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Sumario del 23/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: converter-se é passar de um estilo de vida morno ao anúncio alegre de Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) - Muitas pessoas consagradas foram perseguidas por terem denunciado atitudes de mundanidade: o espírito mau prefere uma Igreja sem risco e morna. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta. 

Em sua homilia, o Pontífice comentou o capítulo 16 dos Atos dos Apóstolos, que narra Paulo e Silas em Filipos. Uma escrava que tinha um espírito de adivinhação começou a segui-los e, gritando, os indicou como “servos de Deus”. Era um louvor, mas Paulo, sabendo que esta mulher estava possuída por um espírito maligno, um dia o expulsou. Paulo – notou o Papa – entendeu que “aquele não era o caminho da conversão daquela cidade, porque tudo permanecia tranquilo”. Todos aceitavam a doutrina, mas não havia conversões.

Muitos consagrados perseguidos por terem dito a verdade

Isto se repete na história da salvação: quando o povo de Deus estava tranquilo, não arriscava ou servia - não "digo aos ídolos" - mas "à mundanidade", explica Francisco. Então o Senhor enviava os profetas que eram perseguidos "porque incomodavam", como ocorreu com Paulo: ele entendeu o engano e mandou embora esse espírito que, apesar de dizer a verdade – isto é, que ele e Silas eram homens de Deus - no entanto, era "um espírito de torpor, que tornava a igreja morna". "Na Igreja - afirma - quando alguém denuncia tantos modos de mundanidade é encarado com olhos tortos, não deve ser assim, melhor que se distancie":

“Eu lembro na minha terra, tantos, tantos homens e mulheres, consagrados bons, não ideólogos, mas que diziam: ‘Não, a Igreja de Jesus…’ – ‘Ele é comunista, fora!’, e os expulsavam, os perseguiam. Pensemos no beato Romero, não?, o que aconteceu por dizer a verdade. E muitos, muitos na história da Igreja, também aqui na Europa. Por quê? Porque o espírito maligno prefere uma Igreja tranquila sem riscos, uma Igreja dos negócios, uma Igreja cômoda, na comodidade do torpor, morna”.

No capítulo 16, se fala ainda dos patrões dessa escrava, que ficaram bravos com ela porque não podiam mais ganhar dinheiro às suas custas por ter perdido o poder de adivinhação. O Papa destacou que “o espírito maligno sempre entra pelo bolso”. “Quando a Igreja está morna, tranquila, toda organizada, não existem problemas, mas olhem onde há negócios”, afirmou Francisco.

Mas além do dinheiro, há outra palavra ressaltado pelo Pontífice, que é a “alegria”. Paulo e Silas são arrastados pelos patrões da escrava diante dos juízes, que ordenaram que fossem açoitados e levados à prisão. O carcereiro os leva para a parte mais escondida da prisão. Paulo e Silas cantavam. Por volta da meia-noite, há um forte tremor de terremoto e todas as portas da prisão se abrem. O carcereiro está para se matar antes que fosse assassinado por ter deixado os prisioneiros escaparem, mas Paulo o exorta a não se machucar, porque – disse – “estamos todos aqui”. Então o carcereiro pede explicações e se converte. Lava as feridas deles, é batizado e fica cheio de alegria”:

“E este é o caminho da nossa conversão diária: passar de um estado de vida mundano, tranquilo, sem riscos, católico, sim, sim, mas assim, morno, a um estado de vida de verdadeiro anúncio de Jesus Cristo, à alegria do anúncio de Cristo. Passar de uma religiosidade que olha demasiado para os lucros para uma religiosidade de fé e de proclamação: ‘Jesus é o Senhor’”.

Este é o milagre que o Espírito Santo faz. O Papa exortou então a ler o capítulo 16 dos Atos para ver como o Senhor “com os seus mártires” leva a Igreja para frente: 

“Uma Igreja sem mártires não dá nenhuma confiança; uma Igreja que não se arrisca provoca desconfiança; uma Igreja que tem medo de anunciar Jesus Cristo e afugentar os demônios, os ídolos, o outro senhor, que é o dinheiro, não é a Igreja de Jesus. Na oração pedimos a graça e também agradecemos o Senhor pela renovada  juventude que nos dá com Jesus e pedimos a graça que ele mantenha esta renovada juventude. Esta Igreja de Filipos foi renovada e tornou-se uma Igreja jovem. Que todos nós tenhamos isso: uma renovada juventude, uma conversão do modo de viver morno ao anúncio alegre que Jesus é o Senhor”. (BF-SP)

 

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Pesar do Papa pelas vítimas de Manchester: ataque bárbaro

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco manifestou seu pesar pelas vítimas do atentado perpetrado por um camicase, nesta segunda-feira (22/05), em Manchester, Inglaterra, onde 22 pessoas morreram, incluindo crianças e adolescentes, e 59 ficaram feridas. 

O atentado ocorreu no final do show da cantora teenager estadunidense Ariana Grande que faz muito sucesso entre crianças e adolescentes.

Telegrama do Papa 

“Uma ataque bárbaro. Um ato de violência sem sentido”, afirma o Papa Francisco no telegrama assinado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.
 
O Pontífice manifesta seu pesar pelo atentado que causou a “trágica perda de vidas”. Elogia os “esforços generosos dos socorristas e agentes de segurança, e oferece suas orações pelos feridos e por todos os que morreram”. 

O Santo Padre recorda de forma particular “as crianças e os jovens que perderam a vida e suas famílias”, e pede a Deus para que conceda paz e força a toda a nação.

Arcebispo de Westminster

Mensagens de solidariedade e oração chegaram também de vários outros líderes religiosos do mundo. O Arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Nichols, Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, escreveu uma carta ao Bispo da Diocese de Salford, Dom John Arnold, a qual pertence a cidade de Manchester.

“Foi com grande pesar que ouvi da imprensa as notícias sobre a atrocidade vivida na noite passada em Manchester. Que Deus conceda força e fé a todos aqueles que perderam seus familiares, aos feridos e pessoas que ficaram traumatizadas. Que Deus acolha em sua misericórdia todos os que morreram, converta os corações daqueles que cometem o mal e faça com que entendam o seu desejo e suas intenções para a humanidade.”

“Choramos a perda de tantas vidas humanas e rezamos pelo descanso eterno de todas as vítimas”, concluiu o Cardeal Nichols.

O Estado Islâmico reivindicou nesta terça-feira a autoria do ataque suicida. A polícia britânica deteve um jovem de 23 anos por suspeita de conexão com o atentado. 

Arcebispo de Armagh 

O Arcebispo de Armagh, Dom Eamon Martin, Primaz da Irlanda, enviou uma mensagem para expressar a solidariedade do episcopado na oração e de todos os irlandeses à cidade de Manchester. “Este ataque terrível nos desafia a nos comprometer na construção da paz, da solidariedade e da esperança em todo lugar”, afirma na nota. 

Arcebispo de Mumbai

O Presidente da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas, Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Mumbai, na Índia, manifestou pesar em nome da Igreja na Ásia: “O nosso coração sofre com as famílias e pedimos a Deus para que as console.”

O purpurado renova “a oração pela paz a Nossa Senhora de Fátima a fim de que a paz possa nascer de nossos corações, na luta entre o bem e o mal”. 

“Rezemos com mais fervor pela paz em nosso mundo. Rezemos também para que através da intercessão de Nossa Senhora de Fátima Deus possa tocar os corações dos autores dessa violência, que possa ter fim a destruição e a violência. Nunca devemos perder a nossa esperança pela paz. O mal não vencerá jamais. A paz é a única resposta. A paz que é dom de Deus”, concluiu o Gracias.

Bispo anglicano de Manchester

O bispo anglicano de Manchester, David Walker, condenou o atentado num comunicado divulgado esta manhã. “Um dia para chorar os mortos, rezar com suas famílias e feridos, e reiterar a nossa determinação a fim de que não sejamos derrotados por aqueles que matam e destroem.”

Segundo a Agência Sir, o bispo fez um apelo inter-religioso “a todas as Igrejas da cidade para que encontrem tempo e espaço para quem deseja um momento de oração”. 

“Como outras grandes cidades, Manchester é um alvo claro para os terroristas”, disse ele, “mas o que torna este último atentado particularmente horrível é a escolha deliberada de um concerto em que estariam presentes muitos jovens fãs”. 

O bispo Walker recordou também as “muitas vidas que foram ceifadas para sempre por essa tragédia” e disse que “a raiva que se sente diante desses fatos trágicos deve ser transformada em força para o bem”. 

(MJ)

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Papa: telegrama ao presidente da Argentina pela festa da Revolução de Maio

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou um telegrama, nesta terça-feira (25/05), ao Presidente da Argentina, Mauricio Macri, em vista da festa da Revolução de Maio, celebrada no próximo dia 25, que marcou o início do processo de independência do país.

“Em vista da festa nacional da República Argentina, expresso à Sua Excelência minhas felicitações que estendo a todos os filhos de nosso amado país”, afirma Francisco no texto.

O Papa pede ao Senhor para que acompanhe os argentinos “em seu desenvolvimento material e espiritual, propiciado por um clima de serenidade, paz e respeito recíproco”. 

(MJ)

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Dom Auza: migração, passa da indiferença à cultura do encontro

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Nova Iorque (RV) - “O número total de migrantes que atravessam as fronteiras alcançou, na história, níveis recordes. O fenômeno da migração é uma realidade complexa cujas necessidades e expectativas dos  envolvidos deveriam levar a uma solidariedade maior.”

Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, em seu pronunciamento nesta segunda-feira (22/05), em Nova Iorque, no encontro sobre o tema “Compactação Global por uma migração segura, ordenada e regular”. 

Na primeira parte de seu discurso, Dom Auza se deteve no tema do desenvolvimento sustentável. “É necessário uma mudança de comportamento em relação aos migrantes e refugiados. Deve-se passar do medo e da indiferença à cultura do encontro”, frisou. 

“A responsabilidade e a repartição dos encargos devem levar em conta a riqueza e o nível de desenvolvimento de um país. A crise econômica persistente limita as possibilidades da resposta de um Estado às emergências. A chaga da seca em algumas partes do mundo reduz a possibilidade de fornecer assistência humanitária a um número crescente de refugiados e deslocados.” 

“Nesse contexto, é indispensável o envolvimento ativo dos parceiros internacionais. O Papa Francisco recorda que trabalhar juntos por um mundo melhor requer que os países se ajudem reciprocamente, num espírito de cooperação. A iniciativa da Compactação Global promovida pela ONU para a migração é uma ocasião única para desenvolver políticas coordenadas e investimentos”, sublinhou Dom Auza. 

Na segunda parte de seu discurso, o arcebispo filipino se deteve na ligação entre crise humanitária e migração. “A Santa Sé reitera que a cada pessoa deve ser garantido o direito de permanecer no próprio país num contexto marcado pela paz e segurança econômica. As pessoas não se sentirão obrigadas a deixar suas casas se lhes forem garantidas as condições de uma vida digna e se as causas dos fluxos migratórios forem enfrentadas adequadamente.” 

“Se o direito de permanecer no próprio país precede ao de imigrar, os fluxos migratórios se tornarão voluntários, regulares e seguros. Consequentemente, tais fluxos se tornarão mais gerenciáveis e sustentáveis. Quando o direito de permanecer num país é respeitado, a migração se torna uma escolha e não uma decisão obrigatória”, disse o prelado.

“No mundo, mais da metade dos refugiados, de migrantes forçados e deslocados internos foram obrigados a fugir de seus países por causa de conflitos e violência. Quando chegam ao país de destino, ao invés de encontrar um lugar seguro, enfrentam em muitos casos discriminação, nacionalismo extremo, racismo e falta de políticas claras que regulem o sistema de acolhimento.”

“A maneira mais eficaz para impedir a migração forçada é pôr fim a guerras e conflitos. Dentre as causas da migração estão a pobreza extrema, a falta de bens e serviços de base, degradação ambiental grave e catástrofes. É preciso ajudar as populações em dificuldade em seus próprios países. Este é o único caminho eficaz para conter as formas dramáticas de exploração”, concluiu Dom Auza. 

(MJ)

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Igreja na América Latina



Dom Gregorio Rosa dedica criação cardinalícia ao Beato Óscar Romero

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San Salvador (RV) – Quando disseram a Dom Gregorio Rosa Chávez de que seria criado Cardeal pelo Papa Francisco, sem acreditar o Bispo Auxiliar da Diocese de San Salvador considerou que era demasiado cedo para brincadeiras. 

De fato, um telefonema proveniente da Espanha - quando na América Central era ainda madrugada - dava àquele que será o primeiro Cardeal  de El Salvador a notícia do que o Papa Francisco havia acabado de anunciar durante o Regina Coeli.

Dom Chávez não sabia se estava acordado ou vivendo um sonho – como confidenciou aos jornalistas -  ou um pesadelo desconcertante – ainda que todos os salvadorenhos o considerem merecedor de tal investidura.

“Reencontrei a paz somente quando comecei a ler os Salmos que recitamos no dia” afirmou, revelando que desde que soube da notícia, a pessoa que mais lhe veio à mente foi o Beato Óscar Romero.

Assim, o prelado acudiu à Cripta da Catedral onde está sepultado Dom Óscar Romero, para dedicar a ele a criação cardinalícia que, na sua opinião, deveria ter sido concedida a ele, não tivesse sido assassinado pela sua pregação social em 1980.

“Eu acredito que ele (Romero) ia ser chamado a isto, porém já a recebeu no céu pelo seu martírio”, ressaltou o futuro purpurado, que encomendou ao futuro santo a sua missão.

No dia seguinte ao anúncio do Papa Francisco, o Governo de El Salvador, por meio do Ministério das Relações Exteriores, expressou suas felicitações pelo anúncio da criação do primeiro Cardeal salvadorenho, que terá lugar em 28 de junho no Vaticano.

“As contribuições inestimáveis do prestigiado Dom Arturo Rivera y Damas e do Monsenhor Rosa Chávez, foram fundamentais para o processo de diálogo e negociação que nos permitiu chegar a assinatura dos Acordos de Paz, em 1992, que puseram fim ao conflito em nosso país”, diz o comunicado, onde também se agradece ao Papa Francisco pelo gesto.

(JE com Agências)

 

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Igreja no Mundo



Consistório: nomeação surpreende Arcebispo de Bamako

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Bamako (RV) – “Positivamente surpreso”: esta foi a reação do Arcebispo de Bamako, no Mali, Dom Jean Zerbo ao tomar conhecimento de sua nomeação para Cardeal. 

O anúncio foi feito pelo Papa Francisco no Regina Caeli de domingo, 21 de maio. “Dom Zerbo não esperava de fato a nomeação”, afirmou à Agência Fides o Secretário Geral da Conferência Episcopal do Mali, Pe. Edmond Dembele.

Segundo ele, “a notícia foi muito bem acolhida no país. O Presidente Ibrahim Boubacar Keïta dirigiu uma mensagem de saudação ao Arcebispo, expressando sua gratidão ao Papa Francisco. Os bispos malianos estão felizes, assim como os fiéis católicos. A comunidade de Bamako expressou sua alegria com cantos e aplausos”. 

O sacerdote acrescentou que os malianos viram esta nomeação de Dom Zerbo como uma mensagem do Papa Francisco dirigida em primeiro lugar à Igreja local, para que continue a missão iniciada tempo atrás e, sobretudo, para perseverar nos esforços de reconciliar o país. “Mas também é um apelo lançado a todo o Mali para sair da crise iniciada em 2012 e caminhar na estrada da reconciliação e da paz.”

Crise

Na crise de 2012, o norte do país foi conquistado vários grupos jihadistas. A intervenção francesa, numa missão da ONU, permitiu a libertação das áreas ocupadas, mas como disse Pe. Dembele, “o Mali deve agora enfrentar um conflito assimétrico, com ataques de grupos armados contra as localidades do norte e do centro do país, que causaram forte insegurança”. 

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Combonianos celebram 150 anos de missão na África

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Roma (RV) - Os missionários Combonianos festejam 150 anos de atividades e missão na África, organizando um simpósio que terá início, na próxima quinta-feira (25/05) até 1º de junho, em Roma, na Casa Geral.

Segundo informações da Agência Sir, o evento faz parte de um programa de celebrações que envolvem todas as circunscrições dos Combonianos no mundo. O objetivo é “requalificar o serviço missionário em resposta aos desafios do mundo atual e renovar a vocação ‘em saída’”. 

A missão precisa ser repensada para atualizar a intuição de Daniel Comboni que, em 1867, em Verona, fundou o Instituto para as Missões Africanas.
 
Na sexta-feira, 26 de maio, o Pe. Fidel Gonzalez, falará sobre a história do instituto. No sábado, 27, o Pe. Diego Farés abordará o tema da visão missionária do Papa Francisco.

No domingo, 28, os participantes visitarão os lugares combonianos, em Roma, e participarão do Angelus na Praça São Pedro. 

Na segunda-feira, 29, Pe. Teresino Serra falará sobre o instituto e da nova mensagem de Deus para a Igreja missionária. No dia seguinte, Pe. Enrique Sanchez fará uma palestra sobre os desafios futuros do instituto. 

Em 10 de junho de 1867, em Verona, sob a pressão de Propaganda Fide que exigia garantias para o futuro da missão na África Central, Daniel Comboni fundou o Instituto para as Missões Africanas. A sua finalidade era a evangelização da África. 

Em 1872, o Comboni funda, em Verona, o Instituto das Pias Madres da Negritude. Morre em Cartum, em 10 de outubro de 1881, aos 50 anos, sem consolidar as instituições que se desenvolveram no âmbito internacional.

(MJ)

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Formação



Aparecida, dez anos depois: ruptura ou continuidade?

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Cidade do Vaticano (RV) – O que foi a Igreja e a ação evangelizadora no Brasil em 2016? Que desafios o mundo vai apresentando à Igreja e como a Igreja os tem enfrentado?

A conjuntura eclesial brasileira foi apresentada, como tradição, no início da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida. Este ano, foi a vez do bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Joel Portela.

Este ano, a Igreja recorda o décimo aniversário da V Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe.

À luz desta recorrência, Dom Joel fez uma leitura da vida da Igreja: “Aparecida: ruptura ou continuidade?”. Ouça: 

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Pe. Mometti: fazer da Amazônia a terra do sonho dos pobres

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa com o missionário italiano Pe. João Mometti que mora há 60 anos no Brasil.

 
 
Na conversa com Silvonei José, ele nos explica mais um pouco sobre o projeto ‘Novo Moisés’ que usa um método sustentável e conceitos ecologicamente corretos na criação de peixes. 

"O meu grande sonho é voltar a fazer da Amazônia a terra do sonho dos pobres, porque não é criando gado, não é criando grandes extensões de soja que se faz o progresso. 

Segundo Pe. Mometti, o projeto é realizado na beira dos rios, pois ali não há floresta. Criam-se tanques para o plantio de arroz e criação de peixes como carpas e pirarucu. "Cada tanque dá de 50 a 60 toneladas de alimento. Este é o projeto para salvar o mundo da fome", frisou o missionário.  

(MJ/SP)

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Futebol, fé e o bispo jogador: confira reflexões sobre o esporte do Brasil

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São Paulo (RV) - A segunda rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol terminou nesta segunda-feira, dia 22, e torcedores do país inteiro já estão envolvidos pelo torneio de futebol nacional considerado o mais equilibrado do mundo. A paixão pelo futebol, a fé e o ato de torcer por um clube foram temáticas apontadas para a reflexão do bispo auxiliar de São Paulo (SP), dom Luiz Carlos Dias, um prelado que desde muito jovem está envolvido com o esporte e que até mantém a prática jogando semanalmente.

Pesquisas estimam que cerca de 161,2 milhões de brasileiros torcem pelos times nacionais. Treze dos 20 times que disputam a Série A do Brasileirão, como é chamada a primeira divisão do torneio, detém quase 70% dos torcedores do Brasil, com destaque para Flamengo, Corinthians, São Paulo e o atual campeão, Palmeiras, cujo número de torcedores corresponde a 61 milhões de pessoas.

“Hoje o futebol é o esporte que mais desperta interesse e paixão pelo mundo afora”, observa dom Luiz. “A economia de mercado aproveita-se deste esporte ao qual se liga grandes marcas. Os valores envolvidos no ‘mercado do futebol’ são astronômicos. Os clubes aprenderam a explorar o potencial consumidor da paixão de suas torcidas”, revela o bispo.

Apesar da exploração econômica, para dom Luiz Carlos o jogo dentro das quatro linhas continua a exercer deslumbramento cativante, assim como, as discussões intermináveis acerca das partidas e de seus lances mais engenhosos, habilidosos ou duvidosos: “Para os apreciadores, uma partida de futebol dura bem mais que os seus 90 minutos, alimentando ainda mais uma paixão por excelência”.

Futebol e fé

Assim como o bispo, os fiéis católicos também estão inseridos entre os torcedores apaixonados por algum clube. Dom Luiz não vê nenhuma incompatibilidade entre a prática da fé e a prática de torcer. A fé, observa, por colocar o ser humano em relação com Deus, deve irradiar-se por todas as dimensões da vida. “A pessoa de fé, em todas as suas atividades procura ser coerente com a fé. O ato de torcer, também leva o torcedor (a) a nutrir uma relação especial com um determinado clube esportivo, e onde quer que esteja ou no exercício de qualquer atividade, cultivará aquele vínculo”, afirma.

Dom Luiz ressalta, no entanto, que a fé deve ser a fonte dos valores da pessoa e inspiração para suas opções fundamentais e decisões cotidianas. “Dessa forma, o ato de torcer é relativizado no confronto com a fé”.

Violência

O bispo ainda destaca que, para quem se nutre da fé, é uma “grande incoerência tomar parte de atos de violência em nome de sua equipe esportiva”, uma prática tão relacionada às chamadas torcidas organizadas. “Tais manifestações indicam que o ato de torcer é colocado no centro da vida da pessoa, um grande equívoco”, afirma.

“A violência como elemento sistêmico do ato de torcer como vemos nas torcidas organizadas indica a transposição de tais grupos da dimensão lúdica, na qual se insere o esporte para a esfera da violência de gangues que se digladiam com o desejo de eliminar o inimigo”, comenta.

Os atos de violência às vezes estão ligados a interesses que invadem o ambiente das torcidas, com grupos que “abrigam pessoas que infelizmente estão vinculadas ao crime” e as atrelam a práticas ilícitas. “Isto precisa ser coibido para que o esporte não venha a afugentar as pessoas ainda mais destes saudáveis momentos lúdicos”, acredita dom Luiz.

Paixão pelo esporte

Além da torcida, os brasileiros também praticam o futebol com frequência. Para dom Luiz, representa vida saudável, inserção em um grupo promovendo amizades e lazer. Além disso, a prática esportiva, como a do futebol, também é pedagógica: proporciona muitos ensinamentos aos seus praticantes. “Se em campo somos o que somos, aí pode-se aprender a importância da organização (tática), desenvolver habilidades motoras, conviver com as pessoas das mais diversas em clima amistoso, aprender a lutar até o fim, como a ter responsabilidade, pois cada uma exercerá uma função pelo grupo”, enumera.

Em 2013, quando era secretário executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o então padre Luiz foi destaque em uma série do Globo Esporte sobre os “peladeiros” do Distrito Federal. (SP-CNBB)

 

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Atualidades



Presidente coreano pede ajuda ao Papa para a reconciliação na península

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Seul (RV) – O Presidente sul-coreano Moon Jae, pediu ajuda ao Papa Francisco na mediação da crise entre as duas Coreias. 

Segundo a Agência Yonhap o Presidente da Conferência Episcopal Coreana, Dom Kim Hee Joong, está no Vaticano com o objetivo de entregar ao Pontífice uma carta de Moon sobre o tema, pedindo a ele “para rezar pela paz e a reconciliação” na península coreana.

O pedido é inspirado no papel desempenhado pelo Papa na normalização das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos em 2014.

A este respeito, a Secretaria da Presidência de Seul precisou que a Coréia do Sul pediu ao Papa Francisco ajuda para restabelecer a paz e a reconciliação na península coreana e não para mediar  um encontro de cúpula entre as Coreias, como chegou a ser anunciado por algumas agências.

“É previsto que o Arcebispo Kim entregue uma carta pessoal do Presidente ao Papa”, afirmou o porta-voz Park Soo-hyun em um comunicado.

“De qualquer forma, a carta não contém o pedido ao Papa para ajudar a mediação de um vértice entre Norte e Sul”.  Neste sentido, devido aos repetidos testes com mísseis por parte de Pyongyang, não existe condições para um encontro de cúpula entre as duas Coréias, precisou o porta-voz.

(JE/Ansa)

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Manchester. 22 mortos no concerto. Hipótese terrorismo

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Londres (RV) - Uma forte explosão causou a morte na noite desta segunda-feira de 22 pessoas, a maioria adolescentes, no Manchester Arena no final do concerto de Ariana Grande, a estrela pop estadunidense de 23 anos ídolo dos mais jovens. A hipótese é a de um ataque terrorista, mas se trabalha para ter um quadro mais preciso sobre o que ocorreu. Até agora nenhuma reivindicação. Unânime a condenação e a dor dos líderes mundiais. 

 Sites jihadistas festejam o atentado

Como um ato de terrorismo: é assim que a polícia britânica está tratando a explosão que marcou ontem à noite o concerto de Ariana Grande na Arena de Manchester, a segunda maior da Europa, capaz de acolher até 21.000 pessoas. Parece que a causar a explosão foi um homem-bomba, que segundo a CNN, teria sido identificado. Sites jihadistas festejam o atentado, mas até o momento nenhum grupo reivindicou o massacre. Segundo o site que monitora as atividades jihadistas nos canais de apoio ao Estado Islâmico, está circulando um vídeo que mostraria o kamikaze, com o rosto coberto, suposto autor do massacre.

Dezenove os mortos contados entre os adolescentes, fãs da cantora, algumas horas após a explosão, mas esta manhã a polícia fala de 22 vítimas, incluindo algumas crianças, enquanto subiu para 59 o balanço dos feridos transportados para o hospital; vários outros foram medicados no local.

Suspensa a campanha para eleições 

A explosão ocorreu por volta das 22h30 na entrada da Arena, enquanto os jovens estavam começando a sair e o estádio estava sendo inundado de balões cor de rosa. A primeira-ministra britânica, Theresa May divulgou durante a noite uma mensagem de condolências e solidariedade às famílias das vítimas, sublinhando que o episódio está sendo investigado como 'um horrível ataque terrorista'. A May também suspendeu a campanha para eleições antecipadas no Reino Unido marcadas para o próximo dia 8 de junho. Suspenso também comícios e reuniões de outros partidos. Nesta manhã a premier vai presidir em Londres a Comissão de emergência para a segurança. O Departamento de Estado dos EUA ofereceu aos “amigos e aliados” britânicos todo o apoio necessário.

Grande pesar expresso em um tweet Ariana Grande, na sua primeira etapa de uma turnê mundial. Se for confirmada a hipótese de terrorismo, o atentado de Manchester será o ataque mais sangrento no Reino Unido desde 7 de julho de 2005, quando em uma ação perpetrada por extremistas islâmicos causou a morte de 52 pessoas. (SP)

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Cepal e Unicef pedem proteção à infância na América Latina

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Santiago (RV) - A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fizeram nesta segunda-feira (22) um chamado a reforçar os sistemas de proteção social da infância nos países da América Latina devido à sua vulnerabilidade perante os desastres naturais. As informações são da agência EFE.

“Os meninos e as meninas da América Latina e o Caribe, particularmente os que vivem em contextos de pobreza, são altamente vulneráveis aos desastres e experimentam os seus efeitos de forma desproporcionada e crescente”, disseram a Cepal e o Unicef em uma nota conjunta.

Desastres na América Latina e no Caribe

“A frequência de desastres na América Latina e no Caribe aumentou 3,6 vezes em meio século. Na década de 1960 houve, em média, 19 desastres por ano e na primeira década do século XXI essa média aumentou para 68 fenômenos anuais”, disseram os dois órgãos das Nações Unidas. A maior parte dos desastres na região está relacionada a fenômenos meteorológicos e hidrológicos, como furacões, tempestades, inundações e secas.

A catástrofe com maior número de mortos na região, no entanto, foi o terremoto do Haiti, em 2010, que deixou mais de 222 mil mortos, destaca a publicação. Garantir níveis básicos de investimento e acesso a serviços como saúde, educação e moradia, entre outros, fortalece a prevenção e a capacidade de resposta e reduz a vulnerabilidade aos desastres, diz o documento.

A proteção social

“A proteção social constitui uma política pública fundamental para fazer frente aos desastres antes, durante e após sua ocorrência”, destacaram a Cepal e Unicef. Para os organismos é crucial aumentar a coordenação entre instituições para atender os pontos vulneráveis das crianças e adolescentes perante os desastres, bem como promover a inclusão das experiências dos menores na elaboração de políticas sobre o tema. (SP-EFE)

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