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Sumario del 10/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Aprovado Tratado antinuclear. Santa Sé: passo importante para a paz

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Cidade do Vaticano (RV) - As Nações Unidas adotaram formalmente um Tratado que proíbe o uso das armas nucleares, até então as únicas armas de destruição em massa sem um documento próprio que as proíba. 

O Tratado foi aprovado por 122 países, mas as potências nucleares como os EUA e os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, ndr) não participaram da votação e definiram os objetivos ingênuos e inalcançáveis, sobretudo num momento em que a Coreia do Norte quer lançar mísseis nucleares contra outros territórios.

A propósito, a Rádio Vaticano entrevistou o secretário delegado do Dicastério para o serviço do desenvolvimento humano integral, Dom Silvano Maria Tomasi. Eis o que disse:

Dom Tomasi:- “Esta votação muito importante é um passo por parte de alguns Estados, incluindo a Santa Sé, para se chegar a banir não somente o uso, mas também a posse das armas nucleares. Este caminho partiu de modo particular do encontro de Viena em novembro de 2014, quando com uma mensagem do Papa Francisco se insistiu que não é mais aceitável do ponto de vista racional fazer com que a segurança dependa da posse de armas nucleares; é verdadeiramente inaceitável adquirir e possuir armas nucleares ou dispositivos explosivos nucleares! E com esse Tratado não se pode mais fazê-lo.”

RV: O fato é que nove países e seus aliados da Otan – incluindo a Itália – não participaram, porém, da votação dessa comissão, e definiram esse Tratado como sendo “ingênuo”, inclusive à luz das ameaças nucleares que chegam neste momento da Coreia do Norte. Qual seu comentário a respeito?

Dom Tomasi:- “É claro que a decisão de votar um Tratado dessa natureza acaba sendo considerada pelos países que possuem bombas atômicas um gesto idealista. Mas se considerarmos que as armas químicas e as armas biológicas, as minas antipessoais, as bombas de fragmentação são todas armamentos que são expressamente proibidas pela Convenção internacional e não havia nada, quase um vulnus jurídico (ferida jurídica, ndr) no que tange às armas nucleares que são ainda mais destrutivas das que são proibidas por estas outras convenções internacionais, vemos que está sendo feito um caminho para se criar uma mentalidade que eventualmente leve à consciência de que a segurança de um país e de todos os países não está no ter a bomba atômica, mas que nenhum país a tenha.”

RV: Por que a Santa Sé e também os bispos europeus, os bispos estadunidenses são contrários ao princípio de dissuasão que até então sempre justificou a posse das armas nucleares? Por que esse princípio não é mais válido hoje?

Dom Tomasi:- “Durante a guerra fria, a dissuasão fora aceita como uma solução para estabelecer um equilíbrio que prevenisse o uso prático das armas atômicas. As circunstâncias mudaram: apesar do ‘Tratado de não-proliferação’ tivemos alguns países que acrescentaram a bomba atômica a seus arsenais, como o Paquistão, a Índia, Israel e agora a Coreia do Norte. Porém, devemos considerar que essa ameaça recíproca de morte não é o caminho que a família humana deve tomar; o caminho a ser tomado é o da colaboração e de buscar um diálogo permanente através de estruturas internacionais eficazes. A segurança é garantida pelo diálogo e não pela força.” (RL/FC)

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Card. Farrell: a hora dos leigos assumirem protagonismo na Igreja é agora

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Cidade do Vaticano (RV) -  "O futuro da Igreja depende dos leigos" e este futuro começa agora, afirmou o Prefeito da Congregação para os Leigos, Família e Vida, Cardeal Kevin Farrell, em entrevista ao “America”. 

O purpurado estadunidense considera que “este é o momento na vida da Igreja em que realmente podemos tentar implementar aquilo de que já falava o Vaticano II, ou seja, o papel dos leigos” e lamenta os “mal-entendidos e confusão” ocorridos em algumas ocasiões sobre o chamado conciliar para que todo o povo de Deus assuma o protagonismo que corresponde aos batizados.

Mal-entendidos estes que produziram até mesmo “lutas internas” entre diferentes sensibilidades na Igreja, fazendo com que se perdesse “muito terreno e muito tempo”, mas que com o exemplo do Papa Francisco, tudo isso são “águas passadas”.

Futuro da Igreja depende dos leigos

"Os leigos têm uma vocação a ser desempenhada na Igreja, e estou firmemente convencido de que o futuro da Igreja depende deles", diz o Cardeal, que já esteve à frente da Diocese de Dallas. “Sempre senti a necessidade de promover os leigos dentro da Igreja e dentro de sua organização”.

O Papa Francisco também tem este interesse, pois “cada vez que o encontro em cerimônias ou eventos, ele sempre se aproxima e quer saber como as  coisas estão indo”, revela.

Leigo para assumir setor da Família

Depois das recentes nomeações do brasileiro Padre Alexandre Awi Mello como Secretário do Dicastério e da leiga consagrada espanhola Marta Rodríguez como Diretora do Departamento de Assuntos da Mulher, o Cardeal Kevin Farrell busca agora um leigo ou uma leiga para assumir o setor da família.

“Para este setor gostaria de contar com um homem ou mulher  casado(a) e que tenha uma família, porque teria mais credibilidade, e de fato tem que ter alguém no comando que entenda a vida, a família, a moralidade e tudo mais”.

Igreja em saída

Dom Farrel revela ainda que o foco do trabalho desenvolvido pelo Dicastério que preside é em ser “uma Igreja em saída, uma Igreja missionária”, respondendo ao apelo do Papa Francisco.

Sobretudo nas visitas ad limina, onde “temos que escutar o que acontecer, assimilar o que os bispos nos contam e não ter respostas preparadas de antemão”. “Às vezes, no passado, nós nos precipitávamos em responder e dizer aos bispos o que tinham que fazer”, reconhece.

Papa Francisco

A respeito do Papa, o Prefeito da Congregação para os Leigos, Família e Vida revela que neste período de quase um ano em que trabalha mais próximo a ele, aprofundou seu respeito por um homem que considera “muito pensativo, profundamente espiritual, carinhoso e envolvido”.

“Ele me impressiona!”, confessa. “Não é uma pessoa mediática, nem um homem de espectáculo, “porém o que faz, com todos, quando está falando contigo, é como se fosse a única pessoa em todo o mundo com quem teria que se preocupar”. O segredo – acrescenta Farrell – do “porque é tão popular”. Seu jeito de ser “é o que atrai e o que faz as pessoas voltarem para a Igreja”.

(JE/America)

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Conhecendo Cartagena, de onde o Papa se despedirá da Colômbia

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Cidade do Vaticano (RV) - Faltam menos de dois meses para a chegada do Papa Francisco a Bogotá, no próximo dia 6 de setembro. E exatamente dois meses para a sua partida. O último dia da visita, domingo, 10 de setembro, será inteiramente dedicado à cidade de Cartagena.

 

Apelidos enchem seus habitantes de orgulho

Chamada de “A fantástica”, “A cidade amuralhada”, “A heroica” ou “A Cidade da Paz”, (por ter acolhido a assinatura dos acordos de paz entre o Presidente, Juan Manuel Santos, e as FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, em 2016), também foi nessa cidade que o jesuíta espanhol São Pedro Claver dedicou sua vida a ajudar os escravos.   

Contecar

O porto marítimo da cidade, Contecar, será o local onde o Papa celebrará a missa que encerrará sua primeira viagem à Colômbia. 285 mil pessoas vão lotar aqueles espaços. 

O encarregado da Arquidiocese de Cartagena para a logística da visita, Pe. Javier Rosanías, forneceu uma série de detalhes sobre os 6 eventos da agenda do Papa na cidade.

O sacerdote insistiu que todos os ingressos serão gratuitos e convidou a comunidade a receber o Papa com alegria e preparar-se lendo seus escritos.

Francisco deve aterrissar às 10h; e depois de ser acolhido por 300 jovens, visita as duas maiores obras sociais da arquidiocese, abençoando a pedra fundamental da casa para sem-teto Maria Revive e a Obra Talitha Kim, na Praça de São Francisco de Assis.

Programação intensa prossegue à tarde

No trajeto em papamóvel até a Igreja de São Pedro Claver, onde rezará o Angelus às 12h, a população poderá acompanhar a passagem pela Avenida Pedro de Heredia e ver o Papa de perto.

Às 12h15, está marcada a visita ao Santuário de São Pedro Claver. Ali ele vai rezar diante das relíquias do santo, o escravo dos escravos, e terá um encontro com representantes de comunidades afrodescendentes da Costa e do Pacífico colombiano. Se houver tempo, conversará com membros das comunidades jesuítas da Colômbia e sul-americanos.

De São Pedro Claver, Francisco irá à Catedral Santa Catarina de Alexandria, para se encontrar com os enfermos: três de cada paróquia de Cartagena, mais um acompanhante; e dois de cada clínica e hospital da cidade. Acredita-se que chegarão cerca de 900 pessoas doentes para este evento, contando também párocos, ministros da comunhão e sacerdotes enfermos.

Para o almoço, ainda não está decidido se será no claustro Santo Domingo ou na casa arcebispal, ao lado da Catedral. Todavia, do Centro Histórico partirá em carro até a Base Naval. Do helicóptero, indo para o Contecar, Francisco abençoará o monumento à Virgem do Carmen, na Baía de Cartagena.

Às 16h30, terá início a missa na área portuária Contecar, considerada como o ponto alto da visita a esta cidade não só pela quantidade de fiéis que participarão, mas pela expectativa em relação à mensagem que trará aos fiéis.

No final da tarde, às 18h30, o helicóptero o levará ao aeroporto de Cartagena, de onde se despedirá da Colômbia, partindo então para o Aeroporto de Ciampino, em Roma.

O retorno ao Vaticano está previsto para segunda-feira, 11 de setembro, às 12h40.

(CM)

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Igreja na América Latina



Equador: bispos denunciam consequências da extração de minério

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Quito (RV) - “Os agricultores de Palo Quemado sofrem na própria pele as consequências do impacto ambiental causado pelas atividades de extração de minério na área, sobretudo a água e campos contaminados”, denunciou o Bispo equatoriano da Diocese de Lacatunga, Dom Geovanni Mauricio Paz Hurtado.

Recentemente, o prelado participou de um encontro, em Sigchos, situada a 90 km ao sul de Quito, que abordou essa questão.

Segundo ele, uma espécie vegetal que servia como alimento para o gado, não existe mais. “São consequências da extração de minério. A terra foi destruída e as pessoas estão com medo e preocupadas”, disse Dom Paz Hurtado.

O cantão de Sigchos, zona verde do Equador, está situado numa área famosa pela produção de melado que corre o risco de parar ou destruir essa produção nacional. 

A propósito, o Bispo de Lacatunga disse: “Acredito que a nossa preocupação com o povo e o cuidado da Casa comum seja responsabilidade de todos”.

“A atividade minerária fornece uma solução temporária aos problemas econômicos das famílias, mas não nos damos conta do impacto no futuro”, concluiu.

(MJ)

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Bispos dominicanos: compromisso com a institucionalização da justiça

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Santo Domingo (RV) - Os bispos da República Dominicana condenaram a campanha midiática em favor da legalização do aborto. 

“A descriminalização do aborto é contrária à lei natural e à Constituição”, lê-se no comunicado divulgado no final da 55ª assembleia plenária da Conferência Episcopal Dominicana (CED), nesta sexta-feira (07/07), na capital Santo Domingo.

“Conscientes das fortes pressões políticas, nacionais e internacionais”, os bispos exortam os legisladores a não “cometerem o erro grave de deixar passar na legislação atual qualquer ato contrário à vida e à ordem constitucional”. 

A Conferência Episcopal Dominicana fez um forte apelo aos católicos e pessoas de boa vontade para que não se deixem convencer por alguns pseudodogmáticos que alegam, de forma irracional e contra todo princípio moral, a descriminalização do aborto. 

“Aqueles que fazem propaganda a favor da interrupção voluntária da gravidez promovem campanhas midiáticas agressivas a fim de convencer a sociedade de que, com a descriminalização do aborto, se defendem os direitos e a dignidade da mulher, e se reduz a mortalidade materna, algo que não corresponde à verdade.”

O episcopado dominicano pede um maior compromisso em prol da “institucionalização da justiça” a fim de desencorajar qualquer um que queira assumir cargos públicos para se enriquecer “ilicitamente e impunemente”. 

Os bispos afirmam que a corrupção priva setores amplos da população do acesso ao sistema de saúde, alimentação, educação e moradia. Portanto, a Igreja dominicana fez um forte apelo ao Conselho Nacional da Magistratura a fim de que escolha “para os tribunais pessoas com um grande sentido patriótico, marcadas pela capacidade profissional, honestidade, integridade moral e imparcialidade política”. 

A plenária deu amplo espaço ao tema da formação do clero e das instituições eclesiais, como o instituto nacional de pastoral, o Seminário Pontifício ‘Santo Tomás de Aquino’ e a Pontifícia Universidade Católica.
 
No final da plenária, os bispos elegeram como presidente da Conferência Episcopal Dominicana, Dom Diómedes Espinal De León, Bispo de Mao–Monte Cristi; como vice-presidente, Dom Héctor Rafael Rodríguez Rodríguez, Bispo de La Vega; e como Secretário-geral, Dom Ramón Ángeles Fernández, Bispo auxiliar de Santo Domingo.

(MJ)

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Igreja colombiana: novos mártires intercedam pela paz no país

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Bogotá (RV) – Concluindo os trabalhos da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), realizada de 3 a 7 de julho, os bispos expressaram sua alegria pela notícia da declaração oficial do martírio do Bispo Jesús Emilio Jaramillo Monsalve, missionário xaveriano, e do Padre Pedro Maria Ramírez Ramos, que os levará à beatificação.

"Elevamos o nosso agradecimento e glorificamos a Deus, que doa à Igreja na Colômbia esses frutos de santidade e de testemunho de vida, fiel ao Evangelho, em momentos muitos difíceis da história do nosso país", afirma a nota da CEC.

Mártires: modelos para vencer o ódio com a força do bem

Os bispos manifestam sua satisfação porque foram reconhecidas ainda as virtudes heroicas do Servo de Deus Dom Ismael Perdomo Borrero, e comentam: “Colocaram em primeiro lugar o amor por Deus e pelos irmãos, o zelo pastoral das pessoas que o Senhor lhes confiou até o ponto de entregarem a própria vida. Tornaram-se um modelo da sequela de Cristo em cada momento e circunstância, quando se tratava de vencer o mal, o ódio e a violência com a força do bem".

Reconciliação e paz

À espera de anunciar a data e o local da beatificação dos mártires colombianos, os Bispos convidam a "elevar orações ao Senhor para que, com a intercessão dos futuros beatos, a Colômbia alcance a reconciliação e paz e para que todos os católicos, sacerdotes, religiosos e leigos, vivendo santamente a vocação cristã, semeiem também neste momento do nosso país os valores do Evangelho". 

Nova direção

Durante a Assembleia Plenária da CEC, os Bispos analisaram os preparativos para a visita do Papa Francisco ao país, de 6 a 11 de setembro, e elegeram a nova direção para o triênio 2017-2020: como Presidente da CEC foi eleito Dom Oscar Urbina Ortega, Arcebispo de Villavicencio; Vice-presidente é Dom Ricardo Tobón Restrepo, Arcebispo de Medellín; e o Secretário é Dom Elkin Fernando Alvarez Botero, Bispo Auxiliar de Medellín. 

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Igreja no Mundo



As crianças de Aleppo no verão: iniciativa católica ajuda a restituir a infância

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Aleppo (RV) – A Paróquia sírio-católica de Aleppo está preparando um espaço especial para crianças e adolescentes passarem o período de verão – vivendo finalmente momentos de serenidade, já que há seis meses cessaram os conflitos. Mesmo com algumas áreas periféricas ainda sofrendo com combates, além da atual e difícil situação econômica, o acampamento, situado no antigo bairro sírio da capital, poderá receber 1.200 crianças. 

Os recursos para preparar o espaço com as atividades, no valor de 300 mil euros, estão sendo financiados pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. O diretor da sede italiana, Alessandro Monteduro, explicou que, com a iniciativa, querem “restituir aos pequenos de Aleppo um pouco da sua infância, além de oferecer a eles momentos sem preocupações”.

A Fundação já atua há anos em favor das crianças de Aleppo através, por exemplo, do projeto que doa leite em pó aos pequenos católicos da cidade. Monteduro disse que, “para os meninos e meninas maiores, o acampamento de verão vai representar uma oportunidade para poder viver a fé e conhecer outros jovens, numa área de maioria cristã”.

Acampamento de verão e de integração

Segundo o pároco de Santo Efrém, Pe. George Sabounji, às vezes as crianças cristãs têm dificuldade em se relacionar com aquelas de fé islâmica. O acampamento de verão, porém, vai reunir crianças e famílias de outras confissões cristãs. E, segundo Pe. George, nenhuma delas poderia arcar com as despesas de viagem e, por isso, agradece a contribuição da Fundação que vai cobrir os gastos com viagem, alojamento e alimentação.

“São muitos os moradores de Aleppo que vivem em condição de refugiados porque as suas casas foram destruídas pela guerra e muitos deles ainda têm nos olhos o horror da guerra”, acrescentou o pároco, que finalizou: “umas férias, mesmo que em curto período, darão nova esperança e irão encorajá-los a seguir em frente. Assim não irão deixar Aleppo e nem mesmo a Síria”. (AC/L’Osservatore Romano)

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Arcebispo Mouche sobre libertação de Mosul: difícil retorno da população

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Mosul (RV) -“Uma notícia que assume um grande valor para o futuro do nosso país.” Com essas palavras, o arcebispo sírio-católico de Mosul, Kirkuk e do Curdistão, Dom Petros Mouche, comenta à agência católica Sir a libertação de Mosul, segunda cidade iraquiana, tirada do Estado Islâmico (EI) pelo exército regular após nove meses de batalha que deixaram no território escombros e milhares de pessoas sem casa.

Estou voltando de Mosul onde encontrei o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, disse o prelado falando por telefone.

Retorno dos cristãos com segurança

“Em nosso colóquio abordamos vários pontos entre os quais como favorecer o retorno dos cristãos, como garantir a segurança e oferecer o suporte indispensável para as necessidades da população, a começar pela água a ser fornecida às escolas. No momento, infelizmente, o retorno da população, não somente cristã, é difícil e precisará de tempo.”

“Configura-se diferente, ao invés, a situação nos vilarejos cristãos da planície de Nínive, onde os retorno já começou. Dias atrás 320 famílias voltaram para Qaraqosh. Outras estão aguardando retornar porque as crianças esperam o fim das aulas em Irbil onde se encontram após a invasão do Estado Islâmico em 2014”. (RL/Sir)

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Scalabrinianas se reúnem para primeira Assembleia na África

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Johannesburg (RV) – As scalabrinianas presentes na República Democrática do Congo, na África do Sul, Moçambique e Angola estão reunidas em Johannesburg para sua primeira Assembleia na África. Do Brasil, participa a Irmã Albertina Pauletti, Conselheira-Geral da Congregação.

“A África é para a congregação um continente importante”, comenta a Superiora-Geral, Ir. Neusa de Fátima Mariano. “Além de ser um espaço de desenvolvimento formativo e missionário, é um local onde poder ajudar os povos cujas nações estão em crise ou que estão ameaçadas por emergências ambientais. É terra de refugiados: pessoas desesperadas que buscam salvação na Europa e tentam sobreviver a viagens da esperança”, declara ainda a religiosa brasileira, citando Nigéria, Angola e Somália como os países que mais sofrem com a crise.

O protagonismo da África

Ir. Neusa inclui a África como uma das protagonistas da reorganização Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo.

Na Assembleia Geral realizada em novembro do ano passado em Portugal, a Superiora-Geral afirmou que a reorganização leva em consideração os fluxos migratórios atuais, com a necessidade de uma distribuição numérica dos recursos humanos e de uma itinerância, seja dos membros, seja dos tipos de serviço. “Para nós, a migração é um recurso para a humanidade, as migrações são um sinal dos tempos.”

 

 

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Taizé dedica semana especial aos jovens

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Taizé (RV) - A Comunidade Ecumênica de Taizé reservou uma “semana especial” para jovens entre 20 a 27 de agosto. São convidados estudantes, trabalhadores, desempregados e voluntários dos 18 aos 35 anos.

“O objetivo desta semana será proporcionar aos jovens que vivem situações semelhantes um espaço para partilhar o futuro à luz da fé”, explica a comunidade.

Programação

A programação pode ser consultada no site da comunidade. A introdução bíblica terá lugar no final da oração da manhã. No início da tarde haverá uma "Festa dos Povos".

No programa, haverá também, para além de ateliês temáticos, pequenos grupos de partilha e fóruns, nos quais diferentes convidados especiais vão dar o seu testemunho: jovens de outros continentes, pessoas com experiências interessantes no plano da solidariedade, representantes de organizações internacionais ou de comunidades cristãs.

“Teremos cuidado para que o programa, a manutenção e a contribuição nos custos da estada não sejam um obstáculo à vinda de pessoas em situação de fragilidade”, acrescenta a comunidade, pedindo aos adultos e famílias que escolham outra semana para irem a Taizé.

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Igreja na Tailândia: promover e desenvolver a dignidade da mulher

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Bangcoc (RV) - “A Igreja na Tailândia compromete-se a trabalhar pela emancipação e o desenvolvimento das mulheres no país, combatendo toda forma de violência, exploração e discriminação”: foi o que declarou à agência missionária Fides a secretária executiva da Comissão para as mulheres – no âmbito da Conferência episcopal católica tailandesa –, Irmã Siphim Xavier:

Pobreza, prostituição, violências domésticas: os desafios das mulheres tailandesas

“As mulheres na Tailândia enfrentam várias dificuldades e desafios como a pobreza, a falta de uma instrução adequada e de qualidade, o envolvimento na prostituição e no ‘turismo sexual’. Ademais, existem questões sociais delicadas como as mães-adolescentes, a difusa violência doméstica, a discriminação de gênero, a exclusão social, a exploração no trabalho, sem esquecer a prática da maternidade de substituição”, explica a religiosa da Congregação das Ursulinas.

Promover e desenvolver a dignidade feminina

Irmã Siphim, que desde 2008 está à frente da Comissão episcopal das Mulheres, observa que “para enfrentar essas preocupações a Igreja na Tailândia (350 mil batizados numa população de 65 milhões de habitantes), graças à colaboração com várias Congregações religiosas, iniciou desde 2015 programas pastorais em que se compromete a atuar especificadamente em favor da promoção, o desenvolvimento e a dignidade das mulheres, como parte do espírito da nova evangelização”.

Ajudas da Igreja

Uma das urgências é fazer crescer nas mulheres na Tailândia a consciência sobre seus direitos humanos e sobre a dignidade da pessoa, ressalta a religiosa acrescentando que isso significa uma instrução adequada e um crescimento profissional para abrir caminhos de desenvolvimento socioeconômico.

“A Igreja católica na Tailândia esta colocado à disposição todos os recursos humanos e materiais possíveis para permitir às mulheres do país adquirir confiança, de modo que possam sair do círculo vicioso de pobreza, submissão e exploração. Buscamos valorizar suas vidas, bem como a de suas famílias e de seus filhos”, ressalta ainda Irmã Siphim.

Doutrina social da Igreja e o magistério do Papa Francisco

Por fim, recorda-se que várias Congregações religiosas femininas no país do sudeste asiático organizam simpósios e seminários de formação sobre questões sociais que versam de modo particular sobre a condição da mulher, em colaboração com as comissões diocesanas e outras entidades da sociedade civil. Tais programas de formação contemplam o ensinamento sobre os princípios da doutrina social da Igreja e o magistério do Papa Francisco. (RL/Fides)

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Entrevistas



Papa “reforça o referencial de fé que se tem ao longo da vida”, diz jornalista

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Cidade do Vaticano (RV) - A família Sousa, da jornalista brasileira Michelle, acredita que o magistério do Papa Francisco tem reforçado o referencial de fé que as famílias têm ao longo da vida. Com 20 anos de profissão e tendo trabalhado em diferentes mídias, Michelle está há quase 5 anos na Rádio CBN, a Central Brasileira de Notícias, com sede em João Pessoa, na Paraíba. 

Pela primeira vez na Itália e num contexto bem familiar, Michelle veio para o casamento do irmão celebrado na região da Sicília. Um grupo de 12 pessoas, entre elas, o seu pai de 82 anos que nunca tinha viajado para o exterior: "meu pai tem forte formação católica, inclusive foi seminarista, e nos educou profundamente na fé católica. Eu fui catequista e minha filha também foi educada na religião católica”.

Michelle acredita que o momento é de renovação da Igreja Católica, com o grande referencial do Papa Francisco, inclusive aos jovens: o Papa está guiando os jovens na fé. É muito importante essa mensagem e essa abertura aos jovens. Eles têm hoje um acesso a muita informação, que é pulverizada, e se faz necessário esse referencial de fé para guiá-los no mundo digital e líquido. É preciso que as pessoas saibam diferenciar os valores que conduzem as pessoas, uma fé vivenciada nas pequenas atitudes do dia a dia. É o exemplo que vai dos adultos para as novas gerações.” (AC)

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Formação



Conversão pastoral: renovar não só estruturas, mas também as pessoas

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, prosseguimos estes dias com a participação do assessor da Comissão para Ação Missionária – CNBB, Pe. Sidnei Marco Dornelas, também em nosso quadro “O Brasil na Missão Continental”. 

Na edição passada o sacerdote scalabriniano falou-nos sobre como esse projeto de animação missionária oriundo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe foi acolhido e implementado pela Igreja no Brasil – passados dez anos de seu lançamento.

Um dos desafios propostos pela Conferência de Aparecida foi o de uma conversão pastoral: passar de uma pastoral de conservação a uma pastoral decididamente missionária. Nesse sentido, perguntamos ao nosso convidado se ele tem percebido, a partir de sua experiência como assessor da Comissão para Ação Missionária da CNBB, em suas andanças pelo Brasil, essa conversão pastoral.

Pe. Sidnei diz-nos que a sensibilidade para isso é muito grande. O grande problema da conversão pastoral – que fala justamente das chamadas estruturas caducas –, “o difícil é cada pessoa que participa enxergar o que é que existe de caduco no seu movimento, na sua pastoral”, ressalta.

“Temos que realmente renovar não só as estruturas, mas temos que renovar as pessoas, o modo de pensar, de agir, de se organizar”, afirma ele acrescentando que “o que nos anima bastante é que existe a busca de caminhos para que isso possa acontecer”. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Missa diária é segredo de longevidade de italiana de 114 anos

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Roma (RV) – Maria Giuseppa Robucci, italiana de 114 anos. A “nonna Peppa”, como é conhecida, sofreu uma cirurgia no final do mês de junho no hospital religioso de alta especialização da cidade de San Giovanni Rotondo, criado e inaugurado por Padre Pio em 1956 – a Casa Alívio do Sofrimento. 

Segundo o diretor da equipe que coordenou a cirurgia, Roberto Murgo, “o ótimo estado de saúde e as condições clínicas consentiram de efetuar uma cirurgia ‘paliativa’ com o objetivo de prevenir o provável aparecimento de complicações muito sérias, além de melhorar a qualidade da sua vida”.

A nonna Peppa nasceu em Poggio Imperiale no ano de 1903 e sempre teve uma vida simples: cuidou dos 5 filhos, junto com o marido, pequeno agricultor e dono de um bar. Maria Giuseppa adora pão e tomate.

O segredo da sua longevidade? “A Santa Missa na Igreja de São Plácido mártir”, responde ela que, “até há alguns anos ia sozinha, todos os dias”. Muito devota de Padre Pio, nonna Peppa o encontrou mais de uma vez nas missas e, também, quando ele saudava os fiéis da janela do seu quarto durante a noite.

“Com o seu testemunho ela nos ensinou o valor da oração, que nos sustenta e nos dá força de saber aceitar com serenidade tudo que acontece”, disse a filha de nonna Peppa, a Irmã Nicoletta, que acompanhou e cuidou da mãe no hospital. (AC/Sir)

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Inglaterra: Mãe de Charlie pede que juízes deem a ele "uma possibilidade"

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Londres (RV) – A mãe de Charlie Gard pediu aos magistrados - que esta segunda-feira voltam a examinar o caso -  para dar a ele mais uma possibilidade: ouvir os pesquisadores convencidos de que um tratamento experimental possa realizar um milagre.

Ouvir especialistas

“Para estas doenças muito raras existem os especialistas. Espero somente que os ouçam e nos deem esta possibilidade”, declarou Connie Yates à Sky News, nas horas que precedem a decisão da Alta Corte de Justiça, que se reúne nas primeiras horas da tarde desta segunda-feira.

A decisão será tomada pelo Presidente do departamento de menores, Nicholas Francis, o mesmo magistrado que em abril ordenou em uma primeira sentença o desligamento dos aparelhos que mantém o bebê de dez meses respirando, decisão confirmada sucessivamente por outros tribunais.

Nas mãos do juiz, o parecer favorável  de sete especialistas  – alguns dos quais do Hospital Pediátrico Bambino Gesù -  sobre um  tratamento experimental que poderia não curar a criança totalmente, mas ao menos deixá-la independente das máquinas.

“Espero que possam ver que existe mais de uma possibilidade em relação a quanto se pensava anteriormente e espero que confiem em nós como pais e confiem nos outros doutores”, acrescentou ainda a mãe.

Pressões internacionais

Pressões internacionais levaram à reabertura do caso. Diversos hospitais estrangeiros pediram que os aparelhos não fossem desligados. Deputados estadunidenses chegaram a propor dar a residência à criança e a sua família, permitindo assim que fosse submetido a um tratamento experimental.

No domingo, os pais de Charlie participaram de uma manifestação no Great Ormond Street Hospital, onde o bebê está internado.

Apoiadores da causa reuniram 350 mil assinaturas pedindo que a criança possa viajar aos Estados Unidos e no Twitter @charliesfight agradeceram a todos que apoiam a causa.

Caso Ashya King

Segundo a imprensa britânica, os pais de Charlie conversaram com o pai de Ashya King, uma criança com câncer, que em 2014 também esteve ao centro de uma queda de braço que envolveu seus pais e o serviço de saúde britânico (NHS).

Os pais venceram a disputa, levando então a criança para ser tratada em Praga, na República Tcheca. Hoje Ashya tem oito anos e frequenta a escola.

 (JE com informações de AGI)

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Catedral e Mosteiro russos inscritos no Patrimônio da Unesco

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Cracóvia (RV)  -  O Comitê do Patrimônio Mundial reunido em Cracóvia, inscreveu  na Lista da UNESCO 8 sítios culturais na Dinamarca, Japão, França, Alemanha, Irã, Polônia e Federação Russa, além de um que abrange a Croácia, Itália e Montenegro.

Um dos monumentos adicionados é a Catedral da Assunção e Mosteiro da cidade-ilha de Sviyazhsk (Federação Russa).

A Catedral da Assunção está localizada na cidade-ilha de Sviyazhsk e faz parte do mosteiro do mesmo nome. Situado na confluência dos rios Volga, Sviyaga e Shchuka, na encruzilhada das Rotas da Seda e do Volga, Sviyazhsk foi fundado por Ivan, o terrívelo, em 1551. Foi deste posto avançado que iniciou a conquista do Kazan Khanate.

O Mosteiro da Assunção ilustra em sua localização e composição arquitetônica o programa político e missionário desenvolvido por Tsar Ivan IV em expandir o Estado de Moscou.

Os afrescos da Catedral estão entre os raros exemplos de pinturas orientais-ortodoxas.

A 41ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial estará reunida até de 12 de julho, sendo presidida por Jacek Purchla, fundadora e Diretora do Centro Cultural Internacional de Cracóvia.

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