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Sumario del 07/08/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa reza diante do túmulo do Beato Paulo VI

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Cidade do Vaticano (RV) – Em memória  de Paulo VI, falecido em 6 de agosto de 1978, o Bispo de Albano e Secretário do Conselho de Cardeais, Dom Marcello Semeraro, presidiu um Missa nas Grutas Vaticanas na manhã de domingo (7/08). Após a celebração, o Papa Francisco rezou diante do túmulo do Beato.

A Missa foi presidida por Dom Semeraro, pois Paulo VI faleceu em Castel Gandolfo (Diocese de Albano).

Antes da beatificação do Papa Montini, a celebração – sempre presidida por Dom Semeraro – realizava-se na Paróquia de Castel Gandolfo.

Agora que a memória litúrgica é celebrada em 26 de setembro, Dom Semeraro – considerado um dos maiores especialistas sobre o Papa que deu continuidade e concluiu o Concílio Vaticano II, aberto por João XXIII – continua a presidir a celebração, mas nas Grutas Vaticanas, com a participação de pessoas próximas ao Beato.

Ao final da Eucaristia, também o Papa Francisco foi até a Basílica descendo à Cripta, onde acompanhado por Dom Semeraro recolheu-se em oração diante do túmulo de Paulo VI.

“Para nós esta Festa (da Transfiguração) é muito cara – disse Dom Semeraro na homilia – também porque nos recorda a passagem ao Céu do Beato Paulo VI, cujo corpo, que depois homenagearemos, está sepultado nestas Grutas.

Em uma biografia ele é definido como “o Papa da luz”. O seu permanente anseio pela luz permanece definitivamente marcado naquele “pensamento à morte” que, quando tomamos conhecimento dele ao ser lido na Congregação Geral dos Cardeais em 10 de agosto de 1978, deixou atônitos e comovidos. 

Até então, eu nunca havia ouvido um testemunho assim tão alto e profundo, espiritual e carnal juntos e é algo que ainda hoje, depois de quase 40 anos, me emociona.  “Andai enquanto tendes luz” – escreveu citando João 12,35. Assim, gostaria, terminando, de estar na luz”. (JE)

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Papa solidário com vítimas do ataque à igreja na Nigéria

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao ser informado do ataque contra uma igreja católica na Nigéria, em que 11 pessoas foram mortas domingo (06/08), o Papa Francisco enviou uma mensagem de pesar ao bispo de Nnewi, Dom Hilary Paul Odili Okeke. Ouça e baixe aqui o podcast: 

Entristecido pelo violento ataque à Igreja Saint Philip, de Ozubulu, Sua Santidade estende suas condolências a todos os fiéis da Diocese de Nnewi, especialmente às famílias da vítimas e aos atingidos pela tragédia e invoca as bênçãos consoladoras para todos”.

A mensagem é assinada pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado.

Conflitos étnicos na raiz do caso

As investigações iniciais apontam como causa da tragédia uma vingança tribal, e não o terrorismo. O local onde ocorreu o ataque não é ameaçado pelo grupo islâmico Boko Haram, que costuma perpetrar atentados contra cristãos e muçulmanos, tem como alvo principal o nordeste do país. Já a Diocese de Nnewi, onde se situa Ozubulu, está no estado meridional de Anambra e é habitada em maioria por cristãos.

Dom Ignatius Ayau Kaigama, arcebispo de Jos, no centro do país, se encontra em Roma e declarou à RV que “o sul da Nigéria é aonde a Igreja Católica está presente há mais tempo; os primeiros missionários chegaram em 1885. Neste território acontecem episódios ligados a questões de terra e agricultura, mas um ataque como este era inesperado”.

Dom Kaigama reza para que esta brutalidade permaneça um ‘caso isolado’ e acrescenta: “Vivemos tantos problemas na Nigéria e não queremos que a tensão aumente. Precisamos de paz porque nosso país tem muitos recursos, que se forem bem usados podem nos fazer viver em paz”. 

(cm)

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Mensagem do Papa aos peruanos: Trabalhem pela unidade!

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Cidade do Vaticano (RV) – Trabalhem pela unidade! Esta é a exortação que o Papa Francisco fez aos peruanos em vista de sua viagem ao país em janeiro de 2018. 

O apelo do Pontífice está contido na videomensagem divulgada pelo Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne.

Francisco expressa o seu “grande desejo” de visitar o país sul-americano: “Vocês são um povo – afirma – que tem muitos recursos. O recurso mais bonito que pode ter um Papa é o recurso dos Santos”. E o Peru tem “tantos e grandes Santos, que marcaram a América Latina. Santos que construíram a Igreja” e a construíram caminhando “da dispersão à unidade”.

“Um Santo – prosseguiu o Papa – trabalha sempre nesta direção: daquilo que é disperso à unidade. Isto foi o que fez Jesus. Um cristão deve seguir por este caminho”.

O Papa convida os peruanos a percorrer este mesmo caminho junto aos tantos Santos deste povo: “Trabalhem pela unidade”. “Quem trabalha pela unidade – explica – olha em frente”, mas se pode também olhar em frente “com ceticismo e amargura”.

Não porém um cristão: “Um cristão olha em frente com esperança, porque espera alcançar aquilo que o Senhor prometeu”. Assim, trabalhem em unidade e esperança!

O Papa Francisco irá ao Chile de 15 a 18 de janeiro de 2018 - visitando as  cidades de Santiago, Temuco e Iquique – e após ao Peru, de 18 a 21 de janeiro, onde visitará as cidades de Lima, Puerto Maldonado e Trujillo. (JE)

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Colômbia: um canto celestial para homenagear Francisco

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Bogotá (RV) – Com um canto celestial, um grupo de monjas quer homenajear o Papa com suas melodias.

Trata-se das Irmãs Comunicadoras Eucarísticas, comunidade fundada há 30 anos, e que se dedica à evangelizar por meio da rádio e da televisão.

Vivendo na Calle na Cali-Buenaventura, as 60 religiosas são adeptas da prática do jejum e são veganas, dedicando-se 24 horas ao Senhor.

“Somos comunicadoras, este é nosso carisma. Dar a conhecer o amor de Deus atráves dos meios de comunicação”, assegura Irmã Gabriela del Amor, Superiora das Comunicadoras Eucarísticas.

“Para mim a música é parte fundamental da mina vida e na mina profissão (…) é a maneira em que me entrego a Deus e a Virgem”, disse por sua vez a Irmã María Valentina, liderança vocal do grupo.

A religiosa, que ficou conhecida por sua participação no “The Voice”, afirma ainda não ser famosa, explicando que “famoso é o Papa, eu sou somente popular, as pessoas se recordam de mim pelo hábito e pelos “cachetes” (ndr - batida dada com a palma da mão, especialmente no rosto ou na cabeça).

Com senso de humor, assegura que a canção que as religiosas dedicarão ao Papa está pronta e que estão ultimando os detalhes da coreografia que apresentarão no Parque Simón Bolívar.

(JE/Radio Caracol)

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Igreja no Brasil



CNBB oferece subsídio para a Igreja acolher a Exortação Amoris Laetitia

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Brasília (RV) - Com o desejo de ajudar na recepção da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece subsídio pastoral à Igreja no Brasil. O objetivo é apresentar uma reflexão serena e objetiva, como o Papa Francisco aconselha, que sirva como instrumento para a acolhida da Amoris Laetitia nas comunidades eclesiais, nas pastorais e nos movimentos, como suporte para os agentes de pastoral.

Partindo da compreensão da família como dom, o subsídio que faz parte da “Coleção Sendas”, da Edições CNBB, situa o cuidado pastoral das famílias no horizonte da conversão pastoral, apresentando ideias-chaves da Amoris Laetitia, alguns serviços pastorais e critérios de discernimento de algumas situações, oferecendo pistas para o conhecimento, na perspectiva da misericórdia.

Segundo o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, com o subsídio pastoral, deseja-se levar a todos os fiéis as belas, contundentes e animadoras palavras do Papa Francisco. “A leitura, a reflexão e os estudos da Exortação são fundamentais para a vida familiar e comunitária”, diz.

Dom Leonardo afirma, ainda, que é com a leitura do subsídio que os padres e os bispos encontrarão orientações seguras, pistas para o discernimento e o convite a assumirem com responsabilidade o acompanhamento dos irmãos e das irmãs que vivem em dificuldade. “O presente subsídio quer nos despertar para uma verdadeira meditação do texto-legenda do papa Francisco e, ao mesmo tempo, deseja manifestar a preocupação pastoral dos bispos”, enfatiza.

O texto foi discutido durante a 55ª Assembleia Geral da CNBB, ocorrida no mês de abril, em Aparecida (SP) e confiado à apreciação do Conselho Permanente, responsável por sua redação e aprovação final. Disponível no site da Edições CNBB, o subsídio conta com temas como “A família como dom”; “A conversão pastoral em Amoris Laetitia”; “Ideias chaves da Amoris Laetitia”; “Serviços pastorais”; “Pistas para o discernimento” e, por último, “A hora da misericórdia”.

“Que este subsídio ilumine a caminhada eclesial das comunidades para que as famílias do Brasil cheguem à vida plena em Cristo e participem na construção do Reino de Deus vivendo a alegria do amor!”, diz um trecho do texto. (CNBB)

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Igreja na América Latina



Venezuela: o povo em fuga do país

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Caracas (RV) - Como tinha prometido o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, removeu do seu cargo a Procuradora-geral Luisa Ortega, acusada de proteger a oposição. “No país está em andamento um golpe contra a Constituição, vou lutar até o último suspiro pela democracia”, denunciou Ortega, histórica expoente chavista e uma das vozes mais fortes contra Maduro. A Procuradoria Geral abrira uma investigação na quarta-feira passada sobre alegações de fraude nas eleições para a Constituinte e pedira que as mesmas fossem canceladas. Para substituir Ortega, foi escolhido Tarek William Saab, próximo a Maduro e ex-defensor dos direitos civis, enquanto para a ex-promotora, que agora está com suas contas bancárias bloqueadas e não pode deixar o país, se prevê um processo. 

Entretanto, continua o êxodo de venezuelanos em direção a países de fronteira.

São, sobretudo a Colômbia, o Equador, o Chile e o Peru os países para onde milhares de venezuelanos estão se dirigindo em fuga de sua pátria. “Uma diáspora sem precedentes” a definiu a Rede que se ocupa das migrações sob a égide do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). Em quatro meses de protestos contra o Presidente Nicolás Maduro, que foram fortemente reprimidos, a crise política e social na Venezuela causou a morte de mais de 120 pessoas, bem como prisões e conflitos indiscriminados. E com o estabelecimento da contestada Assembleia Constituinte, à qual a Santa Sé também pediu a suspensão em “um clima de tensão e conflito”, as condições de vida das pessoas se agravaram ainda mais.

Foge-se da Venezuela porque a situação é “invisível” devido à fome, às desordens, à insegurança social, mas também à violência “por parte de grupos armados”, principalmente “paramilitares apoiados pelo Estado venezuelano”, afirma o Padre Francesco Bortignon, escalabriniano, Pároco em Cúcuta, no norte da Colômbia, na fronteira com a Venezuela. Há 21 anos missionário no país que em setembro receberá a visita do Papa Francisco, Padre Bortignon é o Diretor do Centro para Migração e Acolhimento, Casa de Paso.

R. - A situação da fronteira é realmente difícil, complicada e variável. Existe uma fuga significativa de venezuelanos em direção à Colômbia ou com o sonho de chegar ao Equador, Chile e Peru, porque a situação invisível é devida à fome, à violência e a todas as inseguranças sociais que se verificam na Venezuela nos últimos meses, ligadas em particular, à questão da eleição da Assembleia Constituinte.

P. Há um aumento nos fluxos de migrantes em relação ao passado?

R. - A situação se degenerou dois anos atrás, com uma verdadeira e real “deportação” dos colombianos - provavelmente quatro ou cinco milhões - que viviam e trabalhavam na Venezuela. Foram expulsas pessoas que viviam ali há dez, vinte, trinta anos. Os documentos foram retirados e eles foram “deportados”. Em seguida, começou a emigração dos próprios venezuelanos que, por motivos de fome e de insegurança política, pelas ondas de extrema violência de grupos armados, que são praticamente paramilitares apoiados pelo Estado venezuelano, começaram a fugir do país. Os números são sempre variáveis, no entanto, no nosso Centro de Migração, chegaram cerca de 2.500 pessoas no ano passado. Mas, no que se refere à situação da fronteira em geral, fala-se de uma onda de 27 mil pessoas dois anos atrás. Neste ano, especialmente nos últimos seis meses, não há números exatos. Quando recentemente abriram a Ponte Santo Antônio, aqui perto, todos os dias atravessaram a ponte entre 25 e 30 mil pessoas. Ultimamente, parece que dois, três ou talvez cinco por cento destes 25 mil permanecem aqui na Colômbia com a ideia de ir para o interior do país ou para outros países, como Equador, Chile e Peru.

P. Que tipos de assistência são prestados a essas pessoas?

R. - Prestamos assistência de duas formas diferentes. No Centro de Migração, oferecemos os serviços clássicos de acomodação, garantindo a eles refeições. Temos uma série de pessoas que fornecem orientação do ponto de vista psicológico e jurídico. Outro tipo de assistência ocorre nas paróquias, onde, há 30 anos, seguimos a população mais necessitada. Nós estruturamos um sistema educacional que se ocupa de cerca 4.500 crianças. Nesta área, temos um escritório onde recebemos as pessoas, verificamos a possibilidade de direcioná-las do ponto de vista dos direitos legais, portando no que diz respeito à documentação, incluindo o direito à saúde e acesso à educação. (SP)

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El Salvador: Igreja quer resgatar memória dos "mártires anônimos" da guerra civil

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San Salvador (RV) – O Cardeal de El Salvador, Gregorio Rosa Chávez, disse no domingo que a Igreja deve recuperar a memória de centenas de campesinos assassinados durante a guerra civil (1980- 1992), por divulgar a fé católica.

“Temos uma dívida que devemos começar a pagar o quanto antes: estamos obrigados, por gratidão a Deus e por amor a verdade, a resgatar a memória de centenas de mártires anônimos, a maioria humildes camponeses” assinalou Dom Rosa Chávez, na homilia da Missa que concluiu a Festa do Divino Salvador do Mundo.

Diante das centenas de fiéis reunidos diante da Catedral de San Salvador, o Cardeal sublinhou que estas pessoas, assassinadas principalmente por forças militares, “nunca mancharam as mãos de sangue durante os anos da guerra”.

Peregrinação recorda 100 anos de nascimento de Romero

O purpurado recordou também em sua homilia que entre 11 e 13 de agosto será realizada uma peregrinação de mais de 140 km a partir de San Salvador até Ciudad Barrios, para recordar o centenário de nascimento do Beato Óscar Arnulfo Romero.

Festa do Divino Salvador do Mundo

Na tarde de sábado uma procissão que reuniu milhares de fiéis marcou o ponto alto das festividades patronais da capital salvadorenha, dedicada este ano ao legado deixado pelos mártires católicos da guerra civil. Foram recordados em particular Dom Romero e Rutilio Grande.

As festividades em honra ao Divino Salvador do Mundo, padroeiro de El Salvador, são as mais importantes do país.

As atividades governamentais, por exemplo, ficam paralisadas de 1º a 6 de agosto, enquanto o setor privado para entre os dias 3 e 6.

A hierarquia católica salvadorenha espera que cerca de 500 religiosos, assassinados antes e durante a guerra civil, sejam declarados mártires, porque “deram a vida pela sua fé”, segundo disse o Arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, em março de 2015.

(JE/EFE)

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Costa Rica: Incêndio destroi igreja patrimônio arquitetônico

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San José (RV) – A Igreja de Copey de Dota, na Costa Rica – construção de madeira declarada patrimônio histórico arquitetônico nacional  em 1999, foi destruída por um incêndio de causas desconhecidas no domingo, 6 de agosto.

O Corpo de Bombeiros informou à imprensa que o incêndio iniciou na madrugada e que, apesar dos esforços, 300 m² do templo católico dedicado a São Rafael Arcanjo foram queimados. Não houve vítimas.

A Igreja de Copey de Dota, construída em 1926 em madeira, está localizada na cidade de Dota, cerca de 65 km ao sul da capital San José.

“Cada construção patrimonial que é destruída é uma perda irremediável que causa dor em seus grupos de referência, tanto na comunidade local – que experimenta a perda de maneira mais direta e imediata – como na comunidade nacional, que reconhece seu valor como expressão de referência para todo o país”, disse em um comunicado a Ministra da Cultura Sylvie Durán.

O Centro de Investigação e Conservação do Patrimônio Cultural (CIVPC) investiu na restauração da igreja em 2016.

O Diretor do CICPC, William Monge, esteve no local para verificar o alcance dos danos.

(JE/Efe)

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Igreja no Mundo



Nigéria: ataque em Igreja deixa mortos e feridos

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Abuja (RV) – Ao menos 11 mortos e 18 feridos é o balanço, ainda parcial, das vítimas do ataque ocorrido na manhã de domingo na Igreja de St Philips em Ozubulu, Estado nigeriano de Anambra. 

 

Cerca de 150 fiéis participavam da Missa dominical quando um homem armado com o rosto coberto – segundo uma das versões – entrou no templo e, depois de ter identificado um indivíduo que certamente conhecia, atirou contra ele.

Na fuga, o assassino saiu disparando a esmo contra a multidão, atingindo mulheres e crianças. Outra versão indica que não seria um, mas cinco os homens armados que teriam entrado na igreja.

A polícia exclui o envolvimento de integralistas islâmicos do Boko Haram, atribuindo o ataque ao tráfico de drogas. "Segundo fontes policiais - escreve Sahara Reportes - o alvo do ataque seria o pai de um dos líderes de uma rede de traficantes locais".

Sempre segundo as primeiras reconstituições do ocorrido, o grupo armado estaria atrás de um "um homem rico e conhecido" na região. Não o tendo encontrado em sua residência, acabou localizou-o na igreja onde era celebrada a Missa pouco antes das seis horas da manhã.

O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou este ataque, qualificando-o como “terrível crime contra a humanidade” e de um “indizível sacrilégio”.

Violência nos Camarões

Mas no domingo a violência atingiu também o outro lado da fronteira, na República dos Camarões, quando um kamikaze detonou explosivos matando oito pessoas e ferindo outras quatro.

O ataque ocorreu no povoado de Ouro-Kessoum, a dois quilômetros da fronteira com a Nigéria, região onde os integralistas islâmicos do Boko Haram realizaram nos últimos meses sangrentos ataques, a ponto de que algumas localidades terem sido completamente abandonadas por seus habitantes.

(JE/Agências)

 

 

 

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Jovem jesuíta filipino poderá ser o primeiro Beato pela "oferta da vida"

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Manila (RV) – O jovem jesuíta Richie Fernando, de origem filipina, morto no Camboja em 1996, poderá ser um dos primeiros Beatos segundo as novas normas estabelecidas pelo Papa Francisco em 11 de julho passado com o Motu Proprio "Maiorem hac dilectionem", sobre a “oferta da vida”.

Embora tenha elementos que a assemelhem seja à via do martírio, seja à via das virtudes heroicas, esta nova via pretende valorizar um tipo de testemunho cristão heroico até agora sem um procedimento específico, justamente porque não se enquadra completamente nem na categoria do martírio nem na categoria das virtudes heroicas.

Richie Fernando e a oferta da própria vida

Fernando morreu aos 26 anos enquanto estava no Camboja para completar sua formação. Trabalhava - ao lado da Conferência da Ásia e do Pacífico dos jesuítas - em uma escola para jovens com necessidades especiais.

Em 13 de outubro de 1966 começou uma rixa com um aluno de 16 que havia sido expulso e que para se vingar, entrou na sala de aula cheia de estudantes com uma bomba em mãos. Fernando se lançou sobre ele para servir como escudo, morrendo na explosão.

A Província filipina dos jesuítas deu início ao processo de beatificação pela “oferta da vida”. O anúncio foi dado pelo Superior Antonio Moreno em 31 de julho passado, Festa de Santo Inácio de Loyola. À iniciativa aderiu também o Geral da Companhia de Jesus, Padre Arturo Sosa.

Segundo Padre Moreno, o jovem Fernando representa um exemplo de “oferta da vida”, com um valor que supera as fronteiras das Filipinas e do Camboja.

Do jovem, são citadas as palavras que escreveu em uma carta a um amigo, poucos dias antes da sua morte, onde dizia: “Eu sei a quem pertence o meu coração. Pertence a jesus, que doou-se inteiramente aos pobres, aos doentes e aos órfãos”.

A Igreja nas Filipinas 

As Filipinas e o Timor Leste são os únicos países na Ásia com maioria católica. De fato, cerca de 82% dos 100 milhões de habitantes declaram-se católicos.

O cristianismo arraigou-se no arquipélago com os 333 anos de colonização espanhola.

Hoje, nas Filipinas, estão em atividade 131 bispos e mais de 9.200 sacerdotes. Existem mais de 3.300 comunidades.

A Igreja local está fortemente comprometida com a formação e a pastoral dos pobres.

Não obstante o Estado seja laico, a Igreja exerce uma forte influência na vida política, mesmo que esteja perdendo terreno na política familiar e na moral sexual.

Não obstante o elevado número de católicos, a Igreja venera até agora dois santos de origem local: Laurentius Ruiz e Pedro Calungsod, os dois do século XVII. Fernando, do século XX, quem sabem poderá ser o terceiro filipino a subir à honra dos altares.

(JE/Settimana News)

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Mensagem dos bispos japoneses por iniciativa "Dez dias pela paz"

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Tóquio (RV) - “Através da não-violência, o amor supera a violência”: é o que escreve a Conferência Episcopal Japonesa numa mensagem difundida por ocasião da iniciativa “Dez dias pela paz”, evento anual promovido pelos bispos nipônicos em recordação das vítimas dos bombardeios atômicos sobre Hiroshima e Nagasaki. A iniciativa realiza-se de 6 a 15 de agosto. 

No documento episcopal, assinado pelo arcebispo de Nagasaki e presidente dos bispos japoneses, Dom Joseph Mitsuaki Takami, reitera-se “o apoio da Igreja ao direito a uma existência pacífica, garantida pela Constituição adotada 70 anos atrás”.

Não responder militarmente às ameaças

“A paz não pode ser construída com o poder militar. Por isso, recorro ao governo japonês e às pessoas de boa vontade a fim de que pratiquem um diálogo sincero e duradouro para instaurar a paz na Ásia e no mundo, sem responder militarmente às ameaças de países confinantes ou do terrorismo”, escreve Dom Takami.

Em seguida, a Igreja nipônica recorda os 500 anos da Reforma luterana: um evento que será celebrado em 23 de novembro próximo na Catedral Urakami de Nagasaki. Efetivamente, o lugar de culto acolherá um fórum de diálogo organizado conjuntamente pelos bispos católicos e pela Igreja evangélica luterana do Japão.

Oferecer ao mundo modelo de pacificação

“Nagasaki experimentou a perseguição ao cristianismo e a tragédia atômica do Séc. XX – recorda Dom Takami. Não seria maravilhoso se agora, acolhendo um encontro de oração e de diálogo entre os cristãos, oferecesse também um modelo de pacificação no mundo?”

Ademais, os prelados do País do Sol Nascente olham com preocupação para a lei recentemente aprovada pelo parlamento de Tóquio que pune a conspiração no planejamento de atos terroristas e outros delitos. A nova disposição dá à polícia mandato para prender e monitorar qualquer um, suspeito de estar preparando um crime.

Perigo de sociedade sob vigilância

“Essa lei cria o perigo de uma sociedade sob vigilância que limita os direitos dos cidadãos. No passado, quando o poder estatal violou a liberdade de palavras, de ideias e de credo, o Japão chegou à guerra”, afirmam os bispos.

“É nosso dever deixar a nossos filhos e nossos netos uma sociedade em que os direitos humanos fundamentais, inclusos a liberdade de fé e a dignidade humana, sejam maximamente respeitados, sem se chegar à guerra.”

Prioridade de nações a seus interesses em detrimento da cooperação internacional

“O terrorismo se verifica frequentemente em várias partes do mundo. Mas como as nações dão prioridade a seus interesses, a preocupação é que os países não cooperem para resolver os problemas globais, como o aumento dos refugiados, o tráfico de seres humanos, os abusos e a destruição da Criação”, com graves consequências para as categorias mais vulneráveis, como “as crianças, as mulheres e os anciãos”, reiteram os bispos.

A mensagem conclui-se com o convite à oração e à ação “por uma sociedade justa e pacífica”. (RL)

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Diaconato permanente na Itália: educados para acolhimento e o serviço

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Roma (RV) - “Acolher significa saber tomar pela mão, caminhar juntos, fazer perceber que também nós como Igreja acompanhamos os pobres.” Foi o que ressaltou o arcebispo de Agrigento – sul da Itália –, Cardeal Francesco Montenegro, que é também presidente da comissão episcopal para o serviço da caridade e a saúde e responsável pela Caritas italiana, concluindo em Altavista Milicia – província de Palermo – o Congresso nacional sobre o diaconato permanente.

Foram quatro dias de trabalho – de 2 a 5 de agosto – sobre o tema “Diáconos educados para o acolhimento e a serviço dos enfermos”. O tema do acolhimento esteve no centro do pronunciamento do purpurado.

“Quando uma pessoa se sente acolhida por aquilo que é, além de não sentir-se diferente de nós, se sente amada por Deus”, afirmou. Nessa perspectiva, o responsável pela Caritas italiana explicou o que se entende por “diaconia do acolhimento”:

“Criar relações entre as pessoas para tornar a vida mais humana. Uma vida não acolhida morre, mesmo se biologicamente sobrevive.” Porque – observou – “o acolher não é somente dar uma ajuda generosa, mas demonstrar amizade”.

A esse propósito, o Cardeal Montenegro recordou a visita que o Papa Francisco fez a Lampedusa – extremo-sul da Itália – em 18 de julho de 2013. Naquela ocasião, o Pontífice “quis pobres, imigrados e crianças, não políticos e bispos. Porém, jamais em nossas Igrejas colocamos um aviso nas cadeiras em primeira fila reservando-as aos pobres”.

Portanto, o diácono é chamado a estar “na fronteira da sociedade”. Ele “tem a missão de inserir-se com positividade e com alegria, em nome de toda a comunidade, nas periferias existenciais e materiais do homem do nosso tempo”, ressaltou, por sua vez, o bispo auxiliar da Diocese de Roma e delegado para o diaconato, Dom Gianrico Ruzza.

As periferias não são somente “bairros guetos ou dormitórios, mas também as dificuldades juvenis, o vício em jogos eletrônicos e de azar, o desemprego, o conflito social, as migrações e a marginalização. Qualquer um que é chamado a desempenhar o ministério da consolação deve manifestar a dimensão da compaixão evangélica”, frisou o prelado.

Para a comunidade cristã, e em particular para os diáconos, o desafio indicado é, portanto, “partilhar a condição de fragilidade para promover um caminho que possa levar à plenitude do homem novo em Cristo”.

Mais vezes o bispo auxiliar de Roma  citou o Papa Francisco e indicou que “os diáconos são os protagonistas do sonho do Papa Francisco, sonho de uma Igreja que sabe encontrar caminhos e métodos novos para levar misericórdia.”

Em seguida, convidou os diáconos a passar a atenção do conceito de saúde física e mental para o de “salvação em vista da vida eterna”.

Por fim, dirigiu-lhes outro convite: “Devemos sair da autorreferencialidade, porque o verdadeiro motor deve ser a oração e não uma estratégia organizativa. Devemos ser o viandante que caminha junto com os pobres e sem-teto. Nossa identidade é estar com os outros”. (RL/L’Osservatore Romano)

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Formação



Verbo Filmes, mostrando a Igreja do povo e ao povo

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Cidade do Vaticano (RV) – Para onde a Igreja aponta, a Verbo Filmes segue. Roteiriza, produz e edita filmes e documentários ligados em maioria a questões sociais, Bíblia, catequese, para comunidades e escolas.

Numa ilha de edição em São Paulo, ou com a câmara na mão mundo afora, o missionário e comunicador verbita Cireneu Kuhn concretiza seu sonho de criança. Com 30 anos de ordenação sacerdotal e estudos de Filosofia, Teologia, Comunicação e idiomas, ele ainda se emociona escrevendo, retratando e reconstruindo realidades.

Emoção que ficou palpável quando, em visita à nossa redação, mencionou alguns de seus trabalhos mais recentes e marcantes, como os documentários sobre o assassinato da Irmã Cleusa em Lábrea (AM), a trajetória de Dom Pedro Casaldáliga ou o tráfico de pessoas. Confira aqui a entrevista: 

E aqui, confira o filme "A Irmandade dos mártires":

(CM)

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Porto Alegre: jovens descobrem como "Deus é tocável" dentro de presídio

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Porto Alegre (RV) - Jovens, líderes nos setores diocesanos da Juventude de diversas cidades do Rio Grande do Sul, se reuniram em Porto Alegre, no mês de julho, para a 2ª Semana Missionária Regional. As atividades foram realizadas em conjunto e de forma orgânica com diferentes pastorais da CNBB, Regional Sul 3, e com entidades comprometidas em ações de vulnerabilidade social, seja no trabalho com a mulher, com o morador de rua, com crianças e adolescentes.

A coordenadora do encontro e também do Serviço de Evangelização da Juventude, Regional Sul 3 da CNBB, Irmã Zenilde Fontes, explica que, num primeiro momento, o grupo fez um retiro de preparação para depois partir para a missão na prática e observação de o todo processo de inserção das pessoas em situação de vulnerabilidade na vida em sociedade.

Ir. Zenilde - “Começamos nos preparando como missionários, recuperando a pedagogia da evangelização, através da compreensão do serviço e do diálogo, do anúncio e da comunhão eclesial, olhando a partir de Jesus Cristo, fazendo essa experiência de ser discípulos e missionários. Além disso, um olhar para o nosso projeto de vida pessoal, pontuando muito a questão da escuta e do diálogo, pois não vamos levar Deus, mas promover um encontro para perceber como Deus se manifesta. Os jovens quando eles entram nas realidades, principalmente na do Presídio Central de Porto Alegre. O local tem capacidade para 2 mil presos e temos lá hoje 4800 presos, e as condições para o desenvolvimento dessas pessoas é muito precária. Mas o que não é mostrado pela mídia, são os projetos sociais que existem lá, pois acreditam muito na pessoa e na sua condição de se retomar com dignidade o sonho dessas pessoas.”

Ir. Zenilde conta que os jovens pensavam encontrar um ambiente desumano e muito violento, mas encontraram gestos muito humanos. Segundo ela, um simples movimento de virar a página com esse tipo de olhar é muito significativo para a vida do cristão.

Ir. Zenilde - “Sempre tem uma angústia e medo muito grande pela imagem de perigo que se é criada dos presídios. A partir do momento que a gente entra e começa a conversa com os detentos é um outro movimento porque caem todas as máscaras. Ali eles encontram pessoas que contam sobre suas vidas, que rezam, que participavam de grupos de igreja, mas que erraram e vivem esse atual momento ali. Com a aproximação da conversa – que sempre existe – os jovens saem de lá encantados pela aprendizagem. Os jovens relataram que os presos ofereceram a própria comida na hora do almoço. Esses gestos são muito expressivos e a juventude consegue captar a essência disso tudo. O que a gente precisa manter na nossa Igreja são vivências como essa. A beleza que é rezarem juntos, partilhando e saindo de lá com um outro olhar e, principalmente, descobrindo como Deus é tocável nessas realidades que a gente às vezes olha pelo olhar dos outros e da mídia e com muito julgamento. De fato, é um momento que a gente toca Deus pelo relato dos jovens e pelo brilho das descobertas que vão acontecendo.”

Acompanhe a reportagem especial de Andressa Collet aqui:  

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Card. Hummes: desafios da evangelização da Amazônia após 400 anos de missão

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “O Brasil na Missão Continental” continua trazendo a participação do presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também presidente da Repam – Rede Eclesial Pan-Amazônica, Cardeal Cláudio Hummes, O.F.M

“A Igreja deve pensar com certa agilidade sobre a seguinte questão fundamental: como multiplicar os nossos missionários e missionárias na região amazônica”, afirmou-nos na edição passada o ex-prefeito da Congregação para o Clero e arcebispo emérito de São Paulo.

Para a edição de hoje nosso convidado parte justamente desta questão por ele formulada diante da situação de escassez de ministros ordenados. Dom Cláudio aponta vácuos muito grandes dando destaque para a falta de um pastor que esteja na comunidade junto com o povo de Deus, que anima, que encoraja a comunidade, que chora junto, que reza junto, que festeja e que sonha junto também.

Com missões que vêm de 400 anos, a ausência de sacramentos do cotidiano devido a falta de padres na Amazônia constitui uma urgência que faz sofrer, enfatiza ainda Dom Cláudio. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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