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Sumario del 13/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Fátima: pedido de conversão da Rússia completa 100 anos

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Fátima (RV) – Nesta quinta-feira, celebram-se  os 100 anos da aparição de Nossa Senhora em Fátima na qual há uma referência direta à Rússia. 

No testemunho dos videntes na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados”.

“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, assim registrou Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.

Ainda nesta aparição teve lugar a visão do inferno e a revelação do sofrimento da Igreja e de um bispo vestido de branco, a trilogia que constitui o chamado Segredo de Fátima.

Peregrinação russa

Para celebrar este centenário, uma peregrinação com cerca de 90 fiéis oriundos de vários países da ex-União Soviética está em Fátima.

“É um dia muito bonito para nós, viemos dizer obrigado, 100 anos depois do pedido da Virgem Maria”, declarou à Agência Ecclesia Dom Clemens Pickel, bispo da Diocese de São Clemente em Saratov, Rússia.

“Durante o comunismo, muitas pessoas na Rússia rezavam. Sabiam de Fátima, mas era perigoso falar disso, se falassem de Fátima, dos Pastorzinhos, por exemplo, poderiam ser condenados a 10 anos na Sibéria, nos campos de trabalho”, recorda D. Clemens Pickel. “Era um sonho e agora podemos realizá-lo”, acrescentou.

Além de Dom Clemens, estão na Cova da Iria o Arcebispo de Moscou, Dom Paolo Pezzi; o Bispo da Diocese da Transfiguração em Novosibirsk, Dom Iosif Vert; o Bispo da Diocese de São José em Irkusk, Dom Kirill Klimovich; o Arcebispo da Diocese de Santa Virgem em Astana, Cazaquistão, Dom Tomash Peta; o Bispo coadjutor da mesma diocese, Dom Athanasius Shnaider; e o Padre Andrzej Madej, do Turquemenistão.

A evocação das aparições de julho de 1917 tem como tema ‘A Virgem Maria, Rainha da Paz’.

Além da peregrinação dos bispos católicos dos países de língua russa, o Santuário de acolhe cerca de 110 grupos de peregrinos, oriundos de 24 países.

Dramas do mundo

O bispo de Leiria-Fátima, Dom Antônio Marto, deu as boas-vindas ao grupo de bispos católicos de língua russa. Durante a saudação inicial aos peregrinos, recordou na Capelinha das Aparições os “problemas e dramas do mundo”, em particular as vítimas da recente catástrofe dos incêndios de Pedrógão Grande.

D. Antônio Marto convidou ainda à oração pela paz Oriente Médio, sobretudo na “Síria, Líbano e Iraque”, pela “tragédia” dos refugiados e do “sofrimento dos cristãos perseguidos no mundo”.

Papa Francisco em Fátima

O Papa Francisco visitou Fátima nos dias 12 e 13 de maio por ocasião do centenário das aparições e a canonização dos pastorzinhos Francisco e Jacinta Marto.

“Queridos peregrinos, temos Mãe, temos Mãe! Agarrados a Ela como filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus. Como uma âncora, fundeemos a nossa esperança nessa humanidade colocada nos Céus à direita do Pai. Seja esta esperança a alavanca da vida de todos nós! Uma esperança que nos sustente sempre, até ao último respiro”, disse o Papa na homilia de 13 de maio.

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Esperados milhares de argentinos no Chile para visita de Francisco

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Santiago do Chile (RV) – A Argentina ainda não teve a alegria de receber a visita de seu filho amado, o Papa Francisco, que já passou no entanto por outros países latino-americanos, como Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Cuba e México.

A estes se somará em setembro a Colômbia e em janeiro de 2018 o Peru e o Chile, este último, país vizinho da Argentina.

Reforço de pessoal na fronteira

Autoridades civis e a Igreja local estimam que mais de 1 milhão de argentinos devem atravessar a Cordilheira do Andes para ver Bergoglio. Neste contexto, os governos dos dois países já trabalham no sentido de “reforçar” suas equipes de fronteira.

“Em janeiro, tradicionalmente, a metade dos turistas que chegam ao país são argentinos. Sabemos que com a visita do Papa serão muito mais”, assegurou à Telam um dos responsáveis pela logística que chegou esta semana ao Vaticano para coordinar os aspectos da comunicação da viagem.

“Temos absoluta certeza que virão muitos”, acrescentou a fonte, confirmando ao mesmo tempo um “reforço” nas passagens da frontera para garantir o acesso fácil e rápido e recordou que para o ano de 2017 está prevista a chegada ao país de 3,7 milhões de argentinos. Somente em janeiro passado foram 647.955.

Também já está confirmado que o Santo Padre pernoitará durante sua estadia no Chile na residencia da Nunciatura em Santiago, cidade onde presidirá uma celebração para uma multidão. O Papa também visitará Temuco e Iquique.

Organizadores da viagem no Vaticano

Esta semana chegou ao Vaticano um representante da Comissão eclesiástica de nove pessoas que organiza a viagem - acompanhado pela porta-voz da Presidente Michelle Machelet e encarregada das comunicações da viagem papal Haydeé Rojas - para tratar dos preparativos da sexta viagem de Bergoglio ao continente americano.

(JE com informações de telam)

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Dom Gallagher: mesmo antes do Isis, cristãos se sentiam de 2ª classe

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Cidade do Vaticano (RV) - “Mesmo antes da barbárie do chamado Isis os cristãos e as minorias se sentiam cidadãos de segunda classe.” Foi a denúncia do secretário Santa Sé das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher, ao participar esta quinta-feira (13/07) em Roma da conferência “A tutela das comunidades religiosas – Investir nos jovens quais protagonistas de uma nova estação de encontro, diálogo e convivência pacífica entre os povos”.

Instituição do Observatório sobre minorias religiosas no mundo

Organizado pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália e pela cooperação internacional, em colaboração com o Instituto para os estudos de política internacional (Ispi), o encontro teve o anúncio da criação de um Observatório sobre minorias religiosas no mundo e sobre o respeito à liberdade religiosa.

“É preciso ser claro – advertiu o arcebispo –, a narrativa ideológica discriminatória não será abatida com a simples derrota do Estado islâmico no Oriente Médio.” Efetivamente, para Dom Gallagher “os dispositivos militares para derrotar o inimigo não representam uma garantia. A narrativa da ideologia do diabo será derrotada: para fazê-lo, devemos aumentar nossos esforços para construir uma contra narrativa a esta ideologia”.

Reconstruir sociedade iraquiana será parte mais difícil

“Reconstruir os prédios no Iraque será a parte mais fácil, mas reconstruir a sociedade iraquiana será muito mais difícil”, ressaltou. “Criar condições sociais, econômicas e políticas para dar-lhes a confiança de voltar e lançar as bases para uma coexistência pacífica.”

“A cristandade é essencial para a identidade do Oriente Médio”. Uma diversidade que sempre o caracterizou, constituindo sua principal característica e garantindo uma convivência pacífica entre pessoas de diferentes credos e etnias”, prosseguiu o arcebispo.

Ademais, o prelado recordou que desde os últimos meses do ano passado a maior parte dos territórios no norte do Iraque ocupados pelo Estado islâmico foi libertada, inclusive os vilarejos cristãos na Planície de Nínive.

Somente poucos cristãos puderam voltar para suas casas

“Infelizmente, porém, apesar do desejo de voltar para suas casas, somente poucos cristãos e outros grupos tiveram condições de fazê-lo”, frisou ele.

“As casas, as escolas e as igrejas encontram-se ainda em meio aos escombros. Apesar de estes territórios terem sido libertados do inimigo, há muito ainda a ser feito para ajudar os cristãos e as outras minorias a voltar com segurança para suas cidade e suas casas”, disse ainda Dom Gallagher. (RL/Sir)

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Igreja no Brasil



Orientações da CNBB sobre as hóstias sem glúten

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Brasília (RV) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou suas “Orientações Pastorais sobre o acesso das pessoas celíacas à Comunhão Eucarística”.

No texto, a CNBB afirma que é importante que bispos, presbíteros, diáconos e ministros extraordinários da comunhão eucarística tenham conhecimento a respeito desta doença e tomem consciência dos cuidados que ela exige. E propõe oito orientações práticas dirigidas seja aos fiéis celíacos, seja aos celebrantes.

Eis o texto integral:

A doença celíaca é uma condição autoimune, desencadeada pelo consumo do glúten presente no trigo, na aveia, na cevada, no centeio e em todos os derivados destes cereais. Ela pode se manifestar em qualquer fase da vida, afetando todo o corpo e, se não tratada, pode trazer consequências graves para a saúde das pessoas celíacas. Há formas dessa doença em que a pessoa é afetada até mesmo pela presença de traços de glúten ou até pelo simples contato com ele. Segundo as estatísticas, a cada 400 pessoas, uma é celíaca. Isto coloca um desafio particular para a comunhão eucarística segura dessas pessoas.

A Congregação para a Doutrina da Fé deu orientações a esse respeito (cartas circulares aos presidentes das Conferências Episcopais – junho de 1995 e julho de 2003). De acordo com essas orientações, os Ordinários podem conceder aos presbíteros e aos leigos afetados pela doença celíaca a permissão de usar pão com pouca quantidade de glúten. A Congregação adverte, no entanto, que essa quantidade deve ser suficiente para a obtenção da panificação, não podendo ser acrescentada nenhuma matéria estranha à substância do pão.

Estabelece ainda que, quando o fluxo celíaco é tal que impeça a comunhão sob a espécie do pão, mesmo parcialmente desprovido de glúten, o fiel leigo pode comungar somente sob a espécie do vinho. O presbítero que se encontrar nesta condição pode comungar somente sob a espécie do vinho quando participar em uma concelebração.

É dever do Ordinário certificar-se de que o produto utilizado seja conforme a estas exigências. Esta licença pode ser dada para o período que durar a situação que motiva o pedido. Requer-se, portanto, uma organização litúrgica que inclua procedimentos adequados às necessidades das pessoas celíacas, para que elas não venham a sofrer discriminação e se sintam plenamente acolhidas e integradas na vida da Igreja.

É importante que bispos, presbíteros, diáconos e ministros extraordinários da comunhão eucarística tenham conhecimento a respeito desta doença e tomem consciência dos cuidados que ela exige. A fim de garantir a comunhão eucarística segura das pessoas celíacas é preciso atenção ainda ao risco de contaminação com traços de glúten nas partículas especiais e no vinho durante o armazenamento ou o manuseio.

Em vista da atenção e dos cuidados necessários, recomendamos que:
1) as pessoas celíacas apresentem-se ao pároco, para que ele possa tomar as providências adequadas;
2) as pessoas celíacas tenham acesso às partículas especiais válidas para a comunhão;
3) o armazenamento dessas partículas, a preparação delas para a Santa Missa e a sua distribuição no momento da comunhão, sigam as regras de segurança para estes casos;
4) as tecas destinadas ao serviço da comunhão para as pessoas celíacas sejam reservadas para esse fim e conservadas em separado das demais;
5) haja cálices especiais para os que podem comungar somente na espécie do vinho;
6) os cálices e os sanguinhos usados para sua purificação sejam conservados em separado;
7) aos menores de dezoito anos e às pessoas que tenham restrição ao consumo do álcool, se disponibilize a comunhão com o uso do mosto (suco de uva fresco ou conservado com a fermentação suspensa);
8) seja dada preferência às pessoas celíacas para comungarem por primeiro em uma das filas de comunhão, e que elas mesmas peguem a partícula da teca reservada para elas.

Seria ainda mais seguro se cada pessoa com essa condição de saúde tivesse sua própria teca ou pequeno cálice, conservado em sua casa e levado ao altar no momento da apresentação das oferendas. Recordamos que existem associações especializadas na produção de partículas com as características requeridas, algumas até as distribuem gratuitamente.

O Papa Francisco nos recorda que “a comunidade cristã é chamada a se empenhar a fim de que cada batizado possa fazer a experiência de Cristo nos sacramentos” (Discurso – 11 de junho de 2016). Estamos convencidos de que a atenção às necessidades das pessoas celíacas e à sua plena participação sacramental contribuirá para o crescimento de toda a comunidade, pois a Igreja é uma comunidade eucarística.

Confiamos o empenho de cada comunidade à materna proteção da Mãe de Jesus, a “mulher eucarística” (S. João Paulo II, encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 53).

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

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Alagoas: igreja de Atalaia está interditada por desmoronamento de torre

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Atalaia (RV) – Uma igreja centenária no interior de Alagoas está temporariamente fechada. Na semana passada, uma das torres da Igreja Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Atalaia, desabou após a estrutura ter ficado danificada por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade. Segundo o Pe. Manoel Francelino, pároco local há cinco anos, a comunidade não estava mais frequentando o local por causa do comprometimento do edifício.

O coordenador regional da Defesa Civil, Massilon Mendes, explica que houve uma movimentação de massas que acarretou o desmoronamento. "Como é uma região canavieira, muitos engenheiros usavam o mel como aditivo para a argamassa de ligamento dos blocos, do tijolo batido, como a gente chama. Como a infiltração foi muito grande, houve uma movimentação de massas e o desmoronamento da torre, que agora está na iminência da outra parte cair”, diz Mendes.

A Defesa Civil, para evitar acidentes visto que a estrutura do prédio ainda apresentava riscos, interditou o local. A imagem barroca da padroeira, o sino e tudo que havia na igreja foram levados para a casa paroquial até a reabertura do local.

As missas estão sendo realizadas no salão paroquial e no Centro Social Atalaiense, que fica próximo à igreja. O Pe. Manoel já mobiliza a comunidade para uma campanha em prol da reforma da Matriz e quem puder ajudar pode entrar em contato com a Cúria Metropolitana através dos telefones (82) 3021 4001 e 3223 2732. (AC)

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Salvador: Igreja de São Francisco se abre para Festa Literária Internacional

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Salvador (RV) – A Igreja de São Francisco, Patrimônio da Humanidade pela Unesco junto ao coração histórico de Salvador, irá receber o sarau “Maria Bethânia e as Palavras”, por ocasião da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) que acontece entre 9 e 13 de agosto. Os edifícios históricos, tanto da igreja como do convento, dos séculos XVII e XVIII, de rica expressão do Barroco no Brasil, também são classificados como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.

A Festa Literária Internacional tem programação gratuita e aberta ao público, tanto adulto como infanto-juvenil, com debates, oficinas literárias e leituras dramáticas em pleno Centro Histórico de Salvador. A abertura na Igreja de São Francisco com o sarau da cantora brasileira está marcada para 9 de agosto, às 20h. Maria Bethânia vai mesclar leitura e música, canções pouco frequentes no repertório, tudo acompanhado por um violonista e um percussionista. (AC)

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Igreja na América Latina



Venezuela: "mensagem urgente" dos Bispos à população

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Caracas (RV) – A Conferência Episcopal Venezuelana voltou a se pronunciar sobre a crise no país. Na tarde de quarta-feira (12/07), o Secretário-Geral dos Bispos, Dom Víctor Hugo Basabe, se reuniu com a imprensa para divulgar uma “mensagem urgente” a toda a população. 

Dom Basabe referiu que não houve qualquer resposta à carta enviada segunda-feira passada ao Presidente Nicolás Maduro, na qual os bispos pediam o anulamento da Assembleia Nacional Constituinte.

O Secretário-Geral definiu a proposta como “indigna”, “desnecessária”, destinada somente a potencializar os conflitos em andamento. E convidou os cidadãos a participarem de uma consulta popular “legítima” convocada pela oposição, a Assembleia Nacional, no próximo domingo (16/07), para que as pessoas digam “aquilo que pensam”.

Forças Armadas e grupos paramilitares

O Secretário-Geral leu na íntegra a Exortação, na qual é dirigido o enésimo apelo para que o bem do povo venezuelano esteja em primeiro lugar. De modo especial, os bispos se dirigem às Forças Armadas, para que “atuem com verdade e justiça”. E denunciam a ação de grupos paramilitares ilegais, que agem sob o “olhar complacente das autoridades”.

A Igreja manifesta sua solidariedade às pessoas que passam por dificuldades financeiras, “sem saúde e segurança”. O texto menciona também o Papa Francisco, que acompanha de perto a situação.

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CELAM: colocar em diálogo sociedade, Estado e mercado, à luz do magistério de Francisco

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Bogotá (RV) – Realizou-se na Pontifícia Universidade Javeriana,  em Bogotá , nos dias 11 e 12 de julho, o simpósio “Tudo está interligado. Estratégia de um reencontro da sociedade com o Estado e o mercado, em vista de um desenvolvimento humano integral para a América Latina”, promovido pelo CELAM. 

Um dos participantes – o cooperador e especialista em direitos humanos Cristiano Morsolin – sublinhou a importância destes dois dias em vista da iminente visita do Papa Francisco a Colômbia, a ser realizada de 6 a 10 de setembro. “As conclusões do encontro – explicou – serão apresentadas diretamente ao Papa quando vier aqui”.

Dom Francisco Niño, Secretário adjunto do CELAM, abriu os trabalhos sublinhando que “se busca uma reflexão sobre a relação “mercado, Estado, sociedade”, com o apoio da Santa Sé”.

Ecologia integral

A partir da ecologia integral delineada pela Laudato Si, “procuramos plasmar um modelo que respeite o livre mercado na América Latina, seguindo São Paulo, que nos convida a não nos conformarmos com este mundo, mas a transformá-lo”.

Tudo está interligado

O Núncio Apostólico na Colômbia, Dom Ettore Balestrero, afirmou em seu pronunciamento que “este diálogo latino-americano é importante para refletirmos juntos”, pois toda a história da humanidade teve que governar na fragmentação, delimitando os espaços como partes isoladas. Porém hoje tudo está interligado, a sociedade em geral busca um encontro entre o mercado e o Estado, a serviço de toda a humanidade.

O Núncio advertiu que estamos assistindo a muitos conflitos na América Latina. A consolidação – como denuncia o Papa Francisco – da cultura do descarte, “nas suas múltiplas faces do descarte humano, político, social, tudo isto é uma rejeição às multidões que buscam ter acesso à oportunidades para todos”.

Incorporar dimensão histórica e espiritual

A América Latina tem por isto necessidade de “uma reflexão ligada ao desenvolvimento integral dos povos, que incorpore a dimensão histórica e espiritual deste país colombiano, que dê esperança também a toda a região e à América Latina”.

Falando em particular sobre a Colômbia, Dom Balestrero observou que este simpósio “serve para contribuir a levar luz também ao processo de paz em andamento”.

Em um país caracterizado pela marginalidade e grandes desigualdades, os dois dias devem contribuir positivamente para uma perspectiva orientada para o lado humano do desenvolvimento, trabalhando contra a marginalização e a pobreza”.

(je/sir)

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Igreja no Mundo



Cristãos iraquianos correm o risco de serem deportados dos EUA

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Detroit (RV) – As novas disposições do governo estadunidense sobre os migrantes, em particular aqueles provenientes de países do Oriente Médio, causam medo e incertezas na comunidade caldeia da diáspora. 

Por determinação de um juiz federal de Detroit, no entanto, os cristãos iraquianos não poderão ser deportados, ao menos, até 24 de julho.

A deportação dos Estados Unidos de 1400 imigrantes iraquianos, com base nas novas regras sobre migrações, já havia sido impedida com um recurso apresentado à Corte Federal de Detroit, quando o juiz distrital Mark Goldsmith havia suspenso por 14 dias os procedimentos de expulsão, período necessário para o tribunal competente decidir sobre o caso.

Cristãos iraquianos

Entre eles estão 100 cristãos caldeus, presos  em 12 de junho na região de Detroit, por policiais da Immigration and Customs Enforcemente. Trata-se, na maior parte dos casos, de homens residentes nos Estados Unidos há decênicos.

A operação foi deflagrada após o acordo entre Estados Unidos e Iraque, em que o governo de Bagdá aceitou acolher um certo número de cidadãos iraquianos submetidos à ordem de expulsão.

Alguns dos iraquianos presos tiveram no passado problemas com a justiça, fato que, segundo as forças policiais, justificaria a decisão de submetê-los à medida de repatriação forçada ao Iraque.

Patriarca Louis Raphael Sako

O Patriarca Louis Raphael Sako também interviu no caso. Em carta endereçada ao Bispo caldeu Frank Kalabat, à frente da Eparquia de São Tomé Apóstolo, em Detroit, o Primaz da Igreja Caldeia havia expresso solidariedade e proximidade às famílias dos iraquianos atingidos pelas medidas de expulsão, fazendo votos de uma adequada solução à emergência humanitária provocada pelas medidas, que atingem também os pais de famílias, com filhos pequenos.

Jogador EUA de origem iraquiana

A imprensa local também registrou a reação sobre o caso do renomado jogador estadunidense, Justin Meram, filho de pais caldeus provenientes da cidade de Tel Kaif, na Planície de Nínive: “sendo um americano caldeu, um americano iraquiano, é algo difícil de suportar”, declarou Meram ao Detroit News, fazendo votos de uma solução para o caso, que evite ulteriores sofrimentos e separações familiares dos imigrantes iraquianos que vivem nos Estados Unidos.

Entre as novas disposições do governo Trump em relação às imigrações, está a proibição de entrada nos EUA de cidadãos provenientes de seis países de maioria muçulmana, considerados como potenciais exportadores de terrorismo.

(je/fides)

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Patriarca Sako: reapropriar-nos de nossas terras antes que outros o façam

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Bagdá (RV) - “Cessar as contendas internas que provocam divisões e deixar de perder tempo esperando a retomada de posse das próprias terras antes que outros o façam. É tempo de reapropriar-nos das terras de nossos pais e avós, da identidade deles, de sua história e de seu patrimônio.”

Caminho para erradicar o Isis da região é longo e difícil

É a premente advertência do patriarca da Igreja caldeia no Iraque, Dom Louis Raphaël I Sako, numa nota publicada no site do patriarcado, em que ressalta que “o caminho para erradicar o Isis (autoproclamado Estado Islâmico) da região é ainda longo e difícil, a ser percorrido antes de reconstruir aquilo que foi destruído e de alcançar a paz, segurança e estabilidade”.

“O momento que estamos vivendo é um momento histórico e um banco de prova para os cristãos, chamados a renovar seu compromisso ético e moral, a confirmar sua presença, recuperar suas propriedades, exigir uma compensação para suas perdas; obter sua quota de ajudas, e ademais ter a proteção assegurada em colaboração com o governo central iraquiano, o governo regional do Curdistão e a comunidade internacional”, escreve o Primaz da Igreja caldeia.

Unir esforços para facilitar retorno da população deslocada

Entre as pistas de trabalho indicadas pelo Patriarca de Babilônia dos Caldeus destacam-se: “unir os esforços para reconstruir ou reestruturar as habitações e as infraestruturas de modo a facilitar o retorno da população deslocada; criar uma equipe de 7-10 políticos sábios e fiéis, capazes de ser porta-vozes dos cristãos e de assumir a responsabilidade de falar com as pessoas justas a nível nacional e internacional, para além de interesses pessoais, capazes de cooperação e de solidariedade e de comprometer-se de modo eficaz com muçulmanos e outros grupos étnicos na vida pública”.

Por fim, segundo Dom Sako a criação de “um departamento central de informação” poderia “ajudar os cristãos a fazer ouvir a sua voz e a difundir seu sofrimento e suas aspirações. Isso os ajudará a superar as complexidades da realidade atual e a transformar as diferenças em unidade, coesão, solidariedade e participação ativa para o reforço de sua existência de um lado e de outro para promover uma cultura de abertura que ajudará a alcançar a paz, a estabilidade e uma vida digna para eles e para os cidadãos”.

Igreja continua amando e servindo a todas as pessoas

“A Igreja não é um substituto de políticos leais. Ela realiza, sobretudo, um papel vital na vida das pessoas afirmando a verdade acerca das questões políticas, especialmente quando se trata de construir a paz, a justiça e a necessidade de dar uma vida digna a todos os cidadãos, independentemente de sua filiação. A Igreja continua amando e servindo a todas as pessoas, seguindo o exemplo de seu fundador, Jesus Cristo”, lê-se na nota. (RL/Sir)

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Card. Tagle em Israel: mandados por Cristo a testemunhar o Evangelho

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Jerusalém (RV) - “Vocês não vieram a Israel somente a fim de trabalhar para manter vocês mesmos e suas famílias, mas foram também mandados por Cristo e pela Igreja a testemunhar o Evangelho em suas vidas cotidianas.” Foi o que disse o arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle, que esta terça-feira (11/07) presidiu em Jerusalém uma missa para os migrantes filipinos em Israel.

Na celebração, representantes das comunidades filipinas na Terra Santa

Para a ocasião chegaram a Jerusalém representantes de todas as comunidades filipinas, provenientes de Haifa, Tiberíades, Nazaré, Giaffa, Telaviv e Rehovot. Encontravam-se com eles também sacerdotes e religiosos filipinos e muitos outros que prestam seu serviço nas comunidades filipinas da Terra Santa.

Conferência do purpurado aos filipinos da diáspora

Antes da missa, que foi celebrada no auditório do Centro de Notre Dame da Cidade Santa, o Cardeal Tagle fez uma conferência – informa o Vicariato “São Tiago” para os católicos de língua hebraica em Israel. (RL/Sir)

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Entrevistas



'Ecologia e Grandes Cidades': a reflexão sobre água e ética

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Cidade do Vaticano (RV) - A Arquidiocese do Rio de Janeiro recebe a partir de quinta-feira (13/07) a sábado (15/07) o II Congresso Internacional ‘Ecologia e Grandes Cidades’, no auditório do Edifício João Paulo II, na Glória.  

A conferência vai abordar três questões ambientais chave: água, ar e resíduos, através das quais serão apresentadas as atuais e futuras situações. A Encíclica Laudato si do Papa Francisco será utilizada como ponto inicial de discussão, e a partir daí, especialistas, prefeitos e expoentes da Igreja Católica e de outras religiões vão analisar aspectos ambientais, sociais, éticos e de gestão associados às grandes cidades.

O reitor da PUC-Rio, Padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., participará sexta-feira, 14 de julho, levando ao evento ‘Reflexões Éticas sobre os problemas apresentados nas palestras sobre Água’.

Estudioso de questões ambientais, o sacerdote afirma que “são as grandes cidades a sofrer os impactos maiores no ar, na água e nos resíduos. “Foi a Laudato si a desencadear a reflexão sobre a ecologia integral. É preciso rever todas as questões ambientais a partir de uma visão mais integradora”.

Nesta entrevista, ele antecipa alguns tópicos de sua palestra no evento: 

(CM)

 

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Formação



Francisco traz para seu ministério experiência de pastor na América Latina

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, temos estes dias em nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano” a participação do assessor da Comissão para Ação Missionária – CNBB, Pe. Sidnei Marco Dornelas, que com suas reflexões e considerações sobre temas afins tem nos enriquecido neste espaço de formação e aprofundamento. 

Para continuar suas ponderações ressaltamos ao nosso convidado o fato de com o seu magistério pontifício o Papa Francisco estar dando impulso a uma evangelização que torna o povo de Deus, em seu conjunto, ‘discípulo missionário’, como queria o Concílio ecumênico Vaticano II.

Propusemos ao religioso scalabriniano a consideração de que com sua eleição à Cátedra de Pedro o Papa Bergoglio trouxe para seu ministério petrino muito daquilo que é próprio da sensibilidade e da sua experiência de pastor na Igreja latino-americana.

Efetivamente, Pe. Sidnei desenvolve o conceito de que Francisco traz para o magistério universal da Igreja toda a sensibilidade, a tradição de ser Igreja que é própria do continente latino-americano. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Brasil, país mais perigoso para defensores do meio ambiente

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Brasília (RV) - Brasil: 49 defensoras e defensores assassinados em 2016, segundo dados da ONG internacional Global Witness – “ano após ano, este é o país mais perigoso em termos de números”, afirma a entidade.

Segundo eles, a indústria madeireira está vinculada a 16 assassinatos, enquanto proprietários de terras são suspeitos de perpetrarem vários assassinatos na Amazônia. “O governo diminuiu a legislação ambiental e debilitou instituições de direitos humanos”, afirmam.  

O Brasil tem sido sistematicamente o país mais funesto para defensoras e defensores do meio ambiente e para os que lutam pela permanência na terra e em seus territórios, desde que a Global Witness começou a compilar dados mundiais. Em 2016, um espantoso número de 49 pessoas foram assassinadas por protegerem suas terras: 16 delas defendendo as ricas florestas brasileiras dos madeireiros ilegais e um número cada vez maior, lutando contra a expansão do agronegócio e o seu poderoso lobby dentro do governo. 

Governo reduz a proteção dos defensores ambientais

Para a ONG, apesar do chocante e crescente número de assassinatos, o governo brasileiro tem, na verdade, diminuído a proteção a defensoras e defensores ambientais. Quase imediatamente após assumir o poder, em agosto do ano passado, a administração de Michel Temer desmantelou o Ministério dos Direitos Humanos. O Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos conta com poucos recursos e é ineficaz. 

Os assassinatos são emblemáticos dos níveis extremos da violência rural no Brasil.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) atribui isso ao avanço agressivo, com respaldo estatal, de projetos empresariais - incluindo agronegócios, mineradoras e empresas de energia - sobre as terras de comunidades indígenas e tradicionais, assim como de pequenos agricultores, os quais têm organizado uma crescente resistência coletiva para enfrentar o problema. De acordo com a CPT, as raízes do conflito encontram-se na história do colonialismo e da escravidão no Brasil, e o fato de o governo nunca ter resolvido os problemas estruturais do setor agrário. 

Reforma agrária não sai do papel, violência aumenta sempre

“É por isso que muitas organizações sugerem que o conflito só pode ser resolvido através da implementação da política de reforma agrária, estabelecida na Constituição Brasileira. No entanto, a forte influência da elite rural sobre a política nacional, a qual se aprofundou com a atual crise política, tem impedido que isso aconteça. Enquanto isso, a violência aumenta”, destaca a Global Witness. A CPT documentou 61 assassinatos devido a conflitos no campo no Brasil em 2016[1], maior número dos últimos 13 anos. Em 2017, a entidade já registrou, até o momento, 46 assassinatos em conflitos no campo. 

Para a ONG estrangeira, “para deter o curso de assassinatos, o governo brasileiro deve fortalecer o seu apoio a defensoras e defensores do meio ambiente e da terra, especialmente nas áreas mais remotas do país”. 

Neste breve vídeo, a ONG apresenta casos em vários países.

(CM)

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Atualidades



Fundamentalismo evangélico e integralismo católico na América de Trump

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Roma (RV) – O Diretor da revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”, Pe. Antonio Spadaro, e o Diretor da edição argentina do L’Osservatore Romano, o Pastor protestante Marcelo Figueroa, assinam o artigo que alerta para “um surpreendente ecumenismo entre fundamentalistas evangélicos e católicos integralistas, unidos pelo mesmo desejo de uma influência religiosa direta sobre a dimensão política” na era da presidência Trump.

De fato, este estranho e surpreendente "ecumenismo de ódio" - em oposição ao magistério Papa Francisco – é a tese central do artigo que abre a edição 4010 da “La Civiltà Cattolica” de 15 de julho, mas antecipada pela revista neste 13 de julho às 11 horas, horário italiano.

Maior influência da religião

A análise do fenômeno e das suas possíveis consequências revela que “especialmente em alguns governos dos Estados Unidos dos últimos decênios, se observa o papel sempre mais incisivo da religião nos processos eleitorais e nas decisões de governo” e que sempre mais “este entrelaçamento entre política, moral e religião assumiu uma linguagem maniqueísta que subdivide a realidade entre o Bem absoluto e o Mal absoluto”.

Demonização dos inimigos

O uso literal da Sagrada Escritura oferece uma visão do mundo em que todos os potenciais inimigos – dos espíritos modernistas de um tempo, até chegar hoje aos migrantes e aos muçulmanos – são estigmatizados e demonizados.

Tudo isto, segundo os dois autores, “leva o risco de reduzir a comunidade dos crentes, de fé (faith) a uma comunidade de combatentes, da batalha (fight)”.

O elemento relativamente novo neste quadro é que cada vez mais “alguns que se professam católicos se expressam muitas vezes de formas até há pouco tempo desconhecidas de sua tradição e muito mais próximas a um tom evangélico”.

Visão xenófoba e islamofóbica

A principal ligação deste estranho ecumenismo parece ser uma visão xenófoba e islamofóbica, e uma luta em questões no terreno de temas e questões consideradas ligadas a alguns valores tradicionais usados instrumentalmente.

Papa contra os muros

Um “ecumenismo de ódio”, portanto, muito distante do ecumenismo encorajado pelo Papa Francisco

A partir disto se pode entender melhor, comentam os autores, "o significado histórico do esforço do Pontífice contra os "muros" e contra todas as formas de" guerra de religião", e aquele contra todas as formas de instrumentalização mútua entre o poder político e religioso.

(JE)
 

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Museu João Paulo II recebe presentes de Bento XVI

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Wadowice (RV) – Nesta quinta-feira (13/07) serão expostos pela primeira vez no Museu João Paulo II, sua casa natal em Wadowice, na Polônia, os presentes oferecidos pelo Papa emérito Bento XVI. 

Trata-se de três anéis que o Papa polonês deu de presente ao então Cardeal Ratzinger, sendo um deles por ocasião do Grande Jubileu do Ano 2000. Há ainda três cartas de S. João Paulo II ao Cardeal e uma fotografia em que estão juntos durante a Missa pelos 10 anos de pontificado de João Paulo II, celebrada em 30 de outubro de 1988. 

Numa carta endereçada ao Diretor do Museu, o Papa emérito – refere a Fundação Ratzinger – expressou a esperança de que seus presentes possam entusiasmar os visitantes do Museu e aprofundar o seu amor por João Paulo II. 

Bento XVI visitou Wadowice e a casa natal do Papa polonês em 27 de maio de 2006. 

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