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Sumario del 16/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: a paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz

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Cidade do Vaticano (RV) - A verdadeira paz não podemos fabricá-la nós mesmos. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa da manhã de terça-feira (16.05), na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que “uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus” e lembrou que só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações. 

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”. Francisco desenvolveu a sua homilia, partindo das palavras de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia. O Papa se deteve em seguida sobre o significado da paz dada pelo Senhor. A passagem dos Atos dos Apóstolos da Primeira Leitura de hoje, - destacou o Papa -, fala das muitas tribulações sofridas por Paulo e Barnabé em suas viagens para proclamar o Evangelho. “Esta é a paz que Jesus dá?”, pergunta-se o Papa. E em seguida observou que a paz que Ele dá não é aquela que o mundo dá.

O mundo quer uma paz anestesiada para não nos fazer ver a Cruz

“A paz que nos dá o mundo – comentou - é uma paz sem tribulações; oferece-nos uma paz artificial” uma paz que se reduz à “tranquilidade”. É uma paz, - disse ainda -, “que somente olha para seus próprios interesses, suas próprias certezas, que não falte nada”, um pouco como era a paz do homem rico. Uma tranquilidade que nos torna “fechados”, que não se vê “além”:

“O mundo nos ensina o caminho da paz com a anestesia: nos anestesia para não ver outra realidade da vida: a Cruz. Por isso Paulo diz que se deve entrar no Reino dos céus através do caminho com tantas tribulações. Mas se pode ter paz na tribulação? De nossa parte, não: nós não somos capazes de fazer uma paz de tranquilidade, uma paz psicológica, uma paz feita por nós porque há tribulações: há quem tenha uma dor, uma doença, uma morte ... existem. A paz que Jesus dá é um presente: é um dom do Espírito Santo. E esta paz está no meio das tribulações e segue em frente. Não é uma espécie de estoicismo, o que faz o faquir: não. É outra coisa”.

A paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz

A paz de Deus, - retomou o Papa - é “um dom que nos faz seguir em frente”. Jesus, depois de ter dado a paz aos discípulos, sofre no Jardim das Oliveiras e ali “oferece tudo à vontade do Pai e sofre, mas não falta o consolo de Deus”. O Evangelho, de fato, narra que “lhe apareceu um anjo do céu para consolá-lo”.

“A paz de Deus é uma paz real, que está na realidade da vida, que não nega a vida: a vida é assim. Há sofrimento, há os doentes, há tantas coisas ruins, há guerras... mas a paz de dentro, que é um dom, não se perde, mas se vai em frente carregando a Cruz e o sofrimento. Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus: é uma paz que se pode comprar. Podemos fabricá-la nós mesmos. Mas não é duradoura: termina”.

Peçamos a graça da paz interior, dom do Espírito Santo

Quando alguém fica com raiva, - observou Francisco -, “perde a paz”. Quando meu coração “fica turbado - acrescentou - é porque não está aberto à paz de Jesus”, porque eu não sou capaz de “levar a vida como ela vem, com as cruzes e as dores que vêm”. Em vez disso, devemos ser capazes de pedir a graça, de pedir ao Senhor a Sua paz:

“Devemos entrar no Reino de Deus através de muitas tribulações. A graça da paz, de não perder a paz interior. Um Santo dizia, falando sobre isso: 'A vida do cristão é um caminho entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus' (Santo Agostinho, De Civitate Dei XVIII, 51 nota). O Senhor nos faça compreender como é esta paz que Ele nos dá com o Espírito Santo”. 

(SP)

 

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Papa aos Bispos peruanos: sejam pastores da ternura e do perdão

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Cidade do Vaticano (RV) – Os desafios da Igreja no Peru estiveram no centro do encontro do Papa Francisco, na manhã desta segunda-feira (15), no Vaticano, com os Bispos peruanos, que realizam esta semana sua visita ad Limina. Um diálogo intenso, de quase três horas, durante o qual o Papa ouviu os prelados e, por sua vez, falou com muita espontaneidade. Um encontro familiar, em que se falou das esperanças e das dificuldades do povo deste País sul-americano. 

Os Bispos doaram ao Papa um quadro com a imagem de São Martinho de Porres, religioso dominicano, filho de um nobre espanhol e de uma ex-escrava de origem africana, que viveu em Lima entre 1579 e 1639. 

Falando à Rádio Vaticano o Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, Arcebispo de Lima, disse que o Papa exortou o Episcopado peruano a “sair” em busca das pessoas, para estar perto das pessoas, que pedem pastores próximos aos seus problemas concretos. O Papa manifestou também o desejo de visitar o País em 2018, mas ainda não foi fixada uma data. “É uma notícia que nos enche de alegria”, destacou o cardeal.

Francisco – disse ainda o purpurado – “nos exortou a cuidar da religiosidade popular que ele aprecia muito, assim como a piedade mariana e aquela da Santa Cruz”. Além disso, nos convidou a viver a unidade entre nós bispos. O seu foi, portanto, “para nós um impulso apostólico e missionário rumo a uma pastoral da tolerância e do perdão”. “O nosso desafio – concluiu o Card. Cipriani – é saber responder à grande pergunta sobre Deus que vem das pessoas”. 

(SP)

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Papa envia telegrama a Macron

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Rádio Vaticano (RV) – O Papa enviou suas cordiais saudações por ocasião da posse do Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, ocorrida no domingo (14/05). 

“Peço a Deus que o ajude para que a França, em fidelidade à rica diversidade de suas tradições morais e sua herança espiritual também marcada pela tradição cristã, possa sempre edificar uma sociedade mais justa e fraterna. Em respeito às diferenças e a atenção aos mais necessitados, que isso possa contribuir para a cooperação e solidariedade entre as nações. Que a França continue a favorecer, no âmbito europeu e mundial, a busca pela paz e pelo bem comum, o respeito à vida assim como a defesa e a dignidade de cada pessoa e de todos os povos”.

 

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Papa Francisco vai visitar o Presidente italiano

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Cidade do Vaticano (RV) - Sábado, dia 10 de junho, o Papa Francisco vai até o Palácio Quirinal, sede da Presidência italiana, em visita oficial. Foi o que comunicou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke.

Com este gesto - disse o porta-voz - o Papa pretende retribuir a visita ao Vaticano feita pelo Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, em 18 de abril de 2015. Francisco visitara já o Quirinal em 14 de novembro de 2013 para se encontrar com o então Presidente Giorgio Napolitano. 

(SP)

 

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Papa Francisco recebe "O trem das crianças" no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco encontrará no sábado, 3 de junho, 400 crianças das áreas do centro da Itália atingidas por terremotos. 

O evento faz parte da quinta edição da iniciativa “O trem das crianças” promovida pelo ‘Pátio dos Gentios’ do Pontifício Conselho para a Cultura em colaboração com a Ferrovia italiana a fim de presentear as crianças desfavorecidas um dia especial.  

As crianças provenientes de Norcia, Accumoli, Amatrice e Arquata del Tronto chegarão, ao Vaticano, a bordo do trem Frecciarossa 1000 de Trenitalia, para encontrar o Papa Francisco.

Sensibilidade
 
As crianças serão acolhidas pela associação “Esporte sem fronteiras” e pela Orquestra Maré do Amanhã do Rio de Janeiro. Durante o encontro será doado ao Papa Francisco o livro “Nós nesta terra que dança... a propósito de terremotos” que aborda o tema do sismo com uma linguagem infantil. 

“O evento é centralizado na figura da criança que tem a sensibilidade extraordinária de conseguir viver e elaborar mais que os adultos as experiências trágicas. Elas podem ensinar muito aos próprios adultos”, disse o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. 

Compromisso

“Sobre o terremoto foi falado tudo. Existe o compromisso da Política e da sociedade, talvez agora seja preciso começar a considerar os fenômenos naturais como componentes existenciais e não como acidentes externos”, sublinhou ainda o purpurado, evidenciando que “não é verdade que as catástrofes sejam inevitáveis. Em muitos casos podem ser superadas através da ciência e do conhecimento”, acrescentou.
 
Segundo o Cardeal Ravasi, “a presença do Papa, que aceitou com entusiasmo e se diverte muito com as crianças, é importante para levar o discurso a temas elevados”. “Essa iniciativa é uma injeção de esperança e uma cutucada nos adultos a fim de que aprendam que não é importante somente curar as feridas, mas é necessário criar, também através do jogo, os símbolos, a abertura de horizontes e a esperança que é estrutural para a criança”. 

Base cultural

Para Demetrio Egidi, autor do livro junto com Emilio Rebecchi e Jaia Pasquini, “o objetivo é criar uma base cultural de forma cativante, não pretenciosa, mas fluida e compreensível porque, no caso de terremotos, se a pessoa consegue controlar o pânico é possível fazer um passo cultural importante”.

“É preciso criar uma cultura científica para ter comportamentos virtuosos. É fundamental alimentar a cultura da prevenção, mesmo que seja difícil, a fim de construir também um percurso virtuoso entre público e privado, onde é possível obter cooperação”, disse Pierluigi Stefanini, presidente do Grupo Unipol, grupo financeiro italiano, que contribuiu na realização do livro que será distribuído gratuitamente para as crianças. 

(MJ)

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Papa a jogadores: empenhem-se contra a violência nos estádios

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Rádio Vaticano (RV) – “Às vezes nos estádios ocorrem, infelizmente, episódios de violência, que turbam o sereno desenrolar das partidas e o divertimento sadio das pessoas. Desejo que, dentro do que é possível, vocês possam ajudar que a atividade esportiva permaneça como tal e, graças ao empenho pessoal de todos, seja motivo de coesão entre os desportistas e em toda sociedade”.

 

Assim o Papa Francisco convidou os jogadores e comissão técnica da Juventus e da Lazio a “serem testemunhas dos autênticos valores do esporte”. As equipes foram recebidas pelo Pontífice na terça-feira (16/05) no contexto da final da Copa Itália.

Coerência

“Aqueles que são considerados ‘campeões’ passam facilmente a ser pontos de referência. Por isso, cada partida é um teste de equilíbrio, de controle de si e respeito às regras. Quem, com o próprio comportamento, sabe dar prova de tudo isso, passa a ser um exemplo a seus admiradores”.

“É o que desejo a cada um de vocês – finalizou o Papa: serem testemunhas de lealdade, de honestidade, de concórdia e de humanidade”.

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Relatório AIF: diminuem atividades suspeitas

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Cidade do Vaticano (RV) - Prossegue a atividade de investigação financeira no Vaticano. Segundo o último relatório da Autoridade de Informação Financeira da Santa Sé (AIF), em 2016, as assinalações de transações financeiras suspeitas diminuíram em relação a 2015, mas o seu número foi de alguma forma mais elevado nos anos precedentes. 

No ano passado, houve 207 atividades financeiras suspeitas contra as 544 de 2015. É o que escreve AIF no relatório apresentado na manhã desta terça-feira (16/05). Em 2016, foram encaminhados 22 relatórios com o objetivo de fazer novas investigações da parte da Autoridade judiciária vaticana. 

Segundo o Diretor de AIF, Tommaso Di Ruzza, “o sistema de assinalação é progressivamente mais eficiente. O departamento do promotor de justiça e a cooperação internacional conseguem desempenhar plenamente a sua função”. 

Para o Presidente de AIF, René Brülhart, “estamos diante de um processo que está amadurecendo gradualmente”. “Se analisarmos todo o procedimento, sobretudo dos últimos três ou quatro anos, ligado ao processo de recuperação do IOR (Instituto para as Obras de Religião), estas diminuições de 2016 não são uma surpresa. São uma consequência lógica do caminho que seguimos nos últimos anos que eu chamaria de ‘consolidação ordinária’ do sistema de assinalação como tal.” 

Foi concluído o programa de revisão de todos os relatórios iniciados em 2013 pelo IOR. Aumenta a colaboração internacional entre AIF e unidades financeiras exteriores. Passaram-se de 81 casos de 2013 a 837 em 2016. Em 31 de dezembro passado, as entidades exteriores com as quais AIF colaborava eram 32.

Quatro suspensões de transações e operações. Bloqueada uma conta corrente ou outro recurso econômico. Nos dois casos, o valor global é uma redução significativa em relação a 2015. Um pequeno aumento ao invés do número de declarações de transporte transfronteiriços de dinheiro vivo em entrada e saída.

Sobre a relação com Moneyval, comissão de especialistas do Conselho da Europa para a avaliação de medidas contra a reciclagem de dinheiro, René Brülhart foi claro: “Se lermos com atenção Moneyval, diria que a Santa Sé foi reconhecida com grande crédito pelo grande progresso feito no campo.”

Em 2016, o Presidente do Governatorato emitiu 29 ordenanças que atualizam a lista de indivíduos que ameaçam a paz e a segurança internacional.

(MJ)

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Igreja no Mundo



Bispos escoceses: eleitores deixem-se guiar pela Doutrina social da Igreja

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Edimburgo (RV) - “A nossa nação, o nosso Parlamento e o nosso governo serão julgados pelo modo como tratam nossos cidadãos mais pobres e vulneráveis.” Este é o veemente apelo dos bispos católicos escoceses lançado em vista das eleições para o Parlamento de Westminster, marcadas para o próximo dia 8 de junho. A exortação dos prelados está contida numa Carta pastoral que será lida no próximo domingo (21 de maio) em todas as 500 igrejas do país – cuja nação faz parte do Reino Unido.

Tutela da vida desde a concepção até a morte natural

Em particular, os prelados escoceses recomendam aos eleitores escolher os candidatos deixando-se guiar pelos princípios da Doutrina social da Igreja, entre os quais a defesa dos mais fracos e dos mais pobres e o combate ao aborto, à eutanásia e ao suicídio assistido que são práticas “moralmente inaceitáveis”.

Bem-estar da sociedade depende da família

A Conferência Episcopal Escocesa recorda aos eleitores que “o bem-estar da sociedade depende da saúde da família” e que “aqueles que estão no poder têm a obrigação de trabalhar por este objetivo com políticas que não penalizem economicamente as famílias com vários filhos”.

Na Carta pastoral é também central o chamado a combater a pobreza que ainda atinge “muitas pessoas”, e a acolher “migrantes, refugiados e aqueles que pedem asilo”, buscando prover “soluções pacíficas nas regiões de conflito”.

Liberdade de religião e de consciência

Ademais, olhando para o contexto da União Europeia, os bispos escoceses ressaltam a importância de “oferecer estabilidade e segurança para o futuro” do continente, reiterando a necessidade de que os candidatos “renovem a cooperação a nível internacional”.

Os bispos escoceses exortam também a tutelar o direito de religião e de consciência e fazem um apelo a contrastar o uso das armas nucleares, cuja utilização “é um grave crime contra Deus e contra a humanidade”.

Sim ao diálogo e ao respeito recíproco

“Os Estados têm o direito de possuir os meios necessários para a legítima defesa, mas isso não deve tornar-se um pretexto para um excessivo acúmulo de armas que se torna uma notável ameaça para a estabilidade e a liberdade” dos países”, lê-se no documento episcopal.

Por fim, todos os candidatos são exortados ao diálogo, ao respeito pelos diferentes pontos de vista e ao cuidado para com a sociedade, sobretudo para com seus membros mais vulneráveis. (RL)

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Bispos da Inglaterra e Gales a candidatos: não se esqueçam dos pobres

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Londres (RV) - “Recomendamos que não deixem de ir votar. Seu voto é uma questão de consciência”: com a premente exortação tem início a mensagem que os bispos da Inglaterra e Gales difundiram em vista das eleições programadas para o próximo dia 8 de junho.

No documento episcopal, que será lido no próximo domingo (21 de maio) em todas as 2.566 paróquias católicas das 22 dioceses do país, é elencada uma série de perguntas que os fiéis podem fazer aos candidatos para conhecer a posição deles sobre os temas mais importantes para os católicos.

Proteger indigentes e promover desenvolvimento internacional

A primeira preocupação dos bispos é para com os pobres e os vulneráveis: “Como os candidatos se comprometem a proteger os indigentes e a relançar o desenvolvimento internacional?” é a principal pergunta a ser feita, relacionada também à emergência habitacional de muitas famílias.

Outro tema essencial sobre o qual refletir diz respeito ao chamado “Brexit”, ou seja, a saída do Reino Unido da União Europeia, explicam os bispos.

“Há mais de três milhões de cidadãos da União Europeia que vivem no Reino Unido e cerca de um milhão de cidadãos britânicos que vivem nos outros países da União”, lê-se no documento, que fala de “um futuro incerto” e ressalta a importância de tutelar os direitos em particular no âmbito do trabalho, do ambiente e do desenvolvimento dos países mais pobres.

Defesa da vida desde a concepção até a morte natural

Outras perguntas a serem feitas aos candidatos dizem respeito à defesa da vida desde a concepção até a morte natural, com referência particular à lei que impede a legalização do suicídio assistido e com um forte apelo a tutelar a família e os menores.

Também a questão da reforma carcerária tem lugar de destaque, a fim de que os candidatos não se esqueçam que “numa sociedade civil as prisões deveriam ser lugares de redenção e reabilitação”; bem como a exortação ao acolhimento aos migrantes, segundo “uma política clara” e “equânime” para todos aqueles que “querem entrar e trabalhar no Reino Unido”.

Acolher migrantes e refugiados, tutelar liberdade religiosa e de credo

O mesmo apelo é feito pelos bispos também em favor dos refugiados e daqueles que pedem asilo, os sírios em particular. Os candidatos trabalham para garantir esse compromisso de acolhimento? – é uma das perguntas afins dos bispos da Inglaterra e Gales. Eles promovem uma sociedade que contrasta os crimes de ódio? Promovem espaço ao princípio da liberdade de religião e de credo?

“No mundo inteiro milhões de pessoas são perseguidas por causa de suas convicções religiosas. Por conseguinte, como os candidatos pretendem promover a liberdade de religião e a tutela das minorias, inclusive as minorias cristãs?” – questionam ainda.

Combate às novas formas de escravidão

As últimas perguntas dizem respeito à importância das escolas católicas que “contribuem positivamente para a sociedade, oferecendo seu serviço a mais de 845 mil crianças” do país. Daí, o chamado da Igreja à liberdade, para os pais, de escolher o tipo de educação a dar aos próprios filhos.

A nota episcopal conclui-se com um forte apelo contra as formas modernas de escravidão, “graves violações da dignidade humana” que requerem uma luta incisiva, acompanhada da assistência às vítimas.

“O Reino Unido tem uma longa tradição de generosidade e justiça. Os valores contidos nestas perguntas são fundamentais para o nosso modo de viver e para o bem da nossa sociedade”, concluem os bispos. (RL)

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Formação



Papa Francisco e os migrantes: caridade tem limite?

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Cidade do Vaticano (RV) – Na reforma da Cúria indicada pelo Papa Francisco, a seção dedicada aos migrantes e refugiados ganhou um impulso especial. O novo site foi apresentado recentemente e está disponível também em português. 

Dois sacerdotes, Pe. Michael Czerny e Pe. Fabio Baggio, respondem diretamente ao Pontífice. Com reuniões mensais, eles são encarregados de apresentar ao Papa relatórios, consultorias, atividades desempenhadas e, em troca, recebem sugestões e indicações de caminhos a seguir.

Um dos eventos que atualmente mais preocupam Francisco é a Conferência das Nações Unidas sobre migrações, programada para o final de 2018. A Santa Sé está se preparando desde já para apresentar pontos a serem tratados e, sobretudo, a serem incluídos no documento final.

A caridade tem limite?

Em viagens, audiências com líderes políticos, homilias, o Pontífice não perde ocasião de chamar à atenção mundial o drama de milhares de migrantes – drama que ele define como a pior tragédia desde a II Guerra Mundial. Recentemente, antes de partir ou regressar ao Vaticano, tem saudado inteiras famílias que passaram por esta experiência. Francisco insiste no dever de acolhimento e responsabilidade. E aí fica a pergunta: a caridade tem limite?

Quem responde é justamente o scalabriniano Pe. Fabio Baggio, colaborador direto de Francisco desde os tempos em que era Arcebispo de Buenos Aires...

Obviamente o Papa é livre de se expressar como queira e estou perfeitamente convencido, trabalhando com ele, que o Espírito Santo o está assistindo de modo muito eficaz e efetivo. E posso dizer também que está muito inspirado quando dirige mensagens e quando se permite destacar algumas realidades que são verdadeiramente problemáticas. O nosso grande problema como católicos é: qual o limite da caridade? Onde acaba o amor que nós devemos doar aos outros? Se fizermos considerações políticas, considerações da real politik, chegaremos a conclusões que ‘não podemos estar abertos a todos’, ‘devemos estar atentos’, ‘a segurança nacional’...

Mas falando de Igreja Católica, os confins nacionais são para nós muito tênues, no sentido de que a Igreja é universal e todo irmão e irmã que vem bater à nossa porta é um irmão e uma irmã. Além disso, temos um compromisso muito forte, que nos vem diretamente do Evangelho, que diz: era estrangeiro e me acolhestes. Não diz quantos eram, quantos bateram, quantos chegaram....

Se o Papa se permite insistir no chamamento evangélico de Jesus Cristo, eu penso que vale a pena para os católicos insistir neste impulso especial do amor de Deus que nos leva rumo ao outro. Aos outros, em todo caso, o Santo Padre recorda que temos um dever de solidariedade, que vai muito além daquilo que é considerado como dever: temos responsabilidades em relação ao mundo e refiro-me ao que é definido como “norte global”, isto é, aqueles países com mais recursos econômicos e financeiros, seja por razões geográficas ou históricas. Nesses países, deve nascer uma maior responsabilidade de compartilha, pois como destaca o Papa, este acolhimento é somente um momento de solidariedade, enquanto é preciso encontrar a solução para aqueles problemas que geram esses fluxos migratórios que, de fato, podem se tornar difíceis de administrar. Certamente não é espontâneo abrir a porta de nossa casa para qualquer um, mas é um esforço que devemos fazer. Se conseguirmos resolver a causa negativa que obriga as pessoas a migrar, garantiremos o direito a não ter que migrar, que é tão importante quando o direito a migrar.

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Pe. Mometti: água doce, maior riqueza da Amazônia

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa com o missionário italiano Pe. João Mometti que mora há 60 anos no Brasil.  

Na conversa com Silvonei José, ele nos explica mais um pouco sobre o projeto ‘Novo Moisés’ que usa um método sustentável e conceitos ecologicamente corretos na criação de peixes. 

"O meu grande sonho é voltar a fazer da Amazônia a terra do sonho dos pobres, porque não é criando gado, não é criando grandes extensões de soja que se faz o progresso. A nossa maior riqueza na Amazônia, não é a árvore, que respeitamos, pelo amor de Deus, mas é a água doce. Temos 30% da água doce do mundo. Tem um mundo aí ficando sem água e nós temos 30% da água doce do mundo", disse o sacerdote.

Segundo Pe. Mometti, o projeto é realizado na beira dos rios, pois ali não há floresta. Criam-se tanques para o plantio de arroz e criação de peixes como carpas e pirarucu. "Cada tanque dá de 50 a 60 toneladas de alimento. Este é o projeto para salvar o mundo da fome", frisou o missionário.  

(MJ/SP)

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Atualidades



Dom Auza na ONU: combater violência contra mulheres nos conflitos

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Nova Iorque (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, fez um apelo em prol do combate à violência sexual nos conflitos, durante seu pronunciamento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta terça-feira (15/05).

O arcebispo filipino, no debate público sobre o tema “Mulheres, paz e segurança”, pediu aos Estados e à comunidade internacional para que seja dada prioridade a essa questão. 

“O sofrimento incalculável de várias mulheres que ainda hoje continuam sendo vítimas dessa crueldade deve nos impelir a agir”, disse o prelado. 

Com palavras fortes, Dom Auza fez referência ao último relatório apresentado pelo Secretário-Geral da ONU sobre a violência sexual nos conflitos, recordando que nessa expressão estão incluídos sequestros e tráfico de pessoas, escravidão sexual, prostituição, aborto, esterilização e casamentos forçados. 

Nesse contexto “terrível e criminoso”, o representante da Santa Sé chamou a atenção para o uso da violência sexual como “tática de terrorismo”. 

“Os motivos por trás desse crime perverso, citados no relatório, são uma ladainha do mal: incentivar o recrutamento de terroristas, aterrorizar e dispersar as populações, forçar conversões através de casamentos, suprimir os direitos fundamentais das mulheres, tirar proveito do tráfico sexual, extorquir dinheiro das famílias desesperadas, oferecer mulheres e garotas como vítimas de guerra para compensar os combatentes, que podem ser vendidas ou exploradas por eles como quiserem, e usar mulheres e garotas como escudos humanos e camicases.” 

“Não são necessárias outras provas para documentar que mulheres e garotas são especificamente orientadas como tática para criar medo, aniquilar sua vontade e obter dinheiro para a máquina terrorista.” 

“Em resposta a essa cultura da violência, o mundo, especialmente as mulheres e garotas cuja dignidade é violada ferozmente, olham ao Conselho de Segurança com esperança e aguardam uma ação”. “Que elas não esperem em vão”, concluiu Dom Auza. 

(MJ) 
 

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Card. Sandri: divisão seria vitória daqueles que não amam a Ucrânia

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Melbourne (RV) - “A Santa Sé tem convicção da importância do respeito da integridade territorial e da necessidade de respeitar o direito internacional.” Foi o que disse o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, durante a Divina Liturgia pontifical celebrada esta segunda-feira (15/05) na catedral da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo dos Ucranianos, em Melbourne, uma das etapas de sua viagem à Austrália.

Iniciativa do Papa: ajuda concreta entre Igrejas europeias

“Sabemos como o Santo Padre tem a peito a situação da pátria-mãe de vocês, tanto que rompeu a cortina de silêncio e convocou uma coleta extraordinária entre as Igrejas da Europa para oferecer ajudas e solidariedade concreta aos muitos pobres gerados por esta guerra injusta”, disse o purpurado.

Respeito à integridade territorial e ao direito internacional

“Sabemos muito bem que o primeiro martírio ao qual vocês são submetidos é o do silêncio internacional – acrescentou. E que a vitória daqueles que não amam a Ucrânia seria a sua separação e divisão. A Santa Sé tem a convicção da importância do respeito à integridade territorial e da necessidade de respeitar o direito internacional”.

“Mas a iniciativa do Santo Padre é a do gesto concreto gesto de proximidade e ajuda e por isso queremos agradecer, com o nosso auxílio com a oração, ao tempo em que o Pontífice acabou de concluir sua grande peregrinação a Fátima, para confiar novamente as sortes da humanidade à Virgem Santa”, acrescentou.

“Estou certo de que serão os mesmos sentimentos que em julho próximo guiarão muitos compatriotas de vocês, por ocasião da grande peregrinação Santuário nacional ucraniano de Zarvaniza.”

Vitória que vence o mundo torna-os discípulos missionários

O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais concluiu deixando uma exortação e encorajamento aos presentes: “Não se esqueçam que nenhuma força do mundo é mais forte do que a fé católica de vocês, pela qual seus pais lutaram e sofreram. Sejam fiéis a essa herança, porque é a vitória que vence o mundo e os torna discípulos missionários do Evangelho de Jesus também aqui na Austrália.” (RL/Sir)

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