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Sumario del 17/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: Deus é um sonhador, porque sonha a transformação do mundo

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Cidade do Vaticano (RV) - Maria Madalena, apóstola da esperança: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira (17/05). 

Aos cerca de 20 mil fiéis presentes na Praça S. Pedro, entre os quais brasileiros da Bahia, de Fortaleza e Brasília, o Pontífice deu prosseguimento ao ciclo sobre a esperança no contexto do mistério pascal, falando daquela que, por primeiro, viu Jesus ressuscitado.

Após a sua morte e assim que o descanso do Sábado o permitiu, Maria Madalena foi até o sepulcro para completar os ritos fúnebres. Ao chegar, viu que alguém tinha removido a pedra que estava à porta do sepulcro e logo pensou que tivessem roubado o corpo de Jesus. Este trajeto rumo ao sepulcro, disse o Papa, espelha a fidelidade de tantas mulheres que são devotas por anos às ruelas dos cemitério, em memória de alguém que não existe mais. “Os elos mais autênticos não são interrompidos nem mesmo pela morte: há quem continua a amar mesmo que a pessoa amada tenha ido embora para sempre”, afirmou Francisco em meio aos aplausos dos fiéis.

Deus nos chama pelo nome

Ela advertiu os discípulos e, em seguida, voltou novamente ao sepulcro com uma dupla tristeza: a morte de Jesus e o desaparecimento de seu corpo. Porém, desta vez, foi surpreendida pelo aparecimento de dois anjos e, finalmente, do próprio Jesus, a quem reconhece quando este a chama pelo nome: Maria!

“Como é belo pensar que a primeira aparição do Ressuscitado tenha ocorrido de modo assim tão pessoal!”, disse Francisco. “Tem alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e a nossa desilusão, que se comove e nos chama pelo nome. Em volta de Jesus, há muitas pessoas que buscam a Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há um Deus que se preocupa com nossa vida. Cada homem é uma história de amor que Deus escreve sobre esta terra. A cada um de nós Deus chama por nome, nos olha, nos espera, nos perdoa, tem paciência. É verdade ou não?”, perguntou o Papa aos fiéis.

Revolução não é como um conta-gotas

A ressurreição de Jesus é uma revolução que transformou a vida de Maria Madalena e transforma a vida de cada um de nós. Uma revolução que não vem como conta-gotas, mas é como uma cascata que se expande por toda a existência. Esta não é marcada por “pequenas felicidades”, mas por ondas que levam tudo.

Nosso Deus é sonhador

Francisco convidou os fiéis a imaginarem este instante em que Deus nos chama por nome e diz: “Levante-se, pare de chorar, porque vim libertar!”. Jesus, prosseguiu, não se adapta ao mundo, tolerando que prevaleçam a morte, o ódio, a destruição moral das pessoas... “O nosso Deus não está inerte, permito-me dizer que nosso Deus é um sonhador, que sonha a transformação do mundo e a realizou no mistério da Ressurreição.”

O Papa concluiu falando novamente de Maria Madalena. Esta mulher que, antes de encontrar Jesus estava à mercê do maligno, agora se transformou em apóstola da nova e maior esperança. “Que a sua intercessão  nos ajude a viver também nós esta experiência: na hora do pranto e do abandono, ouvir Jesus Ressuscitado que nos chama por nome, e com o coração repleto de alegria anunciar: Vi o Senhor! Mudei de vida porque vi o Senhor. Esta é a nossa força e esta é a nossa esperança.”

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Papa participará em outubro de encontro "Repensar a Europa"

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa participará de um grande encontro por ocasião dos 60 anos do Tratado de Roma. Promovido pela Comissão dos episcopados da Comunidade europeia (Comece) e pela Santa Sé, o encontro se realizará de 27 a 29 de outubro e terá como tema “Repensar a Europa”. A presidência da Comece falou com o Papa Francisco sobre este encontro ao ser recebida pelo Pontífice na tarde desta terça-feira (16/05) no Vaticano. 

Entender juntos o que se quer fazer hoje na Europa

Vimos falar com o Santo Padre sobre “o encontro de diálogo que a Santa Sé e a Comece organizarão para o final de outubro entre as Igrejas e os atores do mundo político, para entender juntos o que queremos fazer hoje na Europa”, disse o secretário geral da Comece, Frei Olivier Poquillon.

“A União Europeia é uma máquina extraordinária, uma máquina talvez um pouco pesada, mas que é capaz de assegurar a paz e de assegurar uma certa prosperidade. Mas a pergunta é: esta paz e esta prosperidade são para todos? – questionou o religioso dominicano.

No encontro com o Pontífice os bispos europeus falaram durante uma hora com Francisco sobre as questões abertas que marcam o Velho Continente: as migrações, a pobreza, o mercado e a economia social.

Europa desempenha papel específico no mundo

Todos temos a consciência de que a Europa se encontra hoje numa situação crucial. “Se não se faz nada corremos grandes riscos não somente para a União Europeia, mas para todo o continente europeu e para o mundo inteiroo. A Europa desempenha um papel específico no mundo”, disse Poquillon.

“A nossa história mostrou que é possível reconciliar-se entre inimigos. Trata-se de uma reconciliação que não buscou somente acabar com as hostilidades, mas construir algo de positivo.” O desafio agora é recolocar “o bem comum” no centro da União Europeia.

Igreja não pretende substituir-se à política

“Este encontro de outubro com o Santo Padre e a Santa Sé é destinado a propor aos atores políticos uma plataforma de diálogo com as Igrejas para repensar juntos a Europa. A Igreja não tem respostas pré-constituídas, não pretende substituir-se à política. Trata-se de ter novamente o gosto de investir no bem comum”, acrescentou o secretário geral da Comece.

Conduzida pelo presidente Cardeal Reinhard Marx – arcebispo  de Munique e Freising (Alemanha), a presidência da Comece estava composta por Dom Jean Kockerols – bispo auxiliar de Malines-Bruxelas (Bélgica); Dom Gianni Ambrosio – bispo de Piacenza-Bobbio (Itália); Dom Czeslaw Kozon – bispo de Copenhague (Dinamarca); e Dom Rimantas Norvila – bispo de Vilkaviskis (Lituânia). (RL/Sir)

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Papa visitará paróquia romana de São Pedro Damião

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitará, no próximo domingo (21/05), a Paróquia romana de São Pedro Damião, situada no bairro Casal Bernocchi. 

O Santo Padre será acolhido pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, titular da paróquia, pelo Bispo auxiliar do setor sul da cidade, Dom Paolo Lojudice, pelo pároco Pe. Lucio Coppa, e demais sacerdotes daquela área.

Francisco será o terceiro pontífice a visitar esta comunidade. O primeiro foi Paulo VI, em 27 de fevereiro de 1972, por ocasião do 9º centenário da morte de São Pedro Damião. São João Paulo II visitou essa paróquia em 13 de março de 1988. 

Durante a visita, o Papa Francisco encontrará oitenta crianças que estão se preparando para a primeira comunhão e cerca de cem adolescentes que frequentam o curso pós-crisma. 

O Santo Padre encontrará também os jovens, os doentes, os idosos, as famílias cujos filhos foram batizados este ano, os membros do Caminho neocatecumenal, os agentes pastorais da paróquia e os voluntários da Caritas. A seguir, o Papa confessará quatro paroquianos e às 18h locais presidirá a celebração eucarística. 

“A comunidade acolheu a notícia com grande alegria”, disse o pároco Pe. Lucio, responsável pela Paróquia de São Pedro Damião desde 2005, que falou também dos problemas vividos nessa área da Cidade Eterna, como a “falta de serviços essenciais, pouco comércio e lugares de agregação”. “É um bairro dormitório. As pessoas saem de casa de manhã cedo para trabalhar e voltam à noite. Nem todos participam das celebrações, mas estão sempre disponíveis a contribuir, em caso de necessidade”, disse ele. 

A Paróquia de São Pedro Damião oferece um serviço Caritas desempenhado por quinze voluntários: cinquenta famílias pertencentes à comunidade paroquial recebem, duas vezes por mês, uma contribuição em alimento. “Trata-se de famílias jovens, quase todas italianas, cujo chefe de família perdeu improvisamente o trabalho ou tem um emprego precário”, explicou Pe. Lucio. 

Há um ano, está funcionando o refeitório que, por dois sábados no mês, oferece uma refeição a cerca de cinquenta pessoas provenientes dos bairros vizinhos. “Muitas vezes, dentre os nossos hóspedes encontramos pais divorciados que não conseguem arcar com todas as despesas”, disse o pároco. 

O oratório da paróquia é frequentado por cerca de cinquenta crianças todos os domingos de manhã, após a missa das crianças. No período de verão fica aberto todos os dias durante um mês, graças à disponibilidade dos jovens animadores. 

A Paróquia de São Pedro Damião organiza quatro dias de festa por ocasião do aniversário de dedicação da igreja, 8 de junho de 2002, e a feira de Natal promovida nos quatro domingos de Advento, cuja renda é utilizada a cada ano em obras beneficentes. 

(MJ)

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Dom Becciu permanece na Ordem de Malta até eleição do Grão Mestre

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Cidade do Vaticano (RV) -  Não obstante a eleição do Lugar-Tenente do Grão Mestre Fra’ Giacomo Dalla Torre, realizada em 29 de abril, o delegado especial nomeado pelo Papa Francisco para a Ordem de Malta, o Substituto da Secretaria de Estado, Arcebispo Angelo Becciu, continuará no cargo até a eleição do novo Grão Mestre, o que deverá ocorrer dentro de um ano.

A informação é do Embaixador da Ordem de Malta junto à Santa Sé, Antonio Zanardi Landi, que explicou que "Dom Becciu assistirá a Ordem no processo de reforma dos Estatutos, em particular no que diz respeito ao papel e às funções dos componentes religiosos e os membros professos, que são numerosos e representam o núcleo central da Ordem".

A Ordem de Malta é um organismo quase milenar, que teve como objetivo primário oferecer ajuda, apoio e proximidade aos doentes, aos pobres e aos excluídos, sem distinção de nacionalidade, língua ou religião. Com seus 13 mil membros e mais de cem mil voluntários e funcionários, a Soberana Ordem Militar de Malta é uma realidade que sempre esteve a serviço da Igreja e do bem integral do homem.

Em entrevista ao L'Osservatore Romano após ser eleito Lugar-Tenente do Grão Mestre,  Fra' Giacomo Dalla Torre, do Templo de Sanguinetto, falou, entre outras coisas, sobre a especificidade da Ordem de Malta:

"A Ordem de Malta tem uma história de quase mil anos. Nasceu na Terra Santa como Ordem Hospitalária e no decorrer do tempo, mesmo em momentos de grande dificuldade, nunca esqueceu a sua missão: ajudar os pobres, os doentes, os excluídos, in suma, qualquer pessoa que tenha necessidades, sem distinção de origem ou de religião. Isto é o que determina a nossa carta constitucional. Os nossos cem mil voluntários e funcionários e os 13.500 membros colocam em prática este princípio todos os dias, nos 120 países onde atuamos. As nossas obras respondem às necessidades de quem assistimos: administramos refeitórios sociais e centros médicos, apoiamos programas de acompanhamento de pessoas com necessidades especiais e idosos, prestamos socorro no campo da saúde às pessoas que fogem da guerra e da pobreza, quer em terra firme como no Mediterrâneo, em embarcações da Marinha militar italiana; intervimos em casos de desastres naturais".

OR: Esta presença capilar coloca a Ordem em primeira linha no contato com culturas, línguas, tradições e religiões diversas. Que significado assume este papel tão particular?

"Há algum tempo um jornalista definiu com uma brincadeira a Ordem de Malta, como uma antiga expressão das Nações Unidas. Com efeito, a Ordem reagrupa associações, corpos de voluntários e de socorro, embaixadas, em todo o mundo. E todas estas entidades têm o mesmo objetivo: aliviar o sofrimento de nossos irmãos. Com este objetivo, a Ordem é, por constituição, neutra e apolítica. Não age em base à agendas políticas ou econômicas, e este é o nosso verdadeiro ponto de força, que nos permite atuar e ser acolhidos por comunidades diversas, mesmo em áreas críticas. Por exemplo, na Turquia fronteira com a Síria, operamos em um hospital de campanha e as nossas clínicas móveis levam assistência médica aos campos de refugiados no norte do Iraque. No Líbano alguns projetos médico-sociais são administrados em estreita colaboração com as comunidades xiitas e sunitas: um belíssimo exemplo de colaboração entre confissões diversas. Em Belém, o nosso hospital da Sagrada Família permite o nascimento a cada ano mais de 3 mil crianças. Na Alemanha temos cerca de 150 centros de assistência para os migrantes. Para nós, línguas, culturas e tradições diferentes são um enriquecimento e não uma ameaça".

OR: Seu avô Giuseppe foi Diretor do L'Osservatore Romano de 1920 a 1960. Que recordações o senhor tem dele?

"Meu avô era uma pessoa muito direta e afetuosa. Como grande parte dos vênetos tinha um apurado senso de humor e amava contar piadas. Foi chamado para dirigir o "L'Osservatore Romano" em decênios difíceis. Durante o fascismo, o "nono" se posicionou abertamente contra a perseguição aos judeus e aos antifascistas e acolheu em sua casa, no Vaticano, diversos opositores do regime, entre os quais Alcide De Gasperi. Pelas suas posições, a nossa família viveu momentos difíceis. Era realmente um católico muito comprometido".

(JE - Osservatore Romano)

 

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Igreja na América Latina



Paraguai: Bispos reiteram compromisso em combater abusos

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Assunción (RV) - Diante das acusações de abusos de menores e de outros crimes por parte dos membros da Igreja no Paraguai, os bispos do país expressaram a sua "imensa dor pelo escândalo provocado por aqueles que causaram graves consequências a pessoas vulneráveis". 

"Não aceitamos estes fatos e os condenamos - lê-se em um comunicado da Conferência Episcopal do Paraguai divulgado nos dias passados - porque contrariam a mensagem e a missão da Igreja cristã e pedimos perdão por todos eles".

Empenho pela verdade e transparência

Entre as acusações que envolvem o clero, a nota dos bispos faz menção ao caso de Carlos Ibáñez, sacerdote argentino acusado de ter cometido abusos contra diversos menores em Córdoba, Argentina, e que entrou no Paraguai em 1992.

"Rejeitamos a acusação de acobertamento dos fatos e reafirmamos o nosso compromisso com a verdade, a transparência e uma ação decidida". Os bispos reiteraram, outrossim, que continuarão "com oportunas verificações, segundo as disposições do Protocolo de investigação sobre denúncias de abusos sexuais contra menores, elaborado por expoentes do clero em julho de 2015, até os casos serem esclarecidos". "Que os culpados - afirma a nota -  sejam severamente punidos na forma mais adequada". Os bispos também manifestaram satisfação pelo "papel desempenhado pela mídia na formação da opinião pública".

Compromisso com a prevenção

No que diz respeito às vítimas, os bispos paraguaios expressaram sua "proximidade", reiterando o compromisso em "combater resolutamente" esta chaga.

"Confiamos à fervorosa oração de toda a comunidade eclesial - conclui o comunicado - a missão de evangelização que temos enquanto Igreja". (JE)

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Igreja no Mundo



Santuário do Despojamento em Assis: redescobrir a simplicidade

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Assis (RV) -  "Por que 800 anos depois?". Com esta interrogação teve início a reflexão do Bispo da Diocese de Assis-Nocera Úmbria-Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino, ao presidir no último domingo (14/05) em Assis às Solenes Vésperas e a procissão com aquela que é considerada a primeira relíquia de São Francisco, ou seja, o manto com que o Bispo Guido cobriu a nudez de Francisco ao despir-se em Praça pública, como sinal de total despojamento dos bens terrenos.

A procissão com um fragmento do manto partiu da Basílica de Santa Clara após a celebração das Vésperas, para então chegar ao novo Santuário, confiado pelo bispo aos cuidados dos frades menores capuchinhos. A inauguração está sendo marcada por celebrações e intensas atividades desde o dia 14 até 21 de maio.

Gesto que nos interpela

"Devemos nos perguntar isto - exortou o prelado. Também eu me questiono: o que eu teria feito no lugar do Bispo Guido? Depois de onze anos, finalmente, consegui ver surgir este Santuário do Despojamento. Desde que cheguei a Assis, não houve dia em que este lugar não tenha me levado a refletir e provocado uma sã inquietação".

"Ora - considerou Dom Domenico -  neste tempo em que um punhado de homens possui toda a riqueza, ao lado de tanta miséria, e uma imensidão de pessoas vive na indiferença e na pobreza mais extrema, recordemo-nos de Francisco, que depois de 25 anos de seu batismo, reencontrou o caminho possível e o percorreu. Também nós podemos fazer o mesmo".

A caminhada com aquela que é considerada como "a primeira relíquia de São Francisco" foi uma "procissão orante", acompanhada por muitos fiéis, também pela transmissão via web.

A fisionomia de Assis está completa

"Este é um Santuário de vida. O novo Santuário ereto no Natal assume agora a sua plena fisionomia - disse o prelado ao chegar no Santuário do Despojamento, tendo em mãos a preciosa relíquia. Este ícone deve ajudar-nos a construir a Igreja, a construir a família. Ele contribuirá à grande mensagem de Assis que é um santuário a céu aberto. O elo que faltava agora existe, a fisionomia de Assis agora está completa".

Em breve - antecipou Dom Domenico - estará pronto o livro-dossiê que, entre outras coisas, apresentará as fontes franciscanas referentes a este acontecimento.

Papa Francisco e o despojamento

Durante todo o dia foram desenvolvidas inúmeras atividades em Assis, como uma mesa-redonda intitulada "O Despojamento hoje, a provocação do Papa Francisco", reunindo o Arcebispo de Bolonha, Dom Matteo Maria Zuppi e a Prefeita de Assis, Stefania Proietti.

"Este Santuário - sublinhou o prelado - nos ajuda a viver este momento no qual o Papa Francisco nos compromete. O despojamento é uma grandíssima oportunidade para redescobrir a sobriedade e a simplicidade e viver as coisas belas e verdadeiras que contam, abandonando um consumismo devastador. E a Igreja deve começar a despojar-se daquelas  riquezas e daquele bem-estar que condicionam mais do que possamos acreditar. Também para a Igreja o despojamento é possível, o despojamento da organização, da superestrutura, reapropriando-nos da alegria, aquela que vem do Evangelho".

Durante o domingo também foram apresentadas as atividades do  Instituto Seráfico, fundado pelo frade franciscano São Ludovico de Casória em17 de setembro de 1871 - dia em que São Francisco recebeu os estigmas. O instituto atende crianças e jovens com necessidades especiais, provenientes de todo o território italiano.

Nova pérola no panorama religioso da Cidade seráfica

O Santuário que será inaugurado em 20 de maio é uma “nova pérola” no panorama religioso da “Cidade seráfica”, que oferecerá à comunidade cristã e aos peregrinos outra “grande oportunidade” da qual “se pode esperar frutos espirituais e pastorais”, escreveu o Papa Francisco na carta endereçada a Dom Domenico Sorrentino no Domingo de Páscoa. 

(JE/assisnews)

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Egito: muçulmanos ajudam a construir igreja copta em Ismailia

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Cairo (RV) -  Foi preciso pouco mais de um ano para concluir a construção da segunda igreja do povoado de Ismailia, na Província egípcia de Minya. O intento foi possível, também graças à contribuição financeira da comunidade muçulmana local.

Dedicada a São Jorge e a Virgem Maria, a nova igreja foi inaugurada com festa na última semana, na presença de cristãos muçulmanos da comunidade local.

Na área do povoado de Ismailia vivem 20 mil egípcios, sendo um terço deles cristãos coptas e dois terços muçulmanos sunitas.

Exemplo para o país

Em seu pronunciamento, o Prefeito Ibrahim afirmou que o projeto de construção da igreja era um sinal visível e concreto para o fortalecimento da concórdia nacional, tendo sido realizado graças à contribuição da população local e sem fazer recurso à capital estrangeiro, que muitas vezes financia a construção de locais de culto no exterior para expandir a rede de influência política ou sectária.

A decisão de construir uma segunda igreja foi tomada há pouco mais de um ano, para evitar que os cristãos tivessem que se afastar muito das próprias casas para participar da liturgia, expondo-se assim a riscos de agressões e sequestros.

Aprovação do projeto

O "Comitê de Reconciliação" de Ismailia - encarregado de prevenir e resolver conflitos sectários - havia aprovado em março de 2016 a construção do novo templo copta, determinando também a área a ser destinada à construção do local de culto cristão.

Na assembleia do comitê - referiram na época fontes locais consultadas pela Agência Fides - os membros do organismo, em grande parte muçulmanos, haviam votado a eventual construção da igreja e a localização escolhida.

A proposta obteve 49 votos favoráveis e somente 4 contrários. A votação quase unanimidade favorável ao projeto representou um alívio pela comunidade cristã local, visto que no passado a área foi marcada por diversos episódios de violência sectária.

(JE/Fides)

 

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Coreia: bispos apoiam campanha pelo fim das centrais nucleares

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Seul (RV) - Não construir novas centrais nucleares, desativar os velhos reatores, cessar a exportação de conhecimentos tecnológicos nesta matéria. Estas são as principais recomendações contidas na petição lançada há algumas semanas ao governo da Coreia do Sul, pela organização Solidariedade Católica, que congrega associações comprometidas com as causas ambientais.

Iniciativa apoiada pela Conferência Episcopal

O texto, de apenas uma página, já foi assinado por milhares de pessoas e organismos, incluindo a Conferência Episcopal Coreana. O objetivo é conseguir 1 milhão de assinaturas, o que é possível, considera o Bispo emérito de Andong, Dom René Dupont.

Em declarações ao jornal francês "La Croix", o prelado afirmou existir "um consenso geral sobre a questão nuclear. Todos os partidos políticos e todas as Igrejas estão de acordo em relação à redução de seu uso".

A posição do episcopado católico coreano, não é outro do que a natural consequência de uma série de tomadas de posição contra a energia nuclear ocorridas nos últimos anos.

Debates sobre o tema

Há meses a opinião pública coreana interroga-se sobre a segurança das instalações nucleares e sobre a oportunidade de seguir pelo caminho das energia renováveis, especialmente a partir de 12 de setembro de 2016, quando dois abalos sísmicos de 5,1 e 5,8 graus na Escala Richter, obrigaram a interrupção temporária das atividades de quatro reatores da Central de Wolsong, Província de Gyeingsang.

Desde então, as iniciativas contra o uso da energia nuclear multiplicaram-se. Em particular, alguns dias após o terremoto, cerca de 60 militantes cristãos coreanos e japoneses fizeram uma peregrinação de Busan - local onde está o reator mais antigo do país - até Samcheok, onde novos estão em construção.

Bispos pedem abolição universal do nuclear

A peregrinação - a primeira do gênero na Coreia - teria sido financiada pelo Comitê Episcopal coreano para a Ecologia e o Ambiente e pela Conferência Episcopal Japonesa, segundo refere a Ucanews.

O apoio desta última não surpreende, visto que em 11 de novembro de 2016, os bispos japoneses haviam publicado uma declaração na qual pediam a abolição universal da energia nuclear.

"Aquilo que o Japão sofreu depois do desastre de Fukushima - escrevem - nos convence sobre a necessidade de informar o mundo inteiro dos perigos da energia nuclear e de pedir a sua abolição universal".

O apelo do Solidariedade Católica contra o nuclear é dirigido, sobretudo, aos candidatos às próximas eleições presidenciais.

(JE - Osservatore Romano)

 

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Ilha de Ischia será consagrada ao Coração Imaculado de Maria

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Ischia (RV) - “Consagraremos nossa Igreja e toda a Ilha à Virgem Maria, pedindo a Nossa Senhora que nos coloque todos em seu Coração Imaculado a fim de que também nossos corações, como o Seu, sejam capazes de bater por Seu Filho Jesus e pela causa do Reino de Deus.”

É o que escreve o bispo de Ischia – famosa ilha do golfo de Nápoles, sul da Itália –, Dom Pietro Lagnese, numa carta pastoral com a qual, na memória da Virgem de Fátima, comunica à diocese “o desejo de fazer um ato de consagração à Santa Mãe de Deus”, a realizar-se em 13 de outubro com a consagração da diocese e da Ilha ao Coração Imaculado de Maria.

Atenção aos pobres e marginalizados

Que o coração dos fiéis sejam “corações de carne e não de pedra, corações que ardam e não lentos no crer na Palavra; corações capazes de amar a Deus sobre todas as coisas e, como irmãos, aos que encontrarmos em nosso caminho, começando pelos mais pobres e marginalizados”, são os votos do prelado, reporta a agência Sir.

Em procissão com a imagem de Nossa Senhora de Fátima

O ato de consagração será feito ao término de uma procissão com uma pequena imagem de Nossa Senhora proveniente do Santuário de Fátima, em Portugal.

“Convido as comunidades paroquiais, com a ajuda dos presbíteros, a se prepararem espiritualmente para o ato de consagração, a fim de que dele possam brotar, para cada um de nós e para toda a nossa Igreja, graças de conversão e de vida nova e frutos abundantes de santidade”, conclui o bispo da diocese insular. (RL)

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Namíbia: Concluída 12ª Assembleia Geral da Federação Luterana Mundial

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Windhoek (RV) -  “Uma extraordinária oportunidade para afirmar que a Comunhão luterana é um dom compartilhado por muitos e que tem a missão de testemunhar Cristo no mundo com alegria, para dar graças ao Senhor”.

Assim foi definida a 12ª Assembleia Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), realizada de 10 a 16 de maio em Windhoek, capital da Namíbia.

Dedicada ao tema “Libertos pela graça de Deus”, o encontro contou com a participação de 324 delegados, provenientes de 98 países, representando os 145 membros da FLM, além de muitos convidados que, com a sua presença, reafirmaram mais uma vez o quanto os luteranos estão comprometidos na unidade visível da Igreja.

Nigeriano eleito novo Presidente

Durante os dias do encontro os participantes rezaram, debateram, votaram, compartilharam experiências locais de diálogo, martírio, acolhida, agradecendo ao Senhor pelos dons nas respectivas comunidades.

Também procurou-se traçar percursos de comunhão com os quais viver a tradição luterana no século XXI e promover uma missão sempre mais compartilhada entre os cristãos.

Na ocasião também foi escolhido o sucessor do bispo palestino Mounib Younan: trata-se do Arcebispo nigeriano Musa Panti Filibus.

Construir novas pontes com o mundo islâmico

O tema da reconciliação da memória foi um dos pontos mais discutidos pelos participantes, mesmo porque o encontro da Federação Luterana Mundial realizou-se na Namíbia, nação onde ainda é muito viva a lembrança das violências perpetradas pelos alemães no tempo da ocupação colonial, motivo pelo qual existe entre Alemanha e Namíbia um específico caminho de reconciliação.

O compromisso com o diálogo foi reafirmado também na perspectiva de construir sempre novas pontes com o mundo islâmico.

Deste ponto de vista, com grande favor, foi avaliado o recente acordo de colaboração com a Islamic Relief Worlwife, que marca a abertura de uma nova estação nas relações entre luteranos e muçulmanos, para uma cultura de acolhida e solidariedade.

Favorecer o crescimento da comunhão cristã

As três articulações – salvação, seres humanos, criação “não à venda” – por meio dos quais foi aprofundado o tema da Assembleia, levaram à redescoberta, na centralidade da vida e na missão da Igreja, da ideia da gratuidade da salvação, assim como o próprio Lutero havia indicado com palavras que não somente permanecem de grande atualidade, mas favorecem o crescimento da comunhão na FLM e, de forma mais geral, o ecumenismo.

Não à comercialização da fé

Precisamente em nome desta tradição, o encontro da FLM reiterou que são rejeitadas todas as formas de “comercialização” da fé e condenadas a violência e a marginalização, principalmente quando estas dizem respeito às mulheres.

A este respeito, pediu-se às Igrejas-membro que ainda não procedem à ordenação, de repensar esta decisão à luz do que é feito nas 119 comunidades luteranas onde atuam pastoras.

A atenção em relação a uma sempre mais ativa presença das mulheres na vida da Igreja manifestou-se também na escolha de confiar o sermão da abertura à Pastora Elena Mondarenko, da Igreja Evangélica Luterana da Rússia europeia, e o de encerramento à Pastora Lydia Posselt, da Igreja Luterana nos Estados Unidos.

Custódia da Criação

Amplo espaço foi dado ao tema da custódia da Criação, que interpela os luteranos a vencer a tentação – muitas vezes alicerçada em interpretações equivocadas das Sagradas Escrituras – de agir como senhores da criação a quem tudo é permitido.

A atitude correta, assim, seria a de uma relação com o mundo vivida como “humildes servos”, que agem com responsabilidade pensando no amanhã e no bem comum.

A reflexão sobre a custódia da Criação ajuda também a combater as tantas desigualdades - tema que foi muito debatido – e para o qual foi pedido um maior empenho em nível global, além daquilo que já é feito pelas comunidades locais.

Cristãos chamados a anunciar o amor de Deus

De Windhoek, como se pode ler na mensagem final, os luteranos relançaram assim a ideia de que, precisamente porque libertos pela graça de Deus, os cristãos são chamados a anunciar “o amor repleto de alegria” e a servir o próximo, fazendo a experiência cotidiana da acolhida do outro.

(L’Osservatore Romano – JE)

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Verba do Governo russo para revitalização do Centro Histórico de Belém

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Belém (RV) – O governo russo destinou 4 milhões de dólares para os trabalhos de restauração e reconstrução do Centro Histórico de Belém.

As obras de revitalização urbana, que terão início em setembro do corrente, se concentrarão na “Rua da Estrela” (patrimônio da Unesco), que atravessa a cidade antiga de Belém, além de vias adjacentes.

A “Rua da Estrela”

O projeto de reestruturação viária e de edificações da cidade palestina – explicou à Agência Sputnil Aydar Aganin, responsável pela representação russa junto à Autoridade nacional Palestina -  será realizado em colaboração com o Ministério das Finanças palestino e com as autoridades da Prefeitura de Belém.

Segundo a tradição, pela “Rua da Estrela”, passou também a Sagrada Família, quando chegou à cidade de Belém para o nascimento de Jesus.

Preservação dos locais sagrados no coração dos ortodoxos

Por ocasião de sua recente visita à Rússia, o Presidente palestino Mahmoud Abbas, foi recebido no Mosteiro de São Daniel também pelo Patriarca de Moscou Kirill.

Durante o encontro, o Patriarca de Moscou repetiu à Abbas que a preocupação pela preservação dos lugares sagrados “está no coração de cada ortodoxo”, e recordou como “ao longo de toda a história da sua presença na Terra Santa, a Igreja russa sempre procurou ajudar o povo palestino, também por meio da construção de escolas e estruturas médicas. Somos felizes – concluiu Kirill – que hoje a Rússia dá continuidade à sua missão humanitária”.

(L’Osservatore Romano – JE)

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Formação



Um Sínodo para a Pan-Amazônia

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Cidade do Vaticano (RV) – Um Sínodo para os Povos de toda a Pan-amazônia: o projeto do Papa Francisco foi confirmado terça-feira (16/05) pelo Presidente da Conferência Episcopal Peruana, Dom Salvador Piñeiro García-Calderón.

Em entrevista ao L’Osservatore Romano, o arcebispo metropolitano de Ayacucho revela também ter agradecido ao Papa pela criação da Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM.

O Presidente da Rede, que encabeça também a Comissão Episcopal para a Amazônia no Brasil, é o Cardeal Cláudio Hummes. Satisfeito com a notícia de um futuro Sínodo regional, “que seria pastoralmente muito importante para quem trabalha lá”, Dom Cláudio frisa os dois principais desafios comuns dos 9 países que compõem a Pan-Amazônia: evangelizar e proteger os povos e o meio ambiente. Para isso, é necessário unir as forças: que é o que a REPAM vem fazendo. Ouça: 

“Em primeiro lugar, ele agradece ao Papa pela criação da REPAM. Isto é muito auspicioso porque mostra o apoio que a Conferência Peruana quer dar ao trabalho na Amazônia, sobretudo na peruana, neste caso. Ele agradece a REPAM como um novo serviço que anima, estimula e presta serviço à Igreja em toda a Pan-Amazônia”.

“Em segundo lugar, a notícia que ele está dando de que o Papa gostaria de fazer um Sínodo regional referente à Pan-Amazônia. Nós todos ficaríamos muito felizes se isto pudesse ocorrer. Creio que seria pastoralmente, e em termos de missão, muito importante para todos os que trabalham na Pan-Amazônia”

“Existem dois desafios fundamentais: o propriamente missionário, evangelizador da Igreja naquela região. A Amazônia tem estes grandes problemas comuns, desafios da realidade missionária evangelizadora... a presença da Igreja em toda a realidade pan-amazônica”. 

“Outro nível é a questão ecológica: a importância da floresta Amazônica e a ameaça que ela está sofrendo de destruição, de degradação, de desmatamento, etc.”.

“Na parte da evangelização, creio que o grande desafio é unir mais as nossas forças, todos os que estamos na Pan-Amazônia. E esta é uma das propostas que a REPAM faz”. 

(CM)

 

 

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A renovação da Páscoa pelo Concílio - memorando

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar na edição de hoje sobre a renovação da Páscoa pelo Concílio. 

Ainda vivemos o Tempo Pascal, isto é, o período do Ano litúrgico que segue 50 dias depois do Domingo de Páscoa. Neste contexto, propomos no programa de hoje  a reflexão do Padre Gerson Schmidt sobre a renovação da Páscoa pelo Concílio:

“A Páscoa foi recuperada pela Igreja e foi selada pelo Concílio Vaticano II. Cabe acontecer essa renovação em nossa vida, em nossa Igreja, em nossas paróquias e comunidades. Pe. Pedro Farnés, jovem e recém-formado no Instituto Pastoral de Liturgia de Paris, falecido nesse ano mais 100 anos de idade, foi um liturgista fundamentalmente importante para toda essa renovação conciliar, e outros homens ilustres como foram Dom Botte e Boyer e todos esses assessores que foram os que prepararam e atuaram no concílio.

Muita gente escutou Farnés e se escreveu milhares de livros depois do Concílio, mas verdadeiramente não se entendeu ainda tudo o que é a Páscoa. Nesses 40 dias, o mistério da quaresma que trilhamos em preparação intensa para a Páscoa é para que ela se realize em nós, em ti, em mim. Para que cada um de nós possa experimentar a glorificação à qual Deus leva o ser humano. E vemos a missão da Igreja, que será sem ruga e sem mancha; que será conduzida de ser gente pecadora e escrava, como o povo de Israel, a poder ter uma missão imensa de luz, de direção da história, de Páscoa, de passar para a alegria plena.

A Páscoa não pode ser comparada com qualquer missa, nem com nenhuma vigília de oração, nem com nada; é todo um memorial junto com o qual o próprio Deus se empenhou para realizar esta Aliança que prometeu a Abraão e os profetas. A Páscoa não é uma missa de meia noite, mas algo muito maior. A vigília Pascal não é uma missa do galo, como acontece no Natal. É Deus que passa.

Nós não celebramos a Páscoa. É a Páscoa que se celebra em nós. É a páscoa que vem com potência a nós. Deus irrompe e o poder da sua passagem(Pessach-Páscoa) nos convida a sair de nosso Egito interior, de nossas trevas, de nossos pecados, nossas angústias, para passar da escravidão à liberdade, da tristeza à alegria, da terra da Egito para a terra prometida. É a páscoa que Jesus Cristo fez.

Agora, a Páscoa vem para ser celebrada em nós com uma dimensão totalmente renovada. O movimento da revelação de Deus não é ascendente, mas descendente. A Páscoa também. Cristo quem desce, quem mergulha em nossa história e vem realizar Páscoa conosco.

A festa pascal é o lugar onde tudo converge e a fonte da qual tudo emana. Todo o culto cristão não e nada mais que uma celebração continuada da Páscoa. Como o sol, que não cessa de levantar-se sobre a terra, atrai para sua órbita todos os astros, a noite da Páscoa é rodeada por todas as eucaristias que continuamente e diariamente, a cada minuto, são celebradas em toda a terra, porque participam da Páscoa, assim como participam todos os sacramentos.

São celebrações da grande Páscoa, do Mistério Pascal. Somos todos filhos desta Igreja que redescobriu o valor e o sentido da Páscoa. O movimento litúrgico, bíblico e toda a renovação conciliar trouxeram esse dinamismo a Páscoa, para colocar em movimento a história e o mundo. Na Páscoa, todas as coisas são renovadas em Cristo”. 

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Atualidades



"Caminho da Sagrada Família" será "patrimônio da humanidade"

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Cairo (RV) - A Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) prepara-se para reconhecer o “Caminho da Sagrada Família” patrimônio da humanidade. Trata-se, segundo tradições milenares, do itinerário que une os lugares por onde Maria, José e o Menino Jesus passaram na fuga para o Egito fugindo da violência de Herodes.

Reconhecimento da Unesco poderá favorecer peregrinação

A notícia foi dada pelo diretor das relações internacionais da Autoridade para a promoção do turismo egípcio, Adel al Gindy. Segundo a agência missionária Fides, há tempo os responsáveis das políticas egípcias para o turismo têm insistido no “Caminho da Sagrada Família” como itinerário a ser proposto às agências especializadas na organização de peregrinações cristãs. Eles consideram que o reconhecimento da Unesco poderá favorecer o aumento dos fluxos de peregrinos.

A recente visita do Papa Francisco ao Egito (28/29 de abril) foi vista pelos responsáveis políticos do turismo egípcio como uma ocasião para repropor o grande país do nordeste da África entre as possíveis metas de peregrinação para os cristãos do mundo inteiro, nas pegadas da Sagrada Família.

Hospitalidade dada pelo Egito à Sagrada Família

Nos discursos pronunciados durante a visita o Papa Francisco fez várias referências ao acolhimento dado pelo Egito ao Menino Jesus, José e Maria, obrigados ao exílio.

Antes da visita papal, um dos membros da Comissão ministerial constituída para relançar o Caminho da Sagrada Família, Nader Guirguis, fizera referência também a hipóteses históricas baseadas na narração dos Evangelhos, segundo as quais a permanência da Sagrada Família no Egito pode ter durado alguns anos.

Apresentada no Vaticano programa “A viagem da Sagrada Família”

No dia 9 de maio, à distância de menos de duas semanas da visita do Papa, o ministro do Turismo egípcio Yahiya Rashid esteve no Vaticano para apresentar o programa “A viagem da Sagrada Família”. A esse respeito, a mídia egípcia afirma a realização de contatos entre entidades do turismo egípcio e a Obra romana peregrinações.

Atividade institucional do Vicariato de Roma, a Obra romana peregrinações organiza e promove – desde 1933 – peregrinações e itinerários religiosos-culturais em Roma e no mundo inteiro. (RL)

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