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Sumario del 10/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Videomensagem do Papa Francisco para Peregrinação a Fátima

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi divulgada, nesta quarta-feira (10/05), a videomensagem do Papa Francisco para a Peregrinação a Fátima na próxima sexta-feira, dia 12, e no sábado, 13.  

Querido povo português, 

Faltam poucos dias para a minha e sua peregrinação a Nossa Senhora de Fátima. Vivo uma feliz expetativa pelo nosso encontro na casa da Mãe. Bem sei que vocês me querem também em suas casas e comunidades, em suas aldeias e cidades. O convite foi feito! Escuso-me dizendo que gostaria de aceitá-lo, mas não me é possível! Desde já agradeço a compreensão com que as diversas Autoridades acolheram a minha decisão de circunscrever a visita aos momentos e atos próprios da peregrinação ao Santuário de Fátima, marcando encontro com todos aos pés da Virgem Mãe.

De fato, é nas vestes de Pastor universal que me apresento diante d’Ela, oferecendo-Lhe o buquê das mais lindas «flores» que Jesus confiou aos meus cuidados (cf. Jo 21, 15-17), ou seja, os irmãos e irmãs do mundo inteiro resgatados pelo seu sangue, sem excluir ninguém. Vê? Preciso ter vocês comigo; preciso de sua união (física ou espiritual, importante é que seja de coração) para o meu buquê de flores, a minha «rosa de ouro». Formando junto com vocês «um só coração e uma só alma» (cf. At 4, 32), entregarei todos a Nossa Senhora, pedindo-lhe para sussurrar a cada um: «O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus» (Aparição de junho de 1917).

«Com Maria, peregrino na esperança e na paz»: assim reza o lema desta nossa peregrinação que é um programa de conversão. Alegra-me saber que vocês estão preparando com intensa oração este momento abençoado que culmina um centenário de momentos abençoados. A oração alarga o nosso coração e o prepara para receber os dons de Deus. Agradeço-lhes as orações e sacrifícios que diariamente oferecem por mim e de que muito preciso, pois sou um pecador entre pecadores, «um homem de lábios impuros, que habita no meio de um povo de lábios impuros» (Is 6, 5). A oração ilumina os meus olhos para saber olhar os outros como Deus os vê, para amar os outros como Ele os ama.

No seu nome, venho até vocês na alegria de partilhar com vocês o Evangelho da esperança e da paz. O Senhor os  abençoe e a Virgem Mãe os proteja!

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Papa aos bispos do CELAM: "Despojar-se dos filtros clericais"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Gostaria de poder visitar o Santuário de Aparecida”: com estas palavras, o Papa se dirige aos bispos de toda a América Latina, reunidos na Assembleia do CELAM, Conselho Episcopal Latino-americano em São Salvador, El Salvador, de 9 a 12 de maio.

A mensagem de Francisco é inteiramente inspirada na Padroeira do Brasil, da qual este ano se celebram 300 anos do achado, nas águas do Rio Paraíba (SP).     

Definindo Aparecida como “uma escola de discipulado”, o Papa releva três aspectos daquele acontecimento, começando pelos pescadores que encontraram a imagem:

“Um grupo de homens que sabiam enfrentar as incertezas do rio, que viviam na insegurança de não ter o que levar para seus filhos. Conheciam a ambivalência entre a generosidade do rio e a agressividade de suas ondas e a inclemência de um dos pecados mais graves que castiga nosso continente: a corrupção. A corrupção, como um câncer, está corroendo a vida cotidiana dos povos”.

O segundo aspecto é a Mãe. “No relato de Aparecida, a encontramos suja de lama no rio. Ali ela esperava seus filhos, em meio a suas lutas e anseios. Maria estava ali, onde os homens tentam ganhar suas vidas”.

E enfim, o Papa ressalta o encontro. Depois de restaurá-la e limpá-la, os pescadores a levaram para casa, um lar aonde os moradores da região iam encontrá-la. “Esta presença se fez comunidade, Igreja. As redes não se encheram de peixes, se transformaram em comunidade”.

Hoje, 300 anos depois, como filhos, somos chamados a escutar e aprender o que aquele acontecimento continua a nos dizer:

“Aparecida não traz receitas mas chaves, critérios, pequenas grandes certezas para iluminar e sobretudo, acender o desejo de nos despojar de todo o desnecessário e voltar às raízes, ao essencial, à atitude que fez de nosso continente a terra da esperança. Aparecida renova nossa esperança em meio a tantas inclemências”, frisa o Papa.

Em seguida, Francisco convida os bispos latino-americanos a aprender a escutar e conhecer o Povo de Deus, dando-lhe a importância e o lugar merecidos.

“Isto significa despojar-nos de nossos preconceitos, racionalismos e esquemas funcionalistas para conhecer como o Espírito atua no coração deste homens e mulheres. Como temos a aprender da fé desta gente; a fé de mães e avós que não têm medo de se sujar, pois sabem que o mundo está cheio de injustiças, onde a impunidade da corrupção continua cobrando vidas e desestabilizando cidades”.

A partir daí, segue a exortação do Papa: “Não tenhamos medo de arriscar e nos comprometermos com os ‘sujos’… isto não é heroicidade… nem ser kamikazes… Somente deixando de ser auto-referenciais seremos capazes de nos re-centrarmos Naquele que é fonte de Vida e Plenitude”.

Concluindo, Francisco lembrou a passagem da exortação Evangelii Gaudium:

“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa protecção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’” (Mc 6, 37).  

Na conclusão, o Papa Francisco lembra. “Na medida em que nos envolvermos com a vida de nosso povo fiel e sentirmos a profundidade de suas feridas, podemos ver, sem filtros clericais, o rosto de Deus”.  

(CM)

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Audiência: não somos órfãos, Maria é Mãe da esperança

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Cidade do Vaticano (RV) – “Maria, Mãe da esperança” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (10/05). Na Praça S. Pedro, cerca de 20 mil fiéis participaram do evento, entre os quais inúmeros brasileiros da “Obra de Maria” e de Belo Horizonte. 

Maria e as mães do nosso tempo

No caminho da sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda jovem, respondeu “sim” à proposta que o Anjo Gabriel lhe fez de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que A esperava.

“Naquele instante, Maria se parece como uma de tantas mães do nosso mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher no próprio ventre a história de um novo homem que nasce”, disse o Papa, acrescentando que Ela é uma mulher que não se deprime face às incertezas da vida; nem uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário, é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também com as suas tragédias.

Maria simplesmente "estava"

Na noite mais escura de Maria, da crucifixão do seu Filho, Ela permaneceu ao pé da cruz, desconhecendo o destino de ressurreição do seu Filho. Neste episódio, os Evangelhos são lacônicos e discretos, registram com um só verbo a presença da mãe. “Ela estava.” Nada dizem de sua reação nem sua dor, que ficou para a criatividade de poetas e pintores.

“As mães nunca desistem nem abandonam. As mães não traem”, afirmou Francisco. Os Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento mais cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Os sofrimentos de uma mãe... Todos nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus filhos.”

Não somos órfãos

Depois, em Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham medo. Maria simplesmente estava lá no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a dar no mundo.

“Por isso, todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu”, disse ainda Francisco. Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus. “Nos momentos de dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre dizer ao coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Ela é Mãe de esperança.”

Peregrinação a Fátima

Ao saudar os fiéis língua portuguesa, o Papa recordou sua iminente viagem a Portugal, “como peregrino a Fátima, para confiar a Nossa Senhora as sortes temporais e eternas da humanidade e suplicar sobre os seus caminhos as bênçãos do Céu. Peço a todos que me acompanhem, como peregrinos da esperança e da paz: as suas mãos em prece continuem a sustentar as minhas”.

Saudação à Rússia

Francisco dirigiu também uma saudação especial a uma delegação de jovens sacerdotes do Patriarcado de Moscou, presente no Vaticano a convite do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. “Que Deus abençoe a Rússia e o empenho da Igreja ortodoxa em prol do diálogo entre as religiões e o bem comum.”

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Papa encoraja Semana Ecumênica promovida pelos focolarinos

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Cidade do Vaticano (RV) – “Saúdo os participantes da Semana Ecumênica promovida pelo Movimento dos Focolares  e os exorto a prosseguir no caminho comum da unidade, do diálogo e da amizade entre as religiões e os povos”, disse o Papa Francisco na Audiência desta Quarta-feira, ao saudar os grupos de língua italiana presentes na Praça São Pedro.

De fato, os membros do movimento fundado por Chiara Lubich participam em Castel Gandolfo desde a terça-feira, 9, até 13 de maio, da 59ª Semana Ecumênica, encontro que reúne cerca de 700 cristãos provenientes de 70 Igrejas e Comunidades Eclesiais, de 40 países.

Uma verdadeira “Mariápolis ecumênica”, na esteira do caminho aberto por Chiara Lubich, isto é, no “diálogo da vida” e “no ecumenismo de povo”, onde Chiara via a contribuição típica da espiritualidade da unidade na plena e visível comunhão entre as Igrejas: é necessário “um povo ecumenicamente preparado”. Tendo conhecimento dos muitos passos ainda a serem dados e no respeito entre todas as Igrejas, se buscará aprofundar o patrimônio comum que já une todos.

O título  desta Semana Ecumênica  - “Caminhando Juntos. Cristãos em direção à unidade” – está sendo aprofundado por meio de um tema central da espiritualidade da unidade: Jesus crucificado e abandonado, o Deus do nosso tempo, fundamento para uma espiritualidade de comunhão. Serão alternados momentos de reflexão, de diálogo e de testemunho de diversos lugares do mundo.

Na caminhada atual, após 500 anos da Reforma de Lutero, entre os vários palestrantes está o Bispo Christian Krause, ex-presidente da Federação Luterana mundial, o Reverendo Dr. Martin Robra, do Conselho Ecumênico das Igrejas de Genebra, o Bispo Brian Farrell, Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Maria Voce, Presidente do Movimento dos Focolares. (JE)

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Com mensagem a Tawadros, Papa celebra Dia da Amizade Copta-Católica

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Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se neste dia 10 de maio o Dia da Amizade Copta-Católica, instituído em 2013. Nesta ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao Patriarca Tawadros II e agradeceu mais uma vez a hospitalidade que recebeu no Egito, durante sua recente viagem ao país no final de abril. 

Viagem ao Egito

No texto, o Pontífice menciona de modo especial a Declaração Conjunta assinada no Cairo: “Estou grato pelo fato que reforçamos a nossa unidade batismal no Corpo de Cristo, declarando juntos ‘que com uma só alma e um só coração buscaremos, com toda sinceridade, não repetir o Batismo ministrado em uma de nossas Igrejas a quem desejar se unir à outra’”.

Os vínculos de fraternidade entre nós, escreve ainda o Papa, “nos estimulam a intensificar os nossos esforços comuns, perseverando na busca de uma unidade visível na diversidade, sob a guia do Espírito Santo”. Neste percurso, acrescentou, somos amparados pela poderosa intercessão e pelo exemplo dos mártires.

“Desejo garantir a minha contínua oração por Sua Santidade e pela paz no Egito e no Oriente Médio”, finalizou o Pontífice.

História

No dia 10 de maio de 2013, o Papa Francisco e o Patriarca Tawadros II se reuniram no Vaticano para recordar os 40 anos do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o então Patriarca Shenouda III e, desde então, esta data foi escolhida para se celebrar o  Dia da Amizade Copta-Católica.

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Acompanhe a peregrinação do Papa Francisco em Fátima com a RV

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco irá como peregrino a Fátima na sexta-feira, 12 de maio e retornará ao Vaticano no sábado, 13, após canonizar Francisco e Jacinta Marto.

Atenção às emissoras que nos retrasnmitem. A Rádio Vaticano transmitirá, com comentários em português, os seguintes eventos com o Papa Francisco em Portugal (horário italiano. Para o Brasil, diminuir cinco horas):

Sexta-feira, 12 de maio

- Das 19 às 19h50 – Visita do Papa à Capelinha das Aparições

- Das 22h15 às 23h15 – Recitação do Terço

Sábado, 13 de maio

- Das 10h50 às 13 horas – Santa Missa com canonizações

 

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Igreja no Brasil



Nomeados três novos bispos no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja no Brasil recebe esta quarta-feira (10/05) três novos bispos.

Aceitando a renúncia apresentada por Dom José Haring, O.F.M., o Papa nomeou para a Diocese de Limoeiro do Norte (CE), o Pe. André Vital Félix da Silva, S.C.I., que até agora era Conselheiro Provincial da Província Brasil Recife dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos).

Dom André é pernambucano nascido em 1965 em Recife, onde estudou Filosofia. Cursou Teologia em Olinda e em Roma, obteve o mestrado em Teologia Bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Ordenado em 1986, foi vigário paroquial, formador, administrador paroquial, vice-provincial e membro da Comissão Dehoniana de Teologia da América Latina.

Para a Diocese de São Luiz de Cáceres (MT), Francisco escolheu o Pe. Jacy Diniz Rocha, que até o momento era pároco de Santo Antônio de Coluna e coordenador diocesano de pastoral da diocese de Guanhães (MG).

Dom Jacy Diniz Rocha nasceu em 1958 em São João Evangelista (MG), estudou Filosofia em Brasília e Teologia em Brasília, Barra (BA)e Belo Horizonte. Foi ordenado em 1984 e incardinado em Barreiras (BA). Em 2003 foi transferido para Guanhães, onde foi administrador apostólico, pároco, responsável e professor de agentes de pastoral e membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores.

Já a Arquidiocese de Niterói (RJ) recebe um bispo auxiliar: Pe. Luiz Antônio Lopes Ricci, que provém do clero da Diocese de Bauru (SP), onde é pároco de “São Cristóvão”.   

Dom Luiz Antônio Lopes Ricci é de 1966, nativo de Bauru. Estudou Filosofia e Teologia em Marília (SP) e em Roma, na Academia Alfonsiana, obteve mestrado e doutorado em Teologia Moral. Em seguida, frequentou o pós-doutorado em Bioética no Centro Universitário “São Camilo” em São Paulo.

Ordenado sacerdote em 1997, foi incardinado em Bauru, tendo sido reitor do Seminário Provincial de Marília; administrador paroquial em Cabrália Paulista e Piratininga (SP); assistente espiritual do Movimento “Encontro de Casais com Cristo”; coordenador diocesano de pastoral; professor da Faculdade João Paulo II em Marília; vigário-geral; membro do Conselho presbiteral e do Colégio de Consultores.

Desde 2016 é Diretor da Faculdade João Paulo II em Marília.

(CM)

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Pastoral Carcerária do RS reflete sobre a mulher encarcerada

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Porto Alegre (RV) - O Centro de Espiritualidade Padre Arturo (CEPA), de São Leopoldo (RS), sediou o primeiro Encontro de Formação para agentes da Pastoral Carcerária que atuam com as mulheres encarceradas, nos dias 05 a 07 de maio.

Com o tema “Maria e as tantas Marias nos cárceres” e o lema “Minha alma exalta o Senhor, pois ele pôs os olhos sobre sua humilde serva” (Lc 1,46-48), os  participantes oriundos de Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Carazinho Estrela, Três Passos, Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas, Itaqui, Guaíba, Torres, Osório, Sarandi, Santa Maria, Montenegro, Erechim, Passo Fundo, Santo Ângelo, Palmeira das Missões, São Leopoldo, Novo Hamburgo e dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná refletiram sobre a realidade prisional, os desafios e metodologias pastorais diante de uma “Igreja em Saída”.

Segundo Tatiane da Silva, a realidade prisional feminina no RS é dividida por delegacias. Existem presididos para mulheres, mas alguns masculinos também abrigam mulheres. “Atualmente há cerca de 2000 mil mulheres presas em todo o estado”, afirmou.

Justiça Restaurativa

Uma das metodologias pastorais discutida e ampliada foi a da Justiça Restaurativa que através das Escolas de Perdão e Reconciliação (ES.PE.RE). A escola consiste em um paradigma não punitivo, baseado em valores, que tem como principal objetivo a reparação dos danos oriundos do delito causados às partes envolvidas – vítima, ofensor e comunidade – e, quando possível, a reconstrução das relações rompidas.

Segundos os organizadores há cerca de 10 anos no Brasil, a prática da Justiça Restaurativa tem se expandido pelo país. Conhecida como uma técnica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores, a prática tem iniciativas cada vez mais diversificadas e já coleciona resultados positivos.

Pastoral Carcerária Nacional

Desde o dia 30 de abril a Questão da Mulher Presa movimentou a Pastoral Carcerária do Rio Grande do Sul, com a presença da Coordenadora Nacional, Irmã Petra Pfaller. Ele esteve visitando presididos nas cidades de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Pelotas e Canguçu.

Em Pelotas falou com os acadêmicos da Universidade Católica de Pelotas sobre o tema: “As consequências do encarceramento feminino”. Segundo Pfaller, “reafirma-se a fragilidade e vulnerabilidades destas mulheres castradas de seus mais simples desejos e direitos. O mundo sem cárcere é a meta principal, prioritária e urgente ”, salientou. 

De acordo com a Irmã Petra foram três dias de estudos, partilhas, encontros, desafios, visitas e viagem. “Três dias de crescimento no amor, mas também de detectar a necessidade de a pastoral ir além. E assim, todos, unidos em um único objetivo, reafirmamos o compromisso com a evangelização como presença da Igreja, promoção da dignidade humana e a busca de um mundo sem cárcere”, concluiu.

(Regional Sul 3 da CNBB)

 

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Igreja na América Latina



Card. Ortega não acredita em "freio" nas relações entre Cuba-EUA com Trump

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Madrid (RV) – O Arcebispo emérito de Havana, Cardeal Jaime Ortega, afirmou na quarta-feira (10/05) não acreditar que ocorra um “freio” no diálogo entre Cuba e Estados Unidos durante a presidência de Donald Trump.

Durante um “Café informativo” realizado em Madrid, organizado pela “Nueva Economía Foro”, o purpurado disse apostar na abertura na Ilha, mesmo reconhecendo que esta ocorre “com um pouco de lentidão”. Representantes políticos, eclesiásticos e econômicos, além de diversos meios de comunicação, participaram do encontro.

O Cardeal, que apresentou sua renúncia ao governo pastoral da Diocese de Havana há um ano por limite de idade, disse que na sua opinião, tudo o que pode ser feito para implementar os acordos entre Estados Unidos e Cuba durante a Presidência de Barack Obama “segue funcionando igual”, e recordou, que até o momento “Trump não se pronunciou a este respeito.

Dom Ortega, que a pedido do Vaticano desempenhou um papel preponderante na aproximação entre os dois países em 2015, após 50 anos de relações congeladas, afirmou que a sua intervenção foi “de ordem profundamente cristã”, “com a intenção do diálogo”, insistindo que apesar da repercussão política que a sua atuação teve, ele “não é um homem político”.

A respeito dos cubanos exilados em Miami, disse que muitos deles “têm interesse em colaborar” em projetos sociais e “com a vida econômica de Cuba”.

O Cardeal, que também exerceu sua mediação para conseguir a libertação de 135 presos cubanos em 2010 – que chegaram na Espanha junto com seus familiares – mostrou-se otimista em relação à abertura que está ocorrendo em Cuba. A libertação destes prisioneiros – reconheceu o purpurado – foi um “sinal positivo” para “a  melhoria das relações com os Estados Unidos” e também com a União Europeia, marcadas na época pela chamada “posição comum”, que condicionava as relações com Havana a avanços nas liberdades.

O Cardeal foi apresentados aos participantes do encontro pelo ex-ministro espanhol de Assuntos exteriores Miguel Ángel Moratinos, que colaborou com ele na libertação dos prisioneiros políticos e 2010, e o qualificou como “um homem de paz e um homem de diálogo”. (JE/EFE)

 

 

 

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Panamá: 5º Fórum Mundial da Rede Global de Religiões a favor da Infância

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Cidade do Panamá (RV) - Teve início nesta terça-feira (09/05), em Cidade do Panamá, no Panamá, o 5º Fórum Mundial da Rede Global de Religiões a favor da Infância. O encontro prossegue até quinta-feira, dia 11. 

Cerca de 430 líderes, das principais religiões do mundo, 60 crianças, provenientes de cerca de 70 países, e representantes de organismos internacionais se reúnem para estudar ações que serão empreendidas a fim de eliminar todo tipo de violência contra a criança. O encontro foi aberto pelo bispo episcopaliano panamenho Júlio Murray. 

O objetivo do fórum, organizado pela ONG Arigatou International, é construir um mundo melhor para meninos e meninas, e desarraigar várias formas de violência perpetradas contra as crianças, segundo informações da Agência Fides. 

“Proteger as crianças do extremismo violento, da violência dos grupos armados e do crime organizado. Cultivar a espiritualidade e por fim à violência, à exploração e abusos sexuais contra menores” são os pontos principais desse encontro, lê-se na mensagem enviada ao presidente de Arigatou, Reverendo Keishi Miyamoto.

O sacerdote católico chileno Pe. Sidney Fones, responsável pela Comissão organizadora do fórum, por sua vez, ressaltou que “é preciso entender que todas as pessoas têm um papel a fim de garantir que a paz prevaleça e as crianças tenham segurança”. “A nossa esperança é de que as ideias e os resultados desse encontro criem ações práticas e frutuosas para a tutela dos menores”, acrescentou. 

Antes da reunião principal, 60 crianças e jovens de 13 países, participaram de um encontro realizado antes do fórum no qual prepararam as recomendações a serem apresentadas no encontro inter-religioso. 

Na conclusão do evento, dia 11, os participantes assinarão uma declaração na qual se comprometerão em trabalhar todos juntos para construir um mundo livre de violência contra a infância. 

As últimas quatro edições do fórum inter-religioso se realizaram em Tóquio, Genebra, Hiroshima e Dar es-Salaam.

O Fórum Mundial da Rede Global de Religiões fundado no ano 2000 inclui membros das grandes religiões do mundo, como o judaísmo, islamismo, cristianismo e budismo que realizam programas regionais e locais para melhorar a vida das crianças na América Latina, África, Europa, Ásia, Caribe e Oriente Médio. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



Jornalistas e peregrinos começam a chegar a Fátima

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Fátima (RV) - Os Serviços do Santuário de Fátima receberam 1.700 pedidos de credenciamento de profissionais de Comunicação Social para a Peregrinação do Papa Francisco. O prazo para a inscrição terminou em 30 de abril. 

Do total, cerca de 1.300 são provenientes de Portugal e cerca de 400 de profissionais estrangeiros, incluindo os jornalistas que acompanham o Papa na viagem Roma-Monte Real-Roma.

Os pedidos do exterior provêm de Alemanha, Estados Unidos, Angola, Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Bélgica, Reino Unido, Canadá, China, Costa Rica, República Checa, Espanha, França, Holanda, Itália, Japão, Costa do Marfim, Turquia, Lituânia, México, Nova Zelândia, Paquistão, Panamá, Polônia, Romênia, Rússia, S. Tomé e Príncipe, Irlanda, Suíça e Venezuela.

Peregrinações a pé

Cerca de 45.000 peregrinos a pé já estão a caminho do Santuário de Fátima, de acordo com números atualizados do Serviço de Acolhimento a Peregrinos.

A previsão inicial do Pe. Manuel Antunes, Assistente Espiritual do Movimento da Mensagem de Fátima, era de perto de 40.000 peregrinos a pé.
Estes números dizem respeito a peregrinações organizadas e comunicadas ao Serviço, portanto o total final deverá ser superior, uma vez que se continua a notar grande número de pessoas nas estradas mais próximas de Fátima.

Ao longo dos vários trajetos, os peregrinos a pé contam com 70 postos de acolhimento e o apoio de 1.500 voluntários entre médicos, enfermeiros e auxiliares. Em todos os postos está disponível também assistência espiritual.

(CM)

 

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Governo português adota medidas de segurança "históricas" para visita do Papa

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Fátima (RV) – Um milhão de fiéis são esperados em Fátima para a visita do Papa Francisco, no contexto dos cem anos das aparições da Virgem Maria aos três pastorzinhos, dois dos quais serão canonizados no sábado, dia 13 de maio.

Na cidadezinha e nas principais localidades próximas, os hotéis estão com a lotação esgotada há meses. Fiéis peregrinam à pé até o Santuário, oriundos de várias localidades.

Para proteger o Pontífice e a multidão que o acompanhará, as autoridades portuguesas montaram uma operação de segurança considerada “histórica”, segundo a TV pública RTP. O dispositivo envolve milhares de agentes e de militares.

Controle das fronteiras

Desde a meia-noite deste dia 10 até o dia 14, foram restabelecidos os controles de passaportes e documentos de identificação pelo Serviço de Estrangeiros nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres.

A medida adotada pelo Governo português conta com o apoio tde agentes da Polícia de Segurança Pública, Força Aérea e Polícia Marítima, assim como de autoridades estrangeiras, especialmente espanholas.

O Governo justificou a adoção da medida pela “dimensão, características, complexidade do evento, sua visibilidade midiática, a enorme afluência de pessoas esperadas e o atual contexto de ameaças”.

Santuário

O espaço aéreo sobre o Santuário será fechado e vigiado pela força aérea portuguesa, que manterá os caças F-16 estacionados na Base Aérea de Monte Real em estado de alerta.

Também serão adotadas medidas eletromagnéticas anti-drone. Um helicóptero da polícia sobrevoará constantemente a localidade.

Segundo o Reitor do Santuário, Padre Cabecinhas, Fátima é um local seguro e as várias forças envolvidas na proteção da visita do Papa “trabalham para garantir a segurança” de todos os fiéis que o acompanharão.

Papamóvel

O papamóvel que transportará Francisco em sua visita a Fátima chegou na tarde de terça-feira à Base Aérea de Monte Real - distante 50 km do Santuário - a bordo de um avião da Força Aérea Portuguesa.

O C-130, que havia partido de manhã para Roma, retornou a Portugal às 17h30min. O mesmo avião levará o veículo papal de volta a Roma no dia 14.

(JE com Agências)

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Malásia abre embaixada no Vaticano, fortalecendo laços com Ig. Católica

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Kuala Lumpur (RV) – Enquanto a Indonésia vive um período de recrudescimento do Islã extremista, a vizinha Malásia – também de maioria muçulmana, porém com uma visão tolerante do islamismo – fortalece o diálogo com os católicos, abrindo oficialmente uma Representação diplomática junto à Santa Sé.

A informação do Ministro do Exterior malaio Anifah Aman, considera a medida como uma “uma pedra fundamental, de importância absoluta” para o desenvolvimento das relações bilaterais, especialmente no campo das questões religiosas.

A notícia ganhou ampla repercussão na imprensa do país asiático, em particular no jornal Barnama, que destacou que “agora a Malásia prepara-se para participar e contribuir para o diálogo em nível regional e internacional, em particular no campo da promoção da recíproca compreensão religiosa, dos fenômenos migratórios e das mudanças climáticas”.

Segundo o governo malaio, haverá uma futura e intensa colaboração com  as autoridades vaticanas, especialmente com os Pontifícios Conselhos e organizações não-governamentais para o diálogo inter-religioso.

A Malásia tem 30 milhões de habitantes, sendo 56,5% deles muçulmanos, 18,4% seguidores de crenças populares chinesas,  9,4% cristãos (4,6 % deles católicos), 6,3% hinduístas e 0,5% agnósticos e ateus,s egundo dados de 2015.

(JE/AGI)

 

 

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Terra Santa: respeitar os detentos nos cárceres israelenses

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Jerusalém (RV) - Está em andamento nos cárceres israelenses, desde 17 de abril passado, uma greve de fome da parte dos prisioneiros políticos palestinos. 

Um protesto, segundo o seu promotor Marwan Barghouthi, líder do Al-Fatah, no cárcere há 15 anos, “pela libertação e a dignidade”. São cerca de 1.800 os prisioneiros que há três semanas não comem nada, num total de 6.500.

Segundo a Agência Sir, os ordinários católicos da Terra Santa divulgaram nos últimos dias uma nota na qual exortam “as autoridades israelenses a ouvir o grito dos prisioneiros, a respeitar a sua dignidade humana e abrir uma nova porta para a construção da paz”. 

“Os detentos”, lê-se na nota, “pedem respeito pelos direitos humanos e pela dignidade, como reconhecido no direito internacional e na Convenção de Genebra, e pedem o fim da detenção administrativa. Como cristãos somos chamados a trabalhar pela libertação de cada ser humano e pela criação de uma sociedade em que haja igualdade para todos, israelenses e palestinos”. 

Prossegue o compromisso da Igreja católica local nos cárceres em Israel. Um compromisso inserido na Pastoral Carcerária do Patriarcado Latino de Jerusalém, desejada há mais de 20 anos pelo então Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Michel Sabbah. 

Padre David Neuhaus é o responsável pela Pastoral Carcerária e coordena uma equipe de mais de 10 pessoas, formada por sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.

“Atualmente, damos assistência a cerca de cem detentos cristãos, dentre os quais mulheres e algum ortodoxo”, disse Pe. Neuhaus. “Não se trata de detentos políticos, pois nos é permitido encontrar somente os condenados por crimes comuns”, concluiu.

(MJ)

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Atualidades



Brasileira relata cotidiano de guerra em Aleppo

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Cidade do Vaticano (RV) – Hoje o nosso testemunho chega diretamente de Aleppo, na Síria. Ali desempenha a sua missão a brasileira Ir. Laudis, do Instituto Servidoras do Senhor e a Virgem de Matará, família religiosa do Verbo Encarnado.

Ir. Laudis é originária de São Paulo, mas há 20 anos está fora do Brasil. Viveu períodos de guerra em Gaza, a primavera árabe no Egito e agora, desde setembro do ano passado, está em Aleppo – cidade que, segundo ela, está tentando se recuperar apesar do sofrimento.

A missionária conta que a situação está “melhorando”, pois a luz chega duas vezes por semana por algumas horas, assim como a água. “O mais impressionante é o sofrimento das pessoas”, afirma. “Guerra é guerra em qualquer lugar, é destruição.”

Neste cenário, o trabalho da Congregação é aliviar o sofrimento da população seja material, seja espiritualmente.

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