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Sumario del 29/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



A oração do Papa ao pequeno Charlie

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Cidade do Vaticano (RV) - “Confio ao Pai o pequeno Charlie e rezo pelos seus pais e as pessoas que o amaram”: assim se manifestou o Papa Francisco no Twitter após o anúncio da morte do bebê inglês de 11 meses. 

Os pais, Connie Yates e Chris Gard, comunicaram o falecimento com essas palavras: “O nosso esplêndido menino se foi. Estamos realmente orgulhosos de Charlie”.

A criança morreu após a interrupção da respiração artificial numa clínica de cuidados paliativos, para onde foi transferido por decisão do Tribunal. Já na segunda-feira, o Papa manifestou a sua solidariedade aos pais de Charlie Gard neste “momento de imenso sofrimento”. Os pais renunciaram ao seu pedido de levar a criança para os EUA e lamentam o tempo perdido em batalhas judiciais.

Os católicos ingleses

Por sua vez, o Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e de Gales, Card. Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster, declarou-se profundamente entristecido pela morte de Charlie Gard e manifesta a solidariedade de toda a comunidade católica aos pais. O Card. Nichols também agradeceu aos funcionários do Hospital "Great Ormond Street", que cuidou do bebê até a sua transferência, destacando o profissionalismo e a dedicação de médicos e enfermeiros.

Deus não desliga os aparelhos

Oração e solidariedade também foram expressos pelo Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Vincenzo Paglia. O Arcebispo recordou a grandeza do Amor de Deus que não pode ser desligada de aparelhos. Este caso, acrescentou Dom Paglia, nos impulsiona a "promover uma cultura do acompanhamento" e a "dizer três grandes nãos: à eutanásia, ao abandono e ao excesso terapêutico a favor de grandes sins: ao acompanhamento, ao progresso da ciência e à terapia da dor".  

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Santa Sé: paz ligada à promoção dos direitos humanos

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Cidade do Vaticano (RV) – O compromisso da Igreja para a promoção dos direitos humanos esteve no centro do pronunciamento do Observador da Santa Sé no Conselho da Europa de Estrasburgo, Dom Paolo Rudelli. O Bispo participou na noite de sexta-feira (28/07) de uma conferência na cidade italiana de Rovereto sobre este tema.

João XXIII

O diplomata recordou que a promoção dos direitos humanos na ação internacional da Santa Sé ganhou expressão com a carta encíclica “Pacem in terris”, publicada pelo Papa João XXIII em 1963. Para Papa Roncalli, a Declaração universal dos direitos do homem de 1948, embora apresente objeções, marca “um passo importante no caminho rumo à organização jurídico-politica da comunidade mundial”.

Paulo VI

Já a Constituição apostólica conciliar promulgada em 1965 pelo Papa Paulo VI “Gaudium et spes” está em sintonia com a posição de João XXIII. Dom Rudelli recordou que esta Constituição, em especial, contém “muitas referências aos direitos fundamentais da pessoa”.

João Paulo II

Com João Paulo II – observou ainda o diplomata – “os direitos humanos se tornam a bússola para a navegação da Santa Sé”: “o homem é o caminho da Igreja” e “a promoção dos direitos está estreitamente ligada à missão da Igreja no mundo contemporâneo”. Além disso, a liberdade religiosa assume um significado central. Num contexto histórico em que são sempre mais evidentes interpretações conflituosas dos direitos humanos, a encíclica “Evangelium vitae”, de 1995, “representa uma forte denúncia, um grito em defesa do direito à vida”, da criança que está para nascer e da pessoa que está para morrer.

Bento XVI

Entre diferentes visões do homem, Bento XVI destaca que não se pode ceder a uma concepção relativista, porque os direitos humanos têm um caráter universal. A sua promoção “permanece a estratégia mais eficaz para a construção da paz e do desenvolvimento dos povos”.

Papa Francisco

No pontificado do Papa Francesco – afirmou por fim Dom Rudelli – a atenção aos direitos humanos está centralizada a partir da ação e de gestos emblemáticos, como a repentina viagem a Lampedusa ou a abertura da primeira Porta Santa fora do Vaticano, na Rep. Centro-Africana – país dilacerado pela pobreza e pela guerra. Este estilo, a partir da realidade, tem um impacto relevante sobre os fiéis e “atrai grande atenção também no âmbito da política internacional”.

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Igreja na América Latina



Assassinado jovem sacerdote na Colômbia

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Bogotá (RV) – A Igreja na Colômbia manifestou seu pesar pelo assassinado do Padre Diomer Eliver Chavarría Pérez, morto no exercício da sua missão na madrugada entre 27 e 28 de julho em Puerto Valdivia, no departamento de Antioquia.

Num comunicado publicado no site da Conferência Episcopal Colombiana, o Bispo da Diocese de Santa Rosa de Osos, Dom Jorge Alberto Ossa Soto, anunciou a morte “com profunda dor”.

Rejeição à violência

As causas do homicídio ainda devem ser esclarecidas. A região é frequentada pelo guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional e por grupos criminosos.

“Rezemos pela conversão dos seus assassinos e rejeitamos todas as formas de violência que ameaçam a vida e a dignidade das pessoas”, lê-se ainda no comunicado no site dos Bispos.

Cinco anos de sacerdócio

Nascido em Gomez Plata em 27 de julho de 1986, Padre Diomer Eliver Chavarría Pérez foi ordenado sacerdote em 19 de março de 2012 por Dom Jorge Alberto Ossa Soto. 

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Igreja no Mundo



Tríduo em preparação à solenidade do "Perdão de Assis"

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Assis (RV) – Inicia-se, na noite deste sábado (29/7), em Assis, a Cidadezinha de São Francisco, o Tríduo em preparação à solenidade do "O Perdão de Assis" ou "Indulgência da Porciúncula". 

O Tríduo, que se realiza na igrejinha da “Porciúncula” – no interior da Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis, - será presidida pelos Ministros Gerais das três Ordens masculinas Franciscanas.

Origem da Porciúncula

A igrejinha, hoje chamada “Porciúncula”, foi construída no ano 352, originalmente como uma Capelinha, por quatro piedosos eremitas provenientes da Palestina.

Esta Capelinha, que fora dedicada à Virgem Santíssima, foi confiada, no século VI, aos Monges Beneditinos do Monte Subásio, que a ampliaram e ornaram.

Devido à pequena “porção de terra” de que os Monges dispunham, a Capelinha foi chamada “Porciúncula”, quer dizer, "porçãozinha" ou "pequena porção". Com o tempo, passou a ser chamada “Santa Maria dos Anjos” por causa das frequentes aparições dos Anjos.

Reconstrução

Quando Francisco de Assis se converteu, enveredando o caminho da santidade, viu que a Capelinha estava completamente arruinada. Então, em virtude da ardorosa devoção que nutria pela Mãe de Deus, ele a reconstruiu e a ganhou do Abade Teobaldo, monge beneditino. Para ali Francisco se retirou com os seus companheiros, ao ser obrigado a abandonar o Tugúrio de Rivotorto.

Certa noite de inverno, no ano 1216, enquanto o Pobrezinho de Assis, tomado pelo zelo ardente de levar os pecadores à conversão e à salvação, foi circundado por uma luz suave: um Anjo o convidou a ir à Capelinha, onde era aguardado por Jesus, sua Mãe Santíssima e muitos Anjos.

Ao chegar à Capelinha, Francisco se prostrou e adorou a Jesus e venerou a Virgem e os Anjos. Vendo a sua humildade e desprendimento, Jesus lhe deu a possibilidade de pedir uma graça que mais o agradasse. Então, como um novo Moisés, Francisco não pensou em si, mas em todas as almas e respondeu: "Senhor, peço que todos aqueles que, arrependidos e confessados, entrando nesta igrejinha, tenham o perdão de todos os seus pecados e a completa remissão das penas devidas às suas culpas". E Jesus lhe disse: "Grande é a graça que me pedes, Francisco; no entanto, eu lha concedo, por intermédio da minha Mãe". Assim, ele invocou a mediação de Nossa Senhora, que a concedeu pela súplica ao seu Filho Divino. Porém, o Senhor pediu-lhe para se apresentar ao seu Vigário na terra, o Sumo Pontífice, para obter a confirmação da graça.

Indulgência

Dito isto, a visão de Francisco cessou. Ele, imediatamente, foi até ao Papa Honório III, que, depois de várias dificuldades, lhe confirmou a graça, limitando-a, porém, apenas a um dia, por todos os anos, fixando a sua data para o dia 2 de agosto, começando com as Vésperas da Vigília.

Assim, em 2 de agosto de 1216, na presença dos Bispos de Assis e das regiões vizinhas, convidados para a consagração da igrejinha da “Porciúncula” e diante de uma multidão extraordinária de fiéis, São Francisco promulgou a “grande indulgência”, concedendo o incomparável tesouro do “Perdão de Assis” a todos os homens de boa vontade.

Extensão da indulgência

Com a Bula de 4 de julho de 1622, o Papa Gregório XV estendeu esta “Indulgência da Porciúncula” a todas as igrejas da Ordem Franciscana. Em 12 de janeiro de 1678, o Papa Inocêncio XI declarou que esta indulgência podia ser aplicada também às almas do Purgatório.

Para facilitar o “Perdão de Assis” aos fiéis do mundo inteiro, o Papa Pio X deu a possibilidade de obtê-lo também nas igrejas ou oratórios. Por sua vez, Bento XV, em 16 de abril de 1921, com o um solene documento, estendeu esta indulgência a todos os dias do ano, mas, de modo solene, na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. Assim se concretizou o desejo de São Francisco. (MT)

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Entrevistas



Constituinte acirra ânimos na Venezuela. Igreja: chega de violência

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Cidade do Vaticano (RV) – Faltando poucas horas para a eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela, marcada para este domingo, a Igreja no país se manifestou mais uma vez para pedir o fim da violência. 

Os bispos advertem que a “repressão desmedida com um grande balanço de feridos, mortos e detidos gera ainda mais violência”.

 “Militares e policiais, junto a grupos civis armados pelo governo, atuam de maneira coordenada atacando o povo que manifesta seu descontentamento e a sua oposição à Assembleia constituinte”.

Inconstitucional, desnecessária, inconveniente e prejudicial 

A propósito, a Conferência Episcopal reitera que se trata de uma proposta “inconstitucional, desnecessária, inconveniente e prejudicial para o povo venezuelano”.  Para os bispos, a Constituinte não só não resolverá, mas agravará os graves problemas do alto custo de vida, da escassez de alimentos e medicamentos de que sofre a população”.

Companhia de Jesus

O Prepósito da Companhia de Jesus, o venezuelano Padre Arturo Sosa, se uniu aos apelos da Conferência Episcopal:

“Gostaria de unir-me à voz, à intenção e à posição assumida pelos bispos venezuelanos, que estão muito unidos seja entre si como Conferência Episcopal, seja aos jesuítas da Venezuela, seja aos outros religiosos e religiosas do país: tiveram posições comuns muito corajosas neste período e reiteraram que a prioridade é o sofrimento das pessoas. O povo neste momento sofre porque faltam as condições básicas para viver, porque não tem alimento nem segurança na própria vida; não há remédios nem uma escola de qualidade que funcione; não tem aquilo que faz parte de uma vida normal."

Chega de violência

O jesuíta afirma que é preciso compartilhar a dor das pessoas como um modo para fazer da política um verdadeiro instrumento a serviço da solução dos problemas da população, e não uma luta pelo poder ou pelos privilégios que o poder pode dar. "Por isso, é importante levar avante um diálogo. Chega de violência: devemos ser pessoas capazes de falar e de chegar a acordos pelo bem de todos."

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Formação



Editorial: o caminho do martírio de todos os dias

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Cidade do Vaticano (RV) - O assassinato do Pe. Jacques Hamel, em 26 de julho do ano passado, traz à tona o tema do martírio.

O sacerdote tinha oitenta e cinco anos quando foi degolado por dois terroristas, enquanto celebrava a Eucaristia na igreja de Saint-Étienne du Rouvray, situada no norte da França. 

Na última quarta-feira, 26, há um ano do seu assassinato, o Papa Francisco recordou, em sua conta no Instagram, o sacerdote francês e também outras pessoas que morreram pelo nome de Cristo com as seguintes palavras: “Hoje, recordamos Pe. Jacques Hamel que, como muitos outros mártires do nosso tempo, dedicou a sua vida a serviço dos outros.”

Os primeiros cristãos pagaram com a própria vida sua fé em Jesus Cristo. Quem testemunha Cristo está sujeito também nos dias de hoje a passar pela palma do martírio. É chamado a dar um testemunho firme da fé em Cristo, sem negociações, a ponto de doar a própria vida.  

Durante a missa em sufrágio do sacerdote francês celebrada na Casa Santa Marta, em 14 de setembro de 2016, Francisco disse que o Pe. Jacques “é um mártir, e os mártires são bem-aventurados”. “Devemos rezar para que ele nos dê a mansidão, a fraternidade, a paz e também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico”, frisou o Papa naquela ocasião.

Assim como outros cristãos mortos por ódio à fé, a morte do Pe. Jacques se une ao sacrifício de Cristo na cruz, “mistério que se faz martírio pela salvação dos homens: Jesus Cristo, primeiro Mártir, o primeiro que deu a vida por nós. Neste mistério de Cristo começa toda a história do martírio cristão, dos primeiros séculos até hoje”, recordou ainda o Papa.

Esta é uma história que se repete sempre. “Hoje, na Igreja há mais mártires cristãos do que nos primórdios. Hoje, há cristãos assassinados, torturados, presos, degolados porque não renegam Jesus Cristo”, sublinhou ainda o Papa na homilia, afirmando que Pe. Jacques Hamel “faz parte dessa corrente de mártires”.

Os mártires nos dão essa lição de vida. São exemplo de uma fé robusta que os leva até a última consequência: a morte. Eles não são “cristãos mornos, sem coragem”, como disse várias vezes o Papa Francisco, pois não obstante vejam a própria vida ameaçada, permanecem fiéis a Deus e com Ele vencem o mal com o bem. 

“O martírio é testemunho supremo e o sangue dos mártires não é derramado em vão. Os mártires são um modelo que nos incentiva a permanecer com o Senhor e em todas as circunstâncias abraçar a sua cruz e confiar em seu amor. Como o sangue de Cristo, derramado por amor, reconciliou e uniu, fazendo germinar a Igreja, assim o sangue dos mártires é semente da unidade dos cristãos”, disse o Pontífice numa outra ocasião.

O Papa chamou a atenção também para o testemunho diário, de todos os dias, “o testemunho de tornar presente a fecundidade da Páscoa” que nos é dada pelo Espírito Santo, “que nos guia rumo à verdade plena, verdade inteira, e nos faz recordar o que Jesus nos diz”.

Segundo Francisco, “um cristão que não leva a sério esta dimensão de martírio da vida não entendeu ainda o caminho que Jesus nos ensinou: o caminho do martírio de todos os dias; o caminho do martírio em defender os direitos das pessoas; o caminho do martírio em defender os filhos: pai e mãe que defendem sua família; o caminho do martírio de tantos, tantos doentes que sofrem por amor a Jesus. Todos nós temos a possibilidade de levar avante esta fecundidade pascal no caminho do martírio, sem nos escandalizar.”

Que a coragem e o exemplo de fé testemunhados por Pe. Jacques Hamel e tantos outros mártires do nosso tempo nos ajudem a prosseguir sem medo na estrada que Cristo nos indica, e a semear amor, fraternidade e solidariedade entre os homens ao longo da nossa caminhada neste mundo. 

(MJ)

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O Reino dos Céus é dos que lutam pela justiça e pela paz

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Cidade do Vaticano (RV) - «Na primeira leitura extraída do Primeiro Livro dos Reis, fica muito claro a sabedoria de Salomão não apenas pelo conteúdo de sua oração, mas pelo modo como se dirige a Deus. No seu modo de falar com o Senhor, fica explícita sua humildade e a consciência de seu lugar: apesar de rei, diante de Deus ele é servo. 

Ele também demonstra sabedoria ao não se sentir proprietário do povo, mas condutor do rebanho que pertence a Deus.

Finalmente ele pede sabedoria para praticar a justiça. Deus não só aceita a oração de Salomão, mas o abençoa com o dom do discernimento em um coração sábio e inteligente.

A parábola de Mateus, apresentada hoje pela liturgia, termina com o relato do discernimento feito pelos pescadores que “recolhem os peixes bons nos cestos e jogam fora os que não prestam.”

Jesus, ao falar do Reino dos Céus o comparou a “uma rede lançada ao mar e que apanha todo tipo de peixe”.  Nossa atitude em relação ao Reino, aos seus valores, nos identificará como bons ou não. Até onde somos capazes de renúncias, mudanças de vida, despojamento por causa do Reino, por causa de justiça?

A segunda leitura nos fala de nossa predestinação à felicidade plena.

Deus nos criou para sermos salvos, para agirmos neste mundo em favor da justiça e da paz, como cidadãos do Reino que virá, ou melhor, que já está instaurado neste mundo através da ação dos homens de boa vontade, daqueles que são imagem de Deus.

Concluindo, podemos tirar para nossa vida que a sabedoria, o discernimento estão presentes no coração daqueles que se sentem servos diante de Deus e dos irmãos, daqueles que possuem e lutam pelos valores do Reino, daqueles que lutam pela justiça e pela paz. Esses confirmam a predestinação para o Céu, pois são no mundo imagem e semelhança de Cristo.

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XVII Domingo do Tempo Comum)

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Atualidades



Dia Internacional da Amizade: promover a paz e a fraternidade

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ONU (RV) – Comemora-se, neste domingo (30/7), o “Dia Internacional da Amizade”, cujo objetivo é promover a cultura da paz e da fraternidade entre os povos, a diversidade cultural e o respeito mútuo. 

Nesta data, os amigos costumam trocar mensagens de carinho, afeto e agradecer o companheirismo e a dedicação.

No Brasil, a amizade é homenageada em muitos dias. Os brasileiros celebram o “Dia do Amigo”, em 18 de abril, em caráter não-oficial. Normalmente, nesta data, é comum a troca de mensagens entre amigos, assim como presentes e a organização de eventos e atividades especiais, sobretudo nas escolas.

Além do “Dia Internacional do Amigo”, em 20 de julho, recentemente também se tornou comum celebrar o “Dia do Amigo do Facebook” em 4 de fevereiro. Nesta comemoração costuma-se homenagear os chamados “amigos virtuais”, que são cada vez mais comuns.

Origem

O “Dia do Amigo” e o “Dia Internacional da Amizade” foram adotados, primeiramente, em Buenos Aires, Argentina, através de um Decreto. Aos poucos, passou a ser comemorado em outras partes do mundo e, hoje, em quase todos os países, se festeja esta data.

Este dia foi criado pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro, em homenagem à chegada do Homem à Lua, como símbolo de união entre todos os seres humanos.

A primeira comemoração pretendia festejar a chegada do Homem à Lua, significando que, juntos, os povos poderiam conseguir superar desafios quase impossíveis. (MT)

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Crônica: Cavando poços no deserto

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Dubai (RV*) - Amigas e amigos da Rádio Vaticano, recebam uma saudação cordial das Arábias, onde os desertos constituem seu principal panorama.

As histórias bíblicas nos dão informações das andanças do povo eleito pelo deserto marcado pela escassez de água.  Sob a liderança do libertador Moisés, o povo teria preferido voltar à escravidão do Egito por causa da falta de água. 

De fato, para os habitantes do deserto, encontrar  ou cavar um poço significava buscar um bem muito precioso, muito mais valioso que o próprio ouro ou pedras preciosas, pois possuindo água, tinha-se sustentabilidade e sobrevivência da vida pessoal, familiar e do clã.

Lendo a história dos patriarcas, no livro do Gênesis, conhecemos a vida no deserto do Oriente com predominância do trabalho no meio rural. Os patriarcas e suas famílias viviam da criação de animais,  sendo a água importante fonte de provisão.  A água trazia riqueza a quem a encontrasse naquelas regiões desérticas.

É nesse ambiente que as narrativas bíblicas nos dão a conhecer Isaque, um homem trabalhador, um exímio cavador de poços. Com seu pai Abraão, aprendeu a ser um homem de caráter, e cumpridor de seus deveres, tanto nas relações familiares como com outros clãs que viviam no deserto.

Com seus servos, Isaque buscava as águas nas entranhas da terra. Encontrar água cavando poços no deserto, fez de Isaque um homem riquíssimo. Tudo o que fazia prosperava. Deus estava com ele e Isaque deixava-se guiar por Ele.

Por causa disso, a Bíblia nos conta que seus inimigos o expulsaram, por diversas vezes, para apoderar-se de suas terras com os poços. Outras vezes, vinham tapá-los á noite para prejudicá-lo. Ele não desanimou.  Ao invés de entrar em conflito com os inimigos, preferia mudar de região. Assim continuou prosperando.

Depois de tantas mudanças, Isaque quis cavar um poço junto ao qual pudesse viver tranquilamente, sem a intervenção de inimigos. Por isso cavou um poço que chamou de Rehobot, que significa “amplidão”, “alargamento”, e disse: “Porque agora o Senhor nos deu o lugar onde prosperaremos na terra.” (Gênesis 26,22). Não foi assim.

A ausência de conflitos não significou que aquele seria o lugar definitivo para o clã de Isaque. Deus lhe reservava coisas maiores. Seria abençoado como um dos patriarcas a ser lembrado por Cristo.

*Missionário Pe. Olmes Milani CS, das Arábias para a Rádio Vaticano

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