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Sumario del 29/06/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa sugere a oração como "remédio contra o isolamento"

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Cidade do Vaticano (RV) – A Praça São Pedro amanheceu em festa quinta-feira (29/06) colorida com tapetes de flores de várias confrarias e comunidades que vieram celebrar a Solenidade de São Pedro e Paulo, padroeiros de Roma e alicerces da Igreja.

O Papa Francisco celebrou a missa com os arcebispos metropolitanos nomeados no último ano. São 36 no total, 5 dos quais provenientes do Brasil: Dom Júlio Akamine, de Sorocaba, Dom João José da Costa, de Aracajú, Dom Delson Pereira da Cruz, da Paraíba, Dom Orlando Brandes, de Aparecida, e Dom Geremias Steinmetz, de Londrina (que não estava presente).

Na cerimônia, o Papa abençoou e entregou o pálio aos novos arcebispos. Desde 2015, esta faixa não é mais colocada pessoalmente pelo Papa nos ombros dos arcebispos; a imposição é realizada nas respectivas arquidioceses pelo Núncio Apostólico no país. 

O pálio

O pálio é o símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica. Elaborado com lã branca, tem cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta.

É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.

O pálio passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. Nos primeiros séculos do Cristianismo, era exclusivo dos Papas.  

A homilia do Papa

A liturgia de hoje oferece três palavras essenciais para a vida do apóstolo: confissão, perseguição, oração. A partir destes termos, o Papa desenvolveu sua homilia.

A confissão

“Quem sou Eu para ti?” é a pergunta que Jesus dirige a todos nós e, de modo particular, a nós Pastores. É a pergunta decisiva, face à qual não valem respostas de circunstância, porque está em jogo a vida: e a pergunta da vida pede uma resposta de vida”.

Francisco continuou questionando se somos ‘Seus’ não só por palavras, mas com os fatos e a vida:

“Somos cristãos de parlatório, que conversamos sobre como andam as coisas na Igreja e no mundo, ou apóstolos em caminho, que confessam Jesus com a vida, porque O têm no coração?”

Quem confessa Jesus, faz como Pedro e Paulo: segue-O até ao fim; não até um certo ponto, mas até ao fim, e segue-O pelo seu caminho, não pelos nossos caminhos, completou.  

As perseguições

O Papa passou em seguida à segunda palavra: perseguições.

“Também hoje, em várias partes do mundo, por vezes num clima de silêncio – e, não raro, um silêncio cúmplice –, muitos cristãos são marginalizados, caluniados, discriminados, vítimas de violências mesmo mortais, e não raro sem o devido empenho de quem poderia fazer respeitar os seus direitos sagrados”.

A oração

A terceira palavra é oração. Francisco disse:

“A vida do apóstolo, que brota da confissão e desagua na oferta, flui dia-a-dia na oração. A oração é a água indispensável que alimenta a esperança e faz crescer a confiança. A oração faz-nos sentir amados e permite-nos amar. Faz-nos avançar nos momentos escuros, porque acende a luz de Deus. Na Igreja, é a oração que nos sustenta a todos e nos faz superar as provações.  

Afirmando que “a oração é a força que nos une e sustenta, o remédio contra o isolamento e a autossuficiência que levam à morte espiritual”, o Papa exortou:  

“Como é urgente haver, na Igreja, mestres de oração, mas antes de tudo homens e mulheres de oração, que vivem a oração!”.

Delegação ecumênica presente na missa

Concluindo a reflexão, Francisco assegurou aos cardeais e arcebispos que o Senhor estará perto de todos “na opção de viver para o rebanho imitando o Bom Pastor”, e saudou a delegação do Patriarcado Ecumênico enviada pelo “querido Irmão Bartolomeu” em sinal de comunhão apostólica.

(CM)

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Papa: Pedro e Paulo sigilaram com o próprio sangue o testemunho de Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, nesta quinta-feira (29/06), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, que no Brasil será celebrada no próximo domingo. 

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice ressaltou que “os Padres da Igreja amavam comparar os Santos Apóstolos Pedro e Paulo a duas colunas, sobre as quais se apoia a construção visível da Igreja. Eles sigilaram com o próprio sangue o testemunho de Cristo com a pregação e o serviço à comunidade cristã nascente. Este testemunho é evidenciado nas leituras bíblicas da liturgia de hoje, que indicam o motivo pelo qual a sua fé, confessada e anunciada, foi coroada com a prova suprema do martírio.”

Missão
 
O Livro dos Atos dos Apóstolos conta o evento da prisão e libertação de Pedro. "Ele experimentou a aversão ao Evangelho em Jerusalém onde foi preso por Herodes que tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, mas foi salvo de forma milagrosa e pode levar a termo a sua missão evangelizadora, primeiramente na Terra Santa e depois em Roma, dedicando todas as suas forças a serviço da comunidade cristã."

Paulo também experimentou hostilidades e foi libertado pelo Senhor. Enviado por Jesus a várias cidades junto às populações pagãs, “ele encontrou resistências fortes da parte de seus correligionários e também da parte das autoridades civis. Escrevendo ao discípulo Timóteo, reflete sobre a própria vida, o percurso missionário e também sobre as perseguições sofridas por causa do Evangelho”.

Provação
 
“Estas duas libertações, de Pedro e de Paulo, revelam o caminho comum dos dois Apóstolos que foram enviados por Jesus a anunciar o Evangelho em ambientes difíceis e em certos casos hostis. Ambos, com seus vidas pessoais e eclesiais, nos mostram e nos dizem, hoje, que o Senhor está sempre ao nosso lado, caminha conosco, nunca nos abandona. Especialmente no momento da provação, Deus nos estende a mão, nos ajuda e nos liberta das ameaças dos inimigos. Devemos nos lembrar que o nosso inimigo verdadeiro é o pecado, e o maligno nos empurra para isso.” 

Segundo o Papa, “quando nos reconciliamos com Deus, especialmente no Sacramento da Penitência, recebemos a graça do perdão, somos libertados dos vínculos do mal e aliviados do peso de nossos erros. Assim, podemos continuar o nosso percurso de anunciadores alegres e testemunhas do Evangelho, mostrando que nós recebemos por primeiro a misericórdia”.

“A nossa oração hoje à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, é sobretudo pela Igreja que vive em Roma e por esta cidade que tem como padroeiros os Santos Pedro e Paulo. Que eles  obtenham para essa cidade o bem-estar espiritual e material. A bondade e a graça de Deus sustente todo o povo romano para que viva em fraternidade e concórdia, fazendo resplandecer a fé cristã, testemunhada com coragem pelos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.” 

Pálios

Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco recordou a missa celebrada na Basílica Vaticana:

“Esta manhã, aqui na praça, celebrei a Eucaristia com os cinco cardeais criados no Consistório de ontem, e abençoei os Pálios dos Arcebispos Metropolitanos nomeados neste último ano, provenientes de vários países. Saúdo e agradeço a todos eles e também aqueles que os acompanharam nesta peregrinação. Eu os encorajei a prosseguir com alegria a sua missão a serviço do Evangelho, em comunhão com toda a Igreja. Nesta mesma celebração, acolhi com afeto os membros da delegação que veio a Roma, em nome do Patriarca Ecumênico, o querido irmão Bartolomeu. Essa presença é sinal dos laços fraternos existentes entre as nossas Igrejas.”

A seguir, o Papa saudou as famílias, grupos paroquiais, associações e os fiéis provenientes da Itália e várias partes do mundo, sobretudo da Alemanha, Inglaterra, Bolívia, Indonésia e Catar. Saudou também os estudantes das escolas católicas de Salbris, na França, de Osijek, Croácia, e Londres. 

Saudou também os fiéis de Roma na festa dos santos padroeiros da cidade. Para essa ocasião, foi promovida a tradicional festa dos tapetes florais, realizados por vários artistas e voluntários. O Papa agradeceu esta iniciativa e recordou a queima de fogos que se realizará, esta noite, na Piazza del Popolo.

(MJ)

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Doada ao Papa uma cruz proveniente do Iraque

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi doada ao Papa Francisco, nesta quarta-feira (28/06), no final da Audiência Geral, uma cruz pequena de metal, proveniente do Iraque, toda retorcida por causa do calor das bombas e ultrajes dos milicianos do Estado Islâmico. 

Segundo o jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, a cruz foi entregue ao Pontífice pelo religioso rogacionista iraquiano Pe. Jalal Yako que a recuperou pessoalmente das ruínas da Igreja de Mar Zena, em Qaraqosh, próximo a Mossul.  

“Quis entregá-la ao Papa e pedir-lhe para rezar pelos cristãos iraquianos”, disse o sacerdote que nasceu, em Qaraqosh, e há três anos vive no campo de refugiados de Nishtiman, em Irbil, no Curdistão iraquiano. Ali, vivem cinquenta mil cristãos que moravam em Qaraqosh, obrigados a fugir em 2014 para não serem mortos. 

Recentemente, o sacerdote voltou a Qaraqosh que se tornou uma  cidade fantasma da Planície de Nínive. “Não existe mais nada, tudo foi destruído”, disse Pe. Jalal ao Papa Francisco. Ao falar sobre a vida no campo de refugiados, afirmou que, infelizmente, existem campos de séria a e série b. “Não são certamente cinco estrelas os assentamentos onde os deslocados são todos ou quase cristãos.” 

“Trezentas e cinquenta famílias vivem amontoadas no que restou de um centro comercial. Vivem na esperança de poder voltar à sua terra e reconstruir suas casas e o futuro”, sublinhou. “Tudo que era cristão foi vandalizado e queimado. Nas igrejas, as imagens foram usadas como alvos, e as casas e lojas de famílias cristãs foram saqueadas e devastadas”, acrescentou o religioso.
 
O sacerdote confirmou ao Papa a sua total disponibilidade de voltar a Qaraqosh. “As pessoas pedem para que haja a presença da Igreja”, disse ele. “Certamente, não sabemos ainda quando será possível voltar para casa, mas se formos uma comunidade unida, cedo ou tarde conseguiremos”, concluiu Pe. Jalal. 

(MJ)

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Santa Sé: desarmamento e não à proliferação de armas

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Nova Iorque (RV) - Sem o desarmamento, a não proliferação e o controle das armas a paz continuará sendo gravemente ameaçada com o consequente aumento do risco de uma utilização de armas biológicas, químicas e nucleares por parte de Estados ou grupos terroristas.

Foi a forte advertência do observador permanente da Santa Sé na Onu, Dom Bernardito Auza, num debate, esta quinta-feira (28/06), no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O prelado definiu “um imperativo” para todos os atores estatais a superação das divergências e o alcance de soluções políticas para um desafio-chave para a governança mundial.

Contradição em falar de paz e permitir as armas

Passados seis meses da resolução 2325 sobre a não proliferação das armas de destruição em massa, a situação permaneceu substancialmente inalterada, acrescentou o arcebispo filipino citando em seguida o Papa:

“Nós dizemos: nunca mais, mas, ao mesmo tempo, produzimos armas e as vendemos àqueles que estão em guerra com outro. É uma contradição absurda falar de paz e, ao mesmo tempo, promover ou permitir o comércio de armas.”

Um desafio global

A Santa Sé define a cooperação entre os Estados e a coordenação dos esforços nacionais, regionais e internacionais como essenciais para reforçar a resposta a esse sério desafio global. O representante vaticano exortou todos os Estados à adoção de medidas adequadas em conformidade com o direito nacional e internacional.

Sim à criação de áreas livres de armas de destruição em massa

Segundo o observador permanente “a criação de áreas livres de armas de destruição em massa constituiria um grande passo” a demonstrar a possibilidade de alcançar “um acordo global pela não proliferação” e a tutela da segurança global e do desenvolvimento sustentável.

De fato, os custos humanos e materiais derivantes da produção de armas tanto convencionais quanto de destruição em massa são enormes, ressaltou Dom Auza. (RL/PO)

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Santa Sé na ONU: a gramática do diálogo para educar e construir pontes

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Nova Iorque (RV) – Nesta semana, em pronunciamento em Nova Iorque, num encontro sobre instrução e objetivos para o desenvolvimento sustentável, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, reiterou a necessidade, muitas vezes evidenciada pelo Papa Francisco, de reforçar o direito primário das famílias em educar os próprios filhos.

O arcebispo citou palavras do Pontífice, explicando que a tutela e a assistência das famílias na educação dos filhos é a base da atuação da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Dom Auza lembrou a experiência secular da Igreja Católica no campo da instrução, contribuindo a um mundo mais unido e pacífico: muitas são as escolas fundadas no mundo inteiro, “abertas a todos, meninas e meninos” e “aos pobres que, caso contrário, não teriam recebido instrução”.

A gramática do diálogo que educa e constrói pontes

Dom Auza acrescentou ainda que as instituições educativas devem promover a “gramática do diálogo”, base da cultura do encontro e instrumento para harmonizar a diversidade cultural na busca da verdade. Um clima de respeito, estima, escuta e solidariedade, segundo ele, podem responder a tantas formas de violência, pobreza, tráfico e restrição à liberdade.

Educados pela “gramática do diálogo”, finalizou convicto o Observador Permanente da Santa Sé, as novas gerações encontrarão motivações para “construir pontes e encontrar novas respostas aos vários desafios do nosso tempo”. (AC)

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Óbolo de São Pedro: "um sinal de solidariedade sem-fronteiras"

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Cidade do Vaticano (RV) - Uma prática muito antiga que chega até nossos dias. Trata-se do Óbolo de São Pedro, a coleta que se realiza em todo o mundo católico em 29 de junho ou no domingo mais próximo da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

A coleta, conhecida como “Jornada para a caridade do Papa”, evoca as origens do cristianismo. O substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, explica os dois motivos que tornam o Óbolo de São Pedro ainda hoje atual, como nas origens:

Em primeiro lugar, “oferecer um apoio material a quem vive para anunciar o Evangelho, portanto, às necessidades do apostolado, incluindo as atividades da Santa Sé”; e, depois, “cuidar dos mais necessitados, que infelizmente nunca faltam, não somente aqueles que estão perto de nós, mas também tantos contextos de sofrimento, muitas vezes esquecidos”.

“Dar o Óbolo é como quando um fiel dá uma oferta a seu pároco e lhe diz: ‘Utilize-a para o bem da comunidade. Em suma, é um sinal de solidariedade, o mesmo que o Papa faz para o bem da Igreja universal”, esclarece o arcebispo.

“O doador é um cidadão global e isso significa que a solidariedade não conhece confins”, conclui o prelado. (RL/Sir)

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Igreja no Brasil



Card. Sérgio da Rocha: "Nunca vi um Jubileu tão simples como o do Papa"

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja no Brasil tem 5 novos arcebispos metropolitanos que receberam o Pálio abençoado pelo Papa Francisco na manhã desta quinta-feira (29/06).

Eles trazem novas oportunidades e são um motivo de esperança e gratidão”. Quem afirma é o Cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e Presidente do Episcopado brasileiro. A entrevista foi concedida em exclusiva ao Programa Brasileiro da RV. Ouça aqui: 

“Há um ritmo normal de renovação da Igreja no Brasil e isto não termina nunca, pelo número de bispos que o Brasil tem... Graças a Deus, porque nosso episcopado é tão grande... Eu acho que nós damos muito trabalho para o Papa, que está sempre necessitando nomear novos  bispos. A Nunciatura do Brasil tem certamente um trabalho muito grande também. Mas graças a Deus que é um santo trabalho, porque nós nesta hora fazemos aquilo que é previsto pela Igreja, isto é, a substituição dos bispos de acordo com sua idade ou situações de transferência de um bispo de uma diocese para outra. Isto ocorre numa certa normalidade e num episcopado grande, sempre vamos ter”.

Cinco novos arcebispos são uma oportunidade para vida eclesial

“Este ano, graças a Deus temos irmãos novos que representam sempre o novo que de uma certa maneira chega para as dioceses e para o episcopado brasileiro, uma vez que ao assumir estas arquidioceses, dioceses grandes, que têm um papel muito decisivo na vida local, ao fazer isso, estão trazendo não só oportunidade da vida eclesial local, mas também nacional, porque passam a contribuir ainda mais com a Conferência Episcopal, com a província eclesiástica. Então, é motivo sempre de esperança e de gratidão, porque são irmãos nossos que aceitaram a missão que não é fácil ser arcebispo, geralmente pela natureza das arquidioceses... são grandes cidades ou grandes dioceses e, portanto, têm um grande trabalho a ser feito. São irmãos nossos que se dispõem a ser servidores da Igreja. É o que se espera, que sejam servidores da Igreja, trazendo esperança e paz para nossa gente”.

Simplicidade, misericórdia e missão no ministério do Papa Francisco

“O Papa Francisco tem dado uma imensa contribuição para a renovação da vida e missão da Igreja no mundo de hoje. Penso que podemos resumir muito seu ensinamento na simplicidade, na misericórdia e na missão: tês grandes referências, dentre tantas outras que são derivadas destas, não só nos seus ensinamentos. O Papa ensina através do testemunho de vida, ensina através de suas palavras, mas ensina também através de seus gestos, que são sempre muito significativos. São simbólicos. Por exemplo, a própria forma dele celebrar o seu Jubileu Episcopal, com a simplicidade que nós vimos, ensina muito. O fato dele sempre ressaltar Jesus Cristo como centro... a centralidade de Cristo na vida da Igreja... ele expressou isto na celebração".

"Nunca vi um Jubileu tão simples como o do Papa"

"A maneira dele celebrar o seu Jubileu foi toda voltada para Cristo, para a Eucaristia, para a Palavra de Deus. Ele não falou de si, mas falou de Jesus, da Palavra, de um modo muito simples. Então, o Papa ensina, falando sobre a simplicidade na vida da Igreja, mas ele testemunha a simplicidade nos seus gestos. Isso é muito importante. O mundo de hoje está precisando de testemunhas, de gente que seja coerente com aquilo que fala. Por isso, a autoridade dele, não só dentro da Igreja, mas também no mundo... isto é, sua liderança é reconhecida hoje. Ele tem sido visto realmente como alguém que tem contribuído para a causa da paz no mundo, para a superação da violência, de tantas situações que estão aí de sofrimento”.

Agradecer a Deus por nos ter dado este Papa

O Papa Francisco tem dado esta grande contribuição para a vida da Igreja, isto é, de ensinar, ajudar a Igreja a ser fiel a Jesus Cristo e ao Evangelho, fazendo isto através de seus gestos muito concretos de vivência dos valores que ele propõe para o mundo. Temos muito o que agradecer a Deus. O Jubileu dele é ocasião para louvar a Deus pela presença e o testemunho dele na Igreja hoje”.

(CM)

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Apresentado o DVD da Campanha Missionária 2017

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Brasília (RV) - As Pontifícias Obras Missionárias (POM) apresentam o DVD da Campanha Missionária 2017 com o tema: “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” e o lema: “Juntos na missão permanente”. A Campanha é promovida todos os anos no mês de outubro quando se realiza, no penúltimo domingo, a Coleta do Dia Mundial das Missões (este ano dias 21 e 22).

Produzido pela Verbo Filmes e organizado pelas POM, o DVD contém nove capítulos, um para cada dia da Novena, com destaque para testemunhos de missionários e missionárias que vivem a alegria de anunciar o Evangelho em diversos contextos de missão. Dispostos em temas, os capítulos seguem o roteiro da Novena Missionária conforme indicado no livrinho. Pode ser utilizado também em reuniões das pastorais, conselhos paróquias e comunitários, grupos e movimentos, e até mesmo nos encontros de oração.

 

“O Papa Francisco nos convida a uma nova etapa Evangelizadora marcada pela alegria (EG 1) que brota do encontro com Jesus Crucificado e Ressuscitado. Este DVD e os demais materiais da Campanha Missionária, pode ser utilizados de diversas formas: na família, na comunidade, na paróquia, nos grupos e pastorais”, explica padre Maurício da Silva Jardim, diretor das POM. “O DVD é animado pelo hino “Brasil Missionário” e nos convida a partilhar em forma de oração, fazer a Leitura Orante da Palavra e animar cada vez mais a Igreja em saída missionária. Por meio do testemunho profético nós queremos ser essa Igreja em missão nas periferias existenciais e geográficas”, complementa o diretor.

Materiais

Além do DVD, para animar a Campanha, as Pontifícias Obras Missionárias prepararam o cartaz com o tema e o lema; a Novena missionária; Mensagem do papa para o Dia Mundial das Missões; orações dos fiéis para os cinco domingos de outubro; envelopes para a Coleta do Dia Mundial das Missões e duas versões de marcadores de páginas com a oração missionária.

Todos os itens da Campanha estão sendo enviados até o final do mês de junho às 276 dioceses e prelazias do Brasil para serem distribuídos entre as paróquias e comunidades. É importante verificar se o material está chegando e organizar a sua distribuição. Além disso, os materiais estão disponíveis no site das POM para baixar e multiplicar livremente.

Novidade

Este ano, o cartaz, o livrinho da Novena e os marcadores de páginas trazem o Zapcode com acesso para três vídeos extras sobre a Campanha Missionária. Para utilizá-lo basta baixar gratuitamente o Aplicativo Zappar no Smartphone (celular e tablet). Depois, ao direcionar o aparelho para o cartaz é possível assistir aos vídeos e acessar os conteúdos da Campanha Missionária.

Clique aqui para assistir a série de vídeos.

(JP/CM)

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Formação



Pe. Sidnei Dornelas: Concílio foi sementeira e aponta caminhos

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, continuamos em nossa edição de hoje do quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” com a participação do assessor da Comissão para Ação Missionária – CNBB, Pe. Sidnei Marco Dornelas. 

Prosseguindo suas considerações sobre a implementação do Concílio, o sacerdote scalabriniano desenvolve o conceito de que o Vaticano II foi uma imensa sementeira: “tem muitos temas que ali foram sinalizados mas não foram desenvolvidos naquele momento”, afirma.

“Essa recepção é desigual, depende do momento que a gente está vivendo, depende dos apelos da história” e é nossa sensibilidade que vai fazer haurir desse tesouro que é o Vaticano II essas novas frentes de evangelização, “como a gente pode trabalhar essa riqueza humana e pode levar à frente”, acrescentar.

Pe. Sidnei diz-nos ainda que “o Vaticano II aponta caminhos e nós somos chamados a atualizá-lo nessa nova realidade que vivemos no tempo de hoje”. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Cardeal Pell retorna à Austrália para responder acusações de abusos

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Cidade do Vaticano (RV) - Com pesar, a Santa Sé recebeu a notícia da abertura do processo penal na Austrália contra o prefeito da Secretaria para a Economia, Cardeal George Pell, pelas imputações referentes a fatos ocorridos décadas atrás. É o que informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Ao tomar conhecimento, no pleno respeito das leis civis e reconhecendo a importância de sua participação a fim de que o processo possa realizar-se de modo justo e assim favorecer à busca da verdade, o Cardeal Pell decidiu retornar a seu país para enfrentar as acusações que lhe foram atribuídas.

Informado pelo próprio purpurado, o Santo Padre concedeu-lhe um período de dispensa para que o mesmo possa defender-se. Durante a ausência do prefeito, a Secretaria para a Economia continuará desempenhando suas tarefas institucionais. Os secretários continuarão em seus cargos para a prossecução das questões ordinárias, donec aliter provideatur (até novas disposições, ndr), lê-se no comunicado.

O Santo Padre, que pôde apreciar a honestidade do Cardeal Pell durante os três anos de trabalho na Cúria Romana, é-lhe grato pela colaboração e, em particular, pelo enérgico empenho em favor das reformas no setor econômico e administrativo e pela ativa participação no Conselho de Cardeais (C9), acrescenta ainda.

A Santa Sé expressa respeito pela justiça australiana que deverá decidir o mérito das questões levantadas.

Ao mesmo tempo – afirma –, “deve-se recordar que há décadas o Cardeal Pell condenou abertamente e repetidamente os abusos cometidos contra menores como atos imorais e intoleráveis, cooperou no passado com as Autoridades australianas”, apoiou a criação da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores e, por fim, “como Bispo diocesano na Austrália introduziu sistemas e procedimentos para a proteção de menores e para dar assistência às vítimas de abusos”, conclui o comunicado.

Chamado a comparecer no Tribunal no próximo 18 de julho, o purpurado reiterou sua inocência anunciando – em declaração na Sala de Imprensa da Santa Sé – que se defenderá “com todas as forças” destas “falsas” acusações.

“Trata-se de um acirramento sem trégua”, afirmou o Cardeal Pell, mas “agora estou contente por finalmente poder defender-me nos tribunais. Reitero a minha inocência em relação a estas acusações. São falsas. A própria ideia de abusos sexuais é para mim repugnante”.

“O processo judiciário me dará a oportunidade de rechaçar todas as acusações e de retomar meu trabalho em Roma”, ressaltou. (RL)

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Cultura digital: a Internet não é opção, mas dado de fato, diz Pe. Spadaro

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Cidade do Vaticano (RV) – As características da comunicação digital e a contribuição do Papa Francisco a essa nova dimensão vivida por milhares de pessoas atualmente foram analisadas pelo Pe. Antonio Spadaro, diretor da revista romana dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”, por ocasião de um seminário sobre o tema que terminou na quarta-feira (28). O evento aconteceu na Pontifícia Universidade Santa Croce, em Roma, com organização da embaixada do Reino Unido na Santa Sé.

Segundo Pe. Spadaro, “a cultura digital nasce dentro de um ambiente que é exatamente o ambiente criado pelas redes sociais e pela própria Rede. Então, para compreender os valores é necessário vivê-los de dentro pra fora: é uma forma de enculturação que cada um de nós deve fazer, porque a Rede não é mais uma opção, mas um dado de fato”.

Questionado sobre as contribuições da Igreja e, em especial, do Papa Francisco para tornar a Internet “mais humana”, Pe. Spadaro respondeu:

Pe. Spadaro“A coisa mais importante é não considerar a Internet como um instrumento, de não considerá-la como uma realidade de fios, de cabos, de modem, de computador, mas como uma rede de pessoas. Enfim, o conceito mais importante é que a Rede é um lugar de proximidade, isto é, de aproximação. Então, tudo aquilo que faz com que o contato entre as pessoas seja autêntico, verdadeiro, solidário, tudo isso corresponde à vocação que tem a Rede. Tudo aquilo que, ao contrário, divide, separa, cria ódio e considera a Rede simplesmente como um instrumento para impor a si próprio, isso deve ser deixado de lado, porque vai além do plano de Deus sobre a comunicação humana." (AC)

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São Pedro: recriação de obra de Caravaggio faz parte de mostra em Roma

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Roma (RV) – Uma mostra na Academia Real da Espanha, com sede em Roma, recorda a partir desta quinta-feira (29) o aniversário de martírio de 1950 anos de São Pedro e São Paulo, martirizados no ano de 67.

Segundo a tradição cristã, São Pedro foi crucificado em São Pedro em Montorio, uma praça onde hoje se encontra a Academia de Espanha. É um dos lugares mais emblemáticos ligados à memória de São Pedro em Roma, onde foi construída a capela da crucificação do apóstolo e o chamado “Tempietto del Bramante”, um pequeno túmulo comemorativo, considerado uma obra-prima da arquitetura italiana do Alto Renascimento.

Para comemorar o aniversário de martírio, o artista espanhol Santiago Ydánez apresentará três obras inspiradas em dois grandes pintores: Caravaggio e Ribera. Segundo o artista, “Caravaggio é um grande cenógrafo e um excelente criador de imagens. Ribera utiliza a matéria com maior fluidez e plenitude, em relação a Caravaggio, mas acaba sendo mais tradicional na composição das suas obras em confronto ao mestre italiano. No meu tríptico (pintura realizada em três painéis), longe de fazer uma comparação com os dois artistas, eu uno a plenitude da matéria de Ribera com a cena criada de Caravaggio. Eu me diverti muito”, concluiu Santiago.

A "Crucificação de São Pedro", de Caravaggio, é uma das recriações do artista espanhol. A mostra poderá ser visitada até o final de julho, na Academia Real da Espanha, em Roma. (AC)

 

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