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Sumario del 04/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Reze com o Papa em julho: pelas pessoas afastadas da fé

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Cidade do Vaticano (RV) – Pelas pessoas afastadas da fé cristã: esta é a intenção de oração para este mês de julho, proposta pelo Papa Francisco à Rede Mundial de Oração. 

No vídeo, o Pontífice convida a jamais nos esquecer que a alegria do cristão é Jesus, “seu amor fiel e inesgotável”. “Quando um cristão está triste, isso significa que ele se afastou de Jesus”, afirma Francisco em espanhol, com legendas em português.

Nesses momentos, o Papa encoraja a não abandonar um irmão, oferecendo a ele a esperança cristã com a palavra, o testemunho, a liberdade e a alegria.

“Peçamos pelos nossos irmãos que se afastaram da fé, para que, através da nossa oração e testemunho evangélico, possam redescobrir a beleza da vida cristã”, é a intenção universal de oração para este mês de julho.

Caráter luminoso da fé

“A preocupação manifestada pelo Papa Francisco não é nova“, afirma o Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração, P. Frédéric Fornos, SJ.

Em 2013, prossegue o jesuíta, na encíclica Lumen Fidei, Francisco alertou sobre os perigos de se perder a fé. ‘É urgente recuperar o caráter luminoso próprio da fé, pois quando sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder seu vigor’, escreve o Papa.

 

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Mensagem do Papa ao Infomigrants.net: mais fraternidade entre os povos

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Roma (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem, recentemente, ao portal Infomigrants.net da agência italiana de notícias ANSA, encorajando “as instituições, associações e indivíduos que se abrem, com sabedoria, ao fenômeno complexo da migração com ações adequadas de apoio, testemunhando os valores humanos e cristãos que estão na base da civilização europeia.” 

O portal Infomigrants.net é um fluxo de notícias para os migrantes, realizado pela ANSA junto com os parceiros europeus ‘France Media Monde’ e ‘Deutsche Welle’.

“Manifesto meu apreço sincero por essa iniciativa importante e desejo que favoreça a integração dessas pessoas, respeitando as leis dos países que as acolhem. Que essa iniciativa possa suscitar na sociedade o compromisso renovado por uma cultura autêntica de acolhimento e solidariedade. A presença de muitos irmãos e irmãs que vivem a tragédia da migração é uma oportunidade de crescimento humano, de encontro e diálogo entre culturas, em vista da promoção da paz e da fraternidade entre os povos”, afirma o Papa no texto segundo a agência ANSA.

Francisco assegura suas orações, invocando a proteção de Deus, Pai de todos, para que Ele seja companheiro de viagem daqueles que são obrigados a deixar a própria terra por causa de conflitos armados, ataques terroristas, fome e regimes totalitários. Que os migrantes possam encontrar irmãos e irmãs que partilham com eles o pão e a esperança no percurso comum.” 

(MJ)

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Após apelo do Papa, "Bambino Gesù" disponível receber Charlie

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Roma (RV) – Após o apelo do Papa Francisco para que o desejo dos pais de Charlie de “acompanhar e cuidar” do filho “até o fim” não fosse negligenciado, o Hospital “Bambino Gesù” em Roma abriu as portas para receber o pequeno de dez meses.

A Presidente do Hospital, Mariella Enoc, anunciou na segunda-feira ter pedido ao Diretor de Saúde do instituto para verificar com o hospital inglês onde Charlie está internado, se existem condições para uma eventual transferência para o “Bambino Gesù”.

“Sabemos que é um caso desesperador – afirmou – e que, segundo parece, não existem terapias eficazes”, mas como recordou o Papa no tweet de sexta-feira, “defender a vida humana, sobretudo quando é ferida pela doença, é um compromisso de amor que Deus confia a todo ser humano”.

“As palavras do Santo Padre em relação ao pequeno Charlie – explica Enoc – sintetizam bem a missão do Hospital Bambino Gesù”.

Também um hospital dos Estados Unidos, cujo nome não foi revelado, se ofereceu para cuidar do pequeno gratuitamente.

Neste contexto, a Premier Theresa May informou que todos os seus pensamento estão voltados para a criança e seus pais.

Enquanto isto, em diversas partes do mundo, multiplicam-se as iniciativas de oração pelo pequeno Charlie.

(JE/SC)

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Santa Sé e al-Azhar: diálogo para construir um mundo mais justo

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Cairo (RV) - Realizou-se, nesta segunda-feira (03/07), no Cairo, na Nunciatura Apostólica no Egito, um encontro entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (PCDI) e o Centro de al-Azhar para o Diálogo (CAD), refere num comunicado o organismo vaticano. 

A delegação do Centro de al-Azhar era composta pelo secretário-geral da Academia de Pesquisas Islâmicas de al-Azhar, o xeique professor Mohey al-Din Afifi Ahmed, coordenador do diálogo nesse organismo, e pelo Doutor Kamal Boraiqa Abdelsalam, membro desse centro de diálogo.

A delegação do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso era formada pelo secretário do organismo vaticano, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, pelo Mons. Khaled Akasheh, chefe do Departamento para o Islã, e pelo Diretor do Instituto Dominicano de Estudos Orientais do Cairo, Pe. Jean Druel.

Na esteira do acordo precedente, de 28 de maio de 1998, e à luz dos discursos do Papa Francisco e do Grão-imame de al-Azhar, Ahmed Muhammad al-Tayeb, durante a histórica Conferência de Paz do Cairo, em 28 de abril passado, foi manifestado o compromisso comum de prosseguir nas reflexões partilhadas a fim de promover um diálogo inter-religioso profícuo e eficaz, centrado na promoção da paz e na construção de um mundo mais justo.
 
(MJ)

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Santa Sé: medicamentos para todos, não apenas a poucos privilegiados

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Genebra (RV) - “Não obstante as promessas e os esforços para realizar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, milhões de pessoas ficaram para trás.”

Foi o que disse, nesta terça-feira (04/07), o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Genebra, na Suíça, Dom Ivan Jurkovič, na reunião da 26ª Comissão Permanente da Organização Mundial para a propriedade intelectual. 

Durante o encontro, centrado no tema “Patentes e saúde”, foi sublinhado que o acesso a medicamentos a um custo acessível é um desafio não só para as nações pobres e os países em desenvolvimento, mas também para os Estados desenvolvidos.

Dom Jurkovič recordou o que foi escrito pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato si: “Muitas vezes não se tem uma consciência clara dos problemas que afetam particularmente os excluídos. Eles são a maior parte do Planeta, bilhões de pessoas.”

Conforme afirmado pelo Papa Francisco, em 14 de abril de 2016, aos participantes do encontro de alto nível dos líderes das Indústrias farmacêuticas e diagnóstico, é necessário prosseguir nos esforços para garantir o acesso a medicamentos. Deve-se continuar até encontrar a vontade, experiência, recursos e métodos para garantir tal acesso a todos, não apenas a poucos privilegiados, pois não existe uma vida humana mais sagrada que a outra. 

(MJ)

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Igreja no Brasil



Conheça e compartilhe a cartilha 'Cuidando da Casa Comum'

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Cidade do Vaticano (RV) - A partir da fé cristã, vivenciar a Espiritualidade Ecológica e o cuidado com a Casa comum: é a meta da Comissão Socioambiental da Diocese de São José dos Campos (SP). E a para promover o apoio, a sensibilização e a formação socioambiental nas paróquias, pastorais, movimentos e organismos, em 2015 a Comissão teve uma ideia que tem dado resultados. Com um grupo de leigos, foi criada a cartilha "Cuidando da Casa Comum", que reúne dicas práticas e objetivas que podem ser aplicadas em nosso cotidiano. Hoje nós vamos conhecê-la com o Professor Luciano Rodolfo de Moura Machado, educador ambiental e coordenador da Comissão. Ele começa explicando como surgiu a ideia. Ouça aqui: 

“Nós sabemos que a Igreja do Brasil tem uma grande tradição através das Campanhas da Fraternidade em tratar de temas ambientais como, este ano, falamos do tema dos biomas. Notamos que a questão ambiental ficava sem uma maior dimensão de conversas, de ações em nossas paróquias. Então, a ideia da formação deste grupo era dar perenidade, continuidade na discussão, no debate, nas ações no campo socioambiental”.

“A Encíclica Laudato si, que completou em 18 de junho 2 anos, motivou ainda mais a criação deste grupo. A ideia da Cartilha era justamente dar maior visibilidade para a Encíclica do Papa, por meio de dicas práticas e objetivas, que possam ser aplicadas no nosso cotidiano, seja nas ações das paróquias, dos movimentos, da Igreja Católica, mas também que isso transborde para a sociedade”.

Nós, como cristãos, na sociedade, como podemos fazer a diferença... esta cartilha teve este intuito”.

Quem de nós não tem um velho celular, um gravador de K7 ou outro equipamento eletrônico obsoleto mofando em algum canto de casa esperando para ser eliminado? A Comissão Socioambiental da Diocese de São José dos Campos pensou nisso...

 “Várias ações que viemos desenvolvendo nestes últimos dois anos têm surtido efeito nas comunidades. Uma das ações que tem chamado bastante a atenção das pessoas é o recolhimento de resíduos eletrônicos, utilizando as paróquias como ponto de entrega. Existe uma cooperativa especializada em resíduos eletrônicos aqui na cidade e nós fazemos uma campanha. A cada final de semana eles ficam numa paróquia , que é mobilizada com duas semanas de antecedência para que seja este ponto de coleta”. 

(CM)

 

 

 

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Igreja no Mundo



EUA: católicos empenhados em evangelizar as periferias físicas do país

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Orlando (RV) – Terminou nesta terça-feira (4), em Orlando, nos Estados Unidos, o grande encontro dos católicos americanos que reuniu, durante quatro dias, 3 mil pessoas, entre as quais, 160 bispos e representantes de 200 associações. O evento é considerado o segundo do gênero na história da Igreja estadunidense, convocado pela Conferência Episcopal do país.

Com o tema “A alegria do Evangelho na América”, o compromisso final dos participantes foi levar a Palavra de Deus nas periferias físicas e existenciais do país, hoje, mais do que nunca dividida pela exclusão social, pelo racismo e pela polarização política. É uma resposta ao chamado do Papa Francisco na sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium.

O vice-presidente da Conferência, Dom José H. Gomez, enfatizou nesta segunda-feira (3), que esse desafio não vê somente bispos e clero convocados, mas toda a Igreja: ser cristãos, de fato, não é somente aceitar Cristo como nosso Salvador, mas requer ir às periferias físicas e existenciais da sociedade. O prelado acrescentou que “essas periferias são aquelas partes das nossas cidades e áreas rurais que nunca visitamos. São os lugares onde vivem os pobres, as prisões e os acampamentos dos nossos espaços públicos. São os frutos amargos do abandono, do tráfico e da injustiça”.

Dom José lembrou do Papa ao dizer que esses lugares “não são somente áreas físicas e categorias sociais. É onde a pobreza é material, mas também espiritual”. Francisco, prosseguiu ele, “nos diz que no mundo moderno as periferias estão crescendo e que esse é um novo território de missão” para a Igreja.

O prelado também chamou em causa a responsabilidade das elites do país por ter conduzido a uma “agressiva descristianização” da sociedade dos Estados Unidos. “Com a perda de Deus estamos assistindo a perda da pessoa humana”, disse ele. O resultado, como demonstram as últimas eleições presidenciais, é um povo profundamente “dividido pelo dinheiro, pela posição racial, pelo nível de instrução e pelos contextos familiares, que tem medo do futuro e se sente impotente e excluído”. A resposta a essa crise, concluiu o arcebispo de Los Angeles, é “a imitação de Jesus e o encontro com as pessoas nos lugares de sofrimento e de injustiça, onde as pessoas são esquecidas”. (AC)

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Suíça: nova versão francesa do Pai Nosso a partir de 2018

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Berna (RV) – A Conferência Episcopal da Suíça aceitou transferir para a Páscoa do próximo ano a entrada em vigor de uma alteração na tradução francesa do Pai Nosso, justificando que “o essencial é rezar juntos”. A decisão responde aos pedidos da Federação das Igrejas Protestantes, da Conferência da Igrejas Reformadas e da Igreja Católica-Cristã do país. 

A primeira data da modificação era prevista para o primeiro domingo do Advento, isto é, 3 de dezembro de 2017. A prorrogação, porém, vai consentir às três Igrejas de introduzir contemporaneamente a nova versão da oração nas respectivas liturgias, “num espírito de comunhão ecumênica”, escrevem os bispos num comunicado divulgado pelo L’Osservatore Romano.

Alteração já foi adotada na Bélgica

Ao final da Assembleia Plenária de fim de maio no Mosteiro de Einsiedeln, o episcopado helvético, aderindo à escolha feita em 2013 na França e em outros países de língua francesa, anunciou a introdução da alteração na parte da Suíça onde o francês é o idioma oficial. A modificação na tradução do texto original grego do Pai Nosso é no trecho que irá para “não nos deixeis entrar (ou cair) em tentação" (“Et ne nous soumets pas à la tentation” passará a ser “Et ne nous laisse pas entrer en tentation”).

Essa alteração já está em vigor na Bélgica desde 4 de junho e será introduzida na França, em dezembro, enquanto a Conferência Episcopal do Canadá divulgou que “não teve como promover logo essa modificação”.

Uma versão mais próxima do texto original

O presidente da Conferência das Igrejas Reformadas da parte francesa da Suíça, Xavier Paillard, como o presidente do Conselho da Federação das Igrejas Protestantes, Gottfried Locher, e o bispo para os católicos-cristãos, Harald Rein, da preocupação pela repentina mudança agora se sentem “aliviados” com a notícia.

De fato, mesmo reconhecendo que a versão corresponde melhor ao texto original, entre as diversas denominações cristãs houve um pouco de perturbação por não existir uma pré-consulta. Agora, o acordo vai permitir que cada comunidade eclesial tenha o tempo necessário para consultar as próprias instâncias e poder se alinhar com a Igreja católica romana a partir da Páscoa de 2018.

Uma decisão como sinal ecumênico

Na Suíça, o ecumenismo é forte. Desde 1966 existe uma tradução ecumênica da Bíblia, e os cristãos de expressão francesa fazem a mesma oração ao Pai. A decisão do Episcopado Católico vai consentir de preservar o caminho comum. (AC/L’Osservatore Romano)

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G20 em Hamburgo: apelo dos bispos alemães por justiça e paz

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Essen (RV) - A justiça, a paz e a tutela da Criação são os temas que, segundo os bispos alemães, devem ser abordados na iminente cúpula do G20, que se realizará, em Hamburgo, nos próximos dias 7 e 8 deste mês. 

Segundo o Bispo de Essen, Dom Franz-Josef Overbeck, responsável pelas políticas sociais da Conferência Episcopal Alemã, “é necessário avaliar o contexto atual controverso”.

“A cúpula se realizará em circunstâncias difíceis”, disse o prelado citado pela Agência Sir. “Os Estados Unidos têm um novo ponto de vista sobre o comércio e as mudanças climáticas. Uma linha ocidental comum é difícil prever”, sublinhou. 

Segundo o bispo, em várias partes do mundo “estão florescendo modelos de Estado autoritário” que tornam “a situação mundial atual não muito encorajadora”. 

O Bispo de Essen pede aos Estados Unidos para que tenham um papel fundamental em favor da “paz, da segurança, do comércio mundial justo e da proteção do clima”, pois “a estabilidade do regime internacional depende da confiabilidade e da colaboração dos Estados Unidos na gestão do poder global” e de uma atitude “construtiva e generosa”.

(MJ)

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Vigário Apostólico: medo e incertezas afugentam cristãos do Catar

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Doha (RV) - Muitas famílias católicas "deixaram o Catar" nestas últimas semanas, devido às tensões entre Doha e o bloco de países da região do Golfo liderados pela Arábia Saudita. Já se fala de uma "crise do ponto de vista social", que levou "muitas pessoas a perder o trabalho" e a "gerar uma situação de incertezas para o futuro".

É o que relata à Agência Asianews o Vigário Apostólico da Arábia Setentrional (Kuwait, Arábia Saudita, Catar e Barhrein), Dom Camillo Ballin, ao descrever a situação vivida pelos católicos no Catar, a grande maioria imigrantes atingidos pelas controvérsias entre Riad e Doha.

"Esta situação - prossegue o prelado - acaba envolvendo os cristãos, que não têm interesses pessoais nos acontecimentos da política local". A incerteza - acrescenta - "não encoraja os investimentos, e o resultado é um país bloqueado".

“Batalha final” pelo domínio no Oriente Médio

O grupo liderado pela Arábia Saudita acusa o Catar de apoiar movimentos terroristas islâmicos, e sobretudo de manter laços diplomáticos e comerciais com o Irã, inimigo número 1 dos sauditas no Oriente Médio.

Na realidade, segundo alguns analistas - esta seria a "batalha final" pelo domínio no Oriente Médio entre wahhabitas e Irmandade Muçulmana, com sérias repercussões no setor do turismo e do trabalho.

A carta com a resposta ao ultimato recebido da Arábia Saudita e de outras nações do mundo árabe com uma lista de exigências - assinada pelo Emir do Catar - foi entregue esta segunda-feira ao Kuwait (mediador da crise), pelo Ministro do Exterior Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.

A resposta virá na quarta-feira, após ser analisada pelas autoridades dos países envolvidos. Caso for rejeitada, serão impostas sanções.

Presença de imigrantes cristãos poderá diminuir no país

Até o momento - sublinha o Vigário Apostólico - "não existem ainda números precisos" sobre quantos cristãos abandonaram o país, todavia, é certo que "diversas famílias já partiram". Dos 300 mil fiéis no período pré-crise, "o número poderá cair".

A comunidade católica local - explica o prelado - é formada por "migrantes econômicos e trabalhadores, provenientes a maior parte de países da Ásia, sobretudo Índia e Filipinas, seguidos por Bangladesh e Paquistão".

"Os cristãos trabalham em diversos setores, alguns dos quais "especializados", como "enfermeiros, farmacêuticos, doutores, professores"; outros ainda são "operários genéricos" que se adaptam às profissões mais variadas possíveis, "a fim de manter as famílias de origem".

"Na vida cotidiana ainda não se percebem os efeitos da crise - prossegue Dom Ballin - porque o Irã e a Turquia suprem todas as necessidades do país. Estas importações são porém mais caras e acabam influenciando a vida da faixa mais pobre da população".

Crise

O temor - explica o prelado - é que "se houver outras sanções ou os países que congelaram as contas decidirem retirar seu dinheiro dos depósitos bancários, será um a tragédia para o Catar. E os primeiros a sentirem os efeitos, também neste caso, serão os mais pobres".

Os efeitos - acrescenta - "são perceptíveis no mercado de trabalho e pelo fato de que os grandes investidores não querem fazer novos projetos. A instabilidade é um perigo evidente e é um fenômeno existente há algum tempo em nível regional, consequência da queda do preço do petróleo.

Temor de novo conflito

Naturalmente, não faltam temores de um novo conflito para a região, com ulteriores repercussões, sobretudo em nível de trabalho e vidas humanas".

"Os que partiram - avalia o Vigário Apostólico de origem italiana - certamente não o fazem com a intenção de voltar no futuro, ao menos não num primeiro momento.

Nós procuramos ajudar quem permanece, mesmo não sendo fácil, porque as necessidades são grandes e o clima de incertezas não ajuda. De resto, a Igreja não pode assumir o sustento de milhares de famílias, e se não existe trabalho, a única alternativo é partir".

(JE/Asianews)

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Ortodoxos russos e coptas egípcios fortalecem relações

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Moscou (RV) – A peregrinação à Rússia de uma delegação de abades e monges coptas e a posterior participação em Astana da reunião da relativa Comissão para o diálogo, fortaleceu as boas relações entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Copta Ortodoxa.

Isso já havia sido sublinhado em 23 de maio passado, quando do encontro em Moscou do Patriarca Kirill com Tawadros II, ocasião em que foram ressaltados os passos dados no incremento das relações bilaterais, na perspectiva do desenvolvimento do trabalho comum.

Gratidão dos coptas pelo apoio dos ortodoxo russos

Em Astana, de 27 a 29 de junho – refere o L’Osservatore Romano – os membros da Comissão para o Diálogo – co-presidida do lado russo pelo Bispo de Kaskelen, Gennadius, e do lado copta pelo Metropolita de Los Angeles, Serapion – constataram com satisfação o bom êxito dos contatos entre os representantes do monaquismo, graças às visitas recíprocas de abades e monges realizadas em 2016 e 2017. Os encontros terão continuidade no futuro.

Projetos comuns

Também foram discutidos projetos comuns na área social. Em março uma delegação da Igreja Copta foi à Rússia. Da mesma forma irão ao Egito representantes do Patriarcado de Moscou.

Notáveis as relações no âmbito acadêmico: entre outros, foram promovidos programas de intercâmbio de estudantes, e responsáveis coptas participaram de conferências de teologia, organizadas pelo Instituto de Estudos Superiores “Santos Cirilo e Metódio”; teólogos russos, por sua vez, foram convidados para o Fórum que a Igreja Copta está organizando, sobretudo nas próprias dioceses no exterior.

Diálogo entre Igreja Ortodoxa Russa e Igrejas Orientais

Um dos objetivos é o de contribuir ao diálogo entre a Igreja Ortodoxa e a grande família das Igrejas Orientais, em particular, por meio de consultas bilaterais entre os teólogos.

A este respeito, o Arcipreste Oleg Davydenkov, docente na Universidade São Tikhon, apresentou um relatório com os diferentes pontos que servirão para formular a lista das questões a serem aprofundadas em tais reuniões.

Os trabalhos em Astana trataram, inevitavelmente, dos atos de terrorismo perpetrados no Egito contra os fiéis coptas, como os ataques às Igrejas no Cairo, Alexandria e Tanta, o ataque contra o ônibus que conduzia peregrinos em Al-Minya e os atentados no Sinai, com dezenas e dezenas de vítimas entre os cristãos.

Os representantes coptas agradeceram aos ortodoxos russos pelo apoio - mensagens enviadas ao Patriarca Tawadros II por ocasião dos atentados, quer pelo Patriarca Kirril, como pelo Metropolita Hilarion – e no geral, pelos esforços realizados em defesa da comunidade cristã nos países onde são perseguidos.

Comissão para o diálogo entre a Igreja Ortodoxa russa e a Igreja Ortodoxa Copta criado em 2015

A Comissão para o diálogo entre a Igreja Ortodoxa russa e a Igreja Copta Ortodoxa foi criada em 2015, conforme um acordo estabelecido entre os dois Primazes.

A primeira reunião realizou-se no Cairo em fevereiro de 2016, possibilitando a realização de números projetos comuns.

O encontro realizado em Astana foi o segundo, enquanto a terceira reunião terá lugar em Los Angeles em fevereiro de 2019.

A ser destacado no Cazaquistão – que em outubro de 2018 sediará o sexto Congresso dos líderes das religiões mundiais tradicionais – o colóquio entre os membros das duas delegações contou com a presença, entre outros, do Núncio Apostólico, o Arcebispo Francis Assisi Chullikat.

Também de grande importância, a viagem realizada alguns dias antes à Rússia, por um grupo de abades e monges coptas, guiados pelo Bispo Daniele, Superior do Mosteiro de São Paulo eremita.

Durante a visita, foram visitadas igrejas e mosteiros em Moscou e nos arredores da capital russa.

No domingo, 18 de junho, a delegação copta participou da Divina Liturgia na Igreja de Cristo Salvador, celebrada pelo Patriarca Kirill, com o qual se seguiram os colóquios.

No mesmo dia, o grupo visitou o célebre Monteiro da Trindade, de São Sérgio, em Sergiev Posad.

(JE / L’Osservatore Romano)

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Núncio no Iraque: retorno das famílias cristãs, sinal de esperança

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Badgá (RV) – É no sangue dos mártires que “se alicerça a Igreja”. As palavras do Papa Francisco na Audiência Geral da última quarta-feira, encontraram um novo vigor na consagração pelo Patriarca da Igreja Caldeia, Louis Raphael Sako, da Igreja dedicada aos Santos Pedro e Paulo em Irbil, justamente no dia dedicado aos dois mártires, em 29 de junho.

Entre os participantes da cerimônia, o Núncio Apostólico no Iraque e Jordânia, Arcebispo Alberto Ortega Martin, entrevistado em por telefone, em Badgá, pela Rádio Vaticano:

“Penso que seja uma boa notícia. Em um país onde somos habitados a tantas más notícias, o fato de que tenha sido inaugurada e dedicada uma nova igreja é um grande sinal de esperança. Entre outras coisas, é uma igreja que se encontra em Ankawa, um bairro cristão da cidade de Irbil, a capital do Curdistão iraquiano. Trata-se de uma área onde existem muitos cristãos e em particular muitos cristãos refugiados. Assim, poderão participar mais facilmente das atividades da igreja, da Missa e das celebrações. Entre outras coisas, é uma construção muito grande e bonita. É um belo gesto que demonstra que a Igreja continua, tem vitalidade e que segue em frente não obstante as dificuldades”.

RV: Trata-se de uma igreja dedicada a dois Santos, que o Papa definiu como “colunas” da Igreja, dois Santos mártires, Pedro e Paulo. Qual o significado para o Iraque atual?

”No Iraque, o tema do martírio é vivido muito de perto, porque aqui os cristãos, também pela sua experiência direta, sabem o que são as dificuldades e até mesmo as perseguições. E tantos deles perderam tudo para manter a fé. Ter então como padroeiros da igreja estes dois grandes Santos, que deram a vida pelo Senhor, sem sombra de dúvida que para os cristãos do Iraque é um grande encorajamento e exemplo”.

RV: No dia da celebração, houve algum momento especial em que se percebeu quer algum gesto, uma palavra de esperança, ou até mesmo medo por parte da população?

“Quando terminou a celebração da dedicação do altar, a bênção, a unção do tabernáculo, as pessoas habitualmente começam a gritar de alegria e aplaudir. Foi um momento muito belo, de grande alegria. Mas nas palavras da homilia de Sua Beatitude, o Patriarca Sako, foi possível perceber uma certa  preocupação. Ele exortou e encorajou todos os cristãos a permanecerem no próprio país, a ter uma boa presença no Iraque, não obstante as dificuldades. Vê-se, portanto, que é uma situação difícil, mas precisamente a inauguração de uma nova igreja dá tanta esperança às pessoas: as convida a viver a fé, que é aquilo que pode permitir a elas  continuarem a própria missão”.

RV: Como continuar esta missão dos cristãos em um momento em que o exército iraquiano está reconquistando Mosul, mesmo com a forte resistência por parte do Daesh?

“Esta batalha deverá acabar e se deverá ver um pouco, o que acontece em nível militar, esperando que também a situação política e social seja um pouco mais estável. Mas o importante é que os cristãos, como dizia também o Patriarca, permaneçam apegados à fé e a sua terra, a sua pátria, continuando - não obstante as dificuldades - a fornecer aquela preciosa contribuição que podem dar para o bem – não somente da Igreja – mas também para toda a sociedade. Muitos querem retornar aos seus povoados que foram libertados. Agora se deve pensar na reconstrução”.

RV: O senhor disse que em Irbil existem deslocados iraquianos que ali encontraram um abrigo. Qual é a situação neste momento?

“Em alguns locais que já foram libertados, onde a situação é mais tranquila e talvez as casas foram menos danificadas, muitas famílias retornaram. Existe um vilarejo caldeu que se chama Telleshkof,  próximo a Alqosh, onde existem mais de 600 famílias cristãs que já retornaram. Este é um grande sinal de esperança. Em outros, se continua o trabalho de reconstrução. Será necessário tempo, mas eu espero e faço votos de que se possa retornar pouco a pouco a todos os povoados”.

RV: Mas ainda existe a preocupação por quem é deslocado e por quem ainda vive a violência em primeira pessoa?

“Sim, existe a preocupação no sentido de que todos gostaríamos de um retorno mais rápido, mas será preciso um pouco mais de paciência. Espero que em breve existam as condições para poder retornar. No entanto, porém, aqueles que permanecem deslocados continuam a receber a ajuda por parte de toda a Igreja para poder continuar  estar lá, com o desejo de poder retornar para casa o quanto antes”.

RV: Que imagem permanece em sua memória do momento aatual vivido no Iraque?

“No dia da consagração da Igreja dos Santos Pedro e Paulo, participei da primeira Comunhão na Igreja de São José, em Ankawa, com o Arcebispo de Irbil, Dom Bashar M. Warda. Havia tantas crianças – cerca de 40 – que recebiam a Primeira Comunhão e foi uma celebração muito bonita. Vi como participavam, como seguiam a Liturgia que não é muito fácil, como sabiam as respostas e como cantavam, com alegria e confiança. Fiquei com esta imagem nos olhos – destas crianças que serão os cristão de amanhã – dizendo que, graças a Deus, há tanta esperança para a Igreja”.

(JE/GA)

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Turquia: nova paróquia católica em Éfeso

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Ancara (RV) – Em Selçuk – proximidade da antiga Éfeso na Turquia, onde se encontra o túmulo do apóstolo São João, está se formando uma consistente comunidade cristã, o que levará em breve à criação da nona paróquia da Arquidiocese de Esmirna.

Como é proibido construir novos locais de culto – com base em uma lei em vigor desde 1923 – os católicos aceitaram a sugestão dos protestantes de abrir uma sala de oração, o que é permitido pela lei.

No local, passaram-se a reunir ortodoxos, sírios, armênios, caldeus, protestantes, em grande parte comerciantes que viram-se obrigados a deixar o Grande Bazar de Istambul com a queda no turismo.

Selçuk é uma pequena cidade distante poucos quilômetros de Kuşadasi, onde atracam todos os Cruzeiros de onde desembarcam milhares de turistas interessados em conhecer as ruínas da antiga capital da Ásia Menor e a casa de Nossa Senhora, na “Colina do Rouxinol”.

A sala foi aberta com todas as permissões exigidas pela lei e hoje é a “pequena igreja” de uma Dernek (Associação), chamada “Emaús Igreja Católica” de Selçuk.

A liturgia e a custódia do local estão a cargo dos capuchinhos da vizinha “casa de Nossa Senhora” – dois poloneses e um romeno – auxiliados por duas famílias cristãs turcas, que retornaram à sua pátria após um período vivido na Itália.

A sala encontra-se em um local único no mundo: diante da Basílica que abriga o túmulo do apóstolo São João, mandada construir pelo Imperador Justiniano em 548.

Em breve, a o local se tornará a nona paróquia da Arquidiocese de Esmirna, conduzida pelo dominicano Dom Lorenzo Piretto e que será formada por um bom número de famílias e de jovens ligados à RCC.

(Com informações do Pe. Egidio Picucci)

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Formação



Ouça o hino oficial da JMJ do Panamá 2019

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Cidade do Panamá (RV) – “Eis-me aqui, sou a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra”: este versículo do Evangelho de Lucas (1,38) é o refrão do hino oficial da 34ª Jornada Mundial da Juventude, programada no Panamá em 2019. 

A música foi apresentada no dia 3 de julho, na capital do país, na presença de milhares de jovens, leigos e religiosos.

Um chamado à missão

“Este hino – explicou o Arcebispo de Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta – expressa a missão à qual somos chamados como discípulos e missionários, a exemplo de Maria”. “Estamos entusiasmados de colocá-lo à disposição dos jovens de todo o mundo, para que, cantando, se preparem com alegria e predisposição para se deixar transformar por Deus”.

O autor

O hino foi escrito e composto por Abdiel Jiménez, catequista e salmista da Paróquia de Cristo Ressuscitado, em San Miguelito, autor de vários cantos litúrgicos, membro de corais e formado na Faculdade de Ciências Religiosas da Universidade católica de Santa Maria La Antigua.

A exemplo Maria

O testo exorta os jovens a viverem seguindo o exemplo de Maria e venceu em meio a 50 propostas, analisado também pelo Dicastério vaticano para os Leigos, a Família e a Vida.

A JMJ Panamá 2019 foi anunciada pelo Papa Francisco na conclusão da edição polonesa, em Cracóvia, em 2016. O evento será realizado de 22 a 27 de janeiro, sobre o tema “Eu sou a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra”.

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Câncer de mama: importante trabalhar a prevenção

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Cidade do Vaticano (RV) – Continuamos a nossa conversa sobre o câncer de mama com a ginecologista Sabrina Fontana que recentemente visitou a nossa emissora. 

Na conversa com Silvonei José, ela afirma que “quando se fala de câncer de mama, se fala da questão psicológica, muito particular para a mulher”. 

“A mulher hoje”, disse ela, “inclusive no Brasil, é direito de toda mulher sair da sala operatória com a mama reconstruída”.

(MJ)

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Atualidades



Verão na Itália: leigos monitoram consequências da estação aos idosos

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Roma (RV) – A semana na Itália começa com dias agradáveis do clássico verão mediterrâneo com sol e clima quente, mas fresco e ventilado, para, a partir de quarta-feira (5), alcançar temperaturas com picos acima dos 35°C. Correntes quentes do norte da África irão chegar ao país. 

Para proteger os idosos durante a estação mais quente do ano, além do isolamento social – uma das principais causas de mortalidade na Itália, a Comunidade de Sant’Egidio de Roma vai realizar ações através de um programa de monitoramento chamado “Viva os idosos”. O projeto existe desde 2004, em colaboração com o Ministério da Saúde, com 45 mil pessoas de sete cidades italianas sendo monitoradas.

Segundo Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade – um movimento internacional de leigos, a preocupação é pela vida de muitos idosos sozinhos, sobretudo no período das maiores ondas de calor, “quando a vida é mais frágil e quando situações climáticas podem provocar maiores riscos”.

Marco Impagliazzo - “Então, nós estamos aqui para fazer um apelo a todos os cidadãos italianos para que cuidem dos idosos que estão próximos, que estão no nosso edifício, no nosso condomínio, no nosso bairro. Visitem eles, toquem a campainha, o interfone, peçam se vai tudo bem. Porque a proximidade, nesses casos, pode salvar uma vida. A verdadeira solução é aquela de colocar em prática planos que durem todo o ano, porque não é somente durante o tempo de emergência que precisa intervir para salvar a vida dos idosos e para ajudá-los a viver melhor.”

O projeto da Comunidade de Sant’Egidio nasceu logo depois de 2003, de uma onda forte de calor em toda a Europa e que provocou mais de 10 mil mortes, em particular, entre as pessoas mais frágeis: os idosos que vivem sozinhos. A ideia era criar uma rede de assistência, de escuta, de monitoramento, sem esquecer sempre dos conselhos pertinentes para a estação:

Marco Impagliazzo - “Certamente, aqueles dados pelo nosso Ministério da Saúde: de não sair nas horas mais quentes, de beber muito e, sobretudo, eu gostaria de dizer aos idosos de entrar em contato com os seus parentes, os amigos e vizinhos de casa, de não ficar nunca sozinhos, sobretudo se não se sentem muito bem. Porque ficar sozinho, em certas circunstâncias, pode realmente tornar tudo mais frágil.” (AC)

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Sempre mais cristãos entre os refugiados: AIS distribui Bíblias

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Roma (RV) – É sempre a maior a presença de cristãos entre os migrantes que desembarcam nas costas italianas, primordialmente em Lampedusa, fugindo da guerra, da miséria, e em muitos casos da perseguição.

A viagem pode durar dias, meses ou até mesmo anos, obrigando-os a se separar de pessoas que lhe são caras. No geral carregam, quando podem, algum objeto sagrado ou mesmo bíblias - símbolo da fé que representa e primeiro e único conforto - que depois são encontradas nos barcos pelos socorristas.

Aumento da presença cristã entre os refugiados

“Mesmo na falta de cifras oficiais, as ONGs que trabalham na acolhida dos migrantes, garantem que a presença de cristãos que fogem das perseguições  entre os refugiados é claramente perceptível “, afirmam o Presidente e o Diretor da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) /Itália, Alfredo Mantovano e Alessandro Monteduro.

Cristãos estes que chegam à Itália e devem aguardar longos períodos nos centros de acolhida onde, como demonstrado pela última edição do Relatório sobre liberdade religiosa, não raro sofrem discriminações.

“Nos longos meses em que estes cristãos transcorrem nos Centros de Acolhida, sem nenhum conhecimento da língua italiana, são absolutamente privados de qualquer apoio espiritual, tanto os pequenos como adultos”, explicam Mantovano e Monteduro.

Eles observam ainda, como o número de menores desacompanhados vem crescendo dramaticamente.

500 Bíblias da Criança para fortalecer a fé

E pensando neles, a AIS decidiu enviar para Lampedusa, local de desembarque de milhares de migrantes, 500 Bíblias da Criança, em inglês, árabe e francês.

“Ficamos muito tocados pelo apelo do Pároco de Lampedusa, Padre Carmelo La Magra – explicam o Presidente e o Diretor da AIS-Itália – que pediu para que fossem doadas Bíblias aos migrantes que chegam à Ilha. Assim, nós quisemos doar a Palavra de Deus aos pequenos, cada vez mais vítimas em razão de sua fé, a cristã, que não tiveram tempo ainda de fortalecer”.

A Bíblia da Criança é uma Bíblia ilustrada, com uma seleção de textos das Sagradas Escrituras adaptados para facilitar a compreensão.

Sonho que se torna realidade

A ideia do pequeno livro vermelho nasceu em 1979, por iniciativa do fundador da Ajuda à Igreja que Sofre, Padre Werenfried van Straarten, que desejava “levar a Palavra de Deus a todas as crianças do mundo, mesmo àquelas tão pobres, a ponto de não poderem se permitir nem mesmo um livro”.

Um sonho que se tornou realidade, a partir do momento que a Bíblia da criança passou a ser traduzida em 187 línguas e publicada com 55 milhões de cópias.

“No ano passado – recordam Mantovano e Monteduro – presenteamos o Papa Francisco com uma cópia da Bíblia da Criança, nas línguas de todos os países por ele visitados durante seu pontificado. Hoje, doando Bíblias às crianças que chegam em Lampedusa, queremos oferecer a elas o conforto da Palavra de Deus também em meio à desolação dos campos de acolhida. E lendo as Escrituras em uma língua que conhecem, poderão fortalecer a sua fé e preparar-se para viverem sua nova vida”.

(JE com ANSA)

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Por uma Europa que saiba salvar, acolher e integrar

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Cidade do Vaticano (RV) – Desembarcam nesta terça-feira (04/07) no aeroporto de Fiumicino (Roma) outros 52 refugiados beneficiados pelo projeto ecumênico promovido pela Comunidade de Santo Egídio e as Igrejas protestantes italianas. Com este novo grupo, chegam a 850, ou seja, a cota proposta pelo projeto no âmbito da solidariedade europeia. 

O projeto dos ‘corredores humanitários’ trouxe da Síria, desde fevereiro de 2016, famílias (com muitos menores de idade) que ingressam na Itália de forma segura e legal, autorizadas pelos Ministérios do Exterior e Interior.

Este esforço crescente da sociedade civil demonstra que é possível um modelo alternativo para acolher e integrar homens e mulheres que seriam potenciais alvos de tráfico humano. O projeto é inteiramente autofinanciado com a generosidade de doadores italianos.

É um modelo replicável. Quinta-feira, 5 de julho, está prevista no aeroporto Charles de Gaulle de Paris a primeira chegada de corredores humanitários franceses. 

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Igreja russa condena decisão da Corte de Estrasburgo sobre Charlie

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Moscou (RV) - A Igreja Ortodoxa Russa protestou contra a decisão tomada pelos Tribunais europeus de aprovar a retirada os aparelhos que mantém vivo o bebê britânico Charlie Guard, de 10 meses de idade, que sofre de uma doença genética rara, mesmo contra a vontade dos pais.

"A decisão monstruosa do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos revela a crise mais profunda da noção de proteção dos direitos humanos. Hoje, o direito à vida cede lugar ao direito à morte", disse o chefe do Departamento de Relações Exteriores da Igreja do Patriarcado de Moscou, o Metropolita Hilarion.

De acordo com  hierarca, a situação é especialmente dramática, pois os pais não podem tomar uma decisão de forma independente. O metropolita se diz surpreso que em pleno século 21, “em um estado democrático livre, uma família está presa em uma clínica pela decisão do tribunal e não pode recorrer a outra clínica".

O Metropolita da Igreja russa considera a situação como "uma violação da consciência dos pais, que desdenha deles, um sadismo pintado com tons humanísticos".

Hilarion enfatizou que, no caso de Charlie, havia médicos nos EUA que estavam prontos para tratá-lo e pagar pelo tratamento. Apesar disso, o Tribunal tomou a decisão "no melhor interesse" da criança, de retirar os aparelhos que o mantém vivo.

O Metropolita se disse perplexo porque sempre é proclamado que uma vida humana tem um valor absoluto no Ocidente, mas o assassinato de pessoas gravemente doentes, incluindo as crianças, torna-se "realidade legalizada".

Ele espera que os pais de Charlie tenham a chance de dar a seu filho um tratamento que considerem necessário.

"Eu rezo para que eles possam passar pelas terríveis provações que têm que enfrentar. Espero que o Deus misericordioso não prive o pequeno Charlie de seu amor e torne seus sofrimentos como promessa da vida eterna", afirmou Hilarion em um comunicado.

(JE/Interfax)

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Número de pessoas desnutridas volta a aumentar, alerta FAO

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Roma (RV) – Está em andamento em Roma a 40ª. Conferência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, FAO. 

Na abertura, em que foi lida uma mensagem do Papa Francisco, a instituição alertou para o número de pessoas com fome no mundo, que aumentou pela primeira desde 2015, ameaçando vários anos de progresso na área.

Mudanças climáticas

Em seu discurso, o Diretor-Geral da Agência, José Graziano da Silva, disse que quase 60% das pessoas que passam fome no mundo vivem em áreas de conflitos e mudanças climáticas. São 19 os países em situação de crise que quase sempre enfrentam secas e cheias.

A FAO também destacou um alto risco de fome no nordeste da Nigéria, na Somália, no Sudão do Sul e no Iêmen, com quase 20 milhões de pessoas afetadas. Com a impossibilidade de se autossutentar, a única opção é migrar.

Áreas Rurais

Segundo Graziano, o compromisso para acabar com a fome é fundamental, mas a questão só será realmente resolvida quando governos transformarem as promessas em ações concretas em níveis local, regional e nacional.

O Diretor da FAO afirmou que a paz é vital para acabar com a crise, mas quem tem fome, não pode esperar.

Papa Francisco

Em sua mensagem, o Papa Francisco recordou que a fome não é uma fatalidade, mas consequência do agir humano.

“A fome e a desnutrição não são fenômenos naturais ou estruturais de determinadas áreas geográficas, mas o resultado de uma complexa condição de desenvolvimento, causada pela inércia de muitos ou pelo egoísmo de poucos”, afirma o Pontífice.  “As guerras, o terrorismo, os deslocamentos forçados não são fruto da fatalidade, mas consequência de decisões concretas”, escreve ainda Francisco, lamentando a redução das ajudas aos países que mais necessitam.

Na abertura da Conferência da FAO, o Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, anunciou que o Papa Francisco visitará a sede da Agência em 16 de outubro próximo, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação.

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Papa concluirá do Vaticano encontro inter-religioso da 'Scholas' em Jerusalém

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Jerusalém (RV) -  Por desejo do Papa Francisco, realiza-se nestes dias em Jerusalém uma conferência pela paz, com o objetivo de promover o intercâmbio e a convivência entre membros das três grandes religiões monoteístas. 

O encontro será concluído na quarta-feira, 5 de julho, com a participação ao vivo do Papa Francisco, que falará aos participantes diretamente do Vaticano.

Marcado pelo diálogo inter-religioso, o encontro realiza-se no Instituto Truman - coração da Universidade Hebraica de Jerusalém - e reúne israelenses, palestinos, argentinos, franceses e quenianos, na perspectiva de um diálogo para a consolidação da paz.

Promover a convivência

"Este evento é importante porque promove a paz e a tolerância entre as religiões. Nossa geração tem a obrigação de promover a convivência e lutar contra todas as formas de extremismo - independentemente da sua religião - para fazer chegar a paz entre os povos", declarou à I24news José Maria Del Corral, Diretor Mundial da Fundação Pontifícia" Scholas".

Representantes das três grandes religiões monoteístas rezaram na abertura dos três dias do congresso, pela paz e a fraternidade.

Estudantes, professores e líderes religiosos participaram na segunda-feira de conferências e workshops, reunidos naquela que é uma cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos: Jerusalém.

Pacificar as relações internacionais

"É muito importante para os jovens da minha idade conhecer e encontrar pessoas de todo o mundo, aprender a conhecer outras tradições e culturas", disse um jovem participante à I24news.

Entre as atividades de formação e as conferências, também momentos de repouso, que igualmente proporcionaram momentos marcados por um clima de diálogo, partilha, respeito e tolerância.

Compartilhar seus problemas, seus sonhos, os desafios e explorar em conjunto um futuro de possibilidades para pacificar as relações internacionais. Este foi o desejo do Papa Francisco ao promover a realização deste encontro.

Papa: a juventude vai mudar o mundo

"A ideia - explica um dos organizadores - mais do que qualquer outra coisa, é criar uma experiência que conta. Participam 75 jovens, que durante estes dias experimentarão algo diferente e irão embora com um enriquecimento acadêmico. O Papa Francisco acredita na juventude, porque é a juventude que vai transformar o mundo".

Assim, será Francisco em pessoa a concluir o encontro na quarta-feira, direto do Vaticano. Os jovens estudantes, por sua vez, plantarão uma oliveira em Jerusalém em seu nome.

(JE/i24NEWS)

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