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Sumario del 11/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Oferta da vida: nova via de santidade

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicado esta terça-feira (11/07) o Motu Proprio do Papa Francisco “Maiorem hac dilectionem” sobre a oferta da vida nas causas dos santos. 

Com o documento, o Pontífice abre o caminho à beatificação daqueles fiéis que, impulsionados pela caridade, ofereceram heroicamente a própria vida pelo próximo, aceitando livre e voluntariamente uma morte certa e prematura com o intuito de seguir Jesus.

Um nova via de santidade

Há séculos, as normas da Igreja Católica preveem que se possa proceder à beatificação de um Servo de Deus percorrendo uma dessas três vias: o martírio (suprema imitação de Cristo com morte violenta), as virtudes heroicas (a vivência acima do comum e constante no tempo das virtudes teologais), e os casos excepcionais (conhecida como equipolente).

Essas três vias, todavia, resultavam insuficientes para interpretar todos os casos possíveis de santidade canonizável. De fato, ultimamente, a Congregação das Causas dos Santos colocou-se a questão “se os Servos de Deus que, inspirados pelo exemplo de Cristo, tenham livre e voluntariamente oferecido e imolado a própria vida pelos irmãos num supremo ato de caridade, que tenha sido diretamente causa de morte, não mereçam a beatificação”. Trata-se, portanto, de introduzir uma quarta via, que foi chamada “oferta da vida”.

Oferta da vida: entre martírio e virtudes heroicas

Embora tenha elementos que a assemelhem seja à via do martírio, seja à via das virtudes heroicas, esta nova via pretende valorizar um tipo de testemunho cristão heroico até agora sem um procedimento específico, justamente porque não se enquadra completamente nem na categoria do martírio nem na categoria das virtudes heroicas. Não é martírio porque não há um perseguidor e não é virtude heroica porque não é expressão de um exercício prolongado das virtudes. Para delimitar este aspecto, o Motu Proprio fala de “morte num período breve de tempo”, o que não significa imediata, mas nem mesmo tão longa a ponto de transformar o ato heroico em virtude heroica.

A “oferta da vida” até então não constituía uma categoria específica, mas, se comprovada, era incorporada ou como martírio ou como virtudes heroicas – o que não fazia jus à sua verdadeira natureza. Há séculos, a Igreja não exclui das honras dos altares os fiéis que deram a vida num extremo ato de caridade, como, por exemplo, morrer contagiado com a mesma doença do enfermo assistido.

Critérios

O documento pontifício esclarece no artigo 2: “a oferta da vida, para que seja válida e eficaz para a beatificação de um Servo de Deus, deve responder aos seguintes critérios: a. oferta livre e voluntária da vida e heroica aceitação propter caritatem de uma morte certa e decorrida num breve período de tempo; b. nexo entre a oferta da vida e a morte prematura; c. exercício, pelo menos em grau ordinário, das virtudes cristãs antes da oferta da vida e, depois, até a morte; d. existência da fama de santidade pelo menos depois da morte; e. necessidade do milagre para a beatificação, ocorrida depois da morte do Servo de Deus e por sua intercessão”.

Enriquecimento

Com este documento, a doutrina sobre a santidade cristã  e o procedimento tradicional da Igreja para a beatificação dos Servos de Deus não somente não são alterados, mas são enriquecidos de novos horizontes e oportunidades para a edificação do povo de Deus, que nos seus Santos vê o rosto de Cristo, a presença de Deus na história e a exemplar atuação do Evangelho.

O texto do Motu Proprio do Papa Francisco está disponível no momento em italiano e latim.

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Europa precisa redescobrir seu patrimônio, sugere Papa em Twitter

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Cidade do Vaticano (RV) – O tweet do Papa Francisco desta terça-feira (11), dia de São Bento, fundador da Ordem dos Beneditinos e padroeiro da Europa, foi publicado na sua conta @Pontifex. A mensagem em português diz o seguinte: “a Europa tem um patrimônio ideal e espiritual único no mundo que merece ser reproposto com paixão e renovado frescor”. 

O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Cardeal Angelo Bagnasco, disse que as palavras de Francisco são muito importantes, especialmente neste momento de dificuldades vividas pela União Europeia. “São um grande chamamento e encorajamento para o caminho europeu”, comentou o purpurado, que acrescentou:

Card. Bagnasco - “Essas palavras deveriam chegar na mente e no coração dos principais responsáveis – e é aquilo que todos esperamos – para que percebam o grande patrimônio que é o continente europeu no seu contexto, a união, o caminho da União Europeia. Às vezes temos a impressão que essa consciência não seja luminosa e clara no coração, como era no coração dos pais fundadores. Sem essa consciência e essa convicção tudo fica muito mais difícil.”

O Cardeal Bagnasco também aprofundou a situação atual da Europa, um continente que parece cansado, talvez, pouco ciente da sua unidade:

Card. Bagnasco - “Quando se perde a identidade original, depois não se sabe mais quem somos. Então, o entusiasmo é pouco porque se perde a ideia de onde ir, quem somos, o que devemos fazer. É a natureza das coisas: vale para a Europa no seu todo, para um Estado, vale para qualquer pessoa. O discurso das nossas origens cristãs fundamentalmente não é um discurso acadêmico, ou pior, bairrista. Trata-se da verdadeira questão daquilo que somos, daquilo que é a Europa na sua origem, na sua vocação e na sua missão, que o Papa reafirma ser universal. Isso é muito importante.”

Ao ser questionado sobre as vocações da Europa, uma delas a da acolhida aos migrantes, num momento de debate sobre o fechamento de portas a esse fenômeno, o purpurado comentou:

Card. Bagnasco - “Quando tem o medo, que nasce de uma perda ideal e de identidade, o medo sugere fazer trincheiras, de fechar-se, de controlar-se em vez de propor o diálogo. Porque, para um diálogo, é preciso realmente ter alguma coisa para dizer sem abordar lugares comuns e frases feitas que não dizem nada de substancioso. É preciso saber quem se  é. Então, o discurso de identidade não é absolutamente contrário, o oposto ao diálogo, mas é a premissa, a condição necessária." (AC) 

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Cardeal Sandri na Ucrânia com a mensagem de paz do Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, inicia sua viagem à Ucrânia, nesta terça-feira (11/07), a convite do Arcebispo de Kyiv-Halyč, Dom Sviatoslav Shevchuk, e em vista da peregrinação nacional ao Santuário mariano de Zarvanytsia, em Ternopil. 

O purpurado levará a saudação, a bênção e a solidariedade do Papa Francisco à comunidade greco-católica ucraniana, aos católicos de rito latino, aos ortodoxos e a todos aqueles que estão sofrendo as consequências dos três anos de conflito.

O Cardeal Sandri visitará também as cidades de Kiev, Leopoli, Kharkiv e Sloviansk, onde se realizará um encontro com os deslocados e necessitados. 

A propósito da viagem, eis o que disse o purpurado à nossa emissora.

Cardeal Sandri: “Esta quer ser uma viagem de consolo de irmão para irmão, levando as palavras de alegria e esperança do Papa Francisco a um país que sofre muito as consequências dos conflitos recentes. Visitarei a parte oriental onde se encontram os greco-católicos, católicos latinos e ortodoxos. Todas essas componentes formam um país cristão, uma nação que acredita em Deus, em Jesus Cristo, e associa esta fé ao sofrimento da Cruz, ao sofrimento das divisões, das guerras e daqueles que são vítimas dessa situação, especialmente os inocentes. Portanto, desejo levar, e esta é a tarefa que o Santo Padre me deu, o óleo da serenidade e da paz, e também, como disse o Papa Francisco, inspirando-se na espiritualidade de Santo Inácio de Loyola, levar ‘o discernimento’, a fim de pensar num futuro de esperança, de solução de todos os conflitos, um futuro de bom senso e humanidade.”

O Papa fez vários apelos pela paz na Ucrânia. O que pode ser feito pela paz?

Cardeal Sandri: “Na mensagem deste ano para o Dia Mundial da Paz, o Papa evidenciou ‘aqueles que promovem a paz’. A paz não cai do céu com um paraquedas. Devem existir na terra pessoas que a constroem, que encontram dificuldades, mas alcançam formas de acordo e diálogo a fim de superar os motivos que podem criar guerras e conflitos, sempre, obviamente, no respeito do direito, do direito internacional, no respeito da integridade territorial de todos os países, mas com um acréscimo de humanidade e amor.”

O senhor encontrará também as populações sofredoras das regiões orientais. Qual é  expectativa para esse encontro?

Cardeal Sandri: “Do grande coração do Papa Francisco surgiu, com grande surpresa, esta coleta da Europa para a Ucrânia. Foram arrecadados fundos que são o sinal da solidariedade de todos os católicos da Europa. São doações que o Papa recebeu para todos os ucranianos. Portanto, a mensagem é universal: amor e solidariedade para com todos aqueles que são vítimas dessa crise humanitária. Ali, há fome, falta de medicamentos, casas e escolas por causa das destruições causadas pelos conflitos. Através das Caritas da Igreja greco-católica, da Igreja latina e das Igrejas ortodoxas, pois o Papa deseja que essa ajude alcance a todos, se pretende dar um alívio, uma esperança para o futuro desse país que queremos ver livre. É um país cheio de pessoas que têm muitas qualidades humanas e espirituais, que possuem também a fé cristã. Espero que essa mensagem de fraternidade, ajuda e solidariedade do Papa Francisco, leve a todos a alegria do Evangelho.” 

(MJ)

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Cardeal Arborelius defende maior participação feminina na Igreja

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Estocolmo (RV) -  Dom Anders Arborelius – o primeiro Cardeal escandinavo – apresentou ao Papa Francisco uma proposta para a nomeação de mulheres em um órgão consultivo especial - semelhante ao Colégio dos Cardeais - como uma forma de oferecer maiores oportunidades à liderança feminina na Igreja. 

Em entrevista ao semanário estadunidense "National Catholic Reporter" (NCR), o purpurado Carmelita Descalço considera ser muito importante encontrar caminhos mais amplos que possam envolver as mulheres em diferentes níveis de responsabilidades na Igreja.

Promoção das mulheres: Igreja está atrasada

"O papel das mulheres é muito, muito importante na sociedade, na economia, mas na Igreja, às vezes, estamos um pouco atrasados", disse ele à NCR.

O Presidente da Conferência Episcopal da Escandinávia recordou que o Papa João Paulo II muitas vezes buscou o conselho de Madre Teresa e Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares.

"Talvez isso - sugeriu ele - pudesse ser feito de maneira mais oficial", sublinhando que "temos um Colégio Cardinalício, mas nós poderíamos ter também um grupo de mulheres que poderia aconselhar o Papa".

Falando das responsabilidades das mulheres na Igreja, o Cardeal Anders Arborelius observou que espera ter mais informações sobre a questão das mulheres diáconos na Igreja por parte da Comissão que o Papa Francisco instituiu para estudar esta questão.

Mulheres em posições de liderança da Igreja

Já o Cardeal alemão Reinhard Marx, por sua vez, recordou recentemente que "qualquer forma de discriminação contra as mulheres é contra a vontade de Deus."

Ele fez a declaração em finais de junho, após a primeira fase de um programa de orientação da Conferência Episcopal Alemã destinado a promover as mulheres em posições de liderança na Igreja.

O Presidente da Conferência Episcopal alemã pediu um maior engajamento da Igreja, desde a paróquia até o Vaticano, para promover a igualdade de acesso das mulheres a todas as funções eclesiásticas que não estejam relacionadas com o Sacerdócio. (je/cath.ch)

 

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Igreja na América Latina



Igreja na Guatemala: enfrentar o fenômeno da migração

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Cidade da Guatemala (RV) - A Conferência Episcopal da Guatemala (CEG), através da Pastoral da Mobilidade Humana, junto com a Associação de diplomatas e profissionais da Guatemala (Adiprogua), divulgou um comunicado sobre a situação dos migrantes no país. 

O texto, intitulado “O drama dos migrantes e refugiados nos interpela”, foi apresentado recentemente, em Cidade da Guatemala, pelo Bispo de  Huehuetenango, Dom Álvaro Ramazzini, delegado da CEG para a Mobilidade Humana. Os signatários se dizem preocupados “com os debates atuais, práticas e respostas políticas ao fenômeno das migrações”. Situações que “instrumentalizam e desumanizam a pessoa migrante ou refugiada”. 

Segundo a Conferência Episcopal, “a Guatemala tem uma grave responsabilidade e culpa de omissão porque faltam uma visão e uma abordagem integral em relação à migração, mesmo sendo a nação um país de partida, trânsito, chegada e retorno”.
 
“Além disso”, prossegue o comunicado, “constatamos que as causas do fenômeno migratório continuam sendo estruturais, pois é fruto de uma ‘violência estrutural’ que se reflete na pobreza, na marginalidade, na discriminação, na violência generalizada, e na deportação por causa de interesses econômicos nacionais e internacionais”.

O documento recorda de modo particular a situação dramática e desumana de dezenas de pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas, em Laguna Larga, no município de Petén. Isso chama a atenção para “a gestão e imposição de planos que obedecem a políticas de migração que criminalizam os migrantes e refugiados, pisoteando os seus direitos e deixando-os num estado de falta total de proteção”.
 
Portanto, é preciso “criar, financiar e implementar uma política estatal que enfrente o tema da migração numa perspectiva integral humana e coerente com as características migratórias do país”. 

(MJ)

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JMJ, defesa da família, desigualdade social: preocupações do episcopado panamenho

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Cidade do Panamá (RV) – “É necessário despertar a alegria de anunciar o Evangelho no mundo dos jovens e que nas paróquias se abram espaços onde os jovens de nosso tempo possam encontrar as respostas às suas grandes interrogações”.

É o que afirma a mensagem da Conferência Episcopal do Panamá (CEP) ao final de sua Assembleia Plenária, concluída na sexta-feira 6 de julho. Temas como família, desigualdades sociais, atividades extrativistas e a Jornada Mundial da Juventude 2019 estiveram no centro dos debates.

Preparara os jovens para a JMJ

Os bispos consideram urgente desenvolver uma catequese que consista em um caminho de discipulado para os jovens em vista da JMJ, que os leve a viver este encontro como um encontro com o Senhor, e que seja o ponto de partida para uma nova evangelização do mundo juvenil.

“Os panamenhos têm a possibilidade de tornar o nosso país maior por meio da Jornada Mundial da Juventude, reiteram os prelados panamenhos. Abramos a mente, o coração e as portas de nossas casas para acolher os jovens peregrinos em 2019”.

Família

Na segunda parte da mensagem, os bispos especificam que “defender a família não é uma discriminação”, em referência às recentes polêmicas  no país pelos repetidos chamados à centralidade da família, prevista pela Constituição, e contra a ideologia de gênero.

Na mensagem, é especificado que “a defesa da instituição familiar é uma preocupação e uma missão permanente”.

Neste contexto é feita referência à Exortação Amoris laetitia e à exigência de um maior acompanhamento dos casais, a partir da preparação ao matrimônio.

Pobreza e desigualdade

Um ulterior tema, foco de atenção da mensagem, é a dos pobres e das desigualdades. Em particular, os bispos se dizem preocupados pelos jovens, a quem não são oferecidas oportunidades para seu futuro, e para tantos cidadãos que não têm acesso a uma adequada assistência sanitária.

Ambiente

Por fim, um chamado à tutela do ambiente, com o pedido de “uma legislação que regule com firmeza as atividades extrativas de recursos minerais”, em particular o uso da água, que é subtraída dos cidadãos ou então, é poluída.

A este propósito, os bispos exprimem sua proximidade aos cidadãos e às populações atingidas por estas atividades, levadas em frente de modo intensivo e irresponsável.

(JE/SIR)

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Dom Gil, Arcebispo de Juiz de Fora, leva missão ao Haiti

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Juiz de Fora (RV) - No próximo dia 17 de julho, um grupo de seis pessoas da Arquidiocese de Juiz de Fora, incluindo o arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, embarca para o Haiti. A viagem ao país mais pobre das Américas terá o objetivo de estudar a possibilidade da criação de uma base missionária de nossa Igreja Particular no local.

Quem integra a delegação 

Além de Dom Gil, o grupo é composto por cinco pessoas pertencentes à Comunidade Jovens Missionários Continentais (JMC): Ana Maria Roberto, Marina Lopes de Assis, Myria Izabel Carvalho de Araújo, William Câmara de Araújo e Wilmar José Pereira de Carvalho. Juntamente com os missionários e o arcebispo de Juiz de Fora, irá também o bispo da Diocese de Leopoldina, Dom José Eudes Campos do Nascimento.
 
O intercâmbio missionário vai em direção ao que propôs o Sínodo Arquidiocesano, realizado em 2009 e cujo tema foi “Arquidiocese de Juiz de Fora, uma Igreja sempre em missão”. Além disso, cumpre aquilo que Papa Francisco tem insistido em suas pregações: a necessidade de uma Igreja em saída e que olhe para as periferias.
 
Juiz de Fora & Óbidos, parceria consolidada

A possibilidade de uma base avançada de missionários no Haiti se somaria à iniciativa já existente na Diocese de Óbidos (PA). Na Igreja-Irmã, a Arquidiocese de Juiz de Fora é responsável pela Paróquia São Martinho de Lima, para onde envia sacerdotes e leigos.
 
“O Haiti é a periferia mais pobre da América Latina, e é para lá que os nossos olhos se dirigem agora. Os meus olhos e os olhos dos ovens continentais. Com muita alegria, continuemos, indo para servir, sem medo, porque o nosso motivo, o nosso norte, é Jesus Cristo“, destaca Dom Gil.

Missa de envio em 16 de julho 

A missa de envio do grupo juiz-forano está marcada para o próximo domingo, dia 16 de julho, às 16h, na Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Benfica. O retorno dos últimos missionários está previsto para 5 de agosto.

Dados sobre o Haiti

O Haiti é um pais situado no Caribe, numa ponta da Ilha Hispaniola, no grande arquipélago das Antilhas, contando hoje com população de cerca de dez milhões de habitantes. Sua capital é Porto Príncipe, que agrupa mais de um milhão de habitantes. O regime político é a Republica, mas, há anos, sofre sucessivas crises, ao ponto de um grupo de nações, entre as quais o Brasil, estarem em socorro da população para garantir-lhe a paz e a segurança. Há ali um contingente de servidores militares de Juiz de Fora. A maioria da população é constituída de negros, afrodescendentes, oriundos de do regime escravocrata ali predominante no passado. Foi o primeiro país da América Latina a abolir a escravatura e o segundo a proclamar a independência, no ano de 1804, através de uma revolta dos escravos. Abrigou Simão Bolívar, em 1815, com a condição de que ele impusesse a libertação dos escravos nos países que conseguisse conquistar.

Calamidades naturais

O País tem sido atingido por dolorosas catástrofes naturais, como o terrível sismo de 12 de janeiro de 2010 que matou milhares de pessoas, indubitavelmente mais de 200 mil, tendo destruído o Palácio Presidencial, a Catedral de Porto Príncipe, oitenta por cento das casas, prédios públicos e comerciais. Neste terremoto, morreu a nossa Dra. Zilda Arns que ali estava para implantar sua ação caritativa, a Pastoral da Criança. Também faleceu na ocasião o Arcebispo Dom Joseph Serge Miot e vários sacerdotes.

A Igreja no país         

O arcebispo atual é Dom Guirre Poulard, nascido em 1942, tendo, portanto atualmente, 75 anos de idade. A arquidiocese de Porto Príncipe foi criada como Diocese em 03 de outubro de 1861, e hoje conta com 04 dioceses sufragâneas. Em todo o Haiti, há apenas duas Províncias eclesiásticas, uma com sede em Porto Príncipe e a outra, no norte do País, em cabo Haitiano.

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Igreja no Mundo



Escoteiros se mobilizam com tintas e pincéis por “uma Aleppo mais bonita”

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Aleppo (RV) – Os escoteiros da Paróquia de São Francisco de Aleppo, na Síria, promoveram uma iniciativa para melhorar a imagem da cidade. No final do mês de junho, munidos de pincéis e latas de tintas, eles deram uma nova cor à cidade através do projeto “Aleppo mais bonita”: pintaram calçadas, restauraram a sinalização para indicar as áreas de estacionamento consentidas e proibidas.

A iniciativa é promovida pelos frades locais, com o apoio do governador, do prefeito e da comunidade. Depois de anos de guerra, que literalmente apagaram as cores de Aleppo, o projeto é um compromisso e também um desafio.

Os frades explicaram que o projeto “permite unir todos numa única nação, numa única família, independente da religião ou das convicções. A iniciativa é uma oportunidade para reparar e costurar esse belo mosaico da nossa sociedade, infelizmente rasgado. Então, colocamos a mão na massa com muito entusiasmo, amor e comprometimento. Temos amor pela nossa cidade agredida e o desejo de promover a reconciliação na nossa sociedade ferida”.

A Paróquia se encarregou de comprar o material necessário para a reconstrução. Mais de 200 pessoas se mobilizaram para deixar “Aleppo mais bonita”. O pároco Pe. Ibrahim Sabbagh explicou que, com esse tipo de ação concreta e de pequenos gestos, “conseguiremos, todos juntos, reconstruir a nossa cidade e a nossa sociedade. O que conta é o nosso empenho pessoal, o nosso desejo de sermos atores no processo de reconstrução da nossa ‘casa’, isto é, da nossa cidade com os seus habitantes”. (AC/L’Osservatore Romano)

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Governo turco congela decisão de expropiar igrejas e mosteiros sírio-ortodoxos

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Ancara (RV) – As autoridades turcas congelaram a decisão de transferir a propriedade de mais de 50 igrejas e mosteiros pertencentes à comunidade sírio-ortodoxa de Mardin - região de Tur Abdin, na Turquia - ao Diyanet (Departamento para Assuntos Religiosos).

É o que informa a Doğan News Agency, apresentando um comunicado oficial do governatorato de Madin, segundo o qual a disputa será resolvida “pela via judiciária”.

Assim, até a sentença ser proferida – prossegue o comunicado – a propriedade dos lugares de culto “não será transferida” ao Diyanet.

Exata solução para o problema

Com a decisão fica suspensa – ao menos temporariamente - a expropriação dos locais de culto pertencentes ao patrimônio cultural e religioso dos cristãos.

Fontes oficiais confirmam que para o futuro próximo permanece o status quo, e o registro dos prédios permanece prerrogativa do Ministério do Tesouro, à espera de uma sentença legal que forneça “a exata solução do problema”.

Expropriações

A decisão de transferir as propriedades remonta a 2014 e insere-se no contexto da nova organização administrativa de Mardin – tornada uma cidade metropolitana – que absorveu os povoados vizinhos, transformando-os em bairros. Uma decisão que provocou protestos e indignação na comunidade cristã local e internacional.

Kuryakos Ergün, responsável pelo Mosteiro de São Gabriel – um dos locais de culto objeto da expropriação – confirma que a disputa ainda não está resolvida, ainda que permaneça inalterado o destino de uso como lugar de culto.

Ergün faz votos de que a propriedade do prédio seja atribuída à fundação responsável pelo mosteiro e que o mesmo ocorra para as outras edificações da Igreja Sírio-ortodoxa. (JE)

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Relíquias de São Nicolau veneradas por mais de 1,6 milhões de fiéis

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Moscou (RV) – O site oficial da exposição das relíquias de São Nicolau em Moscou indicava para ontem, segunda-feira, 9,5 horas de espera na fila. 

O número total de peregrinos que já veneraram as relíquias provenientes da cidade italiana de Bari chegou a 1.687.500.

O grande número de peregrinos destes últimos dias obrigou os organizadores a proibirem ingressos na fila a partir das 16h30min, de forma que os últimos a entrarem, tenham tempo para ficar alguns instantes diante da relíquia e possam pegar o último metrô para retornarem às suas casas.

As relíquias ficarão em Moscou até a noite de 12 de julho. No dia seguinte - já em São Petersburgo - poderão ser visitadas na Basílica da Santíssima Trindade do Mosteiro Aleksander Nevkij, das 7 às 22 horas, até 28 de julho. 500 voluntários garantirão a assistência diária aos peregrinos e distribuirão água e comida.

Os únicos a terem direito a uma passagem preferencial serão os inválidos ou pessoas com necessidades especiais, além das crianças com menos de 2 anos, acompanhadas por um dos pais.

Os peregrinos são aconselhados a usar o tempo de espera preparando-se em oração, para que a veneração diante da urna ocorra de modo rápido.

Uma solene celebração de despedida marcará o retorno da urna à Bari. (je/sir)

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Entrevistas



Saúde da mulher: autoexame das mamas pelo menos uma vez por mês

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos a nossa conversa sobre a prevenção do câncer de mama com a ginecologista e mastologista Dra. Sabrina Fontana, que recentemente visitou a nossa emissora. 

Para a prevenção, recomenda-se que as mulheres conheçam o seu corpo desde o crescimento das mamas na adolescência. 

O autoexame das mamas deve ser feito pelo menos uma vez por mês e todas as mulheres devem procurar um mastologista para o acompanhamento e exame anual durante sua vida, principalmente a partir dos 40 anos.

Ouçamos o que disse a Dra. Sabrina na conversa com Silvonei José. 

(MJ)

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Formação



Educação é sonho em ação

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Cidade do Vaticano (RV) - “Um sonho, quando compartilhado, torna-se utopia de um povo”: essas palavras do Papa Francisco foram dirigidas aos participantes do encontro “Entre a Universidade e a escola, construindo a paz com a cultura do encontro”.

O evento foi realizado na semana passada na Universidade Hebraica de Jerusalém, promovido pela fundação pontifícia "Scholas Ocurrentes".

Entre os inúmeros participantes, havia também brasileiros, como Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer. Fundado em 2000, com sede em São Paulo e atuação global, o Instituto Crescer tem na educação seu foco principal. Entrevista por Danusa Rego, da Tv Canção Nova em Jerusalém, ela faz um balanço deste encontro e comenta as palavras do Papa Francisco: 

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Atualidades



Hábito de Madre Teresa vira marca registrada para evitar uso impróprio

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Roma (RV) – O sari, a veste típica da mulher indiana usada por Madre Teresa na cor branca com bordas azuis, virou uma marca registrada. O hábito escolhido para as Missionárias da Caridade, adotado no mundo inteiro desde 1950, agora é reconhecido de exclusiva “propriedade intelectual” da Congregação, fundada pela santa de Calcutá cerca de 70 anos atrás. 

O advogado Biswajit Sarkar comentou que o Registro de Marcas do governo da Índia “permitiu o reconhecimento do copyright”, depois de 3 anos de um rígido exame dos procedimentos legais e em acordo concomitante ao processo de canonização da santa, ocorrido em 4 de setembro de 2016, no Vaticano. De fato, o registro foi formalmente concedido no início do ano passado e se trata do primeiro caso de copyright de uma ‘roupa’ religiosa no mundo.

Ainda segundo o advogado, as missionárias não amam “a publicidade e, por isso, não tinham divulgado a notícia. Mas como se vê um uso impróprio e sem escrúpulos do hábito, queremos difundir às pessoas que a marca está registrada”.

O objetivo é tutelar a reputação de Madre Teresa através do seu hábito usado, pela primeira vez, em 1948. Dois anos depois, em 1950, foi reconhecido como “símbolo de paz e caridade no mundo”: o branco das vestes das missionárias pode ser representado pela verdade e, as linhas azuis, são associadas à Virgem Maria e aos três votos de pobreza, castidade e obediência aos mais pobres. (AC/Ansa/Asianews)

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Finalização da Sagrada Família "não é uma prioridade" para Prefeita de Barcelona

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Barcelona (RV) – A Prefeitura de Barcelona não tem pressa em concluir o projeto da construção do Templo Expiatório da Sagrada Família - ou simplesmente Sagrada Família -  iniciado em 1882 e com previsão de término em 2026.

“Não é uma prioridade”, afirma a Prefeita de Barcelona Ada Colau Ballano, política e ativista social catalã, no mandato desde  13 de junho de 2015.

O projeto do arquiteto Antoni Gaudì prevê na sua última fase uma escada que liga a fachada da Gloria à Diagonal, a maior artéria de Barcelona. Na ideia do gênio catalão, esta deverá ser a entrada principal da Catedral.

E é justamente nesta parte do projeto que residem os problemas, pois para ser concretizada, existe a necessidade de realizar grandes intervenções urbanísticas em uma área da cidade com grande tráfego, sem falar na circulação de milhares de turistas. Em 2016, foram 3,2 milhões.

A intervenção mais branda, prevê a derrubada de ao menos 150 apartamentos. Os residente seriam realocados nas vizinhanças

A Prefeitura de Barcelona reitera com firmeza que “esta intervenção não é uma prioridade”.  De fato, a Catedral de Gaudí nunca caiu nas graças do governo municipal aliado do movimento “Podemos”. O assessor para a cultura, o socialista Daniel Mòdol, já havia definido a obra como “uma Mona de Páscoa”, em referência ao bolo pascal catalão de forma desajeitada.

As obras avançam, não obstante estas indefinições. Até o final de 2017 deverão estar prontas as torres de Jesus, com 175 metros de altura, e a da Sacristia, últimas intervenções no atual perímetro da Catedral.

Em 2010, Bento XVI havia declarado a Igreja da Sagrada Família como Basílica Menor.

(JE/Vatican Insider)

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Caso Charlie: Alta Corte britânica pede "provas convincentes" sobre eficácia de terapias

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Londres (RV) – Realizou-se na tarde de segunda-feira (10/07) em Londres, a nova audiência na Alta Corte britânica sobre o caso envolvendo o pequeno Charlie, de apenas dez meses e vítima de uma doença rara. 

O juiz Nicholas Francis decidiu adiar novamente a decisão sobre desligar ou não o aparelho que mantém a criança respirando.

“Provas mais convincentes”

De fato, os pais de Charlie tem até quinta-feira para apresentar ao juiz “provas mais convincentes” sobre a eficácia das novas terapias, o que poderia fazê-lo mudar de ideia e autorizar a transferência ao exterior. Mas “não será nenhum tweet a influenciar-me”, advertiu.

Na audiência a mãe perguntou ao juiz: “Se fosse seu filho e se houvesse uma possibilidade de sucesso de 10%, o senhor o faria?”. E o magistrado respondeu que sim.

O advogado do hospital onde Charlie está internado, no entanto, alegou que as provas apresentadas pela família da criança relativas à terapia, referem-se à patologias unicamente musculares e não aos danos no cérebro que a criança teria e que as supostas evidências de novas pesquisas provém somente de laboratórios e não de testes em pacientes.

O advogado da família tentou em vão pedir que o caso fosse designado a outro juiz.

Mobilização manteve Charlie vivo

“Estivemos muito perto de perdê-lo em duas ocasiões – disse a mãe de Charlie – e eu espero por outro milagre e que tenha esta possibilidade de viver. Vivemos na máxima incerteza, mas permanecemos fortes. Esperamos seguir em frente”.

Connie Yates acrescentou que o apoio do Papa e do Presidente estadunidense Donald Trump - somado a enorme mobilização popular que o caso suscitou  - “até agora, salvaram a vida dele”.

“Enquanto ele não desistir – afirmam os pais  de Charlie – também nós não desistiremos”. (JE/AG)

 

 

 

 

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