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Sumario del 24/05/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa recebe Trump e lhe dá de presente Encíclica Laudato sì

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Cidade do Vaticano (RV) – Com um aperto de mão e um sorriso de ambos, começou na manhã desta quarta-feira (24/05) no Vaticano o primeiro encontro entre o Papa Francisco e o Presidente dos EUA, Donald Trump

Atravessando uma cidade blindada desde sua chegada, na noite de terça-feira (23/05), Trump deixou a Villa Taverna, residência do embaixador dos Estados Unidos onde estava alojada sua delegação, e chegou ao Pátio de São Dâmaso às 08:20 (03:20 em Brasília), sob fortes medidas de segurança e uma comitiva presidencial de dezenas de automóveis.

O Presidente entrou no Estado do Vaticano através da porta do Perugino, depois de seguir pela Via da Conciliação sob os olhos de centenas de passantes e fiéis que estavam a caminho da Praça São Pedro, para participar da audiência geral.

Trump estava acompanhado de sua esposa, Melania, a filha mais velha, Ivanka, o genro, Jared Kushner, e uma delegação de cerca de 20 pessoas, 12 das quais entraram no Palácio e estiveram com o Papa.  

A audiência particular, a portas fechadas, na biblioteca privada, começou às 8h33 (3h33 em Brasília) e durou 27 minutos. Foi possível ouvir Trump referir que esta era uma ‘grande honra’.

Durante a audiência, esposa e filha do Presidente dos EUA visitaram a Capela Paulina e a Sala Regia, e depois aguardaram conversando com a delegação e representantes do Vaticano em uma sala adjacente.

Em seguida, a comitiva foi chamada para o momento da troca de presentes e os habituais cumprimentos diante dos fotógrafos.

O Papa ofereceu a Donald Trump as edições em inglês da mensagem para o Dia Mundial da Paz 2017 - dedicada à não-violência -, assinada especialmente para o Presidente dos EUA; das exortações “A Alegria do Evangelho” e "A Alegria do Amor", sobre a família; bem como do documento sobre o cuidado da casa comum, a carta encíclica “Laudato sí”, que abrange a questão ecológica.

Como é tradição em audiências a Chefes de Estado, Francisco ofereceu também um medalhão do seu Pontificado com dois ramos de oliveira entrelaçados, símbolo da paz que se sobrepõe à guerra, explicando detalhadamente o seu significado.

Por sua vez, o líder estadunidense presenteou o Papa com uma coletânea dos cinco livros escritos por Martin Luther King e uma peça do monumento de granito que honra o ativista afro-americano em Washington e uma escultura de bronze. Um dos livros, "The Strength to Love" (“A Força do Amor”, 1963), traz a assinatura de Luther King.

De acordo com nota da Casa Branca, a peça do monumento em granito é uma “homenagem à esperança, visão e inspiração do ativista para as gerações vindouras”. Com a peça e os livros, Trump também entregou uma cópia do discurso que o Papa ofereceu a uma sessão do Congresso dos EUA em setembro de 2015, na qual foi celebrado o legado de Luther King.

Já a escultura de bronze foi feita à mão por um artista estadunidense não-identificado e representa “a esperança de um amanhã pacífico”, pois evoca dois valores universais: a unidade e a resistência, ainda segundo a Casa Branca.

Antes das fotografias, Francisco cumprimentou com cordialidade Melania Trump, a quem perguntou “se já haviam comido uma pizza” e abençoou um terço que a esposa do Presidente tinha nas mãos. Também a filha, Ivanka, disse algumas palavras ao Papa, que a ouviu em silêncio.

Depois de se despedirem do Pontífice, Trump e sua delegação, incluindo o Secretário de Estado, Rex W. Tillerson, e o conselheiro de Segurança Nacional, H. R. McMaster, se reuniram com o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado por Dom Paul Gallagher, secretário do Vaticano para as relações com os Estados.

Segundo a programação, o Presidente e toda a delegação visitou a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro; e na sequência, a primeira-dama foi até o Hospital Pediátrico do Menino Jesus, propriedade da Santa Sé, enquanto a filha, Ivanka, seguiu para a Comunidade de Santo Egídio, no bairro de Trastevere. 

(CM)

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Santa Sé enaltece colaboração entre EUA e Igreja Católica

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Cidade do Vaticano (RV) – No final da manhã de quarta-feira (24/05), a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota a respeito da audiência concedida pelo Papa Francisco ao Presidente dos EUA, Donald Trump e da sucessiva reunião com o Card. Pietro Parolin, Secretário de Estado, com Dom Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados. 

Nos encontros, foi expressa satisfação pelas boas relações bilaterais existentes entre a Santa Sé e os Estados Unidos e pelo compromisso comum em favor da vida e da liberdade religiosa e de consciência. Foram feitos votos de uma profícua colaboração entre o Estado e a Igreja católica nos Estados Unidos, engajada com a população nos campos da saúde, educação e assistência aos imigrantes.

Nas conversas, foram também analisados temas relativos à atualidade internacional e à promoção da paz do mundo por meio de negociações políticas e do diálogo inter-religioso, com uma referência especial à situação no Oriente Médio e à tutela das comunidades cristãs. 

(CM)

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Audiência: Jesus nos oferece a "terapia da esperança"

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Cidade do Vaticano (RV) – A terapia da esperança: foi o que propôs o Papa Francisco aos cerca de 20 mil fiéis reunidos na Praça S. Pedro na Audiência Geral da quarta-feira (24/05). 

Em sua catequese, o Pontífice comentou a experiência dos dois discípulos de Emaús, de que fala o Evangelho de Lucas. Dois homens caminhavam desiludidos após a morte de Jesus. Caminhavam tristes, porque viram morrer as esperanças que tinham depositado em Jesus, sendo a cruz erguida no Calvário o sinal mais eloquente da derrota que não tinham previsto.

O encontro de Jesus com os dois discípulos parece casual. Caminham pensativos e um desconhecido se aproxima: é Cristo, que então começa a sua “terapia da esperança”. “Quem a faz? Jesus. Antes de tudo, pergunta e escuta, pois o nosso Deus não é um Deus intrometido”, disse o Papa.

Mesmo conhecendo o motivo da desilusão, deixa que falem de sua amargura. O resultado é uma confissão que mais se parece com um refrão da existência humana: «Nós esperávamos, mas…»

“Quantas tristezas, quantas derrotas, quantas falências existem na vida de cada pessoa! No fundo, somos todos um pouco como esses dois discípulos. Quantas vezes nos encontramos a um passo da felicidade e ficamos desiludidos. Mas Jesus caminha com todas as pessoas cabisbaixas. E caminhando com elas, de forma discreta, lhes restitui a esperança.”

A verdadeira esperança passa através de derrotas. Nos Livros Sagrados, não se encontram histórias de heroísmo fácil, nem campanhas fulminantes de conquista. Deus não gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à vitória, aniquilando os adversários. A presença do Senhor lembra uma chama frágil que arde num dia de frio e vento; e, para aparecer ainda mais frágil esta sua presença neste mundo, foi esconder-Se num lugar que todos desdenham.

Com os dois discípulos, Jesus repete o gesto fulcral da Eucaristia: tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, o entregou. Neste gesto está também o significado de como deve ser a Igreja: o destino de cada um de nós. Jesus nos toma, pronuncia a bênção, e espedaça a nossa vida – porque não há amor sem sacrifício – e a oferece aos outros, a todos.

O encontro de Jesus com os dois discípulos é rápido. Mas nele está todo o destino da Igreja. Nos fala que a comunidade cristã não está fechada numa cidadela fortificada, mas caminha no seu ambiente mais vital, isto é, na rua. E ali encontra as pessoas, com suas esperanças e suas desilusões. A Igreja oferece escuta a todos, para depois oferecer a Palavra de vida. E então o coração das pessoas volta a arder de esperança.

"Todos na nossa vida tivemos momentos difíceis, momentos em que caminhávamos tristes, desiludidos, sem horizonte, somente com um muro diante de nós. Jesus sempre está do nosso lado, para nos dar esperança,. Para nos aquecer o coração. Ele nos diz: vai avante, estou com você, prossiga."

O segredo do caminho que conduz a Emaús está aqui: apesar das aparências contrárias, nós continuamos a ser amados por Deus; Ele jamais deixará de nos querer bem.

“Deus caminhará conosco sempre, sempre, mesmo nos momentos mais dolorosos, nos momentos mais duros, de derrota. Ali está o Senhor. E esta é a nossa esperança, prossigamos com esta esperança, porque Ele está do nosso lado caminhando conosco, sempre!”

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Dia de Oração pela China: Dom Shao ainda nas mãos da polícia

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Cidade do Vaticano (RV) – "Rezamos com os católicos na China, vamos confiar-nos a Maria, para ter a graça de suportar com paciência e vencer as dificuldades com amor" escreveu o Papa Francisco em um tweet publicado em sua conta esta quarta-feira.

Também no Regina Coeli do domingo, 21 de maio, o Pontífice havia recordado o Dia Mundial de Oração pela Igreja na China, instituído pelo Papa Bento XVI na sua Carta aos católicos chineses de 2007.

“No próximo dia 24 de maio - havia dito o Papa - nos uniremos espiritualmente aos fiéis católicos na China, na recorrência de Nossa Senhora Auxiliadora, venerada no Santuário de Sheshan em Xangai. Aos católicos chineses digo: elevemos o olhar a Maria nossa Mãe, para que nos ajude a discernir a vontade de Deus sobre o caminho concreto da Igreja na China e nos sustente em acolher com generosidade o seu projeto de amor. Que Maria nos encoraje a oferecer a nossa contribuição pessoal para a comunhão entre os fiéis e para a harmonia de toda a sociedade. Não esqueçamos de testemunhar a fé com oração e amor, mantendo-nos abertos ao encontro e ao diálogo, sempre”.

Shao Zhumin preso novamente

E no dia de hoje prosseguem as orações pelo Bispo Pietro Shao Zhumin, da Diocese de Wenzhou (Zhejiang), mais uma vez nas mãos da polícia. O prelado não é reconhecido pelo governo chinês, mas foi confirmado pela Santa Sé à frente da Diocese.

Dom Shao foi convocado por membros do Departamento dos Assuntos Religiosos em 18 de maio e desde então não foi mais visto. Há dois dias não se tem notícias dele, informou uma fonte local à Agência Asianews.

Anteriormente o bispo chinês havia sido preso pela polícia durante a Semana Santa, sendo libertado após a Páscoa.

Santuário

Em Sheshan, sede da Basílica nacional dedicada a Maria, continuam a chegar os peregrinos desde 29 de abril. Ao menos 80 grupos provenientes de Xangai e de outras dioceses já estiveram na colina onde está o Santuário.

Para ser possível peregrinar ao local, os grupos devem ser guiados por um sacerdote e devem apresentar com antecedência um pedido, para então receber a permissão das autoridades.

Sacerdotes, religiosas, seminaristas e mebros de diversas paróquias da Diocese de Xangai realizaram sua peregrinação ao Santuário no dia 10 de maio. Como o Bispo da Diocese, Dom Ma Daquin, está em prisão domiciliar desde 2012, o grupo foi guiado pelo Decano de Punan, Pe. Lu Qinglin. Em sua homilia, o sacedote pediu aos fiéis para rezarem a Maria e São José, para que ajudem a Igreja na China.

No contexto do centenário das aparições em Fátima, também é pedido aos fiéis chineses para fazer penitência e rezar pela paz no mundo, com a oração diária do Terço.

Carta de Bento XVI

Durante este mês de maio, muitos católicos chineses tem postado nas redes sociais o texto da oração de Bento XVI a Nossa Senhora de Sheshan e de sua Carta aos católicos chineses, pedindo aos seus amigos para que a leiam e reflitam sobre o conteúdo.

Dezesette irmãs do Convento da Apresentação, da Diocese de Xangai, professaram os votos: 13 os votos perpétuos e 4 os primeiros votos. A cerimônia teve lugar no dia 17 de maio na Igreja da Assunção de Nossa Senhora, em Qibao.

(JE com Asianews)

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Dom Jurkovič: sistemas de saúde precários, um obstáculo em muitos países

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Genebra (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Genebra, Dom Ivan Jurkovič, participa da 70ª Assembleia Mundial da Saúde, em andamento nessa cidade helvécia até o próximo sábado, 27. 

“A Santa Sé reconhece que a promoção da saúde é um aspecto fundamental do progresso na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. É uma componente necessária para a estabilidade socioeconômica. Os sistemas de saúde precários continuam sendo um obstáculo em muitos países”, disse o arcebispo em seu discurso. 

Desafios

Segundo ele, “os desafios globais atuais emergentes para a saúde requer sistemas de saúde melhores, capazes de oferecer uma assistência eficaz e acessível, de prevenção e assistência a todos, sobretudo as pessoas carentes que vivem na pobreza extrema,  marginalizadas em nossas sociedades, incluindo os migrantes e refugiados que são um sinal preocupante de nossos tempos”.
 
Como observado pelo Papa Francisco, “a medida e o indicador mais simples e adequado do cumprimento da nova Agenda para o desenvolvimento será o acesso efetivo, prático e imediato, de todos, aos bens materiais e espirituais indispensáveis”. 

Esforços

Segundo Dom Jurkovič, “os esforços para construir melhores sistemas de saúde requer certamente uma orientação técnica contínua da Organização Mundial da Saúde, e o apoio dos parceiros do desenvolvimento a fim de superar a falta de recursos financeiros no campo da saúde”. 

“Além de infraestruturas fortes e confiáveis, os sistemas de saúde devem colocar a pessoa humana e suas necessidades físicas, emocionais e espirituais no centro do atendimento, respeitando a sacralidade da vida humana em todas as suas fases e a dignidade de cada pessoa.”

Acesso

Segundo o arcebispo, “em muitos países, as organizações religiosas e outras instituições baseadas na fé assumem uma responsabilidade grande nos sistemas de saúde e devem ser incluídas na formulação de políticas em matéria”. 

“Um sistema de saúde que funciona bem deve haver um fornecimento confiável de remédios e tecnologias. Todavia, a situação efetiva, como emerge no Relatório do Secretariado sobre os progressos realizados na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o acesso a medicamentos essenciais, requer ações decisivas da parte da comunidade internacional.” 

Segundo Dom Jurkovič, “a disponibilidade média de remédios essenciais é de apenas 56% no setor público dos países de renda média-baixa. A inovação dos produtos permanece distante das exigências de saúde daqueles que vivem nos países em desenvolvimento. Apenas 1% dos financiamentos para a pesquisa e o desenvolvimento da saúde é destinado a doenças que afetam sobretudo os países subdesenvolvidos”. 

Parcerias

“Devemos estabelecer parcerias que alinhem a pesquisa e o desenvolvimento no setor sanitário com as demandas e necessidades globais da saúde a fim de garantir a todos um maior acesso aos medicamentos essenciais. Como afirmado pelo Papa Francisco: “A saúde não é uma mercadoria, mas um direito universal. Por isso, o acesso aos serviços de saúde não podem ser um privilégio.”

A esse propósito, o arcebispo anunciou que novo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral está organizando uma Conferência Internacional sobre o tema “Enfrentar as disparidades globais na área da saúde”, que se realizará, no Vaticano, de 16 a 18 de novembro deste ano. 

(MJ)

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Card. Filoni na Guiné Equatorial: na fraqueza confiar no Espírito Santo

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Malabo (RV) - “Para Deus não é importante se nossas ações terão resultado, o importante é ter coragem, jamais se cansar de dar testemunho da nossa fé e deixar-nos guiar pela força do Espírito Santo.”

Foi o que disse o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, esta quarta-feira (24/05) em Ebebiyn, na Guiné Equatorial – país da costa ocidental da África –, durante a missa com a tomada de posse do novo bispo da diocese, Dom Miguel Nguem Bee.

O prelado de 47 anos, que até sua nomeação episcopal era superior provincial dos salesianos, foi ordenado bispo pelo próprio Cardeal Filoni sábado passado, dia 20. “O Santo Padre o escolheu porque, embora jovem, é uma pessoa com válida experiência de vida sacerdotal e de preparação humana e espiritual”, disse o purpurado.

Crer sempre na ação da graça

Os votos do prefeito de Propaganda Fide a Dom Miguel foram o de “crer” na ação da graça, de não desencorajar-se e, como São Paulo, fortalecido pelo encontro com Cristo, colocar n’Ele toda a confiança.

“Geralmente não se veem logo os resultados, então é preciso dar tempo para o crescimento deles. Muitas vezes somos tentados pela necessidade de ver resultados das nossas obras, a ponto de alguém perguntar se vale a pena fazer algo quando não temos a certeza de obter retorno”, enfatizou o Cardeal Filoni.

A força da Igreja vem do Alto

“A força da Igreja, a força do catolicismo na Guiné Equatorial e na Diocese de Ebebiyn é a força que vem do Alto. Esta força é mais forte do que nossas possibilidades, é capaz de transformar nossos esforços – que parecem pouco promissores – num rio de graça”, prosseguiu

O purpurado indicou como modelo o anúncio do Evangelho feito pelos santos apóstolos Pedro e Paulo: “Tudo foi obra do Espírito Santo que agia neles e através deles. Tenham a coragem de deixar-se guiar pela potência e pelos dons do Espírito!”

Olhar para Maria Auxiliadora quando nos sentimos fracos

Dirigindo-se ao novo bispo de Ebebiyn, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos indicou a Virgem Maria, no dia da festa de Nossa Senhora Auxiliadora, como mãe sempre solícita a escutar e oferecer “seu auxílio materno, em particular, quando temos momentos de desencorajamento ou de medo, quando nos sentimos fracos diante dos desafios que parecem maiores do que nossas possibilidades.” (RL/PO)

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Jovens ao Papa: se poderosos da terra não se comovem, o que será de nós?

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Roma - “Se os sete homens mais poderosos da terra não se comovem diante de uma criança que atravessa o mar para fugir de morte segura... o que será deste mundo? O que será de nós?”

É o que escrevem numa carta ao Papa Francisco 22 adolescentes (garotos e garotas) da Itália, Gâmbia, Nigéria, Costa do Marfim, Albânia e Paquistão que se reuniram para o encontro de cúpula Unicef Junior 7, que todos os anos reúne as vozes dos adolescentes dos países do G-7 para discutir os temas da agenda do encontro de cúpula do G-7 e prepara uma mensagem conjunta para os chefes de Estado.

Fuga de guerras, da fome e da pobreza

“Vivemos numa época bastante difícil, há tantos seres humanos, tantas crianças, em fuga de guerras, da fome e da pobreza. Nossos mares que deveriam unir, muitas vezes dividem, quem está melhor quer estar melhor ainda e quem está pior, ao invés, estende a mão para nós e nós, comumente, a deixamos escorregar para o fundo do mar”, escrevem.

Os adolescentes pedem aos grandes do planeta que “invistam na educação e conhecimento para dar a todos a possibilidade de viver da melhor forma possível este extraordinário dom que é a vida”.

Todos devem ter direitos humanos assegurados

“Queremos apertar com força a sua mão – dirigem-se ao Papa – e gritar juntos que todos devem ter seus direitos humanos garantidos, direitos que são universais e sem distinção de raça ou religião.”

“Estar juntos nas diversidades é uma necessidade universal, é o décimo primeiro ‘mandamento’ do futuro, que nos comprometemos a subscrever hoje, cada um com suas diversidades, a própria religião, seus estilos de vida, mas sempre no respeito recíproco”, ressaltam.

O 43º encontro de cúpula do G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) vai se realizar nos dias 26 e 27 deste mês de maio em Taormina, na Sicília, sul da Itália. (RL)

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Patriarca Kirill envia antigo ícone de São Nicolau ao Papa Francisco

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Moscou (RV) – O Patriarca de Moscou e de todas as Rússias Kirill enviou um antigo ícone de São Nicolau ao Papa Francisco para expressar sua gratidão pelo auxílio do Papa na organização da histórica visita das relíquias de São Nicolau à Rússia.

A pedido do Patriarca, o ícone será entregue ao Arcebispo Francesco Paolo Cacucci de Bari, que se reuniu com o Patriarca Kirill em Moscou na segunda-feira após uma celebração com as relíquias de São Nicolau, que foram levados para Moscou da Basílica Pontifícia de Bari, sul da Itália, dias antes.

"Nos difíceis tempos atuais, quando observamos uma escalada de conflitos e confrontos nas relações internacionais, a cooperação cultural e espiritual é um dos meios mais eficientes com os quais as Igrejas podem ajudar a superar a inimizade entre os povos", disse o Patriarca Kirill à delegação católica que acompanhou o traslado das relíquias.

A Rússia e a Itália têm uma "enorme herança cultural", que "foi formada em primeiro lugar pela fé cristã de nossos povos, e nós não deveríamos perder esse fundamento de nosso diálogo cultural sob nenhuma circunstância hoje", afirmou.

O Arcebispo de Bari, por sua vez, disse que a Igreja Católica vinha recebendo reiterados pedidos para compartilhar as relíquias de São Nicolau.

As relíquias foram levadas a Moscou pela primeira vez em 930 anos, o que demonstra o "status privilegiado" das relações entre católicos e a Igreja Ortodoxa Russa, disse Kirill.

As relíquias de São Nicolau foram levadas para a Rússia como parte de um acordo alcançado entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill durante seu histórico encontro em Havana, em fevereiro de 2016.

Cerca de 18.600 fiéis já haviam ido à Catedral de Moscou de Cristo Salvador para reverenciar as relíquias de São Nicolau somente na segunda-feira, revelou o Diretor do Departamento de Política Étnica e Vínculos Inter-regionais de Moscou, Vitaly Suchkov.

(je/Interfax)

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Igreja na América Latina



Cardeal Urosa Savino evoca apelo de Romero: "Parem com a repressão!"

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Caracas (RV) – “O Dia de oração pela paz na Venezuela, realizado em todas as dioceses do país em 21 de maio, foi convocado para pedir ao Senhor com insistência a solução para os problemas políticos e econômicos, o fim violência, o fim da repressão ao povo nas manifestações, o respeito pelos direitos humanos – em particular em relação aos presos políticos -  a validez dos valores democráticos, a reconciliação e a paz”, recordou o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, na homilia da missa por ele presidida naquele dia.

Segundo o texto enviado à Agência Fides, o Cardeal repropôs o convite à paz, como “único caminho, o caminho cristão para a paz. A observância dos mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos. Na base da situação atual e conflitual, caracterizada pela grave crise social, econômica e política, se verifica justamente a falta do cumprimento dos mandamentos: a busca do lucro, o desejo de poder, a arrogância, o egoísmo, a corrupção, o crime, por fim, toda uma série de problemas que não quero repetir nesta homilia”.

O Arcebispo de Caracas prosseguiu, afirmando que “os membros das Forças Armadas e da Polícia devem ser agentes e garantes do respeito pela Constituição e, por vocação, devem garantir, antes de tudo, a paz e a sã convivência do povo venezuelano do qual fazem parte”.

Óscar Romero

“Lançamos um apelo à consciência daqueles que comandam estas forças, diante das numerosas mortes de cidadãos causadas por abusos de autoridade e ações repressivas. A responsabilidade moral pelos atos que levam à violência, feridos e mortos é daqueles que os ajudam, assim como daqueles que os ordenaram e consentiram. No nosso país torna-se atual o pronunciamento do mártir da América, o Beato Óscar Romero: “Em nome de Deus e deste povo sofredor, vos peço, vos suplico, vos ordeno, parem com a repressão”.

O número de mortos nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro que tiveram início em abril subiu para 55.

Um segundo juiz da Suprema Corte teria rejeitado o projeto de uma Assembleia Constituinte apresentado pelo Presidente. Segundo uma pesquisa, 73% dos venezuelanos também são contrários a tal projeto.

(Fides/Je)

 

 


 

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Igreja no Mundo



Filipinas: jihadistas atacam igreja e fazem reféns

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Manila (RV) – Terroristas do grupo islâmico “Maute” – ligado ao autoproclamado Estado Islâmico – “atacaram a Catedral Católica de Marawi City, sequestrando 15 pessoas entre fiéis, um sacerdote e religiosas que estavam rezando na igreja”, informou à Agência Fides o Bispo Edwin De la Pena, responsável pela Prelazia de Marawi City, cidade na Ilha de Mindanao, sul das Filipinas.

“Hoje é a Festa de Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos. Os fiéis estavam na igreja para rezar a Maria no último dia da novena. Os terroristas entraram na igreja, fizeram alguns reféns e os levaram para uma localidade desconhecida. Entraram na residência do Bispo e sequestraram o Vigário Geral, Pe. Teresito Soganub. Depois colocaram fogo na Catedral e na sede do episcopado. Tudo está destruído. Estamos consternados”, relatou o prelado à Ag. Fides.

O bispo salvou-se por estar em visita pastoral à paróquia de um povoado distante de Marawi.

Abrir canais de negociação

“Os terroristas ocuparam a cidade. As pessoas estão aterrorizadas fechadas em casa. Agora se espera a reação do exército. Por agora, se pensa em retomar a cidade com o menor derramamento de sangue possível. Dos reféns não se sabe nada. Ativamos nossos canais, a Igreja, os líderes islâmicos, e esperamos poder em breve abrir canais de negociação para que sejam todos libertados sãos e salvos”, afirmou Dom Edwin, recordando que nos meses passados a Igreja havia recebido ameaças.

Apelo ao Papa

Isto “ocorreu justamente na véspera da Festa de Maria: pedimos ajuda a ela, que é o auxílio dos cristãos. Pedimos a salvação dos nossos fiéis. Somente ela pode vir em nosso socorro. Dirigimos um apelo também ao Papa Francisco para que reze por nós e possa pedir aos terroristas para libertar os reféns, em nome de nossa comum humanidade. Violência e ódio trazem somente destruição: peçamos aos fiéis em todo o mundo para rezarem junto conosco pela paz”.

Diante da invasão da cidade pelos militantes, o Presidente Duterte interrompeu sua viagem a Moscou, retornando às pressas ao país.

O grupo terrorista se entrincheirou em Marawi, incendiando também a prisão e duas escolas. O Exército cercou a cidade.

O Prefeito pediu às Forças Armadas para não bombardearem a cidade onde vivem cerca de 200 mil civis, a maioria muçulmanos.

(Fides/je)

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Formação



Grito dos Excluídos: por direitos e democracia, a luta é todo dia

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São Paulo (RV) – “Por Direitos e Democracia, a luta é todo o dia”: este é o lema do 23º Grito dos Excluídos.

No último final de semana, a cidade de São Paulo sediou mais um encontro dos articuladores, reunindo 35 pessoas de 16 estados brasileiros.

Fruto das semanas sociais brasileiras, o evento é um espaço aberto onde pastorais, movimentos, sindicatos e organizações mais diversas se confrontam num grito comum pela vida em primeiro lugar. Tradicionalmente, a celebração é feita na semana da Pátria, em 7 de setembro.

Do encontro em São Paulo, participou a jovem baiana Larissa Lima. A entrevista é do Pe. Gianfranco Graziola. 

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Atualidades



OPAC alerta que EI tem capacidade para usar armas químicas

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Damasco (RV) – “As investigações realizadas no Iraque e na Síria demonstram que o Estado Islâmico tem capacidade de produzir e usar “gás mostarda” feito com substâncias de baixa qualidade e rudimentares. Os ‘foreign fighters’ que combatem com o EI poderiam retornar aos seus países de origem, na Europa e outros continentes, e tentar fazer uso deste tipo de armas”.

O alerta é do Diretor Geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Ahmet Üzümcü, que em entrevista concedida à Agência Ansa comentou o resultado das recentes investigações.

Risco elevado

O risco de que os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico façam uso de armas químicas “é levado à sério por muitos países e acredito que deveria ser levado à sério por todos”.

O único modo de prevenir este tipo de ataques – explicou Ahmet Üzümcü – é “fortalecer a cooperação internacional e a atividade das agências de segurança para descobrir eventuais planos de atentados”.

O diplomata turco, presente em Roma para o encontro da convenção para a proibição das armas químicas, recordou que neste contexto, “a Opac é uma plataforma para trocar informações, partilhar as ‘best practices’ e fornecer algumas recomendações”.

Caso de verificasse um atentado com armas químicas – observa – “a Organização poderia fornecer assistência para administrar as consequências de um similar ataque. Constituímos a este propósito uma missão de resposta rápida a ser empregada imediatamente para assistir aqueles Estados-membro que poderiam encontrar-se sob ataque químico”.

Encontro com o Papa Francisco em 2013

Em setembro de 2013, o Papa Francisco havia recebido Ahmet Üzümcü em audiência no Vaticano, após uma série de apelos que havia lançado nas semanas precedentes pela paz na Síria, e onde condenava o uso de armas químicas nos conflitos entre rebeldes e forças do regime de Bashar al-Assad.

O encontro com o Pontífice, no entanto, havia sido solicitado pela Opaq antes dos desdobramentos da crise síria.

Durante a reunião, os dois concordaram que "as armas químicas não devem ganhar espaço em nenhum lugar do mundo" e que "a comunidade internacional precisa continuar com seus esforços para eliminar os arsenais e garantir que nunca mais surjam".

À Opac ainda não aderiram Israel, Egito, Sudão do Sul, Myanmar e Coreia do Norte.

"Quer com a adesão da Santa Sé à convenção, quer com a audiência de hoje, foi demonstrado um forte apoio às atividades da organização", havia afirmado na ocasião o então Diretor da Sala de Imprensa da santa Sé, Padre Federico Lombardi.

(JE - L’Osservatore Romano)

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