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Sumario del 14/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: respeito, responsabilidade e relação com o meio ambiente

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Cidade do Vaticano (RV) – Respeito, responsabilidade e relação: esses são os três “R” que o Papa Francisco propõe quando o assunto é meio ambiente. 

Contidas na Encíclica sobre a criação, o Pontífice voltou a citar as três palavras ao dirigir uma mensagem ao II Congresso Internacional “Laudato si e Grandes Cidades”, em andamento no Rio de Janeiro.

A mensagem foi endereçada ao Arcebispo emérito de Barcelona e Presidente da Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades, Cardeal Lluís Martínez Sistach.

Para Francisco, respeito, responsabilidade e relação são três “R” que ajudam a atuar de forma conjunta diante dos imperativos mais essenciais de nossa convivência.

Respeito

“O respeito é a atitude fundamental que o homem tem de ter com a criação”, escreve o Papa, para que as gerações futuras possam seguir admirando-a e desfrutando-a. De modo especial, Francisco falou “do direito fundamental” à água e advertiu que, se não receber a atenção que merece, se transforma em fonte de enfermidades e sua escassez põe em perigo a vida de milhões de pessoas.

Responsabilidade

Já a responsabilidade diante da criação constitui uma de nossas tarefas primordiais. “Não podemos ficar com os braços cruzados quando advertimos uma grave diminuição da qualidade do ar ou o aumento da produção de resíduos que não são adequadamente tratados.” Para Francisco, essas realidades são consequência de uma forma irresponsável de manipular a criação e nos chamam a exercer uma responsabilidade ativa para o bem de todos.

O Papa lamenta a indiferença e a passividade diante de tantas tragédias e necessidades de nossos irmãos e irmãs. “Cada território e governo deveria incentivar modos de responsabilizar seus cidadãos para que, com criatividade, possam atuar e favorecer a criação de uma casa mais habitável e mais saudável.”

Relação

O terceiro “R”, a relação, ou melhor, a falta de relação, não é uma característica visível somente nas grandes cidades multiculturais, mas acomete também a zona rural. O fluxo constante de pessoas faz com que as sociedades contemporâneas sejam cada vez mais fechadas e desconfiadas. “A falta de raízes e o isolamento de algumas pessoas são formas de pobreza, que podem degenerar em guetos e originar violência e injustiça. Contudo, o homem está chamado a amar e ser amado, estabelecendo vínculos de pertença e laços de unidade entre todos os seus semelhantes”, recorda o Pontífice.

Por isso, é importante que a sociedade trabalhe conjuntamente em âmbito político, educativo e religioso para criar relações humanas mais quentes, “que derrubem os muros que isolam e marginalizam”. Francisco pede o engajamento de grupos, escolas, paróquias, “que sejam capazes de construir com sua presença uma rede de comunhão e de pertença, para favorecer uma melhor convivência e conseguir superar tantas dificuldades”.

O Congresso

O II Congresso Internacional Laudato Si e Grandes Cidades foi aberto oficialmente na manhã de quinta-feira (13/07), no auditório do Edifício João Paulo II, na Glória. O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, o Arcebispo emérito de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, e o representante do Ministério do Meio Ambiente e diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Grillo, participaram da mesa de abertura.

Refletindo sobre a água, as conferências da manhã foram presididas pelo Arcebispo emérito de São Paulo e Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Cláudio Hummes, e focaram a Laudato Si e Grandes Cidades; a qualidade e tratamento da água; e como obter água de alta qualidade em cidades em desenvolvimento.

Na parte da tarde, houve a participação do Cardeal Tempesta e do Rabino Abraham Skorka, sob a condução do professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Miguel Serpa Pereira.

Nesta sexta-feira (14/07), será a vez do Pe. Josafá Siqueira SJ apresentar a palestra "Reflexões éticas sobre os problemas relativos à água"

O Congresso encerra-se no sábado (15/07).

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Bangui: lançada pedra fundamental de hospital financiado pela Santa Sé

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Bangui (RV) - O Presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, lançou na quarta-feira (12/07) em Bangui a pedra fundamental daquele que será um Centro de referência para a nutrição terapêutica infantil e que terá a capacidade para cem leitos. 

Obra financiada pela Santa Sé

Na cerimônia, presente também uma delegação da Santa Sé, que financia o projeto no valor de 2 bilhões de Franc (XFA). O Centro foi uma promessa do Papa Francisco quando de sua visita ao país em 2015.

O Presidente Touadéra agradeceu ao Vaticano por apoiar o cuidado com a saúde das crianças e adolescentes.

Para o mandatário,  "a saúde é uma prioridade, por isto é necessário ampliar e melhorar os serviços sociais básicos. Dada a situação que vivemos, muitos serviços foram destruídos no país, o que reduziu nossa capacidade de responder ao setor, tais como a saúde".

Hospital Bambino Gesù

O Hospital da Santa Sé – o Bambino Gesù - decidiu assumir o projeto do Hospital Pediátrico em Bangui após a viagem do Papa ao país no início do Jubileu da Misericórdia, como uma forma de ajuda concreta da Igreja às crianças da República Centro-Africana.

O projeto de apoio já efetuou uma série de intervenções urgentes, como a compra e a instalação de um gerador elétrico; já as salas da biblioteca e da Universidade de Medicina ainda devem ser reestruturadas.

Capacitação de médicos

Como parte deste projeto de construção, o Vaticano se propõe a capacitar médicos da República Centro-Africana - orientados, mesmo que a distância, pelo Hospital Bambino Gesù - e de enviar à pediatria uma equipe de médicos italianos.

Papa visitou Hospital Pediátrico em Bangui

Antes de chegar à Catedral de Bangui para a abertura da Porta Santa, na noite do domingo 29 de novembro de 2015, o Papa Francisco havia feito uma breve visita a um hospital pediátrico de Bangui, ao qual doou algumas caixas com medicamentos provenientes do hospital “Bambino Gesù” de Roma.

(JE com APA News)

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Com um aviso fixado na porta do quarto, Papa alerta: Proibido lamentar-se!

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Papa Francisco passa suas “férias” no Vaticano,  sem perder o bom-humor que lhe é peculiar.

Há alguns dias, apareceu fixado na porta de seu quarto, na Casa Santa Marta, um aviso que diz: “Proibido lamentar-se”.

Mais abaixo é explicado que “os transgressores estão sujeitos a uma síndrome de vitimismo com a consequente diminuição de tom do humor e a capacidade para resolver os problemas”.

A sanção será dobrada “se cometida na presença de crianças”.

O texto termina dizendo: "Para se obter o melhor de si mesmo, deve-se concentrar nas próprias potencialidades e não nos próprios limites, portanto: Pare de se queixar e aja para tornar a tua vida melhor”.

O autor

As frases são de autoria do psicoterapeuta Salvo Noé - autor de livros e de cursos de motivação - e que recentemente encontrou o Papa Francisco na Praça São Pedro ao final da Audiência Geral de 14 de junho, oportunidade em que deu a ele a cartela, um livro e uma pulseira. (Salvo Noé dedicou algumas páginas de seu último livro a Bergoglio).

Francisco disse a ele: “Vou colocá-la na porta do meu escritório, onde recebo as pessoas”.

Como o “escritório” onde costuma conceder as audiências é no Palácio Apostólico - cuja austeridade e beleza não se enquadrariam com estilo da cartela - o Papa decidiu fixá-la na porta de seu quarto.

O aviso, como não poderia deixar de ser, acabou chamando a atenção de algumas pessoas na Santa Marta, entre elas a de um idoso sacerdote italiano, amigo de longa data de Bergoglio, que depois de pedir autorização, tirou algumas fotos da cartela para poder divulgar.

“Deusa lamentela”

Quer na Exortação “Evangelii gaudium” como nas homilias na Santa Marta, o Papa chama a atenção de que os cristãos devem parar de queixar-se eternamente, parecendo muitas vezes adoradores da “deusa lamentela”.

“Às vezes – disse o Papa alguns meses após ter sido eleito – alguns cristãos melancólicos temais cara de pimenta no vinagre que de pessoas alegres que tem uma vida bela!”.

O sacerdote autor das imagens, disse que encontrou Francisco tranquilo e sereno. Ele está trabalhando, apesar das férias, estudando nomeações para a Cúria, mas também nos discursos de sua próxima viagem à Colômbia.

(JE com La Stampa)

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Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida tem novo site

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Cidade do Vaticano (RV) - O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida tem um novo site: www.laityfamilylife.va. Nele se encontram informações sobre as atividades do organismo vaticano, as redes sociais e vídeos.  

O novo portal apresenta uma imagem do novo logotipo do dicastério, representado por “um abraço que acolhe todos os leigos e as famílias do mundo”. 

Do lado esquerdo da imagem, desenhada por Anna Formaggio, estão os leigos que sustentam a colunata de Bernini, formando um abraço com as famílias.

“É um povo formado por mulheres, homens, crianças, jovens, idosos e famílias, a grande maioria do povo de Deus, conforme definido pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica ‘Evangelii gaudium’, que constitui a Igreja e que ao mesmo tempo desfruta de sua proteção materna. É um povo que tem o sonho missionário de chegar a todos”, lê-se no site.

“Da colunata e das famílias que a enchem nasce a vida que no logotipo é representada por um broto que germina das extensões das colunas de São Pedro.” 

Além de divulgar as atividades do dicastério, o novo portal quer ser também “um lugar acolhedor e familiar para os leigos e as famílias, e oferecer a todos a possibilidade de ser ouvidos”. 

Por isso, foi pensado em “dar amplo espaço às redes sociais que nos ajudarão a entrar em diálogo com quem terá a boa vontade de nos seguir”, informa o site. 

(MJ)

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Igreja no Brasil



Semana Missionária de Porto Alegre: jovens em contato com a caridade

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Porto Alegre (RV) – A partir da próxima segunda-feira (17), jovens de várias dioceses do Rio Grande do Sul estarão reunidos em Porto Alegre para a Semana Missionária, promovida pelo Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB. Na oportunidade, eles poderão conhecer diversas realidades, acompanhando a rotina de pessoas que trabalham no cuidado com a vida, junto a crianças e adolescentes em vulnerabilidade, na reciclagem do lixo ou nos presídios, por exemplo. 

A coordenadora do Serviço, Ir. Zenilde Fontes, explica que a metodologia dessa experiência missionária segue a pedagogia do diálogo, do anúncio e do testemunho de comunhão eclesial. Além disso, a partir dessa vivência da rotina do outro, se pode fazer o exercício de perceber Deus.

 A Semana Missionária de Porto alegre será uma vivência de pastoral conjunta e orgânica. A Ir. Zenilde acrescenta que “um cristão que não vive a caridade fica com uma fé deficiente. A dimensão missionária da nossa fé faz parte do DNA do cristão e é o elemento comum entre todas as vocações. Assim que somos batizados, assumimos o compromisso com o anúncio”.

Os jovens poderão conhecer o trabalho feito na Fonte Colombo, junto às pessoas que vivem com HIV, no Presídio Central, no Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis (CPCA), na Lomba do Pinheiro, no Galpão de Reciclagem da Vila dos Papeleiros, no Abrigo João Paulo II e no Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). Ao longo da semana, cada jovem vai visitar três lugares diferentes e, à noite, serão acolhidos em casas de famílias das paróquias da arquidiocese.

O jovem Bruno Trindade, da diocese de Cachoeira do Sul, participou das atividades há 2 anos e conta como a experiência trouxe a ele “a consciência e o despertar para uma Igreja em missão e em saída, uma Igreja unida, que vai muito além do carisma ou grupo de base. Percebi o quão é lindo e importante fazer parte de uma comunidade ativa, que se preocupa com o próximo, que vai ao encontro, que vê dignidade em todas as pessoas, que serve a Deus com amor e de todo o coração. E assim, despido de qualquer vaidade ou superficialidade, encontrei muito Deus e de uma forma bastante simples, no irmão que sofre”.

Já Natália Bernardo, da Arquidiocese de Pelotas, vai participar da Semana Missionária deste ano. “Já faz algum tempo que venho tentando tocar novas realidades. Acredito que quando vamos ao encontro do outro, encontramos o próprio Cristo”, disse a jovem. (AC/Regional Sul 3 da CNBB)

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Rio de Janeiro: igrejas históricas da Tijuca são patrimônio carioca

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Rio de Janeiro (RV) – O Bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, tem mais de 250 anos e guarda igrejas católicas históricas e que são tombadas, inclusive, como patrimônio carioca. É o caso do Santuário de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, a popular Igreja dos Capuchinhos, com 70 anos de atividades. 

Os frades capuchinhos se instalaram no Rio de Janeiro ainda em 1840. O frei Arles Dias de Jesus comenta que, por meio de uma lei de 1965, os capuchinhos se tornaram os guardiões de relíquias da cidade: “estamos com a pedra que é o marco da fundação do Rio, com o corpo de Estácio de Sá (1520-1567) e as imagens de São Sebastião – a original do século XVI e a réplica”.

A Igreja foi originalmente construída no Morro do Castelo, porém, destruída em 1922 devido a uma reforma urbanística na região. “A reconstrução na Tijuca começou naquele mesmo ano, em 1922, e só terminou em 1931. Em 1947, fomos elevados à condição de paróquia. Em 2014, abrindo as comemorações para os 450 anos da cidade, nós nos tornamos santuário. Já em 2015, o Papa Francisco elevou a igreja à condição de basílica menor de São Sebastião”, conta frei Arles.

Igualmente simbólica é a Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, com a primeira capela erguida em 1567. O marco religioso mais antigo do bairro, assim como a Igreja dos Capuchinhos, também guarda suas relíquias. Lá está abrigado, por exemplo, um fragmento ósseo de São Francisco de Assis, doado pelo Papa Pio XI em 1931, ano em que a igreja foi vinculada à Basílica de São João de Latrão, em Roma. (AC/Agência O Globo)

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Igreja na América Latina



Bispos venezuelanos convocam Dia de Jejum e Oração

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Caracas (RV) – A Conferência Episcopal Venezuelana convoca os católicos e as pessoas de boa-vontade para um Dia de Oração e Jejum na sexta-feira, 21 de julho. 

O objetivo é “pedir a Deus que abençoe os esforços do povo venezuelano em favor da liberdade, a justiça e a paz, para que iluminados pelo Espírito Santo e sob a proteção materna de Maria de Coromoto, continue a construir a paz e a convivência fraterna no país".

As últimas iniciativas com jejum e oração realizadas em meio à crise que assola o país foram em 2 de agosto de 2016 e 21 de maio de 2017.

No entanto, tem havido outras iniciativas em nível diocesano e paroquial, onde milhares de fiéis tem expressado a sua fé por meio de procissões com o Santíssimo Sacramento, vigílias, terços iluminados e outras celebrações para pedir a ajuda de Deus no momento crucial pelo qual atravessa o país.

O episcopado venezuelano exorta a população para que não deixe que lhe seja roubada a esperança de que é possível acontecer – com a ajuda de Deus – o que parece impossível e a serem protagonistas deste momento histórico e do futuro  do país.

Para o Dia de Jejum e Oração será usado o hashtag #OracionporVenezuela.

(JE informações da Conferência Episcopal Venezuelana)

 

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Igreja no Mundo



Episcopado italiano destina 1,5 milhão de euros à Síria e Venezuela

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Roma (RV) – A Presidência da Conferência Episcopal Italiana (CEI) destinou um milhão e meio de euros do fundo 8 x 1000 para duas emergências humanitárias: a tragédia dos refugiados sírios e a crise venezuelana. 

O valor, que será distribuído pelo Comitê para as Ações Caritativas por meio da Caritas italiana está assim constituído: 1 milhão de euros para ajudas humanitárias na Síria, Líbano e Jordânia e 500 mil para assistência à população venezuelana.

Síria

Na Síria - após sete anos do conflito que provocou mais de 400 mil mortos, além de 6 milhões de deslocados internos e mais de 5 milhões de refugiados ao exterior – existem 13,5 milhões de pessoas que necessitam de ajudas humanitárias: 85% da população vive abaixo da linha de pobreza.

As ajudas da Caritas desejam responder quer às necessidades primárias (assistência sanitária, alimento, gêneros de primeira necessidade) na Síria, Líbano e Jordânia, como fortalecer os caminhos de reconciliação e educação à paz e à convivência civil, sobretudo entre os jovens, em particular na Síria e Líbano onde é mais forte a tensão entre diversos grupos e facções.

Venezuela

Na Venezuela a situação piora a cada dia, com o aumento da violência e as greves. Encontrar alimentos e remédios é cada vez mais difícil.

Com uma inflação acumulada de 700% - com previsão de chegar a 1.200% - a pobreza atinge 82% da população.

Os beneficiados diretos com as ajudas – que financiarão segurança alimentar e nutrição, distribuição de água e produtos higiênico-sanitários e saúde – serão 4.800 famílias - cerca de 24 mil pessoas – de 10 dioceses.

Para tal serão utilizados os seguintes critérios de prioridade: crianças com menos de cinco anos, mulheres grávidas, idosos em situação de solidão, pessoas privadas de liberdade e famílias com crianças desnutridas.

(JE/SIR)

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CMI sobre tratado que proíbe armas nucleares: resultado histórico

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Genebra (RV) - Gratidão e satisfação pelo Tratado que proíbe o uso de armas nucleares, aprovado pelas Nações Unidas, nesta segunda-feira (10/07), foram expressas pelo secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Olav Fykse Tveit. 

“Isso significa proteger todos os países e todo o Planeta, nossa casa comum. Esse acordo poderá salvar milhões de vidas humanas”, frisou ele.

O Tratado foi aprovado por 122 países, não obstante “os nove países com armas nucleares e os trinta que buscam refúgio na dissuasão nuclear dos EUA tenham boicotado as longas negociações sobre os tratados e se opuseram a anos de trabalhos preparatórios”, lê-se no comunicado do CMI, citado pelo jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano.

Segundo o organismo ecumênico, o percurso serviu para “levar o debate internacional para além das perspectivas estreitas da auto-conservação da estratégia militar e da influência política” e envolver “o âmbito amplo dos princípios humanitários e da ética fundamental, onde o imperativo moral contra as armas nucleares é claro e categórico”. 

O Tratado sobre a proibição das armas nucleares, que marca um “resultado histórico”, “obriga os estados a dar também assistência às vítimas do uso e dos testes de armas nucleares, e a assumirem a responsabilidade de remediar os danos ambientais”. 

“O Tratado coloca as armas nucleares na mesma categoria de outras armas indiscriminadas e desumanas como as armas químicas e biológicas, as minas antipessoais e as bombas de fragmentação, colocando fim a uma ‘exceção peculiar’, segundo a qual a pior arma de destruição de massa “não era proibida”, e  preenche um lacuna na lei criada e apoiada pelas maneiras em que as potências nucleares usaram o seu poder e sua influência internacional”. 

O texto deve agora ser assinado e ratificado pelos governos.

(MJ)

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Carta pastoral sobre "acolhida e hospitalidade" no Caminho de Santiago

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Madrid (RV) – Após terem percorrido à pé o último trecho do Caminho de Santiago, os participantes da reunião dos bispos franceses e espanhóis – cujas dioceses são atravessadas pelo Caminho de Compostela – concluíram na quarta-feira dois dias de debates, após os quais divulgaram a Carta Pastoral “Acolhida e hospitalidade no caminho de Santiago”.

A hospitalidade - etimologicamente “dar ajuda/abrigo aos viajantes” – é tradição que tem raízes na antiguidade clássica e na Escritura.

Auxiliar na busca espiritual

Segundo os prelados, o que deve caracterizar os lugares de “hospitalidade cristã” que estão ao longo do Caminho de Santiago são os “sinais exteriores”, mas também o esforço em oferecer ao peregrino serviços e indicações que ajudem na sua busca espiritual, em colaboração com as paróquias e as comunidades em que se encontra a casa de acolhida. Assim como um estilo “fraterno e alegre no acolher” quem chega, sem fazer distinção.

Disponibilidade em ouvir

Ademais, deve haver a disponibilidade de “colocar-se em escuta profunda” do peregrino e no saber responder aos questionamentos sobre Deus, a fé e São Tiago, para contribuir ao caminho de busca do peregrino.

Às comunidades religiosas, os bispos pedem que exista uma pessoa “exclusivamente dedicada à acolhida dos peregrinos”, que possa a qualquer hora os receber como se fosse o próprio Jesus.

“Os lugares de acolhida – escrevem os bispos – são verdadeiros espaços de comunhão da Igreja, lugar privilegiado de encontro” entre “o coração de Deus em busca do homem, e aquele do homem a quem falta o essencial”.

(JE/SIR)

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Há 90 anos, Card. Costantini fundava em Pequim primeiro Instituto religioso masculino chinês

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Roma (RV) – Em 1927 o Cardeal Celso Costantini fundava em Pequim o primeiro Instituto religioso masculino chinês, por ele chamado de Congregatio discipulorum Domini (Cdd).

Em 8 de julho de 2017, portanto 90 anos mais tarde, o evento foi festejado solenemente em Taiwan - onde atualmente está a sede da Casa Geral da Cdd – na presença de muitos religiosos, filhos espirituais de Costantini, hoje presentes no Extremo Oriente, e que realizam a sua missão prevalentemente em favor dos chineses.

Celebração do aniversário

Pronunciaram-se no encontro o Arcebispo de Taipei, John Hung Shan-chuan, o Arcebispo emérito da mesma Arquidiocese, Dom Joseph Ti-kang, o Secretário da Nunciatura Apostólica em Taiwan, assim como autoridades civis e muitos representantes dos católicos chineses.

Para a ocasião foram traduzidos em mandarim os dois livros publicados recentemente pela Livraria Editora Vaticana intitulados “O Cardeal Celso Costantini: a alma de um missionário” e “O Cardeal Celso Costantini: um cristão a ser imitado”, de Bruno Fabio Pighin.

A apresentação das obras esteve a cargo de Pietro Jiang Guo Xiong, docente da Universidade Católica Fu Jen, fundada pelo próprio Costantini, primeiro delegado apostólico na China.

O purpurado, Servo de Deus

Um dos momentos fortes da cerimônia foi o pronunciamento do autor dos dois livros, que falou sobre um tema muito esperado: “O Cardeal Celso Costantini rumo à beatificação?”.

Pighin, professor ordinário de Direito Canônico em Veneza e conterrâneo de Costantini, documentou os desdobramentos que levaram a Congregação das Causas dos Santos - em acordo com o Vicariato de Roma - a conceder a transferência da Diocese de Roma para a de Concordia-Pordenone da competência para tratar da Causa de beatificação do Cardeal Celso Costantini.

Com atos sucessivos, a Santa Sé conferiu o título de Servo de Deus ao purpurado, dando o nulla osta para o início da mesma Causa em sua fase diocesana.

Precedentemente, os Bispos da Conferência episcopal trivêneta, haviam dado unanimemente parecer favorável ao início da Causa em questão.

Início oficial do processo de beatificação em 17 de outubro

Quando o Bispo de Concordia-Pordenone, Dom Giuseppe Pellegrini, anunciou para 17 de outubro de 2017 - data dos 50 anos da morte do Cardeal – o início oficial do processo de beatificação em Concordia Sagittaria (onde foi pároco), a sala aplaudiu com entusiasmo.

Ao concluir o encontro, o Superior Geral da Congregação dos Discípulos do Senhor, Padre Francis Chong, assegurou a participação de mais de trinta religiosos de seu Instituto no acontecimento programado para 30 de outubro, que terá um duplo significado: festejar os 90 anos do Instituto e o início da Causa de beatificação do fundador, Celso Costantini.

(JE – Osservatore Romano)

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Entrevistas



"Ecologia e Grandes Cidades": rever nossos comportamentos

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Cidade do Vaticano (RV) – Prossegue no Rio de Janeiro o II Congresso Internacional ‘Ecologia e Grandes Cidades’, promovido pela arquidiocese e a Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades, de Barcelona, cujo objetivo é contribuir para a humanização dos grandes centros urbanos.

Cardeal Sistach, arcebispo emérito de Barcelona, no Rio

Em entrevista coletiva concedida quarta-feira (12/07) na sede da arquidiocese, o arcebispo emérito de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, adiantou que “o problema de humanizar as grandes metrópoles, nos aspectos, água, ar e dos resíduos, é muito importante. Contudo, não podemos esquecer o resto do mundo e as pessoas do mundo rural também, que, às vezes, são as que sofrem as consequências dos resíduos que as cidades produzem, removem e descartam no âmbito rural. Ou seja, somos solidários por natureza, a globalização é uma realidade autêntica e, mais cedo ou mais tarde, o que se faz em um país, repercute nos outros. Portanto, norte ou sul, países ricos e países pobres, rurais e urbanos, nós nos influenciamos muito”.

A dimensão comportamental e a reflexão ética

Como lidar com a água? Segundo o Padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., um dos palestrantes no evento, a dimensão comportamental tem um papel prioritário na questão. “É preciso mexer no comportamento humano, reduzindo o consumo e evitando o desperdício, mas temos também que mexer nas grandes estruturas , que são os maiores consumidores de água, e devem rever seus métodos e gestões”, afirma, nesta entrevista à RV.  

(CM)

 

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Formação



Sudão do Sul: situação complexa e desafiadora

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso convidado em nosso espaço de missão é o missionário comboniano Pe. Raimundo Rocha dos Santos que trabalhou muitos anos no Sudão do Sul, país martirizado pela guerra.  

O conflito gerou atrocidades, terror, morte e fome, além de obrigar milhares de pessoas a abandonar suas casas. 

Pe. Raimundo visitou recentemente a nossa emissora e nos falou de sua experiência missionária no Sudão do Sul.

(MJ)

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