Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 18/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: o amor de Jesus é sem medida, não seguir os “amores” mundanos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O amor de Jesus é sem medida, não como os amores mundanos, que buscam poder e vaidade. Foi o que disse o Papa Francisco na Missa matutina (18/05) na Casa Santa Marta. 

“Assim como o Pai me amou, também eu vos amei”: o Pontífice desenvolveu sua homilia partindo da afirmação de Jesus, que destaca como o seu amor seja infinito. O Senhor, observou ainda, nos pede que permaneçamos no Seu amor “porque é o amor do Pai” e nos convida a observar os Seus mandamentos. Para Francisco, “certamente  os Dez Mandamentos são a base, o fundamento, mas é preciso seguir todas as coisas que Jesus nos ensinou, os mandamentos da vida cotidiana”, que representam “um modo de viver cristão”.

Uma coisa é querer bem, outra é amar

A lista dos mandamentos de Jesus é muito ampla, afirmou Francisco, mas “o cerne é um: o amor do Pai por Ele o amor Dele por nós”:

“Existem outros amores. Também o mundo nos propõe outros amores: o amor ao dinheiro, por exemplo, o amor à vaidade, exibir-se, o amor ao orgulho, o amor ao poder, inclusive cometendo muitas injustiças para ter mais poder... São outros amores, este não é de Jesus e não é do Pai. Ele nos pede para permanecer no seu amor, que é o amor do Pai. Pensemos também nesses outros amores que nos afastam do amor de Jesus. E também, existem outras medidas para amar: amar pela metade, isso não é amar. Uma coisa é querer bem, outra é amar."

O amor de Deus é sem medida

“Amar – destacou – é mais do que querer bem”. Qual é, portanto, “a medida do amor”, se pergunta Francisco: “A medida do amor é amar sem medida”:

“E assim, realizando esses mandamentos que Jesus nos deixou, permaneceremos no Seu amor, que é o amor do Pai, é o mesmo. Sem medida. Sem este amor morno ou interesseiro. ‘Mas porque, Senhor, nos lembra dessas coisas?’, podemos perguntar. ‘Para que a minha alegria esteja em vocês e esta alegria seja plena’. Se o amor do Pai vai até Jesus, Jesus nos ensina o caminho do amor: o coração aberto, amar sem medida, deixando de lado outros amores”.

A missão do cristão é obedecer a Deus e doar alegria às pessoas

“O grande amor por Ele – acrescentou o Papa - é permanecer neste amo e se há alegria”; “o amor e a alegria são um dom”. Dons que devemos pedir ao Senhor:

“Pouco tempo atrás, um sacerdote foi nomeado bispo. Foi visitar seu pai, já idoso, para dar-lhe a notícia. Este homem idoso, aposentado, homem humilde, um operário durante toda a vida, não tinha frequentado a universidade, mas tinha a sabedoria da vida. Deu somente dois conselhos para o filho: ‘Obedeça e dê alegria às pessoas’. Este homem tinha entendido isso: obedeça ao amor do Pai, sem outros amores, obedeça a este dom e, depois, dê alegria às pessoas. E nós, cristãos, leigos, sacerdotes, consagrados, bispos, devemos dar alegria às pessoas. Mas por que? Por isso, pelo caminho do amor, sem qualquer interesse, somente pelo caminho do amor. A nossa missão cristã é dar alegria às pessoas."

O Papa concluiu: “Que o Senhor proteja, como pedimos nas orações, este dom de permanecer no amor de Jesus para poder dar alegria às pessoas”. 

inizio pagina

"O homem no centro da economia, não o dinheiro", exorta Francisco

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Em sua série de audiências esta quinta-feira (18/05), o Papa Francisco recebeu no Vaticano os embaixadores de Cazaquistão, Mauritânia, Nepal, Níger, Sudão e Trinidad e Tobago para a apresentação de suas credenciais. No caso da Mauritânia, trata-se do primeiro embaixador, a senhora Aichetou Mint M’Haiham. 

A este heterogêneo grupo, o Pontífice dirigiu um discurso para manifestar sua preocupação com o cenário internacional, marcado por uma complexidade notável e por densas nuvens. Contribuem para este cenário, afirma o Papa, uma economia e uma finança que, ao invés de servir o ser humano concreto, se organizam principalmente para servir a si mesmas e subtrair-se ao controle dos poderes públicos. Estes, por sua vez, mantêm a responsabilidade do bem comum, mas não tem os instrumentos necessários para moderar os “exagerados apetites de poucos”.

Francisco criticou a crescente propensão a considerar a força não como ultima ratio, mas quase com um meio entre os demais, sem uma aprofundada avaliação das consequências. Para o Pontífice, outro fator que agrava os conflitos é o fundamentalismo, o abuso da religião para justificar a sede de poder e a instrumentalização do nome de Deus.

A esses riscos, se responde construindo uma economia e uma finança responsáveis diante do destino do ser humano e das comunidades. “O homem – e não o dinheiro – volte a ser a finalidade da economia!”, exortou.

Francisco pediu ainda “a paciência corajosa do diálogo e da diplomacia” para enfrentar as divergências e isolar quem quiser transformar a pertença a uma religião em motivo de ódio para os demais.

“A quem deturpa assim a imagem de Deus, se oponha um empenho conjunto para mostrar que se honra o seu Nome salvando vidas, e não as matando, levando reconciliação e paz, e não divisão e guerra, com a misericórdia e a compaixão e não com a indiferença e a brutalidade. Se nos movermos com decisão neste caminho, a causa da paz e da justiça fará concretos passos avante.”

O Pontífice concluiu seu discurso fazendo uma saudação especial às comunidades católicas dos referidos países: “Eu os encorajo a continuarem seu testemunho de fé e a oferecerem sua generosa contribuição ao bem comum”. 

inizio pagina

Papa: fragilidade não é um mal, nosso valor é inestimável

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (18/05), na Sala Paulo VI, no Vaticano, os doentes de Huntington, seus familiares, associações, médicos e outros profissionais da saúde de várias partes do mundo.

 
 
O evento nasce da condição vivida por famílias provenientes da América do Sul, onde a enfermidade tem uma incidência de 500 a 1000 vezes maior em relação a outras regiões do mundo.

O mal de Huntington ou coreia de Huntington é uma doença neurológica hereditária caracterizada por causar movimentos corporais anormais e falta de coordenação, afetando várias habilidades mentais e alguns aspectos da personalidade. Por ser uma doença genética, atualmente, não tem cura. Deve o seu nome ao médico estadunidense, George Huntington.

Compromisso

“Sei que alguns de vocês tiveram que enfrentar uma viagem longa e não fácil para estar aqui hoje. Agradeço a cada um e alegro-me por sua presença. Ouvi suas histórias e fadigas que a cada dia enfrentam. Entendi que com muita tenacidade e dedicação os seus familiares, os médicos, profissionais da saúde e voluntários estão ao seu lado num caminho que apresenta muitas subidas, algumas muito íngremes.”

“Durante muito tempo o medo e as dificuldades que caracterizaram a vida dos doentes de Huntington criaram em torno deles desentendimentos, barreiras e marginalizações. Em muitos casos os doentes e seus familiares viveram o drama da vergonha, do isolamento e do abandono. Hoje, estamos aqui porque queremos dizer a nós mesmos e ao mundo: ‘Oculta nunca mais’. Não se trata simplesmente de um slogan, mas de um compromisso em que todos são protagonistas”, disse o Papa. 

Fragilidade

“A força e a convicção com as quais pronunciamos essas palavras vem do que o próprio Jesus nos ensinou. Durante o seu ministério, Ele encontrou muitos doentes, carregou sobre si seus sofrimentos, derrubou os muros do estigma e da marginalização que impediam  a muitos deles de se sentirem respeitados e amados.”

“Para Jesus a doença nunca foi um obstáculo para encontrar o ser humano, pelo contrário. Ele nos ensinou que a pessoa humana é sempre preciosa, dotada de dignidade que nada e ninguém pode cancelar, nem mesmo a doença. A fragilidade não é um mal e a doença, expressão da fragilidade, não pode e não deve nos fazer esquecer que aos olhos de Deus o nosso valor permanece inestimável.” 

Solidariedade

Segundo Francisco, a doença pode ser ocasião de encontro, de partilha e solidariedade. “Os doentes que encontravam Jesus eram regenerados por essa consciência. Eles se sentiam ouvidos, respeitados e amados. Que nenhum de vocês se sinta sozinho, não se sinta um peso e nem a necessidade de fugir. Vocês são preciosos aos olhos de Deus, são preciosos aos olhos da Igreja.”

Aos familiares, o Papa disse que “quem vive a doença de Huntington sabe que ninguém pode realmente superar a solidão e o desespero a não ser junto das pessoas que com abnegação e constância se tornam companheiras de viagem. Não cedam à tentação do senso de vergonha e de culpa. A família é o lugar privilegiado de vida e dignidade, e vocês podem colaborar na construção da rede de solidariedade e ajuda que somente a família é capaz de garantir e que é por primeira chamada a viver.” 

Desafios

O Papa agradeceu também aos médicos, profissionais de saúde e voluntários das associações envolvidas na doença de Huntington. “Dentre vocês estão os profissionais de saúde do Hospital Casa Alívio do Sofrimento que com a assistência e pesquisa dão uma contribuição importante neste campo a esta obra da Santa Sé.”

“O serviço de todos vocês é precioso, pois através de seu compromisso e iniciativa tomam forma concreta a esperança e o entusiasmo das famílias que confiam em vocês. Os desafios de diagnóstico, terapêuticos e assistenciais que a doença apresenta são muitos. Sejam pontos de referência para os pacientes e seus familiares, que em várias circunstâncias enfrentam as provações da doença num contexto social e sanitário que muitas vezes não está à altura da dignidade da pessoa humana.”

O Papa recordou que “à doença muitas vezes se acrescentam a pobreza, separações forçadas e uma sensação geral de desânimo e desconfiança. Portanto, as associações e agências nacionais e internacionais são vitais. Sejam como os braços que Deus usa para semear esperança. Sejam vozes que reivindicam os direitos dessas pessoas!”

Esperança

Aos geneticistas e cientistas presentes, Francisco disse que “sem poupar energias eles se dedicam ao estudo e busca de uma terapia para a doença de Huntington”. Desse esforço “depende a esperança de encontrar o caminho para a cura definitiva da doença, mas também para a melhoria das condições de vida dos doentes e o acompanhamento, sobretudo nas fases delicadas do diagnóstico”.

O Papa os encorajou a seguir adiante “sempre com meios que não contribuam para alimentar a cultura do descarte que se insinua também no mundo da pesquisa científica. Alguns ramos da pesquisa utilizam embriões humanos, causando inevitavelmente a sua destruição. Sabemos que nenhuma finalidade, por mais nobre que seja, como a previsão de uma utilidade para a ciência, para outros seres humanos ou para a sociedade, pode justificar a destruição de embriões humanos”.  

“Que a vida de cada um de vocês possa ser testemunho vivo da esperança que Cristo nos doou. Através do sofrimento passa também a estrada fecunda do bem que podemos percorrer juntos”, concluiu Francisco. 

(MJ)

inizio pagina

Calendário das celebrações presididas pelo Papa no mês de junho

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Foi publicado esta quinta-feira (18/05) o calendário das celebrações a serem presididas pelo Santo Padre no mês de junho. No dia 4, domingo de Pentecostes, o Pontífice presidirá à santa missa às 10h30 locais na Praça São Pedro. 

No domingo, dia 18, solenidade de Corpus Christi, o Papa presidirá à Eucaristia às 19h locais na Basílica de São João de Latrão – sede da Diocese de Roma –, seguida da Procissão com o Santíssimo até a Basílica de Santa Maria Maior e da Bênção Eucarística.

Na quinta-feira, dia 29, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Francisco presidira à santa missa às 9h30 locais na Basílica Vaticana, com a bênção dos pálios para os novos arcebispos metropolitanos.

Com relação à mudança de data da celebração de Corpus Christi, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, fez a seguinte declaração:

“O Santo Padre Francisco decidiu transferir a celebração litúrgica de Corpus Christi – que se celebra na quinta-feira 15 de junho – para o domingo, dia 18 de junho, a fim de favorecer uma maior participação do Povo de Deus, dos sacerdotes e dos fiéis da Igreja em Roma. Há ainda um segundo motivo: quinta-feira em Roma é um dia normal de trabalho, e assim fazendo se criam menos problemas para a cidade.”

(RL)

inizio pagina

Santa Sé na ONU: tecnologia deve educar para a solidariedade

◊  

Nova York (RV) - “As inovações tecnológicas devem ser instrumentos para educar as pessoas a uma verdadeira solidariedade e para superar uma ‘cultura do descarte’ que coloca o produto, e não as pessoas, no centro dos sistemas tecno-econômicos.” 

Foi a advertência feita pelo observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento na sede da Organização em Nova York, esta quarta-feira (17/05), num encontro sobre o tema da inovação tecnológica.

Inovação tecnológica contribua para igualdade e inclusão social

Fazendo votos de que “o crescimento das inovações científicas e tecnológicas contribua para uma maior igualdade e inclusão social”, também na ótica da implementação dos Objetivos para o desenvolvimento sustentável, Dom Auza reiterou a importância, para tais instrumentos, de ser acompanhados pela “revolução da ternura” muitas vezes citada pelo Papa Francisco.

“É graças à compaixão e à ternura em relação ao outro que se percebe a alegria de poder partilhar as inovações em favor do desenvolvimento dos povos e das sociedades”, explicou o arcebispo filipino.

Ternura não é fraqueza, mas força transformadora

“A ternura não é uma demonstração de fraqueza, mas é uma força transformadora” que não “deixa ninguém para trás”, segundo uma atitude de “solidariedade partilhada”. Nesse sentido, “a ternura torna-se um modo para servir ao bem comum”, acrescentou Dom Auza.

Em seguida, o representante vaticano ressaltou como a Santa Sé está atenta ao progresso tecnológico, uma atitude evidenciada também pelo fato de o “Papa Francisco ter dezenas de milhões de seguidores no Tuíter e de ter o maior número de retuíter”.

Um futuro no signo da partilha

O pronunciamento do Observador permanente concluiu-se com os votos de que “o futuro da humanidade esteja nas mãos daqueles que reconhecem o outro como um ‘tu’ e a si mesmos como parte de um ‘nós’”, de modo a “partilhar os bom êxitos e os ônus recíprocos”. (RL)

inizio pagina

Cardeal Filoni visita a Guiné Equatorial: ordenará três bispos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, partiu de Roma esta quinta-feira (18/05) para uma visita pastoral à Guiné Equatorial – costa ocidental da África –, onde no próximo sábado (20/05) presidirá em Mongomo a uma solene concelebração eucarística na qual ordenará três bispos.

Bispos do Gabão, da República de Camarões e do Congo (países vizinhos) participarão da celebração. Dois dos novos bispos serão os primeiros ordinários de duas dioceses criadas recentemente.

De fato, em 1º de abril último o Santo Padre erigiu as duas novas dioceses de Evinayong e Mongomo, cujos territórios foram desmembrados das dioceses de Bata e Ebebiyin, tornando-as sufragâneas da sede metropolitana de Malabo.

O Papa nomeou primeiro bispo de Evinayong o Rev. Calixto Paulino Esono Abaga Obono, do clero de Bata; e primeiro bispo de Mongomo o Pe. Juan Domingo-Beka Esono Ayang, CMF, até então ecônomo do Seminário Claretiano de Bata. Na mesma data o Pontífice nomeou bispo de Ebebiyin o Pe. Miguel Angel Nguema Bee, SDB, até então Superior provincial dos Salesianos.

Durante a visita pastoral, que prosseguirá até a próxima quinta-feira (25/05), o prefeito de Propaganda Fide presidirá também à posse das respectivas dioceses por parte dos novos bispos, encontrará a Conferência episcopal local, o clero, religiosos e religiosas das várias dioceses. Na terça-feira, 23 de maio, o purpurado visitará Oyala, a nova “capital administrativa” da Guiné Equatorial.

Descoberta pelos portugueses, a ex-colônia espanhola é um dos estados menores e menos habitado da África continental. Único país africano de língua espanhola, segundo o Anuário estatístico da Igreja a nação conta 759 mil habitantes, dos quais 736 mil são católicos, e tem uma superfície de 28.051 quilômetros quadrados – territorialmente pouco maior do que o estado de Alagoas. (RL/Fides)

inizio pagina

Centesimus Annus: dignidade e bem comum ao centro da economia

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Não observadores, mas protagonistas que deem respostas concretas para que a economia e o mercado na época atual, marcada por uma conturbação global, estejam sempre mais a serviço da dignidade humana.

Esta é a proposta dos cerca de 300 participantes do simpósio aberto esta quinta-feira (18/05) em Roma, com a presença de representantes de 18 países, em resposta aos pedidos do Papa Francisco feito pela Fundação Centesimus Annus em 2016. O Coordenador do Comitê Científico, Professor Giovanni Marguerra, conversou com a Rádio Vaticano:

“A nossa Fundação, fiel a sua identidade - que por um lado é dada pela Encíclica Centesimus Annus “ e por outro pelo “ensinamento do Papa Francisco – procura, com as suas convenções e nos  seus encontros territoriais - quer na Itália como no exterior -   prosseguir enfrentando as emergências globais que neste momento sacodem o mundo, olhando porém para elas como momentos em que se tenta fazer mais integração, se procura introduzir um modelo social em que a inclusão das pessoas seja a norma. Nós temos uma sociedade profundamente desintegrada, profundamente desigual, entre quem está dentro e quem está fora. E o que nos diz o Papa é para promover a participação e a responsabilidade. A integração não é algo que acontece por si só, mas acontece se alguém que está dentro assume a responsabilidade de fazer participar quem está fora”.

Partindo da orientação da Doutrina Social da Igreja, três sessões de trabalho debaterão temas prioritários, verdadeiras “emergências planetárias”.

Se começará pelos desafios apresentados pela digitalização ao mundo do trabalho, não somente ameaça de desemprego e exclusão, porque mais dados, mas serviços, mais produtos também podem – dizem os participantes – “servir oa bem comum” e ser “uma oportunidade para aprender e envolver”.

Fundamental neste contexto é a educação, como explica o Prof Giovanni Marguerra:

“O desemprego é um problema que atinge a carne viva de nossa sociedade, não é somente uma questão de jovens ou de idosos. É também uma questão de quem tem as competências para conseguir resistir a uma mudança tecnológica impactante e quem, pelo contrário, não a tem e é expulso do meio do trabalho. Sob este aspecto, procurar dar uma maior valorização à educação - não somente à formação, durante toda a vida de trabalho – porque isto é já  aquilo que devemos fazer se quisermos sobreviver em um mundo que muda assim tão rapidamente – é sempre mais crucial o papel da família, como crucial sempre foi em termos educativos, evidentemente”.

Perguntaremos aos participantes nas sessões sucessivas do encontro – refere o Presidente da Fundação, Domingo Bickel – também propostas concretas sobre como enfrentar os efeitos de uma economia criminal - como o tráfico de seres humanos – e de como incentivar a solidariedade e as virtudes sociais.

Participarão, nestes casos, expoentes da Europol, do voluntariado e renomados economistas. “O tema é empenhativo e requer coragem e aliança – explica ainda, o Prof. Giovanni Marguerra – mas para dar seguimento ao ideal de fraternidade que tantas vezes o Papa nos recomenda, não temos outro caminho senão este:

“Assistimos a contextos em que o homem e a mulher são instrumentalizados, não sendo valorizada a sua dignidade. Cada um tem a sua dignidade e acredito que o ensinamento a ser seguido com mais atenção da doutrina social é justamente este da valorização e da promoção da dignidade humana em cada circunstância”. (GC/JE)

inizio pagina

Missa de ação de graças pela canonização de Jacinta e Francisco

◊  

Roma (RV) – Uma Missa em ação de graças pela canonização de Jacinta e Francisco Marto será celebrada no sábado, 20 de maio, na Basílica de São Pedro.

A celebração, com início às 10 horas, será presidida pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato.

Após a celebração terá lugar no Salão Nobre da Pontifícia Universidade Gregoriana uma Conferência sobre a espiritualidade dos novos Santos.

O Reitor da Gregoriana, Padre Nuno Gonçalves, SJ, fará uma saudação inicial, seguida pela reflexão do Diretor de Estudos de Fátima, sobre os textos referentes à Fátima, fontes e interpretações.

Mais tarde, o Cardeal Angelo Amato explicará algumas particularidades sobre a santidade dos dois pastorzinhos, seguido pela explanação do Bispo de Leiria-Fátima, Dom Antonio Marto, que concluirá os trabalhos.

Um concerto de Giampaolo di Rosa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses – imediações da Praça Navona – concluirá os eventos do dia dedicado aos novos santos.

(JE/Zenit)

inizio pagina

Pe. Fares: ar novo que Francisco trouxe à Igreja veio de Aparecida

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - “Na Igreja sopra um vento diferente, se respira um ar fresco e novo. Esta lufada de ar fresco trazida pelo Papa Francisco não é algo de improvisado ou de exclusivamente seu. Teve um precedente na Conferência de Aparecida, onde o modo de trabalho sinodal encorajado pelo Cardeal Bergoglio suscitou na assembleia a maturidade humilde de um forte consenso.”

É o que escreve o sacerdote jesuíta Pe. Diego Fares no último número da prestigiosa revista da Companhia de Jesus “La Civiltà Cattolica”, nos 10 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida – SP em maio de 2007.

“Aparecida foi um verdadeiro evento eclesial”, observa Pe. Fares, notando que “a realidade do evento foi superior às ideias que foram discutidas, votadas, escritas e corrigidas durante a Conferência e, mais tarde, na versão final aprovada pela Santa Sé”.

“Os frutos de Aparecida foram estendidos à Igreja universal  e para muito além de suas fronteiras, graças ao impulso que o Papa Francisco deu a uma evangelização que torna o povo de Deus, em seu com junto, ‘discípulo missionário’, como queria o Vaticano II”, prossegue o religioso.

Pe. Fares conclui notando que assim “como a Evengelii gaudium traduziu em programa apostólico as intuições que o Documento de Aparecida havia retomado de Paulo VI – apresentando a ‘alegria do Evangelho’ como um elemento essencial –, da mesma forma a preocupação ecológica do Documento de Aparecida foi a semente da Carta encíclica Laudato si’.

O olhar de adoração e de louvor à Criação permitiu unir dois temas que aqueles que governam a única crise em curso fazem de tudo para manter separados: os pobres e o cuidado do planeta. (RL/Sir)

inizio pagina

Igreja no Brasil



Igreja em Marabá (PA): com os índios e seus direitos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Filho da mistura” é o significado popular do nome da cidade do sudeste paraense Marabá. Marcada por uma miscigenação de pessoas e culturas entre seus 267 mil habitantes, o município é o ponto de encontro entre os dois grandes rios, Tocantins e Itacaiunas.  

A realidade de Marabá espelha a realidade de crise social de todo o Brasil. O massacre de Carajás (do qual foram lembrados 21 anos em abril passado) e a Romaria dos Mártires, em maio, são eventos marcantes para a população e a Igreja.

Gaúcho, Dom Vital Corbellini é o bispo de Marabá desde 2012. Entrevistado pela RV em Aparecida (SP), no âmbito da AG do Episcopado brasileiro, ele frisa a união da Igreja à população indígena e à sua luta pela demarcação das terras que lhe pertencem. Ouça: 

Massacre de Eldorado dos Carajás  

O confronto entre integrantes do MST e policiais ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sudeste do Pará, quando 1,5 mil sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras na rodovia PA-150. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local. Além de bombas de gás lacrimogêneo, os policiais atiraram contra os manifestantes. Dezenove camponeses foram mortos.

 

 

inizio pagina

Igreja na América Latina



Igreja argentina abre arquivos sobre ditadura à familiares

◊  

Buenos Aires (RV) – A Conferência Episcopal Argentina  (CEA) anunciou esta quinta-feira a aprovação de um protocolo que possibilitará às vítimas e familiares diretos dos desaparecidos durante a ditadura militar, consultar os arquivos em posse da Igreja sobre este conturbado período do país.

A CEA precisou que com o protocolo passa a existir “a possibilidade de consultas e, de acordo com o que foi anunciado oportunamente, poderão solicitar informação as vítimas, os familiares dos desaparecidos e detidos e, em caso de religiosos ou eclesiástico, seus respectivos bispos e superiores maiores”.

Por meio de um comunicado de imprensa, os bispos esclarecem que a consulta “se realizará sobre o material onde aparece mencionada a pessoa sobre a qual se busca informação”.

Trata-se, na verdade, de 3 mil cartas e documentos conservados no Episcopado, na Nunciatura Apostólica e na Secretaria de Estado na Santa Sé, sobre pedidos que chegaram à Igreja para conhecer o paradeiro de detidos e desaparecidos durante a ditadura e reivindicar negociações com os militares.

Por uma decisão tomada conjuntamente entre a CEA e o Vaticano, havia sido anunciada em outubro passado a finalização do “processo de organização e digitalização” dos arquivos da ditadura, e agora, com a aprovação do procedimento, os interessados poderão começar a realizar as consultas correspondentes.

Para tal fim, também foi publicado esta quinta-feira um modelo de carta e os procedimentos a serem seguidos por parte dos interessados em consultar a documentação.

(JE/telám)



 

 

inizio pagina

Episcopado venezuelano denuncia repressão e cultura de morte

◊  

Caracas (RV) – “Um não total às mortes violentas, fruto maligno do desprezo pela vida, do ódio de Caim por Abel e da rejeição do mandamento divino ‘Não matar’”, porque “o estado de coisas a que nos levou o atual sistema político é razoavelmente injustificado, eticamente ilegítimo e moralmente intolerável”.

É o que denuncia o Arcebispo de Cumana e Presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Diego Padrón, no discurso de abertura da 43ª Assembleia extraordinária do episcopado em andamento estes dias em Caracas.

A Assembleia – refere a Agência Sir – foi convocada com urgência devido à “extrema gravidade da situação” nacional, com manifestações pacíficas da oposição sendo reprimidas com o uso da força pelo governo, com dezenas de vítimas, prisões e violações dos direitos humanos.

Os bispos denunciam mais uma vez com veemência “o binômio fatídico repressão-morte, que tornou dolorosa e triste a cotidianidade nacional”:

“Em nome de Deus, repetimos: somos interpelados a cada dia pelos numerosos sinais de morte presentes no discurso oficial intimidatório, por gestos agressivos, pela imagem militarista, pela mentalidade de domínio e conquista, por atos de prepotência, a conduta arbitrária, as progressivas restrições à liberdade, a mancha da corrupção, o desmantelamento da agricultura e de todo o sistema produtivo, a degradação da educação, a impunidade diante do crime, a contínua fuga de cidadãos e famílias”.

Quadro de barbárie e de violência

Tudo isto – afirmou Dom Padrón – “configura um quadro de barbárie e violência que havia, em grande parte, desaparecido de nossa cultura. Estamos retrocedendo, rumo a uma anti-cultura de morte”.

“O estado de coisas a quem nos levou o atual sistema político – sublinhou o Presidente dos Bispos venezuelanos – é injustificável, eticamente ilegítimo e moralmente intolerável. Não é um juízo jurídico ou político, mas moral e espiritual, de cunho profético, que pede uma sincera conversão das mentes e dos corações, para trazer frutos de renovação, justiça e reconciliação”.

“É o momento de um exame de consciência – prosseguiu – de uma rebelião espiritual e moral dos líderes e dos cidadãos para que promovam dentro de si uma mudança radical da situação do país. O legítimo protesto nas ruas deve ser pacífico e respeitoso pelas pessoas e pelas propriedades, e um sinal de resistência ética e civil”.

Como já havíamos dito em 17 de dezembro passado, “é nossa obrigação convidar todos os dirigentes políticos, econômicos e sociais, de qualquer sigla e cor, a colocar-se ao lado do povo”.

(AL/JE)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Muçulmanos centro-africanos encontram refúgio na Catedral

◊  

Bangui (RV) – Cerca de mil fiéis muçulmanos refugiados em uma mesquita e sitiados por guerrilheiros antibalaka, foram evacuados graças à proteção da comunidade católica local, sendo acolhidos na Catedral de Bangassou e no seminário.

Na cidade localizada no sudeste da República-Centro Africana, explodiram novamente as violências entre facções rivais. Segundo um primeiro balanço da Cruz Vermelha, os mortos seriam cerca de 50, além de um número impreciso de feridos.

Os antibalaka haviam cercado nos dias passados Tokoyo, o bairro de maioria muçulmana de Bangassou. Os Arcebispos de Bangui, Cardeal Dieudonné Nzapalainga, e de Bangassou, Dom Juan José Aguirre Muñoz, intervieram para permitir que cerca de mil muçulmanos refugiados na mesquita deixassem o local. Foi formado um escudo humano para proteger a saída de todos.

Durante a operação de retirada, foram disparados diversos tiros, que acabaram matando o Imame da Mesquita, que estava ao lado de Dom Aguirre Muñoz. Com a ação dos Capacetes Azuis da missão Minusca da ONU, os deslocados puderam deixar a mesquita, para então serem transferidos para a Catedral e o seminário local.

Nos últimos meses, lutas internas dividiram ainda mais os grupos rivais, desencadeando um novo conflito pelo controle do território e dos recursos, sobretudo na parte centro-oriental do país , que engloba os municípios de Ouaka, Haute Kotto, Basse Kotto e Mbomou.

Os primeiros a sofrer, naturalmente, são os  civis, em particular, mulheres e crianças, que buscam refúgio em meio à vegetação, buscando sobreviver com aquilo que conseguem encontrar.

Os prelados de Bangui e Bangassou tentam mediar com dificuldade o conflito e convencer os rebeldes a depor as armas.

(L'Osservatore Romano – JE)

inizio pagina

Formação



Dom Eraldo: ministerialidade na Igreja e protagonismo dos leigos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” concluímos a participação do bispo da diocese paraibana de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, que esteve conosco estes dias neste espaço de formação e aprofundamento e a quem muito agradecemos pela preciosa contribuição. 

A presente edição dá continuidade à precedente, na qual, após ter-nos falado sobre os avanços na caminhada da Igreja na esteira do Concílio ecumênico Vaticano II, falou-nos sobre algumas dificuldades para uma maior implementação deste.

Dom Eraldo evidenciou a necessidade de superar o clericalismo apontando este como sendo ainda um grande empecilho para adesão total, plena, às intuições conciliares.

Nesta linha, prosseguindo suas considerações, na edição de hoje o bispo desta Igreja particular do sertão da Paraíba diz-nos que outro ponto sobre o qual se precisa trabalhar mais diz respeito à questão ministerial – que já seria um desdobramento dessa superação do clericalismo e destaca que o tão pedido e propalado “protagonismo dos leigos” não é algo novíssimo.

Dom Eraldo chama a atenção para isso ressaltando que já de há muito essa questão vem sendo tratada e que precisamos dar passos nessa direção. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

inizio pagina

Atualidades



Clericus Cup: sábado se conhecerá o adversário da Gregoriana na final

◊  

Roma (RV) – O vencedor da partida Mater Ecclesiae x Collegio Urbano no próximo sábado, no Centro Pio XI,  disputará a final da Clericus Cup 2017 em 27 de maio com a Gregoriana, já classificada.

O torneio é promovido pelo Centro Esportivo Italiano, com o patrocínio do Escritório Nacional para o Tempo Livre, Turismo e Esporte da Conferência Episcopal Italiana (CEI), do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e do Pontifício Conselho da Cultura.

Na primeira disputa da semifinal, no último sábado,  os universitários jesuítas da Gregoriana venceram nos pênaltis os seminaristas do Redemptoris Mater.

A Celeste e os Leões da África do Colégio de Propaganda Fidei dominaram as respectivas partidas nas eliminatórias, vencendo todos os jogos, sem sofrer gols.

Nas quartas de final, enquanto os atuais campeões do Mater Ecclesiae sofreram, e muito, para vencer o Pio Latinoamericano, o Collegio Urbano goleou os ucranianos.

Os dois times já foram campeões em dois torneios. Mater Ecclesiae em 2016 e 2008 e o Collegio Urbano em 2014 e 2015.

 

inizio pagina