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Sumario del 20/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa no Chile: viagem marca visita de um argentino ao país vizinho

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Santiago do Chile (RV) – A viagem apostólica do Papa Francisco ao Chile, marcada para janeiro de 2018, vai servir pra estimular as relações entre o país sul-americano e a Santa Sé. A afirmação é do embaixador chileno junto ao Vaticano, Mariano Fernández. 

Nesta quarta-feira (19), o embaixador se reuniu com a presidente Michelle Bachelet para abordar os detalhes da visita ao país e a passagem pelas cidades de Santiago, Iquique, ao norte, e Temuco, ao sul do Chile. Nesse trajeto, o Papa poderá se pronunciar sobre o chamado “conflito mapuche”, um dos temas em debate hoje no país.

Aos jornalistas presentes no Palácio de La Moneda, Fernández disse que a viagem do Papa será de caráter pastoral, mas também para dialogar com o Governo. O embaixador acrescentou que Francisco “é um Papa que tem como prioridade a situação do meio ambiente no planeta, dos refugiados, dos migrantes, dos pobres e dos excluídos”.

Outra característica salientada por Fernández é a proximidade cultural e da língua dos chilenos com o pontífice argentino: “é vizinho, vai falar pra gente em espanhol, conhece o Chile, estudou aqui (no país); será uma visita excepcional”. O Papa Francisco viaja ao Chile e ao Peru entre 15 e 21 de janeiro de 2018. (AC/EFE)

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Cem mil moedas comemorativas da visita do Papa à Colômbia

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Bogotá (RV) – Um grupo de artesãos de Villavicencio, cidade ao sul de Bogotá, na Colômbia, vai produzir 100 mil moedas com o motivo da viagem apostólica do Papa Francisco ao país, de 6 a 10 de setembro, e, em particular, da visita ao município. A informação foi divulgada pela Conferência Episcopal da Colômbia nesta quarta-feira (19). 

Segundo o comunicado, “cada peça, elaborada pelo professor Héctor Ruiz, terá um diâmetro de quatro centímetros, com a união dos metais zamak e platina de cor prata”, e sem valor nominal, isto é, sem a inscrição de um valor na moeda. As peças terão, porém, de um lado, o rosto de Francisco e, do outro, a data da visita do pontífice à cidade de Villavicencio, dia 8 de setembro de 2017.

Os artesãos da localidade colombiana também lançaram uma série especial de 20 medalhas que serão entregues ao próprio Papa, assim como ao presidente do país, Juan Manuel Santos, e a várias personalidades da Cúria e do Governo que irão acompanhar a viagem apostólica.

Francisco será o terceiro Papa a visitar a Colômbia, depois de Paulo VI, em 1968, e de João Paulo II, em 1986. Em setembro, o pontífice irá passar por Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena. (AC/EFE)

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Santa Sé: migrantes representam feição humana da globalização

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Genebra (RV) - “Os migrantes representam o rosto humano da globalização e podem ajudar a instaurar relações de paz entre os países, enriquecendo a cultura das sociedades em que se inserem.” 

Foi o que disse o observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, Dom Ivan Jurkovič, em pronunciamento num encontro promovido na cidade helvécia pela Organização Internacional para as Migrações.

O dever da solidariedade por parte de quem acolhe e o de respeitar as leis por parte de quem é acolhido

“Todavia, na mídia como na opinião pública, muitas vezes esses aspectos são ofuscados para dar espaço a medos, estereótipos e generalizações negativas”, prosseguiu o arcebispo esloveno, recordando duas coisas: o “dever da solidariedade” de que fala o Papa Francisco em relação às pessoas mais frágeis, pobres e vulneráveis, e a obrigação para os migrantes de respeitar as leis dos países que os acolhem, num processo de encontro que se faz nas duas direções.

O núncio apostólico informou que na próxima sessão do Conselho da Organização Internacional para as Migrações, prevista para novembro, a Representação permanente da Santa Sé está organizado, junto com outras realidades, um evento paralelo para ilustrar como melhorar, através de recomendações práticas, a integração dos migrantes nas sociedades que os acolhem. (RL)

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Igreja no Mundo



Sistema migratório dos EUA é doentio, denuncia Bispo

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El Paso (RV) – Os migrantes são portadores de uma dignidade que nenhuma lei terrena ou tribunal poderá negar: este é um trecho da carta pastoral que o Bispo de El Paso, Dom Mark Seitz, escreveu a seus fiéis. 

El Paso é a cidade do Estado do Texas que fica na fronteira com o México, com a cidade de Ciudad Juárez, onde o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer reforçar a segurança para impedir a entrada dos latinos. A carta pastoral é inteiramente dedicada ao tema das migrações e é intitulada “Fugirão a tristeza e o gemido”, inspirada no capítulo 35 do libro do Profeta Isaías.

Sistema doentio

“Como Bispo, me comprometo a estar com vocês neste momento de angústia e de medo. Prometo escutá-los, partilhar o pão, rezar e chorar juntos, porque vocês são portadores de uma dignidade que nenhuma lei terrena ou tribunal poderá negar”, escreve Dom Seitz.

No texto, ele denuncia “o sistema migratório doentio” dos Estados Unidos e desabafa: “Sou pastor de uma diocese dividida por muros e postos de controle que separam as pessoas de seus caros. Sou o bispo de um rebanho amedrontado pelas luzes dos carros da polícia, de um rebanho que, quando sai para trabalhar, se pergunta se não será a última vez. Sou o pai espiritual de milhares de agentes de fronteira que colocam sua vida em risco para combater o tráfico de drogas e de armas. E muitos deles, hoje, se sentem em dificuldade diante de uma retórica política que cria divisão e das novas leis que chegam de Washington”. 

Reforma urgente

El Paso – continua Dom Seitz – é a demonstração da urgência da reforma da política migratória que a Igreja nos Estados Unidos continua pedindo, mas que os líderes políticos do país não têm a coragem de adotar. Uma reforma, prossegue, que coloque a “unidade da família em primeiro lugar, acabando com as deportações que hoje as dividem”.  

Controles e detenções

O Bispo fornece indicações práticas aos párocos: que permitam a entrada dos agentes de polícia nas estruturas eclesiais para controles e detenções somente mediante a apresentação um mandato assinado por um juiz. E anuncia a instituição de um fundo para oferecer assistência financeira aos filhos das famílias migrantes de modo que possam frequentar as escolas católicas da diocese de El Paso.  

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Igreja francesa recorda um ano do assassinato de Pe. Hamel

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Rouen (RV) – Os fiéis de Rouen, na França, se preparam para recordar o primeiro aniversário do assassinato do pe. Jacques Hamel, no próximo dia 26, na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray. 

O Arcebispo de Rouen, Dom Dominique Lebrun, celebrará a missa às 9 da manhã, exatamente no horário em que Pe. Hamel tinha começado a celebrar antes de ser degolado por dois jovens terroristas.

Programação

O site da diocese de Rouen publicou toda a programação prevista para o aniversário, que ainda inclui a inauguração de um símbolo pela paz e a fraternidade em memória do padre Jacques Hamel. Às 18h, haverá a celebração das vésperas na Basílica Notre-Dame de Bonsecours, à qual seguirá um período de oração sobre o túmulo do sacerdote, sepultado no cemitério de Bonsecours.

Em 13 de abril passado, foi declarado aberto o seu processo de beatificação. Pe. Hamel nasceu em 30 de novembro de 1930 em Darnétal e se tornou sacerdote em 30 de junho de 1958 em Rouen. Quando foi assassinado, tinha 86 anos.

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Abusos Regensburg. Pe. Zollner: Igreja esclareceu realidade dolorosa

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Roma (RV) - O advogado Ulrich Weber apresentou à imprensa, nesta quarta-feira (19/07), os resultados do relatório sobre os casos de abusos perpetrados contra estudantes, durante décadas, na escola do Coral da Catedral de Regensburg, frequentada por pequenos cantores. 

Weber foi encarregado pela diocese alemã de esclarecer o escândalo de abusos cometidos desde 1945 ao início dos anos 90. 

Quinhentas e quarenta e sete vítimas contaram ter sofrido violências físicas e psicológicas, das quais 67 sofreram também abuso sexual. 

O relatório identificou 49 pessoas responsáveis por maus-tratos corporais, das quais 9 teriam cometido abusos sexuais. Trata-se de sacerdotes e professores.

As primeiras denúncias públicas começaram a ser feitas em 2010, muito tempo depois dos delitos para que os culpados possam ser hoje levados à justiça. Os crimes teriam de fato caducado. Mas permanece a dor das crianças de então, que hoje adultas descreveram a escola como “uma prisão, um inferno, um campo de concentração” e falaram dos anos transcorridos naquela estrutura “como os piores de suas vidas, marcados pelo medo, violência e falta de ajuda”. Para cada uma delas a diocese estabeleceu uma indenização de 20 mil euros.

O relatório chama em causa o Mons. Georg Ratzinger, irmão de Bento XVI, diretor do Coral durante 30 anos, e o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Bispo de Regensburg em 2010. O primeiro não teria dado atenção aos sinais de perigo de abusos e o segundo não teria reagido com decisão ao escândalo. 

O presidente do Centro para a proteção de menores da Pontifícia Universidade Gregoriana, Pe. Hans Zollner, teólogo e psicólogo jesuíta alemão, natural de Regensburg, expressa satisfação sobre como foi tratado este escândalo hoje, à luz do sol e sem medo da verdade: 

Zollner: “Sim, foi o desejo do bispo da cidade de Regensburg, minha cidade natal, que deu a tarefa a um advogado ao qual ofereceu todas as possibilidades não somente de consultar os arquivos, mas também de contatar as vítimas e falar com outras pessoas envolvidas. Portanto, foi a coragem do bispo que iluminou uma escuridão muito profunda.”

O advogado Weber desempenhou este trabalho com grande rigor e seriedade de independência

Zollner: “Ele tinha todos os instrumentos para investigar, tinha as mãos livres e trabalhou com rigor, com uma comissão de conselheiros científicos. Portanto, produziu realmente um relatório muito bem feito e irrepreensível em sua vastidão, profundidade e ciência.”

Esse relatório marca uma mudança na maneira de enfrentar o mal quando se insinua também dentro da Igreja

Zollner: “Obviamente, temos de fazer isso, devemos encarar a realidade e devemos enfrentar todas as injustiças, os pecados, os crimes que são cometidos por parte de sacerdotes e também por funcionários da Igreja. Por exemplo, no caso de Regensburg, haviam muitos professores leigos dentro da escola que abusaram dos menores com violência física e também sexual”.

O advogado Weber aponta o dedo também para as responsabilidades dos pais que não deram a atenção justa e importância às histórias dos filhos e aponta também o dedo contra as autoridades do Estado que foram superficiais nas inspeções escolares, não tutelando a infância.

Zollner: “Sim, mas os pais tinham também o grande orgulho de enviar seus filhos e essa escola prestigiosa, para que se tornasse grandes músicos e pudessem andar pelo mundo. Para nós em Regensburg essa escola era considerada realmente uma estrela e ter um filho ali e formá-lo lá era orgulho para a família. Depois, o Estado, certo, os departamentos de superintendência para a educação e a escola. Devemos dizer que fecharam os olhos, os ouvidos e não fizeram o seu dever. É também difícil julgar como pensamos hoje a questão, porque naquela época provavelmente algumas dessas pessoas consideravam um fato normal que se batesse nas crianças, embora esse não fosse o costume desde o fim dos anos 60 e início dos anos 70. Lembro-me que na minha escola primária havia dois garotos que me contavam que desde crianças apanhavam naquela escola. Eu pensei que os seus pais soubessem. Não havia ainda a sensibilidade necessária e suficiente para se pronunciar publicamente para denunciar o fato e seguir as leis. Certamente, esses crimes, naquela época, teriam sido incriminados.”

Como o senhor considera essa publicidade que se fez apresentando o relatório diretamente à imprensa?

Zollner: “Esse é um passo muito importante também para a conscientização de toda a sociedade e todas as instituições seja da Igreja seja fora da Igreja, pois numa instituição é possível fazer muitas coisas para prevenir o abuso. Por exemplo, na escolha de professores e outros funcionários, na educação e formação dessas pessoas que trabalham com os garotos: que sejam pessoas saudáveis, equilibradas e saibam o que é a transgressão de suas competências e a transgressão em termos de violência que não são somente inadmissíveis, mas também crimes.” 

(MJ)

 

 

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Diocese de Pemba: um desafio do tamanho de Portugal

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Pemba (RV) – Um desafio do tamanho de Portugal: esta é a realidade que os frades da Fraternidade Missionária “O Caminho” (Fraternidade dos Pobres de Jesus) encontrarão em Pemba, Moçambique, em sua nova empreitada missionária. 

O Regional Sul 1 da CNBB, que abrange as dioceses do Estado do São Paulo, atendeu o pedido do Bispo brasileiro de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa, e está preparando o envio de mais missionários para aquela região da África. 

No link acima, é possível ouvir o vice-presidente do Regional Sul 1, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes (SP), que conta como foi o encontro com os frades para traçar a nova missão.

Já Dom Luiz Fernando Lisboa fala dos desafios enfrentados na diocese, sendo o primeiro deles a vastidão do território, que é quase do tamanho de Portugal. Neste contexto, ele aponta a educação e a evangelização como as prioridades de seu ministério. Ouça acima.

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Alemanha: encontro internacional "Caminhos de paz"

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Berlim (RV) - Realizar-se-á nas cidades de Münster e Osnabrück, na Alemanha, de 10 a 12 de setembro próximo, o encontro internacional “Caminhos de paz”, que se realizará no espírito de Assis.

O presidente da Comunidade Romana de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, apresentará a iniciativa, nesta sexta-feira (21/07), na sede do organismo, em Roma.

Além de ilustrar o evento, anunciado em setembro do ano passado, em Assis, na presença do Papa Francisco, por ocasião do trigésimo aniversário da Oração pela Paz promovida por João Paulo II em 1986, será comunicada a presença importante de autoridades religiosas e civis.

Do coração da Europa deseja-se lançar uma mensagem forte de paz. É preciso levantar a voz e dizer não a um mundo marcado pelo terrorismo e vários conflitos que destroem países inteiros, provocando mortos, milhares de refugiados e instrumentalização das religiões.

Está prevista uma grande participação popular de vários países europeus.

(MJ)

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Caritas Europa sobre migrações: combater crise de solidariedade

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Bruxelas (RV) - “Somos testemunhas de uma crise de solidariedade e vontade política devido a uma narração política negativa, infelizmente dominante em muitos países.” São palavras da responsável pelo setor migração e asilo da Caritas Europa, Leïla Bodeux, que confirma os pontos nodais do plano de ação da Comissão europeia para o Mediterrâneo central. 

“A prioridade é apenas repelir os migrantes através de repatriações, reforçar a vigilância nas fronteiras ao sul da Líbia para impedir que cheguem à Europa, sem levar em consideração as dramáticas situações das quais fogem e o risco de ulteriores violações dos direitos humanos”, observa Bodeux – reporta o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.

Levar em consideração as razões da migração

Efetivamente, o objetivo de restabelecer o controle das fronteiras nas áreas de trânsito da República de Mali, Burkina Fasso e Níger esconde “a clara intenção de impedir a chegada dos migrantes à Líbia”.

Trata-se de uma postura que, todavia, “não leva em consideração as razões pelas quais as pessoas são obrigadas a fugir (guerras, conflitos, desastres naturais) e tem a finalidade de fazer que com elas fiquem onde estão”.

Para a representante da Caritas Europa, concentrar-se unicamente na segurança “é contraproducente porque alimenta as redes dos traficantes, obriga as pessoas a tomar rotas mais perigosas e não diminui a imigração irregular, pelo contrário”.

Não às tentativas de “criminalização” das Ongs

Nesse sentido, a Caritas Europa critica também uma certa tentativa de “criminalização” das Ongs e faz votos de que “as Ongs não sejam proibidas de desembarcar na Itália”, pedindo que seja estabelecido um código de conduta.

Um código que, junto à sociedade civil, “deveria ser dirigido a todos os atores envolvidos nas operações de busca e socorro no mar, não somente às Ongs. O objetivo deveria ser melhorar a coordenação e salvar vidas humanas ao invés de demonizar e criminalizar as Ongs. A sociedade civil deveria ser consultada na elaboração” desse código.

A situação da Líbia

O posicionamento sobre as acusações feitas ao trabalho das Ongs é muito claro. “Sentimos muito ver o debate político negativo e perigoso que envolve as Ongs na Itália e em outros países”, afirma Bodeux. “As Ongs deveriam ser louvadas pelo trabalho que fazem e as vidas que salvam, ao invés de serem acusadas de conluio com os traficantes”, acrescenta.

Referindo-se à Líbia, onde a situação política ainda “é muito caótica e fragmentada”, a responsável de Caritas Europa adverte: “Reforçar a cooperação com a Líbia sem monitorar atentamente suas atividades corre o risco de levar a violações dos direitos humanos”.

Abusos perpetrados contra migrantes

Por fim, ressalta-se com veemência, “muitos relatórios documentaram numerosos abusos perpetrados contra migrantes (estupros, torturas, trabalho forçado), que se registram inclusive nos centros de detenção sob controle estatal. Autoridades líbicas, que deveriam combater o tráfico de seres humanos, foram acusadas de participar da atividade dos traficantes.

Há vários casos de agentes da guarda costeira líbica ligados a vários ministérios e autoridades e múltiplos casos que demonstraram que alguns deles tenham recorrido à violência contra Ongs e migrantes durante operações de socorro. (RL/L’Osservatore Romano)

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Formação



Pe. Sidnei: lado profético do Papa Francisco precisa ser mais conhecido

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” conclui na edição de hoje a participação do assessor da Comissão para Ação Missionária – CNBB, Pe. Sidnei Marco Dornelas, que esteve conosco estes dias neste espaço de formação e aprofundamento no qual trouxe-nos sua preciosa contribuição também no quadro dedicado à “Missão Continental”. 

Na edição passada nosso convidado desenvolveu o conceito de que “o Papa Francisco traz para o magistério universal da Igreja toda a sensibilidade, a tradição de ser Igreja que é própria do continente latino-americano”.

Para esta edição Pe. Sidnei nos fala sobre como ele vê – por parte do povo de Deus – o interesse de nossos fiéis pelo magistério de Francisco.

Ele destoca-nos que o que o povo pega do Pontífice são, particularmente, os gestos dele, que são ricos de simbolismo e significado. Justamente por isso, enfatiza que é preciso divulgar mais o ensinamento de Francisco.

“Ainda ficamos um pouco no lado mais midiático do Papa Francisco, enquanto que o ensinamento dele tem uma força, uma fecundidade tão grande”, ressalta o sacerdote scalabriniano acrescentando que “o lado profético do Papa Francisco deve ser mais conhecido”. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Brasileiras no Haiti: esperança e receio com o fim da missão da ONU

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Porto Príncipe (RV) - As missionárias brasileiras que atuam no Haiti expressaram esperança e receio com o fim da Minustah, a Missão de Estabilização das Nações Unidas no país. A missão, comandada pelo Brasil, será encerrada no dia 15 de outubro. 

“Estamos querendo manter a esperança de que o País  consiga caminhar  com as próprias pernas. Mas, ao mesmo tempo, com medo de que cresça a violência”, declarou a Ir. Goreth Ribeiro.

Ir. Goreth integra o projeto intercongregacional promovido pela Cáritas, CNBB e a RCB Nacional, presente no Haiti desde o terremoto de 2010. Para ela, a polícia local deve receber ainda mais treinamento. “Mas só iremos constatar  depois. Estamos tentando manter a esperança de que virão dias melhores e que Deus esteja junto desse povo  tão  sofrido”, acrescentou Ir. Goreth à Rádio Vaticano. 

Oportunidades

A menos de três meses do fechamento da Missão, o país permanece no caminho de estabilização e consolidação democrática: esta é a avaliação da representante especial do secretário-geral da ONU no Haiti, Sandra Honoré, que falou na terça-feira ao Conselho de Segurança. Com o fim da Minustah, terá início a transição para uma missão menor de manutenção da paz, que será conhecida como Minujusth.

Segundo Honoré, para que o país aproveite ao máximo as oportunidades que surgiram após o processo eleitoral, serão necessárias medidas adicionais para consolidar a segurança e a estabilização dos últimos anos.

Ações também seriam necessárias para criar uma melhor coesão social e política e reforçar assim as instituições de Estado para que estas possam atender às necessidades do povo haitiano.

Neste momento de transição até o fechando da Missão, Honoré defendeu que serão fundamentais a parceria da comunidade internacional com o Haiti e o contínuo e coordenado apoio à agenda de reforma do país.

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Card. Damasceno: "Voto não tem preço, mas consequências"

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Cidade do Vaticano (RV) – Desemprego, violência, desagregação familiar: situações de dificuldade típicas de uma crise como a que o nosso país vive há meses. Brasil, terra de riquezas naturais e humanas, mas onde a conjuntura política, econômica e social é frágil e não oferece credibilidade e garantias para a população.

O voto não tem preço, mas sim consequências”, gosta de repetir o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida, que atualmente vive na capital, Brasília.

Políticos têm que ser honestos, transparentes e abnegados; devem ter sensibilidade social... mas a cidadania precisa acompanhá-los, cobrar e exigir as reformas prometidas”.

Em entrevista à RV quando de passagem por Roma, Dom Raymundo afirma.

Queremos justiça social, uma melhor distribuição da riqueza e remunerações justas para os trabalhadores”.

Ouça aqui: 

(CM)

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Marconi, idealizador da Rádio Vaticano, falecia há 80 anos

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Roma (RV) – Oitenta anos atrás, em 20 de julho de 1937, falecia um dos maiores físicos e inventores italianos, Guglielmo Marconi. No dia da sua morte, em sinal de luto, estações de rádio do mundo inteiro interromperam contemporaneamente as transmissões durante dois minutos. 

Durante a vida, Marconi foi reconhecido pela sua dedicação à comunicação sem fio, recebeu dezenas de certificados de doutor honoris causa e outros títulos honoríficos, cidadanias honorárias e foi agraciado, em 1909, com o Prêmio Nobel de Física.

Marconi foi quem projetou a Rádio Vaticano, inaugurada em 12 de fevereiro de 1931 por Pio XI. A emissora da Santa Sé é um instrumento de comunicação e de evangelização a serviço do Papa e, atualmente, está sendo repensada mediante o novo sistema comunicativo do Vaticano, com a Secretaria para a Comunicação instituída pelo Papa Francisco em 27 de junho de 2015.

O novo dicastério da Cúria Romana recebeu a incumbência de reestruturar, através de um processo de reorganização e de anexação, “todas as realidades que, de vários modos, até hoje, se ocuparam da comunicação”, para “responder sempre melhor às exigências da missão da Igreja”. (AC)

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