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Sumario del 07/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa nomeia três novos Bispos para o Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – As Arquidioceses do Rio de Janeiro e de Curitiba ganharam novos Bispos Auxiliares. 

Auxiliar para o Rio de Janeiro

Para o Rio, o Papa Francisco nomeou Bispo Auxiliar o Pe. Juarez Delorto Secco, do clero da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES).

Pe. Juarez Delorto Secco nasceu em 4 de julho de 1970 em Cachoeiro de Itapemirim. Antes de entrar para o Seminário, estudou Direito Civil e exercitou a profissão de advogado. Estudou Filosofia e Teologia no Instituto da Arquidiocese de Vitória e se especializou em Direito Canônico. É Membro da Associação dos Padres do Prado.

Foi ordenado sacerdote em 10 de março de 2001, incardinando-se na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, onde foi pároco, coordenador diocesano da pastoral vocacional; Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores.

Atualmente, é pároco da Catedral; Chanceler da Cúria; Vice-Reitor do Seminário Maior; Professor da Escola Diaconal; Juiz do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Vitória e Coordenador regional de Pastoral.

Auxiliares de Curitiba

Para a Arquidiocese de Curitiba, o Papa Francisco nomeou dois Bispos Auxiliares:

Padre Francisco Cota de Oliveira, do clero da Diocese de Divinópolis (MG) e Pe. Amilton Manoel da Silva, membro da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (passionista).

Pe. Francisco Cota de Oliveira nasceu em 5 de agosto de 1969 em Onça do Pitangui, diocese de Divinópolis, no Estado de Minas Gerais. Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica em Belo Horizonte (1992-1994) e na mesma cidade estudou Teologia no Instituto “Dom João Rezende Costa” (1995-1998). Em 1° de agosto de 1999 foi ordenado sacerdote e incardinado na diocese de Divinópolis, na qual foi vigário paroquial, pároco e administrador paroquial. Foi Assessor diocesano da Pastoral juvenil; Professor no Seminário Propedêutico e de Teologia para leigos; Promotor de Justiça do Tribunal Eclesiástico diocesano; Membro do Conselho Econômico diocesano. Atualmente, é pároco de “Nossa Senhora do Pilar” em Pitangui (MG).

O outro novo Bispo é o Pe. Amilton Manoel da Silva, que nasceu em 2 de março de 1963 em Osvaldo Cruz, na Diocese de Marília (SP). Estudou Filosofia na Universidade Federal do Paraná em Curitiba (1992-1995) e Teologia no Instituto de Teologia de São Paulo-ITESP (1997-2000). Emitiu a profissão religiosa em janeiro de 1997 como Membro da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas) e recebeu a ordenação sacerdotal em 17 de dezembro de 2000.

Dentro de sua Congregação, desempenhou inúmeros cargos, desde mestre de noviços até Superior Provincial da Província Passionista do Calvário, com sede em São Paulo (2013-2016). Também foi Assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil, pregador de exercícios espirituais e vigário paroquial em Colombo e Ponta Grossa (PR). Atualmente, é pároco de “São Paulo da Cruz” na Arquidiocese de São Paulo.

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Papa: Deus não pode ser Deus sem o homem, um grande mistério!

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Cidade do Vaticano (RV) – Chamar Deus com o nome de “Pai “é a grande revolução que o cristianismo imprime na psicologia religiosa do homem”, e “que mistério insondável é um Deus que nutre este tipo de amor pelos seus filhos”, um Deus que fica “indefeso diante do livre arbítrio do homem”. 

Na Audiência Geral desta quarta-feira, onde deu prosseguimento à sua série de catequeses sobre o tema da esperança, o Papa Francisco falou sobre “A paternidade de Deus, fonte da nossa esperança”. “Um Deus que não pode viver sem o homem, é um grande mistério”, exclamou!

O Evangelho de Lucas é o que melhor documenta o “Cristo orante” e a oração do Pai Nosso, revela justamente esta intimidade de Jesus com seu Pai.

Especialmente pela manhã e durante a noite, Jesus se retirava sozinho em oração, e havia algo de fascinante nesta oração. E os discípulos – tocados por isto – pedem que Jesus ensine a eles a rezar. É então que Jesus transmite aquela que tornou-se “a oração cristã por excelência”, o “Pai Nosso”.

“Todo o mistério da vida cristã – diz Francisco – está resumido aqui, nesta palavra: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai”. Mesmo a Liturgia, quando nos convida à rezar o Pai Nosso na comunidade, utiliza a expressão “ousemos dizer”.

De fato, chamar Deus com o nome de “Pai” – observa o Papa -  de forma alguma é um fato óbvio. O normal, é que usemos “títulos mais elevados, que nos pareçam mais respeitosos à sua transcendência”:

“Ao invés disto, invocá-lo como “Pai”, nos coloca em relação de confiança com Ele, como uma criança que se dirige ao seu pai, sabendo ser amada e cuidada por ele. Esta é a grande revolução que o cristianismo imprime na psicologia religiosa do homem. O mistério de Deus, que sempre nos fascina e nos faz sentir pequenos, porém, não causa medo, não nos sufoca, não nos angustia. Esta é uma revolução difícil de acolher em nossa alma humana”.

Tanto é verdade isto – observa o Papa – que até mesmo as narrativas da Ressurreição falam do medo e do estupor das mulheres diante do sepulcro vazio e do anjo. “Mas Jesus nos revela que Deus é um Pai bom e nos diz: “Não tenhais medo!”.

E este Deus que é um Pai, “que sabe ser somente amor por seus filhos”, encontra grande expressão na Parábola do Filho Pródigo, narrada em Lucas:

“Um Pai que não pune o filho pela sua arrogância e que é capaz até mesmo de confiar a ele a sua parte de herança e deixá-lo ir embora de casa. Deus é Pai, diz Jesus, mas não da maneira humana, porque não existe nenhum pai neste mundo que se comportaria como o protagonista desta parábola. Deus é Pai a sua maneira: bom, indefeso diante do livre arbítrio do homem, capaz somente de declinar o verbo amar”.

E quando o filho rebelde, depois de ter superado tudo, finalmente retorna para casa, “aquele pai não aplica critérios de justiça humana, mas sente, antes de tudo, necessidade de perdoar, e com o seu abraço faz entender ao filho que durante o longo tempo de ausência, ele lhe fez falta, dolorosamente fez falta ao seu amor de Pai”.

“Que mistério insondável é um Deus que nutre este tipo de amor em relação aos seus filhos!”, exclama Francisco.

Talvez por esta razão – explica – o apóstolo Paulo não consegue encontrar uma tradução em grego para a palavra “abbá”, que Jesus pronunciava em aramaico. Por duas vezes São Paulo fala sobre isto e por duas vezes deixa esta palavra sem tradução, na mesma forma de como saía dos lábios de Jesus, “abbà”, uma expressão ainda mais íntima em relação a “pai”, e que alguns traduzem como “papai, papaizinho”.

“O Evangelho de Jesus Cristo nos revela que Deus não pode estar sem nós: Ele nunca será um Deus “sem o homem”; é Ele que não pode estar sem nós, e isto é um grande mistério... Deus não pode ser Deus sem o homem: um grande mistério isto”,  exclama o Pontífice! "Mesmo que nos afastemos, sejamos hostis, nos professemos “sem Deus”. E esta certeza é “a fonte de nossa esperança”, que está em todas as invocações do Pai Nosso".

Quando temos necessidade de ajuda, Jesus não nos diz para nos resignar-nos e nos fechar em nós mesmos, mas de nos dirigir ao Pai e pedir a Ele com confiança:

“Todas as nossas necessidade, desde as mais evidentes e cotidianas, como a comida, a saúde, o trabalho, até aquelas como ser perdoados e sustentados nas tentações, não são o espelho de nossa solidão, pois existe um Pai que sempre nos olha com amor e que, seguramente, não nos abandona”.

Ao final de sua catequese, após convidar  os presentes a pensarem  em seus problemas e dificuldades e no “Pai que não pode ser sem nós e que nos olha neste momento”, o Papa rezou com todos a oração do Pai Nosso. (JE)

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Papa pede participação dos fiéis no "Um minuto pela paz"

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco lançou um apelo em favor da iniciativa “Um minuto pela paz”, a ser realizada esta quinta-feira, 8 de junho.

“Amanhã, às 13 horas, renova-se em diversos países a iniciativa “Um minuto pela paz”, isto é, um pequeno momento de oração na recorrência do encontro no Vaticano entre eu, o falecido Presidente israelense Peres e o Presidente palestino Abbas. Em nosso tempo, há tanta necessidade de rezar – cristãos, judeus e muçulmanos – pela paz”.

A iniciativa – realizada em vários países - é apoiada em nível internacional também pelo Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC) e pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC).

Na Argentina, por exemplo, diversas organizações uniram-se à Conferência Episcopal local, no convite para que todas interrompam por um minuto suas atividades cotidianas às 13 horas, para refletir e rezar – cada um na própria tradição religiosa – num gesto de comprometimento com a paz no mundo.

Este “minuto” poderá ser vivenciado em grupo ou individualmente, na rua ou em uma igreja, em família, na escola, no local de trabalho, na fábrica, no escritório, enfim, no local onde for possível recolher-se brevemente em silêncio.

A data recorda o terceiro aniversário do histórico encontro realizado no Vaticano em 8 de junho de 2014,  e que reuniu o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu  e os Presidentes de Israel, Shimon Peres (falecido 28 de setembro de 2016), e da Palestina, Abu Mazen. (JE)

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Cazaquistão: Santa Sé na "Expo internacional 2017 – O futuro da energia”

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Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito do dicastério vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, chegará a Astana, Cazaquistão, nesta quinta-feira (08/06), para a inauguração da “Expo internacional 2017 – O futuro da energia”. 

A Santa Sé, que participa de Exposições universais desde 1851, estará presente com um pavilhão intitulado “Energia para o bem comum. Cuidar da nossa Casa comum”, realizado com a contribuição da Igreja local. 

O pavilhão aprofunda o tema da energia, entendido como oportunidade para a promoção humana e a melhoria da “Casa comum”, baseado no uso equitativo e sustentável dos recursos naturais.

A estrutura da Santa Sé, que utiliza instalações de caráter digital e acompanha os visitantes através de percursos fotográficos, artísticos, culturais e espirituais, desenvolve quatro áreas temáticas: o amor de Deus como origem da criação do homem e da Terra, a energia como instrumento colocado nas mãos do ser humano que nem sempre fez um uso adequado; a energia em prol do desenvolvimento integral da pessoa e do cuidado da Casa comum, e a força da espiritualidade com referência à oração, busca de sentido e diálogo inter-religioso. 

A inauguração da Expo 2017 se realizará na próxima sexta-feira, dia 9. O pavilhão da Santa Sé será inaugurado na manhã do dia seguinte.
 
O Cardeal Turkson permanecerá em Astana até o próximo domingo, 11, acompanhado pelo Núncio Apostólico no Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão, Dom Francis Assisi Chullikatt, e por representantes da Igreja local. 

O National Day da Santa Sé está programado para 2 de setembro próximo.

(MJ)

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Santa Sé: a solidariedade internacional é a base do bem comum

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Genebra (RV) - Para a promoção e a proteção do bem comum é necessário reconhecer o papel da solidariedade internacional. Foi o que afirmou o observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra e em outras organizações internacionais na cidade helvécia, Dom Ivan Jorkovič, em pronunciamento sobre a solidariedade internacional feito na 35ª sessão do Conselho para os Direitos Humanos.

A solidariedade é a resposta aos desafios atuais

A comunidade internacional é atualmente chamada a enfrentar numerosos fenômenos como as migrações, as mudanças climáticas, os desastres naturais, os conflitos armados e a crescente discrepância entre pobres e ricos. A delegação da Santa Sé tem a convicção de que a solidariedade internacional representa uma abordagem eficaz para responder a tais desafios, ressaltou o arcebispo esloveno.

Somente a fraternidade supera a cultura do descarte

Em seguida, o representante vaticano recordou o que o Papa Francisco afirmou na mensagem em vídeo enviada ao TED 2017 realizado em Vancouver, no Canadá, de 24 a 28 de abril passado.

A solidariedade – dissera o Pontífice – deveria tornar-se “uma atitude de fundo nas escolhas em nível político, econômico, científico, nas relações entre as pessoas, entre os povos e os países”. “Somente a educação à fraternidade, a uma solidariedade concreta pode superar a cultura do descarte”, acrescentara o Santo Padre.

A solidariedade é um valor moral

A solidariedade não é somente um dever, mas um valor moral que deriva do princípio da fraternidade humana. A solidariedade é o cuidado incondicional do outro e requer o empenho de indivíduos, privados, realidades nacionais e internacionais. A prioridade é aplicar e reforçar o princípio da responsabilidade de proteger as pessoas, sobretudo as mais vulneráveis, observou Dom Jorkovič.

A comunidade internacional escolheu a solidariedade no lugar do egoísmo

Ademais, recordando palavras do prefeito do dicastério vaticano para o Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, o representante da Santa Sé afirmou que com a Agenda 2030 a comunidade internacional escolheu a solidariedade no lugar do egoísmo: a solidariedade com os excluídos de hoje, a solidariedade com os pobres de amanhã, a solidariedade com as futuras gerações.

A solidariedade é o antídoto mais eficaz contra os modernos populismos

Por fim, o prelado recordou aquilo que o Papa Francisco afirmou em 24 de março passado aos chefes de Estado e de governo da União Europeia. A solidariedade “é também o antídoto mais eficaz contra os modernos populismos”.

“A solidariedade comporta a consciência de ser parte de um só corpo e, ao mesmo tempo, implica a capacidade que cada membro tem de ‘simpatizar’ com o outro e com o todo.” “Se um sofre, todos sofrem.” (RL/AL)

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Cardeal Tauran: a mulher é educadora de fraternidade

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Cidade do Vaticano (RV) - “O papel da mulher na educação à fraternidade universal” é o tema da assembleia plenária do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, iniciada esta quarta-feira (07/06) no Vaticano e que prosseguirá até sexta-feira. Na conclusão dos trabalhos os participantes serão recebidos em audiência pelo Papa. Quais são os pontos que esta plenária quer focalizar? Foi o que a Rádio Vaticano perguntou ao presidente do dicastério, Cardeal Jean-Louis Tauran. Eis o que disse: 

Cardeal Jean-Louis Tauran:- “As mulheres têm igual dignidade em relação ao homem e sobretudo nós, como cristãos, sabemos que somos membros de um só corpo, do qual a cabeça é Cristo e isso faz de modo que seja uma relação paritária. Diante de Deus, como diz São Paulo, não há nem escravos nem livres: todos somos membros de Cristo.”

RV: A sociedade ainda não foi completamente permeada por essa mensagem?

Cardeal Jean-Louis Tauran:- “Não, sobretudo com a crise da família. Temos que pensar, por exemplo, que Jesus confiou às mulheres o primeiro anúncio da Páscoa. Elas são os primeiros missionários!”

RV: Essa plenária quer ressaltar o papel da mulher na educação à fraternidade. A mulher, talvez também porque é mãe, num certo sentido é um canal privilegiado para isso?

Cardeal Jean-Louis Tauran:- “Sim, por esta ternura... Muitas vezes o Papa faz referência a isso. A mulher por essência, porque é mãe, tem uma ternura, uma capacidade de ouvir, de cuidar, de ocupar-se e isso é uma mensagem universal.”

RV: Durante os trabalhos da plenária quatro mulheres desenvolverão reflexões que vão de temas bíblicos à construção da paz. Por que os senhores quiseram traçar esse percurso?

Cardeal Jean-Louis Tauran:- “Para mostrar que a mulher não tem somente essa tarefa de ternura, de mãe, mas também tem o seu lugar na sociedade. Como os homens, as mulheres são capazes de ter responsabilidade e, portanto, é um bem ouvir esses pontos de vista para ter uma visão completa da mulher vista como igual ao homem diante de Deus e diante da sociedade. As mulheres devem ter as mesmas responsabilidade, a possibilidade de assumir as mesmas responsabilidades.” (RL/DD)

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Igreja no Brasil



200 venezuelanos atravessam diariamente a fronteira com o Brasil

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Brasília (RV) – Cerca de 200 venezuelanos atravessam diariamente a fronteira com o Brasil, fugindo da crise e dos conflitos vividos no país, segundo relatório apresentado pela Caritas ao Conselho Episcopal Pastoral (Consep), reunido na nos dias passados na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A Caritas refere que os pedidos de asilo nos primeiros meses de 2017 – segundo dados do Ministério da Justiça – superaram o total dos últimos seis anos. Até maio de 2017, de fato, foram registrados 8.231 pedidos contra 3.375 em 2016.

Os dados mostram que atualmente são cerca de 30 mil imigrantes em território nacional, 2 mil destes, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) são do povo indígena venezuelano Warao.

A prefeitura de Manaus decretou situação de emergência social ante o aumento do fluxo migratório do povo Warao. A prefeitura de Boa Vista (RR) montou em um ginásio o Centro de Referência para Imigrantes (CRI) que atende cerca de 400 pessoas desabrigadas, insuficiente para a demanda.

Segundo o diretor executivo da Caritas Brasileira, Luiz Claudio Mandela, os venezuelanos estão sofrendo várias situações de preconceito e vivendo como catadores e pedintes em cidades como Manaus (AM) e Boa Vista (RR). Pacaraima (RR) é a porta de entrada dos venezuelanos.

Os venezuelanos vêm em busca de tentar regularizar sua situação mas enfrentam problemas como a lentidão do governo brasileiro para regularizar a situação. Pacaraíma, cidade fronteiriça, por exemplo, não conta com internet para dar entrada nos processos de pedido de refúgio.

O Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB, lembrou que recentemente a situação da Venezuela motivou a elaboração de uma nota de solidariedade na última Conferência do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam). Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, fez referência a atuação do papa Francisco na mediação dos conflitos na Venezuela.

A Igreja Católica no Brasil tem participado também das audiências locais com governos brasileiro, estados e prefeituras envolvidos para buscar uma solução para os imigrantes venezuelanos. A Caritas Brasileira também tem colaborado com ajuda para deslocamentos dos refugiados.

O Consep solicitou a Caritas a produção de informações em diferentes formatos (vídeos, folders, etc) para enviar aos bispos brasileiros sensibilizando-os e pedindo solidariedade a esta situação. A CNBB também se comprometeu a retomar o assunto na reunião do Conselho Permanente.

(CNBB)

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Igreja no Mundo



Palavra do Papa chegará a mais corações na Coreia, diz Card. Yeom Soo-jung

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Cidade do Vaticano (RV) – “A presença do Papa Francisco na Coreia, em 2014, provocou uma mudança na sociedade. A sua visita foi para toda a nação um momento muito comovente e significativo. Ora, graças ao acordo que estipulamos com a Secretaria vaticana para a Comunicação, poderemos participar da missão de comunicação evangélica, junto com a Santa Sé, também divulgando os discursos e as atividades do Santo Padre. A sua palavra é sempre de grande impacto”.

Foi o que declarou à Agência Fides o Arcebispo de Seul, Cardeal Andrew Yeom Soo-jung, presente nestes dias em Roma para a apresentação do acordo entre Santa Sé e Igreja na Coréia.

Graças ao Memorandum de Intenções estipulado com a Secretaria para a Comunicação, a Arquidiocese de Seul passa a ser a responsável pelo site em língua coreana da Rádio Vaticano.

O Departamento de Comunicação e Mídias da Arquidiocese, assumiu oficialmente a responsabilidade de traduzir para a língua coreana todos os conteúdos fornecidos pela Secretaria para a Comunicação, incluindo os discursos e as atividades do Santo Padre, as atividades da Santa Sé, as informações sobre a Igreja Universal.

O Cardeal recordou à Agência Fides, que a visita do Papa em 2014 foi um momento inesquecível. “O Papa Francisco encontrou os jovens, falou com os parentes das vítimas da tragédia do naufrágio do barco Sewol, dedicou tempo às pessoas feridas, doentes ou de luto, presidiu a missa pela paz e a reconciliação, celebrou a beatificação dos 124 mártires coreanos”.

“Foi para todos nós – acrescentou – uma experiência muito importante, e uma experiência de grande impacto, muito preciosa para o povo coreano. Se pode observar hoje na sociedade coreana que a marca da mensagem deixada pelo Papa foi muito forte. O povo coreano desenvolveu uma grande solidariedade, também, por exemplo, com os cristãos que sofrem em regiões como a Síria. E, no espírito do Bom Samaritano, cresce na sociedade o espírito da compaixão, também pelos irmãos que nos são muito caros, como os da Coreia do Norte”.

Agora, graças ao acordo com a Secretaria para a Comunicação, a palavra do Papa – conclui o Cardeal- continuará a encontrar espaço nos corações e a difundir o Evangelho na Coreia”. (JE)

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No ar em 2018 a Suboro TV, do Patriarcado sírio-ortodoxo

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Damasco (RV) – O Patriarcado de Antioquia dos sírio-ortodoxos, com sede em Damasco, anunciou a criação de seu próprio canal de televisão, também como forma de expressar com sua programação o cuidado pastoral dos cristãos siríacos.

O canal se chamará ‘Suboro TV’ – palavra siríaca que indica também a anunciação do Anjo a Maria.

O início das transmissões está previsto para 25 de março de 2018, Solenidade litúrgica da Anunciação, festa cristã celebrada no Oriente Médio, sobretudo no Líbano, também por muitos muçulmanos.

Suboro TV – lê-se no comunicado divulgado pelo Patriarcado – dedicará um espaço especial na grade de programação às atividades das Igrejas em todo o mundo.

A primeira proposta de criar uma rede de televisão ligada ao Patriarcado sírio-ortodoxo havia surgido durante o Sínodo da Igreja Sírio-ortodoxa em 2009, tendo sido lançada no Sínodo de 2015.

“As perseguições e assimilações – lê-se ainda no comunicado enviado à Agência Fides – ameaçam a nossa existência; assim, existe a necessidade de um novo suporte, um canal que ilumine e una o nosso povo com seus programas”.

O Patriarcado reconhece que existem muitas redes televisivas siríacas, que ajudam também a preservar e divulgar a língua siríaca. Mas acrescenta que cada um destes canais segue a própria “agenda política”, enquanto a ‘Suboro TV’, “como canal ligado à Igreja, não será associado a nenhuma visão ou agenda política”.

Entre os objetivos indicados na “missão” do novo canal, está também o de “difundir o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fé da Igreja e os ensinamentos dos Padres da Igreja Ortodoxa siríaca”, além de promover “a compreensão multicultural e o diálogo religioso”.

A ‘Suboro TV’ terá suas sedes de transmissão no Líbano e na Alemanha, com correspondentes na Síria, Iraque, Turquia e junto às comunidades mais consistentes da diáspora sírio-ortodoxa espalhadas no Ocidente.

(JE/GV)

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Filipinas: Cristãos e muçulmanos condenam profanação da Catedral

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Manila (RV) –  Um bispo católico e um clérigo muçulmano condenaram na terça-feira a profanação da Catedral em Marawi e a destruição de suas imagens sagradas.

O sacrilégio aconteceu quando homens armados pertencentes ao grupo terrorista islâmico Maute – que tomaram a cidade por cerca de duas semanas - invadiram o templo, provocando destruição em seu interior e o incêndio na Catedral.

O governador da Região Autônoma Muçulmana  Mindanao muçulmano (ARMM) também denunciou o ataque à Catedral de Santa Maria e instou as pessoas a não permitirem que o incidente cause divisão entre muçulmanos e cristãos na região.

Blasfêmia

O Bispo de Marawi, Edwin de la Peña, criticou o incêndio da catedral e a destruição de imagens do Jesus Crucificado, da Virgem Maria e São José, atribuindo o ato a pistoleiros, que "pisotearam a fé católica".

"Isso é blasfêmia. É inaceitável. É óbvio que suas ações estão realmente fora desse mundo. É demoníaco ", disse Dom De la Peña em uma nota publicada no site da Conferência Episcopal das Filipinas (CBCP).

Um vídeo do ataque na Catedral foi publicado na página do Facebook "Duterte Ang Pagbabago" na segunda-feira.

As imagens mostram homens armados espalhados dentro da Catedral ,quebrando e pisoteando as imagens de Jesus, de Virgem Maria e São José e rasgando cartazes do Papa Francisco e do Papa Bento XVI.

Jovens armados, principalmente adolescentes, foram vistos depois ateando fogo na catedral.

Isso é proibido

Alim Abdulmuhmin Mujahid, Diretor Executivo da Darul Ifta (Câmara de Opinião) no ARMM, disse que seu grupo "condena veementemente a profanação" da Catedral. Um "alim" é um sacerdote muçulmano. A forma plural do termo é "ulama".

"[O] santo Profeta Maomé, que a paz esteja com ele, proíbe a profanação de lugares sagrados, especialmente igrejas e sinagogas", disse Mujahid em uma declaração escrita enviada ao ‘Inquirer’.

Mujahid foi um dos organizadores da Cúpula de Ulama Contra o Terrorismo realizada na cidade de Cotabato nos dias 13 e 15 de maio. Ele é o vice-presidente do Conselho Basilan Ulama.

Ato "não-islâmico"

O governador do ARMM, Mujiv Hataman, classificou o ataque da Catedral "não-islâmica" e exortou todos os muçulmanos em Mindanao a condenar a ação dos terroristas ligados ao grupo do Estado islâmico (IS).

"Exorto todos os muçulmanos a condenar o que o Maute fez no local de adoração de nossos irmãos e irmãs cristãos", disse Hataman na terça-feira, acrescentando que os muçulmanos e os cristãos não devem cair na armadilha Maute.

"A intenção do Maute ao fazer isso, era provocar nossos irmãos e irmãs cristãos para fazerem ações de retaliação extremas", disse ele.

O ataque à Catedral não deve causar uma ruptura entre cristãos e muçulmanos, reiterou. "Neste ponto, temos que ser fortes e unidos na luta contra o terrorismo no país", disse Hataman.

Algo impensável

No comunicado divulgado no site dos bispos, Dom De la Peña disse que tinha informações de que o grupo Maute tinha um plano para atacar e destruir a Catedral, mesmo antes de os terroristas terem sitiado Marawi no dia 23 de maio.

"Mas nós não levamos isso a sério porque para nós era impensável que isso pudesse acontecer na cidade de Marawi", afirmou.

"Estamos irritados com o que aconteceu. Nossa fé realmente foi pisoteada ", disse De la Peña.

Homens armados vieram para a cidade na tarde de 23 de maio, após uma tentativa militar de capturar Isnilon Hapilon, um líder do grupo de bandidos de Abu Sayyaf, que havia prometido fidelidade a IS e é aliado dos Maute.

Eles atacaram a Catedral e levaram o vigário de Marawi, Pe. Teresito Suganob e mais de 200 civis como reféns.

O ataque levou o presidente Duterte a declarar a lei marcial em todo Mindanao e suspender o privilégio do recurso de habeas corpus na ilha por 60 dias.

Uma operação militar para desalojar os terroristas levou à morte de 120 terroristas, 39 soldados e policiais.

As autoridades estimam o número de mortos civis entre 20 e 38, Funcionários dizem que 1.469 civis foram resgatados. (JE)

(JE/Inquirer)




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Entrevistas



Entrevista à Dupla Sertaneja católica, Álvaro e Daniel

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Cidade do Vaticano (RV) - Em nosso programa de hoje conversamos, por telefone, com Álvaro e Daniel, uma Dupla Sertaneja católica, que nasceu em 2006 e ganhou destaque nacional com a música “Estrela”, tema da novela Paraíso, da Rede Globo. A Dupla Sertaneja concedeu a Manoel Tavares uma entrevista, que propomos na íntegra. 

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Formação



Pentecostes e a Igreja pós-conciliar

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje sobre Pentecostes e a Igreja pós-Conciliar. 

No último domingo a Igreja festejou Pentecostes, dia em que o Espírito Santo foi enviado à Igreja primitiva, mas não de uma só vez, pois Ele continua a iluminar e conduzir a Igreja, possibilitando aos crentes um constante acesso ao Pai por Cristo Jesus.  O Espírito, que faz novas todas as coisas. No programa passado, o Padre Gerson Schmidt nos propôs a reflexão "Carismas e dons que levam a Cristo Senhor". Na edição de hoje deste nosso espaço, o sacerdote incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre nos traz o tema "Pentecostes e a Igreja pós-conciliar":

“O Espírito Santo dá assistência à Igreja, relembrando e concordando a obra de Cristo. A vinda do Espírito Santo em Pentecostes traduz-se em uma repentina iluminação de todas as ações e a pessoa de Cristo. Raniero Cantalamessa, nas pregações da quaresma, lembra que Pedro concluiu o seu discurso de Pentecostes com a solene definição, que hoje se diria “urbi et orbi”– termo latino que significa "à cidade de Roma e ao mundo" em português, era a abertura de pronunciamentos romanos e atualmente é como é denominado a bênção de Páscoa e Natal, onde o Papa se dirige ao público em geral na Praça de São Pedro, na Itália.

De igual magnitude desse pronunciamento urbi et orbi foi a proclamação de Pedro no seu discurso de Pentecostes: "Que toda a casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza de que este Jesus que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor (Kyrios) e Messias" (At 2,36). A partir daquele dia, a comunidade primitiva começou a repassar a vida de Jesus, a sua morte e a sua ressurreição, de maneira diversa; tudo pareceu claro, como se tivesse sido tirado um véu de seus olhos (cf. 2 Cor 3,16). Mesmo vivendo lado a lado com ele, sem o Espírito não tinham podido penetrar em profundidade em seu mistérios.

“Alguns acreditam que a ênfase atual sobre o Espírito Santo possa colocar na sombra a obra de Cristo, como se esta fosse incompleta ou perfectível. É uma incompreensão total. O Espírito nunca diz "eu", nunca fala em primeira pessoa, não pretende fundar uma obra própria, mas sempre faz referência a Cristo. O Espírito Santo não faz coisas novas, mas faz novas todas as coisas! Não acrescenta nada às coisas "instituídas" por Jesus, mas as vivifica e renova”, afirmou Cantalamessa na pregação quaresmal à casa pontifícia. O Espírito Santo, portanto, não traz algo novo, mas renova e atualiza em nós a obra nova de Jesus Cristo que é, em última análise, novos céus e nova terra, como afirma o livro do apocalipse, ou ainda à regeneração, recapitulação de tudo nele, como afirma o hino paulino.

Continua o pregador da casa Pontíficia: “Hoje está em andamento uma reaproximação entre teologia ortodoxa e teologia católica sobre este tema da relação entre Cristo e o Espírito. O teólogo Johannes Zizioulas, em um encontro realizado em Bolonha em 1980, por um lado manifestava reservas sobre a eclesiologia do Concílio Vaticano II porque, segundo ele, "o Espírito Santo era introduzido na eclesiologia depois que se tinha construído o edifício da Igreja somente com material cristológico"; por outro, porém, reconhecia que também a teologia ortodoxa tinha necessidade de repensar a relação entre cristologia e pneumatologia – o estudo sobre o Espírito Santo, para não construir a eclesiologia somente sobre uma base pneumatológica. Em outras palavras, nós latinos somos estimulados a aprofundar o papel do Espírito Santo na vida interna da Igreja (que foi o que ocorreu após o Concílio), e os irmãos ortodoxos o de Cristo e da presença na Igreja na história”.

Como a Constituição Dogmática conciliar Lumen Gentium, no capítulo 04: “Pela força do Evangelho – o Espírito Santo - rejuvenesce a Igreja e renova-a continuamente e leva-a à união perfeita com o seu Esposo – afirmativa de Santo Irineu. Porque o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: «Vem» (cfr. Apoc. 22,17)!"

 

 

 

 

 

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Atualidades



Barlolomeu I: a proteção da natureza é interesse de todos

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Atenas (RV) - “A proteção da natureza é interesse de todos. Comunidades locais, criadores, agricultores, produtores, educadores, religiosos, jovens e idosos. Todos nós devemos proteger o meio ambiente”, disse o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, na conferência realizada, em Schimatari, na Grécia, esta terça-feira (06/06), sobre a poluição do Rio Asopus, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente celebrado no último dia 5. 

Segundo o jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, o encontro contou com a participação do presidente da Grécia,  Prokópis Pavlópoulos, e do Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, Jerônimo II.

“Cada um de nós tem o mandato moral e a responsabilidade, diante de Deus e do mundo, de cuidar e preservar a Criação. Um Asopus limpo denota um mundo limpo, um ambiente limpo reflete uma sociedade limpa, e um comércio limpo implica um coração limpo”, sublinhou ainda o Patriarca no encontro intitulado “Asopus: da ideia à ação”.

“A poluição do Asopus mostra a responsabilidade de cada pessoa de salvaguardar eficazmente a integridade da criação. Governo, associações, sociedade civil, Igreja e todos os cidadãos de boa vontade devem tutelar os sistemas naturais que contêm toda forma de vida na terra.” 

Todavia, a crise desse rio “mostra também o valor da pesquisa científica em avaliar e buscar soluções para os desafios ligados à poluição, biodiversidade e mudanças climáticas. O Asopus é um microcosmo da crise ecológica global, pois se tornou sinônimo de resíduos tóxicos e de contaminação letal”, disse Bartolomeu I. 

Segundo alguns estudos, o rio se tornou um dos casos mais conhecidos de poluição causada pelo cromo hexavalente, altamente tóxico, e por outros metais prejudiciais e cancerígenos para os seres humanos.
 
Para o patriarca ecumênico, as problemáticas ligadas à poluição das águas da bacia do Asopus são o resultado da falta de sistemáticas infraestruturas ecológicas e industriais, e da ausência de normativas capazes de garantir a eliminação de resíduos sem causar consequências ambientais.
 
“O mundo financeiro está deixando uma marca indelével com a produção e o consumo avarento de mercadorias, com a poluição incontrolada do transporte moderno, com resíduos sem limites e emissões infinitas de gás carbônico, e acidentes industriais e nucleares. Todos contribuem imensamente ao aquecimento global e às mudanças climáticas que causam consequências irreparáveis e irreversíveis”, frisou ainda Bartolomeu I.

Desde que foi eleito patriarca ecumênico, em 1991, Bartolomeu segue com atenção e preocupação a “exacerbação da crise ecológica, e as desigualdades sociais e financeiras”. 

No contexto dos congressos internacionais sobre a água organizados pelo patriarcado em várias partes do mundo, são difundidas imagens terríveis de devastação. Em toda situação, “junto com a destruição ambiental estão o declínio social e econômico, o desemprego e uma qualidade de vida precária”. 

(MJ)

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