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Sumario del 16/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "O poder de Deus nos salva das fraquezas e dos pecados"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Tomar consciência de sermos frágeis, vulneráveis e pecadores: somente a potência de Deus salva e cura. Foi a exortação do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de sexta-feira (16/06) na Casa Santa Marta.   

Nenhum de nós ‘pode se salvar sozinho’: precisamos do poder de Deus para sermos salvos. O Papa Francisco refletiu sobre a Segunda carta aos Coríntios, em que o apóstolo fala do mistério de Cristo dizendo “temos um tesouro em vasos de barro” e exorta todos a tomar consciência de serem ‘barro, frágeis e pecadores’: sem o poder de Deus – recordou, não podemos prosseguir. “Temos este tesouro de Cristo – explicou o Papa – em nossa fragilidade... nós somos barro”, porque é o poder, a força de Deus que nos salva, que nos cura, que nos ergue. É esta, no fundo, a realidade de nossa fraqueza”.

A dificuldade de admitir nossa fragilidade

“Todos nós somos vulneráveis, frágeis, fracos, e precisamos ser curados. Ele nos diz: somos afligidos, abalados, perseguidos, atingidos: é a manifestação da nossa fraqueza, é a nossa vulnerabilidade. E uma das coisas mais difíceis na vida é admitir a própria fragilidade. Às vezes, tentamos encobri-la para que não se veja; ou mascará-la, ou dissimular... O próprio Paulo, no início deste capítulo, diz: ‘Quando caí em dissimulações vergonhosas’. Dissimular é vergonhoso sempre. É hipocrisia”.

Além da ‘hipocrisia com os outros’ – prosseguiu Francisco – existe também a ‘comparação com nós mesmos’, ou seja, quando acreditamos ‘ser outra coisa’, pensando ‘não precisar de curas ou apoio’. Quando dizemos: “não sou feito de barro, tenho um tesouro meu”.

“Este é o caminho, é a estrada rumo à vaidade, à soberba, à autorreferencialidade daqueles que não se sentindo de barro, buscam a salvação, a plenitude de si mesmos. Mas o poder de Deus é o que nos salva, porque Paulo reconhece a nossa vulnerabilidade:

Paulo e a vergonha da dissimulação

‘Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia. Existe algo em Deus que nos dá esperança. Somos postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados’. É o poder de Deus que nos salva. Sempre existe esta relação entre o barro e o poder, o barro e o tesouro. Nós temos um tesouro em vasos de barro, mas a tentação é sempre a mesma: cobrir, dissimular, não admitir que somos barro... a hipocrisia em relação a nós mesmos”.

O apóstolo Paulo – destacou o Papa – com este modo de pensar, de raciocinar, de pregar a Palavra de Deus, nos conduz a um diálogo entre o tesouro e a argila. Um diálogo que continuamente devemos fazer para sermos honestos”. Francisco citou o exemplo da confissão, ‘quando dizemos os pecados como se fossem uma lista de preços no supermercado’, pensando em “clarear um pouco o barro” para sermos mais fortes. Ao invés, temos que aceitar a fraqueza e a vulnerabilidade, mesmo que seja difícil fazê-lo: é aqui que entra em jogo a ‘vergonha’.

“É a vergonha, aquilo que aumenta o coração para deixar entrar o poder de Deus, a força de Deus. A vergonha de ser barro e não um vaso de prata ou de ouro. De ser de argila. E se chegarmos a este ponto, seremos felizes. O diálogo entre o poder de Deus e o barro. Por exemplo, no lava-pés, quando Jesus se aproxima de Pedro e este lhe diz: ‘Não, a mim não Senhor, por favor’. O que? Pedro não tinha entendido que era de barro, que precisava do poder do Senhor para ser salvo”.

Reconhecer nossas fragilidades e obter a salvação

É na generosidade que reconhecemos ser vulneráveis, frágeis, fracos, pecadores. Somente quando aceitamos ser de barro – concluiu o Papa – “o extraordinário poder de Deus virá a nós e nos dará a plenitude, a salvação, a felicidade, a alegria de sermos salvos, recebendo assim a alegria de sermos ‘tesouro’ do Senhor. 

(CM)

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Papa nomeia Secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre nomeou Secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral o Rev. Bruno Marie Duffé, do clero da Arquidiocese de Lyon.

Nascido em 21 de agosto de 1951, em Lyon, França, Bruno Marie Duffé foi ordenado sacerdote em junho de 1981. Obteve o doutorado em Filosofia do Direito e Ética Social em 1996.

Desde 1982 foi docente em Teologia Moral e Doutrina Social da Igreja na Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Lyon e no Centro jesuíta de Baume les Aix.

Desde 2005 é professor de Ética Social e Sanitária no Centro Regional de Luta contra o Câncer Léon Bérard, de Lyon.

É co-fundador e Diretor do Instituto dos Direitos Humanos da Universidade Católica de Lyon (1985-2004), que contribuiu ativamente para criação da Cátedra UNESCO sobre direitos das minorias. 

Atualmente é Conselheiro Espiritual regional dos Empreendedores e Dirigentes Cristãos, Capelão nacional do Comité Catholique contre la Faim et pour le Développemente (CCFD – Terre Solidare), Membro do Conselho Justiça e Paz/França e Diretor do Certificat Universitaire da Pastoral da Saúde, na Universidade Católica de Lyon, para a formação dos capelães do hospital e dos responsáveis da pastoral sanitária.

É autor de publicações sobre o tema dos direitos humanos. Participou, na qualidade de especialista neste âmbito, de diversas missões internacionais com o mandato dos Altos Comissariados das Nações Unidas para os Direitos do Homem – HCDH e para os Refugiados - HCR, em colaboração com várias ONGs, entre as quais Caritas, Terre des Hommes e Médicos Sem fronteiras.

Além do francês, fala fluentemente inglês, espanhol e italiano. (JE)

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Igreja no Brasil



Igreja no Brasil: ações em prol de imigrantes venezuelanos no país

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Brasília (RV) - O número de venezuelanos que solicitaram refúgio no Brasil cresceu vertiginosamente nos últimos meses. Os dados são do Ministério da Justiça e revelam que até março de 2017 cerca de 8.231 venezuelanos pediram refúgio no país, o número já supera os seis anos anteriores.

O refúgio é uma proteção legal para estrangeiros que sofrem perseguição em seu país de origem por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. No caso dos venezuelanos, o número aumentou devido os últimos acontecimentos envolvendo o país, como a crise econômica e política vivenciadas no atual governo.

Povo indígena Warao

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) cerca de 30 mil imigrantes estão em território brasileiro e 2 mil destes são do povo indígena venezuelano Warao, um dos mais antigos do Delta do Oniroco, no nordeste da Venezuela. Eles buscam refúgio no Brasil especialmente em Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Pacaraima (RR) por serem consideradas cidades fronteiriças com a Venezuela.

Acompanhando de perto as iniciativas de atenção aos imigrantes venezuelanos, o Instituto Migrações e Direitos Humanos, entidade social e sem fins lucrativos, vinculado à Congregação das Irmãs Scalabrinianas constatou que em Manaus (AM) há um abrigo promovido pelo Estado, onde até o dia 7 de junho, cerca de 300 pessoas estavam abrigadas. No centro da cidade há 6 casas e um pequeno hotel, onde a estimativa é de que estejam vivendo 200 pessoas.

Em Pacaraima (RR), o Instituto afirma que a situação é grave, pois há em torno de 140 indígenas Warao, entre os quais muitas crianças vivendo na rua. Também constatou que circula a informação de que o Exército, a pedido do Governo Federal, transferiu para a localidade cerca de 40 barracas a serem montadas para abrigar os imigrantes Waroa, principalmente no início do período das chuvas. 

Neste contexto, a Igreja e a sociedade civil tem a proposta de implementar algumas iniciativas por lá, como o serviço de café da manhã para 150 imigrantes indígenas; erguimento de um abrigo temporário ao lado Igreja Matriz e uma força tarefa para documentar os imigrantes, inclusive os indígenas.

Em Boa Vista (RR), o Instituto garante que a sociedade civil continuará apoiando os imigrantes no atendimento e preparação da documentação para obtenção de protocolo de refúgio ou de residência provisória. Para a viabilização desta ação, o Instituto Migrações e Direitos Humanos de Brasília assume o repasse de alguns valores. Ainda de acordo com a entidade, continuarão sendo oferecidas bolsas subsistência de acordo com os critérios de vulnerabilidade previstos nas orientações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Campanha #CoraçãoAberto

A Igreja Católica no Brasil tem participado também das audiências locais com o Governo brasileiro para buscar uma solução para os imigrantes venezuelanos. A Cáritas Brasileira, organismo ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a campanha “#CoraçãoAberto”, a pedido do Conselho Permanente da entidade, para sensibilizar a população do Brasil a respeito do crescente número de venezuelanos, especialmente na região Norte do país.

O foco da campanha é convidar a sociedade brasileira para uma ação de acolhida, solidariedade e conscientização neste momento em que o país vizinho passa por uma crise humanitária. De acordo com o diretor executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Claudio Mandela, o organismo está atento e preocupado com a crise humanitária que a Venezuela enfrenta nos últimos anos. Ele explicou também que a Cáritas Internacional também tem lançado apoio à Venezuela.

(MJ/CNBB)

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Igreja no Mundo



Holanda: noite de oração pelos cristãos perseguidos

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Amsterdã (RV) - Realiza-se nesta sexta-feira (17/06), na Holanda, uma noite de oração pelos cristãos perseguidos em 300 localidades do país.

A iniciativa é promovida pela associação ‘Portas Abertas’ (Open doors) que apoia os cristãos perseguidos e oprimidos por causa de sua fé.

Segundo a Agência Sir, esta noite, das 19h às 2h da manhã de sábado (17/06), “serão relatadas histórias de cristãos perseguidos. A seguir, se rezará por eles”. 

“A violência contra os cristãos está aumentando. A sua oração fará a diferença para as irmãs e irmãos perseguidos”, explica o convite da associação, embora “não possamos imaginar quais serão os frutos dessa oração em nossas comunidades locais”, sublinha o texto.

A noite de oração pelos cristãos perseguidos foi organizada por comunidades e pessoas individuais que decidiram abrir sua própria casa a um grupo de pessoas para rezar. A quem se disponibilizou a organizar uma vigília de oração, a associação ‘Portas Abertas’ colocou à disposição indicações para a oração e documentários sobre a perseguição dos cristãos. 

‘Portas Abertas’ foi criada, em 1955, pela jovem Anne van der Bijl, preocupada em oferecer apoio aos cristãos perseguidos nos países comunistas, depois na China, Oriente Médio e América Central. 

(MJ)

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Moscou: mais de 770 mil fiéis veneram as relíquias de São Nicolau

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Moscou (RV) – São mais de 700 mil os fiéis que já veneraram as relíquias de São Nicolau que desde o último dia 21 de maio e até o próximo dia 12 de julho, estão sendo solenemente expostas na Catedral de Cristo Salvador, no centro de Moscou. Não são só os moscovitas a venerar o Santo Padroeiro da Rússia, mas também várias Dioceses ortodoxas estão organizando romarias de fiéis.

Nestes dias de calor intenso, o centro de atendimento aos romeiros, organizado pelo Patriarcado ortodoxo de Moscou, está distribuindo água e suco além de sorvetes e refeições leves.

As filas para entrar na catedral são longas e nos finais de semanas chegam até os três quilômetros e a espera em certos momentos é longa, informam jornais moscovitas. Os romeiros chegam de ônibus, de trem e de avião da Sibéria, Belarus, Ucrânia e República bálticas.

Os fiéis esperam na fila sua vez para tocar a urna com as relíquias do Santo, com muita paciência, cantando e rezando. Os voluntários que garantem o serviço de acesso à catedral, atendimento às pessoas que passam mal sobre o sol forte, são cerca de quatro mil. E na noite do último dia 30 de maio foram muito eficientes quando uma tempestade atingiu a cidade de Moscou. Na periferia houve 11 mortos por causa de enchentes e raios, mas nenhum dos peregrinos sofreu qualquer dano, só ficaram molhados da cabeça aos pés. (SP)

 

 

 

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Recuperada a relíquia de Dom Bosco: a alegria da Igreja de Turim

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Turim (RV) - Após 13 dias de investigações foi encontrada pela polícia italiana, em uma casa na localidade de Pinerolo, a relíquia de Dom Bosco. Preso o responsável pelo roubo, enquanto a comunidade dos Salesianos e o Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia expressam alegria e gratidão. 

Foi finalmente recuperada pela polícia italiana em Pinerolo, perto de Turim, a ampola na qual são conservados os restos mortais de Dom Bosco, roubada da Basílica de Castelnuovo. Escondida em um bule de cobre, dentro de um armário da cozinha na casa de um homem de 42 anos de idade, a relíquia foi encontrada em perfeito estado de conservação, enquanto o homem depois de admitir a sua responsabilidade foi levado para a prisão de Asti. Segundo os investigadores por trás do roubo, que ocorreu entre as 18 e 20 horas do dia 02 de junho, quando o fluxo de peregrinos era reduzido, não haveria nem o desejo de pedir resgate, nem seria um crime sob comissão de um colecionador, mas apenas equivocada convicção de que a tampa do relicário fosse de valor.

Alívio para a comunidade salesiana e para os fiéis devotos do Santo dos jovens, mas também alegria e gratidão foram expressos pelo Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia que agradeceu a polícia por ter resolvido a questão do furto, embora convencido de que a oração e a condenação unânime dos “amigos de Dom Bosco” fizeram a sua parte. “Espero - disse Dom Nosiglia - que os jovens de todo o mundo possam seguir seu exemplo e ter sentimentos de bondade e misericórdia, mesmo para com aqueles que cometem más ações, porque é isso que Jesus nos ensinou”. (SP)

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Entrevistas



Entrevista: combater a corrupção para despertar a esperança, não só no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – Combater a corrupção para despertar novamente a esperança: com este espírito se realizou no Vaticano, na quinta-feira (15/06), o debate internacional sobre a corrupção.

Representantes da Igreja, de instituições e da sociedade civil de vários países se reuniram a convite do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral para um evento inédito.

Não havia representantes do Brasil, mas uma participante do debate conhece de perto a nossa realidade: a coordenadora internacional da Rede de religiosos contra o tráfico humano (Talitha Kum), Ir. Gabriella Bottani.

Em entrevista ao Programa Brasileiro, ela faz um balanço deste evento, fala do elo que une o tráfico humano e a corrupção e expressa seu pesar pelo momento político que o Brasil está vivendo: 

“É um debate muito interessante. É importante que como Igreja, com representantes da sociedade civil, estamos sentados para discutir a questão da corrupção. Um dos problemas mais sérios da nossa época, a corrupção se tornou sistêmica e endêmica e temos que dizer ‘basta.’ Temos que encontrar juntos caminhos para transformar esta realidade, para despertar novamente a esperança.”

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Formação



Dom Pedro Casaldáliga, opção pelos pobres sempre e sem medo

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Cidade do Vaticano (RV) – Concluímos a nossa visita a São Felix, às margens do rio Araguaia, com um relato sobre Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia, que aos 89 anos, vive ainda naquele lugar aonde chegou em 1970, da Catalunha, na Espanha.  

O Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da REPAM e da Comissão Episcopal para a Amazônia, que esteve em visita à Prelazia nesta semana, reviu Dom Pedro e revela a emoção do encontro. Ouça a entrevista completa: 

História e profecia deixaram marcas

“Pude encontrar o nosso caríssimo e tão amado bispo Dom Pedro Casaldaliga, um homem que marcou e ainda está marcando, com sua história, com sua profecia, a Igreja no Brasil e aquela região. Encontra-lo era também relembrar toda a história bonita da Igreja nesta região”.

Com saúde debilitada, Dom Pedro Casaldaliga vive em sua comunidade religiosa, assistido por alguns freis, em uma casa na cidade de São Félix.  

Dificuldades em falar, mas lucidez total

“Ele está bastante fragilizado por causa da idade e da doença de que sofre, claro, o incapacita na comunicação... ele tem certa dificuldade de falar, mas acompanha muito bem, está muito lúcido. Para mim foi uma experiência muito emocionante, muito forte, porque há muito tempo eu estava querendo encontrá-lo de novo, porque é claro que ele não consegue mais vir às nossas reuniões e assembleias. Tem sido um homem de referência para nós aqui no Brasil e não só no Brasil, por causa de sua luta que mora ali na região e onde ele sofreu muita perseguição, muitas ameaças de morte... no entanto, ele nunca teve medo. Sempre esteve à frente de seu povo, dando coragem, dando esperança, denunciando. No início teve também muitos problemas com as fazendas enormes aonde havia trabalho escravo. Ele denunciou isso muito fortemente e por isso foi perseguido bastante”.

Um legado que tem continuidade

“Isto marcou muito a sua Igreja, que não tem muita população, em toda a região são cerca de 150 mil habitantes, em cidades pequenas. São Felix fica à margem do rio Araguaia, e logo do outro lado fica a Ilha do Bananal, uma região indígena demarcada. Ali a prelazia tem trabalhado muito em favor de seus índios, assim como de toda a região da Prelazia, que é grande. Pouco povoada, porque há muitas fazendas, enormes, que vão aumentando o agronegócio”.

Dom Pedro, mesmo com dificuldade para falar, deixou dois recados importantes:

“Uma das palavras que a gente sempre entende quando ele fala, com a voz muito sumida, é ‘esperança’, que não percam a esperança. Ele acompanha, recebe as notícias do que está ocorrendo no Brasil”.

“Também outra palavra que me disse em um certo momento que era para dizer ao Papa Francisco que ele está plenamente apoiando o Papa em todo o seu trabalho. A gente via como ele está feliz com o Papa Francisco”. 

(CM)

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Missionários da Consolata: conosco o Superior no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu no último dia 6 de junho 120 participantes dos Capítulos Gerais dos Missionários e Missionárias da Consolata, a Congregação que tem como fundador o bem-aventurado Giuseppe Allamano.

No Brasil, atuam 47 missionários da Consolata e o Superior Regional é o Padre Aquileo Fiorentini, que continua em Roma até o fim do Capítulo, dia 20. Padre Aquileo nasceu em 1952 numa comunidade situada entre Três de Maio e Tucunduva, no Rio Grande do Sul. Entrou no seminário em 1965 em Três de Maio, prosseguindo seus estudos em Erexim, RS, e São Paulo, SP. Cursou teologia em Roma, na Itália onde fez também o mestrado em missiologia e psicologia. Permaneceu 12 anos na Direção Geral do Instituto Missões Consolata, em Roma (seis como Conselheiro e seis como Superior).

Neste momento de graça para o Instituto, que vive seu XIII Capítulo Geral, foram debatidos dois temas centrais: a revitalização da pessoa do missionário e a reestruturação dos modos de governo do Instituto, para estar mais próximos dos missionários, acompanhando-os na missão e respondendo a esta de acordo com a realidade.

Padre Aquileo relembra alguns momentos da audiência dos padres capitulares com o Pontífice, destacando especialmente a mensagem transmitida a Francisco, inclusive o desejo do grupo de que as duas Coreias se unifiquem.   

“No meu coração, eu levei todos os missionários da Consolata da região do Brasil, os benfeitores, todos os colaboradores que na missão do Brasil cada dia caminham conosco, os familiares, e depois, aquilo que estava um pouco em todo o nosso coração, que era o desejo que a Coreia do Sul e a Coreia do Norte possam voltar a ser unidas. Nós estamos trabalhando lá e este foi um desejo que brotou de nossa Assembleia: pedir a unificação das duas Coreias”.   

(CM)

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Atualidades



ONU alerta para aumento da pobreza na América Latina

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Santiago (RV) - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou um documento em que alerta que entre 25 e 30 milhões de pessoas que vivem na América Latina podem voltar à viver na miséria ou na pobreza se não houver um mudança nas políticas públicas de cada nação.

O documento divulgado na última quarta-feira (14) afirma que a recessão econômica que atinge o continente não é a única responsável pela “recaída de milhões” à linha da pobreza, mas aponta para a ausência da implantação de “políticas públicas de nova geração” como a maior responsável pelo problema.

A preocupação da entidade é, especialmente, com um terço das pessoas que saiu da condição de pobreza na América Latina desde 2003. “Muitos são jovens e mulheres com inserção no mercado de trabalho precário. Eles fazem parte de um grupo maior, de 220 milhões de pessoas (38%, quase dois em cada cinco latino-americanos) que estão vulneráveis: oficialmente não são pobres, mas tampouco conseguiram subir para a classe média”, diz o relatório.

De acordo com o Pnud, é “fundamental” que as políticas de cada país “fortaleçam os quatro fatores que impedem o retrocesso: proteção social, sistemas de cuidado, ativos físicos e financeiros (como um carro, casa própria, conta no banco [..]) e qualificação do trabalho”.

A entidade ainda afirma que é preciso “transcender” os cálculos tradicionais para verificar o desenvolvimento de determinado país e não apenas focar na medida de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) ou no ritmo de crescimento econômico.

“O crescimento econômico por si só, não basta. Nada que diminua os direitos das pessoas ou das comunidades ou que ameace a sustentabilidade ambiental pode ser considerado progresso”, diz ainda o documento.

O texto não cita nenhum país específico, mas foca na visão geral da América Latina. Como base para o alerta, o Pnud usa o Relatório de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado no mês de março.

Segundo o relatório, houve uma desaceleração nos últimos três anos do número de pessoas que conseguiram sair da situação de miséria e de pobreza.

Entre 2003 e 2013, 72 milhões de pessoas saíram da pobreza e 94 milhões entraram para a faixa da classe média.

Isso significa que quase oito milhões de pessoas por ano, entre 2003 e 2008, e cinco milhões por ano, entre 2009 e 2014, saíram de condições extremas. No entanto, entre 2015 e 2016, “aumentou o número absoluto de pessoas pobres pela primeira vez na década”. (SP-PNUD) 

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Anistia Internacional denuncia nova onda de ataques a albinos no Malawi

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Nairóbi (RV) - O Malawi registrou uma nova onda de assassinatos e ataques dirigidos a pessoas com albinismo nos últimos seis meses, apoiados por um sistema judicial deficiente: foi o que denunciou no dia 13 de junho a Anistia Internacional (AI) no Dia Internacional da Conscientização sobre o Albinismo. Desde janeiro de 2017, pelo menos duas pessoas com albinismo foram assassinadas e outras sete denunciaram delitos, como tentativa de assassinato ou sequestro, depois que não houve registro de incidentes durante os últimos seis meses de 2016.

“Apesar de uma legislação mais forte, incluindo reformas no Código Penal e uma Lei para abordar os ataques contra albinos, estamos vendo um alarmante ressurgimento de assassinatos e ataques contra este grupo vulnerável em 2017”, disse o representante da AI no sul da África, Deprose Muchena.

Organização denuncia lentidão na justiça

A organização denunciou em um comunicado a lentidão do sistema judiciário no país que fez com que casos contra o albinismo não tenham sido resolvidos e que criou um clima de impunidade que “encoraja os autores destes horríveis crimes”. Em muitos países africanos segue enraizada a crença de que os ossos dos albinos têm poderes mágicos.

Por uma extremidade de um albino, se chega a pagar mais de 3 mil euros, enquanto que por todo o corpo a cifra pode chegar a 60 mil euros, segundo dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Albinos caçados

No seu relatório de junho de 2016, a AI expôs como as pessoas com albinismo eram “caçadas e mortas como animais” para vender os seus ossos a quem pratica medicina tradicional em países como Malawi e Moçambique para usá-los em poções mágicas associadas com a riqueza e a boa sorte.

Pelo menos 20 pessoas com albinismo morreram no Malawi desde novembro de 2014 e 117 sofreram ataques segundo a polícia, em um país que tem uma população albina de entre 7 mil a 10 mil pessoas. (SP- EFE)

 

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