansidão: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’”.

De perseguidor, São Paulo se torna evangelizador

A criança, disse, “o rapaz rígido, que se fez homem rígido – mas honesto! – se fez criança e se deixou conduzir para onde o Senhor o chamou. A força da mansidão do Senhor”. Saulo se torna então Paulo, anuncia o Senhor até o fim e sofre por Ele:

“E assim, este homem da própria experiência prega aos outros, de uma parte a outra: perseguido, com muitos problemas, inclusive na Igreja, também teve que sofrer com o fato que os próprios cristãos brigassem entre si. Mas ele, que tinha perseguido o Senhor com o zelo da Lei, dirá aos cristãos: ‘Com o mesmo que se afastaram do Senhor, pecaram, com a mente, com o corpo, com tudo, com os mesmos membros agora sejam perfeitos, deem glória a Deus’”.

Que os rígidos sigam o caminho da mansidão de Jesus

“Existe o diálogo entre a suficiência, a rigidez e a mansidão”, disse o Papa. “O diálogo entre um homem honesto e Jesus que lhe fala com doçura”. E assim, destacou, “começa a história deste homem que conhecemos ainda jovem, na lapidação de Estevão, e que acabará traído por um cristão”. Para alguns, a vida de São Paulo “é uma falência”, assim como aquela de Jesus:

“Este é o caminho do cristão: ir avante pelos vestígios que Jesus deixou, vestígios da pregação, do sofrimento, da Cruz, da ressurreição. Peçamos a Saulo, hoje, de modo especial pelos rígidos que existem na Igreja; pelos rígidos-honestos como ele, que têm zelo, mas erram. E pelos rígidos hipócritas, os de vida dupla, aqueles aos quais Jesus dizia: ‘Façam o que dizem, mas não o que fazem’. Hoje, rezemos pelos rígidos”.

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Papa a seminaristas romenos: "Preservar e memória e cultivar a esperança"

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Cidade do Vaticano (RV) – No final da manhã de sexta-feira (05/05) o Papa recebeu em audiência um grupo de 40 alunos do Colégio Pio Romeno de Roma.

 

A instituição, que hospeda futuros sacerdotes da Igreja greco-católica romena, está completando 80 anos de fundação. Discursando, Francisco apontou dois auspícios para os alunos: preservar a memória e cultivar a esperança.

O Colégio tem um passado de provações, pois depois de um período de desenvolvimento para as comunidades católicas orientais, sofreu com a perseguição ateísta: uma história de grandes testemunhas da fé e de invernos rígidos, mas que nos últimos anos, renasceu com primaveras florescentes e novos desafios. Neste sentido, o Papa encorajou os estudantes:

Preservar a memória não para ficar ancorados no passado, mas para viver as vicissitudes de cada época com uma memória evangélica viva, que permanece sempre aberta à ação do Espírito. Reforçando a sua memória eclesial, vocês poderão resistir á tentação perigosa de se acomodar na mediocridade, onde tudo caminha sem estímulos e sem ardor; e aonde acaba-se por ser apegados ao próprio tempo, às próprias seguranças e ao próprio bem-estar. Que o seu Colégio seja sempre mais uma ‘academia’ na qual treinar para doar a vida com disponibilidade. Preservar a memória não è simplesmente recordar o passado, mas colocar as bases para um futuro de esperança”.

O segundo voto do Papa para os futuros sacerdotes é que ‘cultivem a esperança’. Segundo Francisco, há muita necessidade de alimentar a esperança cristã, aquela que doa um novo olhar, capaz de descobrir e ver o bem, inclusive quando está obscurecido pelo mal.

“Que o Espírito Santo suscite em vocês também o desejo de procurar e promover, com o coração purificado, o caminho da concórdia e da unidade entre todos os cristãos”, completou.

Antes de se despedir e saudar a delegação, o Papa cumprimentou também os estudantes do Pontifício Colégio Sant’Efrem, acolhidos pela comunidade romena. Francisco se demonstrou solidário com estes fiéis, obrigados a abandonar suas casas em fuga de violência e sofrimentos, e quis lhe enviar o seu abraço especial.

(CM)

 

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Papa em Fátima, “com Maria, peregrino na esperança e na paz”

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Cidade do Vaticano (RV) – A viagem do Papa a Fátima nos dias 12 e 13 de maio será uma “peregrinação”. Os detalhes desta que será a 19ª viagem internacional de seu Pontificado foram apresentados na manhã desta sexta-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo seu Diretor, Greg Burke. 

“Com Maria, peregrino na esperança e na paz”. Este é o lema da Viagem Apostólica do Santo Padre, que pela primeira vez estará em no Santuário de Fátima em Portugal, precisamente cem anos após as aparições de Nossa Senhora aos três pastorzinhos na Cova da Iria.

Francisco visitará o Santuário português 50 anos após a viagem do Papa Paulo VI – o primeiro Pontífice a peregrinar àquele Santuário mariano e no sulco das três viagens de São João Paulo II – 1982, 1991 e 2000 – e mais recentemente de Bento XVI, em 2010.

A peregrinação do Papa Francisco atende ao convite do Presidente da República e dos bispos portugueses, em pleno mês mariano. Na ocasião o Papa canonizará Francisco e Jacinta Marto, que junto com Lúcia dos Santos, presenciaram as aparições de Nossa Senhora entre maio e outubro de 1917.

Francisco chegará no Santuário mariano de helicóptero, na tarde de 12 de maio, saído diretamente da Base Militar de Monte Real, distante 40 km de Fátima, onde aterrissará o avião proveniente de Roma e onde terá um encontro privado com o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

Assim que chegar em Fátima, o Papa irá à Capela das Aparições onde, após um momento de oração privada, pronunciará o primeiro dos quatro discursos previstos em terras lusitanas, todos em português.

Após o jantar, o Papa retornará à Capela para a cerimônia da Bênção das Velas e a recitação do Terço. O dia se concluirá com a celebração, às 22 horas, na Basílica de Fátima, de uma Vigília de Oração presidida pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin.

Na manhã do dia 13 de maio, o Papa Francisco – após um encontro com o Primeiro Ministro português – presidirá às 10 horas a Santa Missa com a canonização de Francisco e Jacinta Marto, na área diante do Santuário que tem a capacidade para acolher 600 mil fiéis. Após a celebração, o Santo Padre abençoará um grupo de enfermos.

Após o almoço com os bispos portugueses e o séquito, terá lugar a cerimônia de despedida, na presença do Presidente português, na Base Aérea de Monte Real, de onde o avião com o Papa retornará a Roma.

(FC/JE)

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Base Aérea de Monte Real prepara-se para receber Francisco

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Lisboa (RV) – Os militares da Base Aérea de Monte Real estão ultimando os preparativos para receber o Papa Francisco no dia 12 de maio. É a primeira vez que Bergoglio estará em terras portuguesas.

Em entrevista à Agência Ecclesia, o Coronel João Caldas, Comandante da Base Aérea nº 5 - como é designada – diz que será “um dia muito especial para todos” os que ali trabalham, para os que “integram as fileiras da Força Aérea”, respetivas famílias e também “para os católicos portugueses” de um modo geral.

No campo pessoal, o Comandante considera a ida do Papa também um marco para a sua carreira, para a missão que assume na Base Aérea de Monte Real desde 2015 e para a sua fé.

“Rezamos muito para que isto fosse uma realidade”, enfatiza o militar.

De acordo com o programa divulgado pela Santa Sé, a chegada do Papa a Monte Real está prevista para as 16h20 do dia 12 de maio.

Francisco vai a Portugal como peregrino, no âmbito da comemoração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima (1917 – 2017) e irá também presidir à canonização dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, no dia 13 de maio.

Esta é a terceira vez que um Papa escolhe aterrisar na Base Aérea de Monte Real, depois de Paulo VI em 1967 e de São João Paulo II, em 1991.

A unidade militar conserva vários sinais da passagem dos referidos pontífices, nomeadamente um relógio de sol com duas placas alusivas ao momento, um cálice e uma patena oferecidos por Paulo VI e uma cruz de madeira dada por João Paulo II.

Localizada a cerca de 40 quilômetros de Fátima, a Base Aérea nº 5 é a ‘casa’ dos caças F16 responsáveis pela proteção do espaço aéreo português.

No dia 12 de maio, há a possibilidade da aeronave que transporta Francisco ser escoltada por uma coluna de F16.

“Sendo Sua Santidade um Chefe de Estado, irá ter as mesmas honras que outros Chefes de Estado, com as particularidades da sua vinda. Poderá acontecer o acompanhamento, tanto à chegada como à saída, por uma parada de F16”, admite o coronel João Caldas.

A ideia será “dar as boas-vindas” ao Papa “logo na fronteira” de Portugal e depois trazer a aeronave até aos nossos domínios”.

Em preparação está um presente especial a ser oferecido a Francisco, mas seu conteúdo mantido em segredo.

Algo que já está definido é a formação de “um cordão humano” tanto no dia 12 como no dia 13, no acolhimento e na despedida de Francisco, envolvendo “militares e funcionários civis, com respetivas famílias”.

A exemplo dos Papas Paulo VI e João Paulo II, o Papa argentino vai marcar a chegada em Monte Real, e já depois das cerimônias protocolares e de uma breve audiência com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, com uma ida à capela da Base Militar.

Francisco irá rezar diante da imagem de Nossa Senhora do Ar, Padroeira da Força Aérea, durante cerca de “15, 20 minutos”, adianta o capelão da unidade, o Padre Manuel Silva.

“É curioso o Papa Francisco pedir recolher-se também nesta capela em silêncio, para um momento de oração, e nós vamos rezar com ele”, aponta o sacerdote.

Para marcar a presença do Papa na Base Aérea de Monte Real, vai ser distribuída por todos os militares e civis uma dezena com o nome de Francisco, com a data e a designação da unidade; também uma pulseira com uma cruz e uma medalha alusiva ao Centenário de Fátima, cunhada pelas Monjas de Belém.

(Agência Ecclesiae)

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Papa Francisco recebe convite para visitar o Líbano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência esta sexta-feira (05/05) o Patriarca maronita Bechara Boutros Rai.

O Patriarca veio a Roma para participar da Plenária da Secretaria para a Comunicação, que se conclui esta sexta. Antes de embarcar, no aeroporto de Beiture, Boutros Rai comunicou aos jornalistas que entregará ao Papa Francisco um convite oficial para visitar o Líbano em nome de todos os Patriarcas e Bispos católicos presentes no País dos Cedros.

Em junho de 2016, o sacerdote maronita Rouphael Zgheib, Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Líbano, perguntou ao Pontífice quando realizaria uma visita apostólica ao país do Oriente Médio. Na ocasião, o Papa Francisco respondeu com outra pergunta: “E vocês, libaneses, quando elegerão um novo Presidente?”.

A vacância presidencial no País dos Cedros durou quase dois anos e meio, e os protocolos diplomáticos vaticanos excluem viagens papais a nações que vivem uma semelhante paralisação institucional.

Já 31 de outubro de 2016, o Líbano escolheu como novo Presidente o ex-general Michel Aoun, cristão maronita. O Presidente Aoun foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano em 16 de março passado. Depois do encontro com o Bispo de Roma, Aoun escreveu em sua conta no twitter que o Papa tinha expresso a sua vontade de visitar o Líbano, garantindo a sua constante oração pelo país. (BF/Agência Fides)

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Paulo VI, o primeiro Papa peregrino em Fátima

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Lisboa (RV) - Portugal entrou na rota das visitas apostólicas na quinta viagem de Paulo VI, por ocasião do 50º aniversário das aparições marianas na Cova da Iria.

Paulo VI quis ir pessoalmente a Fátima, como peregrino, em 13 de maio de 1967, apesar das tensões diplomáticas por causa da viagem do Papa italiano ao Congresso Eucarístico em Bombaim, em 1964, já depois de a Índia ter anexado Goa, Damão e Diu.

Paulo VI decidiu que o avião que o transportava desde Roma não aterrisaria em Lisboa, mas em Monte Real, ficando alojado na então Diocese de Leiria (hoje Leiria-Fátima).

Além da homilia na Missa do 13 de maio, Paulo VI fez outros seis pronunciamentos.

A viagem foi anunciada na Audiência Geral de 3 de maio de 1967 e apresentada como uma “peregrinação para honrar Maria Santíssima e invocar a sua intercessão em favor da paz da Igreja e do mundo”.

A peregrinação “rapidíssima” tinha um caráter “totalmente privado”, explicou o Papa italiano aos fiéis reunidos no Vaticano.

Em Fátima, Paulo VI recordou que foram as crianças e os pobres os primeiros destinatários da mensagem de Fátima e, na sua homilia, deixou uma referência aos regimes ateus, “países em que a liberdade religiosa está praticamente suprimida e onde se promove a negação de Deus, como se esta representasse a verdade dos tempos novos e a libertação dos povos”.

O Papa levou à Cova da Iria a sua preocupação com um mundo em perigo por causa da corrida às armas e da fome.

“Por este motivo, viemos nós aos pés da Rainha da paz a pedir-lhe a paz, dom que só Deus pode dar”, rezou.

Já na despedida, Paulo VI explicava que se apresentou em Portugal como peregrino “para rezar humilde e fervorosamente pela paz da Igreja e pela paz do mundo”.

“Maria Santíssima que, nesta terra abençoada, desde há cinquenta anos, se tem mostrado tão generosa para com todos aqueles que a Ela recorrem com devoção, digne-se ouvir a nossa ardente prece, concedendo à Igreja aquela renovação espiritual que o Concilio Ecumênico Vaticano II teve em vista empreender e à humanidade, aquela paz de que ela hoje se mostra tão desejosa e necessitada”, pediu.

As referências a Fátima neste Pontificado tiveram um momento particularmente relevante em 13 de novembro de 19164, na conclusão da III sessão do Concílio Vaticano II.

Paulo VI anunciou então a decisão de enviar a Rosa de Ouro ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima: “Tão caro não só ao povo da nobre nação portuguesa —  sempre, porém hoje particularmente, a nós caro — como também conhecido e venerado pelos fiéis de todo o mundo católico”.

A entrega ao Santuário foi feita a 13 de maio de 1965 pelo cardeal Fernando Cento, legado do Papa.

(Agência Ecclesia)

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Juramento de 40 novos recrutas da Guarda Suíça

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Cidade do Vaticano (RV) –  Quarenta novos recrutas da Guarda Suíça Pontifícia prestarão juramento este sábado, no Pátio São Damaso. 

A data recorda a morte de 147 guardas caídos na defesa do Pontífice, durante o Saque de Roma de 1527.

Este grupo de recrutas participou de um novo modelo de formação adaptado às exigências dos tempos atuais, que incluiu o treinamento durante um mês no Centro de Treinamentos da Polícia do Cantão suíço de Ticino, em Isone, antes do curso realizado no Vaticano.

A cerimônia será presidida por Monsenhor Paolo Borgia, assessor para a Secretaria de Estado. Representando as autoridades suíças, estará presente a Presidente da Confederação Helvética Doris Laufhard e o Presidente do Conselho dos Estados, Ivo Bischofberger

Também tomarão parte na cerimônia uma delegação do Governo do Cantão de Obwald, guiada pelo Presidente Franz Enderli e pelo Presidente da Conferência Episcopal, Dom Charles Morerod.

O juramento será precedido por uma concelebração Eucarística presidida pelo Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, no altar da cátedra da Basílica de São Pedro. A celebração terá início às 7 horas e será animada pelo grupo musical Jodlerklub Flüeli-Ranft.

Na tarde desta sexta-feira, na Igreja de Santa Maria da Piedade, no Campo Santo Teotônico, serão celebradas as Vésperas. Após, terá lugar a cerimônia de colocação de uma coroa de flores na Praça dos Protomártires romanos, em memória dos 147 guardas mortos em 1527. (JE)

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Igreja no Brasil



Assembleia CNBB: aprovado documento final

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Aparecida (RV) – Concluíram-se nesta manhã de sexta-feira os trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). Neste último dia de atividades tivemos a Santa Missa conclusiva no Santuário, presidida pelo Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Sérgio da Rocha. 

Foi aprovado o texto do documento final sobre o tema central da Assembleia sobre a iniciação à vida cristã, que agora será assumido como um documento oficial da CNBB. O texto do tema central busca corresponder aos desafios pastorais identificados pela Igreja.

Ontem à tarde tivemos a coletiva de imprensa com a Presidência da CNBB: Dom Sergio da Rocha, Presidente; Dom Murilo Krieger, Vice-presidente; e Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral. Foi apresentado um balanço geral da 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil com a participação de cerca de 370 bispos. Apresentada também a nota sobre o Momento Atual com a análise da realidade política e económica.

Mas sobre os trabalhos desses dias em Aparecida nós pedimos um comentário final ao Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.

De Aparecida, SP, para Rádio Vaticano, Silvonei José.

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Aparecida: Assembleia dos Bispos chega ao fim

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Aparecida (RV) – Encerram-se nesta sexta-feira os trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). O último dia de atividades começou com a Santa Missa no Santuário, presidida pelo Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Sérgio da Rocha. 

Com a aprovação do texto do documento final do tema central da Assembleia sobre a iniciação à vida cristã, o texto agora será assumido como um documento oficial da CNBB.

O texto do tema central busca corresponder aos desafios pastorais identificados pela Igreja.

Ontem à tarde tivemos a coletiva de imprensa com a Presidência da CNBB: Dom Sergio da Rocha, Presidente; Dom Murilo Krieger, Vice-presidente; e Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral. Foi apresentado um balanço geral da 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil com a participação de cerca de 370 bispos. Apresentada também a nota sobre o Momento Atual com a análise da realidade política e econômica.

Aprofundado ainda ontem aspectos da Exortação Apostólica pós-sinodal do Papa Francisco, “Amoris Laetitia”, lançada dia 8 de abril de 2016 e a bênção das imagens de Nossa Senhora Aparecida que percorrerão as dioceses e regionais até o encerramento do Ano Nacional Mariano, em outubro.

Mas sobre os trabalhos desses dias em Aparecida nós pedimos um comentário final ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal, Orani Tempesta…

De Aparecida, SP, para Rádio Vaticano, Silvonei José.

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REPAM a todo vapor, com mapeamento e comunicação

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Cidade do Vaticano (RV) – A assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia, Irmã Irene Lopes, cmst, está em Aparecida, levando a Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM, à Assembleia Geral do Episcopado Brasileiro. A RV a entrevistou. Irmã Irene revela as articulações que a REPAM está realizando para se fazer mais presente entre as comunidades e a partir delas, para fora.: 

“Nós nos reunimos com todos os 6 regionais da Amazônia Legal, e apresentamos os avanços da REPAM no Brasil. Uma questão apresentada foi a do mapeamento da Amazônia brasileira e da Pan- Amazônia. A Imã Ivanilda, que está acompanhando o processo, o ilustrou.  Apresentamos também o projeto de comunicação. A Irmã Osnilda é a responsável por esta longa caminhada. Temos uma vontade muito grande que a REPAM apareça e esteja junto do povo e por isso, o projeto da comunicação vai nos ajudar muito a chegar nas bases. Fizemos um projeto pensando um pouco em como chegar nas dioceses, nas comunidades. Para isso, estamos criando uma plataforma para ajudar as dioceses a criarem seus sites e enviar suas notícias. Queremos mostrar ao Brasil e ao mundo o que já está acontecendo na Amazônia e que muitas vezes não aparece hoje”. 

(SP/CM)

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CNBB se posiciona sobre o grave momento nacional

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Aparecida (RV) – A CNBB lançou a Nota Oficial sobre o momento atual, na tarde desta quinta,feira, 04 de maio, no encerramento de sua 55ª Assembleia Geral, do qual participaram cerca de 370 bispos do país. A Assembleia se realizou em Aparecida-SP, de 26 de abril a 5 de maio. Nesta sexta-feira o encerramento do evento.

O GRAVE MOMENTO NACIONAL

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6,33)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB, por ocasião de sua 55ª Assembleia Geral, reunida em Aparecida-SP, de 26 de abril a 5 de maio de 2017, sente-se no dever de, mais uma vez, apresentar à sociedade brasileira suas reflexões e apreensões diante da delicada conjuntura política, econômica e social pela qual vem passando o Brasil. Não compete à Igreja apresentar soluções técnicas para os graves problemas vividos pelo País, mas oferecer ao povo brasileiro a luz do Evangelho para a edificação de “uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação” (Bento XVI - Caritas in Veritate, 9).

O que está acontecendo com o Brasil? Um País perplexo diante de agentes públicos e privados que ignoram a ética e abrem mão dos princípios morais, base indispensável de uma nação que se queira justa e fraterna. O desprezo da ética leva a uma relação promíscua entre interesses públicos e privados, razão primeira dos escândalos da corrupção. Urge, portanto, retomar o caminho da ética como condição indispensável para que o Brasil reconstrua seu tecido social. Só assim a sociedade terá condições de lutar contra seus males mais evidentes: violência contra a pessoa e a vida, contra a família, tráfico de drogas e outros negócios ilícitos, excessos no uso da força policial, corrupção, sonegação fiscal, malversação dos bens públicos, abuso do poder econômico e político, poder discricionário dos meios de comunicação social, crimes ambientais (cf. Documentos da CNBB 50– Ética, Pessoa e Sociedade – n. 130)

O Estado democrático de direito, reconquistado com intensa participação popular após o regime de exceção, corre riscos na medida em que crescem o descrédito e o desencanto com a política e com os Poderes da República cuja prática tem demonstrado enorme distanciamento das aspirações de grande parte da população. É preciso construir uma democracia verdadeiramente participativa. Dessa forma se poderá superar o fisiologismo político que leva a barganhas sem escrúpulos, com graves consequências para o bem do povo brasileiro.

É sempre mais necessária uma profunda reforma do sistema político brasileiro. Com o exercício desfigurado e desacreditado da política, vem a tentação de ignorar os políticos e os governantes, permitindo-lhes decidir os destinos do Brasil a seu bel prazer. Desconsiderar os partidos e desinteressar-se da política favorece a ascensão de “salvadores da pátria” e o surgimento de regimes autocráticos. Aos políticos não é lícito exercer a política de outra forma que não seja para a construção do bem comum. Daí, a necessidade de se abandonar a velha prática do “toma lá, dá cá” como moeda de troca para atender a interesses privados em prejuízo dos interesses públicos.

Intimamente unida à política, a economia globalizada tem sido um verdadeiro suplício para a  maioria da população brasileira, uma vez que dá primazia ao mercado, em detrimento da pessoa humana e ao capital em detrimento do trabalho, quando deveria ser o contrário. Essa economia mata e revela que a raiz da crise é antropológica, por negar a primazia do ser humano sobre o capital (cf. Evangelii Gaudium, 53-57). Em nome da retomada do desenvolvimento, não é justo submeter o Estado ao mercado. Quando é o mercado que governa, o Estado torna-se fraco e acaba submetido a uma perversa lógica financista. Recorde-se, com o Papa Francisco, que “o dinheiro é para servir e não para governar” (Evangelii Gaudium 58).

O desenvolvimento social, critério de legitimação de políticas econômicas, requer políticas públicas que atendam à população, especialmente a que se encontra em situação vulnerável. A insuficiência dessas políticas está entre as causas da exclusão e da violência, que atingem milhões de brasileiros. São catalisadores de violência: a impunidade; os crescentes conflitos na cidade e no campo; o desemprego; a desigualdade social; a desconstrução dos direitos de comunidades tradicionais; a falta de reconhecimento e demarcação dos territórios indígenas e quilombolas; a degradação ambiental; a criminalização de movimentos sociais e populares; a situação deplorável do sistema carcerário. É preocupante, também, a falta de perspectivas de futuro para os jovens. Igualmente desafiador é o crime organizado, presente em diversos âmbitos da sociedade.

Nas cidades, atos de violência espalham terror, vitimam as pessoas e causam danos ao patrimônio público e privado. Ocorridos recentemente, o massacre de trabalhadores rurais no município de Colniza, no Mato Grosso, e o ataque ao povo indígena Gamela, em Viana, no Maranhão, são barbáries que vitimaram os mais pobres. Essas ocorrências exigem imediatas providências das autoridades competentes na apuração e punição dos responsáveis.  

No esforço de superação do grave momento atual, são necessárias reformas, que se legitimam quando obedecem à lógica do diálogo com toda a sociedade, com vistas ao bem comum. Do Judiciário, a quem compete garantir o direito e a justiça para todos, espera-se atuação independente e autônoma, no estrito cumprimento da lei.   Da Mídia espera-se que seja livre, plural e independente, para que se coloque a serviço da verdade.

Não há futuro para uma sociedade na qual se dissolve a verdadeira fraternidade. Por isso, urge a construção de um projeto viável de nação justa, solidária e fraterna. “É necessário procurar uma saída para a sufocante disputa entre a tese neoliberal e a neoestatista (...). A mera atualização de velhas categorias de pensamentos, ou o recurso a sofisticadas técnicas de decisões coletivas, não é suficiente. É necessário buscar caminhos novos inspirados na mensagem de Cristo” (Papa Francisco – Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais – 24 de abril de 2017).

O povo brasileiro tem coragem, fé e esperança. Está em suas mãos defender a dignidade e a liberdade, promover uma cultura de paz para todos, lutar pela justiça e pela causa dos oprimidos e fazer do Brasil uma nação respeitada.

A CNBB está sempre à disposição para colaborar na busca de soluções para o grave momento que vivemos e conclama os católicos e as pessoas de boa vontade a participarem, consciente e ativamente, na construção do Brasil que queremos.

No Ano Nacional Mariano, confiamos o povo brasileiro, com suas angústias, anseios e esperanças, ao coração de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Deus nos abençoe!

Aparecida - SP, 3 de maio de 2017.

Cardeal Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília

Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ

Arcebispo de São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB

 

 

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Igreja na América Latina



Representante da Santa Sede avalia locais para sediar eventos da JMJ no Panamá

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Cidade do Panamá (RV) – Como parte das atividades que marcam o início dos atos da Jornada Mundial da Juventude de 2019, a ser realizada na República do Panamá, o Presidente Juan Carlos Varela recebeu na quinta-feira (4/5) o Comandante da  Gendarmeria do Vaticano, Dr. Domenico Giani.

O representante vaticano está no país, para avaliar possíveis locais que poderão sediar os eventos deste megaencontro internacional.

O mandatário assegurou ao Comandate da Gendarmeria que o Estado panamenho dará todo apoio necessário para garantir o bom êxito da JMJ 2019, especialmente nas áreas de logística, segurança,  proteção civil e saúde.

O Comandate Giani, por sua vez, manifestou ao Presidente o interesse da Santa Sé em coordenar junto aos organizadores e autoridades locais, todos os pormenores do encontro, que reunirá jovens de todo o mundo.

Como parte de sua visita de três dias no Panamá, o Dr. Giani reuniu-se ainda com os responsáveis pelos serviços de segurança do país, para coordenar tudo o que diz respeito ao encontro que se realizará entre os dias 22 e 27 de janeiro de 2019. (JE)

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Equador: encontro com bispos fortalece laços de Presidente eleito com Igreja

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Quito (RV)  - O Presidente eleito do Equador, Lenín Moreno, reuniu-se esta semana em Quito com o Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE) e Arcebispo de Esmeraldas, Dom Eugenio Arellano.

O mandatário reafirmou ao prelado sua vocação em favor do consenso social e seu compromisso em fazer uma administração voltada a impulsionar a unidade nacional e melhorar as condições de vida dos segmentos da população que necessitam de uma orientação prioritária.

O Presidente do episcopado, por sua vez, destacou a vontade de diálogo e a busca pela concórdia de Moreno, que assumirá o cargo em 24 de maio.

Este primeiro encontro serviu para fortalecer os vínculos entre o futuro governo e a Igreja, assim como manifestar o desejo de manter canais abertos de diálogo sobre temas de interesse nacional, no signo do respeito ao trabalho desenvolvido pelo clero e a condição laical do Estado.

No encontro – realizado na casa de campo de Moreno (norte de Quito – também tomou parte o Arcebispo de Quito, Dom Fausto Trávez.

“Acreditamos que o Presidente Lenín tenha a força para curar feridas que se abriram nos últimos tempos e restaurar a união no país. Curar feridas. Não olhar mais ao passado. O passado ficou para trás. Agora o que é o importante é olharmos para frente e o que temos pela frente são tempos e ventos de esperança”, assegurou Dom Arellano em um comunicado divulgado ao final do encontro.

“Unidos conseguiremos muito mais coisas. O diálogo é o maior instrumento de reconciliação. Não neguemos oportunidades a ninguém para dialogar. Não nos deixemos levar pelos preconceitos”, finalizou.

Lenín Morenos assumirá a Presidência do Equador para o período 2017-2021, em 24 de maio próximo.

(JE com informações de Noticias Andes)

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Igreja no Mundo



Mov. Focolares organiza semana ecumênica: juntos em direção à unidade

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Roma (RV) - “A unidade entre as Igrejas necessita de heróis, heróis na fé, heróis diante da história, tem necessidade de heróis na espiritualidade que têm um espírito humilde”, são palavras do Papa Tawadros II, em Alexandria, no Egito, por ocasião da primeira jornada da amizade da Igreja Copta Ortodoxa e a Igreja Católica, realizada em 2015.

Essas palavras encontraram ressonância, no discurso do Papa Francisco, durante a sua recente viagem ao Cairo: “Diante do Senhor, que nos deseja ‘perfeitos na unidade’, não é mais possível esconder-nos nos pretextos de divergências interpretativas e nem mesmo esconder-nos atrás de séculos de história e de tradições que nos distanciaram e nos tornaram desconhecidos”, e invoca a “comunhão já efetiva que cresce a cada dia”, os frutos misteriosos e sempre atuais de “um verdadeiro e real ecumenismo de sangue”, a importância de “um ecumenismo que se constrói na caminhada... Não existe um ecumenismo estático.”

Esta é também a convicção de cristãos de muitas Igrejas, que vivem a espiritualidade da unidade do Focolare, fundamentados em uma experiência que prossegue há décadas.

E na atual corrente ecumênica – na qual, em primeiro lugar, estão os gestos, as palavras e as declarações assinadas por responsáveis das Igrejas, mas, também, iniciativas de cristãos em diversas regiões do globo – se insere a 59ª Semana Ecumênica (Castel Gandolfo, Roma, 9/13 de maio de 2017), que reunirá cerca 700 cristãos e 70 Igrejas e Comunidades Eclesiais, provenientes de 40 países.

Serão dias de partilha, de espiritualidade, de reflexão, de vida comunitária: uma “Mariápolis ecumênica”, como muitos já gostam de denominar tal convivência, que se apresenta como um novo passo no “diálogo da vida” e no “ecumenismo de povo.”

De fato, é no “diálogo da vida” que Chiara Lubich via a contribuição típica da espiritualidade da unidade na plena e visível comunhão entre as Igrejas: é necessário “um povo ecumenicamente preparado”. Tendo conhecimento dos muitos passos ainda a serem dados e no respeito entre todas as Igrejas, se buscará aprofundar o patrimônio comum que já une todos.

O título “Caminhando Juntos. Cristãos em direção à unidade” será aprofundado por meio de um tema central da espiritualidade da unidade: Jesus crucificado e abandonado, o Deus do nosso tempo, fundamento para uma espiritualidade de comunhão. Serão alternados momentos de reflexão, de diálogo e de testemunho de diversos lugares do mundo.

Na caminhada atual, após 500 anos da Reforma de Lutero, entre os vários palestrantes está o bispo Christian Krause, ex-presidente da Federação Luterana mundial, o reverendo Dr. Martin Robra, do Conselho Ecumênico das Igrejas de Genebra, o bispo Brian Farrell, secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares.

Um momento particular está confiado a S. E. Gennadios Zervos, Metropolita da Itália e de Malta, cujo tema é: “50 anos do primeiro encontro de dois protagonistas do diálogo: Patriarca ecumênico Atenágoras I e Chiara Lubich.”

O programa prevê também a participação na audiência geral com o Papa Francisco na Praça São Pedro, a visita às Basílicas São Pedro e São Paulo Fora dos Muros, e a oração comum nas catacumbas de S. Domitila e S. Sebastião.

Esta 59ª Semana Ecumênica deseja ser também expressão do renovado empenho ecumênico dos Focolares expresso na recente Dichiarazione di Ottmaring, que explicita também uma promessa: fazer todo o possível “para que as nossas atividades, iniciativas e reuniões, no âmbito internacional e, especialmente, local, sejam impregnadas desta atitude aberta e fraterna entre os cristãos... confiando a Deus o caminho das nossas Igrejas para que se acelerem os passos em direção à celebração comum no único cálice.”

(Mov. Focolares)

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Dom Pizzaballa: Jerusalém é o problema dos problemas

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Jerusalém (RV) - “Jerusalém é o problema dos problemas que não se resolverá facilmente, pois não é somente uma questão territorial ou de confim, mas também ideal em que o elemento religioso é importante. Sobre esse tema nós cristãos não podemos nos calar.” 

Foi o que disse numa entrevista à Agência Sir, o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, sobre a recente resolução da Unesco em relação a Jerusalém e a aprovação de Hamas sobre a criação de um Estado Palestino entre os confins de 1967. 

“Jerusalém não será somente o resultado de uma negociação entre palestinos e israelenses, judeus e muçulmanos, mas também com os cristãos. Sobre Jerusalém nós cristãos não podemos ficar calados. Jerusalém é também cristã”, disse ele.

Para o administrador apostólico, a escolha de Hamas de aceitar a criação de um Estado palestino entre os confins de 1967 “é uma novidade importante”. “Passar da ideia de destruir Israel a de aceitar os confins do Estado Palestino é importante, mas o caminho ainda é longo. Devemos percorrê-lo e nessa direção todos os passos são úteis. A paz deve ser construída no território, pois é aqui que a situação deve melhorar, caso contrário as pessoas se tornam céticas e distantes”, frisou Dom Pizzaballa.

Não impressiona ao frei capuchinho a declaração do Presidente estadunidense, Donald Trump, depois do encontro com o Presidente Palestino, Abu Mazen, de querer “criar a paz entre israelenses e palestinos. Chegaremos lá”, disse Trump. 

“Todos os presidentes dos Estados Unidos, no início de seus mandatos, dizem sempre a mesma coisa”, comentou Dom Pizzaballa. “A experiência amadurecida em mais de vinte anos aqui no Oriente Médio me diz que devemos ser prudentes ao fazer afirmações entusiasmadas. É preciso ver o território e aqui a situação é muito grave. A greve de fome dos presos palestinos, os assentamentos que aumentam são situações que não mudarão com simples declarações”, concluiu o frei capuchinho. 

(MJ)

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Plenária dos bispos da Romênia: possível visita do Papa ao país

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Bucareste (RV) - A possível visita do Papa Francisco à Romênia e a expectativa para a beatificação dos sete bispos greco-católicos, mártires sob o regime comunista, estiveram no centro da assembleia plenária da Conferência Episcopal Romena (CER), encerrada esta sexta-feira (05/05) em Cluj-Napoca.

A plenária teve a participação dos 15 bispos das 12 dioceses e eparquias da Igreja católica local, do núncio apostólico no país do leste europeu, Dom Miguel Muary Buendía, e o do bispo de Chisinau, na Moldávia, Dom Anton Coşa.

Na agenda, várias iniciativas, projetos pastorais e sociais da Igreja e uma possível visita do Papa

Vários temas da vida da Igreja local, iniciativas e projetos pastorais e sociais estiveram também na agenda dos bispos, reporta a agência Sir. Na quinta-feira os bispos celebraram a missa em rito bizantino-romeno na catedral greco-católica da Transfiguração, e esta sexta, em rito latino, na catedral romeno-católica de São Miguel.

Os trabalhos se concluíram com uma coletiva de imprensa. O Papa foi convidado oficialmente no ano passado a visitar o país. O convite foi feito pelos bispos e também pelo presidente romeno Klaus Werner Johannis, embora o Sínodo da Igreja ortodoxa romena não tenha até então se manifestado a esse propósito.

Ademais, os católicos romenos aguardam a decisão da Santa Sé em relação à causa de beatificação dos bispos greco-católicos Valeriu Traian Frențiu, Iulio Hossu, Alexandru Rusu, Ioan Bălan, Ioan Suciu, Vasile Aftenie e Tit Liviu Chinezu e há que espera que seja o próprio Papa a elevá-los à glória dos altares. (RL)

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Formação



Rio de Janeiro: celebrações do Centenário das Aparições em Fátima

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Cidade do Vaticano (RV) - Portugal receberá a visita do Papa Francisco nos dias 12 e 13 próximos, por ocasião do Centenário das Aparições em Fátima.

Francisco é o quarto pontífice a visitar Fátima, depois de Paulo VI, em 1967, São João Paulo II, em 1982, 1991 e 2000, e pelo Papa emérito Bento XVI, em 2010. 

O Santuário de Nossa Senhora de Fátima nasceu a partir da devoção à Virgem de Fátima. No local onde Nossa Senhora apareceu aos três pastorzinhos foi construída uma capela, hoje conhecida como Capelinha das Aparições, coração do Santuário de Fátima, que será visitada pelo Papa Francisco na tarde do dia 12.
 
Das seis aparições da Virgem Maria, cinco se realizaram neste local de maio a outubro de 1917, onde, por indicação da Senhora, haveria de ser construída uma capela em sua honra. 

No Brasil, são vários os devotos de Nossa Senhora de Fátima. A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima Rainha de Todos os Santos no Rio de Janeiro está promovendo algumas iniciativas para recordar o Centenário das Aparições na Cova da Iria. 

Maria de Lourdes Belarmino conversou com o pároco Pe. Antônio José Afonso da Costa sobre a devoção a Nossa Senhora de Fátima no Rio de Janeiro. 

(MJ/MD)

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Atualidades



Igreja na França convida eleitores à reflexão e discernimento

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Paris (RV) - Os eleitores franceses voltarão às urnas este domingo (07/05) para o segundo turno das eleições presidenciais nas quais escolherão entre Emmanuel Macron – expoente de centro-esquerda – e Marine Le Pen – representante da extrema-direita do “Front National” – quem será o próximo inquilino do Palácio do Eliseu.

Respondendo a algumas perguntas sobre as presidenciais, o arcebispo de Marselha e presidente da Conferência Episcopal Francesa, Dom Georges Pontier, reitera o convite à reflexão e ao discernimento.

A Igreja não toma posição político-partidária

As eleições são uma etapa importante em nossa vida democrática e fazem parte de um processo que deveria garantir a paz social e a unidade da nação, ressalta o prelado. O papel da Igreja é, mais do que nunca, o de não posicionar-se ao lado de um ou de outro candidato, mas de “recordar a todo eleitor aquilo que nossa fé nos chama a levar em consideração”.

Levar em consideração critérios fundamentais

Na entrevista publicada no site da Conferência Episcopal Francesa, Dom Pontier ressalta que é importante levar em consideração critérios fundamentais. Entre estes, o prelado indica o respeito pela dignidade da pessoa humana, o acolhimento ao outro, a importância da família, a necessidade de assegurar a liberdade de consciência, a equânime distribuição dos recursos e o acesso ao trabalho. Nenhum programa, porém, satisfaz todos estes critérios.

A responsabilidade dos pastores

Recordando que “não existe um voto católico”, o presidente dos bispos franceses observa que a riqueza da Igreja encontra-se também nas diferenças de pensamento e de opinião. Mas os bispos devem assegurar a unidade recordando que somente Cristo “é o nosso salvador e a nossa luz”, acrescenta. Todo bispo realiza a sua missão e avalia, em consciência, o que dizer aos católicos da própria diocese. Assume esta responsabilidade, explica o arcebispo de Marselha.

Por fim, o arcebispo francês reitera a importância do voto embora “a tentação da abstenção possa ser entendida como expressão de uma grande insatisfação”. É importante continuar exercendo a própria “responsabilidade cívica”. A responsabilidade do cidadão é grande. Não pode eximir-se. “Temos a sorte de viver numa democracia e a nossa voz conta”, arremata o presidente dos bispos franceses. (RL)

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