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Sumario del 14/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



"Não existem crianças ou adolescentes maus, mas pessoas infelizes"

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Cidade do Vaticano (RV) – A catequese do Papa na audiência geral desta quarta-feira (14/06) foi inspirada na parábola do Filho Pródigo e na necessidade que todos nós temos de ser amados. 

Mas antes de iniciar sua catequese, o Pontífice cumprimentou as pessoas doentes que participavam da audiência em conexão direta com a Sala Paulo VI, no Vaticano, “protegidas do calor do verão”.

Todos somos amados, sem requisitos

“Ninguém pode viver sem amor e não devemos crer que o amor deva ser merecido, que se não formos belos, atraentes e fortes, ninguém pensará em nós”, afirmou Francisco diante das cerca de 20 mil pessoas presentes na Praça.

“Os narcisismos do homem nascem de sua solidão; é possível que ninguém esteja disposto a querer bem gratuitamente a outra pessoa?”, questionou o Papa. “Não seria um mundo, mas um inferno”, advertiu.

“Por detrás de tantas formas de ódio social e delinquência, existe quase sempre um coração não-reconhecido. Não há crianças ou adolescentes maus, mas pessoas infelizes”, frisou ainda, lembrando que “uma troca de olhares abre as portas do coração”.

Amor de Deus vem antes de tudo

Para Francisco, somente a experiência de dar e receber amor nos faz felizes, um amor como o que Deus tem por nós: vem antes de tudo e é incondicionado. Deus não nos ama por alguma razão, mas nos ama porque Ele mesmo é amor e o amor tende, por natureza, a se difundir, a se doar.

Citando São Paulo, o Papa explicou que “a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós quando éramos ainda pecadores”, ou seja, distantes, como o Filho Pródigo: “Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão”, segundo narrado por Lucas, o evangelista.

Amor de mãe e pai não tem igual

“Quem de nós ama desta maneira, senão um pai ou mãe? Mães continuam querendo bem a seus filhos mesmo quando estão encarcerados, nunca deixam de sofrer por eles e os amam mesmo sendo pecadores. Deus faz o mesmo conosco: somos seus filhos amados!”.

“É Nele, em Jesus, que fomos queridos, amados, desejados; Ele imprimiu em nós uma beleza primordial que nenhum pecado ou escolha errada na vida pode cancelar”.

A espontaneidade do Papa com os fiéis

Enfim, perguntou o Papa, dirigindo-se aos fiéis, “para curar o coração de uma pessoa infeliz, qual seria o remédio? É preciso antes de tudo abraçá-la, para que sinta que é desejada, que é importante, e deixar de ser triste. Amor chama amor. Jesus não morreu e ressuscitou para si mesmo, mas por nós, para que nossos pecados sejam perdoados. Assim, é tempo de ressurreição para todos: é hora de salvar os pobres do desencorajamento, principalmente aqueles que jazem no sepulcro há bem mais que três dias. Sopra aqui, sobre nossos rostos, um vento de libertação; germina aqui o dom da esperança, a do Deus-pai que nos ama sempre e como somos, bons ou maus”.

(CM)

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Apresentadas conclusões dos trabalhos do Conselho de Cardeais

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Cidade do Vaticano (RV) - O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, concedeu uma coletiva esta quarta-feira (14/06) sobre a XX reunião do Conselho de Cardeais (C9) com o Santo Padre. 

O Conselho de Cardeais reuniu-se com o Papa de segunda até esta quarta-feira (12, 13 e 14 de junho). As sessões de trabalho se realizaram pela manhã, das 9h às 12h30 (hora local), e na parte da tarde das 16h30 às 19h – precisou Burke –, e foram dedicadas a aprofundar os modos nos quais a Cúria Romana pode servir melhor às Igrejas locais.

Por exemplo, uma consulta mais ampla – constituída também por membros da vida consagrada e por leigos – em relação aos candidatos propostos para nomeação episcopal. Entre outras propostas, a possibilidade de transferir algumas faculdades dos Dicastérios romanos aos bispos locais ou às Conferências episcopais, num espírito de salutar descentralização.

Por exemplo, transferir do Dicastério dedicado ao Clero para a Conferência Episcopal o exame e autorização: para ordenar sacerdote um diácono permanente não casado; a contrair novas núpcias um diácono permanente que ficou viúvo; a solicitação de admissão à ordenação sacerdotal de um diácono permanente que ficou viúvo.

Os cardeais fizeram ulteriores considerações sobre vários dicastérios da Cúria, em particular, sobre a Congregação para a Evangelização dos Povos.

Estudaram e releram textos propostos a serem submetidos ao Santo Padre relacionados ao dicastério para o Diálogo Inter-religioso; o dicastério para as Igrejas Orientais; o dicastério para os Textos Legislativos e três tribunais: a Penitenciaria Apostólica, o Supremo Tribunal da Signatura Apostólica e o Tribunal da Rota Romana.

O Cardeal George Pell fez uma atualização concernente ao trabalho da Secretaria para a Economia, por ele presidida. Teve-se particular atenção aos passos dados no processo de planejamento dos recursos econômicos e no monitoramento dos planos financeiros para o primeiro trimestre de 2017 que substancialmente confirmaram, com poucas exceções, os dados de orçamento. Dentro em breve se iniciará o processo de orçamento para o ano 2018 e o de monitoramento para o segundo trimestre de 2017.

Por sua vez, o prefeito da Secretaria para a Comunicação (SPC), Mons. Dario Eduardo Viganò, apresentou um relatório sobre o andamento da reforma do sistema comunicativo da Santa Sé: ilustrou o andamento econômico e administrativo da SPC, expondo seus resultados positivos.

Em seguida, explicou os projetos em fase de realização do novo sistema comunicativo, em consonância com o que foi precisado pelo Pontífice no recente discurso por ocasião da primeira plenária do dicastério.

A próxima reunião do Conselho de Cardeais vai se realizar nos dias  11, 12 e 13 de setembro próximo.

(RL)

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Comissão bilateral de trabalho Santa Sé - Israel reúne-se no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - A Comissão Bilateral Permanente de Trabalho entre a Santa Sé e o Estado de Israel reuniu-se esta terça-feira (13/06) em sessão Plenária, no Vaticano, para dar continuidade às negociações baseadas no Acordo Fundamental entre a Santa Sé e o Estado de Israel de 1993.

Presidida pelo subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri, e pelo ministro da Cooperação Regional do Estado de Israel, Tzachi Hanegbi, a sessão plenária manifestou satisfação pelos progressos feitos pela Comissão de trabalho concernentes às negociações que se realizaram numa cordial atmosfera, afirma um comunicado conjunto.

Os resultados da Plenária fazem esperar uma rápida conclusão das negociações em andamento e a assinatura do documento. Ademais, a Plenária reconhece os esforços de colaboração de ambas as partes em relação à aplicação do Acordo Bilateral de 1997 sobre a Personalidade Jurídica.

(RL)

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Ministra canadense: Francisco, líder na defesa do ambiente

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Cidade do Vaticano (RV) - Defesa do ambiente, combater as mudanças climáticas e acolhimento dos migrantes. Estes foram os temas abordados pela Ministra canadense para o Meio Ambiente, Catherine McKenna, no Vaticano, durante o encontro com o Arcebispo Silvano Maria Tomasi e o Subsecretário da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Pe. Michael Czerny SJ. 

Nos dias 12 e 13 deste mês, o organismo vaticano promoveu um congresso sobre migrantes, refugiados e vítimas do tráfico na sede da Caritas Internacional. O encontro contou com a presença de bispos, diretores de comissões da Pastoral dos Migrantes e Refugiados das Conferências Episcopais dos cinco continentes.

Antes de participar, nesta quarta-feira (14/06), da Audiência Geral com o Papa Francisco, a ministra concedeu uma entrevista ao colega Alessandro Gisotti. 

Catherine: “Para mim é uma experiência incrível ver o interesse do Papa e do Vaticano sobre temas importantes para os canadenses, como o ambiente e mudanças climáticas, mas também sobre questões ligadas aos migrantes e refugiados e os objetivos de desenvolvimento sustentável. Penso que o resultado dessa minha visita será a oportunidade para nós de trabalhar de maneira mais estreita com o Vaticano nos âmbitos que para o nosso Governo são muito importantes.” 

O primeiro-ministro Justin Trudeau é muito comprometido com os temas do ambiente. Quanto é importante o compromisso da Igreja e do Papa em favor do ambiente e sobre tema das mudanças climáticas?

Catherine: “Penso que a liderança do Papa seja extraordinária a propósito de tutela do ambiente e mudanças climáticas. Acredito que isso seja muito importante. De fato, falamos com um grande número de pessoas sobre os desafios que estamos enfrentando. Temos um único Planeta. Portanto, é necessário que trabalhemos juntos. Acredito que o Papa tenha a oportunidade única de envolver os católicos do mundo para que trabalhem sobre isso. Estou convencida de que os gestos de cada pessoa tenham um impacto sobre o Planeta. Sobre isso devemos refletir profundamente. Outro compromisso deve ser o do apoio aos pobres: os pobres que vivem nos países subdesenvolvidos sofrem os efeitos das mudanças climáticas.” 

O Papa Francisco afirmou várias vezes que cuidar do ambiente significa também cuidar dos pobres. Para o Papa, existe uma ligação entre degradação ambiental e pobreza. O que a senhora pensa sobre isso?

Catherine: “Concordo plenamente. Infelizmente, as pessoas menos capazes de se tutelar são aquelas que mais sofrem com os impactos das enchentes, incêndios nas florestas, seca e pelo dissolução do Ártico, no que tange ao Canadá. São muitas vezes pessoas que vivem na pobreza. Vimos no Canadá que a mudança climática requer também uma boa política social, pois é necessário ajudar as pessoas de modo que possam enfrentar melhor as consequências das mudanças climáticas.” 

Poucos dias atrás a senhora estava, em Bolonha, no G7 sobre o ambiente. Depois do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sair do acordo de Paris, quais são agora as perspectivas em relação ao compromisso de enfrentar as mudanças climáticas?

Catherine: “Não obstante a posição do administrador estadunidense, que foi inoportuna, todos os outros estão comprometidos. Fiquei muito aliviada quando vi não somente outros países membros do G7 comprometidos no combate às mudanças climáticas, mas também Estados, nos Estados Unidos, cidades, empresas e várias pessoas no mundo que afirmam que esta é a nossa única ocasião. Tenho três filhos e a pergunta é: que futuro quero para eles”?

(MJ)

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Roma: Papa Francisco abre trabalhos do Congresso eclesial diocesano

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco abrirá os trabalhos do Congresso eclesial diocesano, na próxima segunda-feira (19/06), às 19h locais, na Basílica de São João de Latrão, em Roma, sobre o tema “Não os deixemos sós! Acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes”. 

Serão apresentados os temas das seis oficinas que serão realizadas no dia seguinte, terça-feira, nas 36 circunscrições da diocese. Os seis temas são: “Casa e vida familiar”, “Escola e estudo”, “Interagir com a solidão das redes sociais”, “Relação entre gerações”, “A precariedade da vida: pobreza, sofrimento e morte”, e “Superar o isolamento das famílias”.

Estará presente no encontro o novo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Dom Angelo De Donatis, nomeado pelo Papa Francisco em 26 de maio passado. Também estarão presentes bispos auxiliares, sacerdotes, religiosos e centenas de leigos provenientes de várias realidades eclesiais da Diocese de Roma.
 
As perspectivas para o novo ano pastoral, fruto do congresso que terá início na próxima segunda-feira, serão delineadas no encontro de 18 de setembro próximo, nessa mesma basílica papal. 

O atual Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, encerrará o evento. Ele concluirá o seu mandado no final deste mês.
 
Os participantes do congresso receberão um subsídio com diretrizes úteis ao debate. A primeira parte é introdutiva e contêm referências amplas à Exortação Apostólica pós-sinodal ‘Amoris laetitia’. A segunda parte é composta por perguntas, com o objetivo de não se distanciar da concretude da vida e da realidade pastoral, e formular propostas.

(MJ)

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Dom Arbolerius e Antje Jackelén presenteiam Papa com ícone de São Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – O Bispo Dom Anders Arbolerius – a ser criado Cardeal em 28 de junho – acompanhado pela Arcebispa da Igreja Luterana da Suécia Antje Jackelén, presentearam o Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira com um ícone de São Francisco de Assis ( 65 cm x 52 cm), pintado pelo artista católico sueco Lars Germard.

O presente foi também em agradecimento pela visita do Pontífice a Lund, em 2016, no marco das celebrações do V centenario da Reforma Protestante.

Primeiro bispo católico sueco desde a Reforma

Dom Anders Arbolerius é o primeiro bispo católico nascido sueco desde a Reforma de Lutero e será, a partir de 28 de junho, o primeiro Cardeal escandinavo da história da Igreja.

Convertido do luteranismo aos 20 anos, por influência das meditações sobre a carmelita Santa Teresa de Lisieux, também ele tornou-se um religioso carmelita.

Em entrevista à Agência Zenit, o prelado comentou que “a Igreja Católica na Suécia aumenta a quantidade de seus filos, ou pelas conversões ou pela imigração católica. Alguns suecos – observou -  a maioria homens, também se convertem depois de casar com esposas imigrantes de religião católica”.

Declaração Comum, pedra fundamental no caminha da unidade

Já a Arcebispa Jackelén, antes de viajar a Roma para o encontro desta quarta-feira, declarou por telefone à Zenit que “a Declaração Conjunta sobre a Justificação, assinada pela Igreja Luterana e a Igreja Católica romana em 31 de outubro de 1999, foi uma pedra fundamental no camino para a unidade dos cristãos”.

“Foram 50 anos de trabalhos entre a Igreja Católica e a Luterana” – sublinhou – destacando a importância de que também “a Igreja Metodista tenha aceitado esta Declaração conjunta, que merece um grande reconhecimento”.

“Há muito trabalho a ser feito – reconhece a Arcebispa – e não por acaso, na visita a Lund, o Arcebispo Arbolerius e eu mesma nos perguntamos quando seria o momento em que luteranos e católicos poderiam celebrar a Eucaristia juntos”.

Ela acrescentou que quer manter contato com Roma, o que qualifica de “solidário em um sentido de vocação comum como líderes religiosos de suas respectivas Igrejas”.

Em seu site, o artista Lars Germard explica que o ícone de São Francisco foi pintado em 2016 a pedidos das Igrejas Católica e Luterna da Suécia, como um presente comum, de valor ecumênico, para o Papa Francisco em sinal de gratidão pela sua visita à Suécia.

(JE/Zenit)

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Igreja no Brasil



Londrina tem novo Arcebispo: Dom Geremias Steinmetz

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Cidade do Vaticano (RV) – Londrina, no Paraná, tem seu novo Arcebispo Metropolitano: o Papa Francisco nomeou para o cargo Dom Geremias Steinmetz, até então Bispo de Paranavaí (PR).

Dom Geremias Steinmetz nasceu em fevereiro de 1965 em Sulina, Diocese de Palmas-Francisco Beltrão (PR). Recebeu a ordenação sacerdotal em 9 de fevereiro de 1991 e foi incardinado na sua Diocese de origem. Foi nomeado Bispo de Paranavaí em janeiro de 2011 e ordenado em março do mesmo ano. No âmbito da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é Membro do Conselho Permanente e Vice-Presidente do Regional Sul 2 (Estado do Paraná). 

A Arquidiocese de Londrina estava vacante desde a nomeação de Dom Orlando Brandes como Arcebispo de Aparecida (SP). Desde 21 de janeiro de 2017, o Administrador Apostólico era o Bispo de Cornélio Procópio (PR), Dom Manoel João Francisco. 

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Igreja na América Latina



Primeiro Ministro de Trinidad e Tobago condena ataque a sacerdote

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Porto of Spain (RV) - O Primeiro Ministro de Trinidad e Tobago, Dr. Keith Rowley, condenou o ataque e o assalto a um popular sacerdote católico, que realiza trabalho com jovens para tirá-los do crime.

O Padre Clive Harvey foi roubado por três homens sob a ameaça de uma arma quando rezava o terço às 6 da manhã na Igreja São Martinho, região leste de Port-of-Spain.

Limites

Em uma declaração, o Primeiro Ministro Rowley disse que o ataque ao sacerdote "por homens armados, é um episódio triste que representa o pior que possa existir em nossas comunidades”.

"Não obstante as dificuldades que se possa encontrar na vida, existem limites que não devem ser ultrapassados. Infelizmente, há pessoas que escolheram a conduta criminosa como forma de vida e essas pessoas, independentemente de suas circunstâncias, devem ser condenadas nos termos mais fortes, como eu também faço agora ".

Rowley disse que esses meliantes têm pais “e espero que em algum lugar neste país hoje existam alguns pais que sintam vergonha, pois refletem, em particular, o que mais eles poderiam ter feito para evitar que um destes cidadãos se comportasse dessa maneira desprezível".

Arquidiocese de Port-of- Spain

Uma declaração emitida pela Arquidiocese de Port-of- Spain observou que o Padre Harvey foi amarrado e roubado por três homens que ameaçavam matá-lo.

A nota acrescenta que o sacerdote, que anteriormente foi capelão na Universidade das Índias Ocidentais (UWI) e Pároco na área conturbada de Laventille / Morvant, está ativamente envolvido em programas sociais e comunitários. Ele havia passado a noite na igreja para prepare-se para uma palestra no Seminário do São João Vianney e os Mártires de Uganda.

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México: aumenta violência contra sacerdotes e religiosos

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Tijuana (RV) – O sacerdote mexicano Juan Antonio Zambrano García, da Arquidiocese de Tijuana, recupera-se lentamente da agressão sofrida na sexta-feira, 9 de junho, na Paróquia San Pedro e San Pablo onde é pároco. Ele foi ferido com golpes de faca e chave-de-fenda.

Em nota enviada à Agência Fides, o Arcebispo de Tijuana, Dom Francisco Moreno Barron, expressou preocupação pelos vários atos de violência ocorridos recentemente, em particular, porque não é a primeira vez que acontece este tipo de crime.

No dia 15 de maio, o sacerdote diocesano Padre José Miguel Machorro havia sido esfaqueado no altar, ao final da Missa, na Catedral da Cidade do México.

Violência contra sacerdotes e religiosos em aumento

Padre Omar Sotelo, paulino, Diretor do Centro Católico Multimídia, divulga anualmente um relatório sobre violência e homicídios contra sacerdotes e religiosos no México. Ele considera que este novo ataque em Tijuana é mais um de uma longa série de atos criminosos que há diversos anos se verificam contra membros da Igreja Católica.

“A violência contra o clero aumentou nos últimos anos, sem que tenham sido observada ações concretas para detê-la. A população está permanentemente exposta à criminalidade, o sabemos bem, mas agora, sobretudo o sacerdócio tornou-se um ministério perigoso. No decorrer dos últimos nove anos, no México é o país com o maior número de padres assassinados”, afirmou o sacerdote.

De fato, nos últimos cinco anos, foram mortos 17 sacerdotes no México, outros dois continuam desaparecidos, sem falar nas tentativas de sequestros.

O Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Francisco Robles Ortega, denunciou na Missa celebrada no último domingo no Santuário de los Martires, o aumento da violência, recordando também o roubo do carro de um sacerdote, que foi ameaçado com uma pistola e uma faca por dois indivíduos.

“Por sorte, o Padre permaneceu sereno – disse o Cardeal – mas entre eles havia uma incitação à violência. Isto revela a situação a que estão expostos todos os cidadãos, em uma estacionamento, em pleno dia. Não estamos seguros pela proteção que as autoridades deveriam garantir”. (JE)

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Igreja no Mundo



Noruega: Praça adjacente à Catedral será dedicada a João Paulo II

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Oslo (RV) – A praça adjacente à nova Catedral católica de Santo Olavo, em Trondheim, Noruega, será dedicada a São João Paulo II.

O anúncio foi dado pelo Bispo Bernt Eisvig, após a breve cerimônia em que a placa comemorativa que recorda a viagem de João Paulo II aos países nórdicos em 1998 foi colocada no campanário do novo prédio da Catedral.

A placa estava na antiga Catedral, que foi destruída e reconstruída. A nova catedral foi consagrada em 19 de novembro de 2016.

Os procedimentos administrativos junto à Prefeitura local para dedicar a Praça ao Papa polonês, ainda exigirão cerca de dois meses. Neste sentido, a Diocese já se prepara para celebrar o acontecimento no outono.

JP II lançou as bases para o diálogo ecumênico

O Papa abriu as portas para a cooperação ecumênica no nosso país quando visitou a Noruega. Depois da visita do Papa, o diálogo entre as nossas duas grandes Igrejas, Luterana e Católica, melhorou; ele lançou as bases para o diálogo excelente que temos hoje”, declarou no site da Diocese Albert Vold, ecônomo da Diocese que acompanhará os trâmites burocráticos na Prefeitura local.

Para o Bispo Eisvig, este acontecimento “será particularmente significativo para a parte polonesa da comunidade e fortalecerá as relações com ela”.

Santo Olavo

Olavo II Haraldsson, também conhecido como Olavo, o Santo, foi rei da Noruega de 1015 a 1028. De origem viking, converteu-se ao cristianismo na cidade de Ruão e esteve a serviço do rei exilado Etelredo II de Inglaterra. (JE)

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Dia Mundial dos Pobres: Superior dos Paulinos garante adesão

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Cidade do Vaticano (RV) - Repercute em toda a Igreja a iniciativa do Papa Francisco de convocar um Dia Mundial dos Pobres e celebrá-lo no próximo dia 19 de novembro.

A Congregação dos Paulinos, por exemplo, aderiu imediatamente. Padre Valdir de Castro, eleito em fevereiro passado Superior Geral, comenta a mensagem escrita pelo Papa para a ocasião e explica o papel específico dos Paulinos neste âmbito. Ouça: 

“O Papa Francisco, ao estabelecer o Dia Mundial dos Pobres, chama a atenção da Igreja e de toda a sociedade para esta realidade humana que deve ser enfrentada com responsabilidade. Na sua mensagem para o Dia Mundial dos Dia MPobres, que tem como tema ‘Não amemos com palavras, mas com obras’, ele nos recorda que a pobreza nos interpela todos os dias com pessoas marcadas pelo sofrimento, pela marginalização, pela opressão, pela violência, pela falta de trabalho, pela escravidão e por tantas outras formas de sofrimento”.

“Nós paulinos, com a nossa missão específica no campo da comunicação, nos sentimos evidentemente interpelados, com toda a Igreja, a anunciar o Evangelho e a denunciar toda a realidade que provoca marginalização e pobreza. Nossa parte, como paulinos, é justamente contribuir com a Igreja com as várias linguagens da comunicação, trabalhando juntos para a construção de uma mentalidade nova na sociedade, na qual predominem a justiça e a conquista de vida para todos”.

(AG/CM)

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Argélia: mesquita no local de igreja demolida

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Argel (RV) –  Em 9 de junho, com o aval da Assembleia  Municipal Popular, foi demolida uma igreja católica no centro da cidade de Sidi Moussa, a 25 km de Argel.  No local será construída uma mesquita e uma escola corânica, segundo antecipou o Prefeito da cidade.

A ação recorda a destruição de uma igreja no centro de Jijel ou da bela igreja de uma cidadezinha nas proximidades de Sidi Moussa, para implantar no local uma praça.

Para as autoridades locais, o templo “corria o risco de desabar”, por isto foi demolido, com o uso de uma retroescavadeira.

O Ministro dos Assuntos Religiosos nada fez para impedir a demolição, que desrespeita os cristãos argelinos, uma minoria - cerca de 10 mil. De fato, 98,5% da população é muçulmana.

O Artigo 36 da Constituição do país garante liberdade de consciência e contempla a liberdade de culto “nos limites da lei”, mesmo se não indicado de maneira explícita no texto.

Os artigos 2 e 10 estabelecem, respectivamente, que o Islã é a religião oficial de Estado e é proibido às instituições estatais agir contra a moral islâmica.

(JE com informações da Ag. Asianews)

 

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Mongólia: nasce nova paróquia dedicada à Divina Misericórdia

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Ulaanbaatar (RV) – Na Solenidade da Santíssima Trindade, em 11 de junho, a pequena Igreja Católica na Mongólia ganhou uma nova paróquia.

Trata-se da Igreja da Divina Misericórdia, em Erdenet, 380 km ao norte da capital Ulaanbaatar, instituída como paróquia pelo Bispo Dom Wenceslau S. Padilla, CICM, Prefeito Apostólico de Ulaanbaatar.

A nova paróquia é uma das três que serão criadas por ocasião da celebração em 2017 dos 25 anos de presença católica na Mongólia, o que demonstra o crescimento contínuo dos batizados mongóis.

Início: acompanhar os 3 católicos da cidade

A comunidade da Divina Misericórdia teve início em 2013, quando o missionário congolês Pe. Prosper Mbumba, CICM (Congregação do Coração Imaculado de Maria, também chamados de Missionários de Scheut) começou a  acompanhar os três católicos que viviam naquela cidade.

O objetivo era assegurar e acompanhar estas pessoas em sua vida de fé para que “não fossem como ovelhas sem pastor”, revela à Agência Fides o sacerdote, que na época supervisionava uma escola materna, estrutura pré-escolar para crianças necessitadas, gerida pela Congregação do CICM desde 2002.

“Naquele tempo – conta à Fides o Padre Prospar Mbumba – uma vez por mês celebrava a Eucaristia com os três católicos. Recordo que, em uma ocasião em que estava com confrades, éramos mais sacerdotes do que fiéis. Em 2013, na véspera do Natal, celebrei a Missa para duas pessoas e no dia de Natal com três fiéis”.

Divina Misericórdia

“Passo por passo – prossegue – a comunidade cresceu, pois os três fiéis começaram a levar amigos, parentes, conhecidos. Desde 2015 a comunidade se reúne a cada domingo e assim nasceu a ideia de pedir o reconhecimento institucional. Em 2016, durante o Ano Jubilar da Misericórdia, o governo local concedeu a permissão legal (o que é necessário) para esta comunidade cristã. Este é o motivo pelo qual a comunidade assumiu o nome de Divina Misericórdia”.

Igreja na Mongólia: olhar para o futuro com esperança

O desejo hoje é “criar e viver uma comunidade participativa onde sacerdotes e leigos possam irradiar o Evangelho e dar a conhecer a presença do Senhor às pessoas de Erdenet”, declarou o Bispo Wenceslau Padilla, ao dirigir sua afetuosa saudação aos fiéis da nova paróquia.

Padre Prosper Mbumba agora é o primeiro pároco e, por ocasião da celebração, um adulto foi batizado e recebeu o Sacramento da Confirmação e da Eucaristia”.

Esta igreja já celebrou um matrimônio e seis batizados. Muitas pessoas, jovens e adultos, seguem atualmente cursos de catecismo.

“A Igreja Católica na Mongólia, com seus 1.300 batizados e um sacerdote nativo, olha para o futuro com confiança”, conclui Padre Mbumba. (JE)

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Para episcopado camaronês, Bispo de Bafia foi assassinado

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Iaundê (RV) – Os Bispos da República dos Camarões, reunidos em Assembleia Plenária extraordinária na terça-feira (13/06) para analisar a trágica e estranha morte do Bispo de Bafia, Dom Jean Marie Benoît Bala, afirmam em uma declaração final não terem dúvidas tratar-se de um “brutal assassinato” e não de um suicídio.

Para os prelados, a sua morte “é mais um homicídio em Camarões (…) onde o clero é particularmente perseguido por forças obscuras e malvadas”.

Entenda o caso

Na quarta-feira, 31 de maio de 2017, o carro de Dom Jean Marie Benoît Bala, Bispo de Bafia, foi encontrado parado sobre a ‘Pont de l’Enfance’, na localidade Ebebda, no sentido de Bafia. O bispo não estava no automóvel.

Guiada por uma estranha mensagem encontrada no banco direito da frente do carro, ao lado de sua carteira de identidade e de outros itens pessoais, os bombeiros passaram a realizar buscas no fundo do rio, num trabalho que prosseguiu até a manhã de sexta-feira, 2 de junho.

O corpo acabou sendo encontrado por pescadores a poucos quilômetros da Ponte das Crianças em um lugar chamado Tsang, tendo sido resgatado pelas Forças de Defesa.

O corpo foi identificado por Dom Piero Pioppo, Núncio Apostólico em Camarões, Dom Samuel Kleda, Presidente da Conferência Episcopal e Dom Jean Mbarga Yaoundé, na presença de autoridades civis e administrativas, incluindo o governador da Região Central. O corpo foi levado para o Hospital Geral Yaounde.

“No momento – diz o documento dos bispos -  o corpo está à disposição das autoridades judiciais para a investigação das circunstâncias, as causas exatas e autores deste crime odioso e inaceitável”.

Diversas “mortes misteriosas”

Os Bispos da República dos Camarões citam no documento final diversos detalhes sobre as circunstâncias da morte do Bispo de Bafia, ao mesmo tempo em que recordam outras mortes misteriosas e nunca esclarecidas, como a de Dom Yves Plumey (Ngaoundéré - 1991), Padre Joseph Mbassi (Yaoundé - 1988), Padre Antony Fontegh (Kumbo-1990), as Irmãs de Djoum - Marie Germaine e Marie Léone - (1992) e Padre Engelbert Mveng (Yaoundé - 1995). (JE)

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Dom Sabbah: povo de Gaza é vítima da irracionalidade do Ocidente

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Jerusalém (RV) - A condição dramática em que vive a população da Faixa de Gaza, penalizada nos últimos dias por uma ulterior suspensão do fornecimento de energia elétrica, não se explica somente segundo dinâmicas da política regional. Sua raiz última é representada pela total “irracionalidade” das políticas ocidentais que tiveram efeitos devastadores em toda a região, “do Iraque á Síria”.

Foi o que afirmou à agência missionária Fides o patriarca emérito do Patriarcado Latino de Jerusalém. Dom Michel Sabbah. Depois que o governo israelense decidiu reduzir o fornecimento de energia elétrica na Faixa de Gaza, os dois milhões de habitantes concentrados naquele território palestino governado pelo movimento islâmico Hamas poderão utilizar a corrente elétrica por apenas três horas por dia.

O ministro israelense para a segurança, Gilad Erdan, recordou que foi a Autoridade nacional palestina, rival de Hamas, a decidir “reduzir significativamente” os pagamentos pelo fornecimento feito por Israel.

“Esse caso, declarou o patriarca Sabbah “é certamente sinal da irracionalidade de todos os responsáveis políticos da região. Irracionalidade de Israel e dos próprios palestinos, das autoridades do Egito e das outras lideranças da região. Mas antes disso há a responsabilidade inicial na política mundial aplicada nessa região, sobretudo por parte dos EUA e dos outros países do Ocidente.

“Semearam a morte e querem perseguir até o fim seus intentos, que permanecem obscuros, e que talvez agora se voltam também para a guerra contra o Irã”, ressaltou ainda Dom Sabbah. (RL)

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Formação



O verdadeiro sentido da Liturgia

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje sobre “o verdadeiro sentido da liturgia”. 

A constituição Sacrosanctum Concilium - promulgada pelo Papa Paulo VI no dia 4 de dezembro de 1963, no final da segunda sessão conciliar - centra-se em torno da Liturgia, que é analisada pelos Padres conciliares sob "uma tríplice dimensão teológica, eclesial e pastoral: a liturgia é obra da redenção em ato, celebração hierárquica e ao mesmo tempo comunitária, expressão de culto universal, que envolve toda a criação".

Os padres conciliares descrevem ainda a Liturgia como "a primeira e necessária fonte onde os fiéis hão de beber o espírito genuinamente cristão".

A mesma Constituição,  afirma que Jesus instituiu o sacrifício da Santa Missa, a fim de perpetuar nos séculos, até a sua volta, o sacrifício da cruz, como nos explica o Padre Gerson Schmidt, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre:

“A constituição dogmática Sacrosanctum Concilium – no número 47 - afirma que Jesus instituiu o sacrifício da Santa Missa, a fim de perpetuar nos séculos, até a sua volta, o sacrifício da cruz[1]. Por isso, o “sacrifício dos cristãos não pretende completar o sacrifício da cruz, porém, torná-lo presente, atualizá-lo, desenvolver no hic et nunc (aqui e agora) a sua dimensão interna”[2]. No número 06 desse precioso documento Sacrossanctum Concilium – a constituição dogmática pilar de toda a valorização e renovação litúrgica -  está um título significativo: “A obra da salvação continuada pela Igreja realiza-se na liturgia”.

Começa dizendo assim esse número 06 da Sacrosanctum Concilium: “Portanto, como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também ele enviou os apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só porque, pregando o Evangelho a todos os homens anunciassem que o Filho de Deus com a sua morte e ressurreição nos livrou do poder de satanás e da morte e nos transferiu para o reino do Pai, mas também para que levassem a efeito, por meio do sacrifício e dos sacramentos, sobre os quais gira toda a vida litúrgica, a obra de salvação que anunciavam”.

Aqui já vemos que essa obra da salvação é continuada na liturgia da Igreja. A Igreja perpetua a salvação de Cristo na sua ação sacramental e também querigmática. Na liturgia, de maneira especial, se perpetua e se atualiza a redenção de Cristo, a sua Páscoa pela humanidade. E continua o documento da renovação litúrgica nesses termos: “Assim pelo batismo os homens são inseridos no mistério pascal de Cristo: com ele mortos, sepultados, e ressuscitados; recebem o espírito de adoção de filhos, “no qual clamam: Abba, Pai ” (Rm 8,15), e se tornam assim verdadeiros adoradores que o Pai procura. Do mesmo modo, toda vez que come a ceia do Senhor, anunciam a sua morte até que venha. Por esse motivo, no próprio dia de Pentecostes, no qual a Igreja se manifestou ao mundo, “os que receberam a palavra” de Pedro “foram batizados”. E “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comum fração do pão e na oração… louvando a Deus e sendo bem vistos por todo o povo” (At 2,41-47). Desde então, a Igreja jamais deixou de reunir-se para celebrar o mistério pascal: lendo “tudo quanto nas Escrituras a ele se referia” – palavras de Jesus aos discípulos de Emaús – em Lc 24,27, celebrando a eucaristia na qual “se representa a vitória e o triunfo de sua morte” e, ao mesmo tempo, dando graças “a Deus pelo seu dom inefável” (2Cor 9,15) em Cristo Jesus, “para louvor de sua glória” (Ef 1,12) por virtude do Espírito Santo”(SacrosanctumConcilium, 06).

A liturgia, portanto, é a celebração por excelência do Mistério Pascal de Cristo agora realizado em nossas vidas, em nossa história concreta, na atualidade da vida concreta dos que ali celebram a salvação. Portanto, se pudéssemos resumir numa só palavrinha o que vem a ser a Eucaristia, não seria “sacrifício”, como pretenderia aqueles padres altareiros do século XII. Não será a palavra “adoração e louvor” como poderiam pretender os carismáticos. Não seria “unidade e comunhão” como poderiam sugerir os focolarinos. Não seria “rito de expiação” como poderiam pretender a ordem dos padres penitentes e confessores. Que nenhum desses grupos se sintam aqui atingidos, pois todas essas realidades também fazem parte da liturgia. Mas a palavra que melhor define a Eucaristia é MISTÉRIO PASCAL, como é a definição conciliar, mistério este recordado, renovado e atualizado em cada banquete eucarístico que é celebrado em qualquer canto de nosso planeta”. 

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[1] SC, 47.

[2] BETZ, J. Em MysteriumSalutis 8. In: Dicionário de Liturgia, Organizado por DominicoSartore e Achille M. Triancca, Paulus, SP, 1992, p. 1078. 

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S. Félix do Araguaia: o agronegócio e a ameaça ao paraíso

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Cidade do Vaticano (RV) - Hoje vamos ao Mato Grosso, a São Félix do Araguaia. Localizada a 1.200 km da capital, Cuiabá, são necessárias por terra, 15 horas de viagem desde Goiânia, ou pelo ar, três horas de Brasília, mas o voo é caro. Banhada pelo rio Araguaia, a paisagem abastece de verde os olhos de quem chega. São Félix é lugar de povos indígenas que tomam banho no rio, é lugar de água, de praias de água doce, animais e árvores frondosas, mas infelizmente, de agronegócio também.

Em meio a três ecossistemas nativos, Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal, surgem os alqueires de soja e milho, cada vez mais... Hoje, os plantios chegam até Vila Rica, na divisa com o estado do Pará, impactando a população. O nosso hóspede, Dom Adriano Ciocca, é o bispo da Prelazia de São Félix. Ouça aqui: 

“De um lado, isto trouxe melhores condições, por exemplo, das estradas, que têm necessidade de escoar milhões de toneladas de soja e de milho. Assim, a infraestrutura das estradas foi mais cuidada. Por outro lado, a pressão em cima dos pequenos proprietários aumentou muito porque o preço da terra subiu muito. Cinco anos atrás, um alqueirão (quase cinco hectares) valia 11, ou 12 mil reais. No final de 2016, um alqueirão agricultável valia entre 60 e 70 mil reais”.

Segundo Dom Adriano, esta situação, aliada ao pouco incentivo que o governo oferece à agricultura familiar, ameaça a sobrevivência dos pequenos produtores no mercado.

“Uma família que tem 8, 10 alqueires quando recebe uma oferta de 500, 600 ou até 700 mil reais tudo de uma vez, é uma tentação que é praticamente impossível resistir. Esta pressão é muito forte e ajuda o despovoamento da área rural e a concentração de terras em mãos de grandes grupos, grandes fazendas”.

A Igreja, com uma equipe da CPT, acompanha as atividades produtivas, aperfeiçoando a produção e propiciando assim um retorno econômico que justifique a permanência destas famílias em suas terras.

“Estamos tentando também acompanhar alguns sindicatos de trabalhadores rurais e associações para ver se conseguimos recompor o tecido de organização da sociedade civil, que está extremamente fragilizado na região. Os pequenos, se não têm uma organização forte, não têm como pensar e enfrentar as problemáticas que estão aparecendo. Este é outro trabalho que está sendo feito. Estamos também tentando acompanhar os casos de violência no campo, de trabalho escravo... infelizmente ainda surgem denúncias neste campo”. 

(SP/CM)

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Porta Aberta à missão com o Pe. Maurício Jardim

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Cidade do Vaticano (RV) – O convidado desta quarta-feira (14/06) do Programa "Porta Aberta" é o Diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil, Pe. Maurício da Silva Jardim.

O sacerdote da Arquidiocese de Porto Alegre esteve em Roma para participar da Assembleia anual das POM e visitou os estúdios da Rádio Vaticano.

Encontro com o Papa

Na entrevista que concedeu ao Programa Brasileiro, Pe. Maurício faz um balanço da Assembleia, onde um dos temas em debate, afirma ele, foi o termo “territórios de missão”, para sua possível atualização no futuro. O Diretor das POM fala ainda do que disse e ouviu do Papa Francisco, no encontro realizado no Vaticano em 3 de junho.

Ao comentar os desafios da missão no Brasil, o sacerdote informa sobre os preparativos para o 4º Congresso Missionário Nacional em Olinda, Recife, e relata a sua experiência missionária.

Ouça aqui: 

 

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