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Sumario del 15/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Migração: Igreja tece novas formas de colaboração

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Cidade do Vaticano (RV) – A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o comunicado final do Seminário sobre migrantes, refugiados e vítimas do tráfico humano, realizado nos dias 12 e 13 de junho, em Roma.

Participaram do encontro bispos, 36 delegados de 21 Conferências Episcopais, três representantes da Secretaria de Estado e das Missões Permanentes da Santa Sé em Nova Iorque e em Genebra. O evento foi promovido pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para a Desenvolvimento Humano Integral.

Contexto migratório atual

Os participantes debateram os principais desafios apresentado pelo contexto migratório atual e as respostas imediatas, a médio e longo prazo que a Igreja pode dar em nível diocesano, nacional e regional.

Importância relevante foi dada à preparação dos chamados “Global Compacts 2018”, dois pactos globais que a comunidade política internacional pretende aprovar no decorrer do ano de 2018 a fim de estabelecer critérios basilares para uma migração internacional disciplinada, segura, regular e responsável.

Este tipo de migração, afirma o comunicado, “é possível somente quando as pessoas são realmente livres de permanecerem em seu próprio lugar de origem”.

Experiência intensa e complexa

Das explanações feitas, “emergiu claramente quanto a realidade vivida pelas pessoas que são obrigadas a fugir seja muito mais intensa e complexa do que se possa imaginar”.

Para facilitar a comunicação e a colaboração entre as realidades eclesiais presentes nos cinco continentes, a Seção Migrantes e Refugiados convidou os participantes a utilizarem um nova plataforma digital, que permitirá compartilhar recursos em tempo real, reunir as melhores práticas e cooperar ativamente na definição de ações futuras.

Enfrentar juntos os desafios

“Foram dois dias de trabalho intenso, mas os resultados superaram amplamente as expectativas. Enfrentando juntos os desafios, tudo parece mais simples e a fé em Jesus Cristo permite superar toda adversidade, olhando para o futuro com mais esperança”, lê-se ainda no comunicado.

CNBB

Representando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), participou a leiga scalabriniana Elizete Sant’Anna de Oliveira, da Caritas do Paraná, que fala da organização da Igreja brasileira em prol dos migrantes:

 
 

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Primaz luterana com o Papa: renovamos compromisso com a unidade

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Cidade do Vaticano (RV) – Entre as presenças na Audiência Geral de quarta-feira (14/06), uma delegação ecumênica sueca guiada pelo novo Cardeal Anders Arborelius e pela Arcebispa luterana de Uppsala Antje Jackelen.

Gratidão

“Viemos da Suécia para expressar nossa gratidão após o histórico encontro em Lund, e do qual nasceu uma certa sinergia entre luteranos e católicos”, afirmou Antje Jackelen após o encontro.

“Foi um belo momento. A alegria em nos reencontrarmos foi recíproca” afirmou ela, ao comentar o reencontro com o Santo Padre na Praça São Pedro, momento em que lhe foi presenteado um ícone de São Francisco de Assis pintado por um artista sueco.

Frutos ecumênicos do encontro em Lund

O encontro de 2016 na Suécia foi realmente histórico e suscitou iniciativas no campo ecumênico.

“Em Lund já se tornou um encontro fixo, realizado mensalmente, a celebração das Vésperas ecumênicas em uma paróquia católica ou na catedral luterana”, contou Antje Jackelen na entrevista concedida ao Vatican Insider, explicando que “existem encontros frequentes entre grupos de jovens luteranos e católicos que querem aprofundar o conhecimento recíproco e comprometerem-se juntos em algumas áreas.”

A Arcebispa de Uppsala falou ainda da existência de um Conselho Cristão das Igrejas, “que está trabalhando em favor daquela unidade de que falava o Papa”.

A este respeito, Jackelen recordou as palavras do Papa Francisco, de que “a unidade se faz caminhando. A unidade se torna visível um passo após outro, seguindo em frente juntos”.

Maior motivação dos jovens

“Os jovens – sublinhou – acreditam muito nisto, têm este desejo forte de celebrar juntos a Eucaristia. Vejo que da parte deles existe um impulso maior” se comparado aos adultos, mesmo porque os jovens expressam este desejo de outra forma, e no final das contas, “o futuro são eles”.

Primeiro Cardeal dos países nórdicos

E referindo-se a Dom Arborelius, a Arcebispa luterana também expressou sua alegria, assim como de todo o país, pelo novo Cardeal. “Era chegada a hora de que também os católicos dos países nórdicos tivessem uma representação aqui em Roma, que representa a universalidade da Igreja. É um sinal importante”.

Rezar um pelo outro

Antje Jackelen revela que ao final do encontro com o Papa Francisco, ele pediu a ela para que “rezemos um pelo outro”, tendo sido também renovado o compromisso assumido em Lund. “Depois o Papa sorriu e me saudou com o polegar para cima”.

(JE com Vatican Insider)

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Card. Baldisseri: envolver jovens o mais possível no caminho sinodal

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Cidade do Vaticano (RV) - A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos lançou esta quarta-feira (14/06) um site web – youth.synod2018.va – em preparação para a XV Assembleia Geral Ordinária, que terá como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, a realizar-se no Vaticano em outubro de 2018.

Razões da iniciativa

Falando à agência católica Sir, o secretário geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, explicou as razões da iniciativa.

A decisão da Secretaria Geral do Sínodo de abrir um site internet e de propor nele um questionário a todos os jovens, sem exceção, responde à exigência de envolvê-los o mais possível no caminho sinodal que a Igreja está fazendo sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

Participação sempre mais consciente e envolvente

Com o site, por um lado se quer dar instrumentos que possam fazer com que a participação deles se torne sempre mais consciente e envolvente. Por outro lado, se quer dar visibilidade às iniciativas que os têm como protagonistas.

Por meio do site são colocadas na rede informações, conhecimentos, experiências e iniciativas – explica ainda o purpurado.

Questionário: jovens possam fazer ouvir a sua voz

O questionário, ao invés, é o instrumento mediante o qual os jovens podem fazer ouvir a sua voz, sua sensibilidade, sua fé, mas também suas dúvidas e suas críticas, a fim de que o grito deles chegue aos pastores, assim como o Papa os convidou a fazer na Carta que lhes endereçou no início do caminho sinodal.

O questionário que se encontra no site é diferente do que se encontra no Documento Preparatório. É diferente quer em suas finalidades, quer nas perguntas. De fato, dirige-se diretamente aos jovens convidando-os a ‘contar’ sua vida, seus desejos, seus temores.

Como veem a si mesmos e o mundo em torno deles

Através das perguntas propostas, os jovens podem apresentar-se, dizer como veem a si mesmos e o mundo em torno deles, como vivem as relações com os outros e como se colocam em relação às escolhas de vida.

Pede-se a eles que se expressem acerca da relação com a religião, a fé e a Igreja. A última série de perguntas focaliza a atenção sobre a presença deles na web. Na conclusão do questionário são convidados a dizer algo de si que não lhes foi perguntado, acrescenta o Cardeal Baldisseri. As respostas deverão ser enviadas para a Secretaria Geral até 30 de novembro próximo. (RL/Sir)

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Encontro no Vaticano: criar mentalidade que combata a corrupção

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Cidade do Vaticano (RV) – Expoentes da Igreja, da magistratura e  de associações reuniram-se esta quinta-feira no Vaticano, para um grande debate internacional sobre a corrupção, buscando, de forma interdisciplinar, criar sinergias para combater este fenômeno. 

O evento – realizado na Casina Pio IV - foi organizado pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, em colaboração com a Pontifícia Academia das Ciências Sociais. No centro da discussão, o esboço do documento “Identidade e objetivos”.

O Cardeal Peter Turkson falou à RV sobre os objetivos do encontro:

“Por isto pensamos neste evento: em substância, trata-se de enfrentar um fenômeno que leva a pisar na dignidade das pessoas por outros motivos. Nós queremos dizer que não se pode nunca pisar, negar, criar obstáculos para a dignidade das pessoas. Portanto, cabe a nós, com este dicastério, saber proteger e promover o respeito pela dignidade da pessoa. E por isto procuramos chamar a atenção para este tema”.

As conclusões do encontro, na parte da tarde, foram confiadas ao Secretário delegado do Dicastério, Dom Silvano Maria Tomasi:

“É para sensibilizar a opinião pública, para começar a identificar passos concretos que possam ajudar a chegar a políticas e leis que possam impedir a corrupção, porque a corrupção é como um verme que se infiltra nos processos de desenvolvimento de países pobres ou países ricos, e que arruína as relações entre instituições ou entre pessoas. Assim, o esforço que estamos realizando é o de criar uma mentalidade, uma cultura que combata a corrupção para promover o bem comum”.

Também o Presidente da Autoridade italiana anticorrupção, Raffaele Cantone, falou sobre o valor deste encontro:

“Pela primeira vez é uma instituição que fala sobre o tema, instituição que tem uma grande importância também como magistério moral, porque nós consideramos que o tema da corrupção deva ser enfrentado também, e sobretudo, no plano da batalha cultural e deve ser enfrentado com uma lógica que não é somente aquela nacional. Acredito que disto tenha se encarregado a Igreja, e sobretudo o Papa. É uma mensagem fundamental a ser enviada a todo o mundo: a corrupção acaba por enfraquecer ainda mais os pobres e representa um furto do futuro, sobretudo em relação aos mais vulneráveis”.

(JE/DD)

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Dom Gaenswein sobre Bento XVI: presença silenciosa e ativa na oração

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Cidade do Vaticano (RV) – “Quer estar lá para rezar, para ajudar e para agradecer, assim como preparar-se para aquilo sobre o que tantas vezes escreveu e pregou em sua vida”.

Palavras do Prefeito da Casa Pontifícia, Arcebispo Georg Gaenswein, ao pronunciar-se na “Sala della Lupa” da Câmara dos Deputados, em Roma, durante a apresentação do livro “Joseph Ratzinger – Bento XVI. Imagens de uma vida”, de autoria de Maria Giuseppina Buonanno e Lucca Caruso, por ocasião dos 90 anos do Papa emérito.

“Todas as tardes damos uma pequena caminhada que inicia e termina diante da Gruta de Lourdes, nos Jardins Vaticanos, e rezamos o terço. Antes era uma longa caminhada, agora o raio se reduziu, mas a força do coração aumentou”.

“A presença do Papa emérito – disse o seu Secretário particular – é muito silenciosa e muito bem quista por tantas pessoas, e sobretudo ativa na oração. Não falando, fala: é um falar em modo silencioso que, acredito, faça bem a muitas pessoas, faz muito bem à Igreja e ao povo de Deus”.

“O Papa leu o livro com grande prazer, grande atenção e grande admiração”, assegurou Dom Georg ao falar sobre o livro apresentado na quarta-feira.

“Pelo 90º aniversário, parece que o mundo, não somente católico, quis dar um belo presente ao Papa emérito com estes livros onde existe muito afeto, apoio, encorajamento e gratidão”, afirmou o Prefeito da Casa Pontifícia.

“As saudações e as felicitações que chegam a ele por meio dos livros lhe fazem muito bem e lhe agradam muito, sobretudo este, que se lê com os olhos e com o cérebro, também graças às fotos inéditas que ajudam a entrar em toda a vida de Joseph Ratzinger”.

(JE/SIR)

 

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Papa: corrupção, câncer que mata o homem e a sociedade

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi lançado nesta quinta-feira(15/06), o livro-entrevista do prefeito do dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, e Vittorio V. Alberti, com o prefácio do Papa Francisco, intitulado “Corrosão”. 

“A corrupção, na sua raiz etimológica, define uma dilaceração, uma ruptura, decomposição e desintegração. A corrupção revela uma conduta antissocial tão forte que dissolve as relações e os pilares sobre os quais se fundam uma sociedade: a coexistência entre as pessoas e a vocação a desenvolvê-la”, escreve o Papa. 

Coração corrupto

Segundo o Pontífice, “a corrupção quebra tudo isso, substituindo o bem comum com o interesse pessoal que contamina toda perspectiva geral. Nasce de um coração corrupto. É a pior praga social, pois cria problemas graves e crimes que envolvem todas as pessoas”. 

“A palavra corrupção recorda o coração fragmentado e manchado por algo, como um corpo arruinado que entra num processo de decomposição e exala mau cheiro”, sublinha Francisco. 

A seguir, o Papa faz uma série de perguntas: “O que há na origem da exploração do ser humano contra outro ser humano? O que há  na origem da degradação e da falta de desenvolvimento? O que há na origem do tráfico de pessoas, de armas e drogas? O que há na origem da injustiça social e da mortificação do merecimento? O que há na origem da ausência de serviços para as pessoas? O que há na raiz da escravidão, do desemprego, da negligência das cidades, do bem comum e da natureza? O que destrói o direito fundamental do ser humano e a integridade do ambiente? A corrupção é a arma, a linguagem mais comum das máfias e das organizações criminosas do mundo.”

Cultura de morte

Segundo Francisco, “a corrupção é um processo de morte que dá linfa à cultura de morte das máfias e organizações criminosas. Existe uma profunda questão cultural que deve ser enfrentada. Hoje, muitas pessoas não conseguem imaginar o futuro. Para um jovem, hoje, é difícil crer realmente em seu futuro, em qualquer futuro, e o mesmo para sua família. Essa nossa mudança de época, tempo de crise muito vasto, mostra a crise mais profunda que envolve a nossa cultura. Nesse contexto, a corrupção deve ser enquadrada e entendida em seus vários aspectos. Todos estamos expostos à tentação da corrupção”.

“A corrupção tem na origem o cansaço da transcendência, como a indiferença. Por isso, o corrupto não pede perdão. A Igreja deve ouvir, elevar-se e inclinar-se sobre a dor e sofrimento das pessoas segundo a misericórdia e deve fazer isso sem ter medo de purificar-se, buscando sempre o caminho para se melhorar”, ressalta o Papa, citando o teólogo francês Henri de Lubac: “O maior perigo para a Igreja é a mundanidade espiritual, portanto, a corrupção, que é mais desastrosa que a lepra infame.”

“A nossa corrupção é a mundanidade espiritual, a tepidez,  a hipocrisia, o triunfalismo, o fazer prevalecer somente o espírito do mundo em nossas vidas e o sentido de indiferença”, destaca Francisco. 

Beleza

Segundo o Pontífice, o antídoto contra a corrupção é a "beleza", que “não é um acessório cosmético, mas algo que coloca no centro a pessoa humana para que ela possa levantar a cabeça contra todas as injustiças. Essa beleza deve casar-se com a justiça”.

“Nós, cristãos e não cristãos, somos flocos de neve, mas se nos unirmos, podemos nos tornar uma avalanche: um movimento forte e construtivo”, ressalta Francisco. “Eis o novo humanismo, este renascimento, esta recriação contra a corrupção que podemos realizar com audácia profética.”
 
“Devemos trabalhar todos juntos, cristãos e não cristãos, pessoas de todos os credos e ateus para combater esta forma de blasfêmia, este câncer que mata as nossas vidas. É preciso tomar consciência urgentemente. Para isso, são necessárias educação e cultura da misericórdia. É necessária também a colaboração de todos, segundo as próprias possibilidades, talentos e criatividade”, conclui o Papa.

(MJ)

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Vaticano: apresentado projeto "Melhorando a Guatemala"

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Cidade do Vaticano (RV) - Um grupo de empresários guatemaltecos pertencente ao Comitê Coordenador de Associações Agrícolas, Comerciais, Industriais e Financeiras (Cacif) se reuniu com vários organismos vaticanos para falar sobre a agenda social que o setor privado desenvolve no país.
 
Nesta quarta-feira, o grupo se encontrou com o Secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher, com Flaminia Giovanelli, do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, com Guzmán Carriquirry, da Pontifícia Comissão para a América Latina, com o Mons. Francisco Javier Froján Madero, da Secretaria de Estado, com o Presidente da Associação Caridade Política, Alfredo Luciani, e com a Vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, Paloma García Ovejero. 
 
Há vários anos, os empresários estão trabalhando com organismos sociais e com o Governo em projetos para o desenvolvimento integral do país. Eles criaram o programa “Melhorando a Guatemala” dividido em três áreas: “Guatemala próspera, Guatemala segura e Guatemala solidária” com a ideia de gerar mais emprego, mais inversões no país, e uma nação mais segura e solidária com um nível de migração reduzido ao mínimo. 

Para mais informações, consulte o site do Cacif.  

(MJ)

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Igreja no Brasil



Diocese de Óbidos apresenta série 'Bioma Vida' no YouTube

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Óbidos (RV) - O Setor Diocesano de Comunicação Midiática da Diocese de Óbidos, no Pará, está lançando uma série de vídeos apresentando a realidade dos povos tradicionais da região do Baixo Amazonas, suas lutas e desafios com as constantes ameaças por parte dos projetos de construção de hidrelétricas e da exploração por mineradoras.

Estreia da série foi em 1º de junho

A série “Amazônia, Bioma Vida” estreou  no canal do You Tube da diocese com um primeiro episódio em que mostra uma criação de abelhas sem ferrão e sua importância para o meio ambiente, as famílias criadoras e a sustentabilidade em geral.

A Diocese de Óbidos se situa no oeste do estado, tem uma área geográfica de 182.000 Km², onde vivem 250.000 pessoas, das quais se estima que 200.000 sejam católicos.

Em 22 de janeiro de 2012, a Prelazia de Óbidos foi elevada à Categoria de Diocese de Óbidos. Desde 2009, o Bispo é Dom Bernardo Johannes Bahlmann, OFM. O assessor para a comunicação é Francisco Garcia.

Confira aqui:

(CM)

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Igreja no Mundo



Conferência Episcopal dos EUA cria grupo de trabalho sobre imigração

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Indianapolis (RV) - Um grupo de trabalho sobre imigração da Conferência Episcopal dos Estados Unidos “pediu mais solidariedade aos migrantes e uma atenção pastoral às pessoas em risco, buscando conter o medo exagerado”, disse o Arcebispo de Los Angeles, Dom José H. Gomez, aos bispos estadunidenses reunidos na plenária, em Indianapolis, Estado de Indiana.

O prelado é o presidente do grupo criado na plenária de novembro passado para desenvolver “atividades de apoio pastoral, espiritual e política aos refugiados e migrantes”.

O grupo colocou à disposição das dioceses material informativo, educacional e propostas. Além disso, respondeu às ordens executivas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de janeiro passado, sobre segurança interna, cidades santuário, que recebem imigrantes, e reassentamento dos refugiados, aos atos legislativos como o Bridge Act que alivia as medidas de repatriação para os jovens que entram no programa de proteção internacional e se uniu aos católicos que trabalham no setor.
 
Segundo o Bispo de Austin, Dom Joe Vásquez, Presidente da Comissão para os Migrantes, é necessário “transmitir uma visão global para a reforma da migração, elaborar um quadro mais completo do que significa justiça e do que significa misericórdia em relação aos migrantes e refugiados de nosso país”.

“Devemos ir além da simples reação às várias propostas negativas que vimos ultimamente, levantar e apoiar as questões que para nós têm prioridade”, concluiu Dom Vásquez. 

Para mais informações, consulte o site Justiça para Imigrantes da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

(MJ)

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Congresso Eucarístico de Angola: A Missa é fonte da reconciliação

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Huambo (RV) –  O Presidente do Comitê Pontifício para os Congressos Eucarísticos Internacionais afirmou quarta-feira,  em Angola, que a Missa é “a fonte” da “reconciliação” e do “diálogo construtivo com os povos e as culturas”, numa época de extremismos e “violência insensata”.

Dom Piero Marini abriu o I Congresso Eucarístico Nacional de Angola, que realiza-se na cidade do Huambo até ao dia 18 de junho, realizado após 3 dias de um simpósio sobre o tema "Reconheceram-no ao partir do Pão”.

“Na Eucaristia encontra-se a fonte desse processo histórico de mudança que se chama reconciliação, a fonte do diálogo construtivo com os povos e as culturas, com as religiões, com os pobres, os jovens e os que estão distantes”, afirmou o bispo italiano.

Para o Presidente deste organismo da Santa Sé, na Eucaristia “ganha forma o rosto da Igreja de hoje, chamada a oferecer ao país a cooperação sincera para chegar à fraternidade universal”.

Dom Piero Marini sustentou que os cristãos, quando se reúnem na Eucaristia, inserem-se “nos lugares da fraqueza e da cruz” para “partilhar e curar”, referindo-se aos “os problemas do trabalho, da coabitação pacifica, da justa distribuição dos bens”, que têm na sua origem a “migração dos povos”, os “extremismos contrapostos”, a “violência insensata”.

“É nestas provações, e noutras ainda mais desumanas, que os cristãos celebram o memorial da cruz e tornam vivo e presente o Evangelho do Servo entregue por amor”, sublinhou, desafiando os batizados a construírem uma “cultura eucarística” onde sejam “servidores dos pobres”.

Dom Piero Marini sustentou que o Sacramento da Eucaristia “dá uma ajuda para pôr em andamento processos históricos de renovação”, sublinhando que a “salvação social” deve traduzir-se “numa cultura eucarística capaz de inspirar o compromisso dos cristãos no campo da família, da caridade, da solidariedade, da paz, da ecologia, da comunidade humana”.

“Este primeiro Congresso Eucarístico dá-nos a possibilidade de dar início a novos projetos de crescimento da comunidade cristã, à volta de valores partilhados para dar vida a uma sociedade verdadeiramente solícita pelo bem comum”, disse o presidente do Comité Pontifício para os Congressos Eucarísticos Internacionais.

O Primeiro Congresso Eucarístico Nacional de Angola é organizado pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) para assinalar os 150 anos da segunda fase da evangelização de Angola, onde o Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, é o enviado extraordinário do Papa Francisco.

(Com Agência Ecclesia)

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Jovens católicos alemães participarão em massa de questionário sindal

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Berlim (RV) - “Acolhemos com grande satisfação que o Vaticano tenha lançado este amplo processo de consulta”: assim se expressa o presidente nacional da Federação dos Jovens Católicos Alemães, Wolfgang Ehrenlechner, sobre a publicação on-line da sondagem sobre o Sínodo para os jovens.

Conferência episcopal e Federação juvenil traduzirão sondagem para o alemão

O texto foi até então publicado em inglês, francês, italiano, espanhol e português. Proximamente se terá também a versão em alemão. Wolfgang expressou porém uma crítica sobre esse aspecto: “esperávamos que todos os jovens pudessem participar diretamente na própria língua após a publicação”, disse ele, informando que o próximo passo será a colaboração entre a Conferência episcopal alemã e a federação dos jovens católicos alemães para uma tradução a ser colocada em rede, que estará prontamente inserida no site oficial do Sínodo.

Jovens alemães deverão participar em massa

Para Wolfgang, a participação dos jovens alemães será maciça: “É importante que o maior número possível de jovens na Alemanha participe e partilhe com a Igreja aquilo que espera dela e aquilo que lhes interessa e esperamos que as respostas sejam amplamente inseridas nas discussões sinodais”, disse o presidente dos jovens católicos alemães.

Muitas perguntas são difíceis

Referindo-se ao questionário, Wolfgang evidenciou que “muitas perguntas não são fáceis de responder”. Mas me sinto feliz porque é uma sondagem muito ampla: em 60% do questionário o Vaticano quer saber como os jovens imaginam a vida e seu futuro. Depois as perguntas dizem respeito à fé e àquilo que se espera da Igreja”. (RL/Sir)

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Bispos da Bósnia-Herzegóvina: direitos e liberdades no país

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Sarajevo (RV) - O Conselho permanente da Conferência episcopal da Bósnia-Herzegóvina reuniu-se esta segunda-feira (12/06) em Sarajevo, presidido pelo arcebispo da capital bósnia, Cardeal Vinko Puljić.

É o que informa o site da Conferência episcopal aludindo aos temas que foram objeto dos trabalhos e indicando que “foram retomadas as conclusões da 69ª Assembleia ordinária da Conferência episcopal realizada nos dias 21 e 22 de março passado em Mostar.

Apoiar liberdades fundamentais de todos os cidadãos

Na ocasião os bispos dirigiram um apelo “aos representantes políticos do povo croata a apoiar com todos os meios democráticos a tutela e a promoção dos direitos e das liberdades fundamentais de todos os cidadãos da Bósnia-Herzegóvina e a trabalhar pela paridade do povo croata com as outras etnias”, a etnia bósnia (de religião muçulmana) e a etnia sérvia (ortodoxa).

Colaboração entre religiosos e leigos na pastoral

Em Sarajevo, os bispos retomaram também os conteúdos “do XII Encontro entre os bispos e os membros da Conferência dos superiores maiores, realizado em 28 de abril passado”, que tinha discutido o tema da colaboração entre leigos e religiosos na pastoral, e o “da reunião dos bispos com os Provinciais franciscanos na Bósnia-Herzegóvina”.

Integração entre católicos bósnios e croatas

A Igreja católica na Bósnia tem feito um esforço contínuo no sentido de buscar uma integração cada vez maior nas comunidades locais entre católicos bósnios e católicos croatas. Ademais, foi definida a pauta da próxima assembleia plenária que se realizará nos dias 13 e 14 de julho próximo em Banja Luka.

Também são membros do Conselho permanente, além do arcebispo de Sarajevo, Cardeal Vinko Puljić – que é presidente dos bispos da Bósnia –, o vice-presidente da Conferência episcopal, Dom Tomo Vukšić; o bispo auxiliar de Sarajevo, Dom Pero Sudar; e o secretário geral da Conferência episcopal, Dom Ivo Tomašević. (RL/Sir)

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Maria, Mãe de Jesus é o novo nome de mesquita em Abu Dhabi

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Dubai (RV*) - Os católicos e fiéis de outras religiões receberam com imensa alegria a notícia publicada no jornal "Gulf News", informando que sua alteza, Sheik Moamé Bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi e Deputado Supremo das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos, ordenou que o nome da mesquita Sheik Maomé Bin Zayed, em Al Mushrif, Abu Dhabi, fosse mudado para “Mariam, Umm Eisa”- em árabe, Maria, Mãe de Jesus. 

A mudança foi ordenada, no dia 14 de junho, para “consolidar os laços de humanidade entre os seguidores de religiões diferentes”.

A Sheikha Lubna Al Qasimi, Ministra de Estado para a Tolerância, agradeceu ao Sheik Maomé Bin Zayed pelas sábias diretrizes, na realização dessa iniciativa que marca um exemplo brilhante e projeta uma bela imagem de tolerância e convivência de que gozam os Emirados Árabes Unidos.

Líderes religiosos e autoridades foram unânimes em ressaltar o espírito de tolerância baseado na justiça e fraternidade entre os habitantes do país.

A Mesquita Maria, Mãe de Jesus está localizada ao lado da Catedral Católica São José, da Catedral Santo António da Igreja Copta e próxima à Igreja Anglicana Santo André , em Abu Dhabi, capital do país.

Assim, os Emirados Árabes Unidos continuam dando o exemplo de coexistência pacífica e cooperação, em toda a região do Golfo Pérsico.

*Missionário Pe. Olmes Milani CS

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Formação



Dom Adriano Ciocca: do sertão ao manancial do Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – Prosseguimos a nossa visita virtual, mas solidária, à Prelazia de São Felix do Araguaia, no Mato Grosso, com o bispo, Dom Adriano Ciocca. Este “Povo de Deus no Sertão”, como afirma a Prelazia, procura viver e anunciar a Boa Nova do Evangelho com alegria, jeito humilde e paixão, acolhendo o Reino de Deus e contribuindo em sua construção.

A prelazia de São Félix foi erigida em 1969, pelo Papa Paulo VI e desde então, luta ao lado deste povo nos campos da justiça, dos direitos humanos, na política, no sindicato, no movimento popular e na militância ecológica em busca de uma sociedade igualitária e solidária e de uma Terra-Mãe preservada.

As maiores dificuldades na organização de uma pastoral de longo prazo

No âmbito da formação de uma comunidades participativa e organizada, as dificuldades são várias e persistentes.Ouça Dom Adriano: 

“Nossas maiores dificuldades hoje são a instabilidade: se trabalha, mas quando se começa a formar um grupo, uma comunidade, depois de um, dois ou três anos, muitas vezes não encontramos mais as pessoas, ou elas são mudadas. Estas contínuas mudanças são muito difíceis de gerir”.

“Outro problema grande para a nossa prelazia é a mudança de agentes de pastoral. Da prelazia mesmo, temos pouquíssimas pessoas, leigos, religiosos e padres (temos um só incardinado na prelazia, os outros são religiosos ou fidei donum emprestados de outras dioceses). Então, quem não é do lugar e é ligado à congregação ou a outra diocese, permanece alguns anos, mas em qualquer momento pode ser chamado pelo superior ou pelo bispo de origem. Isto também fragmenta muito o trabalho. Pensar num projeto pastoral a longo prazo é extremamente difícil. Isto também limita muito as possibilidades”.

Com 155 mil km2 de território, as distâncias também constituem um problema logístico e econômico, pois geram também um desgaste dos carros, complicando ulteriormente o trabalho. No entanto, nada disso altera o estado de espírito do bispo. Dom Adriano se maravilha ainda com a riqueza de recursos do meio ambiente...

Espírito de adaptação 

“Desde que vim da Itália em 1979 permaneci no Nordeste por 33 anos, em Floresta do Navio, na caatinga de Pernambuco, que é a região semiárida mais seca de Pernambuco. Depois de 33 anos de sertão, eu me sinto mais nordestino do que italiano”.

“Quando cheguei ao Mato Grosso, tive a reação que creio a maioria dos nordestinos tinham e têm quando chegam aqui. Vindo de uma região seca, sem água, com dificuldades para tudo e muita pobreza, vendo este lugar onde tem muita água, árvores grandes e sempre verdes, com ainda pesca, caça, a gente acha que chegou no paraíso...”.

(SP/CM)

 

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Pe. Sidnei Dornelas: Concílio aponta para forma de se pertencer à Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” inicia nesta edição a participação do assessor da Comissão para Ação Missionária da CNBB, Pe. Sidnei Marco Dornelas (religioso da Congregação dos Missionários de São Carlos, também conhecidos como carlistas ou scalabrinianos), nosso convidado destes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Em sua primeira abordagem Pe. Sidnei nos traz suas considerações sobre a receptividade e implementação do Concílio por parte da Igreja na América Latina. Inicialmente, diz-nos considerar que a América Latina foi, talvez, o continente que acolheu com mais entusiasmo o que o Vaticano II estava propondo: “uma Igreja voltada para os pobres, atenta aos sinais dos tempos, que procura se aproximar do povo. Uma Igreja que procura viver nessa dinâmica do anúncio e da implementação do Reino de Deus na história”.

Diz-nos ainda que o continente latino-americano teve grandes profetas mesmo no meio de seu episcopado “e tudo isso é motivo de ação de graças para nós”. Muito mais do que um conteúdo, “o Concílio aponta justamente para uma mentalidade de Igreja, uma forma de pertencer à Igreja que a gente tem que de certa forma trabalhar”, afirma ainda nosso convidado. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Artigo: Católicos rezam pelo Brasil

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Rio de Janeiro (RV) - Vivenciando a 91ª Semana Eucarística em nossa arquidiocese com o tema “Somos família de Deus”, que nos preparou para o dia solene de Corpus Christi, tivemos os vários grupos, comunidades, movimentos, associações, clero, padres e diáconos, seminaristas e tantas outras representações com seu tempo de adoração eucarística para os pedidos de paz para nossa nação.

A CNBB recordou nestes dias o pedido de nossa Assembleia Geral em fazer do Dia de Corpus Christi uma “Jornada de Oração pelo Brasil”, que tem nos inícios o seguinte pedido:

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

“Estamos indignados diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana”. 

Durante a Semana Eucarística tivemos vários momentos de adoração, com vários grupos, associações, comunidades que se sucedem neste Santuário Arquidiocesano, adorando a Jesus na Eucaristia, refletindo particularmente que somos, como batizados, família de Deus. O nosso compromisso enquanto família de Deus é inserir todos os batizados no anúncio, no testemunho e na vivência do Evangelho e deste compromisso evangelizador. No dia da adoração das crianças da catequese, pastoral vocacional e alguns ministérios, entre os quais o da consolação e da esperança, pudemos refletir um pouco sobre a necessidade de sermos sinais de esperança em tempos melhores neste momento nacional.

A Palavra de Deus do dia da semana nos norteou, na reflexão neste momento importante da história que vivemos, para poder sair às ruas e anunciar que conosco está Jesus vivo, com a Santa Eucaristia no Dia de Corpus Christi. O livro de Tobias (Tb 12,1.5-15.20) nos lembra a situação de uma família no exílio, longe de sua terra, que conserva os valores, as tradições, as festas do seu povo. A leitura fala da intervenção do anjo, que falará de tudo que Tobit viveu: quando deixou a mesa para sepultar os mortos, a maldição de Sara e seus maridos, e a bênção no casamento de Sara com Tobias.

Nós estamos num mundo contrário aos valores cristãos e que nos critica e ataca e, em alguns lugares, mata os cristãos. De certa forma, hoje estamos num exílio existencial, ou seja, vivemos em um país de maioria cristã onde somos condenados ao silêncio obsequioso de opiniões porque temos uma fé, além das tantas contestações e legislações e decisões judiciárias contra os valores cristãos. Descobrimos que apesar de viver em terras que no início se celebrou uma primeira missa ao chegarem os portugueses no Brasil, hoje, infelizmente, se vive uma ideologia em que se confunde o estado laico com o laicismo e que querem impedir as pessoas de viverem com coerência a sua fé. Mais maléfico ainda é o conceito de que quem tem fé é um cidadão “alienado e de segunda categoria”. Na realidade querem sepultar as raízes cristãs de nosso país e, consequentemente sepultar a ética da vida cotidiana. Este é um plano ideológico e filosófico que já entrou na mentalidade em geral pelos meios de comunicação, pela educação e que se faz cultura hoje. Isso tem sido divulgado muito pelas mídias sociais. A Igreja deve pensar seu papel e sua missão para manifestar a verdade que anunciamos com o Cristo Ressuscitado, pois sabemos que nEle está a via e salvação.

Tobias (ou Tobit) e Sara estavam em lugares adversos, não confortáveis, mas não impediram, mesmo sob ameaça, de continuar a viver sua fé. Ele arriscou a sua própria vida para fazer o bem. A palavra é categórica: “Pois bem, quando tu e Sara fazíeis oração, eu apresentava o memorial da vossa prece diante da glória do Senhor. E fazia o mesmo quando tu, Tobit, enterravas os mortos. Quando não hesitaste em levantar-te da mesa, deixando a refeição e saindo para sepultar um morto, fui enviado a ti para te pôr à prova. Mas Deus enviou-me, também, para te curar a ti e a Sara, tua nora. Eu sou Rafael, um dos sete anjos que permanecem diante da glória do Senhor e têm acesso à sua presença”. (Cf. Tb 12,12-15)

Diante das pressões contrárias de um Estado que quer manipular as crianças e adolescentes nas escolas, os pais são chamados para orientarem seus filhos na evangelização e educação da nossa fé. Isso não podemos renunciar, apesar de uma minoria barulhenta que quer constranger a maioria dos batizados.

Não é tão simples e tão fácil hoje anunciar os valores cristãos. Vamos, pois, proclamar o valor da vida, o valor do matrimônio, o valor da vida religiosa, que num passado não muito distante era imbuído no clima do país e era natural em nossas famílias. Com as ideologias ateias e contra a vida cristã vai se tentando apagar na cultura, na educação e na sociedade para que se apaguem os valores cristãos, indo contra a vontade dos pais.

Quando não se leva em consideração a ética, o amor ao outro, o respeito pela pessoa humana se colhe este quadro sombrio em que vivemos na vida pública do país, e da violência e guerras no mundo. Somos chamados a testemunhar a nossa fé em meio das contradições da nossa vida, tendo consciência de que estes valores cristãos são essenciais na vivência da nossa fé.

Vamos viver na simplicidade, na abertura, e tomar cuidado com os doutores da lei, conforme alerta o Evangelho: Jesus dizia, no seu ensinamento, à multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso, eles receberão a pior condenação”. (Cf Mc 12,38-40)

Lembremos do óbolo da viúva: as moedinhas simples da viúva agradaram a Deus muito mais, porque ela deu tudo o que tinha.

Sejamos como a viúva que doa, com generosidade, tudo o que tem. Nossa vida deve ser uma vida de simplicidade, de doação, doar o seu tempo, que servem, que se colocam a serviço. A viúva pobre faz tudo. No Evangelho “Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas”. “Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”. (Cf. Mc 12,41-44)

Somos chamados neste mundo, em que vivemos quase que exilados, para que possamos, com o pouco que temos, ser o nosso tudo para continuar servindo, anunciando e proclamando a Palavra de Deus.

Vamos celebrar, com grande entusiasmo, a Solenidade de Corpus Christi (dia de preceito), antecedida com a 91ª. Semana Eucarística, manifestando nossa adesão a Cristo e seus ensinamentos. Hoje, quando em alguns lugares algumas pessoas fazem vandalismos com a Santa Eucaristia, queremos ser uma grande multidão para testemunhar no Rio de Janeiro que Jesus, caminhando conosco, na Eucaristia, está vivo. Ele é a pedra angular, a mais importante da humanidade, que faz o bem e caminha nos caminhos de Jesus, que são os caminhos da verdade, da justiça e da paz!

Como nos pede a CNBB na oração pelo Brasil:

“Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Vosso filho Jesus está no meio de nós no Santíssimo Sacramento, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas. Seguindo o exemplo de Maria, queremos permanecer unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo. Amém”!

Como grande “família de Deus”, celebremos com alegria a Solenidade de Corpus Christi!

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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Atualidades



Entre Bardos e Druidas: cartas de um músico e de um jesuíta

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Cidade do Vaticano (RV) – “Entre Bardos e Druidas – cartas de um músico e um jesuíta sobre a esperança”: este é o título do livro escrito pelo músico Guilherme de Sá e o jesuíta Bruno Franguelli, que acaba de ser lançado, em publicação da Editora Planeta.

Com o prefácio do Pe. Fábio de Melo, a obra é dirigida de modo especial aos jovens. Trata-se de e-mails que os dois amigos trocaram de junho a setembro de 2016.

Em entrevista ao Programa Brasileiro, Bruno afirma que o livro “nasce de uma amizade”, e tem como metáfora a caravela:

“Através de uma viagem, com seus obstáculos, com suas tempestades que surgem pelo mar, vamos tocando em pontos difíceis da nossa vida, da nossa existência pessoal, das dificuldades que enfrentamos na nossa realidade, no mundo de hoje, na juventude, na política, e retomamos algo que consideramos importante da nossa própria memória pessoal, da nossa infância. Já nas primeiras páginas, o leitor é convidado a fazer uma viagem conosco e esta é a metáfora que predomina em todo o livro”.

Os autores

Bruno Franguelli está concluindo seus estudos teológicos na Pontifícia Universidade Gregoriana. Depois de mais de três anos em Roma – período no qual colaborou com o Programa Brasileiro –, no final de junho regressa ao Brasil para ser ordenado sacerdote.

Guilherme de Sá é cantor solo e vocalista da banda de rock Rosa de Saron.

Ouça aqui a entrevista completa: 

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