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Sumario del 19/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: rezemos pelas vítimas das máfias, lutemos contra a corrupção

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco publicou um tweet nesta quarta-feira (19), somente em língua italiana, em virtude dos 25 anos do assassinato do juiz Paolo Borsellino e dos seus cinco agentes de segurança, vítimas da máfia em Palermo, na Itália. Diz a mensagem de Francisco publicada na conta @Pontifex: “Rezemos por todas as vítimas das máfias, peçamos a força para seguir em frente, para continuar a lutar contra a corrupção”

O crime aconteceu em 19 de julho de 1992, mas, 57 dias antes, foram também assassinados o seu amigo, a sua mulher e mais três homens da segurança.

O tweet do Papa reforça uma série de iniciativas no país para renovar o compromisso na luta e na defesa da legalidade e da justiça. No Senado italiano, o presidente Pietro Grasso pediu um minuto de silêncio em memória à coerência e ao sentido de dever do juiz assassinado que, num “domingo qualquer de verão” se transformou, num instante, “numa ferida que nunca poderemos curar”.

Já o presidente da Itália, Sergio Mattarella, reafirmou que a “máfia não é um mal incontestável, mas um fenômeno criminal que pode ser derrotado”. Mattarella falou de um país que vive dias de reconhecimento ao juiz Borsellino e a homens como ele, capazes de promover uma sociedade sana e virtuosa e com um método eficiente de trabalho que definiu como “patrimônio precioso” contra a criminalidade.

O Pe. Luigi Ciotti, presidente de “Libera”, uma entidade italiana de promoção da legalidade e da justiça, pediu coragem por parte das instituições para aprofundar a leitura judiciária dos fatos e as responsabilidades políticas. E advertiu: “hoje, mais do que nunca, é preciso que os homens das instituições falem, dando a sua contribuição em busca da verdade”. (AC)

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Santa Sé: fiéis sejam alma e consciência do desenvolvimento sustentável

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Nova Iorque (RV) - A maior contribuição que os fiéis podem dar para implementar a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável consiste em continuar comprometidos com a diminuição da pobreza, a tutela do ambiente e a construção da paz. 

Foi o que afirmou o observador permanente da Santa Sé junto à Organização das Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento esta segunda-feira (17/07) na sede da Onu, em Nova Iorque, sobre o tema “Mobilizar as comunidades religiosas a agir com solidariedade e responsabilidade partilhada para dar fim à pobreza e promover a paz”.

Valores éticos estão na base de um verdadeiro desenvolvimento

O serviço das comunidades religiosas tornar-se-á desse modo fermento para promover um desenvolvimento sustentável, explicou o núncio apostólico.

Se perdermos as coordenadas humanas fundamentais, corremos o grave risco de que os objetivos de desenvolvimento sustentável possam ser considerados somente de modo parcial. Desse modo corre-se o risco, em particular, de privilegiar aspectos econômicos e sociológicos e não seu contexto ético e antropológico, acrescentou Dom Auza.

Por isso, é essencial para os líderes religiosos, as comunidades e os fiéis contribuir para alimentar, com coragem e perseverança, “a alma” e a “consciência” em prol de um desenvolvimento autenticamente sustentável.

Deve-se evitar a instrumentalização da religião

Numa época como a atual marcada pelo relativismo é também urgente ajudar as pessoas a colher o verdadeiro sentido do bem e do belo. Ademais, disse ainda o arcebispo filipino, devem ser corrigidas aquelas ações voltadas a instrumentalizar a religião para fins incompatíveis com sua verdadeira essência.

Em particular, deve-se impedir o incitamento à violência que pode levar a praticar crimes e  atrocidades. Fiéis e comunidades religiosas devem permanecer a alma e a consciência para promover o desenvolvimento sustentável.

O desenvolvimento seja responsável

Os líderes religiosos não são líderes políticos ou especialistas. Não são chamados a medir objetivos e indicadores científicos, mas a dar as razões da esperança, a favorecer o diálogo. A verdadeira prioridade é promover o desenvolvimento humano integral de toda pessoa, afirmou o representante vaticano.

Os líderes religiosos e os fiéis devem se comprometer a proteger a vida para defender os mais fracos e os oprimidos. Além disso, devem ajudar as populações a desenvolver seus recursos naturais de modo responsável, a protegê-los de explorações econômicas e de interesses políticos.

É preciso abordagem integral

Como escreveu o Papa Francisco na Carta encíclica Laudato si, “as diretrizes para a solução exigem uma abordagem integral para combater a pobreza, para restituir a dignidade aos excluídos e, ao mesmo tempo, para cuidar da natureza”, recordou por fim o prelado.

Os indicadores mais importantes para o desenvolvimento sustentável não são quantitativos, mas qualitativos, e dizem respeito aos valores éticos. Valores contrários à cultura do descarte, concluiu Dom Auza. (RL/AL)

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Igreja no Brasil



Ação Missionária da CNBB para delinear missão na África

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Mogi das Cruzes (RV) - O Regional Sul 1 da CNBB, que abrange as dioceses do Estado do São Paulo, atende o apelo do Bispo brasileiro de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa, em Moçambique, e prepara o envio de mais missionários para aquela região da África. 

O vice-presidente do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes (SP), recebeu na cúria diocesana, na manhã de quarta-feira (12/07), os representantes do Regional Sul 1 da CNBB e os frades da Fraternidade Missionária “O Caminho” (Fraternidade dos Pobres de Jesus), para delinear a missão, e ajudar no trabalho de evangelização da Igreja na África, na Diocese de Pemba, Moçambique, especialmente com o envio de missionários para aquela região.

A proposta dessa reunião aconteceu após Dom José Luiz Bertanha, presidente da Comissão de Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, receber uma carta do bispo brasileiro de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa, apresentando a realidade de sua diocese e a necessidade da presença do Regional Sul 1 naquela região. O apelo de Dom Luiz Fernando foi apresentado na assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 e todos os bispos presentes acolheram, com espírito missionário, profético e solidário, o pedido de ajuda do bispo de Pemba.

Durante a reunião, Dom Stringhini apresentou o Pe. Gilson Sobreiro de Araújo, fundador e superior da comunidade Fraternidade Missionária “O Caminho”, que marca presença missionária junto aos pobres em cerca de 80 lugares, com casas espalhadas pelo Brasil e outros países.

Na ocasião foram dados os primeiros passos do Projeto Missionário na África. Sentindo a necessidade de dar resposta à convocação de Dom Luiz Stringhini e com o objetivo principal de anunciar e testemunhar Jesus Cristo e contribuir na formação de lideranças junto ao povo daquela região, a Fraternidade Missionária “O Caminho” poderá dispor, para o próximo ano, de três irmãs, um padre e um frei para a missão em Pemba, onde já se encontra o Pe. Salvador, da Diocese de Guarulhos.

Haverá uma próxima reunião, no final do mês de julho, em São Paulo, na Obra do Cenáculo Missionário, com a equipe do Conselho Missionário Regional (Comire). Em agosto, a reunião será em São Paulo, na sede do Regional, com a presença do Bispo de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa, a fim de se conhecer melhor a realidade daquela diocese. 

A ação missionária da Igreja no Regional está em sintonia com a Comissão para Ação Missionária e cooperação intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo papel é promover a ação missionária e evangelizadora, a formação e atividade dos missionários, e a ajuda intereclesial, no Brasil e além-fronteiras.

A reunião contou ainda com a presença do secretário adjunto, Padre João Carlos Deschamps de Almeida, acompanhado pelo diácono Domingues do Regional Sul 1 e do Sr. Antônio Mercado, do setor administrativo da Diocese de Mogi das Cruzes.

(MJ/CNBB)

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Igreja na América Latina



Venezuela: a solidariedade do Card. Parolin

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Caracas (RV) – A realização domingo passado de um referendo contra a Assembleia Constituinte acirrou ainda mais os ânimos na Venezuela. A consulta popular convocada pela oposição mobilizou 7,2 millhões de pessoas e 98% dos votos expressavam rejeição aos planos do presidente venezuelano. 

Na ocasião, a violência chegou até a igreja do Carmo, situada no bairro periférico de Cátia, em Caracas. Uma mulher morreu e três pessoas ficaram feridas. Após o episódio, o Secretário de Estado vaticano, Card. Pietro Parolin, enviou uma carta ao Arcebispo da capital, Card. Jorge Urosa Sabino, para expressar sua solidariedade aos sacerdotes e fiéis da igreja atacada e condenar categoricamente a violência.

Clamor do povo

“Rezei muito para que Nossa Senhora do Carmo, tão amada e venerada na Venezuela, interceda junto ao seu Filho Divino por uma solução pacífica e democrática para o país. E para que as autoridades escutem o clamor do povo, que pede liberdade, reconciliação, paz e bem estar material e espiritual para todos, sobretudo para os mais pobres e desfavorecidos.”

Ameaças

Na terça-feira (18/07), a Venezuela rejeitou as ameaças dos Estados Unidos e prometeu manter a eleição da Assembleia Constituinte, que está marcada para 30 de julho. O presidente estadunidense, Donald Trump, disse que, se a vontade do povo não for respeitada, tomará sanções duras contra o governo de Nicolás Maduro.

O presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou que o plebiscito venezuelano "ordenou" a interrupção do processo de convocação da Constituinte e também a criação de um governo de união nacional. Ele disse que forte participação popular na consulta representa "uma profunda lição aos governantes e oposição".

Refúgio

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a crise na Venezuela levou 52 mil cidadãos a pedir refúgio em outros países, até o primeiro semestre deste ano.

Em seis meses, o número quase dobrou. O Brasil concentra o segundo maior número de solicitações de refúgio, 12.960 pedidos em tramitação, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com 18,3 mil solicitações.

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Fiéis peruanos começam a se preparar para visita do Papa

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Lima (RV) – O Arcebispo de Lima, no Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, ofereceu algumas indicações para os fiéis começarem a se preparar para a visita do Papa Francisco ao país, programada para janeiro de 2018. 
 

As indicações estão contidas numa Carta pastoral lida em todas as igrejas da Arquidiocese domingo passado. 

“Vamos melhorar nossa prática religiosa, na catequese, vamos aprender quem é o Papa, o que é a Igreja; aprendamos a nos confessar. Uma maior prática da fé através dos sacramentos; mais oração por ele, pelo Papa; uma oração do Terço”: são algumas das orientações do Arcebispo de Lima.

Antes e depois

Para o Cardeal, esta visita do Papa Francisco marcará um “antes e depois” para o país e para cada um dos peruanos. 

“Muita gente de uma geração vive sua fé recordando a imagem, as palavras, o gesto de João Paulo II. Penso que acontecerá o mesmo com o Papa Francisco. Ele nos deixará um rastro de ensinamentos, de carinho, do modo de ser cristão”, acrescentou. 

Situação política e social

O Arcebispo de Lima comenta também a situação política e social do Peru, país que – segundo ele – se tornou “uma terra de ódios, de vinganças, que só trazem divisão ao país”. 

“A realidade de um país não se constrói sobre opiniões, que são válidas e ajudam a conhecer as ideias uns dos outros. O país precisa de valores que são inquestionáveis: verdade e honra. E somente Deus pode nos iluminar.”

Viagem

Após a viagem à Colômbia, em setembro próximo, o Papa Francisco voltará à América Latina em janeiro de 2018 para visitar mais dois países: Chile e Peru.

A primeira etapa, de 15 a 18 de janeiro, será o Chile, onde o Papa irá às  cidades de Santiago, Temuco e Iquique. De 18 a 21 será a vez do Peru, e as cidades escolhidas foram Lima, Puerto Maldonado e Trujillo. O programa detalhado da viagem será publicado em breve. 

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Igreja no Mundo



Card. Saraiva Martins desaprova "copyright" para hábito das Missionárias da Caridade

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal José Saraiva Martins, ex-Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, pronunciou-se contrário a decisão das Missionárias da Caridade de registrar a propriedade intelectual do hábito azul e branco usado pelas religiosas da Congregação.

“Santa Madre Teresa de Calcutá é um símbolo universal, amada pelo crentes, pelos não-crentes, por aqueles que crêem de uma forma diferente", disse o Cardeal de 85 anos, ao comentar o caso ao semanário italiano Panorama.

Reconhecimento pelo Governo indiano

O purpurado tomou conhecimento há alguns dias – por meio da Agência Asianews – que as autoridades indianas haviam respondido positivamente ao pedido de copyright feito pelas Missionárias da Caridade em Calcutá.

De fato, o hábito escolhido para as Missionárias da Caridade, adotado no mundo inteiro desde 1950, foi reconhecido pelo Governo da Índia como exclusiva “propriedade intelectual” da Congregação, fundada pela Santa de Calcutá cerca de 70 anos atrás.

O registro foi formalmente concedido no início do ano passado e se trata do primeiro caso de copyright de uma ‘roupa’ religiosa no mundo, o que obriga um pagamento pelo seu uso em fotos, filmes, livros, etc.

Não honra a memória da Santa

"É um absurdo que por seu sari branco com listras azuis, teremos agora que pagar impostos", disse indignado Dom Saraiva Martins.

"Esta é a primeira vez que ouço algo do gênero, o que certamente não honra a memória da Santa", acrescentou, dizendo que deveria ser colocado um termo a esta operação.

Muitos dos colegas do Cardeal também manifestaram a sua desaprovação e fala-se que até mesmo o próprio Papa poderá se manifestar a respeito.

Simbologia

O sari usado pelas Missionárias da Caridade em todo o mundo é branco (símbolo da pureza) com três listras azuis, cada um representando a pobreza, castidade e obediência.

Madre Teresa morreu em 1997 em Calcutá aos 87 anos. Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, que tornou-se Madre Teresa, dedicou sua vida aos pobres e doentes. Foi beatificada em 2003 por João Paulo II e canonizada 4 de setembro de 2016 pelo Papa Francisco.

(Com AFP)

 

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Santo Sudário tem vestígios de sangue, afirmam cientistas

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Bari (RV) - Um estudo publicado por uma equipe liderada por Elvio Carlino, do Instituto de Cristalografia, em Bari, Itália, revelou ter encontrado vestígios de sangue no Santo Sudário venerado em Turim.

Os dados divulgados na revista científica PlosOne sublinham que o sangue presente no tecido comporta indícios de creatinina e ferritina.

"A presença destes dois elementos ocorre em casos de poli-traumatismo grave", refere o estudo.

A análise aponta para uma “morte violenta”, indo ao encontro de investigações anteriores.

O estudo foi publicado com o nome 'Estudos de resolução atômica detecta novas evidências biológicas  no Sudário de Turim'.

“As partículas muito pequenas aderidas às fibras do linho do sudário registaram um cenário de grande sofrimento da vítima que estava envolvida no pano funerário”, observa Elvio Carlino, líder da pesquisa e especialista do Instituto de Cristalografia.

As “nanopartículas” tinham uma “estrutura, tamanho e distribuição peculiares”, segundo Giuliu Fanti, professor da Universidade de Pádua, apontando para “uma morte violenta do homem envolvido no Sudário”.

A agência católica de notícias ACI, que dá conta desta investigação, sublinha que se tratou do primeiro estudo das “propriedades em nanoescala de uma fibra não poluída extraída do Santo Sudário de Turim”.

“Estas descobertas só poderiam ser reveladas pelos métodos recentemente desenvolvidos no campo da microscopia eletrônica”, sustenta Elvio Carlino.

O pano de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do Carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390.

Em 20011, no entanto, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) anunciou as conclusões de um trabalho de cinco anos sobre a formação da imagem que se vê no Sudário, tentando a sua reprodução.

“A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no pano de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas (…) é impossível de obter em laboratório “, afirmaram os especialistas da ENEA.

O Centro Português de Sindonologia, associação cultural sem fins lucrativos dedicada ao estudo e divulgação do Santo Sudário de Turim, refere em comunicado enviado à Agência Ecclesia que “a imagem tem atributos ímpares, tais como comportar-se como um negativo fotográfico e possuir codificação ‘3D’ só extraível por métodos de processamento informático de imagem existentes em finais do século XX”.

São João Paulo II, Bento XVI e Francisco visitaram Turim para rezar diante do Sudário, nas últimas décadas.

O atual Papa disse em 2015, depois de ter rezado em silêncio diante do Sudário e de lhe ter tocado, que este remete para “o rosto e o corpo martirizado de Jesus”.

(Agência Ecclesia)

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Chefes das Igrejas cristãs de Jerusalém condenam violências

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Jerusalém (RV) - Treze chefes das Igrejas de Jerusalém (católicos, ortodoxos e protestantes) expressam séria preocupação com a recente escalada de violência em torno da Esplanada das Mesquitas, na Cidade Santa. Numa nota, “condenam com veemência todo ato de violência”.

Preocupação com mudança do status quo

Os líderes religiosos se dizem “preocupados com toda e qualquer mudança do status quo na Esplanada e na cidade de Jerusalém. Toda ameaça à sua continuidade e à sua integridade poderia facilmente levar a consequências imprevisíveis e sérias absolutamente indesejáveis neste clima presente de tensões religiosas”, lê-se na nota.

“Apreciamos o controle contínuo sobre a Esplanada das Mesquitas, os lugares santos de Jerusalém e  sobre a Terra Santa por parte do Reino Hashemita da Jordânia que garante a todos os muçulmanos o livre acesso e a possibilidade de rezar na mesquita de Al Aqsa segundo o status quo”, afirmam os líderes das Igrejas entre os quais o custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton, e o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa.

Rezamos por uma paz justa e duradoura

“Renovamos nosso apelo a fim de que o histórico status quo que governa estes sítios seja totalmente respeitado para a paz e a reconciliação de toda a comunidade e rezamos por uma paz justa e duradoura em toda a região e para todos os seus povos”, conclui a nota dos chefes das Igrejas de Jerusalém. (RL/Sir)

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Formação



A Ressurreição como fato histórico

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Cidade do Vaticano (RV) –  No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no Programa de hoje sobre “a Ressurreição como fato histórico”. 

Temos trazido neste nosso espaço uma série de reflexões sobre a Ressurreição do Senhor e sobre a Teologia do Terceiro Artigo, isto é, o Espírito Santo, inspiradas nas pregações do Frei Raniero Cantalamessa ao Papa e à Cúria.

No último programa, o Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso, falou sobre o “Significado apologético da Ressurreição”, onde entre outros, propôs a frase do Pregador da Casa Pontifícia “Somente a ressurreição é o selo de autenticidade divina de Cristo”,

No programa de hoje, Padre Gerson nos fala sobre “A Ressurreição como fato histórico”:

“Aqui estamos fazendo uma abordagem da Páscoa, da riqueza do tempo pascal e a importância que o Concilio deu ao ano litúrgico. Aproveitamos aqui uma análise da historicidade da ressurreição, feita pelo Frei Raniero Cantalamessa.

Fundamentando que a ressurreição de Cristo foi um fato histórico comprovado, Cantalamessa cita o exegeta alemão Martin Dibelius nascido em Dresden, catedrático da Universidade de Berlim e Professor de Novo Testamento na Universidade de Heidelberg, que trabalha com o “método da história das formas” aplicando-o aos evangelhos sinópticos.

Seu método implica também a comparação com outras formas literárias extra bíblicas provenientes do contexto do Oriente Médio, para investigar as possíveis dependências e inter-relações e também a originalidade dos textos. Esse teólogo Martin Dibelius diz o seguinte:

"No momento decisivo, quando Jesus foi capturado e executado, os discípulos não cultivavam nenhum pensamento sobre a ressurreição. Eles fugiram e deram por encerrado o caso de Jesus. Algo teve de intervir que, em um curto espaço de tempo, não só provocou a mudança radical de seu estado de espírito, mas os levou também a uma atividade totalmente diferente e à fundação da Igreja. Esse "algo" é o núcleo histórico da fé pascal (Martin Dibelius, Iesus,  Berlim 1966, p. 117.)".

Qual é, então, o ponto de chegada da pesquisa histórica com relação à ressurreição? – pergunta Cantalamessa. Ele mesmo responde: “Podemos apreendê-lo nas palavras dos discípulos de Emaús. Alguns discípulos, na manhã da Páscoa, foram ao túmulo de Jesus e descobriram que as coisas estavam como haviam relatado as mulheres, que foram antes deles, “mas a ele, não o viram” (cf. Lc 24, 24).

Até a história vai a sepulcro de Jesus e deve constatar que as coisas estão da forma como disseram os testemunhos. Mas ele, o Ressuscitado, não o vê. Não basta constatar historicamente os fatos, é necessário “ver” o Ressuscitado, e isso a história não pode dar, mas só a fé.  Quem chega correndo da terra firme rumo a costa do mar deve parar de repente; pode ir além com o olhar, mas não com os pés”.

Era preciso constatar que de fato Jesus aparece vivo e bem vivo depois de morto, e bem morto. O sepulcro vazio não é prova da ressurreição de Cristo, pois poderiam ter deslocado o cadáver de Jesus ou “roubado” como alguns Judeus pagaram alguns guardas para espalhar essa notícia desse possível roubo. Temiam eles uma insurreição – uma revolta popular pelo fato de Jesus haver ressurgido dos mortos.

Os Evangelhos narram historicamente 11 aparições do ressuscitado, após a sua morte. Nelas os apóstolos, apesar das dúvidas, até nas últimas aparições e acharem que ele é fantasma ou um espectro, constatam com aspectos concretos. Jesus fala com ele, deixa-se tocar, come com eles, reparte o pão e se mostra não ser uma ilusão, nem assombração. Há, portanto, uma constatação real, não ilusório, fictícia ou fantasmagórica, de que Cristo está vivo. Cristo mostra as chagas para identificar que o ressuscitado se identifica com o crucificado”.

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O legado de D. Inocêncio Santa Maria em S. Raimundo Nonato (PI)

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois da instalação do Tribunal eclesiástico em São Raimundo Nonato e o início da fase diocesana, atualmente o processo de beatificação do espanhol Dom Inocêncio López Santamaria, bispo que viveu no sertão do Piauí combatendo a fome, a seca e o analfabetismo, encontra-se no Vaticano.

O andamento do processo

Em fevereiro deste ano, uma delegação do Vaticano exumou o corpo do religioso da Ordem Mercedária do Brasil, morto em 1958, aos 83 anos, em Salvador. A exumação faz parte do processo de beatificação e canonização autorizado pelo Papa Francisco.

A trajetória do bispo

Nascido em 1874 na aldeia de Sotovellanos, na Espanha, Dom Inocêncio chegou ao Brasil em 1931 e foi bispo da Prelazia de Bom Jesus do Gurgueia, hoje Diocese de São Raimundo Nonato. 

Para o processo, têm sido ouvidas testemunhas e depoimentos de quem conviveu com o bispo, cerca de 60 pessoas, entre elas cinco padres que conheceram pessoalmente o religioso. Entre os documentos descobertos, estão cartas do bispo às autoridades pedindo ajuda para alimentação das famílias, estradas e água.

O legado no território

No Piauí, fundou a Congregação das Irmãs Mercedárias Missionárias do Brasil e  construiu 28 escolas somente na zona rural de São Raimundo. Com a ajuda de Dom Inocêncio foram construídas cerca de 700 km de estradas, poços, açudes e capelas entre 1931 a 1958.

O Frei Reginaldo Roberto Luiz, Conselheiro geral da Ordem, responsável pelas causas dos Santos junto ao Vaticano, esteve conosco e nos fala sobre o andamento da causa. Ouça:

 

 

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Atualidades



Coral de Regensburg: 550 crianças abusadas e maltratadas, revela advogado

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Regensburg (RV) – Concluiu-se na Alemanha a investigação sobre os casos de abusos contra alunos registrados na escola do Coral da Catedral de Regensburg (Ratisbona).
 
Os resultados foram revelados à imprensa na manhã desta quarta-feira  (19/07) pelo advogado Ulrich Weber, encarregado pela diocese alemã de esclarecer o escândalo surgido após as primeiras denúncias em 2010.
 
550 crianças abusadas física e sexualmente
 
Seriam "prováveis" 550 – revelou o advogado aos jornalistas – as crianças abusadas fisicamente e psicologicamente na escola fundamental frequentada pelos pequenos coristas de Regensburg, no período investigado que vai de 1945 ao início dos anos 90.
 
A maior parte delas teria sofrido violências físicas, mas outras 60 também violências sexuais, enquanto outras  tanto físicas quanto sexuais, por parte de sacerdotes e professores da escola.
 
49 responsáveis pelos abusos
 
Foram identificados 49 responsáveis pelos abusos, graças às denúncias das vítimas, que descreveram a escola como “prisão, inferno, campo de concentração”.
 
As vítimas também definiram os últimos anos passados na estrutura como “os piores de suas vidas, caracterizados pelo medo, violência e falta de ajuda”.
 
Por este motivo o advogado Weber - além das culpas objetivas dos abusadores, da instituição escolar e da Igreja, em vários níveis de responsabilidade, por não terem vigiado e sabido perceber as evidências dos abusos – também considerou responsáveis os próprios pais dos pequenos coristas, que não teriam dado atenção e o justo peso aos relatos dos filhos.
 
Mas também as autoridades do Estado teriam sido – segundo o advogado – negligentes nas inspeções escolares no que tange à tutela dos menores. (JE/RG)

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Participe do Sínodo sobre os jovens. Prazo está para se encerrar

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Cidade do Vaticano (RV) - O próximo dia 31 de julho marca uma etapa importante na preparação para o XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos. Até o último dia de julho, será possível enviar  as contribuições e respostas ao questionário disponibilizado pela Santa Sé. Programado para 2018, o tema será “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) colocou à disposição dos jovens o seguinte endereço e-mail synodus@cnbb.org.br.

A fase de consulta foi aberta após a publicação do documento preparatório, em janeiro deste ano. Este processo levará à redação do instrumento de trabalho da assembleia sinodal. Às conferências episcopais, coube a responsabilidade de receber as contribuições e respostas, compilar o material e enviar à Secretaria do Sínodo. No Brasil, a CNBB disponibiliza desde janeiro o texto preparatório com o questionário.

Três modos de participar

O Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Vilsom Basso, Bispo de Imperatriz (MA), explica que estão à disposição dos jovens três maneiras de participar. Primeiro, respondendo ao questionário que já foi encaminhado a todas as dioceses do Brasil e enviando até o final de julho para a CNBB, para que seja feita uma síntese e enviada à Secretaria do Sínodo, no Vaticano – este material poderá ajudar na formulação de ações pastorais no âmbito brasileiro.

A segunda maneira é responder ao questionário diretamente no site do Sínodo, disponível desde o dia 14 de junho. O terceiro modo, de acordo com Dom Vilsom, é com a partilha de experiências no Facebook, com publicações usando a hastag #popeasks.

Questionário

O documento preparatório propõe uma reflexão em três partes. A primeira sobre as dinâmicas sociais e culturais. Na sequência, uma abordagem do “discernimento” como instrumento que a Igreja oferece aos mais novos para a descoberta da sua vocação. Por fim, são colocados em relevo os elementos fundamentais da pastoral juvenil vocacional.

Envie para a CNBB
1. BAIXE AQUI o formulário em word;
2. RESPONDA o questionário seguindo as orientações;
3. ENCAMINHE o documento em word para o e-mail: synodus@cnbb.org.br
Prazo final de envio: 31 de Julho de 2017

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Mons. Viganò: romper o círculo vicioso das notícias más

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Cidade do Vaticano (RV) - “Para romper o círculo vicioso das notícias más – como nos pediu o Papa Francisco na Mensagem para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais – não basta relatar boas notícias, mas é preciso sobretudo mudar as narrativas, as modalidades de relato nas situações do mundo que são sempre feitas de luzes e sombras, de graça e de pecado, de violência e de ternura.” 

Foi o que disse esta terça-feira (18/07) o prefeito da Secretaria para a Comunicação (SpC) da Santa Sé, Mons. Dario Edoardo Viganò, ao falar na apresentação do coleção “Rostos de Esperança” da associação “Amigos de Santina Zucchinelli”.

Relatos feitos no horizonte de uma compreensão possível

Segundo o prefeito vaticano os volumes da coleção seguem esta lógica, porque “relatam história de pessoas que viveram situações dramáticas e de ferocidade, mas são narradas através de uma trama que perfaz o horizonte de um possível perdão, de uma compreensão possível”.

As obras são escritas por Pe. Luigi Ginami, sacerdote do norte da Itália e filho de Santina Zucchinelli, que dá nome à referida Fundação. Evocando a experiência e a atividade do presbítero em várias partes do mundo mais pobres e sofredoras, Mons. Viganò observou em tom de brincadeira que “na Cúria e na Igreja existem sacerdotes que querem bem ao Senhor, que sentem a força de um testemunho, que sabem fazer gestos de consolação e de bem”.

Discrição e silêncio caracterizam o testemunho

O prelado ressaltou que “os traços característicos do testemunho são a discrição e o silêncio”. Mas é preciso “um olhar puro que saiba encontrar estes sinais de testemunho”.

Em seguida, Mons. Viganò evocou o “tema do ecumenismo”, ao qual o Papa Francisco está dando um lugar central. O prefeito prosseguiu observando que “para que a fé se torne concretude devemos ter a peito a história, a memória, inclusive a do futuro”. E que – referindo-se à experiência de Nicodemos – “é preciso nascer de novo. Renascer do alto para ver as vicissitudes do mundo como Deus as vê”. (RL/Sir)

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