Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 02/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: Jesus escolhe o mais pecador dos apóstolos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou nesta manhã de sexta-feira a Santa Missa na Capela da Casa Santa Marta. Em sua homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Jo 21,15-19), em que Jesus ressuscitado conversa com Pedro à margem do lago, onde o apóstolo tinha sido chamado. É um diálogo tranquilo, sereno, entre amigos, enfatiza Francisco, na atmosfera da Ressurreição do Senhor. Jesus confia o seu rebanho a Pedro, fazendo-lhe três perguntas, perguntando se ele o ama: 

“Jesus escolhe o mais pecador dos apóstolos, os outros fugiram, este renegou Ele: 'Não o conheço'. E Jesus lhe pergunta: 'Mas você me ama mais do que estes?'. Jesus escolhe o mais pecador”.

E foi escolhido, portanto, “o mais pecador” para “apascentar o povo de Deus. Isto nos faz pensar”, observa Francisco. Jesus pede a Pedro para apascentar o seu rebanho com amor:

“Não apascentar com a cabeça para cima, como o grande dominador, não: apascentar com humildade, com amor, como Jesus fez. Esta é a missão que Jesus dá a Pedro. Sim, com os pecados, com os erros. Tanto é assim que, logo após esse diálogo, Pedro faz um deslize, um erro, é tentado pela curiosidade e disse ao Senhor: “Mas este outro apóstolo para onde vai, o que fará?”. Mas com amor, no meio de seus erros, e seus pecados ... com amor: ‘Porque essas ovelhas não são as suas ovelhas, são as minhas ovelhas’, diz o Senhor. “Ame-as. Se você é meu amigo, você tem que ser amigos delas’”.

O Papa recorda quando Pedro nega Jesus diante da serva do sumo sacerdote: está seguro em negar o Senhor como estava seguro quando tinha confessado: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Recorda o olhar de Jesus que cruza com o de Pedro, que acabara de lhe renegar. E o apóstolo, “corajoso ao renegar, é capaz de chorar amargamente”:

“E então, depois de toda uma vida servindo ao Senhor acabou como o Senhor: na cruz. Mas não se vangloria: ‘Termino como meu Senhor!’. Não, pede ele: ‘Por favor, me coloquem na cruz com a cabeça para baixo, para que pelo menos vejam que não sou o Senhor, sou o servo’. Isto é o que nós podemos tirar deste diálogo, deste diálogo tão bonito, tão sereno, tão amigável, tão pudico. Que o Senhor nos dê sempre a graça de caminhar pela vida com a cabeça para baixo: com a cabeça alta para a dignidade que Deus nos dá, mas com a cabeça para baixo, sabendo que somos pecadores e que o único Senhor é Jesus, nós somos servos”. (SP)

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Papa exorta os jovens a mudar o mundo abrindo o coração aos outros

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Cidade do Vaticano (RV) - O mundo pode mudar se abrirmos o coração aos outros, jamais responder ao mal com o mal. Foi a exortação do Papa aos cerca de seis mil jovens da experiência educacional cristã “Graal” e “Os Cavaleiros”, recebidos por Francisco na Sala Paulo VI, no Vaticano. 

Falando espontaneamente, ou seja, sem texto, e respondendo às perguntas de três jovens, o Pontífice ressaltou que não há respostas diante do sofrimento das crianças, mas que somente se pode olhar para o Crucifixo e rezar.

Milhares de jovens acolheram com afeto e entusiasmo o Santo Padre na Sala Paulo VI, cujo encontro foi vivido em clima de grande festa. Com a naturalidade que lhe é própria, Francisco dialogou com os jovens, respondendo em particular às perguntas de três deles.

Dirigindo-se à jovem Marta que lhe confiara seu receio de passar para o ensino médio, Francisco ressaltou que a vida é “um contínuo bom-dia e até a próxima”. Afirmou também que se não se aprende a despedir-se bem, jamais aprenderá a encontrar novas pessoas.

Não se pode acomodar-se no sofá, retomou, por ter medo de mudar, correndo o risco de fechar o horizonte da vida. Daí, a exortação a vencer o medo de crescer e de mudar e a aceitar o desafio de alargar o horizonte, de fazer o caminho com novas pessoas.

Para mudar o mundo é preciso abrir o coração aos outros e não responder ao mal com o mal. Assim o Papa respondeu à pergunta de Giulia sobre como poder mudar o mundo. Em primeiro lugar, disse o Santo Padre, é preciso ter consciência de que ninguém possui a “varinha mágica” para mudar o mundo. Em seguida, evidenciou o coração como o motor de uma autêntica mudança:

O mundo muda abrindo o coração, ouvindo os outros, recebendo os outros, partilhando as coisas. E vocês podem fazer o mesmo. Se você tem um companheiro, um amigo, uma amiga, um colega de escola, uma colega de escola de quem você não gosta, que é um pouco antipática... Se você vai fofocar sobre aquela pessoa, porque esta é assim e assim. Se, ao invés, você releva – ‘Não gosto, mas não digo nada’ –, como é aquela pessoa? Brava. Entenderam! Mudar o mundo com as pequenas coisas de todos os dias, com a generosidade, com a partilha, criando essas atitudes de irmandade.

Em seguida, o Santo Padre pediu aos jovens que jamais respondam ao mal com o mal, e que não respondam nem mesmo aos insultos. Jesus, recordou Francisco, nos pede que rezemos por todos, inclusive pelos nossos inimigos. Desse modo, rezando por todos, retomou, “se pode mudar o mundo”.

Em seguida, foi a vez de Tanio, jovem búlgaro adotado, que contou sua comovente história de sofrimento perguntando a Francisco como se pode acreditar no Senhor diante da dor que atinge as crianças.

O Papa disse que não é possível encontrar explicações racionais para o sofrimento de uma criança. Dirigindo-se a Tanio disse que é possível encontrar alguma explicação “no amor daqueles que lhe querem bem e lhe apoiam”:

Sinceramente, lhe digo, e você entenderá bem isso: quando na oração faço a pergunta ‘por que as crianças sofrem?’, habitualmente faço essa pergunta quando vou aos hospitais das crianças e depois saio – e lhe digo a verdade – com o coração, não diria destruído, mas muito compadecido, o Senhor não me responde. Apenas olho para o Crucifixo. Se Deus permitiu que Seu Filho sofresse assim por nós, deve haver algo ali que tenha um sentido. Mas, querido Tanio, não posso explicar-lhe o sentido. Você o encontrará: mais adiante na vida ou na outra vida. Mas explicações, como se explica um teorema matemático ou uma questão histórica, não lhe posso dar nem eu nem ninguém.

“Não posso lhe explicar isso”, retomou o Papa com sinceridade. E concluiu agradecendo a Tanio pela pergunta porque, observou, “é importante que vocês, rapazes e moças”, comecem “a entender essas coisas, porque isso os ajudará a crescer bem e a seguir adiante”. (RL/AG)

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Papa recebe Presidente da Letônia: acolhimento aos migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira (02/06), no Vaticano, o presidente da República da Letônia, Raimonds Vējonis, o qual sucessivamente encontrou-se com o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, e o secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher. 

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante os cordiais colóquios foi manifestado apreço pelas boas relações bilaterais e pela positiva contribuição da Igreja católica para a sociedade letã.

Nas conversações foram passados em resenha alguns temas de mútuo interesse, entre os quais o acolhimento aos migrantes e as perspectivas para o futuro do projeto europeu, detendo-se, em seguida, sobre o contexto regional, lê-se ainda no comunicado.

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Intenção do Papa para o mês de junho: combater o comércio de armas

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Cidade do Vaticano (RV) – A intenção “universal” do Santo Padre ao Apostolado da Oração, para este mês de junho, é: “Pelos responsáveis das nações, para que se empenhem decididamente em pôr fim ao comércio de armas, que provoca tantas vítimas inocentes”. 

É uma absurda contradição falar de paz, negociar a paz e, ao mesmo tempo, promover ou permitir o comércio de armas, diz o Papa.

Mas, sempre fica a dúvida: uma guerra aqui, outra guerra ali - porque em todos os lugares há guerras - será realmente uma guerra por problemas ou uma guerra comercial para vender essas armas no comércio ilegal e para enriquecer os comerciantes da morte?   

Acabemos com esta situação, exorta o Papa. Rezemos todos juntos pelos responsáveis das nações, para que se comprometam decididamente em pôr fim ao comércio das armas, que provoca tantas vítimas inocentes. (MT/REI)

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Jovens sacerdotes estão no coração do Papa, diz Cardeal Stella

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Cidade do Vaticano (RV) - Após o encontro do Papa Francisco com membros da Congregação para o Clero na quinta-feira (01/06), o Cardeal Beniamino Stella, Prefeito deste dicastério vaticano, conversou com a Rádio Vaticano.

O purpurado concentrou-se, em particular, na Ratio fundamentalis - o documento sobre a formação sacerdotal aprovado em dezembro passado e sobre as palavras do Santo Padre dirigidas aos jovens sacerdotes:

"O conceito de fundo deste documento de dezembro passado é precisamente este: a unicidade, isto é, a formação dos padres começa quando são ministrantes - por assim dizer - e continua até o momento em que o Pai Eterno nos chama para a outra margem da vida! Uma formação que é inicial no tempo do seminário, e depois é permanente no tempo da vida sacerdotal. Quisemos dizer aos bispos e aos formadores: levem a sério este compromisso, porque hoje, diante da Igreja e diante da sociedade, para apresentar o padre com um compromisso definitivo, com um compromisso que seja profundo na sua vida, é necessário que exista uma boa seleção, uma boa formação, um discernimento correto no momento do chamado às ordens, e depois um acompanhamento apropriado no tempo do ministério sacerdotal. Insistimos muito no fato de que a formação deva ser contínua, integral; a ênfase da Ratio fundamentalis - eu diria - não é intelectual ou acadêmica, mas é humana e espiritual. Hoje é preciso proceder gradualmente, com discernimento: esta palavra muito cara ao Santo Padre é de certa forma a chave que ilumina todo o processo de formação".

RV: Na audiência aos membros da Congregação, o Papa deu muita ênfase aos jovens, e em particular aos jovens sacerdotes...

"Para nossa gratíssima surpresa! Percebe-se que o Papa vê, sente, escuta as expectativas desta juventude presbiteral que tem necessidade de uma palavra de apoio, de encorajamento, de compreensão, de afeto. O Papa fez isto também hoje, realmente com grande coração. Parecia que os tinha diante de si, que lesse os seus corações, as suas expectativas. Disse: "Rezem, caminhem, sejam criativos, não tenham medo, mesmo das novidades". Depois: "Tenham um coração que tenha paixão, que tenha compaixão, que escute". Gostei de ter ouvido o Papa falar aos jovens padres. Talvez houvesse alguma expectativa: o Papa fala seguidamente aos sacerdotes, é exigente, pede... Os jovens padres, de certa forma é aquela comunidade presbiteral que tem necessidade de um particular apoio por parte do Papa, e sobretudo de seus bispos, de seus pastores".

RV: A respeito da urgência da formação sacerdotal, poucos meses após a promulgação da Ratio fundamentalis, quais são, na sua opinião, os pontos que mais o tocaram e que o Papa acentuou?

"Eu penso que se o jovem seminarista, o jovem que é candidato às ordens, se abre, então a formação não é dar uma doutrina: é apresentar a Pessoa de Jesus. Importantíssimo para a formação é que o coração do jovem realmente se abra a esta formação. E este é o ponto mais delicado: porque um jovem pode permanecer no seminário seis anos, oito anos e viver sempre na superfície. O ponto fundamental é que o jovem sinta que abrindo o coração, consiga amadurecer uma amizade profunda com Jesus, consiga crescer na maturidade humana, na sua espiritualidade. Se a formação tratou em profundidade sobretudo os aspectos humanos, não somente os intelectuais ou acadêmicos, se houve uma conversão do coração, uma conversão da sua vida a Jesus, eu penso que o projeto sacerdotal não deve assustar. O Papa nos fala tanto da esperança: quantas homilias, quantas catequeses dedicou à esperança! Acredito que toque realmente o coração para nos dizer: "Para longe o desencorajamento, para longe o desconforto, para longe o pessimismo!". Entreguemo-nos ao Senhor, à escola do Evangelho, a este Jesus que no fundo nos diz: "Estou convosco". Estou convosco... O Papa hoje insistia muito sobre o chamado aos jovens: na Bíblia, quantos chamados aos jovens! Porque ali é a juventude que tem sonhos, que tem projetos, que tem esperanças, que tem ideias e acredito que ali se insira precisamente o chamado sacerdotal". (AG/JE)

 

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Card. Filoni: testemunho de Pe. Ganni deve permencer vivo na Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - “Um sacerdote alegre, inteligente, que amava profundamente sua escolha de vida e um pároco generoso. O esplêndido testemunho de fé de Pe. Ragheed é verdadeiramente tal, e deve permanecer presente na memória da Igreja. Passados dez anos de seu martírio, Pe. Ganni está vivo na memória dos parentes, dos amigos, da Igreja caldeia e de toda a Igreja católica.”

Com essas palavras, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni – que já foi núncio apostólico no Iraque e Jordânia –, recorda  a figura de Pe. Ragheed Aziz Ganni, membro da Arquidiocese caldeia de Mosul (norte do Iraque), barbaramente assassinado em 3 de junho de 2007, aos 37 anos de idade.

Foi dedicado ao mártir caldeu o livro “Um sacerdote católico no Estado islâmico”, escrito por Pe. Rebwar Audish Basa, amigo e coirmão de Pe. Ganni, com o prefácio do próprio Cardeal Filoni.

“Conheci Pe. Ganni no Iraque, durante meu mandato de núncio apostólico naquele país – escreve o purpurado. Encontrei-o em Bagdá e depois em Mosul. Impressionou-me sua vivacidade e seu entusiasmo sacerdotal, apesar das dificuldades destes tempos.”

De fato, observa o prefeito de Propaganda Fide, “desde a queda do regime de Saddam Hussein, toda a população parece passar pela grande tribulação: guerra, explosões, atentados, saques, assassinados e extorsões”.

“Os cristãos no Iraque tornaram-se o alvo preferido de fanáticos islâmicos e de criminosos; primeiro Bagdá, depois Mosul, tornaram-se centros de violências sistemáticas”, acrescenta.

Ainda no prefácio, o Cardeal Filoni recorda também o Arcebispo Faraj Rahho, assassinado em Mosul em 12 de março de 2008: ambos foram uma oblação do povo de Deus para o próprio Cristo.

Obrigado Pe. Ganni, conclui o purpurado, “obrigado por ter-nos ensinado a viver como sacerdotes corajosos, que amam o próprio ministério, fiéis a Cristo, servidores do Povo de Deus. A Igreja tem a honra de tê-lo como Filho devoto e o vê parte daquela eleita fileira de mártires que ninguém pode contar e da qual fala o Livro do Apocalipse”.

Durante uma visita à Planície de Nínive (Iraque) em março passado, uma delegação de “Ajuda à Igreja que Sofre” – propugnadora do livro sobre Pe. Ganni – encontrou na igreja de Saint-Adday, em Karamles, a lápide do sacerdote caldeu quebrada em várias partes por obra das milícias do autodenominado Estado Islâmico, providenciando reconstituí-la. (RL-Sir)

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Mensagem para o Ramadã: “Cristãos e muçulmanos: juntos para o cuidado da Casa comum”

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Cidade do Vaticano (RV) – O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, enviou, nesta sexta-feira (02/6), uma Mensagem por ocasião do Ramadã, o nono mês do calendário islâmico, no qual se acredita que o profeta Maomé recebeu a revelação por parte de Alá (Deus Todo-Poderoso), dos primeiros versos do Alcorão.

 

 
Em sua mensagem, intitulada “Cristãos e muçulmanos: juntos para o cuidado da Casa comum”, o Cardeal assegura a solidariedade orante dos Católicos neste tempo de jejum no mês de Ramadã e para a celebração final do “Id al-Fitr”, com os melhores votos de serenidade, alegria e abundantes frutos espirituais.

A mensagem deste ano é particularmente oportuna e significativa, pois há 50 anos, precisamente em 1967, três anos após a criação do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, o Papa Paulo VI, enviou, pela primeira vez, sua Mensagem para a ocasião (19 de maio de 1964).

Entre as numerosas atividades deste Organismo vaticano, para a promoção do diálogo com os Muçulmanos, a mais importante, nestes longos anos, é a mensagem anual para o Ramadã e “Id al-Fitr”, dirigida aos muçulmanos do mundo inteiro.

A experiência de ambas as comunidades confirma o valor desta mensagem para a promoção das relações cordiais entre os amigos cristãos e muçulmanos, mediante reflexões sobre os desafios atuais e urgentes.

A mensagem deste ano do Organismo vaticano para o Diálogo Inter-religioso é inpirada na Encíclica "Laudato Si” do Papa Francisco, sobre o cuidado da Casa comum. Na Carta Encíclica ele chama a atenção para os danos causados ​​ao meio ambiente, a nós e aos nossos semelhantes, devido aos nossos estilos de vida e decisões. 

Há, por exemplo, algumas perspectivas filosóficas, religiosas e culturais que representam uma ameaça para a relação da humanidade com a natureza. Este desafio envolve todos nós, quer professemos ou não uma fé religiosa.

O próprio título da Encíclica é expressivo: o mundo é uma "casa comum", uma morada para todos os membros da família humana. Por sua vez, nenhuma pessoa, nação ou povo pode impor, de modo exclusivo, sua compreensão sobre o planeta.

Por isso, o Papa  convida a "renovar o diálogo sobre o modo em que estamos construindo o futuro do nosso planeta, porque o desafio ambiental e suas raízes humanas envolvem a todos".

Francisco afirma ainda que "a crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior". Por isso, é preciso educação, abertura espiritual e "conversão ecológica global" para enfrentar adequadamente este desafio. Como crentes, a nossa relação com Deus deve ser cada vez mais evidente pelo modo em que tratamos o mundo que nos circunda.

O Papa ressalta também que a nossa vocação de ser guardiões da obra de Deus não é facultativa e nem marginal, mas essencial em relação ao nosso compromisso religioso como cristãos e muçulmanos.

O Cardeal Jean-Louis Tauran conclui sua mensagem para o Ramadã e o “Id al-Fitr” auspiciando que os pensamentos religiosos, que derivam das bênçãos do jejum, da oração e das boas obras, possam sustentar a todos, com a ajuda de Deus, no caminho da paz e da bondade, ao cuidar dos membros da família humana e de toda a Criação! (MT/REI)

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Igreja no Brasil



Cardeal Scherer e a RCC no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) - Os milhares de membros do Movimento Renovação Carismática Católica (RCC) estão reunidos na Cidade Eterna para celebrar os 50 anos de fundação; cinco dias de louvor, ação de graças e testemunhos. 

São mais de quatro mil brasileiros presentes em Roma para as celebrações jubilares. Entre eles Padre Eduardo Dougherty, pioneiro da RCC no Brasil, que organizou a primeira experiência de oração em nosso país em 1969. Destacamos também a presença na capital italiana da presidente do Conselho Nacional da RCC/BRASIL, Katia Roldi Zavaris, com os membros do Conselho; Padre Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova; Aluísio Nóbrega, presidente da Fraternidade Católica no Brasil e alguns fundadores e moderadores de Novas Comunidades brasileiras.

Perguntamos ao Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer como está a RCC no Brasil… (SP)

 

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Roma: Circo Maximo palco das comemorações dos 50 anos da RCC

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Cidade do Vaticano (RV) – O ponto alto desta sexta-feira da celebrações do Jubileu de Ouro da Renovação Carismática Católica (RCC) será no "Circo Máximo", em Roma, com a celebração da Missa presidida pelo Cardeal Kevin Joseph Farell, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, a Família e a Vida.

E na parte da tarde deste sábado (03/6), no mesmo local, o Santo Padre vai presidir a uma Vigília de Oração, por ocasião da solenidade de Pentecostes.

O Jubileu de Ouro do Movimento Carismático é um momento oportuno para todos os seus membros, grupos de oração e novas comunidades, de se reunir para louvar a Deus por tantas maravilhas que Ele fez e faz na sua Igreja.

O Movimento e a Fraternidade Católica do Brasil se unem para a realização deste grande evento de 50 anos desta “Corrente de Graça”, como denominou o Papa Francisco.

Os milhares de membros do RRC estão reunidos na Cidade Eterna para cinco dias de louvor, ação de graças e testemunhos junto com aqueles que, desde o começo, levam adiante esta missão de experiência do Batismo no Espírito Santo.

Entre os cerca de quatro mil e quinhentos brasileiros, presentes em Roma para as celebrações jubilares do Movimento, encontra-se Patti Gallagher Mansfield, pioneira da RCC no mundo e Padre Eduardo Dougherty, pioneiro da RCC no Brasil, que organizou a primeira experiência de oração em nosso país em 1969.

Destacamos também a presença na capital italiana da presidente do Conselho Nacional da RCC/BRASIL, Katia Roldi Zavaris, com os membros do Conselho; Padre Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova; Aluísio Nóbrega, presidente da Fraternidade Católica no Brasil e alguns fundadores e moderadores de Novas Comunidades brasileiras. 

Presente também a Comunidade Sementes do Verbo. Nós conversamos com um dos seus membros, Padred Thiago Barros sobre a RCC…  (MT-SP/várias) 

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Igreja no Mundo



Renovação Carismática: celebrar com o Papa os 50 anos

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Cidade do Vaticano (RV) - Roma recebeu nestes últimos dias milhares de peregrinos de todo o mundo, membros da Renovação Carismática Católica com grande presença na América Latina, para celebrar os seus 50 anos de fundação.

Todos participarão da vigília de oração às 18h (hora local), que será presidida pelo Papa Francisco no 'Circo Massimo', neste sábado.

Mensagem na Audiência Geral

Na Audiência Geral da última quarta-feira, o Santo Padre saudou em espanhol os membros deste movimento. “Saúdo cordialmente os peregrinos de língua espanhola, especialmente aqueles que vieram participar na Vigília de Pentecostes por ocasião dos 50 anos da Renovação Carismática Católica, assim como os outros grupos da Espanha e da América Latina”. “Exorto – continuou – que perseverem na oração com Maria, nossa Mãe, pedindo a Jesus que o dom do Espírito Santo nos ajude a nos encher de esperança”.

As vozes da Praça São Pedro

Após a Audiência, alguns peregrinos conversaram com o Grupo ACI sobre a importância deste evento. Blanca, do Equador, recorda que “o Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade” e “é o fogo, a alegria, a vida da Igreja”. “Portanto, aqueles que pertencemos à Renovação Carismática estamos aqui hoje, temos a alegria de viver esta presença permanente. É um convite a toda a Igreja, embora, infelizmente, muitos não o conheçam”, acrescentou.

“O Espírito Santo é portador de muitos dons e carismas, vamos pedir que se derrame em nossas vidas e nos dê seus dons. Pentecostes é o dia da Igreja e na Renovação Carismática queremos renovar um Pentecostes permanente, que nos ajude a continuar evangelizando”, explicou o equatoriano Luis Fernando.

Alfonsina Espinosa, do mesmo grupo de peregrinos, assegura que o Espírito Santo “é o motor, é a vida. Quero pedir que me conceda todos os seus dons e também a toda a humanidade, porque assim o mundo será transformado”.

Da Costa Rica, também chegou um grupo numeroso. Carlos Solano acredita que “a vinda do Espírito Santo é muito importante, porque vamos nos renovar com essa força e unção do amor do Pai, do Filho”. “Estamos felizes por este evento da Renovação, porque vêm pessoas do mundo inteiro para louvar e glorificar o Rei dos Reis”, ressaltou. (SP-ACI Prensa)

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Pe. D'Ambra das Filipinas: prudência para salvar o diálogo

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Cidade do Vaticano (RV) – “É preciso rezar porque não sabemos o que pode acontecer e o diálogo construído até agora pode fracassar”.

Padre Sebastiano D’Ambra, missionário do Pime nas Filipinas, Teme o pior diante da notícia de que os milicianos do grupo local Maute estão usando os cristãos sequestrados há alguns dias em Marawi como mercadoria de troca.

De fato, o Padre Teresito Soganub e ao menos 15 paroquianos foram feitos reféns durante um ataque à Catedral, no contexto de violentos combates com o exército. O grupo Maute porém, tem uma estratégia muito precisa, como contou por telefone à Rádio Vaticano desde Zamboanga, o Padre Sebastiano:

“Esta é uma situação nova e alarmante. Não sabemos que desdobramentos terá, mas certamente os ataques continuarão. Em sua lógica diabólica, pensam em instaurar aqui uma província do Califado e encontraram terreno fértil para isto. Este grupo, Maute, que é o nome de uma família da região, tem contatos no exterior e construiu esta ideologia também com muito dinheiro. Sabemos também que muitos jovens recebem altos salários para fazer parte do grupo”.

RV: As vítimas dos combates entre fundamentalistas e exércitos são dezenas. O senhor também teme pela sorte destes paroquianos e do sacerdote?

“Sim, sei que estas são coisas que acontecem normalmente para se obter favores do governo. Já pediram ao sacerdote para dizer ao governo para parar com os ataques aéreos. Há alguns anos, em Zamboanga, aconteceu algo similar com muitas vítimas e dez mil casas queimadas. Mas em Marawi será ainda pior, porque o elemento do fanatismo religioso é muito acentuado. Assim, em Zamboanga, conseguimos deter o discurso de ódio religioso;  nos colocamos lado a lado, cristãos e muçulmanos, declaramos que este não é um fato religioso. Ali, pelo contrário, com este discurso do Estado Islâmico, tudo se torna mais complicado”.

RV: É possível, portanto, disto que o senhor relata, que tanto o Padre Teresito como os outros reféns podem ser usados, não como mediadores, mas também como mercadoria de troca para obter a retirada dos militares e o fim dos combates?

“Sem dúvida. E isto já está acontecendo. Espera-se que os militares atuem com prudência, porque a tendência é a de expulsar todos, sem se importar com as consequências. Faço votos de que prevaleça o bom senso. Não sei quanto bom senso neste tempo temos da parte deles. Deve-se rezar para que ao menos exista aquela visão de encontrar um acordo. De fato, o Presidente, não obstante tudo, disse: “O espaço para o diálogo é ainda possível, porém se vocês continuarem nós atacaremos”, porque com efeito, os militares podem atacar, têm aviões e certamente estes rebeldes não os têm”.

RV: Também a Conferência Episcopal filipina lançou um apelo às forças governamentais para que não somente restituam a calma, a lei, mas também cuidem da incolumidade dos reféns. Sobretudo pediram depois a este grupo para depor as armas. O senhor sabe se este apelo encontrou alguma ressonância?

“Sei que existem diversos encontros em um certo nível. Depende se os militares a este ponto estão estrategicamente prontos para dizer sim ou dizer: “Sentimos muito, não devemos seguir em frente porque de outra forma acontecerá isto ou aquilo”. Não está ainda claro quais sejam os cálculos estratégicos”.

RV: De imediato, o que poderia ser feito?

“Rezar. É um diálogo construído lentamente com tanta paciência, mas agora é destruído ao menos aparentemente, porque sem dúvida, no coração de muito prevalece o desejo de paz e de diálogo”.

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Sacerdote chinês faz balanço de 10 anos da Carta de Bento XVI

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Pequim (RV) - Após dez anos da publicação da Carta à Igreja na China do Papa Bento XVI, o sacerdote chinês Padre Peter, colaborador da Agência AsiaNews, fez um balanço do cumprimento das indicações do Pontífice e seu desejo pela recuperação da liberdade religiosa no país que conduzira à retomada das relações oficiais com o estado.

Direção para a Igreja na China

“A Carta indica não apenas a direção para a Igreja na China, mas descreve a partir de uma perspectiva teológica a natureza especial da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, expressa a preocupação da Suprema Autoridade pela Igreja chinesa”, expôs o sacerdote. O presbítero recordou que por causa das circunstâncias históricas do país “nossa Igreja na China vive sob influência política e manter a comunhão com a Igreja universal se faz problemático”.

Diante desta realidade, produto da perseguição aberta e depois da tentativa de controle por parte do regime comunista, Bento XVI recordou em sua Carta que “a Igreja, por causa do seu papel e sua competência, não se identifica com comunidade política alguma nem está atada a um sistema político”, acrescentando que a Igreja “é, por sua vez, um sinal e a salvaguarda da dimensão transcendente da pessoa humana”.

Igreja controlada pelo governo

No entanto, na China tanto a chamada Associação Patriótica Católica como a Conferência Episcopal “são sustentadas e controladas pelo governo e jogam um papel vergonhoso”. O ministério dos prelados que aceitam as ordens do regime se converte na “verdadeira tragédia da Igreja na China” na opinião do sacerdote.

Seguir o Papa

No documento pontifício, Bento XVI explicou a doutrina católica sobre o Bispo, que é “a fonte visível e o fundamento da unidade na Igreja particular confiado ao seu ministério pastoral”. Mas para que cada Igreja particular seja plenamente Igreja “deve estar presente a suprema autoridade da Igreja, isto é, o Colégio Episcopal junto à sua Cabeça, o Romano Pontífice, e nunca aparte dele”. Esta doutrina é a que é atacada pelo regime comunista que busca uma igreja chinesa autônoma e independente e pressiona os prelados a atuar em consequência, tendo êxito em um setor da Igreja. Por este motivo o Padre Peter reconhece “um vazio entre o espírito da Carta de Bento XVI e sua implementação prática”.

Apesar desta realidade, existem Bispos e sacerdotes que defendem esta doutrina da Igreja. “Ainda que corram o risco de serem postos em prisão ou desaparecer ou ser sujeitos de doutrinação, eles são os heróis da Igreja, que merecem admiração e respeito”, indicou o sacerdote.

Fidelidade dos bispos

Seu balanço menciona vários Bispos perseguidos por causa de sua fidelidade à Igreja apesar de terem respeitado as leis locais. Estes prelados são assinalados localmente como convictos, ainda que a Carta à Igreja na China os reconheça como “testemunhas da Fé”, que “sofreram e perdoaram, oferecendo suas vidas pelo futuro da Igreja Católica na China”.

Dia de Oração pela Igreja na China

O documento reconhece “uma graça particular do Espírito Santo” que permitiu que apesar da perseguição e limitação da liberdade religiosa ainda existia uma sucessão apostólica legítima na pessoa de numerosos Bispos legitimamente ordenados e em comunhão com o Papa. O Padre Peter conclui sua análise observando como a criação do Dia de Oração pela Igreja na China expressa a responsabilidade dos fiéis de trabalhar espiritualmente pelo futuro da Igreja Católica nesse país. (SP-AsiaNews)


 

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Salesiano pede consagrar a Índia ao Coração Imaculado de Maria€

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Bangalore (RV) - Consagrar a Índia ao Coração Imaculado de Maria: é o pedido feito pelo sacerdote salesiano José Kuttianimattathil, do colégio Kristu Jyoti em Bangalore, numa carta enviada à Conferência Episcopal da Índia (CBCI).

Centenário das Aparições de Fátima

Na missiva enviada à Agência Fides, o Salesiano afirma: “Estamos no ano do centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima. Sabemos que em 13 de julho de 1917, a Virgem contou aos três vigentes que, para impedir guerras, fome e perseguições pedia a consagração da Rússia ao Coração Imaculado e a ‘Comunhão para oferecer reparações ‘ no primeiro sábado. Assim, haverá paz, caso contrário os seus erros poderiam se difundir em todo o mundo, causando guerras e perseguições. Sabemos que o povo russo foi consagrado ao Coração Imaculado de Maria por Pio XII em 7 de julho de 1952 e sucessivamente por São João Paulo II em 13 de maio de 1982. São João Paulo II renovou a consagração em outubro de 1983 e em março de 1984. Experimentamos o dom desta consagração através da queda do comunismo”, afirma Pe. José.

O sacerdote prossegue: “Hoje, constatamos que na Índia os cristãos estão enfrentando oposição e sofrimentos de várias maneiras. Parece que o futuro será difícil para todas as minorias na Índia. Neste contexto, podemos rezar a Nossa Senhora e consagrar a Índia ao Coração Imaculado de Maria, com o pedido especial de salvaguardar a liberdade religiosa e proteger as pessoas das perseguições”, lê-se na missiva. 

Consagrar a nação ao Coração Imaculado de Maria 

“A minha sugestão humilde é que a Conferência Episcopal da Índia tome a iniciativa de consagrar a nação ao Coração Imaculado de Maria numa data apropriada, que poderia ser 8 de dezembro de 2017, festividade da Imaculada Conceição. Nos próximos meses se poderia preparar os fiéis cristãos indianos a esta consagração através de orações e sacrifícios, sobretudo participando com a ‘Comunhão de reparação’ ao primeiro sábado de todo mês. Hoje, nos confiamos para sempre à materna proteção de nossa Beata Mãe celeste”, escreve Pe. José.

Segundo Fides, a proposta do salesiano poderia ser levada em consideração pelos bispos num futuro próximo. (SP-Fides)

 

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Musical sobre Fátima "Entre o Céu e a Terra"

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Lisboa (RV) – No âmbito das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima, os fiéis terão mais uma oportunidade de ver o Musical, que traz uma visão contemporânea sobre as Aparições e a Mensagem de Fátima. 

Depois da estreia no último mês de outubro, o espetáculo deu-se no coliseu de Lisboa, sábado (27/5), e agora estará em cena também no coliseu do Porto, no próximo dia 3.

O espetáculo intitulado “Entre o Céu e a Terra - Musical sobre Fátima”, segundo o Santuário “busca ler os sinais do nosso tempo a partir das aparições de Fátima a Lúcia, Francisco e Jacinta Marto, abrangendo o presente e o passado, com uma visão moderna, e possibilitando uma maior identificação do público com os personagens”.

O Musical sobre Fátima conta com um elenco de 19 atores, cantores e bailarinos, acompanhados por uma orquestra ao vivo; a produção executiva é de Bruno Galvão e João Ribeiro, a direção musical de Artur Guimarães, o texto e letras de Liliana Moreira e encenação e coreografia de Joana Quelhas.

“Entre o Céu e a Terra - O Musical sobre Fátima” é um dos eventos oficiais das Celebrações centenárias das Aparições. (MT/Renascença)

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Formação



Pentecostes: Rádio Rio Mar, a Voz da Amazônia, finalmente 103FM!

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Cidade do Vaticano (RV) – Um ‘Mar de Água Doce’, o Rio  Amazonas... foi ele que em 1954, deu o nome à Rádio Rio Mar, a Voz da Amazônia.

A ‘escola do rádio’, adquirida pela Arquidiocese de Manaus em 1962, com seu slogan “Divertindo, Informando, Educando”, faz da valorização do ser humano e a defesa da vida prioridades, criando assim um envolvimento humano com os ouvintes e clientes.

Nestes mais de 62 anos, a emissora foi se desenvolvendo também em termos técnicos. Potência e alcance aumentaram, com equipamentos mais modernos. O sinal da Rio Mar ia chegando cada vez mais longe.

Em 2009, Pe. Charles Cunha da Silva foi nomeado por Dom Luiz Soares Vieira, Arcebispo Metropolitano de Manaus para assumir a direção da emissora, iniciando uma nova fase. 

O tempo não para e a Rio Mar também não: música, entretenimento, informação, esporte, orientação religiosa e atividades pastorais estão sempre mais presentes. A Rio Mar quer estar onde o povo está. E depois de 33 anos, com o Arcebispo Sérgio Castriani, a suspirada migração para o FM.

Ouça o Pe. Charles Cunha, superintendente: 

“A Arquidiocese de Manaus vive um momento de muita alegria, de muita felicidade, porque é um grande sonho. Um sonho de 33 anos está se realizando. Nós temos a certeza que a Igreja de Manaus, através da Rádio Rio mar, estará cada vez mais celebrando esta vontade de Deus de falar com o seu povo. Graças a Deus, nesta dinâmica da migração do AM para o FM, chegou a nossa hora de vivenciar este momento histórico para a Igreja de Manaus”.

“Temos grandes desafios de não perder a nossa identidade cristã: queremos continuar a levar a todos os ouvintes os valores do Evangelho. Seremos, sim, uma rádio comercial, competitiva, mas teremos como missão promover a cidadania com os valores do Evangelho. Esta será cada vez mais a postura que a Rádio Rio Mar terá aqui na cidade e na região metropolitana de Manaus”.

“A Rádio Rio Mar sempre procurou trazer as notícias do que acontece no Vaticano. Como AM, sempre procuramos dar este espaço na programação para a Rádio Vaticano. É claro, vamos manter este espaço na nossa rádio FM, porque acreditamos que é uma forma de manter os nossos ouvintes, nossos fiéis católicos, sintonizados com aquilo que acontece no Vaticano, com a mensagem do Papa Francisco. Então, para nós, é muito importante continuar esta parceria com a RV, retransmitindo o conteúdo principalmente jornalístico e é claro, a mensagem do Papa Francisco”. 

(CM)

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Atualidades



Catacumbas de Santa Domitila: restauração e novo museu

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Cidade do Vaticano (RV) - Uma viagem no tempo para redescobrir os lugares onde eram sepultados os primeiros cristãos, mas também onde eles se reuniam para rezar e celebrar durante as perseguições e momentos de maior perigo.

As restaurações e o novo museu das Catacumbas de Santa Domitila - realizados pela Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra - foram apresentados na última quarta-feira à imprensa. Entre as técnicas usadas para trazer à luz pinturas e inscrições ainda desconhecidas, pela primeira o emprego do laser.

Na apresentação do novo museu sobre o tema "O mito, o tempo e a vida", uma série de explanações buscou explicar o significado da beleza das decorações pictóricas reveladas com o uso da nova técnica.

O Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente da Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra, explicou a importância das descobertas:

"É importante por três razões. Antes de tudo, porque permite ver esta conjugação profunda entre a cultura clássica e a cultura cristã. É uma espécie quase de lugar de diálogo entre duas expressões religiosas e duas visões de mundo que porém tem muitas raízes comuns. Segundo, é importante porque é a catacumba mais extensa de Roma: estes 12 km, estes quatro andares, estes 26 mil, senão mais, nichos, demonstram o quanto eram importante, o quanto aqui se respirava o cristianismo e também a vida de Roma. Terceiro: Domitila é importante também agora pelo museu que organizamos, porque as restaurações que estamos realizando permitem ver um complexo iconográfico de imagens, de extraordinária intensidade e beleza e sobretudo também de grande cotidianidade, recordando-nos que aqui, sob a terra, havia uma continuação da vida que acontecia na superfície".

RV: Que significado tem as catacumbas para os cristãos?

"Tinham a convicção de que a vida continuava e não por nada os fiéis, os parentes, os amigos, voltavam aqui para este espaço, celebrando também refeições, segundo um ritual bem conhecido, ou mesmo reproduziam ali toda a vida que havia acompanhado seus entes queridos. E isto era um modo para afirmar sobretudo a fé e a ressurreição na imortalidade, neste outro plano da vida, que é a dimensão da eternidade".

Entre as restaurações mais importantes, encontra-se o chamado "Cubículos dos padeiros" onde são descritas, por meio das decorações, as atividades ligadas à Annona, a instituição romana que administrava o fornecimentos de alimentos na cidade. Pela primeira vez foi utilizada para a restauração a técnica do laser, que permitiu restituir o colorido original às pinturas. Ouçamos o que disse Barbara Mazzei, responsável pelas restaurações dos afrescos:

"As novidades são, no entanto, a possibilidade de identificar, finalmente, os sujeitos representados; e existem alguns importante que dizem respeito à história da panificação em Roma: como se desenvolvia o comércio do trigo e a distribuição do pão. Depois, temos cenas que pertencem ao repertório da pintura paleocristã, e em particular um colégio apostólico muito importante que faz referência, com base na composição, ao mais antigo mosaico absidial que temos em Roma, que é o de Santa Prudenciana”.

Junto às catacumbas, também foi restaurado o museu anexo, onde foram reunidas peças de sarcófagos, bustos, estátuas, epígrafes, além de outros objetos encontrados durante as escavações, e que descrevem a vida cotidiana existente nas proximidades das catacumbas, como nos explica Fabrizio Bisconti, Superintendente da Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra:

"Vocês podem ver dentro deste museu banqueiros, pastores, cavaleiros. Depois temos crianças que brincam no berço com um chocalho e até mesmo ourives, portanto, também a vida cotidiana representada. Se constata como havia uma integração entre pagãos e cristãos também nas catacumbas, que era o lugar destinado precisamente à morte, que depois era a vida dos cristãos, porque não esqueçamos que os cemitérios são dormitórios à espera da ressurreição". (MartT/JE)

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