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Sumario del 27/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Cardeal Amato concluirá Ano Jubilar pelos 100 anos da chegada de Pe Pio a San Giovanni Rotondo

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Cidade do Vaticano (RV) – O Prefeito da Congregação das Causas do Santos, Cardeal Angelo Amato, presidirá em 28 de julho em San Giovanni Rotondo duas liturgias na conclusão do Ano Jubilar do primeiro centenário da chegada do Padre Pio à localidade no sul da Itália. 

Uma série de eventos marcará a data. Às 11h30, o Cardeal presidirá à solene concelebração Eucarística na Igreja inferior de São Pio de Pietralcina. Já às 19 horas irá inaugurar e abençoar o “Local da memória”.

Trata-se, de fato, de uma praça que será chamada “Largo 28 de julho de 1916”, em recordação à experiência espiritual vivida por Lucia Fiorentino, que teve “uma visão imaginária”, como descrita no Epistolário III, p. 470:

“Na visão vi uma árvore de incomparável grandeza no átrio de nosso convento dos capuchinos e ouvi uma voz que me dizia: “Este é o símbolo de uma alma que agora está distante e virá aqui. Fará tanto bem a esta cidade. Será forte e bem radicada como esta árvore e todas as almas que vierem, serão libertadas do mal, ou seja, quem vier encontrar este digno sacerdote para ter luz e encontrar perdão e remédio para as próprias culpas””.

Não conhecendo Padre Pio, Lucia Fiorentino associou a imagem da árvore a um grande sacerdote de San Giovanni Rotondo, mas que vivia em outro local.

Sucessivamente, em 1923, com uma “locução interior” lhe foi revelado que a árvore plantada no convento simbolizava Padre Pio.

Lucia Fiorentino acabou conhecendo Padre Pio no final de julho de 1916, tornando-se uma de suas primeiras filhas espirituais.

Assim, no centro da Praça será plantada uma grande árvore, embaixo da qual serão instalados bancos de pedra, junto a duas inscrições que recordarão as revelações de Jesus à Filha espiritual de Padre Pio. (JE)

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Rússia: Card. Koch na despedida da relíquia de São Nicolau

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Cidade do Vaticano (RV) – “O ecumenismo dos Santos é uma belíssima oportunidade para o diálogo entre as Igrejas”, afirmou o Cardeal Kurt Koch, ao comentar a acolhida que a relíquia de São Nicolau recebeu na Federação Russa, onde foi venerada por mais de 2,5 milhões de fiéis. 

Antes de partir para São Petersburgo no início da tarde de quarta-feira, 26, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos declarou ao L’Osservatore Romano, que este foi um grande acontecimento ecumênico, “muito importante porque a veneração das relíquias pode ajudar a envolver os fiéis no esforço pelo diálogo. De fato, é bonito que os líderes das Igrejas se encontrem, mas é muito importante que também o povo o faça”.

Retorno da relíquia a Bari

O purpurado guia a delegação que, no início da tarde de sexta-feira, 28, em um voo que partirá de São Petersburgo, levará de volta à cidade italiana de Bari a relíquia do Santo bispo de Myra.

Com o Cardeal viajaram, entre outros, o Arcebispo de Bari-Bitonto, Dom Francesco Cacucci, o Reitor da Basílica de São Nicolau, Padre Ciro Capotosto, e uma representação do Patriarcado de Moscou.

A delegação foi recebida na Rússia pelo Bispo Nazarij di Kronstadt, que hospedará os visitantes nestes dias de permanência na Federação Russa.

São Nicolau

Nicolau é um dos Santos mais venerados no mundo, reconhecido por fiéis de diferentes Igrejas e Confissões cristãs, como defensor dos fracos e dos perseguidos, protetor da infância, dos marinheiros, das crianças.

Ponte entre Oriente e Ocidente

A substancial universalidade de seu culto, que alimentou riquíssimas tradições populares, acabou criando uma verdadeira ponte entre o Oriente e o Ocidente, como sublinha o dominicano Hyacinthe Destivelle, oficial do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, também ele presente na delegação que partiu de Roma.

“É simbolicamente muito bonito – observa – que este traslado da relíquia tenha sido feito após o encontro em Cuba entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill em 2016, como sinal de amizade, para confiar à São Nicolau a aproximação entre nossas Igrejas”. É uma ponte de diálogo, oração e fraternidade.

“A extraordinária afluência de fiéis em Moscou e em São Petersburgo – explica Destivelle – não surpreende. São Nicolau está muito ligado à história russa. Um terço das igrejas levam o seu nome e em todas as casas há um ícone seu diante do qual se pede a proteção para a família”.

Ademais – explica o dominicano – “Nicolau não é somente o protetor dos marinheiros, mas aquele que vem em socorro em todas as decisões concretas da vida de todos os dias. É o santo que indica o bom caminho”.

Encontro com Kirill e Hilarion

Na noite desta quinta-feira, 27, o Cardeal Koch, após ter visitado as principais igrejas de São Petersburgo e celebrado a missa na Basílica católica de Santa Catarina, encontrará o Metropolita Hilarion de Volokolamsk, Presidente do Departamento para as Relações eclesiásticas Externas do Patriarcado.

Na sexta-feira, a delegação terá um encontro com o Patriarca Kirill. Católicos e ortodoxos rezarão juntos, diante da relíquia de São Nicolau, antes de seu retorno à Itália na parte da tarde, com chegada prevista ao Aeroporto de Bari às 19 horas.

Imediatamente a relíquia será levada até a Basílica onde, com uma solene procissão e a récita das Vésperas, será colocada no sepulcro do Santo na presença de um escrivão, chamado para redigir o ato formal que registrará para a história, “o retorno de São Nicolau” a Bari.

(JE – L’Osservatore Romano)

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Cardeal Parolin: é preciso diálogo entre países ocidentais e Rússia

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Cidde do Vaticano (RV) - “A atenção da Santa Sé pelo Leste europeu não é de hoje, mas de longa data”, “as relações com a Europa oriental e com a Rússia nas várias fases da história” sempre foram consideradas importantes.

É o que afirma o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, numa longa entrevista exclusiva sobre o papel da Igreja no contexto mundial, concedida ao jornal italiano “Sole 24Ore”. Após a visita à Bielo-Rússia em 2015 e à Ucrânia em 2016, no final de agosto próximo o purpurado irá a Moscou.

“Não é somente o seu situar-se nos confins da Europa que torna o Oriente europeu importante, mas também o seu papel histórico no âmbito da civilização, da cultura e da fé cristã”, explica o cardeal italiano.

“Muitas vezes hoje em dia são ressaltadas as diferenças entre vários países ocidentais e a Rússia, como se fossem dois mundos diferentes, cada um com seus valores, seus interesses” e “até mesmo uma concepção própria do direito internacional que se deve opor aos outros”, enfatiza o Cardeal Parolin a propósito do retorno de Moscou no cenário internacional.

“Em tal contexto, o desafio é o de contribuir para uma melhor compreensão recíproca entre estes que correm o risco de apresentar-se como dois polos opostos”, evidencia ele. Portanto, é preciso um diálogo respeitoso e “a questão da paz e da busca de solução para as várias crises em andamento deveria ser colocada acima de todo e qualquer interesse nacional ou mesmo parcial”, acrescenta.

“Voltar-se para os próprios interesses particulares, que é uma das características nesta época de retorno aos nacionalismos, dificulta enxergar que por si não está descartada a possibilidade de uma catástrofe. Tenho a convicção de que insistir sobre esse aspecto faz parte da missão da Santa Sé”, observa o secretário de Estado vaticano.

Sobre a nova administração estadunidense, o purpurado ressalta que “é preciso tempo para poder julgar. Não se pode ter pressa. Uma nova administração, tão diferente e particular, e não somente por motivos políticos – em relação às precedentes –, precisará de tempo para encontrar seu equilíbrio.

“Fazemos votos de que os EUA – e os outros atores do cenário internacional – não se distanciem de sua responsabilidade internacional acerca de vários temas sobre os quais esta foi até aqui historicamente exercida”.

O purpurado evidencia que “a diplomacia da Igreja católica é uma diplomacia de paz. Não tem interesses de poder: nem político, nem econômico, nem ideológico. Por isso pode representar com maior liberdade a cada um as razões dos outros e denunciar a cada um os riscos que uma visão autorreferencial  pode comportar para todos”.

A Santa Sé não busca nada para si. Não presente agora aqui depois acolá pras não perder de nenhuma das partes. Sua tentativa é uma tentativa humanamente difícil, mas evangelicamente imprescindível, a fim de que mundos próximos voltem a dialogar e parem de dividir-se devido ao ódio antes mesmo que pelas bombas”, afirma. (RL/DD)

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Igreja no Brasil



JMJ do Rio: de histórias de fé, o nascimento do amor

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Jacutinga (RV) – Cada jovem que participa das Jornadas Mundiais da Juventude, idealizadas por João Paulo II, leva consigo histórias de fé e esperança reafirmadas pelo encontro com o Papa. Em 2013, no Rio de Janeiro, grupos de brasileiros de diversas partes do país se mobilizaram à sua maneira para poder acompanhar de perto a mensagem de Francisco.

Laura Pedott Lansana, de 21 anos, participava do grupo de jovens da Paróquia de Santo Antônio, de Jacutinga/RS. Ela contou que, na época, com 17 anos, ainda não sabia muita coisa sobre as JMJ. Porém, assim que tomaram conhecimento do evento, que reunia jovens do mundo inteiro “para evangelizar e conhecer o Papa Francisco”, o grupo se mobilizou, fez várias ações junto à comunidade para arrecadar fundos para depois poder viajar do sul do Brasil até o Rio de Janeiro. Todo mundo se dedicou muito para que o sonho se tornasse realidade.

Os jovens,  no entanto, estavam um pouco assustados pela realidade que conheciam do Rio através da mídia, mas “nada que é ruim vem de Deus e estávamos indo ao encontro dele”, disse Laura.

O grupo foi hospedado em casas de família do bairro de Campo Grande, no Rio, “que acolheram os jovens como filhos”. Segundo Laura, foi uma semana intensa, de chuva, de frio, sem horários, mas com uma vivência especial entre jovens do mundo inteiro que nem se conheciam: “todos carregavam sua fé e sua vontade de estar ali”, desde as peregrinações até as celebrações e, inclusive, os encontros mais próximos, como aconteceu quando Laura conheceu André:

“Tudo que eu levo pra vida é o meu namorado. A gente se conheceu na Jornada do Rio, viramos amigos, conversamos durante um ano e, depois de um tempo, começamos a namorar. O que de mais especial eu levo da JMJ é o meu namorado e a nossa fé, unidos num só coração, que é o que há de mais forte e quero levar pra vida inteira. Esse presente me foi dado na Jornada! Vou contar para os meus filhos e também espero que eles possam participar de Jornadas, assim como eu e o André.”

Até hoje as palavras do Papa ecoam na vida do casal, palavras que motivaram a “evangelizar e a levar a Palavra de Deus para todo o Brasil e para quem mais precisasse”.

O testemunho de laura em reportagem especial de Andressa Collet você pode ouvir aqui:  

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Igreja no Mundo



Estátuas de N. Sra de Lourdes recolocadas na Planície de Nínive

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Qaraqosh (RV) – De 20 a 25 de julho, em muitos povoados da Planície de Nínive habitados até tempos atrás por uma maioria cristã, 15 imagens de Nossa Senhora de Lourdes foram recolocadas no locais de origem, antes de serem removidas ou destruídas pela fúria jihadista durante os três anos em que a área esteve sob o domínio do autoproclamado Estado Islâmico.

Em Qaraqosh, Telkaif, Alqosh, Karamles e em outras localidades da Planície de Nínive, a recolocação das estátuas – em meio a cânticos marianos - foi vivida pelos cristãos presentes como um sinal reconfortante do “possível e gradual” retorno à normalidade.

A iniciativa foi possível graças à iniciativa da Associação católica francesa L’Ouvre d’Oriente. Seu diretor, Padre Pascal Gollnisch, Diretor da Instituição, havia viajado à região, quando constatou o grande número de cruzes derrubadas e imagens de Jesus e Maria profanadas e destruídas pelos jihadistas.

Em março passado – refere o órgão oficial de imprensa da L’Ouvre d’Oriente – 15 reproduções da estátua de Nossa Senhora de Lourdes abençoadas pelo Bispo Nicolas Brouwet, foram carregadas em um caminhão e de Lourdes partiram para a Planície de Nínive.

As cerimônias de recolocação das estátuas nas paróquias, santuários e áreas comuns, contaram com a participação de Bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, muitos dos quais recém haviam retornado às suas cidades de origem, depois de terem passado três anos na condição de deslocados e refugiados.

Agora – lê-se no comunicado divulgado pela L’Ouvre d’Oriente – os cristãos daquelas cidades  vilarejos “poderão novamente rezar diante de Nossa Senhora de Lourdes, que os apoiou durante o seu exílio”.

(JE/Fides)

 

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Patriarcado caldeu: há quem queira colocar as mãos na planície de Nínive

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Bagdá (RV) - O Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Louis Raphaël I Sako, manifestou preocupação em relação aos episódios que nos últimos meses vão sempre se delineando na planície de Nínive – norte do Iraque – como uma espécie de “área de disputa”, em torno da qual estão em jogo questões de caráter geopolítico, como a da possível, futura proclamação de independência da região autônoma do Curdistão iraquiano. 

Tentativa de exercer controle sobre cidades da planície

Segundo o Patriarca “há uma tentativa de colocar as mãos nas cidades da planície de Nínive, mediante lutas públicas ou manobras ocultas, que exercem efeitos negativos para as populações autóctones desta terra”.

“Já agora se vê uma forma insidiosa de ‘controle/invasão’ que está eliminando os legítimos direitos dos nativos, e os impele a emigrar ou a descartar a ideia de retornar a suas casas”, refere um comunicado do Patriarcado de Babilônia dos Caldeus.

Tomar decisões somente após ouvir populações locais

O Patriarcado caldeu convida políticos e funcionários a tomar decisões somente após ter ouvido as populações locais de cada cidade da planície de Nínive e a enfrentar a fase da reconstrução envolvendo os representantes daquelas cidades.

Ao mesmo tempo, o Patriarcado de Babilônia define como “inapropriadas” também muitas tomadas de posição expressas por quem não vive na região ou até mesmo no Iraque, e que com suas interferências acaba por aumentar a confusão e a conflitualidade étnico-religiosa.

Alusões evidentes ao caso da cidade cristã de Alqosh

Segundo a agência missionária Fides, o comunicado do Patriarcado caldeu não menciona episódios específicos, mas se mostram evidentes as alusões ao caso de Alqosh, a pequena cidade da planície historicamente habitada por cristãos, onde a Câmara da província iraquiana de Nínive dias atrás removeu o prefeito cristão, Abdul Micha, com alegações de corrupção, e o substituiu com um dirigente político local próximo do Partido democrático do Curdistão. (RL/L'Osservatore Romano)

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JMJ de Cracóvia: primeiro dia de Francisco na Polônia

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Cidade do Vaticano (RV) - Nesta quinta-feira (27/07), completa-se um ano do início da viagem apostólica do Papa Francisco à Polônia por ocasião da 31ª Jornada Mundial da Juventude. 

Vamos recordar esse dia do Papa Francisco em terras polonesas. 

O Santo Padre deixou o Vaticano e partiu às 14h do aeroporto romano de Fiumicino em direção a Cracóvia, onde chegou por volta das 16h ao Aeroporto Internacional São João Paulo II. Ali foi realizada a cerimônia de boas-vindas na área militar do aeroporto.

A seguir, o Papa se dirigiu para o Castelo de Wawel  local em que houve o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático

Ali, Francisco proferiu as seguintes palavras: 

“É a primeira vez que visito a Europa Centro-Oriental e estou contente por começar da Polônia, que, entre os seus filhos, conta o inesquecível São João Paulo II, idealizador e promotor das Jornadas Mundiais da Juventude.”

Ainda nesse encontro, o Papa chamou a atenção das autoridades para a questão dos refugiados

“É preciso a disponibilidade para acolher as pessoas que fogem das guerras e da fome; a solidariedade para com aqueles que estão privados dos seus direitos fundamentais, designadamente o de professar com liberdade e segurança a sua fé. Ao mesmo tempo, devem ser estimuladas colaborações e sinergias a nível internacional a fim de se encontrar soluções para os conflitos e as guerras, que forçam tantas pessoas a deixar as suas casas e a sua pátria.”

Após esse encontro, realizou-se a visita de cortesia ao Presidente da República na "Sala dos Pássaros" do Castelo de Wawel.

Depois, o Papa prosseguiu para a Catedral de Cracóvia onde se encontrou com os Bispos poloneses. Ali, respondeu algumas perguntas feitas pelos prelados. Os temas abordados durante o encontro foram: secularização na Polônia, misericórdia, refugiados e a relação entre os novos movimentos e paróquias.

O último compromisso do Papa, em 27 de julho do ano passado, foi a saudação aos jovens da sacada do arcebispado de Cracóvia.

Ali, o Pontífice falou de um fato que “entristece o coração”, citando um jovem de 22 anos, Maciej, que morreu poucos dias antes da JMJ em decorrência de um câncer. 

A propósito desse jovem o Papa disse:

“Este rapaz deixou seu emprego como gráfico para ser voluntário da Jornada Mundial da Juventude. Na verdade, são dele todos os desenhos das bandeiras, as imagens dos Santos Padroeiros, do kit do peregrino, e outras coisas mais que adornam a cidade. Precisamente neste trabalho, reencontrou a sua fé.”

A seguir, ressaltou: 

“Alguém de vocês pode pensar: ‘Este Papa está estragando a noite’. Mas é a verdade, e nós devemos nos acostumar com as coisas boas e ruins. A vida é assim, queridos jovens. Mas há algo de que não podemos duvidar: da fé deste rapaz, deste nosso amigo que trabalhou muito por esta JMJ. Agora ele está com Jesus, olhando para todos nós. E esta é uma graça. Uma salva de palmas para o nosso companheiro!”

O Papa concluiu a saudação aos jovens com as seguintes palavras:  “Amanhã nos revemos. Façam ver a alegria cristã, a alegria que o Senhor lhes dá por ser uma comunidade que segue Jesus”. 

(MJ)

 

 

 

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Entrevistas



Cardeal Hummes: devoção mariana ilumina Pontificado de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” traz como convidado neste espaço de formação e aprofundamento o presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também presidente da Repam – Rede Eclesial Pan-Amazônica, Cardeal Cláudio Hummes, O.F.M. 

De passagem por Roma dias atrás o ex-prefeito da Congregação para o Clero e arcebispo emérito de São Paulo falou-nos ao Programa Brasileiro da Rádio Vaticano. Entre outras coisas, Dom Cláudio falou-nos sobre os desafios da evangelização em nosso contexto de Igreja no Brasil e na América Latina, o Papa Francisco e a figura de Maria na evangelização.

Falou-nos também sobre a Igreja latino-americana em sua caminhada na esteira do Concílio ecuménico Vaticano II e a dimensão missionária de Aparecida que o Papa argentino trouxe para a universalidade da Igreja.

Na edição de hoje Dom Cláudio diz-nos que Aparecida tem a ver em tudo com  Nossa Senhora e que essa presença mariana dentro da Igreja está também dentro da grande intuição do Papa Francisco, desenvolvendo o conceito de Maria qual "Mãe da Apresentação" que nos está sempre apresentando seu Filho.

“Então há uma inspiração muito grande também do Papa a partir dessa figura paradigmática que é Maria, no Evangelho e na vida da Igreja”, enfatiza Dom Cláudio. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Formação



A Igreja do Piauí "no coração da Amazônia", parte III

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Cidade do Vaticano (RV) – Qual o diferencial que uma missão de um mês na Amazônia traz para a formação de um seminarista? A Pastoral missionária no Piauí estava carente deste aspecto: ir a terras distantes em missão ad gentes, pregar a Palavra e viver o ‘essencial’ do sacerdócio em uma situação difícil. Para o Padre Wellistony Viana, reitor do Seminário Maior Interdiocesano Sagrado Coração de Jesus em Teresina, que levou 12 seminaristas do Piauí para um mês na Prelazia de Borba, ela ‘ajudou a entender o que é ser padre’, despojando-se de todos os assessórios.

Nunca compreendi tão bem quanto nesta missão o convite do Papa Francisco para ir às periferias, sujar os pés na lama e levar a alegria do Evangelho aos pequenos e abandonados deste mundo”, afirma.

“A missão é no coração”, diz por sua vez o seminarista de Picos Francisco Ramires a respeito do significado da experiência. Ouça:

 

(CM)

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Atualidades



França: Muçulmanos participam das homenagens a Pe Hamel

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Paris (RV) –  Um ano após o assassinato do Padre Jacques Hamel em sua Igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, vários líderes muçulmanos da França divulgaram comunicados expressando sua solidariedade aos cristãos e toda a comunidade nacional.

O Conselho Francês do Culto Muçulmano (MCRC), em uma declaração em 25 de julho, reiterou sua "total solidariedade a sua família, assim como a todos os cristãos da França”. Seu presidente Ahmet Ogras, assinando o texto denuncia esses" atos bárbaros que vão contra a humanidade. "

Covarde assassinato

Ele também pediu aos muçulmanos da França para participarem de todas as cerimônias programadas para recordar a morte do Padre Jacques Hamel.

Um apelo  neste sentido também foi lançado pelo Reitor da grande Mesquita de Paris, Dalil Boubakeur, que expressou seu "horror" pelo "assassinato covarde" do Padre Jacques, recordando que "jamais o Islã pode tolerar tais atos, que violam a lei de Deus."

Na região de Rhône-Alpes, os responsáveis do Conselho regional do Culto Muçulmano, reiteraram sua "condenação com a máxima firmeza" do assassinato do Padre Hamel, um "ato bárbaro e odioso", e uniam-se ao Cardeal Philippe Barbarin, Arcebispo Lyon, para expressar sua solidariedade.

Participação na Missa

Vários líderes muçulmanos também estiveram presentes quarta-feira, 26 de julho, na Igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, durante a missa celebrada por Dom Dominique Lebrun, Arcebispo de Rouen.

Entre esles, Karabila Mohammed, Presidente do Conselho regional do Culto Muçulmano da Alta Normandia e Presidente da mesquita de Saint-Etienne du Rouvray;  Kbibech Anwar, Presidente da Assembleia dos muçulmanos na França, e Mohammed Moussaoui, Presidente da União das Mesquitas da França, ambos ex-presidentes da CFCM.

Em um discurso logo após a missa, o Presidente da República Emmanuel Macron  pediu "a cada religião, cujos líderes estão aqui presentes, (...) para levantar a voz e lutar para que jamais o ódio, a vingança, possam nos vencer. "

Há um ano, o Conselho francês do Culto Muçulmano chamou os imãs, líderes das mesquitas e muçulmanos, para irem à missa na igreja mais próxima no domingo seguinte ao assassinato do Padre Hamel, para orar junto com cristãos. Este apelo foi seguido em várias mesquitas na França.

Além disso, desde o assassinato do Padre Jacques Hamel, várias iniciativas foram tomadas pelos muçulmanos para homenageá-lo.  (JE/La Croix)

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Moscou pede que Polônia não remova monumentos da era soviética

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Varsóvia (RV) – Enquanto crescem em toda a Polônia os protestos contra a polêmica reforma da justiça, a Rússia pediu às autoridades de Varsóvia para pararem a remoção dos monumentos da época soviética.

A Câmara Alta do Parlamento de Moscou, de fato, havia pedido na terça-feira ao Presidente russo Vladimir Putin, a permissão para decretar eventuais “medidas restritivas no campo da cooperação bilateral” caso – segundo previsto por uma lei polonesa recentemente aprovada -  fossem removidos os monumentos soviéticos, que os poloneses consideram como “herança de um passado totalitário”.

Na lei recentemente aprovada, as autoridades polonesas definiram a União Soviética como “potência ocupante” e proposto “o desmonte e a remoção de centenas de monumentos e memoriais que celebram a vitória soviética contra o nazismo e a influência” que a velha URSS teve por decênios na Polônia no âmbito do Pacto de Varsóvia.

Na última semana, o Ministério do Exterior russo havia denunciado em uma nota oficial que a remoção dos monumentos soviéticos seria uma violação dos acordos entre Moscou e Varsóvia, sublinhando que na II Guerra Mundial foram mais de 600 mil os soldados soviéticos que morreram na Polônia para libertar o país do nazismo.

O Embaixador polonês em Moscou, Włodzimierz Marciniak, assegurou que “os cemitérios de guerra soviéticos não serão tocados”.

(JE – L’Osservatore Romano)

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Charlie morrerá em um hospital para doentes terminais

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Londres (RV) – Após uma longa tratativa, os pais de Charlie Gard e o Great Ormond Hospital chegaram a um acordo: a criança será transferida em breve a um hospital para doentes terminais, onde passará os últimos dias de sua vida ao lado dos pais, antes de serem desligados os aparelhos que a mantém respirando. 

O “último desejo” de Connie Yates e Chris Gard - para que seu filho pudesse morrer em casa – não pode ser atendido visto a impossibilidade de se encontrar um respirador artificial e uma equipe de médicos especializados que pudesse assisti-lo em casa.

Visto a gravíssima situação em que se encontra – reconheceram ambas as partes – a transferência para sua residência apenas causaria mais sofrimento.

Assim, após três meses e meio de batalha legal em quatro instâncias – Alta Corte, Corte de Apelação, Corte Suprema em Londres e Corte Européia de Direitos Humanos em Estrasburgo,  e após um ulterior recurso à Alta Corte - o “Caso Charlie” foi considerado concluído.

Uma determinação do Juiz  Nicholas Francis proíbe a imprensa de informar o nome do hospital para onde será transferida a criança e a data.

A decisão sobre quando os aparelhos serão desligados foi tomada à portas fechadas, depois que o juiz, a pedido da mãe, solicitou que o público e os jornalistas se retirassem do recinto da audiência.

“É uma decisão muito privada e dolorosa”, disse o advogado Grant Amstrong,  que representa os pais.

O caso de Charlie não é um caso isolado, mas ganhou ampla repercussão. De fato, na Inglaterra existem 40 mil crianças nos hospitais entre a vida e a morte. Quatro mil delas morrem a cada ano.

(JE com Agências)

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Líderes cristãos, judeus e muçulmanos: educar para erradicar práticas nocivas ao ambiente

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Jerusalém (RV) -  Três líderes das três religiões monoteístas reuniram-se na quarta-feira, 26, em Jerusalém, para reafirmar seu compromisso de educar seus fiéis em relação às mudanças climáticas, e exortaram os governos de todo o mundo a implementarem políticas que obriguem o cuidado do planeta.

Na Conferência intitulada “O sufocante calor do verão leva líderes inter-religiosos a pronunciarem-se sobre a mudança climática”, o Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton,  o cadí (juiz) da Corte muçulmana Sharía em Israel, Iyad Zahalka e o Rabino chefe do Comitê Judaico Americano, David Rosen, reiteraram que as mudanças climáticas não são resultado de uma crise natural, mas humana.

Garantir o bem-estar das futuras gerações

Os três citaram trechos de seus respectivos textos sagrados e tradições,  para reforçar o argumento de que qualquer atitude ética passa por preservar o lugar onde vivem os seres humanos, para além de suas crenças.

Os líderes também foram concordes em afirmar que é obrigação dos fiéis garantir o bem-estar das futuras gerações.

Laudato Si

“O Papa Francisco – disse Frei Patton – cita diversas vezes em sua Encíclica Laudato Si, a obrigação que temos de cuidar de nossos irmãos e irmãs e de nosso ambiente”.

O Rabino Rosen citou o Livro do Deuteronômio, onde se lê que temos que "escolher a vida acima de tudo, preservando o lugar onde viverás e onde viverão teus filhos”.

“É primordial, caso contrário, é como reorganizar a mobília do Titanic quando está se aproximando do iceberg”, alertou.

“Castigo divino”

O cadí Zahalka interpretou o aquecimento global como um castigo divino por não se ter cuidado da terra que Deus nos deu.

“O Alcorão diz que nós seres humanos recebemos a grande responsabilidade de cuidar do planeta e quanto mais piora a situação, mais claramente percebemos que fomos negligentes com nosso dever e que Deus nos está castigando”.

Compromisso em educar

Os representantes cristão e judeu discordaram desta visão do líder muçulmano, porém compartilharam a responsabilidade que têm, como líderes religiosos, de educar para erradicar práticas nocivas ao meio–ambiente e de exigir dos governos que “forcem” as pessoas a colocá-las em prática.

“É um trabalho de todos, é urgente, e é uma heresia pensar que se pode viver isolado e que nossa cultura do desperdício seja sustentável”, frisou o Rabino Rosen.

Frei Patton concluiu afirmando, que “se não nos importamos com  a natureza, a natureza também não vai se importar conosco, como se está vendo”.

(JE/EFE)

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