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Sumario del 31/07/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: como Santo Inácio, colocar-se a serviço do próximo

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Cidade do Vaticano (RV) – “Como Santo Inácio de Loyola, deixemo-nos conquistar pelo Senhor Jesus e, guiados por Ele, coloquemo-nos ao serviço do próximo.” Esta é a mensagem do Papa Francisco no Twitter, no dia em que a Igreja recorda o Santo fundador da Companhia de Jesus. 

Se é um dia um dia especial para os jesuítas em todo o mundo, o é também para o Papa Francisco, que pertence à Companhia. Em 2014, o Papa festejou a data com seus confrades na Cúria Geral, que fica a dois passos da Praça S. Pedro.

A última vez que almoçou com eles foi no dia 12 de fevereiro deste ano, por ocasião da despedida do Pe. Adolfo Nicolás, Prepósito da Companhia de 2008 a 2016, que agora desempenha sua missão nas Filipinas.

Discernimento

Desde outubro do ano passado, esta função é desempenhada pelo venezuelano Arturo Sosa, que em entrevista à Rádio Vaticano falou dos dois grandes desafios da Companhia hoje:

“Eu gostaria de sintetizar os desafios da Companhia em dois grupos. O primeiro é como nós podemos entender a nossa melhor contribuição à missão de reconciliação da Igreja que, segundo a 36ª Congregação Geral, tem três dimensões: a reconciliação com Deus, a reconciliação dos homens entre si e a reconciliação com a criação. Nós nos sentimos colaboradores deste processo, pois compartilhamos a missão do Senhor entregue à Igreja. A contribuição tem um fundamento, e o fundamento é a fé. Portanto, o primeiro desafio é discernir onde Deus trabalha neste momento da história humana e como o faz, para sermos seus instrumentos e para colaborarmos àquilo que Ele faz.”

Desigualdade

Pe. Arturo Sosa afirma que é preciso olhar para os crucifixos do mundo de hoje – mundo marcado pela desigualdade e pela pobreza. “Sem justiça social, a reconciliação não é possível”, afirma, acrescentando que é preciso entender as causas da injustiça e pensar em modelos alternativos de convivência humana. “O desafio que temos diante de nós é buscar reconciliar este processo, para garantir às futuras gerações uma vida melhor do que temos hoje em meio à desigualdade e à pobreza.”

Conversão

O segundo grande grupo de desafios identificado pelo Prepósito é adaptar a Companhia de Jesus aos tempos atuais, “colocar a Companhia em condições de oferecer uma colaboração mais eficaz a esses desafios”. Para o sacerdote venezuelano, isso começa com a conversão pessoal, com a conversão da vida comunitária e, a mais difícil, a conversão institucional.

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Card. Bassetti: cem anos do apelo de Bento XV sobre o "massacre inútil"

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Cidade do Vaticano (RV) - “Poucas afirmações extraídas de documentos pontifícios tiveram tão grande influência histórica como a que foi escrita por Bento XV em 1º de agosto de 1917, quando, passados três anos da deflagração da I Guerra Mundial, lançou um apelo aos ‘chefes dos povos beligerantes’ a dar fim a um conflito cruento que todos os dias se mostrava cada vez mais ‘como um massacre inútil’.” 

É o que escreve o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Gualtiero Bassetti, num editorial para o jornal vaticano “L’Osservatore Romano” de 31 de julho – 1º de agosto.

Advertência de grande importância moral e política

“Ainda hoje, à distância de cem anos, aquelas palavras ressoam, não somente no discurso público, mas na consciência profunda de toda pessoa, como uma advertência de grande importância moral e política”, afirma o arcebispo de Perugia.

Naquela carta “o Papa pedia de modo contundente uma ‘paz justa e duradoura’ que pudesse sedimentar-se – graças aos mais importantes instrumentos da época: o pedido de um arbítrio internacional, a restituição recíproca de alguns territórios e a necessidade imperiosa de um desarmamento”.

Palavras de Bento XV revelaram-se proféticas

Embora suas palavras não tenham mudado o rumo do conflito mundial, mesmo assim “revelaram-se proféticas”, sobretudo por seu “duríssimo juízo sobre a guerra”, acrescenta.

“A evocação de ‘um massacre inútil’ tornou-se a partir daquele momento uma espécie de grito de dor pela guerra moderna e todo tipo de atroz morte de massa provocada pela modernidade niilista. E não casualmente, o Papa Francisco a evocou por ocasião do G20 para denunciar os massacres inúteis de migrantes no Mediterrâneo” – observa o Cardeal Bassetti.

Início da elaboração de uma nova teologia da paz

O presidente dos bispos italianos afirma ainda que as palavras de Bento XV com a denúncia da guerra qual “massacre inútil” marcam “o início da elaboração de uma nova teologia da paz”.

Uma nova teologia da paz que não se fundamenta baseada em vagos propósitos ideais, mas indiscutíveis princípios evangélicos: a justiça, a caridade e a dignidade da pessoa humana.

Jamais como hoje essa teologia da paz “deve ser defendida daqueles que, de modo vil e mesquinho, perpetram brutais atos terroristas contra a humanidade inocente” e “de quem provoca as guerras por uma vontade de poder, de conquista e por interesses econômicos”.

Força moral do direito na busca da paz

“Buscar a paz não é o produto de uma civilização decadente com uma identidade frágil – pondera ele –, é exatamente o contrário. Buscar a paz é um exercício heroico, que requer um esforço enorme, incessante, diário, e que requer uma força diferente da força militar: é a força da fé; a força do diálogo; e, como escrevia Bento XV, a ‘força moral do direito’.”

“Portanto, este é o tempo de defender o compromisso em prol da paz com coragem, determinação e mansuetude. Buscando dar-lhe também novos significados e uma linguagem renovada. Com um único grande objetivo: superar todos massacres inúteis do mundo atual”, conclui o presidente da Conferência Episcopal Italiana. (RL/Sir)

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Scaraffia: ouvir também as mulheres para escolha dos bispos

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Madri (RV) - Nas consultas para a escolha dos novos bispos as mulheres deveriam ser muito mais ouvidas. Essa, em síntese, é a proposta da editorialista e consultora editorial do L’Osservatore Romano, Lucetta Scaraffia, lançada num artigo publicado no último número da revista “Vida Nueva”, de 27 de julho. 

Pastores eleitos pelo rebanho

O semanário espanhol havia dedicado a edição de 24 a 30 de junho ao tema da escolha dos bispos tendo como matéria de capa Pastores elegidos per el rebaño (Pastores eleitos pelo rebanho), trazendo também uma entrevista ao arcebispo de Tegucigalpa e coordenador do Conselho dos cardeais (C9), Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga.

A historiadora italiana – que é também responsável pelo encarte mensal “mulheres igreja mundo” do L’Osservatore Romano – dá assim sua contribuição para o debate e, recordando que todas as instituições devem enfrentar “o problema da seleção das classes dirigentes”, ressalta que para a designação dos bispos a Igreja elaborou um sistema de antiga tradição “que sempre funcionou muito bem”.

Escassez da presença feminina nas consultas

“Efetivamente, a pesquisa sobre possíveis candidatos prevê hoje uma ampla consulta de eclesiásticos que desempenham encargos de responsabilidade, bem como de leigos que colaboraram com eles ou que simplesmente os conhecem. Trata-se, portanto, de uma variedade de vozes capacitadas para tal, mas na qual se verifica a escassez da presença feminina”, observa Scaraffia.

Aliás, “as mulheres seguramente entendem melhor aquilo que se pode definir os lados menos oficiais de uma personalidade, como a capacidade de relacionar-se com os outros, de ver os outros e de aceitá-los. São todas qualidades indispensáveis para dirigir uma diocese com credibilidade e humanidade” , acrescenta.

As mulheres são mais livres para pensar somente no bem da Igreja

“Ademais, as mulheres teriam uma vantagem ao desempenhar esse papel de conselheiras: a liberdade. Não podendo fazer carreira na Igreja, o juízo delas, positivo ou negativo que seja, não pode ser influenciado por projetos pessoais, por esperança de apoio ou temores de concorrência. As mulheres são livres para pensar somente no bem da Igreja, e quase sempre o fazem.”

Scaraffia conclui escrevendo que a situação atual “não corresponde à realidade: de fato, tanto as religiosas quanto as leigas engajadas na vida da Igreja são, de muitos pontos de vista, indispensáveis para o bom andamento de uma diocese. Por que, então, considerá-las somente como servidoras zelosas, que devem obedecer sem participar das escolhas?” (RL/L’Osservatore Romano)

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Igreja na América Latina



Parolin: Papa e Vaticano não mediram esforços para resolver a crise venezuelana

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Caracas (RV) – O Conselho Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou no domingo, 30, que 41,53% dos eleitores – o que equivale a cerca de 8 milhões de pessoas – elegeram a nova Assembleia Nacional Constituinte, que contará com poderes ilimitados e será encarregada de redigir uma nova Carta Magna. O Cardeal Pietro Parolin reafirmou que o Papa e Secretaria de Estado não mediram esforços para resolver a crise. 

Conferência Episcopal venezuelana

O Cardeal Jorge Urosa Savino, por sua vez, havia declarado que a convocação para a votação era “ilegal e inválida, pois não foi convocada pelo povo”.  “Os bispos venezuelanos – reiterou - são unânimes em rejeitar a Constituinte e pedem ao governo que mude a sua atitude”, sublinhando que a reforma constitucional  está “longe de solucionar os problemas” e que só irá “agravar o conflito político”.

A consulta popular foi marcada por conflitos violentos que provocaram ao menos dez mortes. A oposição, que não participou dos comícios, qualificou a consulta como “ilegítima”.

Cerca de dez países, incluindo o Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos, não reconheceram o processo.

Os esforços do Papa e da Santa Sé por uma solução negociada e pacífica

Ao participar da Missa do Encontro “Vênetos no mundo” no último sábado, o Cardeal Pietro Parolin declarou a jornalistas que o Papa e a Secretaria de Estado se “empenharam muito” para buscar uma solução para a crise na Venezuela, que deve ser “pacífica e democrática”, “procurando ajudar a todos, indistintamente, e chamando cada um às próprias responsabilidades”.

“Sim, nos empenhamos muito, um pouco também por este afeto que tenho pela Venezuela, tendo trabalhado ali”, afirmou o Cardeal, que foi Núncio no país de 2009 a 2013.

“É sempre muito delicado – prosseguiu o Cardeal – interferir nas situações dos países. Eu espero somente que o Senhor - penso na leitura de Salomão - dê sabedoria a todos e coragem para fazer escolhas que sejam para o bem daquela população”.

“Os mortos são muitos – sublinhou – e acredito que não existam outros critérios a serem seguidos se não o bem destas pessoas. É necessário encontrar uma maneira pacífica e democrática para sair desta situação e o único caminho é sempre o mesmo: se deve encontrar, conversar - mas seriamente - para se encontrar um caminho de solução”.

O purpurado também salientou que a Igreja venezuelana “não está do lado da oposição, mas apoia a maioria de nosso povo” que “quer que mude o governo” e “quer fazer isto de modo pacífico”.

Oposição convoca novos protestos

Momentos antes do anúncio dos primeiros resultados, a coalização opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD) convocou novos protestos de massa, já a partir desta segunda-feira.

O Presidente Nicolás Maduro, por sua vez, falou a seus seguidores na Plaza Bolívar de Caracas, logo após o anúncio dos resultados.

O mandatário disse que “esta é uma Constituinte para colocar ordem, para fazer justiça e defender a paz”.

(JE/Agências)

 

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Igreja no Mundo



Indonésia: Jornada da Juventude Asiática fortalece convivência pacífica

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Jacarta (RV) – Realiza-se entre os dias 2 e 6 de agosto na Arquidiocese de Semara, na cidade de Yogyakarta (Ilha de Java), a VII Jornada Mundial da Juventude Asiática. A última edição foi realizada em 2014 na Coreia do Sul, na presença do Papa Francisco.

Java é a segunda maior ilha da Indonésia, onde se situa a capital do país, Jacarta. Em seus 124 413 km² de área, vivem – segundo dados de  2015 – 141.300.000 habitantes, que constituem 56,7% da população da Indonésia, país com o maior número de muçulmanos do mundo.

Encontros preparatórios

Os encontros preparatórios realizam-se de 30 de julho a 1º de agosto em várias dioceses indonésias, reunindo cerca de 3 mil jovens católicos provenientes de 21 países da Ásia, para viver e testemunhar o Evangelho na Ásia multicultural, como diz o próprio lema da Jornada “Joyful Asian Youth: Living the Gospel in Multicultural Asia”.

O evento adquire um particular significado no arquipélago, ameaçado cada vez mais pela presença de grupos do islã radical, inimigos do sistema de convivência democrática e pluralista, o que é garantido pela própria Constituição da Indonésia e pelo sistema de princípios nos quais se baseia, conhecido como “Pancasila”.

Valeria Martano, da Comunidade de Santo Egídio, explicou à RV a importância do evento:

“A situação é muito delicada, sem dúvida alguma com contínuos desdobramentos, motivo pelo qual é natural sentir um pouco de ansiedade. Porque a Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo; manteve sempre esta tradição democrática, pluralista, alicerçada na ideologia da “Pancasila”, que reconhece a unidade do país na diversidade das tradições religiosas, e promove a justiça social. Todavia esta situação é colocada à dura prova por um momento de tensão que leva a pensar na existência de uma insurgência de células radicais”.

RV: Em finais de maio, justamente durante um simpósio organizado pela comunidade de Santo Egídio em Roma sobre pluralidade religiosa na Indonésia na era da Reforma, ocorreu um duplo atentado que causou apreensão nos participantes. Daquele momento até agora, como se desenrolaram os fatos em relação aos grupos extremistas?

“A situação é muito complexa. De um ponto de vista, as duas grandes organizações muçulmanas indonésias – são as grandes organizações de massa, a Nahdlathul Ulama e Muhammadiyah: duas orientações ligeiramente diferentes, ainda que ambas encarnem o espírito da “Pancasila” – estão buscando, mesmo se com estratégias diferentes, manter o leme do país direcionado no sentido do pluralismo. O Governo, por sua vez, instituiu uma unidade especial de proteção da “Pancasila”: é uma novidade, um organismo novo, jovem, ainda a ser construído; porém é interessante o fato de que tenha sido escolhido um caminho para deter as células radicais do ponto de vista cultural, ideológico, e que insista, isto é, sobretudo na sociedade civil. Ao mesmo tempo, foram criadas leis especiais para colocar na ilegalidade algumas associações particularmente extremistas. É um momento extremamente delicado e também perigoso, porque no próximo ano haverá várias rodadas eleitorais; e portanto, é claro que esta insurgência radical está tentando tirar proveito disto o máximo possível”.

RV: Analistas consideram que a tutela do sistema democrático da Indonésia é particularmente importante para o equilíbrio de toda a região. Qual a sua opinião a este respeito?

“É verdade. Esta é uma afirmação importante porque aqui estamos falando de um arquipélago imenso, uma população de 250 milhões de pessoas em grande desenvolvimento econômico, e onde efetivamente a convivência permitiu um grande desenvolvimento do país. Perder esta capacidade seria algo realmente muito preocupante também para a região, por aquilo que está acontecendo nas Filipinas, na Malásia”.

RV: Justamente um país assim complexo recebe a Jornada Mundial da Juventude asiática. O que representa este evento para o país e para a Igreja na Indonésia, sobretudo?

“Na minha opinião, a Asian Youth Day para a Igreja indonésia, e sobretudo e para os jovens – que são muitos, porque este país é muito jovem – efetivamente representa uma grande abertura, um momento de abertura muito importante; porque a Indonésia é um arquipélago: existe um problema de comunicação linguística que às vezes cria dificuldades nas relações com o resto do mundo, também à juventude da Indonésia. E por outro lado, esta afluência de tantos jovens – serão cerca de 3 mil – vindos de vários países asiáticos, é esperada com muito entusiasmo. Eu verifiquei também em nossas comunidades: nós temos por exemplo um movimento dos jovens pela paz do qual participam jovens que são muçulmanos; e dentro da Jornada Asiática da Juventude ele encontrará espaço”. (JE/SL)

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Índia: Episcopado recorda os 67 anos de discriminação dos dalits cristãos

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Nova Déli (RV) – O próximo dia 10 de agosto é recordado na Índia como um “Dia Obscuro”, em recordação aos dalits cristãos discriminados na Índia há 67 anos.

A iniciativa é do Departamento para os datits e as classes desfavorecidas da Conferência Episcopal indiana (CBCI).

Discriminação com base legal

Nos dias passados os bispos haviam expresso sua solidariedade ao novo Presidente Ram Nath Kovind, de origem dalit, sem deixar de recordar que no país os dalits que abraçam o cristianismo são discriminados com base na Constituição.

A lei de 1950 sobre “scheduled caste”, assinada em 10 de agosto de 1950 pelo então Presidente da Índia Rajendra Prasad, afirma que “nenhuma pessoa que professa uma religião diferente do hinduísmo pode ser considerada membro das Scheduled Caste”.

Mais tarde a lei foi modificada para incluir os sikhs (em 1956) e os budistas (em 1990).

Os bispos lamentam que a petição civil 180/2004 – que pedia o cancelamento do parágrafo 3 da ordem de 1950 – ainda esteja em tramitação na Corte Suprema.

Direitos negados há 67 anos

Isto significa – consideram – que “os direitos constitucionais dos dalits cristãos e muçulmanos são negados há 67 anos por causa da religião”.

Especificamente, as hierarquias eclesiásticas consideram que o parágrafo 3 é “inconstitucional, uma página triste escrita fora da Constituição e inserida” de forma ilegal “por uma ordem do Executivo”.

Neste contexto, o Presidente do Departamento da CBI, Dom Anthonisamy Neethinathan, dirige a todos os cristãos da Índia o convite para “observarem em 10 de agosto um “Dia Obscuro” nas vossas regiões, dioceses e instituições”.

A data poderá ser recordada na forma de “encontros, reuniões, manifestações, greves de fome, apresentação de memorandum, vigílias e assim por diante”.

Assim – conclui o bispo – “em vossas áreas vocês poderão demonstrar apoio e solidariedade aos cristãos que sofrem por causa de suas origens humildes. Vos convido a usar os meios de comunicação, em particular as redes sociais, para divulgar as notícias na sociedade civil”.

Quem são os dalits

O termo dalit - usado pela primeira vez em finais do século XIX pelo ativista Jyotirao Phule - designa o sistema de castas do hinduísmo, em que os "shudras" ou “intocáveis”, representam o grupo formado por trabalhadores braçais, considerados pelos escritos bramânicos, sobretudo o Manava Dharmashastra, como "intocáveis" e impuros.

Assim, os intocáveis na sociedade hindu são aqueles que trabalham com trabalhos considerados indignos, sujos, lidando com os mortos (animais ou pessoas), com o lixo, ou outros empregos que requerem constante contato com aquilo que o resto da sociedade indiana considera abjeto e desagradável.

São considerados individualmente imundos, impuros, e portanto não podem ter contato físico com os 'puros', vivendo separados do resto das pessoas. Ninguém pode interferir na sua vida social, pois os intocáveis são considerados menos que humanos e não são considerados parte do sistema de castas.

(JE/Asianews)

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Formação



JMJ de Cracóvia: de Rio Branco a Porto Alegre, jovens renovados na fé

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Rio Branco (RV) – A maior dificuldade para participar de uma Jornada Mundial da Juventude é a financeira. Em se tratando do envolvimento de jovens nesse evento, os obstáculos tornam-se maiores, mas com o apoio da família, às vezes da comunidade através de ações para arrecadar recursos, a mobilização acontece sem medir esforços.

Gabriel Bastos Nardino, de 24 anos, de Rio Branco, no Acre, conta que, conhecendo a JMJ do Rio por depoimentos de amigos, decidiu encarar o desafio de participar do evento na Polônia, um ano atrás, com milhares de jovens dos mais diferentes países e culturas que estariam reunidos em Cracóvia e com o mesmo objetivo: testemunhar a fé católica e usar a misericórdia como força de ação.

Pedro Tiago da Silva, de 20 anos, é da outra ponta do mapa, de Porto Alegre/RS. Desde cedo participou da Igreja, mas foi em julho de 2011 que “resolveu pertencer a Cristo de uma forma mais intensa”, como ele mesmo conta, ao fazer parte de um grupo de oração carismática da comunidade Fraternidade Nossa Senhora da Evangelização. O grupo se mobilizou para participar da Jornada Mundial da Juventude do Rio, em 2013, e Pedro diz ter vivido uma “experiência de proporções gigantescas, rezando, adorando e louvando o mesmo Senhor Jesus Cristo com jovens de todas as partes do mundo. Foi realmente a vivência da catolicidade da nossa Igreja”, acrescentou Pedro.

“Ao fim da JMJ, como de costume, o Papa anunciou onde seria a Jornada de 2016: em Cracóvia. Eu estava em Copacabana, no local da missa. Eu não sei explicar como ou porquê, mas eu tinha certeza que iria pra Polônia.”

O jovem nos conta, em especial, os frutos espirituais dessa peregrinação: Uma das grandes alegrias foi a renovação do sentimento de pertença à Igreja. O centro da Jornada, na minha história, foi depois que o Papa passou por nós. Eu tenho certeza que Deus falaria comigo na JMJ e eu o ouviria de forma clara e certa, sobre a busca pra encontrar meu lugar na Igreja, a busca de ser aquilo que Ele sonhou desde a eternidade para minha vida. E, realmente, o Senhor cumpriu a sua promessa! O sinal foi inegável e fortíssimo. Eu senti uma grande paz, que nos bota em movimento, típica de quando sabemos que Deus está perto, de que Ele acabou de se comunicar conosco, fruto do Espírito Santo.”

Ouça o testemunhos dos jovens em reportagem especial de Andressa Collet:  

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Card. Hummes: Aparecida é uma das luzes fortes que a Igreja pode oferecer

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição passada do quadro “O Brasil na Missão continental” nosso convidado, o presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e também presidente da Repam – Rede Eclesial Pan-Amazônica, Cardeal Cláudio Hummes, recordou-nos – no âmbito deste projeto de animação missionária proposto pela Conferência de Aparecida -  que “a Igreja não faz missão de vez em quando, mas ela é sempre missionária”. 

Prosseguindo suas considerações, na edição de hoje Dom Cláudio afirma-nos que “Aparecida é uma das luzes fortes que a Igreja pode oferecer ao mundo”, não a única, mas uma das, observa.

Afirma-nos ainda que, no fundo, a grande reforma que o Papa Francisco gostaria de fazer, o grande horizonte que ele tem diante de si, é “fazer com que a Igreja seja totalmente missionária”.

“Por detrás disso está de fato uma grande convocação e encorajamento”, enfatiza o purpurado acrescentando que o Papa mesmo vai na frente, vai no meio e vai atrás. “Os pastores de vez em quando têm que estar lá atrás olhando para onde que o povo está indicando porque também o povo tem o Espírito Santo”, destaca Dom Cláudio recordando o Papa Francisco. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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