Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 08/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: não resistir ao Espírito Santo, acolher surpresas de Deus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a missa matutina, nesta segunda-feira (08/05), na Casa Santa Marta. Em sua homilia, ressaltou que o “Espírito Santo movimenta a Igreja e faz a comunidade cristã se mover”.  

Segundo o Santo Padre, esta verdade nós a encontramos em particular na primeira leitura do dia extraída dos Atos dos Apóstolos. 

O Espírito Santo realiza milagres, coisas novas e “alguns certamente tinham medo dessa novidade da Igreja”: 

“O Espírito é o dom de Deus, desse Deus, nosso Pai, que sempre nos surpreende. O Deus das surpresas. Por que? Porque é um Deus vivo, um Deus que habita em nós, um Deus que move o nosso coração, um Deus que está na Igreja, caminha conosco e neste caminhar nos surpreende sempre. Assim como Ele teve a criatividade de criar o mundo, o Deus que nos surpreende tem a criatividade de criar coisas novas todos os dias.”

Isso pode criar “dificuldade” como acontece a Pedro que foi contestado pelos outros discípulos quando souberam que “também os pagãos tinham acolhido a Palavra de Deus”. Para eles, Pedro tinha exagerado e o repreenderam porque, segundo eles, era um “escândalo”. E disseram a Pedro: “Você, pedra da Igreja! Para aonde quer nos levar?”

Pedro fala de sua visão, “um sinal de Deus” que lhe faz “tomar uma decisão corajosa”. “Pedro, reiterou o Papa, “é capaz de acolher a novidade de Deus”. Diante de muitas surpresas do Senhor, “os Apóstolos devem se reunir, discutir e chegar a um acordo” para dar “o passo adiante que o Senhor deseja”: 

“Sempre, desde os tempos dos profetas até hoje, existe o pecado de resistir ao Espírito Santo: a resistência ao Espírito. Este é o pecado repreendido por Estevão aos membros do Sinédrio: ‘Vocês e seus pais resistiram sempre ao Espírito Santo’. A resistência ao Espírito Santo. Não. Sempre foi feito assim e deve ser feito assim. Não venha com essas novidades, Pedro! Fique tranquilo. Tome um ansiolítico para acalmar os nervos. Fique tranquilo! É o fechar-se para a voz de Deus. O Senhor, no Salmo, fala ao seu povo: ‘Não endureça o seu coração como os seus pais.” 

O Senhor, afirmou o Papa referindo-se ao Evangelho do dia sobre o Bom Pastor, nos pede sempre para não endurecer o nosso coração. “O que o Senhor deseja é que existam outros povos”, outros rebanhos, “mas haverá um só rebanho e um só pastor”. Os que eram julgados pagãos, condenados, quando aceitavam a fé eram considerados “fiéis de segunda categoria: ninguém dizia, mas de fato era assim”: 

“O fechamento, a resistência ao Espírito Santo, aquela frase que fecha sempre, que bloqueia a pessoa: sempre foi feito assim. Isso mata. Isso mata a liberdade, mata a alegria, mata a fidelidade ao Espírito Santo que sempre age na frente fazendo a Igreja progredir. Mas, como eu posso saber se algo é do Espírito Santo ou da mundanidade, do espírito do mundo, ou do espírito do diabo? Como posso? E preciso pedir a graça do discernimento. O instrumento que o Espírito nos dá é o discernimento. Discernir, em todo caso, como se deve fazer. Foi o que fizeram os Apóstolos: se reuniram, falaram e viram qual era o caminho do Espírito Santo. Ao contrário, os que não tinham esse dom ou não tinham rezado pedindo esse dom, permaneceram fechados e inertes.” 

Nós cristãos devemos entre as muitas novidades “saber discernir, discernir uma coisa da outra, discernir qual é a novidade, o vinho novo que vem de Deus, qual é a novidade que vem do espírito do mundo e qual é a novidade que vem do diabo”. 

“A fé nunca muda. A fé é a mesma, porém, em movimento, cresce e se expande”. Recordando um monge dos primeiros séculos, São Vicente de Lerino, o Papa sublinhou que “as verdades da Igreja vão adiante: se consolidam com os anos, se desenvolvem com o tempo, se aprofundam com a idade, para que sejam mais fortes com o tempo, com os anos, se expandam com o tempo e sejam mais elevadas com a idade da Igreja”. 

“Peçamos ao Senhor a graça do discernimento para não errar o caminho e não cair na inércia, na rigidez e no fechamento do coração”, concluiu o Papa. 

(MJ)

inizio pagina

Papa: pastorzinhos de Fátima nos ajudam a acreditar e a amar

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco encerrou sua série de audiências recebendo cerca de 50 membros do Pontifício Colégio Português de Roma.

Em seu discurso, o Pontífice mencionou sua iminente viagem a Fátima, nesta sexta-feira, para os 100 anos das aparições de Nossa Senhora e a canonização dos pastorzinhos

“O encontro com Nossa Senhora foi para eles uma experiência de graça que fez com que se apaixonassem por Jesus. Como tenra e boa Mestra, Maria introduz os videntes no íntimo conhecimento do Amor trinitário e os leva a saborear Deus como a realidade mais bela da existência humana. É isso que desejo a vocês, queridos amigos”, disse Francisco à comunidade do Colégio português.

Concretamente, acrescentou o Papa, vocês são chamados a progredir, sem se cansar, em sua formação cristã e sacerdotal, pastoral e cultural. Qualquer que seja a formação acadêmica, a primeira preocupação deve ser sempre crescer no caminho da consagração sacerdotal, mediante a experiência amorosa de Deus.

Contemplando a humilde e ao mesmo tempo gloriosa vida dos Beatos Francisco e Jacinta e a Serva de Deus Lúcia, nós nos sentimos impulsionados a nos entregar aos cuidados da Mestra. “Deixem-se guiar por Ela”, exortou o Pontífice, pois a relação com Maria nos ajuda a ter um bom relacionamento com a Igreja. Afinal, “as duas são mães”. Aquilo que se pode dizer de Maria, se pode dizer da Igreja e também da nossa alma. Todas as três são femininas, todas as três são Mães e todas as três dão vida. “Um sacerdote que se esquece da Mãe é como se fosse órfão.”

Francisco encerrou seu discurso fazendo votos que a comunidade sacerdotal continue sendo um viveiro de apóstolos. “E rezo a Nossa Senhora de Fátima, para que lhes ensine a acreditar, adorar, esperar e amar como os Beatos Francisco e Jacinta e a Serva de Deus Lúcia. 

inizio pagina

Confira a oração que o Papa fará na Capelinha em Fátima

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O primeiro compromisso público do Papa em sua próxima peregrinação à Fátima será a visita à Capelinha das Aparições, no dia 12 de maio, por volta das 18h45, após a sua chegada à Base Militar.

O Vaticano divulgou segunda-feira (08/05) o missal das celebrações pontifícias da peregrinação apostólica e a oração que ele fará na Capelinha.

Francisco se apresenta como bispo vestido de branco, evocando a Senhora da veste branca no local onde há cem anos mostrou os desígnios da misericórdia do nosso Deus.

“Seremos, na alegria do Evangelho, a Igreja vestida de branco, da alvura branqueada no sangue do Cordeiro derramado ainda em todas as guerras que destroem o mundo em que vivemos”, diz a oração.

O Papa recorda o exemplo dos bem-aventurados Francisco e Jacinta, os pastorzinhos que vai canonizar no dia seguinte, 13 de maio, e de todos os que se confiam à mensagem do Evangelho.

“Percorreremos, assim, todas as rotas, seremos peregrinos de todos os caminhos, derrubaremos todos os muros e venceremos todas as fronteiras, saindo em direção a todas as periferias, aí revelando a justiça e a paz de Deus”, diz a prece, que se conclui com a consagração do Papa a Virgem do Rosário de Fátima.

Na sequência, Francisco deposita seu presente junto à imagem, a Rosa de Ouro, um dom específico dos Pontífices a Santuários marianos

Antes de se retirar para a Casa de Nossa Senhora das Dores, onde passará a noite, Francisco permanece ainda alguns minutos em oração silenciosa na Capelinha.

O Papa retorna às 21h30 para a bênção das velas e ele mesmo acende uma.  Em seguida, Francisco faz uma breve alocução para a introdução dos mistérios do terço, que prossegue conduzido pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin. 

(CM)

inizio pagina

Vaticano: Conferência sobre buracos negros e desafios da cosmologia

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “Buracos Negros, Ondas Gravitacionais e Singularidade do Espaço-Tempo”: esse é o tema da Conferência que se realizará desta terça até a próxima sexta-feira (9 a 12 de maio) na Specola Vaticana, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma.

O evento quer celebrar a herança científica do cosmólogo e sacerdote belga, Mons. Georges Lemaître, considerado o pai da teoria do Big-Bang, ex-diretor da Pontifícia Academia das Ciências de 1960 a 1966, ano de sua morte.

Organizada com a contribuição do Instituto nacional italiano de Astrofísica, a Conferência foi apresentada na manhã desta segunda-feira (08/05) na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo planetologista e diretor do Observatório Astronômico Vaticano (Specola Vaticana), Pe. Guy Consolmagno, e os cosmólogos Pe. Gabriele Gionti, Alfio Bonanno e Fabio Scardigli.

O que aconteceu nos primeiros instantes do Big-Bang, quando a partir de um Átomo originário tudo teria tido início? Qual é o destino último do cosmo? Quais sãos os limites da cosmologia moderna? A Conferência tem como finalidade encorajar um intercâmbio profícuo entre cosmologia teórica e observacional, para entender quais desafios científicos poderão ser explorados no futuro próximo.

Entre cientistas convidados do mundo inteiro encontram-se o Nobel de Física Gerald’t Hoof e Roger Penrose e os cosmólogos George Ellis, Andrei Linde e Joe Silk.

Pe. Consolmagno recordou que a Specola Vaticana “foi fundada em 1891 pelo Papa Leão XIII para mostrar ao mundo que a Igreja apoia a boa ciência. Mas para fazer isso é preciso ter uma boa ciência”, esperando que o encontro desta semana “possa ser um exemplo de ciência verdadeiramente emocionante!” – acrescentou.

O cosmólogo da Specola Vaticana, Pe. Gionti, recordou a genialidade de Pe. Lemaître:

“Em 1927 publicou o famoso artigo no qual mostrava que o aumento do distanciamento entre as galáxias se devia a uma nova cosmologia, que nascia de uma solução das equações da relatividade geral de Albert Einstein, que tinham sido descobertas há pouco tempo. Todavia, ele foi uma pessoa muito modesta e humilde: jamais fez grande publicidade desta sua descoberta, que é fundamental.”

O que aconteceria se caíssemos num buraco negro? Essa é uma das questões mais esperadas para esta Conferência. O cosmólogo do Observatório Astrofísico de Catania – sul da Itália –, Bonanno, respondeu:

“Uma primeira resposta que deixa todos atônitos é a seguinte: ‘Dento de um buraco negro, o espaço torna-se tempo e o tempo torna-se espaço’. Pode parecer uma brincadeira, mas na realidade não é. Esta é a solução matemática, dentro de um buraco negro. Ademais, há outros mistérios matemáticos: parece, a partir da equação de Einstein, que seja possível utilizar os buracos negros para ter uma coleção de universos, um pegado no outro. Ora, a pergunta é: são objetos matemáticos ou têm uma dignidade científica? Esperamos poder dizer algo ou poder intuir algo nestes dias de Conferência na Especola Vaticana.”

Trata-se de uma Conferência que constitui um marco para a cosmologia moderna, ressaltou ainda Bonanno:

“A cosmologia moderna tem grandes ‘monstros’ a serem combatidos, atualmente. De um lado, este objeto estranho que ainda não sabemos decifrar, que é a matéria obscura, razão pela qual os astrônomos observam que deve existir nas galáxias uma matéria adjunta, graças à qual explicar as velocidades radiais, como as galáxias giram, porém, esta matéria adjunta não se vê e não sabemos ainda a sua natureza. Em inglês chama-se dark matter, que constitui cerca de 30% da matéria total do universo. Além disso, temos o problema da dark energy (energia obscura): em 1998, a partir da medida de algumas supernovas de tipo A foi revelado que o universo não somente se expande, mas na realidade acelera, e essa aceleração – que na física é sintoma da presença de uma força que é contrária à gravidade – não sabemos o que venha a ser. Lemaître tinha entendido esse objeto que se chama energia obscura, mas propriamente porque é obscura não sabemos bem de que se trata. Basta pensar que a energia obscura constitui 68-69% da massa de energia total do universo: portanto, estamos diante de um problema substancial para a cosmologia contemporânea.”

Daí, a importância de relançar um diálogo frutuoso na comunidade científica, como explicou o cosmólogo da Scardigli, da Politécnica de Milão:

“A finalidade desta conferência é exatamente a seguinte: buscar – de certo modo – fazer com que dialoguem ou se juntem essas duas grandíssimas construções teóricas da física do Séc. XX, que são de um lado a relatividade geral e de outro a mecânica quântica, que se falam entre si mas talvez – por assim dizer – não se entendam completamente entre si.” (RL/RG)

inizio pagina

Cardeal Sandri: mundo não abandone cristãos perseguidos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A Congregação para as Igrejas Orientais celebrou estes dias seu centenário junto ao do Pontifício Instituto Oriental. O Dicastério encontra-se neste período fortemente empenhado no auxílio às comunidades católicas do Oriente atingidas por guerras e perseguições. Para nos falar sobre este importante aniversário a Rádio Vaticano entrevistou o cardeal prefeito Leonardo Sandri. Eis o que disse: 

Cardeal Leonardo Sandri:- “Com certeza, podemos dizer que este aniversário é muito importante para a vida da Congregação e para o Pontifício Instituto Oriental. É um momento de reflexão sobre a grande importância que as Igrejas orientais católicas têm na Igreja católica de Roma e sobre como cresceu para a Igreja esta consciência de ter uma riqueza que vem dos Apóstolos, das Igrejas apostólicas, e que se traduz na disciplina, na Liturgia, na patrística, na espiritualidade, que são realmente fontes importantíssimas também hoje – como ressaltou em seu tempo o Papa João Paulo II – para enfrentar o nosso caminho face ao ser discípulos de Cristo.”

RV: O senhor disse estes dias que foram dados muitos passos, mas há ainda muitos outros a serem dados...

Cardeal Leonardo Sandri:- “Exatamente, porque essa consciência, não somente da existência, mas da importância destas Igrejas para a vida espiritual da Igreja, significa também que devemos considerar os problemas de hoje como o da emigração de todos aqueles que fogem por causa da guerra, especialmente neste período no Oriente Médio. A perseguição e o exílio fizeram de modo que muitos de nossos irmãos cristãos, católicos, orientais, se deslocassem em nossos países em busca de segurança, paz e uma perspectiva de futuro com mais esperança. Por isso, significa que todo o nosso trabalho deve orientar-se no sentido de ir ao encontro de todas essas necessidades. Nesse sentido temos sempre a colaboração de toda a Igreja latina – bispos, sacerdotes e fiéis – pela qual agradecemos. E esse é o caminho que se encontrará no futuro para as Igrejas orientais, claro, jamais abandonando o Oriente Médio, de tal modo que seja sempre uma presença cristã, não somente de monumentos e de pedras que não falam e que não pensam, mas de pedras vivas que seguem Cristo porque um fator de paz, de equilíbrio para todos esses países. Seremos poucos cristãos, não seremos muitos, mas estaremos sempre a serviço destes países pela reconciliação e pela paz de seus habitantes.”

RV: O que mais se pode pedir à comunidade internacional em favor dos cristãos no Oriente que estão vivendo momentos tão difíceis?

Cardeal Leonardo Sandri:- “A comunidade internacional sempre foi exortada por todos os Papas a buscar e a encontrar a paz. Nesse sentido gostaria de ressaltar todos os apelos do Papa Francisco e também sua última viagem, na qual foi ao Egito, onde convidou justamente à paz e à reconciliação, à defesa da dignidade da pessoa humana e dos valores que são justamente o fundamento de uma convivência possível para todos, evitando sempre a violência, evitando sempre a divisão, o ódio e o terrorismo, e nesse sentido, que nenhuma religião jamais possa ser para ninguém inspiração para a violência e para o ódio. A Igreja faz tudo isso em seu ensinamento nas escolas e em todas as instâncias que se encontram sob seu controle. Os apelos à comunidade internacional são sempre muitíssimos e esperamos que haja essa resposta da parte dela, especialmente dos países que têm mais incidência nesta Região a fim de que logo, o quanto antes, haja paz, segurança na Síria, no Iraque e em todo o Oriente Médio.” (RL)

inizio pagina

Colômbia: Gendarmeria vaticana trata da segurança da visita do Papa ao país

◊  

Bogotá (RV) – Mais de mil policiais à paisana dos órgaõs “ Dijín”  e “Sijí” - especialistas em inteligência -  irão vigiar as ruas por onde passará o Papa Francisco quando de sua visita à Colômbia, em setembro próximo. Um dos pedidos de Bergoglio foi o de não ver armas de fogo em seu trajeto.

Depois do primeiro encontro realizado na última sexta-feira entre membros da segurança do Vaticano e da Polícia da Colômbia, as autoridades compreenderam a modalidade de segurança adequada às exigências do Papa Francisco, que não quer impedimentos na sua proximidade com os fiéis colombianos, durante seus deslocamentos pelas quatro cidades do país que irá visitar.

O encontro, que durou duas horas, foi realizado no Clube dos Oficiais e contou com a presença do Inspetor Geral da Gendarmeria da Cidade do Vaticano  e membro da escolta do Papa Francisco, Dr. Domenico Giani, e do General Jorge Hernando Nieto, Diretor Nacional da Polícia.

“Francisco não quer ver armas perto dele” disse o Dr. Domenico Giani às autoridades colombianas, segundo informou a “Caracol Radio”.

O Papa não gosta de armas e mesmo que tenha dificuldade em aceitar esquemas de segurança, os prefere retirados e discretos. O Papa, como se sabe, costuma romper protocolos para aproximar-se das pessoas, o que é sempre um desafio para os serviços de segurança.

Francisco será protegido por um esquema de segurança que envolverá, além dos serviços de inteligência, também efetivos do Exército, da Polícia Nacional,  da Guarda Presidencial e agentes civis com elementos de última tecnologia.

Nos deslocamentos pelo país, Francisco usará cinco papamóveis, todos montados na Colômbia. A Coordenação da visita e o Protocolo do Papa serão realizados entre o Vaticano e a “Casa de Nariño”.

O Dr. Domenico Giani percorreu todas as ruas e estradas por onde o Pontífice passará, em Villavicencio, Medellín, Cartagena e Bogotá.

 Antes da Colômbia, o chefe da Segurança do Papa Francisco esteve no Panamá, avaliando os locais que deverão reunir milhares de jovens na JMJ 2019. (JE)

inizio pagina

Vaticano acolhe encontro mundial sobre o Mal de Hundington

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -  O Vaticano vai hospedar o maior encontro mundial dedicado al Mal de Huntington e debater o tema do estigma e da vergonha que circundam a doença.

O evento nasce da condição vivida por famílias provenientes da América do Sul, onde a enfermidade tem uma incidência de 500 a 1000 vezes maior em relação a outras regiões do mundo.

Participarão do encontro, na Sala Paulo VI, no dia 18 de maio, cerca de 7 mil pessoas de vários lugares do mundo: doentes, familiares, médicos, organizações humanitárias e interessados na questão.  

Huntington é uma doença hereditária causada por uma mutação genética que afeta de maneira progressiva as células nervosas do cérebro.  Há cerca de um milhão de pessoas afetadas em todo o mundo. Os sintomas incluem movimentos involuntários e alterações cognitivas e psiquiátricas. Muitos enfermos têm vergonha da opinião pública e escondem a doença com medo da discriminação.

O objetivo do encontro é dar maior visibilidade sobre a doença e incentivar pesquisas para tratamento e cura. No Brasil, aproximadamente 20 mil famílias são cadastradas com o Mal de Huntington.

(CM)

 

inizio pagina

Igreja na América Latina



Venezuela: Cardeal Urosa convoca Dia de Oração pela Paz

◊  

Caracas (RV) – O Cardeal Jorge Urosa Savino pediu para que seja celebrado um Dia de Oração pela Paz na Venezuela.

“Temos que pedir muito a Deus, porque atualmente existem muitos problemas: a fome, o desabastecimento, a violência, saques e a falta de medicamentos, porém também existe um problema político que deve ser resolvido: acatar e obedecer a Constituição”, reiterou ele.

A convocação é para que o Dia de Oração seja realizado em todas as Igrejas da Venezuela no dia 21 de maio. “Vamos rezar ao Senhor insistentemente pela paz” pedindo “ justiça e a resolução dos problemas enfrentados pelo país atualmente”, precisou o Cardeal venezuelano.

Dom Urosa Savino também exortou à moderação nos protestos. “Houve muitos mortos, já somam 37 mortos e a maioria deles foram assassinados pela repressão desmedida nas manifestações. Isso é inaceitável e deve cessar”.

Nas marchas – constatou – existe um excesso de efetivos de segurança  que reprime as manifestações e quando ocorrem atos de vandalismo surpreende “que não sejam reprimidos, nem controlados, nem impedidos. Isso é algo insólito, porque estes saques são atos criminosos que prejudicam todo o povo. Ali sim deveria haver uma ação firme e eficaz de todos os corpos de segurança de Estado, dentro do marco da Constituição e leis”.

Por outro lado, um grupo de venezuelanos presentes na Praça São Pedro este domingo, protestou contra o governo do Presidente Nicolàs Maduro durante a Oração do Regina Coeli.

Levantando cruzes com os nomes e idades dos mortos nas manifestações das últimas semanas, a manifestação foi silenciosa e não interferiu no tradicional encontro dominical com o Papa. (JE)

inizio pagina

Reunião do CELAM: construir uma Igreja para os pobres

◊  

San Salvador – O Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), inicia esta segunda-feira (08/05) uma reunião ordinária de cinco dias em San Salvador, inspirada na idea de construir uma Igreja para os pobres, pela qual Dom Óscar Arnulfo Romero ofereceu sua vida. 

“Ele (Romero) foi movido e se converteu também em contato com o pobre, e agora poder celebrá-lo nesta Assembleia com esta dimensão (em favor dos pobres) tem um significado muito especial”, destacou o Bispo colombiano Juan Espinoza, Secretário Geral do CELAM.

Acompanhado pelo Arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar, Dom Espinoza informou que participam do encontro delegados das 22 Conferências Episcopais latino-americanas, além do Canadá e Estados Unidos.

“Este ano temos como ênfase em todo o trabalho do CELAM promover uma Igreja pobre para os pobres”, sublinhou o prelado colombiano.

Dom Romero – chamado de “a voz dos sem voz” por lutar e defender uma Igreja com a “opção preferencial pelos pobres – foi assassinado em 1980 pelo regime que comandada El Salvador.

Na quinta-feira, todos os sacerdotes de El Salvador e Bispos do CELAM oficiaram uma Missa na Catedral de San Salvador, para celebrar antecipadamente o centenario do natalício do venerado pastor.

O CELAM, instituído em 1955, conta com 1.500 bispos e sua missão, além de promover a comunhão, é oferecer um espaço de reflexão sobre a realidade da Igreja latino-americana. (JE/AFP)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Bispos franceses fazem votos que Macron faça um bom governo

◊  

Paris (RV) –  O episcopado francês felicitou Emmanuel Macron - eleito este domingo (07/05) como novo Presidente da França - “na sua empenhativa missão a serviço da França em vista do bem comum”. A Rádio Vaticano ouviu a este respeito o Presidente da Conferência Episcopal francesa e Arcebispo de Marselha, Dom George Pontier:

“Macron foi eleito com uma votação importante, visto os resultados. É necessário, certamente, fazer votos a ele de um bom governo, para o bem de nosso país, de outra forma, será uma catástrofe. As tensões, a busca de mudanças, as incertezas são tais, que é preciso um governo de sucesso. As eleições legislativas não estão, depois, tão distantes assim e delas sairá um novo Parlamento. Vivemos um momento de grandes incertezas, porque é um momento de grandes mudanças. É necessário reencontrar uma certa sabedoria e isto é certo! E depois, somos conscientes do fato de que não devemos colocar o nosso país em condições de se tornar ingovernável”.

RV: Em uma escala de valores, se o senhor tivesse que indicar prioridades, quais seriam elas?

“O desemprego, o desemprego, o desemprego. Lutar contra o desemprego, dar trabalho a todos, porque certamente é este o aspecto que é mais destrutivo para as pessoas, para as famílias, para as perspectivas, para os projetos, em particular no que diz respeito aos jovens que não veem um horizonte claro. É algo que destrói a confiança que agora é necessário reencontrar, mas a confiança poderá ser reencontrada por meio de ações que deem frutos, frutos, frutos, mas, sobretudo, para os mais fracos”.

RV: Emmanuel Macron trabalhará agora para unir os franceses. Ao menos foi o que se pode deduzir de seu discurso proferido no domingo. E a Igreja na França, o que fará para unir os católicos divididos?

“A luta pelas ideias muita vezes separa, enquanto a iniciativa na ação aproxima, e seguramente este é o caminho que devemos ter bem em mente. Mas, certamente, não nos maravilha que os católicos estejam divididos, porque os católicos estão em todos os estratos sociais, em todos os estratos culturais, e portanto, espelham a sociedade francesa, estão divididos mesmo se existem limites que não podemos superar se quisermos permanecer católicos, e isto são barreiras que nascem a partir do Evangelho, do respeito pelo homem, respeito pela vida, respeito pela acolhida, pela acolhida do estrangeiro, da justiça social, da busca pela paz. E tudo isto deve iniciar em nível europeu, inicia pelo fato de que seja esta Europa a oferecer a solidariedade aos outros países. Isto é claro”.

(JP/JE)

inizio pagina

Bispo chinês Dom Wang Chongyi falece aos 97 anos

◊  

Pequim (RV) – Em 20 de abril passado faleceu aos 97 anos o Arcebispo emérito de Guiyang (Província de Ghizhou) Dom Aniceto Wang Chongyi, um dos prelados mais idosos da China Continental.

Dom Chongyi nasceu em 26 de outubro de 1919 no povoado de Huangguoshu, Distrito de Zhenning, em uma tradicional família católica. Aos 13 anos ingressou no Seminário Menor de Guiyang, passando sucessivamente ao Seminário de “São Paulo” para então ingressar no Seminário Maior “São Pedro”.

Ordenado sacerdote em 24 de outubro de 1949, foi nomeado Pároco de Meitan e de Zunyi. Durante a Revolução Cultural foi preso e submetido a trabalhos forçados no povoado de Zhenning, por nove anos. Em 1979 retornou à Paróquia de Zunyi e em 1981 foi nomeando pároco na Igreja de Guiyang.

Em 4 de dezembro de 1988 foi ordenado Bispo de Gjiyang. Com zelo apostólico guiou o povo de Deus a ele confiado. Pastor generoso, preparava com cuidado os compromissos pastorais. Ele é lembrado  pela sua gentileza e pela grande nobreza.

Em 8 de setembro de 2014 havia apresentado a renúncia ao ofício episcopal, acolhida pelo Papa Francisco em 4 de março de 2015. Havia deixado a condução da Arquidiocese ao seu Coadjutor, Dom Paolo Xiao Zejiang, por ele consagrado em 8 de setembro de 2007.

A Arquidiocese de Guiyang conta atualmente com 23 sacerdotes e mais de 40 religiosas. Os fiéis são cerca de 100.000, incluindo os pertencentes às minorias étnicas. Os funerais foram celebrado em 22 de abril, na Catedral de Guiyang. (JE)

inizio pagina

Formação



Jovens brasileiros vão 'invadir' o Panamá

◊  

Rádio Vaticano (RV) - Nesta conversa de Silvonei José com dom Wilsom Basso, referencial para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, gravada durante a Assembleia Geral que terminou na semana passada vamos ouvir Dom Basso que, inicialmente faz um retrato do jovem hoje no Brasil e, a seguir, fala sobre as expectativas para a JMJ 2019 no Pamaná e a participação dos brasileiros: 

inizio pagina

Com Francisco, uma Igreja acolhedora mostrando a alegria do Evangelho

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o bispo da diocese paraibana de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, com quem temos contado estes dias também no quadro “O Brasil na Missão Continental”, traz-nos suas considerações finais atendo-se à experiência da “visita pastoral missionária” vivida em sua diocese, fomentando sempre as pastorais sociais – Pastoral da Criança, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral Carcerária, Pastoral do Menor –, afirma nosso convidado. 

Na linha social são estas pastorais que mostram a mão, o rosto, olhar misericordioso de Jesus e que defendem a ação de uma Igreja, de um pastor, de pastores sensíveis, acrescenta Dom Eraldo.

Na esteira do Pontificado do Santo Padre, o bispo desta Igreja particular do sertão da Paraíba afirma que com esta eclesiologia da misericórdia, do acolhimento e da compaixão se quer acolher o pedido do Papa Francisco “de uma Igreja que vai ao encontro das pessoas, que acolhe a todos mostrando o caminho, mostrando a alegria do Evangelho”. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

inizio pagina