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Sumario del 06/08/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Formação

Papa e Santa Sé



Papa aos jovens da Ásia: respondam com a coragem da fé

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Cidade do Vaticano (RV) - Concluiu-se com uma solene cerimônia no aeroporto militar de Yoygiakarta a 7ª Jornada da Juventude da Ásia. O evento, que envolveu 21 países do continente e mais de dois mil jovens, foi precedido pela Santa Missa, da qual também participou o Vice-presidente da República da Indonésia, Jusuf Kalla. Durante a celebração, foi lida a mensagem do Santo Padre, assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. 

No texto, o Papa exorta os jovens da Ásia a escutarem com sempre maior atenção o chamado do Senhor para responder com fé e coragem à sua vocação. Francisco, convida então os jovens a inspirarem-se em Maria em seu desejo de serem discípulos missionários e de confiarem-se sempre à sua amorosa intercessão.

Daqui a três anos, esses jovens se encontrarão em outro país da Ásia, muitos deles já terão encontrado o seu caminho, muitos ainda estarão à procura, mas para todos eles, a experiência da Jornada da Juventude da Ásia será decisiva, como explica o Cardeal Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila nas Filipinas e Presidente da Caritas Internationalis:

R. - Estes dias são dedicados aos jovens do continente asiático. Esta é a terceira vez que participo desses encontros. Na Indonésia, o tema foi a missão dos jovens em uma sociedade multicultural. Para nós, multicultural também significa multi-religioso; no entanto, com o espírito de encontro, de comunhão, multicultural torna-se intercultural; Multi-religioso torna-se inter-religioso. O espírito de diálogo é muito importante para nós na Igreja da Ásia; para os jovens, é importante começar com essa cultura e atitude de diálogo, de apreciação da diversidade: a diversidade não é uma razão de divisão, mas é uma das razões da riqueza da civilização, da sociedade.

P. - As periferias do mundo são muito queridas ao Papa Francisco: talvez tenha sido uma das primeiras surpresas deste Pontificado ouvir falar sobre as periferias. Quanto isso é importante para jovens na Ásia? Quanto se sentem fortalecidos também eles em desejarem ser católicos ativos nesta periferia?

R. - Esta experiência, de estar na periferia da sociedade, se torne um motivo, um impulso missionário, para ver com os olhos da fé as outras pessoas nas periferias. Porque é um país onde existe uma religião maioritária, mas por trás dessa religião algumas pessoas estão na periferia econômica, cultural e social. E a experiência de estar na minoria, na periferia da sociedade, esperamos que se torne um impulso missionário e também um impulso de compaixão em relação a outras pessoas sofredoras e abandonadas. (SP)

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Papa Angelus: nas férias redescobrir o silêncio da meditação do Evangelho

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou neste domingo a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça Pedro. Apesar do forte calor milhares de fiéis e peregrinos estiveram presentes na grande praça vaticana. 

Na sua alocução o Pontífice recordou que neste domingo, a liturgia celebra a festa da Transfiguração do Senhor: página evangélica na qual os apóstolos Pedro, Tiago e João testemunham esse evento extraordinário.

O Papa comentando o texto recordou que na conclusão daquela experiência “os discípulos desceram do monte com os olhos e os corações transfigurados pelo encontro com o Senhor”.

“É o caminho que podemos realizar também nós. A redescoberta sempre viva de Jesus não é um fim em si, mas nos conduz a descer da montanha, recarregados com a força do Espírito Divino, para decidir novos passos de autêntica conversão e para testemunhar constantemente a caridade como lei de vida cotidiana”.

Transformados pela presença de Cristo e pelo ardor de Sua Palavra, - continuou o Papa - seremos um sinal concreto do amor vivificante de Deus por todos os nossos irmãos, especialmente por quem sofre, por aqueles que se encontram na solidão e no abandono, pelos enfermos e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e pela violência.

O evento da Transfiguração do Senhor nos oferece uma mensagem de esperança: convida-nos a encontrar Jesus, para estar a serviços dos irmãos.

“A subida dos discípulos ao Monte Tabor nos leva a refletir sobre a importância de se separar das coisas mundanas, para fazer um caminho em direção ao alto e contemplar Jesus. Trata-se de colocar-se à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado do Pai, buscando momentos íntimos de oração que permitam a acolhida dócil e alegre da Palavra de Deus".

O Papa Francisco convidou ainda os fiéis presentes na Praça São Pedro a redescobrirem o silêncio pacificador e regenerador da meditação do Evangelho, “que conduz a uma meta rica de beleza, de esplendor e de alegria”.

“Nesta perspectiva, - sugeriu o Papa -, o tempo do verão é um momento providencial para aumentar o nosso compromisso de busca e de encontro com o Senhor. Durante este tempo, - recordou ainda o Papa fazendo referência ao verão no hemisfério norte – os estudantes estão livres de compromissos escolares e tantas famílias fazem suas férias. É importante que durante o período de descanso e de distanciamento das ocupações diárias, se possam regenerar as forças do corpo e do espírito, aprofundando o caminho espiritual”.

Em seguida Francisco confiou a Nossa Senhora as férias de todos pedindo que Ela nos ajude a entrar em sintonia com a Palavra de Deus para que Cristo se torne luz e guia de nossas vidas.

“A Ela confiamos as férias de todos, para que sejam serenas e profícuas, mas sobretudo o verão daqueles que não podem fazer férias porque impedidos pela idade, por motivos de saúde ou de trabalho, por restrições econômicas ou por outros problemas, para que, mesmo assim, seja um tempo de relaxamento, animado por presenças amigas e momentos felizes”. (SP)

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Enviado do Papa às celebrações do Centenário de nascimento de Dom Romero

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma Carta pontifícia em latim, no último dia 17 de junho, ao Cardeal Andrello Ricardo Ezzati, Arcebispo de Santiago do Chile, seu Enviado Especial às celebrações do Centenário de nascimento do Bem-aventurado Óscar Arnulfo Romero, que terão lugar em São Salvador, El Salvador, no próximo dia 15 de agosto de 2017.

A Delegação da Missão Pontifícia, que acompanhará o Cardeal Ricardo Ezzati, é composta pelo Padre Rafael Edgardo Urrutia Herrera, Chanceler da Arquidiocese de São Salvador e Vigário episcopal para os Movimentos e as Associações de fiéis leigos, e o Padre Reinaldo Sorto Martìnez, Pároco da Igreja de São José da Montanha, Vigário episcopal da Pastoral e Diretor da Rádio São José.

Óscar Arnulfo Romero Galdámez, conhecido como Dom Romero, nasceu na Ciudad Barrios, El Salvador, em 15 de agosto de 1917, em uma família modesta. Aos 14 anos, entrou para o seminário, mas, seis anos depois, voltou para ajudar sua família que passava por dificuldades. Então, começou a trabalhar em minas de ouro com seus irmãos.

Mais tarde, Óscar Romero retomou seus estudos e foi enviado para Roma para estudar teologia, na Universidade Gregoriana. Foi ordenado sacerdote em 1942 e regressou a El Salvador, onde assumiu uma paróquia no interior do país. Depois, foi transferido para a Catedral de San Miguel, onde permaneceu por 20 anos. Romero foi um sacerdote dedicado à oração e às atividades pastorais, sobretudo às obras de caridade.

Em 1970 foi nomeado Bispo auxiliar de San Salvador e, em 1974, Bispo da diocese de Santiago de Maria, em meio a um contexto político de forte repressão, sobretudo contra as organizações camponesas. Em 1977, Dom Romero foi nomeado Arcebispo de San Salvador.

No ano seguinte, a Guarda Nacional executa cinco camponeses e Dom Romero celebra as exéquias das vítimas. Em sua homilia não fez denúncia explícita do crime, mas escreveu uma carta severa ao Presidente Molina.

Pouco tempo depois, foi assassinado o jesuíta Padre Rutílio, empenhado na luta em favor do povo. Naquele momento, Dom Romero reavalia a sua posição e se coloca corajosamente ao lado dos oprimidos: denuncia a repressão, a violência do Estado e a exploração imposta ao povo pela aliança dos setores político-militares e econômicos, apoiada pelos Estados Unidos.

O Arcebispo denuncia também a violência da guerrilha revolucionária. Suas homilias eram transmitidas pela rádio católica para dar esperança à população, mas provocaram a fúria dos governantes.

Em outubro de 1979, um golpe de Estado depõe o ditador Humberto Romero e uma junta de civis e militares assume o poder. Neste cenário, exército e organizações paramilitares executam centenas de civis e sacerdotes.

Em 24 de março de 1980, Dom Óscar Romero foi assassinado por um franco-atirador, enquanto celebrava Missa na Capela do Hospital da Divina Providência em São Salvador.

Desde o seu martírio, as comunidades cristãs do continente americano passaram a considerá-lo santo, pelo seu empenho em favor da paz e a sua luta contra a pobreza e a injustiça.

Em 1997, Dom Romero foi declarado "Servo de Deus" pelo Papa São João Paulo II. Em fevereiro de 2015, o Papa Francisco aprovou o Decreto de Beatificação que reconhecia seu martírio. Em 23 de maio do mesmo ano, o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu à sua Beatificação na capital salvadorenha. (MT)

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Pesar do Papa pelo falecimento do Cardeal Dionigi Tettamanzi

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Milão (RV) – Faleceu na manhã deste sábado (05/8), o Cardeal Dionigi Tettamanzi, arcebispo emérito da Arquidiocese de Milão, com a idade de 83 anos.

Ao receber a notícia do seu falecimento, o Papa Francisco enviou um telegrama de pêsames ao Cardeal Angelo Scola, Administrador Apostólico em Milão, e a Dom Mario del Pini, arcebispo eleito de Milão. 

Em seu telegrama, o Santo Padre expressa seus pêsames aos familiares e a toda a Comunidade diocesana, que perdem um dos seus filhos mais ilustres e um dos pastores mais amados.

O Papa recorda, com carinho e gratidão, a intensa obra cultural e pastoral deste benemérito irmão que, durante a sua existência, deu alegre testemunho do Evangelho.

O Cardeal Tettamanzi, afirma Francisco, serviu com docilidade a Igreja como Arcebispo de Milão, como bispo de Ancona-Osimo, Secretário da Conferência Episcopal Italiana, Arcebispo de Gênova e Administrador Apostólico de Vigevano.

Dom Tettamanzi, escreve ainda o Papa, sempre se distinguiu como Pastor zeloso, dedicando-se totalmente ao bem dos sacerdotes e de todos os fiéis, defendendo com solicitude temas como o da família, do matrimônio, da Bioética, dos quais era perito.

O Papa Francisco eleva ao Senhor suas preces, por intercessão da Virgem Maria, para que o acolha na alegria e na paz eterna. Por fim, concede de coração a sua Bênção Apostólica aos que choram pela perda do querido Arcebispo Tettamanzi e, de modo especial, aos que o assistiram com amor nos últimos dias da sua enfermidade.

Breve biografia

Dionigi nasceu em Renate, no dia 14 de março de 1934. Estudou no Seminário Menor de Milão; conseguiu a licenciatura e o doutorado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma. Foi ordenado sacerdote em 28 de junho de 1957 e desenvolveu suas atividades pastorais em Milão.

O Cardeal Tettamanzi participou, como especialista, da V Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, em 1980; e da VII Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, em 1987, como assistente do Secretário especial.

Dom Dionigi foi nomeado Bispo de Ancona-Osimo, em 1989, e ordenado em Milão, pelo cardeal Carlo Maria Martini, Arcebispo da cidade lombarda.

Foi Secretário geral da Conferência Episcopal Italiana, por cinco anos até 1991, quando assistiu à I Assembleia Especial para Europa do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, à IX Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, em 1994.

Em 20 de abril de 1995, o Papa João Paulo II o nomeou Arcebispo Metropolitano de Gênova. Foi vice-presidente da Conferência Episcopal Italiana, em 1995.

Dom Dionigi Tettamanzi foi criado Cardeal em 21 de fevereiro de 1998 e nomeado membro do Conselho dos Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizacionais e Econômicos da Santa Sé, em 6 de março de 2000.

Foi nomeado pelo Papa João Paulo II como arcebispo de Milão em 11 de julho de 2002. Em 2011, Bento XVI aceitou sua renúncia por limite de idade.

Com a morte do Cardeal Tettamanzi, agora o Colégio Cardinalício fica composto de 223 cardeais, dos quais 121 eleitores e 102 non eleitores. (MT)

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Igreja no Brasil



Neste domingo Dia de Oração pelos cristãos perseguidos

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Brasília (RV) - Neste domingo, dia 6 de agosto, a Igreja estará unida em oração pelos cristãos perseguidos em todo o mundo. A iniciativa do Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos é promovida pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e mais uma vez recebe o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e ainda participação de todas as paróquias do país.

A edição deste ano amplia as intenções de oração realizadas nas edições anteriores, que estavam voltadas para os grupos perseguidos no Oriente Médio. De acordo com a AIS, a mudança ocorre porque em alguns países da África, por exemplo, morrem mais pessoas por serem cristãos do que em qualquer outro lugar do mundo.

“A Igreja é uma grande comunhão, nós até chamamos de comunhão dos santos aqueles que pertencem a Cristo, que foram revestidos de Cristo. E manifestarmos através da nossa oração essa comunhão, essa caridade, significa sermos cada vez mais Igreja”, motiva o Bispo auxiliar de Brasília e Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.

Pontuando a percepção de que a vivência da fé em determinados lugares do mundo presume o testemunho com o sangue, Dom Leonardo afirma que todos os cristãos participam do martírio e da perseguição: “Participarmos deste dia de oração pelos cristãos perseguidos é mostrarmos também a nossa fé comum em Cristo Jesus”.

O membro da AIS-Brasil Rodrigo Arantes ressalta que desde a primeira edição do Dia de Oração a fundação recebe o apoio da CNBB. Ele conta que muitos frutos foram colhidos desde então e lembra que, a cada ano, a AIS traz uma personalidade de algum país onde os cristãos sofrem perseguição para dar seu testemunho no Brasil e de uma forma bem concreta na Assembleia Geral da CNBB. Neste ano, foi à Aparecida (SP) o bispo copta católico de Assiut, no Egito, dom Kyrillos Samaan, que falou aos bispos do Brasil sobre os cristãos perseguidos no seu país. “Dom Kyrillos ficou maravilhado ao saber como os cristãos brasileiros se dedicam a rezar pelos cristãos perseguidos do Egito e do mundo todo”, disse Rodrigo.

“É impressionante como, desde que esse Dia de Oração teve início com o apoio da CNBB, sinais de esperança têm aparecido: há alguns anos as estimativas é de que os cristãos no Iraque iriam desaparecer, hoje vemos a Planície de Nínive pacificada e os cristãos retornando e reconstruindo seus lares”, recorda, citando o local de onde foram expulsos mais de 100 mil cristãos na noite do dia 6 para o dia 7 de agosto de 2014 pelo Estado Islâmico.

Outra história “que não se explica sem considerar o poder da oração” foi o retorno de uma menina chamada Cristina que, com apenas 3 anos de idade, havia sido sequestrada pelos terroristas do EI no dia 6 de agosto de 2014 e foi devolvida à família sã e salva em junho 2017.

“Graças a essa iniciativa da AIS com o apoio da CNBB, os cristãos brasileiros não apenas passaram a saber o que acontece com aqueles que correm o risco de perderem suas vidas para viver sua fé como ainda podem rezar por eles e os encher de esperança por meio da oração”, afirma Rodrigo.

Para Dom Leonardo, o testemunho dos cristãos perseguidos no Oriente Médio, na África e na Ásia, por exemplo, “nos ajuda a viver uma fé transparente, mais límpida, que realmente mostre a eternidade já encarnada, o reino de Deus já presente neste mundo, mas que será também um reino definitivo”. Aos brasileiros, de acordo com o bispo fica a mensagem de testemunhar a fé onde se vive. “Nós também temos intempéries, dificuldades, nós do Brasil temos corrupção, às vezes nos deixamos envolver por determinados elementos de corrupção”. Mesmo assim, o exemplo é para “sermos esse testemunho transparente e livre do evangelho”.

Ações locais

Em São Paulo (SP), haverá uma celebração na catedral da Sé, no domingo, dia 6, às 9h, presidida pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer. Na ocasião, AIS-Brasil exibirá antes e depois da celebração, vídeos realizados nos países onde ocorrem perseguição religiosa, com imagens e relatos dos cristãos que conseguiram escapar e sobreviver aos ataques extremistas.

Já no Rio de Janeiro, será realizado no Cristo Redentor, às 17h, um momento de Oração pelos Cristãos Perseguidos, conduzido pelo arcebispo local, cardeal Orani João Tempesta. Esse evento contará com a presença de testemunhos daqueles que sofrem com a perseguição religiosa e o monumento será iluminado de vermelho para representar o sangue dos mártires de hoje.

Histórico

O Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Mundo ocorre anualmente no dia 6 de agosto em referência à mesma noite e madrugada de 7 de agosto de 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico.

“Cerca de 100 mil cristãos, aterrorizados e em pânico, fugiram de suas casas sem nada, somente com as roupas do corpo, a pé, rumo às cidades curdas. Entre eles havia doentes, idosos, crianças e mulheres grávidas, precisando de água, comida, medicamentos e um lugar para ficar”, declarou na ocasião o patriarca Louis Raphael Sako, chefe da Igreja Católica Caldeia.

Assim que recebeu as primeiras informações na manhã do dia 7 de agosto, a AIS mobilizou os benfeitores e iniciou campanhas e projetos para socorrer materialmente e espiritualmente os perseguidos e refugiados. Desde então a Fundação Pontifícia realiza um dos maiores projetos de ajuda da sua história, direcionando esforços para alimento, abrigo e educação para os refugiados, ação que já resulta em mais de 2 mil projetos no Oriente Médio desde o início da crise.

Saiba mais

Segundo recente relatório da Catholic Near East Welfare Association (CNEWA) – agência criada pelo papa Paulo XI em 1926 para o apoio dos pobres – os cristãos médio-orientais que vivem entre Chipre, Egito, Iraque, Israel, Jordânia, Líbano, Cisjordânia, Gaza, Síria e Turquia são 14,5 milhões. O dado foi divulgado na primeira metade de 2017. Há sete anos, o número era de 200 mil pessoas a mais. (SP-CNBB)

 

 

 

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Formação



Espaço Interativo - Domingo, 6 de agosto

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Cidade do Vaticano (RV) -  Olá amigos, neste domingo 6 de agosto trazemos até você mais um Espaço Interativo, comentando as postagens na nossa fan-page e as mensagens enviadas por nossos amigos por e-mail ou pela velha e boa carta. 

E se você quiser acompanhar de pertinho as atividades do Papa Francisco, além de informações da Igreja em todo o mundo, com reportagens, vídeos e fotografias, entra na nossa página no Facebook: Rádio Vaticano - Programa Brasileiro.

Na última quarta-feira o Papa Francisco retomou as Audiências Gerais, que devido ao calor, serão realizadas neste mês de agosto na Sala Paulo VI. O tema de sua catequese foi "Batismo, porta da esperança".

E o post mais visualizado e compartilhado foi justamente o vídeo sobre a Audiência:

"Suas catequeses são muito profundas e cheias de espiritualidade, quem acha que ele não é teólogo se engana redondamente", comentou Benedito Mazeti.

"Linda reflexão, o nosso pastor é orientando pelo Espírito Santo. Que o abençoe grandemente todos os dias", disse Sonia Maria de Souza.

A matéria com a presença de Andrea Bocelli e o Coral Vozes do Haiti, formado por adolescentes haitianos entre 9 e 16 anos, também mereceu muitas curtidas e comentários:

"Que dupla! Generosidade divina", disse Rosangela Carneiro.

O outro post muito curtido e compartilhado foi o artigo 'Padre, um homem de Deus',  do Cardeal Orani João Tempesta, no dia de São João Maria Vianney.

"Parabéns à todos sacerdotes, que Deus abençoe grandemente esta linda missão, que dedicam suas vidas a palavra de Deus, e ajudando as pessoas se encontrarem com JESUS, nos sacramentos", disse Sônia Maria

"Parabéns e nossas orações a todos os sacerdotes que dedicam sua vida a proclamar e viver a Palavra de Deus. Homenagem especial para aqueles que dedicam suas vidas ao serviço do Reino de Deus! (Amigos Paz e bem).

Enfim, muitas felicitações e palavras de encorajamento aos nossos sacerdotes.

As postagens com informações históricas sobre o Vaticano também tem sido muito curtidas e comentadas:

"Obrigada por essa semana tão cheia de história!! Que venham mais!!" (Maria Cristina)

“O passeio pelas obras do Vaticano promete, estou adorando!” (Nazare Kawage)

"Como é bom obter informações da nossa Igreja mãe, parabéns pelo lindo trabalho!" (Mary Dias).

Por fim, destacamos ainda o post sobre a nomeação de um filho espiritual de Charles de Foucault como Reitor do Seminário Romano Maior pelo Papa Francisco:

"Muito contente. Que o compromisso do abandono nas mãos do bem Amado irmão Jesus, o testemunho silencioso na adoração ao Senhor e o compromisso fraterno e solidário com os irmãos que estão nos últimos lugares norteiam a caminhada e a conduta do irmãozinho neste novo trabalho. Conte com minhas orações" (Carlos Roberto dos Santos)

Você pode entrar em contato conosco pelo e-mail brasil@vatiradio.va. e se você gosta de escrever, podes  nos enviar aquela velha e boa carta, para o seguinte endereço: Rádio Vaticano, Programa Brasileiro,  Piazza Pia n. 3 00193- Cidade do Vaticano.

Até a próxima!

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Editorial: Fome, fenômeno político

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Cidade do Vaticano (RV) - Imagens da fome, de pessoas que fogem da fome, de situações dramáticas como guerras, violências e explorações; imagens de barcos no Mediterrâneo cheios de migrantes em busca de um novo horizonte, de uma nova terra, de uma nova vida. São imagens que sacodem a nossa consciência e que continuam girando o mundo, trazendo às nossas casas um drama de milhões de pessoas que sobrevivem, dia após dia, com a ajuda humanitária, quando essa chega. 

Temos também o drama da seca que afeta os países do chifre da África onde milhões de pessoas vivem à espera da solidariedade do mundo opulento.

O drama da fome que vivemos é vergonhoso. A situação a que chegamos numa chamada “Civilização Moderna”, evidencia de modo gritante os muitos abismos que a mesma construiu.

Entretanto, esse mesmo “mundo civilizado” apresenta outra face da medalha onde a obesidade, por erros e excessos, deforma toda uma geração de crianças e jovens. É um mundo de contrastes entre luxo e lixo, riqueza material e miséria moral.

Mas por que a fome não acaba? Pergunta legítima. Talvez a resposta seja simples, mas ao mesmo tempo complicada. Aparentemente, a fome não existe por carência na produção de alimentos e sim pela má distribuição de riquezas, principalmente nos países pouco desenvolvidos, em que o capital é concentrado nas mãos da minoria e em detrimento à maioria. A ganância de alguns pisoteia o desejo de muitos de ter uma vida digna. No mundo quase um bilhão de pessoas dorme com fome toda noite.

Como isso não pode sacudir a nossa consciência todas as vezes que colocamos a cabeça no travesseiro para dormir? Segundo informações de agências de notícias internacionais, é irônico o fato de que, no mundo, é usado mais dinheiro em campanhas contra a obesidade, do que contra a epidemia ''FOME''.

A fome deriva da pobreza. A segurança alimentar das pessoas depende essencialmente do seu poder de compra, e não da disponibilidade física de alimentos. A fome existe em todos os países: voltou inclusive a aparecer nos países europeus, tanto do Oeste como do Leste. Contudo, a história do século XX ensina que a pobreza econômica não é uma fatalidade. Verifica-se que muitos países progrediram economicamente e continuam a fazê-lo; outros, pelo contrário, sofrem uma regressão, vítimas de políticas - nacionais ou internacionais - assentes em falsas premissas.

A fome pode resultar ao mesmo tempo de políticas econômicas inadequadas e de estruturas e costumes pouco eficazes e que contribuem para destruir a riqueza dos países. Deriva também de comportamentos lamentáveis em nível moral: busca egoísta do dinheiro, do poder e da imagem pública; a perda do sentido de serviço à comunidade; sem esquecer o importante grau de corrupção, sob as mais diversas formas.

Os dados falam claramente: quase 1 bilhão de pessoas desnutridas no mundo; 11 mil crianças morrem de fome a cada dia; Um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento físico e intelectual. Uma pessoa a cada seis padece fome no mundo.

Um dos grandes brasileiros da nossa história, o sociólogo Josué de Castro nos seus trabalhos de pesquisa e denúncia já dizia em meados do século passado que o “que divide os homens não são as coisas, são as idéias de que eles têm das coisas, e as ideias dos ricos são bem diferentes das ideias dos pobres. A fome não é um fenômeno natural, mas sim político”.

É necessário o empenho de todos para mudar a situação de milhões de pessoas que padecem a fome. Os países ricos, os potentes da terra podem e devem dar a sua contribuição. Quem sabe, assim, as populações africana, asiática, latino-americana possam ter melhores condições de vida. A situação atual precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. (Silvonei José)

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Transfiguração do Senhor: "Divindade de Jesus presente entre nós"

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Cidade do Vaticano (RV) - «A festa da Transfiguração do Senhor nos convida a refletir sobre a divindade de Jesus e sua presença entre nós. Somos chamados a contemplar Cristo transfigurado para fortalecermos nossa missão de iluminar as realidades deste mundo, que precisam da luz divina. 

Na primeira Leitura, o profeta Daniel, em visão noturna, vê a história do ponto de vista de Deus. Sucedem-se os impérios e os opressores, mas o projeto de Deus não falha. Não se trata do Messias davídico, que havia de restaurar o Reino de Israel, mas da sua transfiguração sobrenatural: o Filho do Homem vem inaugurar um reino que “não é deste mundo”. Ele triunfará sobre as potências terrenas, conduzindo a história à sua realização escatológica.

Na segunda leitura, o príncipe dos Apóstolos, Pedro e os seus companheiros reconhecem-se portadores de uma graça maior do que a dos profetas. A Palavra do Antigo Testamento continua a ser “uma lâmpada que brilha no escuro”, até o dia em Cristo virá na sua glória. Jesus transfigurado sustenta a nossa fé e acende em nós o desejo da esperança nesta caminhada. A “estrela da manhã” brilha no coração de quem espera vigilante.

No Evangelho vemos que Jesus chamou três dos seus discípulos, Pedro, Tiago e João, e os levou consigo para o alto da montanha. Montanha, na Bíblia, é lugar de encontro com Deus. Por que apenas estes três? Porque Jesus achava que eles precisavam, naquele momento, ser iluminados: Pedro tinha dificuldade de entender que a lógica da vitória da vida em Deus devia passar, necessariamente, pelo caminho da cruz. Tiago e João, filhos de Zebedeu, são os irmãos cuja mãe queria que Jesus lhes concedesse, na sua glória, um lugar de destaque à sua direita e à sua esquerda.

Durante a Transfiguração, estes discípulos ficaram tão alegres e radiantes que queriam eternizar aquele momento, construindo ali três tendas. Mas Jesus não o permite, pois a transfiguração não é acomodação, mas o fortalecimento para a missão.

Os discípulos prediletos de Jesus, Pedro, Tiago e João, são convidados a permanecer em oração. Eles representam, hoje, os Pontífices, os religiosos, os fiéis chamados à perfeição.

Para rezar, Jesus escolhe a solidão, neste caso, a montanha onde reina a paz e o silêncio, onde se revela a grandeza da obra divina. A transfiguração é uma visão do céu. É uma graça extraordinária para os três apóstolos.

No alto da montanha, Jesus revela a luz de Deus. Quem tem a vida transfigurada pela luz divina não deve se acomodar, mas deve descer para a planície e ir ao encontro daquelas pessoas e situações que precisam ser transfiguradas.

A visão da transfiguração desaparece numa nuvem, ou seja, nos convida a dedicar-nos à oração habitual, à contemplação, não a graças extraordinárias.

Os frutos da festa da Transfiguração do Senhor são, em primeiro lugar, o crescimento da fé e, depois, o aumento do nosso amor a Jesus. O Senhor nos manifestou, naquele dia, toda a sua beleza. Os apóstolos, testemunhas da transfiguração, ficaram inebriados de amor e de alegria.

Enfim, a transfiguração não é uma mudança de Jesus, mas a revelação da sua divindade que se torna luz».

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