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Sumario del 05/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: obra de misericórdia não é fazer algo para descarregar a consciência

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Cidade do Vaticano (RV) - As obras de misericórdia não sejam um dar esmolas para descarregar a consciência, mas um participar do sofrimento dos outros, mesmo a seu próprio risco e deixando-se incomodar. Foi o que disse o Papa na missa desta manhã de segunda-feira na Casa Santa Marta. 

O ponto de partida da homilia do Papa Francisco foi a primeira leitura do Livro de Tobias. Os hebreus foram deportados para a Assíria: um homem justo, chamado Tobit, ajuda compatriotas pobres e - com o risco da própria vida - secretamente enterra os hebreus que são mortos impunemente. Tobit fica triste diante do sofrimento dos outros. Daqui a reflexão sobre 14 obras de misericórdia corporais e espirituais. Realizá-las - explica Francisco - não significa somente compartilhar o que se tem, mas compadecer:

“Isto é, sofrer com quem sofre. Uma obra de misericórdia não é fazer algo para descarregar a consciência: uma boa ação, assim estou mais tranquilo, tiro um peso das costas... Não! É também sofrer a dor dos outros. Compartilhar e compadecer: caminham juntos. É misericordioso aquele que sabe compartilhar e também se compadecer os problemas de outras pessoas. E aqui a pergunta: “Eu sei compartilhar? Eu sou generoso? Eu sou generosa? Mas também, quando vejo uma pessoa que está sofrendo, que está em dificuldade, também eu sofro? Sei colocar-me nos sapatos dos outros? Na situação de sofrimento?".

Aos judeus era proibido enterrar seus compatriotas: eles mesmos poderiam ser mortos. Então Tobit corria perigo. Realizar obras de misericórdia - disse o Papa - não significa apenas partilhar e ter compaixão, mas também arriscar:

“Mas, muitas vezes se corre o risco. Pensemos aqui, em Roma. Em plena guerra: quantos  se arriscaram, começando por Pio XII, para esconder os hebreus, para que não fossem mortos, para que não fossem deportados. Eles arriscaram a sua pele! Mas era uma obra de misericórdia, salvar a vida daquelas pessoas! Arriscar".

O Papa Francisco enfatiza dois outros aspectos. Quem faz obras de misericórdia pode ser ridicularizado por outros - como aconteceu com Tobias - porque é considerada uma pessoa que faz coisas loucas, em vez de estar tranquilo. E é alguém que se incomoda:

“Fazer obras de misericórdia é desconfortável. “Mas, eu tenho um amigo, um amigo doente, gostaria de visitá-lo, mas ... não tenho vontade ... prefiro descansar ou assistir TV ... tranquilo...”. Fazer obras de misericórdia é sempre desconfortável. É inconveniente. Mas o Senhor sofreu a inconveniência por nós: foi para a cruz. Para nos dar misericórdia”.

Quem “é capaz de fazer uma obra de misericórdia” - disse o Papa - é “porque sabe que ele recebeu misericórdia antes; que foi o Senhor a conceder misericórdia a ele. E se nós fazemos essas coisas, é porque o Senhor teve misericórdia de nós. E pensemos aos nossos pecados, aos nossos erros e a como o Senhor nos perdoou; perdoou-nos tudo, teve esta misericórdia” e “nós façamos o mesmo com os nossos irmãos”. “As obras de misericórdia - concluiu Francisco - são as que tiram você do egoísmo e nos fazem imitar Jesus mais de perto”. (SP)

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Papa aos Missionários da Consolata: ser novos “areópagos”

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu sua série de audiências, na manhã desta segunda-feira (05/6), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, 120 participantes nos Capítulos Gerais dos Missionários e Missionárias da Consolata, cuja Congregação foi fundada pelo bem-aventurado Giuseppe Allamano. 

Ao desejar que os trabalhos Capitulares possam se desenvolver em clima de serenidade e docilidade ao Espírito, o Papa encoraja todos aqueles coirmãos e coirmãs que, muitas vezes, atuam em condições difíceis nos diversos Continentes, a prosseguir com generosa fidelidade a sua missão “ad gentes”.

Por isso, Francisco deu algumas sugestões aos Missionários da Consolata:

“Gostaria de exortar-lhes a fazer um atento discernimento sobre a situação dos povos, entre os quais desempenham a sua ação evangelizadora. Jamais se cansem de levar conforto, sobretudo àqueles que se encontram em situações de grande pobreza e sofrimento, sobretudo na África e América Latina. Busquem dar seu testemunho de caridade, que o Espírito infunde em seus corações”.

Para levar adiante seu compromisso missionário, recordou o Papa, é preciso viver em comunhão com Deus. A vida religiosa pode se tornar um itinerário alegre de redescoberta progressiva do amor e da misericórdia divinos, e novos “areópagos” da evangelização. E concluiu:

“No esforço de requalificar o estilo de serviço missionário, é preciso privilegiar alguns elementos significativos como a sensibilidade à inculturação do Evangelho, dar espaço à corresponsabilidade dos agentes pastorais, adotar formas simples e pobres para viver entre as pessoas”.

Por fim, Francisco exortou ainda os Missionários da Consolata a dispensar atenção especial ao diálogo com os muçulmanos e a se comprometer mais com a promoção da dignidade da mulher e dos valores da família, como também ter maior sensibilidade com os temas da justiça e da paz. (MT)

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Papa recorda o Cardeal Husar em suas exéquias: mestre de sabedoria

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Cidade do Vticano (RV) - Pensar que hoje em toda a Ucrânia se chore pelo Cardeal Husar, mas que muitos estão certos de que ele já repousa no abraço do Pai celeste, me comove. Eles sentem que, após terem tido um exemplo de vida coerente e crível, poderão continuar se beneficiando de sua oração com a qual protegerá o seu povo ainda sofredor, marcado pela violência e pela insegurança, e todavia seguro de que o amor de Cristo não decepciona. 

Com essas palavras, o Papa Francisco recorda mais uma vez o arcebispo-mor emérito de Kiev, na Ucrânia, Cardeal Lubomyr Husar, falecido na última quarta-feira (31/05) aos 84 anos.

Numa carta ao arcebispo-mor de Kiev, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, o Pontífice expressa – no dia das exéquias do purpurado – o desejo de mais uma vez colocar-se entre os que rezam confiando ao Pai celeste “a alma eleita do nosso Irmão”, afirma.

Francisco alude ao extraordinário afluxo de pessoas que estes dias quiseram despedir-se do falecido purpurado, sinal eloquente – afirma – daquilo que ele foi: “uma das mais altas e respeitadas autoridades morais do povo ucraniano nas últimas décadas”.

Ele o foi para toda a Igreja greco-católica, que ele agregou a partir da herança das “catacumbas” às quais esta tinha sido obrigada pela perseguição, e para a qual deu não somente estruturas eclesiásticas, mas, sobretudo, a alegria da própria história, fundada na fé mediante e para além de todo sofrimento.

Após o operoso e intenso período de seu ministério qual “pai e chefe” da Igreja greco-católica, com o advento da idade avançada e da enfermidade, sua presença em meio ao povo mudou de estilo, mas, se possível, se fez ainda mais rica e intensa, afirma o Santo Padre.

Quase regularmente ele intervinha na vida de seu país como mestre de sabedoria: “seu falar era simples, compreensível a todos, mas muito profundo. Sua sabedoria era a sabedoria do Evangelho, era o pão da Palavra de Deus partilhado para os simples, para os sofredores, para todos aqueles que buscavam dignidade”, lê-se na carta do Pontífice.

Grato por esta presença única, religiosa e social na história da Ucrânia – conclui o Papa em sua missava –, “convido-os a serem fiéis ao constante ensinamento e total abandono à Providência. Continuem a sentir o seu sorriso e a sua carícia.”

O purpurado foi sepultado esta segunda-feira (05/06), em Kiev, na cripta da Catedral da Ressurreição. (RL)

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Papa no twitter: Meio Ambiente é responsabilidade de todos

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Cidade do Vaticano (RV) – Com o tweet “Nunca esqueçamos de que o ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos”, o Papa Francisco recorda o Dia Mundial do Meio Ambiente celebrado esta segunda-feira, 5 de junho.

A preocupação com nossa “Casa comum” é uma das marcas do Pontificado de Francisco. Em 24 de maio de 2015, foi publicada sua Encíclia Laudato Sii, que trata de uma “ecologia integral”, ou seja, que envolve ecologia do homem e ecologia da criação.

Já na Missa com a imposição do Pálio e a entrega do Anel do Pescador para o início do Ministério Petrino do Bispo de Roma, Francisco destacava em sua homilia a importância do cuidado com a criação, indicando assim uma das linhas de seu Pontificado.

A Santa Missa de início do ministério petrino, de fato,  deu-se em coincidência com a Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal.

José  teve a vocação de “guardião”, cuidou “com amor de Maria” e se dedicou “com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo”,  “também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo” .

“Entretanto – observou o Papa Francisco - a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”

“E quando o homem falha nesta responsabilidade – foi o seu alerta - quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher”.

Neste contexto, o Papa dirigiu o seguinte apelo:

“Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura”. (JE)

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Acordo Santa Sé-Igreja coreana: palavra do Papa na língua local

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Seul (RV) – A Arquidiocese de Seul e a Secretaria para a Comunicação da Santa Sé firmaram um acordo de cooperação, com o objetivo de difundir a mensagem do Santo Padre em língua coreana. 

O Memorandum de Intenções, assinado em março passado, foi apresentado no dia 2 de junho no Vaticano em um encontro que reuniu o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Monsenhor Dario Viganò, e o Arcebispo de Seul, Cardeal Andrew Yeom Soo-jung.

Pelo acordo, a Arquidiocese de Seul passa a ter a possibilidade de contribuir e supervisionar a redação coreana da Rádio Vaticano.

Neste contexto, o Departamento de Comunicações e Mídia de Seul passa a assumir oficialmente a responsabilidade de traduzir para o coreano - e divulgar na nação asiática - todos os conteúdos fornecidos pela Secretaria para a Comunicação, incluindo os discursos e as atividades do Santo Padre, as atividades de toda a Santa Sé, além de notícias sobre a Igreja em todo o mundo.

Quatro sacerdotes e cinco leigos coreanos serão responsáveis pelo setor, trabalhando na colaboração entre Seul e Roma.

O Diretor do Departamento de Comunicações e Mídia, Padre Mathias Hur, expressou à Agência Fides seu apreço e esperança pelo acordo: “Creio que seja um novo e significativo passo para uma melhor resposta às exigências de evangelização e da comunicação”.

“Após a visita do Santo Padre à Coreia em 2014 – observou – o povo coreano está ainda muito apaixonado e segue atentamente o Papa Francisco. Faremos o melhor que pudermos para oferecer e fazer circular as mensagens do Santo Padre aos católicos coreanos, presentes em todo o mundo”.

(JE/FIDES)

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Igreja no Brasil



Colégio Pio Brasileiro lança novo site em Roma

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Roma (RV) - O Colégio Pio Brasileiro, localizado em Roma, lançou novo site neste Domingo de Pentecostes, 04, às 19h (hora local) nas dependências da própria sede, apresentando um formato voltado à veiculação de notícias e artigos dos sacerdotes estudantes dos diversos cursos de mestrado e doutorado das Universidades Pontifícias. Entre as novidades destacam-se também a implementação de redes sociais, canal no Youtube e a possibilidade de transmissão ao vivo de eventos através de uma WebTV.

A Rádio Vaticano ouviu o Pe. Geraldo Maia... 

Com a palavra inicial, Pe. Geraldo Maia, reitor da Instituição, relacionando a inauguração do novo site com o evento de Pentecostes, fez uma alusão às palavras do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações, onde afirma que o Espírito Santo é quem semeia o desejo do Reino através de muitos canais vivos, tornando as pessoas como faróis na escuridão deste mundo e que iluminam a rota, abrindo novas sendas de confiança e esperança.

“A atual página é continuidade e ruptura. Continuidade da comunicação de nosso Colégio, que difunde os principais eventos de nossa comunidade presbiteral, neste itinerário de formação permanente. É canal de comunicação com tantas pessoas queridas e outras tantas desconhecidas que se aproximam de nós, atraídas pelos grandes feitos aqui realizados. Ruptura com uma forma já arcaica de fazer comunicação. Trata-se de um site mais arrojado, com novo layout, atendendo às demandas do atual contexto tecnológico e relacional”, enfatizou o reitor.

Pe. Gilvair Messias, um dos responsáveis pela remodelagem do site, apresentou o novo veículo aos presentes, explicando o objetivo de alcançar um público específico: “queremos comunicar a vida do Colégio, o que aqui também é produzido, para os padres, bispos e leigos, com particular atenção àqueles que são do nosso Brasil”. O sacerdote ainda, em sua fala, expôs como foi pensada a constituição de cada parte do novo media e os conteúdos propostos. “Na parte das fotos, por exemplo, encontramos aquelas antigas e as mais atuais; é belo olhar o registro feito das visitas dos Papas Paulo VI e São João Paulo II à nossa casa”, ressaltou.

O novo site pode ser acessado através do endereço eletrônico www.piobrasileiro.com e se encontra também com design responsivo para facilitar o acesso através de dispositivos móveis como tablets e celulares. A parte técnica esteve a cargo da empresa Banana, Canela e Design, localizada na cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais. Entre os convidados para o evento de lançamento, esteve presente Silvonei José, jornalista responsável pela programação brasileira da Rádio Vaticano. (Pe. Rodrigo Rios)

 

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Igreja na América Latina



Igreja argentina promove iniciativa "um minuto pela paz" no mundo

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Buenos Aires (RV) – “Um minuto pela paz" no mundo é o nome da iniciativa a ser celebrada na próxima quinta-feira, 8 de junho, às 13 horas, momento em que todos são convidados a interromper suas atividades cotidianas e dedicar um minuto para refletir e rezar - segundo a própria tradição religiosa – num gesto de comprometimento com a paz no mundo.

A iniciativa é da Comissão Nacional Justiça e Paz,  Ação católica argentina, Departamento dos Leigos, Comissão Episcopal para o Ecumenismo, as relações com o Judaísmo, o Islã e as religiões, além de diversas associações nacionais e internacionais, em comunhão com a Conferência Episcopal argentina.

Este “minuto” – explica o comunicado enviado à Agência Fides – poderá ser vivenciado em grupo ou de forma individual, na rua ou em uma igreja, em família, na escola, no local de trabalho, na fábrica, no escritório, enfim, no local onde a pessoa encontrar um ambiente para recolher-se.

A data recorda o terceiro aniversário do histórico encontro realizado no Vaticano em 8 de junho de 2014,  e que reuniu o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu  e os Presidentes de Israel, Shimon Peres (falecido 28 de setembro de 2016), e da Palestina, Abu Mazen.

Em nível internacional, a iniciativa é apoiada também pelo Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC) e pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC). (JE)

 

 

 

 

 

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Igreja no Mundo



Cardeal O'Malley fala a imigrantes que temem ser deportados dos EUA

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Boston (RV) - O Arcebispo de Boston, nos Estados Unidos, Cardeal Sean O'Malley, assegurou que o governo do seu país é obrigado a deter os problemas dos imigrantes hispânicos e as deportações, enquanto a Igreja Católica deve levantar a sua voz para defendê-los.

Em uma entrevista concedida à ‘Denver Catholic’ no final do mês de maio e ao ser perguntado sobre a mensagem que pode dar aos imigrantes que temem ser deportados, o Cardeal afirmou que “a esperança é que há muitas pessoas que já perceberam a necessidade de ter uma legislação mais justa, uma abertura e um caminho para as pessoas que não têm documentos”. “O presidente (Trump) disse que quando conseguir fechar a fronteira e deportar os criminosos, ele iria tratar os imigrantes ilegais que estão aqui com misericórdia. Espero que isso ocorra rapidamente”, ressaltou.

Política que favoreça as famílias

O purpurado disse também que “o governo deve ter uma política que favoreça as famílias e que leve em consideração as situações de muitos imigrantes sem documentos que foram muito trabalhadores e que contribuíram muito ao país. E falar deles como se todos fossem delinquentes é muito injusto e assim a Igreja, que sempre foi uma igreja de imigrantes, deve levantar a sua voz em defesa dos trabalhadores e dos que estão sem documentos”.

Muitos têm a sua casa própria

Para apoiar esta ideia, o arcebispo assegurou que “mais de 60% dos imigrantes que estão em situação irregular estão no país há mais de 10 anos e muitos têm filhos que são cidadãos estadunidenses. Muitos têm a sua casa própria aqui”. Nesse sentido, disse que “é necessário com urgência uma nova legislação” para enfrentar “os desafios da imigração”.

“Devemos ter parcelas mais generosas e vistos de trabalho para as pessoas que querem vir trabalhar no setor agrícola para que estejam com suas famílias. Agora há muitas pessoas presas e não podem ver novamente as suas famílias nem entrar na próxima safra”, acrescentou.

Devemos resolver os problemas das pessoas 

O Cardeal O'Malley recordou que os presidentes George W. Bush e Barack Obama tentaram resolver o problema através das propostas de lei, mas não conseguiram. “Passaram-se tantos anos e isto é mais urgente do que nunca. Devemos resolver os problemas das pessoas e impedir essas deportações”, enfatizou.

O Arcebispo de Boston reconheceu que vê “a comunidade hispânica crescendo, numerosa e ativa” e admira o seu “entusiasmo, a religiosidade popular, valores familiares, trabalho e participação”. (SP-ACI)

 

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Pax Christi: direitos iguais entre palestinos e israelenses

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Roma (RV) - A associação católica e pacifista internacional “Pax Christi faz apelo a todas as partes a retornar à mesa de negociação para definir acordos de paz que reconheçam e protejam a dignidade humana e os iguais direitos do povo palestino e do povo israelense. Consideramos que a retomada de um processo de paz se deva basear num firme compromisso a respeitar o direito internacional e as resoluções da Onu”.

A Pax Christi se mobiliza por ocasião do 50º aniversário da eclosão da guerra dos Seis dias (5 de junho de 1967) que marcou o início de 50 anos de ocupação israelense dos territórios palestinos.

“É o momento para dizer basta!”, escreve Pax Christi anunciando um mês de iniciativas e atividades para chamar a atenção sobre as consequências destas cinco décadas de ocupação israelense na vida dos palestinos.

É preciso que “governos, sociedade civil e pessoas de boa vontade façam pressão com todos os meios possíveis, político, econômico e de sensibilização, para buscar dar fim à ocupação”, escreve numa nota.

Segundo a associação católica e pacifista internacional, a condição indispensável para poder alcançar uma solução que dê um futuro de paz aos dois povos é que se estabeleça “a proibição de venda e entrega de armas a Israel e Palestina e a imediata cessação de toda e qualquer operação militar que contribua para a violência do conflito”. (RL-Sir)

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Formação



Diocese de Anápolis: nossos fiéis têm o espírito missionário

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, nas últimas edições do nosso quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” temos recordado os dez anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe – realizada em Aparecida, SP, de 13 a 31 de maio de 2007, norteada pelo tema "Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida". 

Ressaltamos que da Conferência de Aparecida nasceu a “Missão Continental”, resposta significativa da Igreja na América Latina e no Caribe ao chamado urgente à nova evangelização.

A Comissão Episcopal para a Missão Continental da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) organiza anualmente, desde 2010, o "Encontro Nacional da Missão Continental".

Na esteira dessa experiência anual, o Centro Cultural Missionário (CCM) e a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial (CNBB) promoveu, de 15 a 19 de maio passado, em Brasília, o 8º Encontro Nacional da Missão Continental, com o tema: “Desafios e caminhos da missão na América Latina – celebrando 10 anos de Aparecida”.

Na esteira destes 10 anos deste projeto de animação missionária, nosso convidado destes dias, o bispo de Anápolis, Dom João Wilk, fala-nos sobre a “Missão Continental” nesta Igreja particular goiana. No âmbito das iniciativas de preparação para o Jubileu de ouro da diocese (agora em andamento) – 50 anos de criação desta circunscrição eclesiástica –, fala-nos da campanha pastoral “Diocese e missão”.

“Nossos fiéis, naturalmente, têm o espírito missionário”, nosso povo é engajado, afirma o bispo de Anápolis, acrescentando que “esta consciência de ser Igreja em saída, de ser Igreja em estado permanente de missão, já se enraizou. Vamos ouvir (ouça clicandoa cima).

(RL)

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Atualidades



Cem mil crianças em condições extremas em Mosul, alerta UNICEF

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Bagdá (RV) –  O UNICEF lançou um apelo urgente em favor da proteção das crianças vítimas dos combates travados pela reconquista da cidade iraquiana de Mosul.

Segundo o organismo da ONU, seriam cem mil as crianças e adolescentes que vivem em condições extremas de perigo na cidade antiga de Mosul Oeste. Muito estão sitiados, depois de terem fugido de ataques contra hospitais e outras estruturas médicas.

“Estamos recebendo notícias alarmantes sobre a morte de civis, entre os quais diversas crianças, em Mosul Oeste. Segundo algumas fontes, alguns teriam sido mortos enquanto tentavam fugir desesperadamente dos combates que se intensificam a cada hora”.

A vida destas crianças corre risco. As crianças são mortas, feridas e utilizadas como escudos humanos. Estão sendo submetidas e assistindo a terríveis violências que nunca deveriam ser vistas por nenhum ser humano. Em alguns casos, chegaram a ser obrigadas a participar dos combates e das violências.

Ataques contra civis e infraestruturas civis, incluindo hospitais, clínicas e escolas, casas rede hidráulica, deveriam cessar imediatamente”.

O UNICEF apela a todas as partes envolvidas nos combates em Mosul  para respeitarem e protegerem as crianças, mantendo-as afastadas das violências, dentro do respeito pelo direito humanitário.

Dentro dos esforços possíveis no contexto do conflito, o UNICEF trabalha com parcerias para garantir ajuda de emergência, que compreende o fornecimento de água e ajuda para a higiene básica,  ao longo das diversas estradas percorridas pelos deslocados que fogem dos combates.

Nos campos de refugiados, a organização procura garantir o fornecimento de alimento, serviços sanitários básicos, água e serviços higiênico-sanitários, para apoiar as crianças e as famílias mais vulneráveis.

 

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"Civiltá Cattolica" homenageia Primo Levi, "mártir da shoah"

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Roma (RV) – A renomada revista da Companhia de Jesus, “La Civiltá Cattolica”, homenageia em sua edição atual o escritor Primo Levi, definido no artigo assinado pelo Padre Giancarlo Pani como “mártir da Shoah”.

Primo Levi, nascido em 31 de julho de 1919, foi um químico e escritor italiano. Escreveu memórias, contos, poemas, e novelas. É mais conhecido por seu trabalho sobre o Holocausto, em particular, por ter sido um prisioneiro em Auschwitz-Birkenau. Seu livro “É isso um Homem?”, é considerado um dos mais importantes trabalhos memorialísticos do século XX.

“Era um químico que costumava definir o seu trabalho “a profissão do dia”, para distingui-lo do outro, aquele feito de noite, quando escrevia sobre o que ardia dramaticamente em seu íntimo”, escreve o jesuíta Pani.

Suas três obras mais conhecidas, autobiográficas, estão “entre as obras-primas do século XX”, escreve o sacerdote: “É isso um Homem?”, “Os Afogados e os Sobreviventes” e “A trégua”.

Mesmo que não tenham sido escritos por um letrado de profissão, os livros de Primo Levi são verdadeiras pérolas literárias, pois nascem do sofrimento vivido, meditado, e nunca aceito – observa a revista dos jesuítas, cujos esboços são revisados pela Secretaria de Estado vaticana. Narram o drama do judeu deportado, condenado a morrer de desprezo, de cansaço, de fome, de doença, de espancamentos”.

Em seus livros autobiográficos, Primo Levi “testemunhou ao mundo a tragédia de um genocídio único na história da humanidade, o da Shoah”. Ao mesmo tempo, nos livros são apresentados “personagens extraordinários que somente circunstâncias extremas podem revelar”.

“Apesar das condições desumanas nos campos de concentração, alguns judeus tiveram a força e a coragem de afirmar a própria dignidade e de conservar a própria humanidade”, observa Padre Pani.

“Primo Levi, humilde testemunha do campos de concentração, ou melhor, “mártir” daquele horror, não soube resistir à vergonha de uma desumanidade que de nenhuma forma - nos longos quarenta anos que se seguiram após o seu retorno - lhe foi possível aceitar”, conclui o ensaio da Civiltà Católica.

Levi morreu em 11 de abril de 1987, na sequência de uma queda no vão da escada interna do prédio de três andares onde vivia. Especula-se, até hoje, que se tenha suicidado. À época, Elie Wiesel disse que "Primo Levi morreu em Auschwitz há quarenta anos". Embora muitos parentes argumentem que a queda foi acidental, os biógrafos tendem, na sua maioria, a acatar a ideia de suicídio.

 

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Entrevista da Irmã Zélia Garcia Ribeiro ao Programa Brasileiro

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Cidade do Vaticano (RV) - Nestes cinco dias de celebração Jubilar da Renovação Carismática, em Roma, participaram numerosos brasileiros, entre os quais destacamos a presença da Irmã Zélia Garcia Ribeiro, Missionária da Congregação brasileira “Copiosa Redenção”, que visitou a nossa redação e nos concedeu uma entrevista: 

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