Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 12/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: catequista não é profissão, mas vocação

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Cidade do Vaticano (RV) – Ser catequista não é uma profissão, mas uma vocação: é o que afirma o Papa Francisco na mensagem enviada aos participantes do Simpósio  Internacional sobre Catequese, em andamento na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA), em Buenos Aires. 

No texto, o Pontífice cita um diálogo de São Francisco de Assis com um de seus seguidores, que queria aprender a pregar. O santo lhe diz: Quando visitamos os enfermos, ajudamos as crianças e damos de comer aos pobres já estamos pregando. “Nesta lição, está contida a vocação e a tarefa do catequista”, escreve o Papa.

Ser catequista

Em primero lugar, a catequese não é um trabalho ou uma tarefa externa à pessoa do catequista, mas se “é” catequista e toda a vida gira em torno desta missão. De fato, “ser” catequista é uma vocação de serviço na Igreja, que se recebeu como dom do Senhor para ser transmitido aos demais. Por isso, o catequista deve constantemente regressar àquele primeiro anúncio ou “kerygma”, que é o dom que transformou a própria vida. Para Francisco, este anúncio deve acompanhar a fé que já está presente na religiosidade do povo.

Com Cristo

O catequista, acrescentou o Papa, caminha a partir de Cristo e com Ele, não é uma pessoa que parte de suas próprias ideias e gostos, mas se deixa olhar por Ele, porque é este olhar que faz arder o coração. Quanto mais Jesus toma o centro da nossa vida, mais nos impulsiona a sair de nós mesmos, nos descentraliza e nos faz mais próximos dos outros.

Catequese “mistagógica”

O Papa compara este dinamismo do amor com os movimentos cardíacos: sístole e diástole, se concentra para se encontrar com o Senhor e imediatamente se abre para pregar Jesus. O exemplo fez do próprio Jesus, que se retirava para rezar ao Pai e logo saía ao encontro das pessoas sedentas de Deus. Daqui nasce a importância da catequese “mistagógica”, que é o encontro constante com a Palavra e os sacramentos e não algo meramente ocasional.

Criatividade

E na hora de pregar, Francisco pede que os catequistas sejam criativos, buscando diferentes meios e formas para anunciar a Cristo. “Os meios podem ser diferentes, mas o importante é ter presente o estilo de Jesus, que se adaptava às pessoas que tinha a sua frente. É preciso saber mudar, adaptar-se, para que a mensagem seja mais próxima, mesmo quando é sempre a mesma, porque Deus não muda, mas renova todas as coisas Nele.

O Papa conclui agradecendo a todos os catequistas pelo que fazem, mas sobretudo porque caminham com o Povo de Deus. “Eu os encorajo a serem alegres mensageiros, custódios do bem e da beleza que resplandecem na vida fiel do discípulo missionário.”

O Simpósio Internacional sobre Catequese teve início no dia 11 de julho e prossegue até o dia 14. O encontro tem como tema "Bem-aventurados os que creem”, e entre os conferencistas estão o Arcebispo  Luis Francisco Ladaria sj, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Mons. José Ruiz Arenas, Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. 

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Card. Tauran aos Bispos da África Central: diálogo é o antídoto aos extremismos violentos

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma exortação para “progredir na busca de um diálogo sincero e frutífero em nível ecumênico, inter-religioso e intercultural, pelo bem das populações e das Igrejas” locais, foi dirigida pelo Cardeal Jean-Louis Tauran aos participantes da 11ª Assembleia Plenária da Associação das Conferências Episcopais da região da África Central (Acerac), aberta no sábado, 8 de julho, em Yaoundé, República dos Camarões. 

Extremismos violentos

Na mensagem enviada aos prelados do Chade, Camarões, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão e República do Congo, o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso sublinhou como o tema do diálogo escolhido para os trabalhos, deva ser seriamente levado em consideração. “A África – recordou – não está isenta de problemas provocados em nível global pelo crescimento dos extremismos violentos”.

Como a seita Boko Haram – exemplificou o Cardeal – “que continua ceifando vidas, especialmente no Chade e ao norte de Camarões, onde vive uma população de maioria muçulmana, que porém não está a salvo dos ataques”.

Diálogo ecumênico e inter-religioso

Além disso - continuou o purpurado - "a instabilidade política também afeta economicamente a vida das comunidades. No Gabão e na República do Congo é urgente melhorar as relações entre os membros da Igreja Católica e outras denominações cristãs. Da mesma forma, em todos esses países, é necessário um diálogo com os seguidores da religião tradicional africana".

Cristãos devem manter viva a esperança

Em particular - observa o Presidente do Pontifício Conselho - "na situação difícil e complexa" da África Central, cabe aos cristãos a "responsabilidade de manter viva a esperança de seus concidadãos,  ajudando-os na busca de razões de vida autêntica e credível, a fim de enfrentar o futuro com confiança”.

Os cristãos também têm o "dever de recordar os valores fundamentais ligados à dignidade de cada pessoa humana e de anunciar  incansavelmente a vontade de Deus, para que todos os homens constituam uma única família, reconhecendo-se uns aos outros como irmãos."

(JE - L'Osservatore Romano)

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Bispos vão renovar convite ao Papa para visitar o Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco vai enviar um delegado para participar da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora de Aparecida, em outubro.  

Embora tenha sido convidado por muitos bispos do país, o Papa já afirmou que não poderá voltar ao Brasil em 2017. Existe uma grande esperança por parte da Igreja que ele aceite retornar, quem sabe em 2018, levando uma contribuição ainda mais vigorosa para a vida eclesial, a renovação pastoral e missionária.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, vai apresentar novamente a Francisco o convite formal no momento oportuno. Quem afirma é o Presidente da entidade, o arcebispo de Brasília e cardeal, Dom Sérgio da Rocha. 

Ouça aqui: 

 

 

 

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Igreja no Brasil



Diocese de Luziânia (GO) tem novo Bispo

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Cidade do Vaticano (RV)  - O Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Luziânia (GO), apresentada por Dom Afonso Fioreze, C.P, por limite de idade. Dom Afonso será sucedido pelo Bispo Coadjutor da mesma diocese, Dom Waldemar Passini Dalbello.

O Papa aceitou também a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Petrolina (PE), apresentada por Dom Manoel dos Reis de Farias.

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IV Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos

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Manaus (RV) - O Setor Universidades da CNBB, através de sua Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação, realizará de 07 a 10 de setembro de 2017 o IV Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC). O evento se realizará em Manaus (AM). 

O encontro tem como objetivo principal reunir representantes da comunidade universitária de todo o Brasil, a fim de promover a reflexão, partilha e articulação da ação evangelizadora no ambiente do ensino superior.

O IV EBRUC terá como tema central: “Presença Cristã na Universidade: identidade, pluralidade e diálogo”. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10/08. Na programação, consta uma conferência principal, mesa de discussão, grupos de discussão simultâneos, pôster de experiências positivas, oficinas de desenvolvimento pastoral, vivência do projeto Universitários Missionários na Amazônia e dinâmicas de integração. A programação completa pode ser encontrada no site www.universitarioscristaos.com.br

Para o IV EBRUC, serão aceitos trabalhos em formatos de Oficinas de Desenvolvimento Pastoral (ODP), e Pôsteres de Experiências Positivas (PEP), nos moldes estabelecidos no presente edital. O edital pode ser encontrado no site Universitários Cristãos.

As inscrições podem ser feitas através do seguinte link: https://goo.gl/xB7kB9

 

 

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Nota da CNBB critica reforma trabalhista

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Brasília (RV) – Após uma sessão conturbada, o Senado aprovou na noite de terça-feira (11/07) a Reforma Trabalhista.

A votação ficou suspensa por mais de seis horas por causa de um protesto liderado por senadoras de oposição. O projeto segue agora para a sanção do presidente Michel Temer. No mesmo dia, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinou, com outras entidades, uma Nota Pública criticando o projeto de Reforma Trabalhista.

Na Nota, as entidades afirmam que o texto está “crivado de inconstitucionalidades” e representa “grave retrocesso social”. Entre os pontos de inconstitucionais destacados, estão a prevalência do conteúdo de acordos e convenções coletivas.

Além da CNBB, assinam a Nota, O Ministério Público do Trabalho (MPT), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e outras 11 entidades.

Leia a íntegra da Nota:

Nota Pública

As instituições abaixo subscritas vêm a público, na iminência de votação plenária, reiterar sua posição contrária à votação do PLC 38/2017 – a chamada “reforma trabalhista” -, prevista para 11/7/2017, no Plenário do Senado Federal. Nesse sentido, registram o seguinte:

1. Açodada, carente da participação adequada de todos os segmentos sociais envolvidos, as audiências públicas, durante a tramitação do projeto, demonstraram categoricamente que o texto a votar está contaminado por inúmeras, evidentes e irreparáveis inconstitucionalidades e retrocessos de toda espécie, formais e materiais.

2. A esse propósito, destacam-se:

A introdução da prevalência irrestrita do negociado sobre o legislado, fora das hipóteses taxativamente autorizadas pelo art. 7º da Constituição da República

A limitação pecuniária das indenizações por danos morais, baseadas nos salários das vítimas, o que viola o fundamento republicano da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) e, por propiciar tratamento distinto a situações idênticas, a garantia fundamental da isonomia (caput do art. 5º)

A proibição do exame, pela Justiça do Trabalho, do conteúdo de convenções e acordos coletivos, limitando-se à análise a seus aspectos formais, o que torna tais normas coletivas os únicos negócios jurídicos do País totalmente imunes à jurisdição, em colisão frontal com a inafastabilidade da jurisdição, imposta pelo art. 5º, XXXV

A instituição de regime ordinário de prorrogação da jornada de trabalho por acordo individual, violando ostensivamente o art. 7º, XIII, que somente a autoriza por meio de acordo ou convenção coletiva.

3. Neste passo, conclamam o Senado da República à efetiva consecução de sua função constitucional revisora, impedindo a aprovação açodada de projeto crivado de inconstitucionalidade e deflagrador de grave retrocesso social, a consequente ruptura com o compromisso internacional assumido pelo País ao ensejo do art. 26 do Pacto de San Jose da Costa Rica e, por tudo, o rebaixamento histórico do patamar civilizatório mínimo de cidadania social que se construiu ao longo de quase dois séculos e meio.

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Igreja no Mundo



Italianos se unem a russos e cazaques em peregrinação a Fátima

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Fátima (RV) – Os católicos italianos da Associação “Luzes sobre o Leste”, fundada na década de 90, sem fins lucrativos e em favor da independência da Lituânia, estão em peregrinação a Fátima, por ocasião do centenário das aparições marianas em Portugal. Nesta quinta-feira (13), o grupo irá encontrar os fiéis provenientes da Rússia e do Cazaquistão, guiados por seis bispos. 

O presidente da entidade, Nelson Fragelli, sublinha que, “durante a aparição de 13 de julho, Nossa Senhora revelou à humanidade aqueles universalmente conhecidos ‘três segredos de Fátima’ e ela pediu orações incessantes pela conversão dos pecadores e a consagração da Rússia ao Seu coração Imaculado”.

O diretor Silvio Dalla Valle acrescenta que, além do momento de oração comum, também será de “compartilhar o encontro com os irmãos russos e cazaques, porque juntos poderemos rezar pela Virgem Maria de Fátima e responder aos seus pedidos”.

Desde 1997, a Associação organiza Caravanas da Esperança, levando a estátua peregrina da Virgem de Fátima nas paróquias, hospitais e presídios de toda a Itália e também de países do Leste Europeu. A iniciativa acontece graças também ao trabalho de jovens voluntários que, durante os meses de férias de verão, colocam-se à disposição da obra de anúncio apostólico das palavras de Nossa Senhora. (AC/AdnKronos)

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Dublin: campanha mobiliza famílias pra receber peregrinos como hóspedes em 2018

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Dublin (RV) – Falta pouco mais de um ano para o IX Encontro Mundial das Famílias em Dublin, na Irlanda, e a cidade já está se preparando para receber os peregrinos e também o Papa Francisco que confirmou sua presença. “Cada detalhe da sua visita ao país deve ser visto sobre o prisma da família”, o que talvez faça essa viagem “ainda mais importante”, disse o arcebispo Diarmuid Martin. 

O evento sobre “O Evangelho da Família: alegria para o mundo” acontece de 21 a 26 de agosto de 2018. Para promover o evento já estão sendo divulgados vídeos traduzidos em sete idiomas, entre eles, o português e o espanhol. O material convida as famílias para participarem em grande número ao evento na Irlanda, um país “acolhedor e famoso pela sua longa história cristã”, para “celebrar a beleza, os pontos fortes, os problemas e as satisfações da vida em família”.

A Irlanda é um Estado católico, fortemente ancorado nos valores da Igreja mas que, em maio de 2015, com um referendum, aprovou uma alteração na Constituição que autoriza “o matrimônio entre duas pessoas, sem distinção de sexo”.

Além dos vídeos, estão sendo realizadas conferências de preparação e também ações em todas as dioceses, seleção de voluntários e uma campanha junto às famílias de Dublin e cidades próximas  para que recebam os peregrinos como seus hóspedes.

Programação que antecede o IX Encontro

Em 21 de agosto deste ano, no Santuário de Nossa Senhora de Knock, por exemplo, um encontro irá reunir ao menos uma família de cada diocese para dar início à programação nacional que antecede de um ano o grande Encontro de 2018. Todas as paróquias do país estarão envolvidas nas atividades de tema: “Amoris, Let’s talk Family, Let’s be Family” (na tradução livre, “Amoris, Vamos falar de Família, Vamos ser Família”). Animações em vídeo e um aplicativo online devem ajudar a promover a iniciativa.

O evento de caráter internacional acontece a cada três anos. Papa Francisco foi quem anunciou Dublin como cidade escolhida, durante o encontro de 2015, na Filadélfia. Será mais uma oportunidade do Pontífice abordar o tema da família à Irlanda, à Europa e ao mundo inteiro. Segundo o arcebispo, “ninguém como o Papa é tão ciente das dificuldades que encontram e vivem as famílias”, mas ninguém mais que ele sabe de “quanto seja extremamente importante uma vida familiar saudável para a plena realização das pessoas, dos homens e das mulheres, sobretudo das crianças”.

site oficial do evento é o www.worldmeeting2018.ie. (AC/Sir)

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Igreja católica na Mongólia celebra 25 anos de presença no país asiático

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Ulan Bator (RV) - A Igreja católica na Mongólia está festejando 25 anos de presença no país do centro-leste da Ásia. O “Jubileu de prata” foi celebrado este domingo, 9 de julho, com uma santa missa na catedral dos Santos Pedro e Paulo, na capital Ulan Bator, divulgou a agência missionária Fides.

O prefeito apostólico na Mongólia, Dom Wenceslao Padilla, expressou sua gratidão a Deus e a todos os colaboradores por aquilo que foi feito nos últimos 25 anos. “A este ponto – afirmou o bispo durante a celebração –, posso verdadeiramente dizer, e quero gritar ao mundo as palavras do profeta Isaías: Louvai ao Senhor, invocai o seu nome; proclamai entre os povos os seus feitos, fazei saber que o seu nome é excelso” (Isaías 12,4).

Presença da Igreja em vários setores da sociedade

“O Deus de nossos pais foi verdadeiramente rico de graça, amoroso, protegeu e guiou cada passo de nosso caminho de fé e a nossa pequena comunidade de fiéis na Mongólia.” O prelado ressaltou também que “a estabilidade da Igreja na Mongólia, com sua presença em vários setores da sociedade, sempre cresceu e se reforçou”.

“A chegada de missionários de várias congregações religiosas e de diferentes nações, a colaboração e a fé de muitos mongóis contribuíram para construir uma presença sólida da Igreja na Mongólia”, explicou.

25º aniversário de relações entre Santa Sé e Mongólia

Este ano se celebra também o 25º aniversário das relações diplomáticas entre Santa Sé e Mongólia. Quando o país asiático tornou-se nos anos 90 um Estado democrático, o governo tomou a iniciativa de pedir relações diplomáticas com a Santa Sé.

Em 4 de abril de 1992 foram estabelecidas relações diplomáticas e em 10 de julho daquele ano o primeiro grupo de missionários – 3 membros da Congregação do Coração Imaculado de Maria – chegou à Mongólia.

Santa Sé entre os primeiros a reconhecer o país

Durante a celebração de 9 de julho na capital mongol o primeiro conselheiro da Nunciatura apostólica na Coreia do Sul e Mongólia, Mons. Marco Sprizzi, recordou que “a Santa Sé foi um dos primeiros Estados a reconhecer a Mongólia na comunidade internacional, após sua independência”. “Desde então as relações sempre foram muito boas”, acrescentou.

“O Papa preocupa-se com o bem-estar espiritual e material do povo mongol. Considerando que não promovemos nosso interesse, mas sobretudo o interesse do povo da Mongólia, as relações são muito boas e continuam servindo à população neste país”, concluiu.

Eleito o novo mandatário da nação

Por fim, registram-se importantes novidades na Mongólia em âmbito político. Após o segundo turno realizado este 9 de julho foi eleito o novo presidente. Trata-se do ex-mestre de artes marciais e expoente do Partido democrático, que era da oposição, Khaltmaa Battulga. O novo mandatário do Estado mongol foi eleito com 55,15% dos votos. (RL/Fides)

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Católicos da ex-Alemanha Oriental recordam os 30 anos do encontro em Dresden

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Dresden (RV) – Celebra-se nestes dias em Dresden e em todas as Dioceses da ex-Alemanha Oriental (RDA), os 30 anos do histórico encontro realizado de 10 a 12 de julho de 1987 – o primeiro oficial e público – dos católicos alemães que viviam sob o regime comunista. 

Ser católico na República Democrática Alemã era um risco. Os crentes eram discriminados. Era proibido estudar temas religiosos, não se podia escolher livremente a profissão e eram socialmente isolados. As reuniões públicas era proibidas.

Este quadro começou a mudar com a crise dos regimes comunistas na segunda metade dos anos 80. Assim, foi possível realizar este encontro em Dresden que reuniu cem mil participantes provenientes de toda a RDA.

Limites a serem respeitados

A Conferência dos Bispos alemães decidiu na época não inserir a palavra “católico” no lema do encontro que era “O poder de Deus – a nossa esperança”, pois a experiência de 40 anos de discriminações tornou a Igreja da República Democrática Alemã consciente dos limites que devia respeitar, não devendo ser evidenciados temas políticos, mas somente pastorais.

Ademais – recorda Dom Klemens Ullman, Decano da Catedral de Dresden – o encontro “foi como uma grande reunião de família que fortaleceu a nossa consciência”.

Joseph Ratzinger

No encontrou tomou parte o então Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, representando o Papa João Paulo II, que foi proibido de participar.

A Missa conclusiva, em 12 de julho de 1987, foi celebrada pelo então Arcebispo de Berlim, o Cardeal Joachim Meisner (falecido recentemente), que inflamou os fiéis na homilia dizendo: “Queremos seguir uma estrela diversa, aquela de Belém”.

A afirmação foi uma crítica “não-oficial”, mas real, ao regime comunista.

“Todos sabíamos o que queria dizer”, precisa Ullman, porque a estrela vermelha era um símbolo do comunismo sempre presente na vida cotidiana da República Democrática Alemã.

Divisão da Alemanha entre as forças aliadas

A Alemanha Oriental ou Alemanha Socialista, oficialmente República Democrática Alemã (RDA) foi um Estado criado em 1949 no território da zona de ocupação soviética, uma das zonas ocupadas pelos Aliados na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, quando o território alemão foi repartido entre os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a União Soviética. Enquanto a zona soviética deu origem à RDA, a junção das outras três deu origem à República Federal da Alemanha (RFA), ou Alemanha Ocidental.

(JE/SIR)

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Ávila acolhe encontro do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos

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Ávila (RV) –  Realiza-se em Ávila, Espanha, de 15 a 21 de julho, a Assembleia Geral do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC), reunindo responsáveis eclesiais, sindicais e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

De fato, uma ampla representação da Igreja espanhola e do mundo do trabalho estarão presentes para participar do Seminário internacional e da Assembleia Geral do Movimento.

Confirmaram presença, entre outros,  o Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Ricardo Blázquez; o Secretário Geral de CCOO, Unai Sordo; o Secretário Geral de UGT, Pepe Álvarez; o Secretário Geral da USO, Julio Salazar; a Secretária Executiva da Confederação Europeia de Sindicatos, Montserrat Mir e o Diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) na Espanha, Joaquín Nieto.

No sábado, 15 de julho, a partir das 18 horas, a abertura do seminário pelo Bispo de Ávila, Dom García Burillo; o Prefeito da cidade José Luis Rivas; Presidente da HOAC, José Fernando Almazán;  Charo Castelló e Jean-Claude Tolbize, copresidentes do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC).  

No domingo, 16, a partir das 11h15, o painel “Panorama mundial da situação do emprego. Tendências. Presente e futuro”.

Na segunda-feira 17, a partir da 9h15, realiza-se a primeira sessão do dia com o pronunciamennto do Bispo emérito de Ciudad Real, Dom Antonio Algora, responsável pela Pastoral Operária, que irá expor o pensamento do Papa Francisco sobre o trabalho digno.

Segue o painel da Doutora em História Contemporânea, Basilisa López, sobre trajetória histórica e compromisso do MMTC na evangelização do mundo operário.

No dia 20, quinta-feira, às 18 horas, a presença do Presidente da Conferência Episcopal espanhola, o Cardeal Arcebispo de Valladolid, Ricardo Blásquez, que estará ao lado dos delegados e delegadas dos trabalhadores cristãos de todo o mundo, oportunidade em que presidirá a celebração eucarística comemorativa pelos 50 anos do MMTC.

Coletiva de Imprensa

No dia 14 de julho, em Ávila, terá lugar uma coletiva de Imprensa reunindo os responsáveis do Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos.

(JE com Revista Ecclesia)

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Prior dos carmelitas: responder aos desafios com criatividade e alegria

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Roma (RV) - “Maria, Mãe e Beleza do Carmelo, Estrela do Mar, nos guie em nosso caminho a fim de que saibamos responder com criatividade e alegria aos desafios presentes em nosso mundo, por vezes tão complexo.” 

Foi o auspício expresso pelo prior geral da Ordem Carmelita, Pe. Fernando Millán Romeral, na carta à Família religiosa pela festa de Nossa Senhora do Carmo – a ser celebrada no próximo domingo, 16 de julho.

Sempre mais fiéis aos valores do Evangelho

“Faço votos de que estas celebrações toquem nosso coração, inspirem nosso viver o carisma e transformem nossa vida de modo que possamos ser sempre mais fiéis aos valores evangélicos”, lê-se na missiva.

Na carta, o prior geral dos carmelitas recorda duas datas particulares. A primeira é o centenário das aparições de Fátima. “Na sexta aparição, ocorrida no mês de outubro de 1917, os pastorinhos disseram que a Virgem apareceu com os traços da Nossa Senhora do Carmo que era venerada na paróquia deles”, escreve.

Família carmelita renova sua devoção mariana

Neste centenário, “a família carmelita renova a sua devoção mariana”. Ademais, “recordamos de modo particular também os enfermos da família carmelita”, acrescenta.

Recordados o Beato Brandsma e o grande teólogo carmelita Xiberta

Pe. Romeral menciona “o 75º aniversário da morte do Beato Tito Brandsma no campo de concentração de Dachau (Alemanha) e o 50º aniversário da morte do grande teólogo carmelita Bartolomé F. M. Xiberta”.

“Ambos distinguiram-se por sua grande devoção mariana e escreveram muito sobre o papel da Virgem Maria na história da salvação”, observa. “Que nos ajudem a viver nossa devoção mariana com a mesma autenticidade e exigência de vida que eles mostraram”, conclui o prior geral dos carmelitas. (RL/Sir)

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Entrevistas



Pe. Erismar sobre terremoto: a solidariedade fala mais alto

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso convidado no “Porta Aberta”, desta quarta-feira (12/07), é o Pe. José Erismar da Arquidiocese da Paraíba.  

Atualmente, ele mora em Bellante, na Itália, cidade que sofreu as consequências dos terremotos que abalaram a região central do país, no ano passado e no início deste ano.

Em entrevista à nossa emissora, Pe. Erismar nos conta como viveu essa experiência dramática do terremoto.

"Essas coisas psicologicamente abalam, mas a solidariedade humana fala mais alto no sentido que ainda tem a humanidade que quer ajudar. Essa é a realidade. Visitei várias áreas, algumas a gente pode entrar outras não. Mas eu não sou muito de falar nesses lugares, até mesmo porque existe uma coisa muito feia que é o famoso turismo macabro, que são aquelas pessoas que vão fazer foto de prédio caído e outras coisas. Eu não gosto dessas coisas. Eu vou e faço o meu silêncio. Acho que a única coisa que a gente pode fazer é silêncio como presença e solidariedade", disse o sacerdote.  

(MJ)

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Formação



Significado apologético da Ressurreição

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória História – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar na edição de hoje sobre “o significado apologético da ressurreição”. 

No programa passado falamos sobre a “historicidade da ressurreição do Senhor”,  oportunidade em que recordamos as palavras do Frei Raniero Cantalamessa: “A ressurreição é um acontecimento histórico, em um sentido muito particular. Ela está no limite da história, como aquele fio que separa o mar da terra firme. Está dentro e fora ao mesmo tempo. Com ela, a história se abre ao que está além da história, à escatologia. É, portanto, em certo sentido, a ruptura da história e a sua superação, assim como a criação é o seu começo. Isto significa que a ressurreição é um evento em si mesmo não testemunhável e atingível com as nossas categorias mentais que são todas ligadas à experiência do tempo e do espaço”, recordando que de fato, ninguém testemunhou o momento da ressurreição do Senhor, mas que ela é conhecida a posteriori, com as aparições de Jesus.

Na edição de hoje, Padre Gerson Schmidt nos fala sobre “o significado apologético da ressurreição”:

No nosso resgate histórico dos documentos do Concilio aqui nós lembramos a renovação do ano litúrgico sugerida pelos padres conciliares. Os padres no concilio propuseram, na Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium, no número 106, a valorização do Domingo como o dia alegre de render graças pela ressurreição do Senhor. Declara o seguinte o documento base da renovação litúrgica:

“Por tradição apostólica que tem sua origem do dia mesmo da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra cada oitavo dia o mistério pascal, naquele que se chama justamente dia do Senhor ou domingo. Neste dia, pois, devem os fiéis reunir-se em assembleia para ouvirem a palavra de Deus e participarem da eucaristia, e assim recordarem a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os “gerou de novo pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma esperança viva” (1 Pd 1,3)”.

Cantalamessa, na pregação da quaresma, falou do significado apologético da ressurreição. Frei Raniero Cantalamessa disse assim: “Passando da história para a fé, muda também o modo de falar da ressurreição. O do Aqui se está no nível da fé, não mais no da demonstração. É o que chamamos de kerygma. "ScimusChristumsurrexisse a mortuisvere", canta a liturgia do Domingo de Páscoa: "Nós sabemos que Cristo verdadeiramente ressuscitou". Não só acreditamos, mas tendo acreditado, sabemos que é assim, disso temos certeza. A prova mais segura da ressurreição se tem depois, não antes, que se acreditou, porque então se experimenta que Jesus está vivo”.

Cantalamessa diz ainda que a morte de Cristo não era, em si, suficiente para dar testemunho da verdade de sua causa. “Muitos homens - temos uma prova trágica disso em nossos dias - morrem por razões erradas, até mesmo por razões iníquas; a sua morte não torna verdadeira a sua causa; somente testemunha que eles acreditavam na verdade dela. A morte de Cristo não é a garantia da sua verdade, mas do seu amor, pois "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pela pessoa amada” (Jo 15, 13)”.

Somente a ressurreição nos dá a prova que Cristo é Deus. Cristo é Deus porque ressuscitou dos mortos. Nenhum homem fez essa façanha, de ressuscitar depois de morto. Cristo, assumindo a natureza humana, provou que não era só homem pela sua ressurreição. Cantalamessa afirmou assim: “Somente a ressurreição é o selo de autenticidade divina de Cristo”. Nossa fé está fundamentada sobre o kerigma.

São Paulo tem razão de edificar sobre a ressurreição, como seu fundamento, todo o edifício da fé: “Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria nossa fé. Nós seríamos falsas testemunhas de Deus... seríamos os mais dignos de compaixão de todos os homens"(1 Cor 15, 14-15,19).

É possível compreender por que Santo Agostinho pode dizer que "a fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo". Que Cristo tenha morrido todo mundo acredita, também os pagãos, mas que tenha ressuscitado, só os cristãos acreditam, e não é cristão quem não acredita (Cf. S. Agostinho, Enarr. in Psalmos, 120, 6 (CCL, 40, p 1791).

Por isso, a celebração do domingo, o tempo pascal, a pregação do kerigma depois de Pentecostes, traz esse significativo especial, dentro da vivência concreta de cada ano litúrgico que vivemos. Esperamos que não só no domingo, mas cada dia novo, possamos ter esse profundo sentido da ressurreição do Senhor, nos trazendo a alegria de que tudo se torna novo e regenerado pela vitória de Cristo, em nosso renascer pelo batismo, viver e morrer para ressuscitar. Não nascemos para morrer, mas morremos para ressuscitar".

 

 

 

 

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Atualidades



Hóstia sem glúten: celíacos podem comungar?

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Cidade do Vaticano (RV) – A publicação de uma carta-circular a respeito do pão e do vinho da Eucaristia gerou um debate sobre como os celíacos podem comungar.

A carta foi publicada sábado passado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos aos Bispos diocesanos, a pedido do Papa Francisco.

A Congregação recorda que o pão deve ser ázimo, unicamente feito de trigo. “É um abuso grave introduzir, na fabricação do pão para a Eucaristia, outras substâncias como frutas, açúcar ou mel. Já as hóstias completamente sem glúten são inválidas.” Os fiéis se perguntam: como fazem os celíacos para comungar?

Quem responde é o Padre Fábio de Freitas Guimarães, oficial da Congregação para o Clero:  

Pe. Fábio explica que a intenção do documento é alertar quanto à qualidade das hóstias sem glúten, porque na maioria dos casos – “senão na totalidade” – essas hóstias contêm outras substâncias que não são trigo e água – as únicas permitidas.

“O texto não fala do direito ou não dos celíacos de comungar, mas chama a atenção para o produto que se compra.”

O oficial da Congregação para o Clero adverte que quando um produto traz o rótulo “sem glúten”, pode significar uma alteração do mesmo, com a introdução de cereais, bactérias e levedos que não são aceitos.

Mas recorda que é possível diminuir a quantidade de glúten numa hóstia, o que permite que os celíacos comunguem. Caso contrário, Pe. Fábio de Freitas sugere que comunguem com o vinho.

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