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Sumario del 06/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Homilia na Casa Santa Marta: um cristão jamais deve ser hipócrita

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre celebrou uma Santa Missa, na manhã desta terça-feira (6/6), na Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, durante a qual fez sua habitual homilia. 

Em sua reflexão, o Papa falou sobre a “hipocrisia” entre os doutores da Lei, que são hipócritas porque pensam uma coisa e dizem outra:

“A hipocrisia não era a linguagem de Jesus e tampouco deve ser a dos cristãos. Logo a sua linguagem deve ser verdadeira. Por isso, advertiu os fiéis para as tentações da hipocrisia e da adulação. Um cristão não pode ser hipócrita e um hipócrita não é cristão. O hipócrita é sempre um adulador, quem mais, quem menos”.

Com efeito, os Doutores da Lei procuravam adular Jesus. Por este motivo Jesus os chamava hipócritas. Os hipócritas sempre começam com a adulação e a adulação é não dizer a verdade, é exagerar e aumenta a vaidade.

Assim Francisco comentou o caso de uma padre, que conheceu há muito tempo, que “aceitava todas as adulações que lhe faziam”; tais adulações eram a sua fraqueza.

Jesus nos faz ver a realidade que é o contrário da hipocrisia e da ideologia. A adulação, frisou Francisco, começa com a má intenção.

Era o caso dos Doutores da Lei, que colocavam Jesus à prova, começando com a adulação e, depois, fazendo-lhe a pergunta: “É justo pagar a Cesar”? E o Papa respondeu:

“O hipócrita tem duas caras. Mas, Jesus conhecendo a sua hipocrisia, disse claramente: ‘Por que vocês me colocam à prova? Tragam-me uma moeda, quero vê-la'. Assim Jesus responde sempre aos hipócritas e responde concretamente à realidade das ideologias”.

A realidade é assim, bem diferente da hipocrisia ou da ideologia. Eles entregam a moeda a Jesus e Ele lhes responde com sabedoria, partindo da imagem de Cesar na moeda: “Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.

A seguir, Francisco refletiu sobre um terceiro aspecto: a linguagem da hipocrisia é a linguagem do engano; é a mesma linguagem da serpente com Eva. Começa-se com a adulação para depois destruir as pessoas, a ponto de “extirpar a personalidade e a alma de uma pessoa”. Logo, a hipocrisia mata as comunidades. Quando há hipócritas em uma comunidade ela corre um grande perigo, um perigo terrível.

Em sua homilia, Francisco exorta os fiéis a seguir os conselhos de Jesus: “Que seu modo de falar seja “sim, sim, não, não”. O supérfluo pertence ao maligno. Assim, afirmou com amargura, a hipocrisia mata a comunidade cristã e faz tanto mal à Igreja e adverte aqueles cristãos que têm este comportamento pecaminoso, que mata:

“O hipócrita é capaz de matar uma comunidade. Fala com docilidade, mas julga brutalmente as pessoas. O hipócrita é um homicida, pois começa com a adulação. No final, utiliza a mesma linguagem do diabo para destruir as comunidades”.

O Papa concluiu sua homilia convidando os presentes a pedir ao Senhor a graça “de jamais sermos hipócritas, mas que saibamos dizer a verdade. Se não pudermos dizê-la, calemos. O importante é nunca ser hipócritas”. (MT)

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Papa receberá bispos venezuelanos nesta quinta

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco receberá nesta quinta-feira, dia 8, em uma audiência privada no Vaticano, o Conselho da Presidência da Conferência Episcopal Venezuelana. A notícia foi comunicada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke. 

De acordo com o porta-voz vaticano, “o encontro foi solicitado pela própria conferência episcopal, que deseja falar com o Papa sobre a situação da Venezuela”. O pedido da entidade ocorre exatamente um mês após o Pontífice ter enviado uma carta à Conferência, na qual pede que os religiosos e o povo do país sul-americano não percam a esperança de um futuro melhor e mostra sua proximidade à dramática situação de crise política e econômica da nação.

O Papa Francisco anteriormente já havia comentado sobre a situação da Venezuela durante a viagem de volta do Egito para a Itália, (28 e 29 de abril deste ano) na tradicional conversa com jornalistas, na qual disse que o Vaticano poderia tentar uma nova mediação de paz no país se “as condições estivessem mais claras”. 

Nos últimos quatro anos, o Santo Padre teve um papel fundamental em alguns acordos de paz que foram finalizados, como a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos e o acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos. (SP)

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Card. Sandri: fazer experiência da Igreja que respira com os dois pulmões

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Cidade do Vaticano (RV) - A igreja reitoria de São Basílio em Roma “deverá ser um lugar que ajude não somente a recordar os dois pulmões – oriental e ocidental – com os quais o Corpo de Cristo respira, mas a fazer a experiência concreta deste respiro.” 

Foi o que afirmou na tarde desta segunda-feira (05/06) o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, ao término da divina liturgia em rito bizantino que marcou a reabertura da igreja e do colégio por parte da Ordem brasiliana do Santíssimo Salvador (Igreja greco-melquita de Antioquia).

Igreja de Cristo não é latina, grega, eslava, mas católica

“O evento nos faz redescobrir a vocação universal da Igreja de Roma, presidida pelo seu bispo, Papa Francisco”, que “é chamado a amar e a prover por todas e cada uma das tradições que compõem a única Igreja de Cristo, a qual ‘não é latina, grega, eslava, mas católica’, como escreveu há um século o Papa Bento XV”, observou o Cardeal Sandri.

“A Diocese de Roma distinguiu-se nestes anos pela constante atenção de oração, sensibilização e caridade para com as trágicas situações dos conflitos que ensanguentam o Oriente Médio, em particular na Síria e no Iraque”, envolvendo também as várias comunidades orientais presentes na Cidade Eterna, acrescentou o purpurado argentino.

Novo pastor segundo o coração de Cristo

Faço votos de que os padres salvatorianos passem a fazer parte deste circuito virtuoso”, prosseguiu o Cardeal Sandri. Foi dirigido um pensamento à “venerável e querida Igreja Melquita”, cujos bispos, após “a renúncia ao governo patriarcal, apresentada por sua Beatitude Gregório III”, se reunirão em seu Sínodo a partir de 19 de junho:

“Possam ser guiados e iluminados, além de sustentados pela nossa fervorosa oração, na escolha de um pastor segundo o coração de Cristo, capaz de mostrar-se verdadeiro ‘caput et pater’ para os fiéis melquitas, na pátria-mãe bem como nos vários lugares da diáspora”, concluiu o Cardeal Sandri. (RL)

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Diálogo Inter-religioso: a mulher na educação à fraternidade universal

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Cidade do Vaticano (RV) - “O papel da mulher na educação à fraternidade universal.” Esse é o tema da sessão plenária do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Presididos pelo chefe do dicastério vaticano, Cardeal Jean-Louis Tauran, os trabalhos dessa sessão terão lugar na quarta e quinta-feira, dias 7 e 8 de junho. 

Segundo comunicado desta terça-feira difundido pela Sala de Imprensa da Santa Sé, os membros e consultores do organismo pontifício são convidados à sessão plenária.

Quatro reflexões para desenvolver o tema proposto

O tema será abordado de um ponto de vista geral com quatro reflexões confiadas à biblista Nuria Calduch-Benages, da Pontifícia Universidade Gregoriana, que falará sobre “A mulher educa à fraternidade universal. Reflexão bíblico-sapiencial”;

à Irmã Raffaele Petrini, docente de doutrina social da Igreja no Instituto Angelicum de Roma, que desenvolverá a reflexão “Qualidades femininas contra o paradigma tecnocrático: Uma perspectiva social católica sobre a contribuição das mulheres à fraternidade”;

à defensora dos direitos dos menores em Paris, Marie Derain, que refletirá “Construir a paz: o percentual de mulheres”;

e, por fim, a Clare Amos, do Conselho Mundial de Igrejas, que desenvolverá “O papel das mulheres na educação rumo à fraternidade universal: uma perspectiva do Conselho Mundial de Igrejas”.

Atividades do Pontifício Conselho nos últimos anos

Estão também previstos momentos de reflexão sobre o tema e troca de informações sobre o diálogo inter-religioso. O secretário do dicastério, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, exporá aos participantes as atividades do Pontifício Conselho nos últimos anos.

“A Assembleia plenária representa sempre uma feliz e oportuna ocasião para refletir sobre a atual situação do diálogo inter-religioso em várias partes do mundo e para aprofundar qual deve ser o papel da comunidade cristã em prol da promoção do papel da mulher na educação à fraternidade e para a construção de melhores relações com os membros de outras religiões”, lê-se na nota.

Na conclusão dos trabalhos, os participantes da plenária serão recebidos em audiência pelo Papa Francisco. (RL)

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Card. Poupard enviado do Papa a Avinhão

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Avinhão (RV) – O Cardeal Paul Poupard foi recebido em audiência pelo Papa Francisco no Vaticano, na segunda-feira, 5 de junho.

O Presidente emérito dos Pontifícios Conselhos para a Cultura e Diálogo Interreligioso, será o enviado especial do Pontífice à Avinhão, na França, para as celebrações - que terão lugar de de 23 a 25 de junho - do sétimo centenário da presença dos Papas no “enclave”.

Em março de 2009, o Cardeal Poupard já havida sido o enviado especial do Papa Bento XVI para a abertura das celebrações do sétimo centenário da presença em Avignon dos Papas, que durou de 1309 a 1377.

Em 1307, o Papa Clemente V (Pontífice de 1305 a 1314), foi a Avinhão – então parte dos Estados Pontifícios – para resolver o conflito com o Rei da França - Filipe, o Belo  - sobre o destino dos Templários.

Avinhão se tornou a "Cidade dos Papas", visto que oito Pontífices alí residiram: João XXII (1316-1334), Bento XII (1334-1342), Clemente V (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362) Clemente VI (1342-1352), Inocêncio VI (1352-1362), Urbano V (1362-1370) e Gregorio XI (1370-1378), o último papa francês, que retornou a Roma em 1377.

Este período "canônico" do Papado em Avinhão foi marcado pelo “grande Cisma do Ocidente”, que viu vários Papa e antipapas coexistindo contemporaneamente na Europa.

Os dois antipapas de Avinhão, Clemente VII (1378-1394) e Bento XIII (1394-1423), não são reconhecidos como "sucessores" de Pedro.

Hoje, a cidade da residência de verão dos Papas, a 30 km de Roma, Castel Gandolfo, está geminada com o Châteauneuf-du-Pape, também conhecido pelo seu vinho.

O Papado de Avinhão, conhecido também como "Cativeiro de Avignon", diz respeito a um período da história do papado e da Igreja Católica, compreendido entre 1309 e 1377, quando a residência do Papa foi transferida de Roma para Avinhão.

À medida que o poder real foi se fortalecendo na França, surgiram conflitos com a Igreja. Durante o reinado de Filipe IV de França, o Belo (1285-1314), registou-se um choque entre esse soberano e o então Papa Bonifácio VIII. O Papa não permitia que o rei cobrasse tributos da igreja francesa.

O sucessor do Papa Bonifácio VIII, Clemente V, foi levado pelo rei francês para residir em Avinhão, dando origem aos papas franceses que viveram naquela cidade.

Este episódio é conhecido como a "Crise de Avinhão", que deu início ao período conhecido como "cativeiro babilônico dos Papas" (ou da Igreja), uma alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.

Este apelido é controverso pelo que se refere à crítica expressa do fato de a prosperidade da Igreja deste tempo ter sido acompanhada de um profundo compromisso da integridade espiritual do papado, especialmente no que toca à alegada submissão dos poderes da Igreja às ambições do Imperador francês.

O Rei Filipe IV de França conseguiu que fosse eleito um Papa um francês em 1305 (que adotou o nome de Clemente V) e, em 1309, persuadiu-o a deslocar a sede papal de Roma para Avinhão, às margens do rio Ródano.

Em 1377 a residência do Pontífice foi transferida de volta a Roma por Gregório XI, que faleceu um ano mais tarde, enquanto um Papa rival era eleito em Avinhão.

Houve um período de controvérsia entre 1378 e 1414 ao qual escolásticos católicos se referem como o "Cisma Papal", ou, "A grande controvérsia dos Anti-Papas" (também chamado "o segundo Grande Cisma" ou Grande Cisma do Ocidente por muitos historiadores protestantes ou seculares), quando facções da Igreja Católica se dividiram quanto aos vários pretendentes a Papa.

O Concílio de Constança, em 1414 resolveu finalmente esta controvérsia, desmantelando os últimos vestígios do papado de Avinhão.

O vinho Châteauneuf du Pape ("o novo Castelo do Papa"), leva o nome daquela que foi a nova residência do antipapa em Avinhão.

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Esmoleiro Pontifício coloca apartamento à disposição de migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) – O Esmoleiro Pontifício, o Arcebispo Konrad Krajewski, é o homem de confiança do Papa Francisco para expressar a sua caridade aos mais necessitados. 

Distribuição de alimentos, instalação de um dormitório, chuveiros, barbearia e lavanderia nas proximidades do Vaticano são apenas algumas das iniciativas deste polonês nascido em Lodz, em 25 de novembro de 1963.

O que pouca gente sabe, é que o prelado - que há anos está a serviço da Santa Sé – colocou seu apartamento à disposição de migrantes que fogem das regiões em guerra. Assim, há meses dorme no próprio escritório, dentro do Vaticano.

Um gesto “natural e espontâneo, mas não tem nada de heroico nisto”, diz Dom Krajewski, a quem se mostra surpreso com a sua escolha. “O Evangelho nos ensina a ajudar quem vive na necessidade, e a primeira necessidade é a moradia”, recorda.

A decisão vai de encontro ao forte apelo lançado pelo Papa Francisco durante o Angelus de 6 de setembro de 2015, para que cada paróquia, mosteiro e casas religiosas acolhessem ao menos 1 refugiado vindo da Síria ou no norte da África, fugindo da guerra e da fome.

Ao voltar da Ilha grega de Lesbos, onde foi encontrar refugiados, Bergoglio trouxe três famílias, que ficaram até há pouco hospedadas na Paróquia Santa Ana, no Vaticano, e mais tarde na Comunidade Santo Egídio.

O Arcebispo acolhe em seu apartamento – dentro das muralhas leoninas – grupos de imigrantes, oferecendo a eles hospitalidade até que consigam se tornar independentes e encontrar uma moradia mais definitiva.

“Há algumas semanas – conta Dom Krajewski – chegaram outras famílias e, a coisa bonita, é que pela primeira vez, na minha casa, nasceu uma bela menina. E eu confesso, me sinto uma espécie de avô, um tio. É a vida que continua, dom de Deus”. (JE)

 

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Igreja na América Latina



"Ruta Verde" do Papa Francisco em Cartagena terá 12 mil árvores

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Cartagena (RV) – A Igreja Católica colombiana apresentou a “Ruta Verde” do Papa Francisco, iniciativa que pretende promover Cartagena das Indias como um território de respeito pelos direitos humanos.

A “Ruta Verde” inclui o plantio de 12 mil árvores por ocasião da visita do Pontífice à cidade em 10 de setembro, último dia de sua viagem apostólica à Colômbia.

A Igreja colombiana deseja que Francisco visite a Igreja de São Pedro Claver, jesuíta espanhol do Século XVI, que dedicou sua vida ao trabalho em favor dos escravos, motivo pelo qual foi declarado defensor dos Direitos Humanos.

O pároco da igreja, Padre Jorge Camacho, explicou à Agência Efe que a iniciativa é um processo pedagógico voltado especialmente ao jovens de Cartagena, para expressar que “o Papa já chegou, que não temos que esperar até 10 de setembro para recebê-lo, porque sua mensagem já chegou, de muitas maneiras”.

“Sua Encíclica Laudato Si é uma palavra também dirigida a nós de Cartagena, porque nos fala desta relação entre a pobreza e a degradação ambiental; da cultura do descarte, dos efeitos das mudanças climáticas em cidades como a nossa, que estão sendo afetadas”, expressou o sacerdote.

Esta iniciativa pretende contribuir para “uma Cartagena justa, amigável, onde se respeite a vida e onde se possa viver dignamente”, comentou o religioso.

Ademais, a “Ruta Verde” de Francisco, consiste em atingir a meta de plantar 12 mil árvores em toda a cidade.

O sacerdote acrescentou que com esta iniciativa se busca promover a “reapropriação” do território, o que inclui “a proteção dos manguezais, da barreira coralina que aqui estão ameaçados e no geral, o cuidado com a vida”.

Padre Camacho indicou que, “mesmo que ainda não se tenha nada de oficial”, o que se sabe do itinerário do Papa em Cartagena é que começará a sua visita pela Paróquia do Bairro São Francisco, onde será recebido por um pequeno grupo de fiéis.

De São Francisco, se deslocará para os bairros populares de ‘La María’ e ‘Los Pescadores’ e de lá seguirá para o Mercado de Bazurto, no coração de Cartagena.

Posteriormente visitará a Igreja São Pedro, na parte histórica da cidade, onde rezará o Angelus, seguindo após para a Catedral de Santa Catarina de Alexandria, distante 200 metros, onde abençoará os doentes.

O Papa concluirá sua visita no terminal portuário de Contecar, na zona industrial, onde celebrará a Eucaristia para 400 mil fiéis, naquele que será o ponto alto de sua visita à cidade. 

(JE/EFE)

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Igreja no Mundo



Bispo sueco será o primeiro cardeal escandinavo: "uma surpresa", diz

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Estocolmo (RV) -“Jamais na história, nem mesmo no período medieval, estas nações tiveram um cardeal. É importante que o norte da Europa, que é pouco conhecida no mundo católico, agora tenha uma presença particular na Igreja universal.” 

São palavras do bispo de Estocolmo, na Suécia, Dom Anders Arborelius, que será criado cardeal no próximo Consistório a ser presidido pelo Papa Francisco em 28 de junho, no qual criará também outros quatro cardeais. Dom Arborelius será o primeiro purpurado escandinavo.

Notícia do cardinalato recebida sem aviso prévio

Entrevistado pela agência Sir, o prelado conta a emoção destes dias após o anúncio feito pelo Santo Padre no Regina Caeli de 21 de maio passado e declara ter recebido a notícia sem nenhum aviso prévio:

“Foi uma surpresa. Um sacerdote encontrou a notícia na internet e me mostrou também o vídeo com o Papa pronunciando meu nome e a nomeação.”

Senti incapacidade e pequenez, mas também gratidão

No início não acreditava que fosse verdade – continua –, mas quando entendi que era isso mesmo fiquei comovido e senti a minha incapacidade e a minha pequenez diante de tão alta tarefa, mas ao mesmo tempo senti gratidão porque o Papa quis reforçar a nossa Igreja local, bem com a do Mali e do Laos. O Santo Padre tem uma preferência pela periferia  também na Igreja.”

Respondendo sobre como mudará seu modo de ser bispo, Dom Arborelius diz não saber exatamente. A vida aqui será a mesma, o trabalho permanece. Talvez tenhamos mais atenção por parte da opinião pública por se tratar de um cardeal.

Conversão ao catolicismo

O futuro purpurado fala também de sua conversão: “Fui batizado e crescido na Igreja luterana, mas nunca fui muito ativo. Desde criança tive contatos com a Igreja católica e me sentia profundamente atraído por ela, razão pela qual a passagem não foi tão radical”. (RL)

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Egito: Dia dos mártires dos tempos modernos da Igreja Copta

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Cario (RV) – No último dia 2 de junho, na Catedral de São Marcos, (distrito de Abbassia), cidade do Cairo, Egito, reuniu-se o Santo Sínodo da Igreja Copta, presidido pelo Papa Tawadros II. 

Durante os trabalhos ficou decidido que a partir de 2018 os coptas celebrarão no dia 15 de fevereiro o “Dia dos mártires coptas da época moderna”. O Santo Sínodo também decidiu a criação de um grupo especial que vai cuidar da assistência e do apoio aos familiares dos mártires coptas.

O Santo Sínodo, que cuida de vários aspectos da vida interna dos cristãos coptas egípcios, manifestou seu apoio e apreço ao Patriarca Tawadros II pelo seu trabalho e seu interesse em temas ecumênicos, bem como pela Declaração Comum assinada com o Papa Francisco a 28 de abril último.

Ao mesmo tempo, o Comitê para a Fé e a Legislação do Santo Sínodo destacou que este documento é diferente dos Acordos doutrinários para os quais é necessária a aprovação das Assembleias diocesanas. (SP)

 

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A oração da Família Salesiana para que relíquia seja devolvida

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Asti (RV) – Expectativa, confiança, oração. É com este espírito que a Família Salesiana está enfrentando este tempo de incerteza, depois do furto da relíquia de Dom Bosco da Basílica de Castelnuovo.

“Até agora não há novidades sobre a investigações, que possam levar ao autor do furto da relíquia de Dom Bosco. Confiamos na magistratura que está investigando”, afirmou esta terça-feira o Vigário do Reitor Mor, Padre Francesco Cereda.

“A notícia do furto – prossegue o sacerdote – repercutiu em todo o mundo, como expressão do amor por Dom Bosco. É este o significado de uma relíquia de um Santo: oferecer um elemento visível e tangível para favorecer a invocação e a imitação do Santo. Assim é Dom Bosco, que continua a ser amado e invocado pelos jovens, especialmente os mais pobres e necessitados”.

“Fazemos votos e rezamos – conclui Padre Francesco – para que esta relíquia possa retornar o mais breve possível aos leu lugar, na Colle Dom Bosco, justamente no local onde Dom Bosco nasceu”.

O furto da relíquia - o cérebro de Dom Bosco - ocorreu na noite de sexta-feira, 2 de junho, na Basílica Inferior de Castelnuovo.

Sobre a importância desta relíquia e deste local, meta contínua de peregrinações, conversamos com o responsável da comunicação dos salesianos do Piemonte e Vale D’Aosta, Padre Moreno Filipetto:

“De fato, é importante todo o local, todo o complexo da Colina Dom Bosco. A Colina Dom Bosco é a casa de Dom Bosco. O próprio Papa João Paulo II nos havia pedido para fazer deste local um pouco a Assis salesiana, a Assis dos jovens. Aqui Dom Bosco nasceu, aqui Dom Bosco viveu, aqui Dom Bosco teve o sonho que deu a direção de sua vida, o sonho aos 9 anos, em que com mansidão e com uma mestra, que é Maria,  poderia educar os jovens e transformá-los em anjinhos com a capacidade de caminhar para o bem, correr em direção ao bem, à felicidade, às Bem-aventuranças, que no final das contas, são o Paraíso. E este lugar torna-se assim um local fundamental: nos trazia os jovens, aqui, nas caminhadas no outono e ainda agora é repleto de peregrinos que vem atraídos por este Santo – o Santo dos jovens – que ainda hoje toca os corações e que os transforma para transformá-los em colaboradores de sua missão. Isto é o que se vê todos os dias na Colina Dom Bosco”.

RV: Padre Francesco, a fé se alimenta também de sinais tangíveis. O que estas relíquias de Dom Bosco representam para a comunidade salesiana?

“Representam o sinal da sua presença, um sinal que é certificado por uma coisa: o fato de que Dom Bosco é Santo, ou seja, se encontra na comunhão dos Santos, em suma, está vivo. A sua vida teve sucesso: é uma vida em que o kronos, o tempo que se vive, torna-se kairós, tornou-se Paraíso, tornou-se uma vida por si só. Este sinal da presença pode acontecer graças aos lugares onde Dom Bosco viveu, graças às relíquias que levam o seu nome e que nos recordam a sua presença. Mas sobretudo, acredito que se realiza com a presença de tantos salesianos e de tantos amigos de Dom Bosco, que ainda hoje continuam a realizar coisas, a ser Dom Bosco, vivo, hoje para os outros.”

Os Carabineiros e a Procuradoria de Asti continuam as investigações. Na parte externa da Basílica existem câmaras, cujas filmagens foram analisadas. Os especialistas já realizaram todos os levantamentos possíveis do caso e nenhuma pista está excluída, desde extorsão até ação de algum desequilibrado.

(JE/MG)

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Atualidades



Deus não é um espectador do mundo, afirma cineasta católico

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Santiago (RV) - O cineasta católico espanhol Juan Manuel Cotelo encorajou comunicadores a serem “transmissores de Deus”, o qual “não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. O jornalista e diretor de filmes como Footprints, La ultima cima e Terra de Maria conversou com o Grupo ACI durante a sua visita ao Chile para participar do XII Congresso Católicos e Vida Pública.

Conselho a comunicadores

O cineasta aconselhou os comunicadores católicos “a estarem muito perto de Deus para que Ele mesmo possa se comunicar através de nós, esta é a missão de qualquer apóstolo”. Segundo Cotelo, levar Deus às telas do cinema é uma experiência “de surpresa” ao ver que o resultado “provoca uma onda de amor em pessoas que custariam a acreditar”. Trata-se de “descobrir que Deus não está de férias, que não ficou sem bateria, que não é um espectador do mundo que aponta para nós, mas está permanentemente à conquista de corações”. “E como faz as coisas em equipe, se fez homem e age entre os homens, continua procurando pessoas que queiram se unir à sua equipe e, quando uma pessoa se une à equipe de Deus e aceita o seu convite, Ele permite ver como ele joga”, afirmou.

Boa Nova do Evangelho

O responsável pela produtora Infinito + 1 também se referiu aos comunicadores católicos e recordou que “se queremos transmitir Deus, temos que ter Deus. Na medida em que somos mais de Deus, quanto mais permitamos que Ele aja em nós, é mais fácil que sejamos transmissores de Deus”. “Ele é quem vai transmitir através de nós” a Boa Nova do Evangelho e, para isso, é fundamental “estar muito perto de Deus” e confiar nele.

Diante dos momentos de dificuldade, o cineasta sustentou que “nós não temos a planilha do Excel de Deus para poder dizer ‘agora tudo está indo muito bem’ ou ‘agora está fatal’”. “Com a nossa planilha de Excel diríamos que no momento da crucificação a coisa é fatal, não tem mais jeito. E a planilha de Deus diz ‘espera três dias que você vai me ver ressuscitar’”, explicou Cotelo.

Confie no poder de Deus

Por esta razão, “confie no poder de Deus, não no que você vê com os próprios olhos ou com a sua inteligência, deixe que Deus dê a última palavra, deixe Ele ser Deus, e você vai ressuscitar”.

“Através desta tristeza, desse desespero, desse ‘problemão’ que você não consegue encontrar uma solução, ou dessa falta de resultados, você vai ver como Deus constrói sobre isso algo positivo”, afirmou o cineasta católico. (SP-ACI Prensa)


 

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