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Sumario del 20/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa Francisco sai do Vaticano e visita Bozzolo e Barbiana

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Bozzolo (RV) - O Papa Francisco visitou na manhã desta terça-feira duas localidades italianas, centro e norte do país, Bozzolo e Barbiana.

O Santo Padre chegou de helicóptero a Bozzolo por volta das 9h15, onde foi acolhido pelo bispo de Cremona, Dom Antônio Napolioni, pelo prefeito da cidade e por muitos fiéis. Em seguida, na Paróquia de São Pedro, Francisco se deteve em oração diante do túmulo de Padre Primo Mazzolari, e na sequência fez um discurso aos fiéis. Depois se transferiu para Barbiana, onde chegou às 11h15 da manhã (hora local). Ali foi acolhido pelo Cardeal Giuseppe Betori, Arcebispo de Florença e pelo prefeito da cidade. Francisco visitou o túmulo de Padre Lorenzo Milani e depois diante da igreja da cidade fez um discurso aos fiéis. O Papa retornou ao Vaticano às 12h30.

Às vezes incômodo

No seu primeiro discurso em Bozzolo o Santo Padre destacou que ele foi a Bozzolo e depois Barbiana como peregrino nas pegadas de dois párocos que deixaram um rastro de luz, às vezes “incômodo”, no seu serviço ao Senhor e ao povo de Deus.

Eu disse muitas vezes – iniciou Francisco - que os párocos são a força da Igreja na Itália. Quando são as faces de um clero não-clerical, eles dão vida a um verdadeiro “magistério dos párocos”, que faz muito bem a todos. Padre Primo Mazzolari foi chamado de “o pároco da Itália”; e São João XXIII saudou-o como “a trombeta do Espírito Santo, na Baixa padana”.

O rio, a casa, a planície

Depois de descrever a personalidade de Padre Primo e a sua formação derivada da rica tradição da “terra padana” o Papa meditou sobre a atualidade da sua mensagem tendo como pano de fundo três cenários: o rio, a casa, a planície.

O rio é uma esplêndida imagem, que pertence à minha experiência, e também a de vocês, disse o Papa. Padre Primo desenvolveu o seu ministério ao longo dos rios, símbolos da primazia e do poder da graça de Deus que escorre incessantemente para o mundo. A sua palavra, pregada ou escrita, buscava clareza de pensamento e força persuasiva na fonte da Palavra do Deus vivo, no Evangelho meditado e rezado, encontrado no Crucificado e nos homens, celebrado em gestos sacramentais não reduzidos a mero ritual.

Padre Mazzolari, pároco em Cicognara e Cocoon, não se protegeu do rio da vida, do sofrimento de seu povo, que o plasmou como pastor sincero e exigente, antes de tudo consigo mesmo. Ao longo do rio aprendia a receber todos os dias o dom da verdade e do amor, para ser seu portador forte e generoso.

Família de famílias

Já a casa, (a grande casa) na época de Padre Primo, era uma “família de famílias”, que viviam juntas nestes férteis campos, também sofrendo misérias e injustiças, à espera de uma mudança, que depois resultou no êxodo para as cidades. A casa nos dá a ideia de Igreja que guiava Padre Mazzolari. Também ele pensava em uma Igreja em saída, quando meditava para os sacerdotes com estas palavras: “Para caminhar é preciso sair de casa e da Igreja, se o povo de Deus não vem mais a nós; e ocupar-se e preocupar-se também de suas necessidades que, apesar de não serem espirituais, são necessidades humanas”.

O cristão se distanciou do homem, e o nosso discurso não pode ser compreendido se antes não o introduzimos por este caminho, que parece ser o mais distante mas é o mais seguro. [...] para fazer muito, é preciso amar muito”. A paróquia é o lugar onde cada homem sente ser esperado, um “lar que não conhece ausências”.

Padre Mazzolari foi um pároco convicto de que “os destinos do mundo se amadurecem nas periferias”, e ele fez de sua própria humanidade um instrumento da misericórdia de Deus, à maneira do pai da parábola evangélica.

Pároco dos distantes

Ele foi justamente definido “o pároco dos distantes”, - disse ainda Francisco - porque ele sempre os amou e os procurou. Ele não se preocupou em definir um método de apostolado válido para todos e para sempre, mas de propor o discernimento como maneira de interpretar alma de cada homem. Este olhar misericordioso e evangélico sobre a humanidade levou-o também a dar valor à necessária gradualidade: o sacerdote não é alguém que exige a perfeição, mas que ajuda a todos a darem o melhor.

O terceiro cenário é o da grande planície. Quem – disse o Papa -, acolheu o “Discurso da Montanha” não tem medo de avançar, como um andarilho e testemunha, na planície que se abre, sem limites tranquilizadores. Jesus prepara seus discípulos para isso, levando-os através da multidão, entre os pobres, revelando que o pico é alcançado na planície, onde se encarna a misericórdia de Deus. À caridade pastoral de Padre Primo se abriram muitos horizontes, nas situações complexas que enfrentou: as guerras, os totalitarismos, os confrontos fratricidas, a fadiga da democracia em gestação, a miséria de seu povo.

Encorajo todos vocês, irmãos sacerdotes, - disse Francisco - a ouvirem o mundo, aqueles que vivem e trabalham nele, para responder a todas as questões de sentido e de esperança, sem medo de cruzar desertos e áreas de sombra. Assim, podemos tornar-se Igreja pobre para e com os pobres, a Igreja de Jesus.

Francisco concluiu com um pedido: “que o Senhor, que sempre suscitou na Santa Mãe Igreja pastores e profetas segundo o seu coração, ajude-nos, hoje, a não ignorá-los novamente. Porque eles viram longe, e segui-los nos teria poupado sofrimentos e humilhações. (SP)

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"Que eu possa seguir o exemplo de Pe. Lorenzo Milani"

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Barbiana (RV) – O Papa Francisco chegou à cidade de Barbiana, na província e Arquidiocese de Florença, na manhã de terça-feira (20/06), proveniente de Bozzolo, e foi diretamente ao cemitério local para uma oração, reservada, junto ao túmulo do Padre Lorenzo Milani, que viveu no século XX. 

Em seguida, no jardim adjacente à igreja local, o Papa fez um discurso a um grupo de discípulos do Padre Milani, sacerdotes e alguns jovens hóspedes das residências de acolhimento familiar.

Vim aqui para homenagear a memória de um sacerdote que testemunhou que no dom de si a Cristo se encontram os irmãos em suas necessidades, para que seja defendida e promovida sua dignidade de pessoas, com a mesma doação de si que Jesus nos mostrou, até a cruz”.

Pe. Lorenzo Milani viveu sua missão nos lugares em que a Igreja o chamou com plena fidelidade ao Evangelho, e “vocês são as testemunhas de sua paixão educativa, de sua intenção de despertar nas pessoas o humano, abrindo-as ao divino”, disse.

No discurso, o Papa destacou a dedicação do sacerdote à escola e aos pobres, ‘porque sem palavra não existe dignidade e consequentemente, nem liberdade e justiça’, como ensinou Pe. Milani.

“É a palavra que abrirá o caminho à plena cidadania na sociedade, mediante o trabalho, e à plena pertença à Igreja. Só assim podemos realizar a humanização que reivindicamos para toda pessoa nesta terra, ao lado do pão, da casa, do trabalho, e da família. A Palavra é instrumento de liberdade e de fraternidade”.

O Papa se dirigiu especificamente aos jovens que precisam de acompanhamento, àqueles que vivem na marginalidade.

“Agradeço todos os educadores que estão a serviço do crescimento das novas gerações, especialmente os que vivem em condição difícil. Sua missão é de amor, porque não se pode ensinar sem amar e sem a consciência de que aquilo que se doa é simplesmente um direito, o de aprender”.

Idosos e jovens, testemunhas e herdeiros de Pe. Milani

Depois o Pontífice dedicou algumas palavras aos sacerdotes, dos mais idosos aos mais jovens, testemunhas e herdeiros da trajetória de Pe. Lorenzo, ressaltando sua fé totalizante e sua doação completa ao Senhor. “Ele nos ensina a querer bem à Igreja, que com sinceridade e verdade pode haver tensões, mas nunca fraturas ou abandonos”.

A passagem do Papa por Barbiana compreendeu também uma breve visita à casa paroquial, nas salas que hospedavam uma escola popular.

(CM)

 

 

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Refugiados agradecem ao Papa por 'abrir as portas da Igreja'

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Cidade do Vaticano (RV) – Na Basílica de São João de Latrão, onde esteve para abertura do Congresso Eclesial da Diocese de Roma, o Papa Francisco se reuniu segunda-feira (19/06) com um grupo de 121 refugiados hóspedes de 38 paróquias romanas.

Participaram do encontro o Cardeal Agostino Vallini, Vigário-geral de Roma, e o diretor da Caritas diocesana, Mons. Enrico Feroci.

Francisco elogiou este trabalho de fraternidade, que vai além das religiões:

“Obrigado a quem os acolheu e a vocês,  que aceitaram ser acolhidos”, disse ao grupo, destacando o ‘belo exemplo’ dado por estas comunidades paroquiais, que aderiram ao seu chamado no Angelus de 6 de setembro de 2015.

Naquela ocasião, o Papa exortou as paróquias e institutos religiosos do mundo a acolher famílias de refugiados de guerras e violências.

A partir deste apelo, a Caritas de Roma promoveu dois projetos de acolhimento extensivo: “Era estrangeiro e vocês me hospedaram” e “Pró-teto: refugiado em minha casa”, que criam oportunidades de hospitalidade de requerentes de asilo e refugiados em paróquias, institutos religiosos e famílias romanas.

No encontro, Francisco recordou as pessoas que fogem da violência e das perseguições e deixou votos de que estas histórias de dor e esperança se transformem em oportunidades de encontro fraterno e verdadeiro conhecimento recíproco. 

O Papa ainda recebeu um cartaz das mãos de cinco crianças, em que constavam agradecimentos em diversos idiomas.   

Obrigado Papa Francisco por abrir o seu coração e as portas da Igreja”, dizia uma das mensagens.   

(CM)

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Papa: "Adolescência é fase difícil, mas não é uma doença!"

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Cidade do Vaticano (RV) - “Uma cultura sem raízes, uma família sem raízes é uma família sem história, sem memória”. Foi o que disse o Papa na abertura do Congresso diocesano de Roma, na Basílica de S. João de Latrão, na noite de segunda-feira (19/06). Francisco também convidou a estar ao lado dos adolescentes, recordando que esta fase da vida é ‘difícil’, mas não é uma ‘patologia.

 

A oração em ‘romanesco’

O Congresso diocesano deste ano tem como tema “Acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes”. Dirigindo-se às famílias, o Papa disse: “Vocês vivem as tensões desta grande cidade: o trabalho, a distâncias, o tempo reduzido, o dinheiro que nunca é suficiente. Por isso, para simplificar, rezem em dialeto, pensando nas suas famílias e em como formar seus filhos no âmbito desta realidade”.

Atenção à sociedade ‘desenraizada’

“Muitas vezes – disse o Papa – oferecemos a nossos filhos uma formação excessiva em campos que consideramos importantes para seu futuro e pretendemos que eles deem o máximo. Mas não damos tanta importância ao fato que devem conhecer sua terra, suas raízes”.

Adolescência, fase de crescimento para os jovens

Para o Papa, a adolescência “é um tempo precioso na vida dos filhos; um tempo difícil, de mudanças e instabilidade... uma fase que traz riscos e dúvidas, mas crescimento para eles e para toda a família”.

Francisco disse também que lhe preocupa a tendência atual dos pais de ‘medicar’ precocemente os jovens. “Parece que tudo se resolve medicando ou controlando tudo com o slogan ‘desfrutar o tempo ao máximo’ e assim, a agenda dos jovens fica pior do que a de um executivo”. Portanto, “a adolescência não é uma patologia que precisamos combater; faz parte do crescimento natural”.

“Eles querem se sentir – logicamente – protagonistas”, “procuram muitas vezes sentir aquela ‘vertigem’ que os faça sentir vivos”. “Assim, temos que encorajá-los a transformar seus sonhos em projetos! Proponhamos grandes objetivos e ajudemo-los a realizá-los!”.

Atenção à juventude eterna e ao consumismo

“Hoje há uma espécie de competição entre pais e filhos: o paradigma e modelo de sucesso é ‘a eterna juventude’. Ao que parece, crescer e envelhecer é ‘um mal’, é sinônimo de frustração e de uma vida acabada. Tudo deve ser mascarado e dissimulado”. “Como é triste que as pessoas façam ‘lifting’ no coração! É doloroso que se queira cancelar as rugas dos encontros, das alegrias e tristezas!”.

O outro perigo é o consumismo

“Educar à austeridade é uma riqueza incomparável. Desperta a criatividade, gera possibilidades e especialmente, abre ao trabalho em grupo, à solidariedade; abre aos outros”.

O agradecimento ao Cardeal Vallini

Enfim, o Papa agradeceu o Card. Agostino Vallini, que deixa seu cargo de Vigário-geral de Roma a Dom Angelo De Donatis. “Nestes anos – disse Francisco – o Card. Vallini “me manteve com os pés no chão”. 

(CM)

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Faleceu o Cardeal Ivan Dias: os pêsames do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - Faleceu ontem 19 de junho, com a idade de 81 anos, o Cardeal Ivan Dias, Prefeito emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos e Arcebispo emérito de Mumbai (ex-Bombaim), na Índia. Ele tinha 81 anos, e portanto era um dos Cardeais não eleitores.

Papa Francisco, em um telegrama de pêsames, recorda o pastor “sábio e gentil” e a sua “contribuição à reconstrução espiritual e física da Igreja sofredora na Albânia e o zelo missionário demonstrado em seu trabalho como Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos”. O funeral do cardeal será celebrado amanhã, 21, às 15h pelo Cardeal Angelo Sodano, e na conclusão o Papa presidirá o rito da dell’Ultima Commendatio e da Valedictio.

Cardeal Ivan Dias, nasceu em Mumbai em 14 de abril de 1936. Foi ordenado sacerdote em 08 de dezembro de 1958.

Em 8 de novembro de 1996, foi nomeado Arcebispo de Mumbai e no dia 13 de março do ano seguinte tomou posse da diocese.

Foi Presidente Delegado da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).

Em 20 de maio de 2006, foi nomeado pelo Papa Bento XVI Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cargo que exerceu até o dia 10 de maio de 2011.

Ao mesmo tempo, foi também o Chanceler da Pontifícia Universidade Urbaniana. Ele participou do Conclave de abril de 2005 que elegeu Papa Bento XVI e do conclave de março 2013 que elegeu Papa Francisco.

São João Paulo II o criou cardeal no Consistório de 21 de fevereiro de 2001.

Com sua morte, o Colégio Cardinalício é composto da seguinte forma: 220 cardeais no total, 116 eleitores e 104 não eleitores. (SP)

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Santo Padre aceita demissão do Auditor Geral Dr. Libero Milone

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Cidade do Vaticano (RV) –  O Dr. Libero Milone apresentou ao Santo Padre na segunda-feira, 19 de junho, sua demissão do cargo de Auditor Geral, concluindo assim, de comum acordo, a relação de colaboração com a Santa Sé, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Desejando ao Dr. Milone todo o bem para a sua futura atividade, a Santa Sé informa que será iniciado o quanto antes o processo de nomeação do novo Responsável pelo Escritório de Auditor Geral.

O Escritório do Auditor Geral da Santa Sé foi instituído pelo Papa Francisco em 24 de Fevereiro de 2014, com a Carta Apostólica sob a forma de «Motu Proprio» Fidelis Dispensatur et Prudenscomo nova entidade da Santa Sé encarregada de realizar auditorias dos dicastérios da Cúria Romana, das instituições ligadas à Santa Sé ou que fazem referência a ela e das administrações do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.

Com a aprovação do Estatuto de 22 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco indicou as funções e as competências do Escritório do Auditor Geral.

O Auditor Geral atua com total autonomia e independência de acordo com a legislação vigente e com o próprio Estatuto, reportando-se diretamente ao Sumo Pontífice.

Submete ao Conselho para a Economia um programa anual de revisão, assim como um relatório das próprias atividades.

O objetivo do programa de revisão é o de individuar as mais importantes áreas administrativas e organizativas potencialmente sujeitas a riscos.

Em particular, o programa anual prevê a verificação da confiabilidade dos relatórios econômicos e financeiros; a verificação da existência, da eficácia, da competência e da precisão dos procedimentos; o exame da conveniência econômica sobre o emprego dos recursos e a adequação dos procedimentos adotados para a segurança das pessoas, das informações cartáceas e informáticas.

O Escritório do Auditor Geral, outrossim, realiza revisões específicas quando consideradas necessárias ou também a pedido do Conselho para a Economia ou da Secretaria para a Economia; promove as ações penais e civis consideradas necessárias e oportunas junto às competentes autoridades judiciárias e vigia sobre a solidez econômica-patrimonial das entidades e administrações. (JE)

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Igreja na América Latina



REPAM reforça presença, atuação e estratégias na Colômbia

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Leticia (RV) – Começou segunda-feira (19/06) o III Encontro da Rede Eclesial Pan-Amazônica, REPAM, na Colômbia. Até 24 de junho, mais de 100 participantes examinarão a realidade da Amazônia colombiana e definirão estratégias oportunas para trabalhar em conjunto pela tutela do bioma Amazônico. A Comissão Episcopal para a Amazônia também estará presente.

Reforçar o trabalho eclesial

O objetivo deste Encontro é reforçar a identidade da REPAM-Colômbia à luz da Encíclica “Laudato Sì”, como percurso de reconciliação com a criação e a tutela da Amazônia colombiana. Também se pretende incrementar o trabalho eclesial em comunhão, para obter uma ação mais eficaz como rede e concordar uma atuação do plano comum de ação.

Situação ecológica das populações indígenas

Na abertura dos trabalhos, foi apresentada a realidade de Mocoa e celebrada uma missa em memória das vítimas da inundação da cidade de Mocoa, em fins de março.

Segundo a agenda, será analisada a realidade dos territórios e Igrejas locais nas três sub-regiões da Amazônia, que compreendem 12 jurisdições eclesiásticas do sul.

Na conclusão do Encontro, será redigido um plano de ação concreto que a REPAM possa atuar diante dos principais desafios da realidade amazônica colombiana.

(CM)

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Igreja no Mundo



Em resposta ao apelo do Papa, Lateranense abre as portas a 20 jovens refugiados

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Roma (RV) – A Pontifícia Universidade Lateranense  (PUL) abre suas portas aos refugiados, reconhecendo-os como “sinal dos tempos”, por meio do qual Deus chama a sua Igreja para viver mais plenamente a dimensão católica e a sua vocação de peregrina.

A “Universidade do Papa” renovou, pelo segundo ano consecutivo, o protocolo de intenções com o Viminale – Departamento para as Liberdades Civis e a Imigração, o que permitirá que 20 jovens, provenientes das áreas mais críticas do planeta, possam estudar e frequentar cursos de alto nível.

O objetivo da PUL é o de responder aos vários pedidos de ajuda por meio de uma sempre mais ativa e bem-vinda presença de migrantes e refugiados ao seu interior - diz uma nota do Ateneu pontifício - reconhecendo este rico patrimônio cultural e espiritual como “recurso” para a Igreja local.

O projeto ganha forma, respondendo à “Ética da acolhida”, tão evocada pelo Papa Francisco e pretende promover e apoiar as iniciativas voltadas ao respeito pela dignidade e aos direitos das pessoas que provém dos países pobres e chegam ao Ocidente em busca de paz e de segurança.

A migração pode ser vista como um convite a viver “a fraternidade na diversidade”. Deste modo a PUL pretende fazer a sua parte, reconhecendo a importância do diálogo entre culturas e entre religiões.

No decorrer dos anos, a grande diversidade de proveniências nos fluxos migratórios, colocou o diálogo ecumênico e inter-religioso no centro da pastoral dos migrantes e refugiados. Fazendo dela não uma opção, mas uma obrigação inerente à missão da Igreja no mundo das migrações.

Este diálogo multicultural, inter-religioso e ecumênico, deve ser levado em frente em um contexto de “nova evangelização” de  “nova abordagem formativa”.

O tema dos refugiados e dos migrantes que chegam e que procuram inserir-se na sociedade italiana, é frequentemente objeto do debate político, frequentemente enfatizado pela mídia, e hoje intimamente ligado ao tema da presença do Islã.

A Universidade do Papa responde assim a este novo desafio pastoral, em linha com as ações concretas, no campo da acolhida, a proteção e a promoção dos migrantes, dos solicitantes de asilo e das vítimas de tráfico que a Santa Sé apresentará ao Global Compact sobre refugiados em 2018. (JE)

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Primeiros cristãos prestes a retornar à Planície de Nínive

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Irbil (RV) - "Se Deus quiser", o retorno do "primeiro grupo" de refugiados cristãos a Karamles - uma das cidadezinhas da Planície do Nínive por longo tempo sob domínio dos jihadistas do Estado Islâmico -  vai acontecer "no final deste mês".

É o que afirma esperançoso o Padre Paolo Thabit Mekko, ao falar à Agência Asianews sobre a obra de reconstrução iniciada nos meses passados e que poderia levar, em breve, ao retorno tão esperado pelas famílias de deslocados.

Pressa para não perder o entusiasmo

"Os projetos realizados até agora - explica o sacerdote, que acompanha de perto os trabalhos - deverão prosseguir sem interrupções, enquanto benfeitores e ONGs garantirem a sua contribuição".

Com um cauteloso otimismo, Padre Paolo sublinha que "até o momento ainda não foi feito nada" no sentido de uma reconstrução completa da cidadezinha. Neste sentido, "ainda são necessárias ajudas significativas", para abreviar os tempos de realização da obra. "Devemos fazer rapidamente - explica o sacerdote caldeu - de outra forma diminuirão o desejo e o entusiasmo".

Prioridade: casas com danos menores

O objetivo primordial - explicou - é o de "reformar as casas que apresentam danos menores" e que podem ser adaptadas em um breve espaço de tempo. Nesta situação se insere um grupo de 50 habitações, a um custo menor, "porque é necessário refazer portas, janelas, ou outros elementos com danos superficiais", observa o sacerdote.

O escritório responsável pelas reconstruções de Karamles é de responsabilidade do Patriarcado caldeu. Os trabalhos de reformas foram confiados "a operários e trabalhadores provenientes justamente de Karamles". Alguns deles "percorrem todos os dias" o trajeto que separa Irbil da cidade na Planície de Nínive.

Mas para os que preferem permanecer na cidade e evitar os deslocamentos diários, a paróquia montou um centro, onde é oferecida alimentação e um abrigo para dormir. Deste modo, poupam tempo e dinheiro e aceleram os trabalhos de reconstrução".

Reconstrução: fonte de esperança

O problema maior, no entanto, são as casas queimadas, para as quais "ainda não existem fundos suficientes", afirmou Padre Thabit. O que é importante, no entanto - ressalta - é que estes primeiros passos para o renascimento de Karamles, "são fonte de esperança" para esta e outras cidades da Planície de Nínive, e "criam uma atmosfera de entusiasmo em vista de um possível retorno".

Todavia, as necessidades "são múltiplas" e não simples de serem atendidas.

"Precisa alimento, remédios, sem falar na energia elétrica para fazer funcionar os geradores e purificar a água". Um problema sempre mais urgente com a chegada do verão e os picos de temperatura.

Nossa casa é Karamles

Os fundos recolhidos até agora para o renascimento de Karamles são provenientes do Patriarcado caldeu, aos quais se somam as contribuições de alguns benfeitores locais e internacionais.

O retorno das famílias às suas casas - diz o sacerdote - significa "recuperar a própria existência e ter de novo uma vida, uma identidade, uma espiritualidade que parecia perdida".

Neste sentido, a frase mais pronunciada pelas famílias é: "Ressurgiremos quando voltarmos a Karamles. Teremos um teto somente quando pudermos retornar para nossas casas, mesmo se aqui no Curdistão não vivemos mais em barracas. Mas a verdadeira casa é Karamles".

Campo de refugiados em Irbil

Além de acompanhar os trabalhos de reconstrução em Karamles, o sacerdote é o responsável pelo Campo de refugiados "Olhos de Irbil", localizado na periferia da capital do Curdistão iraquiano, onde encontraram acolhida centenas de milhares de cristãos, muçulmanos e yazidis fugidos das barbáries do Isis.

A estrutura acolhe 140 famílias - cerca de 700 pessoas no total - em 46 mini-apartamentos, além de possuir uma área para a coleta e distribuição de ajudas. A isto se soma um Jardim da Infância, uma escola maternal e uma secundária.

(JE/ASIANEWS)

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Togo: associação de auxílio à idosos completa cinco anos

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Lomé (RV) - Fundada em 2012, a Associação São Francisco "Assistência a domicílio à pessoas idosas dependentes" (ADPAD) festeja seus cinco anos de serviços prestados no país africano de Togo.

Os eventos que marcam a recorrência tiveram início no sábado, 10 de junho, no Centro de Educação Espiritual para o Apostolado dos Leigos em Lomé, com o tema "a esperança não decepciona".

Muitas pessoas idosas, assistidas por esta associação, participaram da missa celebrada na Capela de São Pedro Claver pelo Diretor diocesano das obras assistenciais, Padre Martial Tsikata.

Dedicação aos idosos

"Como parte de nossa missão, nós visitamos pessoas idosas em casa, sem distinção, fornecendo a elas assistência alimentar, sanitária, psicológica e espiritual, de acordo com suas necessidades", explica Irmã Aurelie d'Almeida, Diretora Executiva da ADPAD.

Esta religiosa togolesa, dedicada a causa dos idosos, é membro do Instituto das irmãs de São Francisco de Assis desde 1986.

Esta organização da sociedade civil, por ela iniciada, fabrica e coloca à venda diversos produtos, cuja renda obtida permite sustentar atualmente 55 pessoas com alimentos e medicamentos, que são levados por voluntários às cidades de Lomé e Niamtougou Tsévié.

Idosos negligenciados por familiares

Os idosos, abandonados pelas suas famílias, vivem uma situação deplorável, que é aliviada pela presença de voluntários como James e Jeanne Awouyeah: "Eu visito eles em casa e levo víveres, roupas, e faço companhia", diz com satisfação Jeanne. "Alguns idosos não deixam de viver - reconhece James - mas nossas visitas levam conforto e ajudam a preencher a solidão que sentem".

"Este apostolado é muito grande, por isto queremos chegar em 2020 apoiando 100 idosos", são os votos da Irmã Aurelie.

Para este fim, lançamos "uma campanha de sensibilização para reunir mais recursos financeiros e humanos", diz a religiosa, que recorda em especial os esforços realizados pela Ação Católica e a Legião de Maria, que ajudam na identificação e na assistência aos idosos necessitados.

Outras associações de igrejas também prestam serviço aos idosos, recorda  Padre Tsikata, exortando os cristãos "a perseverarem nas boas obras em favor das pessoas que experimentam a fragilidade humana". (JE)

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Chile: alegria dos bispos pelo anúncio da visita do Papa em 2018

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Santiago (RV) - “Uma notícia muito bonita que nos enche de alegria.” Foi o que disse o Núncio Apostólico no Chile, Dom Ivo Scapolo, comentando a informação divulgada, nesta segunda-feira (19/06), pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, sobre a viagem do Papa Francisco ao Chile, de 18 a 21 de janeiro de 2018. O Pontífice visitará as cidades de Santiago, Temuco e Iquique.

“Desde agora, para todos nós, é uma ocasião a fim de renovar o nosso compromisso de reforçar a comunhão efetiva com o Santo Padre”, disse Dom Scapolo, segundo a Agência Sir.
 
O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Dom Santiago Silva, afirmou: “Graças a Deus! Receberemos o nosso Pastor com o coração aberto e com muito afeto. O Papa vem nos confirmar na fé, no que estamos vivendo como Igreja e no compromisso de formar uma sociedade mais acolhedora.”

O prelado falou também sobre a exigência de “caminhar ainda mais com a ajuda do Papa, divulgando sua mensagem, que é uma mensagem de comunhão, misericórdia e atenção aos vulneráveis.”

O Arcebispo de Santiago, Cardeal Ricardo Ezzati, disse: “É uma alegria muito grande que o Papa venha nos visitar no Chile, e vem de maneira especial a Santiago, onde uma parte significativa da população chilena, vive, trabalha e está construindo a paz e a justiça.

Após visitar o Chile, o Papa Francisco visitará também o Peru, de 18 a 21 de janeiro de 2018.

(MJ)

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Formação



Documentação é vida: a experiência dos refugiados sírios no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV)  - “O encontro pessoal com os refugiados dissipa medos e ideologias distorcidas e se torna fator de crescimento na humanidade, capaz de criar espaço para sentimentos de abertura e de construção de pontes”: este é o apelo do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Refugiados, que se celebra neste dia 20 de junho.

Nos últimos anos, a onda migratória de requerentes de asilo vindos da África, do Haiti e da Síria pegou o Brasil de surpresa em matéria de legislação.  

E o ideal proposto pelo Pontífice tem esbarrado na burocracia, como nos relata a leiga scalabriniana Elizete Sant’Anna de Oliveira, da Cáritas de Curitiba (PR).

Ao descrever as dificuldades dos refugiados sírios no Brasil, como a revalidação dos diplomas, a língua e a longa espera por um visto definitivo, Elizete afirma que, para o refugiado, a documentação é vida

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Atualidades



Dia Mundial do Refugiado: 65 milhões de pessoas em fuga

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Nova Iorque (RV) - Perseguições, conflitos e violência provocaram, até o final de 2016, a fuga de 65 milhões e 600 mil pessoas em todo o mundo, trezentas mil a mais em relação ao ano precedente.  

Foi o que divulgou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, celebrado nesta terça-feira (20/06). A realidade é que a cada três segundos uma pessoa foge de sua casa por causa de guerras, violência ou perseguição.

Um número enorme de pessoas precisam de proteção. As estimativas divulgadas no Dia Mundial do Refugiado falam de pessoas em fuga de um mundo marcado por violência e guerra, com as crianças que representam a metade dos refugiados e com a Síria, Colômbia e Sudão do Sul a serem os países de origem da maior parte dos refugiados.

O número de refugiados no mundo, 22 milhões e 500 mil, tornou-se o mais elevado registrado até agora. Os deslocados dentro do próprio país subiram para 40 milhões e 300 mil, o número de requerentes de asilo no mundo foi de 2 milhões e 800 mil. Os sem nacionalidade ou apátridas são cerca de 10 milhões de pessoas.

Não obstante esses dados, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que os refugiados “nunca perderam os sonhos para seus filhos” ou a vontade de melhorar o mundo.

O chefe das Nações Unidas disse que “nunca houve tantas pessoas como agora vivendo o pesadelo de fugir de guerras, desastres naturais ou perseguição”.
Segundo ele, as histórias dessas pessoas são de partir o coração, incluem dificuldades, separação e morte.

Ao mesmo tempo, Guterres afirmou que os refugiados pedem muito pouco em troca, querem apenas o apoio da comunidade internacional neste momento de maior necessidade e também solidariedade.

Para o secretário-geral, “é inspirador ver que os países que têm menos recursos são os que mais ajudam os refugiados”.

O chefe da ONU pediu para que todos reflitam sobre a coragem das pessoas que são obrigadas a fugir e pediu a compaixão de todos os que os acolhem.
Ele quer restabelecer a integridade do regime internacional de proteção ao refugiado e pediu a todos para que trabalhem juntos a fim de dar a cada uma dessas pessoas a chance de construir um futuro melhor.

(MJ/Rádio ONU)

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Samoa torna-se oficialmente um "Estado cristão"

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Apia (RV) - "Inserir na Constituição que Samoa é uma nação cristã, declarando assim o predomínio do cristianismo" no país.

Com este objetivo, o Parlamento da Ilha de Samoa aprovou no início de junho uma lei que altera a Constituição. Assim, o país passa de Estado secular a Estado cristão. Dos 49 representantes do Parlamento, 43 votaram a favor do projeto de lei.

Entenda a mudança

Samoa já tinha uma referência ao cristianismo no preâmbulo da Constituição, afirmando que a conduta do governo samoano deveria estar "dentro dos limites prescritos pelos mandamentos de Deus" e que a sociedade samoana é "baseada em princípios cristãos".

Este tipo de formulação é comum nos preâmbulos das Constituições entre os Estados insulares do Pacífico (à exceção das Ilhas Fiji). No entanto, um preâmbulo de uma Constituição é geralmente visto como uma declaração simbólica nacional ampla, de importância histórica ou cultural, ao invés de um instrumento legislativo.

Neste sentido, o que o Parlamento de Samoa fez, foi alterar as referências ao cristianismo no corpo da Constituição, dando muito mais potencial para ser usada em processos legais.

Anteriormente, o Artigo 1 da Constituição declarava que "Samoa é fundada em Deus", uma expressão que poderia ser aplicada a todos os grupos religiosos (semelhante expressão é usada pela Indonésia, de maioria muçulmana).

Com a mudança, passa-se a ler no Artigo 1 do texto constitucional: "Samoa é uma nação cristã, fundada em Deus Pai, Filho e Espírito Santo", conferindo uma concepção especificamente cristã de Deus, sem margem para interpretação de outros grupos religiosos, governo ou judiciário.

Evitar conflitos religiosos

Parece existir uma dupla motivação para tal alteração. Por um lado, o medo de que a presença do Islã dentro do país possa provocar conflitos religiosos.

O Secretário Geral do Conselho de Igrejas de Samoa, Rev. Ma'auga Motu, defende que o Islã deva ser banido do país.

O Primeiro-ministro Tuilaepa Malielegaoi defende que quando a Constituição foi escrita em 1960, os antepassados não tinham noção de que pudesse acontecer o que se verifica atualmente em muitas partes do mundo (em referência aos conflitos religiosos). Neste contexto - afirma - o Governo tem o dever de legislar para evitar tensões religiosas.

Preservar costumes

A segunda motivação para alterar a Constituição, seria evitar que pressões externas, ou mesmo com o intercâmbiocultural, introduzissem mudanças nos hábitos da sociedade local. Uma das questões levantadas nos debates no Parlamento seria o reconhecimento de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

De fato, 98% dos samoanos afirmam ser cristãos. As Confissões predominantes são a Igreja Cristã Evangélica Congregacional de Samoa, a Igreja Católica, Igreja de Jesus Cristo dos Últimos dias, Assembleia de Deus e Igreja Metodista.

Consequências

O censo de 2001 revela que os seguidores do Islã no país representam 0,03% da população, ou seja, cerca de 48 pessoas, que frequentam uma única mesquita existente no país.  Sendo minoria, não teriam capacidade para se defender legalmente com a alteração constitucional, vivendo uma situação instável, o mesmo ocorrendo com hinduístas, budistas e judeus.

Por outro lado, alguns analistas temem que a alteração na Carta Constitucional possa representar um potencial para criar uma rivalidade denominacional para tentar influenciar o governo segundo o interesse de cada Confissão religiosa.

Também poderá gerar tensões entre as diversas denominações cristãs, no caso de não existir um acordo entre elas em relação à interpretações teológicas.

O Estado Independente de Samoa

O Estado Independente de Samoa, até 1997, era chamado de Samoa Ocidental, um Estado soberano da Polinésia na Oceania, constituído pelas duas ilhas ocidentais (e maiores) das Ilhas Samoa: Savai'i e Upolu.

O seu vizinho mais próximo é a Samoa Americana, a leste, e os restantes são Tonga ao sul, Tuvalu a noroeste, Wallis e Futuna a oeste e Tokelau a norte. A capital é Apia.

Samoa ficou independente da Nova Zelândia em 1962. Entre 1918 e 1945 a ilha foi território alemão, embora administrado pela Nova Zelândia, segundo decreto da Liga das Nações. No entanto, com o fim da Segunda Guerra Mundial, havia passado a ser território neozelandês.

Samoa é membro da Comunidade Britânica. Samoa Ocidental foi admitida nas Nações Unidas em 15 de dezembro de 1976. Todo o grupo da ilha, que inclui Samoa Americana, foi chamado de "Ilhas Navigator" por exploradores europeus antes do século XX por causa das habilidades marítimas dos samoanos. (JE)

 

 

 

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Caritas Portuguesa: incêndio, onda de solidariedade ultrapassa expectativas

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Lisboa (RV) - A Caritas Portuguesa informou, nesta terça-feira (20/06), que a onda de solidariedade às vítimas do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande “ultrapassou as expectativas”, e já se entrou noutra fase do plano de ação. 

“Neste momento a Caritas já não está a recolher mais roupas ou outros bens de primeira necessidade. Tudo porque os portugueses responderam com enorme entusiasmo e a palavra de hoje é ‘obrigado!’”, refere a instituição católica num comunicado enviado à Agência Ecclesia.

A organização de solidariedade e ação humanitária, através das Caritas Diocesanas, vai agora trabalhar “para que tudo possa ser feito na recuperação de habitações, postos de trabalho e no apoio àqueles que ficaram com as vidas marcadas, para sempre, por esta catástrofe”.

A mensagem da Caritas Portuguesa deixa um agradecimento aos cidadãos que formaram “uma grande onda de solidariedade”, às empresas, entidades públicas e forças militares que colaboraram nesta fase de apoio de emergência, para a qual foram disponibilizados 200 mil euros, além de vários outros donativos em dinheiro e em gêneros recolhidos pelas dioceses.

Os incêndios que atingiram de “forma dramática” as populações de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos e outras zonas de Portugal levaram a Caritas Portuguesa a avançar com a abertura de uma conta solidária para apoiar todas as vitimas dos incêndios.

A conta 'Caritas com Portugal abraça vítimas dos incêndios' tem o número 0001 200000 730 e o IBAN PT50 0035 0001 00200000 730 54, na Caixa Geral de Depósitos.

A informação sobre esta campanha está disponível no site da Caritas Portuguesa.

O fogo que começou, no último sábado (17/06), numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande (Distrito de Leiria, Diocese de Coimbra), e se alastrou a municípios vizinhos, provocou até ao momento 64 mortos. Há também mais de 150 feridos e 150 famílias desalojadas.

O Governo português decretou três dias de luto nacional, a partir do último domingo.

(MJ/Agência Ecclesia)

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Para Cardeal Zenari há sinais de melhoramento na Síria, mas sofrimento continua

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Roma (RV) - Nas últimas semanas, em Damasco e em outras regiões da Síria, parece haver "uma diminuição das violências", que no momento, "se concentram em Raqqa e nas outras áreas da Província", onde se travam pesados combates. Outro setor crítico, "é a região ao sul, na fronteira com a Jordânia", mas no geral, "parece haver uma melhoria".

Esta é a avaliação do Núncio Apostólico na Síria, Cardeal Mario Zenari, presente na Itália nestes dias onde, entre outros compromissos, deverá encontrar o Papa Francisco, que sempre demonstra uma particular atenção "pela amada e martirizada Síria".

Falando à Agência Asianews, o purpurado observa que no contexto atual, "a situação dos cristãos é de sofrimento geral e transversal" que atinge "toda a população", se bem que neste contexto, "os grupos minoritários, incluindo os cristãos, são sempre aqueles mais à risco", acrescenta o purpurado.

80% dos cristãos abandonaram Síria e Iraque

Segundo um relatório publicado recentemente, cerca de 80% da população cristã original abandonou nestes anos o Iraque e a Síria devido à guerra e à escalada dos movimentos extremistas de matriz islâmica. E com o passar do tempo, a comunidade cristã parece perder sempre mais a esperança de poder regressar.

Parte dela encontrou abrigo nas nações da região, como Líbano e Jordânia, mesmo que em condições precárias. Outros emigraram para a Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália, as principais nações da diáspora.

Além da fuga da violência, este verdadeiro êxodo é provocado pelo alto custo de vida, a falta de trabalho e de oportunidades educativas, a destruição das cidades cristãs e a perda do sentido de comunidade.

Aleppo

"As estatísticas no Oriente Médio são sempre difíceis de avaliar ou comentar, mas um dado entre os mais confiáveis é em relação à Aleppo, onde se faz uma avaliação objetiva no que concerne à presena cristã e o fenômeno migratório", observa Dom Mario Zenari.

"Os últimos dados revelam revelam que até 2/3 dos cristãos saíram" em busca de paz e segurança. Em relação à Síria - acrescenta - parece que quase metade da população original tenha encontrado abrigo e acolhida no exterior, sobretudo nos outros países da região e na Europa".

Cristãos remanescente ativos na fé e no plano humanitário

Apesar das dificuldades, o Núncio considera que a comunidade cristã na Síria continua como "uma realidade ativa, quer do ponto de vista pastoral, como em nível de fé. A prática da vida cristã e a fé são um apoio para enfrentar as dificuldades. Ademais, a comunidade cristã soube manter-se dinâmica no plano humanitário".

No contexto sírio, uma nação de maioria muçulmana e em guerra desde março de 2011, "são as obras, mais do que as palavras, a testemunhar a pertença religiosa. Neste sentido, Aleppo representa um modelo, com a comunidade cristã que sempre manteve um critério de responsabilidade em relação a uma realidade martirizada pelas violências".

Ferida da migração

Os que ficaram representam um testemunho de fé e do ensinamento de Cristo, porém, permanece aberta a "ferida" da migração: "Quem pode - conta o Cardeal Zenari - ainda hoje tentar partir. Na Síria existem mais de cinco milhões de refugiados, um milhão de pessoas buscou abrigo na Europa. A da imigração, é uma das bombas mais devastantes que atingiram o país; as partidas deixaram vazios enormes, na sociedade e na Igreja".

Falta de especialistas

O problema diz respeito, em particular, aos jovens, "com um empobrecimennto geral". A isto se soma a já crônica "falta de especialistas, de figuras essenciais como doutroes, engenheiros. Estima-se que 90% dos médicos sírios tenha fugido nos últimos seis anos", revela o Cardeal.

Apelo

Neste sentido, o Cardeal lança um apelo por "uma dupla ajuda" aos cristãos que ficaram na Síria. "Por um lado - explica - o apoio econômico, procurando encontrar para eles um trabalho, ajudando-os a pagar o aluguel, a escola para as crianças, as despesas médicas. Por outro, existe depois a necessidade de uma ajuda espiritual, de modo que possam continuar a cumprir a sua missão e o seu compromisso cívico na terra em que nasceram. Devem ser ajudados a prosseguir em sua obra de testemunhos de Cristo em um país de maioria muçulmana".

Jogo de interesses regionais e globais

"O que fica evidente - afirma o Cardeal - é que a Síria está sofrendo há anos por causa de uma guerra por procuração, por trá da qual existem fortes interesses regionais e globais. Hoje, no território, pode-se contar ao menos sete ou oito bandeiras de nações diferentes, o que confirma a complexidade de uma guerra que de revolta civil se transformou em uma guerra por procuração de dimensão internacional".

(JE/ASIANEWS)

 

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