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Sumario del 14/08/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Irmãos migrantes são ocasião de crescimento humano"

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Santa Maria di Leuca (RV) - Centenas de jovens provenientes de vários países europeus e do Mediterrâneo, culturas e orientações religiosas diferentes, estão reunidos para 4 dias de reflexão sobre temas comuns na cidade italiana de Leuca, no extremo sul, aonde ‘termina a Itália’. O encontro se realiza todos os anos e esta edição debate especificamente fraternidade e cooperação, com o tema “Mediterrâneo: um porto de fraternidade”.

A Dom Vito Angiuli, Bispo de Ugento e S. Maria di Leuca, o Papa Francisco enviou uma mensagem elogiando e dizendo-se espiritualmente partícipe da iniciativa.

A mensagem do Papa

“Faço votos que o significativo evento suscite um compromisso cada vez mais generoso em favorecer a cultura da acolhida e da solidariedade, promovendo a paz e a fraternidade entre os povos.

Encorajo a comunidade cristã deste território, os jovens provenientes de países do Mediterrâneo, e todas as pessoas de boa vontade, a considerar a presença de tantos irmãos e irmãs migrantes como uma oportunidade de crescimento humano, de encontro e de diálogo, assim como uma ocasião para anunciar e testemunhar o Evangelho da caridade.

Com estes sentimentos, encorajo a prosseguir com generosidade no caminho do bem; invoco a proteção da Virgem Maria para todos os participantes da iniciativa, que produzirá a ‘Carta de Leuca’ e concedo a minha a Bênção Apostólica”.

Peregrinação

Na noite entre 13 e 14 de agosto, se realiza a peregrinação entre o túmulo de Dom Tonino Bello (bispo de Molfetta, falecido em 1993 e com causa de beatificação em curso) e a Basílica Santuário de Santa Maria di Leuca - De Finibus Terrae.

Comunidade de Santo Egídio

Com a participação da Conferência Episcopal Italiana, Pax Christi, Migrantes, Caritas Italiana e outras realidades, o evento quer ser um testemunho do trabalho da Comunidade de Santo Egídio, que cria ‘corredores humanitários’ para consentir a quem foge das atrocidades da guerra imigrar com segurança.

O documento final, síntese de diversas culturas, sensibilidades e crenças religiosas, será transformado em apelo a políticos e governos para que construam um futuro de paz, à maneira de Dom Tonino Bello.

#cartadileuca

(CM)

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Com tweet sobre entrega ao Senhor, Papa recorda São Maximiliano Kolbe

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Cidade do Vaticano (RV) –  Com o tweet  “O caminho para entregar-se ao Senhor começa todos os dias, desde a manhã”, o Papa Francisco recorda São Maximiliano Kolbe, cuja memória litúrgica é celebrada pela Igreja este 14 de agosto, véspera da Festa da Assunção.

Ao final do Angelus em 14 de agosto de 2016, o Papa assim recordou-se do santo franciscano: “Nos sustente no nosso caminho o exemplo de São Maximiliano Kolbe, mártir da caridade, cuja festa recorre hoje: que ele nos ensine a viver o fogo do amor por Deus e pelo próximo”.

São Maximiliano Kolbe foi morto no Campo de Concentração de Auschwitz em 1941, depois de oferecer a sua vida em troca daquela de um pai de família. Ele foi beatificado pelo Papa Paulo VI em 17 de outubro de 1971 e canonização por São João Paulo II em 10 de outubro de 1982.

“Cavaleiro da Imaculada”. Um homem de alma nobre como a sua, não poderia ter concebido outro título para a sua pequena revista dedicada a Mãe Celeste, que desde pequeno havia aprendido a amar. Maximiliano Kolbe foi um cavalheiro no sentido mais elevado da palavra, até o último respiro.

Cavaleiro na vanguarda

Cavaleiro no criar, sob o nome e a proteção da Imaculada, a sua “Milícia”, em um tempo em que – era 1917 – a Europa era atravessada por exércitos durante I Guerra Mundial.

Maximiliano, de caráter sociável e otimista, entende que para combater a propaganda totalitária que logo depois do pós-guerra começava a se propagar, era necessário o empenho pastoral dos franciscanos - para os quais entrou – seja sustentado por uma maior difusão, pelo uso da tecnologia à disposição, que na época queria dizer jornal e rádio.

Milicianos de Maria

Maximiliano é inteligente, bravo no estudo, mas a tuberculose que o debilita desde jovem, o impede de pregar ou ensinar.

Os Superiores permitem então que ele se dedique à sua “Milícia”, que não deixa de recolher adeptos onde quer que seja conhecida, e também conhecido e estimado é o seu propagador, desde pelos professores até os estudantes, dos agricultores semianalfabetos aos profissionais. E é neste ponto que o religioso polonês implanta sua sala de impressão. Em 1921 sai o primeiro número do “Cavaleiro”.

Do Japão à Índia

Rapidamente tudo cresce. Um outro nobre por título, um conde, doa a ele um terreno, usado para fundar a “Niepokalanow”, a “Cidade de Maria”, enquanto as espartanas cabanas tornam-se construções de material e a velha impressora transforma-se em uma moderna tipografia.

Padre Kolbe fica motivado para levar os “Cavaleiros” da sua Milícia até o Japão e Índia, mas a doença o leva à Polônia precisamente quando o Exército de Hitler está para invadir a Polônia. Os nazistas destroem a publicação e sobretudo perseguem os franciscanos que dão acolhida a 2.500 refugiados, 1.500 deles judeus. Em 17 de fevereiro de 1941, Padre Maximiliano Kolbe é preso e em 28 de maio abrem-se para ele os portões de Auschwitz.

Príncipe entre os horrores

Naquela gaiola dos horrores, o Cavaleiro vive a sua última e mais nobre etapa de sua existência. Perde o nome e se torna um número, o 16670, é submetido à violências e lhe é designado o transporte de cadáveres no forno crematório.

Mas no lugar onde a arte da crueldade é voltada a brutalizar, a grande dignidade do sacerdote e ser humano Padre Maximiliano, desponta como um diamante: “Kolbe era um príncipe entre nós”, contará mais tarde uma sobrevivente.

Somente o amor cria

O final é conhecido. Transferido no final de julho ao Bloco 14, onde os prisioneiros eram envolvidos nas colheitas nos campos, quando um deles consegue escapar, por represália 10 acabam em um bunker, condenados a morrer de fome.

Um dos escolhidos é o jovem sargento polonês, Francisco Gajowniezek, que chora e suplica ao lagherfurher para poupá-lo, porque tem mulher e filhos. A este ponto, o Padre Kolbe pede para descer no bunker em seu lugar, para surpresa dos soldados.

O martírio é lento. Consolados pelo encorajamento e pelas orações recitadas pelo Padre Maximiliano, as vozes vão se esfriando uma após outra, até apagar. Depois de duas semanas, resistem ainda quatro, um deles é o Padre Kolbe.

Os SS decidem injetar nele ácido fênico. Estendendo o braço ao médico que está para matá-lo diz: “Você não entendeu nada da vida. O ódio não serve para nada. Somente o amor cria”.

As suas últimas palavras foram: “Ave Maria”. É 14 de agosto de 1941. O corpo do Cavaleiro é cremado no dia seguinte, Festa da Assunção. (JE/AC)

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Card. Amato em Aparecida: América Latina, continente radicalmente cristão e mariano

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Aparecida (RV) – Com as palavras daquele hino à liberdade que é o Magnificat, “na América Latina a piedade mariana pode se transformar legitimamente em grito de libertação para superar as estruturas de divisão e de pecado existentes em vários níveis”. Porque “o abismo entre ricos e pobres, a situação de intimidação em que vivem os mais fracos, as injustiças, as omissões e as submissões humilhantes que eles sofrem, contradizem radicalmente os valores da dignidade pessoas e da solidariedade fraterna” que “o povo latino-americano traz no coração como imperativos recebidos do Evangelho”.

Assim pronunciou-se o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, ao concluir no sábado no Santuário de Aparecida o 11º Congresso Mariológico.

Diante do atual aumento da pobreza, “agora é a hora propícia para uma nova fantasia da caridade que, para além do socorro, tenha a capacidade da proximidade, da acolhida, da solidariedade com quem sofre, de forma que o gesto de ajuda seja percebido não como óbolo humilhante, mas como fraterna partilha”.

Pobreza, termômetro para julgar a renovação da Igreja pós-conciliar

Relançando “a relevância teológica e pastoral da pobreza para uma renovada evangelização da sociedade contemporânea”, o purpurado antes de tudo fez presente como “em todos os continentes a comunidade eclesial é chamada a considerar e a viver a pobreza como a estrutura portadora da mensagem evangélica hoje”.

“A relação Igreja-pobreza – observou a seguir – não se alicerça em razões socioeconômicas ou políticas, mas na fé em Cristo”. De fato hoje, sublinhou, “a pobreza aparece como o termômetro para julgar a renovação da Igreja pós-conciliar”.

Magnificat, hino à pobreza espiritual

“Jesus desde a sua infância é rodeado por pessoas humildes e pobres, a primeira entre todos Maria, sua Mãe”, recordou ele. Maria, por isto, “pertence ao grupo de fiéis com um coração de pobre: o Magnificat acolhe as aspirações dos pobres e é um hino à pobreza espiritual”. Nossa Senhora “é a pobre ideal do Reino de Deus”, tanto que justamente “no Magnificat ela expressa a realização do programa da redenção”.

E assim – explicou – “o Deus exaltado no Magnificat é o Deus que rompe as fronteira da raça para estender os benefícios da salvação a toda a humanidade”.

Concretamente, “é o Deus que privilegia os oprimidos e os humilhados e inverte as situações injustas criadas pelos poderosos”. E “também os lugares e as circunstâncias de alguns acontecimentos fundamentais da redenção – como Nazaré, Belém, o refúgio em uma gruta-estrebaria, o nascimento de Jesus em uma manjedoura  - fazem explícita referência à pobreza: trata-se de locais privados de glória”.

Maria, além disso, “é uma jovem de província comprometida com o artesão José e vive na periferia, em Nazaré, um povoado distante de Jerusalém, das suas riquezas e das suas instâncias de poder”.

Eis que “Deus se manifesta na promoção dos pobres e no rebaixamento dos não-pobres, e no Magnificat aos orgulhosos é reservada a humilhação e aos pobres e aos humildes a glorificação”.

Pobreza, disponibilidade em acolher a manifestação de Deus

“A valorização dos pobres, com os quais Cristo identificou-se para participar a sua graça – afirmou o Cardeal – não é a exaltação da pobreza e da miséria, mas o reconhecimento do valor espiritual de não ter, de não poder e de não saber no quadro de uma religiosidade iluminada por Deus”.

A pobreza, “diferentemente do ideal da riqueza proposto pelos sábios deste mundo, é a disponibilidade em acolher a manifestação de Deus”.

Justamente “a atitude de Maria e dos outros protagonistas das narrativas do Evangelho, é o espelho que reflete e engrandece a fé da Igreja, chamada ao seguimento de Cristo também nisto”.

Igreja, fonte inexaurível de obras de misericórdia

Desde sempre a Igreja “mostra o ágape de Deus na caridade pelos necessitados”, tanto que – observou o purpurado – “a história documenta, mediante personagens e grupos, que a Igreja é fonte inexaurível de obras de misericórdia corporal e espiritual”.

Além da esmola, “promoveu uma cultura da partilha” da qual “a humanidade tem sempre mais necessidade”.

Igreja na América Latina “sob o sinal da Mãe de Deus”

Falando em um contexto latino-americano, o Cardeal Amato recordou como a Igreja no continente está “sob o sinal da Mãe de Deus, a “Morenita”, como a Virgem é afetuosamente chamada pelos mexicanos”. É considerada, por todos efeitos, como “Mãe da América Latina e Mãe da Igreja na América Latina, autêntica estrela da evangelização”.

“Poucos anos após a descoberta da América – observou o purpurado – e apenas dez anos após a conquista do Império asteca, de fato, em 1531 acontece a aparição da Virgem de Guadalupe ao índio Juan Diego, na colina de Tepeyac, ao norte da Cidade do México”.

Maria marca início de novo cristianismo

Ela “marca o início vitorioso de um cristianismo ‘novo’”. A sua novidade “é essencialmente teológica: não devia-se tratar, de fato, da simples continuação do cristianismo europeu, mas de um cristianismo profundamente inserido também na cultura e na vida do povo indígena”.

Nossa Senhora indica assim “o princípio formal de cada nova evangelização cristã, que diz encarnação total da fé no espaço e no tempo, na linguagem, nos símbolos culturais e na “carne” dos novos povos”.

América Latina, continente radicalmente cristão e mariano

O purpurado então, relança “a dimensão popular do cristianismo latino-americano, em que Maria é vista como parte integrante não somente da fé do povo, mas da sua história, da sua cultura e da sua própria alma: a América Latina é um continente radicalmente cristão e mariano”.

E “a religiosidade popular mariana aparece como uma autêntica “sabedoria cristã” e um verdadeiro “instinto evangélico”: é vínculo de união das multidões, realizando a universalidade concreta do anúncio cristão”.

Precisamente a partir desta consideração “deriva que a religiosidade do povo latino-americano muitas vezes se transforme em um grito por uma verdadeira libertação”, explicou o Cardeal.

Magnificat, carta magna da liberdade dos filhos de Deus

É um fato, ademais, que “o Cântico do Magnificat se revele como a carta magna da liberdade dos filhos de Deus: nele é expressa a alegria pela libertação operada pelo Senhor que salva os oprimidos e humilha os opressores e os poderosos, e que está sempre do lado dos humildes e dos pobres”.

E justamente “mediante o Magnificat, Maria se torna nossa contemporânea: a autêntica espiritualidade deste hino, de fato, não é intimista ou passiva, contém pelo contrário uma carga altamente dinâmica e libertadora”.

Maria, portanto – conclui o Cardeal Amato – “é uma mulher forte e corajosa, que invoca a justiça de Deus sobre os opressores dos pobres; é uma mulher comprometida, que saber tomar as suas decisões”.

Como Deus, “também Maria se coloca do lado daqueles cuja dignidade deve ser recuperada por quem a justiça deve ser feita: somente assim se antecipa e se historiciza o Reino de Deus neste mundo. "

(JE – L’Osservatore Romano)

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Fenômeno das migrações é mundial e pertence à história da humanidade

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Fátima (RV) – “A Igreja “não pode ficar alheia à situação dos migrantes no mundo”, afirmou em Portugal o Arcebispo Rino Fisichella.

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, presidiu em Fátima no último final de semana à solene Peregrinação Aniversária de agosto que teve como tema: “Santa Maria, Mãe de Deus”.

“O fenômeno da migração é mundial e pertence à história da humanidade e analisando os últimos anos significa um grande desafio. O fenômeno de migração que agora vivemos é determinado a maior parte das vezes pela guerra e pela falta de dignidade”, reiterou Dom Fisichella na apresentação da Peregrinação dos Migrantes e Refugiados, citado pela Agência Ecclesiae.

No contexto das dificuldades que obriga pessoas e povos a deixarem as suas terras, o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização explicou que “não se pode olhar para o lado”.

“Hoje no mundo milhões de pessoas estão privadas de dignidade, sem trabalho e a minha presença em Fátima quer recordar o grande papel que o Santuário tem na evangelização que é comum a toda a igreja”, afirmou.

Enfatizando que o Evangelho “ensina” a enfrentar as situações difíceis, o prelado referiu que “pede também para abrir o coração”.

A Peregrinacão do Migrante e do Refugiado é o momento mais visível da (45ª) Semana Nacional das Migrações que se concluiu no domingo com o tema ‘Acolher o futuro - Novas gerações migrantes são o amanhã da humanidade’.

Para o bispo da Diocese de Leiria-Fátima os migrantes e refugiados tocam “todos os continentes” e assume cada vez mais “as dimensões de problema mundial dramático” e, de modo particular, “os mais frágeis, os jovens e o seu futuro”.

O prelado observou que a paz é uma prioridade “clara e urgente” que está “periclitante” em várias partes do mundo, “não só no Médio Oriente” mas também na Ásia, concretamente na Coreia do Norte com o “conflito possível” e na Venezuela que vive uma situação que pode “resvalar facilmente em guerra civil ou ditadura”.

A peregrinação internacional de agosto, que engloba a peregrinação dos migrantes e refugiados, continuou na noite de sábado com a bênção solene das velas e rosário às 21h30 na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas, e a Eucaristia uma hora depois.

Também foi realizada uma vigília a partir da meia-noite com adoração, Via-Sacra e uma celebração mariana. No domingo, a Obra Católica Portuguesa das Migrações convidou para uma Jornada de Solidariedade.

(Com Agência Ecclesia)

 

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Dom Fisichella confiante que em breve Ir. Lúcia "possa receber o reconhecimento que lhe é devido"

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Fátima (RV) – O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Arcebispo Rino Fisichella, afirmou no sábado em Portugal estar confiante numa rápida resolução do processo de canonização da Irmã Lúcia de Jesus, vidente de Fátima.

“Estamos confiantes que rapidamente também a Serva de Deus, Irmã Lúcia, possa receber o reconhecimento que lhe é devido e assim também na santidade os três pastorinhos estejam reunidos como outrora”, afirmou Dom Fisichella na Capelinha das Aparições.

Ao participar da quarta Peregrinação Internacional Aniversária do centenário das aparições, o prelado começou por assinalar que os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto “são santos para toda a igreja”.

“A fé e a palavra do Papa atestam que eles estão no paraíso de onde intercedem por nós”, acrescentou o arcebispo italiano.

O presidente do Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização sublinhou  o exemplo dos pastorinhos que foram “objeto de escárnio, de dúvidas, violência gratuita” mas a “simplicidade” da sua narrativa e a sinceridade das suas pobres vidas “conquistaram o coração de tantas pessoas”.

“Maria, a mãe de Deus serviu-se deles para nos fazer chegar o pedido de oração. Nestes dias estamos aqui na Capelinha diante dos olhos amorosos da linda Senhora vestida de branco para rezar”, desenvolveu.

“Santa Maria, Mãe de Deus” é o tema da Peregrinação Aniversária de Agosto que começou no sábado e recorda a quarta aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto e Lúcia.

“Peçamos-lhe a graça de aprender cada dia a rezar sem nos iludirmos de já o sabemos fazer”, acrescentou.

“Já passaram cem anos, mas aqui nada mudou, observou. A grandiosidade do santuário modificou a fisionomia do espaço de oração. A Cova da Iria está transformada mas tanto no passado como hoje viemos aqui para rezar à Virgem”.

Também na Capelinha das Aparições, o bispo de Leiria-Fátima explicou que a peregrinação é “um momento privilegiado” para fazer a experiência “da ternura e da misericórdia da mãe”.

O bispo diocesano pediu que tivessem como “especial intenção” as vítimas dos incêndios, quem os combate, a paz no Médio Oriente e “os cristãos perseguidos na Nigéria e na República Centro Africana”.

O Serviço de Peregrinos do Santuário de Fátima informa que inscreveram-se na Peregrinação Aniversária de agosto 158 grupos, num total de 13912 peregrinos  provenientes de diversos países da Europa, África, Ásia e América.

O encontro do sábado e domingo é também conhecido como a Peregrinação do Migrante e do Refugiado e realiza-se na 45ª Semana Nacional de Migrações 2017 com o tema ‘Acolher o futuro - Novas gerações migrantes são o amanhã da humanidade’.

A peregrinação continua com a bênção solene das velas e rosário às 21h30 na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas, missa internacional e uma vigília pela madrugada.

A peregrinação de agosto ao Santuário de Fátima terminou no domingo com o concerto ‘Rainha dos Céus, Alegrai-vos’, interpretado pelo coro Regina Coeli, às 15h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

(Com Agência Ecclesia)

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Igreja no Brasil



Mons. Viganò abrirá o 10º Muticom em Joinville

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Joinville (RV) - Entre os dias 16 e 20 de agosto de 2017, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Diocese de Joinville realizam a 10ª edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom). É a primeira vez que Santa Catarina recebe o evento.

Com o tema “Educar para a Comunicação”, o 10º Muticom tem como objetivo auxiliar no uso das novas tecnologias e também na formação do senso crítico para evitar a manipulação e auxiliar na compreensão do verdadeiro potencial da comunicação e de cada meio de comunicação. Além de um conteúdo teórico de qualidade, o Muticom prevê noites culturais, turismo e integração para os comunicadores.

Programa

O Mutirão Nacional de Comunicação tem como atividades principais: uma conferência de abertura, painéis no período da manhã onde são debatidos grandes temas, seminários temáticos, oficinas práticas e grupos de trabalho e feira de produtos e serviços onde são expostos produtos e serviços na área da comunicação da região.

Participantes

Participam do evento bispos, presbíteros, religiosos e leigos, agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom), todas as pastorais e movimentos eclesiais, estudantes, pesquisadores e profissionais da comunicação, movimentos populares, organizações governamentais e não governamentais, sindicatos, associações culturais, entre outros.

Monsenhor Dario Viganò, Prefeito da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, vai palestrar na conferência de abertura do Muticom com o tema “A Comunicação na Igreja na perspectiva do Papa Francisco”.

Em entrevista a Silvonei José, ele antecipa os temas da mensagem que deve passar aos comunicadores do Brasil sobre a comunicação na Igreja e a reforma que está realizando na mídia vaticana.

Ouça aqui: 

“Digamos que é um momento muito importante para mim, como Prefeito da Secretaria para a Comunicação, porque me encontro, nesta grande reunião, em um grande momento de trabalho comum dos comunicadores da grande nação do Brasil. E como eles, vamos pensar precisamente como a Igreja pode aprender novamente a comunicar na forma de testemunho, exatamente segundo o paradigma do Papa Francisco. Haverá um momento inicial para analisarmos juntos as características específicas do modo de comunicar do Papa Francisco; e em seguida, apresentarei a reforma que o Papa quis, que já está quase na metade do caminho: uma reforma na mídia vaticana para obtermos um novo sistema de comunicação na cultura digital”.

Qual seria a característica da comunicação do Papa Francisco?

“Papa Francisco tem, de certa forma, uma capacidade de redefinir os códigos e as formas de comunicação: ou seja, deixando de lado convenções, usando com criatividade episódios, de modo particular parábolas e metáforas, porque este modo de contar as coisas facilita a relação com o próximo, reduz as distâncias: faz do interlocutor uma pessoa com quem entrar em diálogo, sentindo-se  perto. Não devemos esquecer que a modalidade narrativa do Papa Francisco tem sempre um estilo muito pragmático, não é nunca voltada para si, mas é sempre provocatória, o que gera um efeito concreto a nível de vida. De certa forma, quer oferecer a chance para, sabendo algo a mais e encontrando o Evangelho da Misericórdia, as pessoas possam também realizar em suas vidas gestos e caminhos de misericórdia”. 

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Igreja na América Latina



REPAM e bispos contestam rodovia em território indígena na Bolívia

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La Paz (RV) – Seis anos depois de desistir da empreitada, o Presidente boliviano Evo Morales assinou domingo (13/08) a lei que autoriza a construção de uma rodovia que atravessa a floresta Amazônica e corta o Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS)

A norma derroga o caráter de ‘intangível’ do Território Indígena localizado na área a permite a construção da estrada nesta reserva natural de 1,2 milhão de hectares nos departamentos de Beni e Cochabamba habitada pelos povos Chiman, Yuracaré e Mojeño Trinitario.

As duas versões

Segundo o governo, a rodovia deve integrar a área ao território nacional e incrementar serviços como saúde, educação, água potável e projetos produtivos. Enquanto Morales promulgava a nova lei, nas ruas de Trinidad indígenas do TIPNIS, ativistas ambientais e residentes marchavam contra a Lei 266 porque consideram que a rodovia vai permitir apenas a ampliação dos cultivos de coca. Segundo o último informe da Agência das Nações Unidas Contra a Droga e o Delito (UNODC), as plantações ilegais aumentaram em 150% de 2015 a 2016.

A contrariedade dos bispos

Nos últimos dias, Dom Sergio Gualberti, arcebispo de Santa Cruz de la Sierra,  e toda a Conferência Episcopal, expressaram preocupação com a intenção de anular a salvaguarda do TIPNIS. Parque nacional desde 1965, o TIPNIS era território indígena protegido desde 1990. Segundo a Igreja, “a estrada representa uma séria ameaça ao meio ambiente, e não um progresso para os povos indígenas”. 

A posição da REPAM

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) também se posicionou frente à questão, com uma nota contrária à concessão da reserva à iniciativa privada para explorar seus recursos naturais.

“Fiéis a nossa vocação como Igreja e inspirados na Encíclica Laudato Si de Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum, acompanhamos as posições corajosas dos Bispos da Bolívia, que há muitos anos insistem no respeito aos Povos Indígenas e comunidades, na defesa dos seus territórios e no cuidado com a natureza, através de suas Cartas Pastorais (El Universo don de Dios para la vida, 2012; Tierra Madre fecunda para todos, 2000, etc.)”.

Consulta forjada 

O governo justifica a decisão de cancelar a intangibilidade alegando que foi realizada uma consulta aos povos residentes, que teriam em grande parte aprovado a realização da obra. Mas a REPAM afirma que a consulta foi forjada. 

Entre as 36 comunidades do TIPNIS, 22 revelaram que os delegados do Governo os enganaram com respeito a “intangibilidade”, e além disso, a consulta: 

- Não foi prévia, porque dois anos antes da consulta, já estava definido o contrato com a empresa brasileira responsável por uma parte da construção da rodovia.

- Não foi livre, porque houve fatos coercitivos e não se respeitou os usos e costumes das populações indígenas com seus próprios mecanismos de consulta;

- Não foi comunicada, porque não se informou, adequada e transparentemente, às comunidades sobre o impacto ambiental que a obra vai provocar;

- E tampouco foi de boa-fé. Aos indígenas diziam-lhes que a manutenção da intangibilidade do TIPNIS, impediria a eles de caçar, pescar, construir ou fazer obras no lugar (o que constitui uma falsa informação), mas, por outro lado (sem o mínimo de claridade a respeito), afirmavam que rejeitar a intangibilidade significava aceitar a construção da carreteira.

O alerta da REPAM

A perda do estatuto da intangibilidade do TIPNIS, a construção da estrada e a abertura a concessões extrativistas destinadas ao monocultivo, significarão sem dúvida, a gradativa devastação de suas reservas naturais que são vitais para as comunidades. 

Em defesa do território e seu povo 

Os membros da Igreja no território boliviano, membro da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), expressam claramente que o prometido desenvolvimento e apoio a promoção dos povos indígenas que habitam o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) como resultado da construção da rodovia é uma mentira, ou pelo menos, é uma falácia para a maior parte dos habitantes, pois esta via de comunicação alcança a poucas comunidades. Eles denunciam, e nós denunciamos com eles, identificando-nos como uma só Rede Eclesial Pan-Amazônica, pois sabemos que o interesse prioritário é facilitar os processos de monocultivo da folha de coca, e um descaso ao autêntico bem-estar dos legítimos proprietários e habitantes do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS).

Confira aqui o vídeo com o  tema musical interpretado por luis rico para a marcha indígena realizada em 2011 desde oTIPNIS até La Paz:

(CM)

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Card. Ezzati: relançar legado de paz e harmonia de Romero

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San Salvador (RV) – “A herança de Romero ao povo salvadorenho deve ser relançada por todos aqueles que querem viver em paz e em harmonia”, disse o enviado especial do Papa Francisco Cardeal Ricardo Ezzati, na Missa conclusiva da peregrinação pelo centenário de nascimento do Beato Óscar Arnuldo Romero. 

Peregrinação ao local de nascimento de Romero

De fato, milhares de peregrinos participaram da “Caminhada ao berço do profeta” – Ciudad Barrios – pequena cidadezinha rural onde há cem anos nascia Dom Romero.

Após 150 quilômetros percorridos em três dias – partindo da capital San Salvador -  centenas de fiéis, guiados pelo Cardeal Gregorio Rosa Chávez (Arcebispo auxiliar de San Salvador) participaram da celebração eucarística num clima de fervor e de festa, ao lado da imagem do “Profeta da Pátia”.

O purpurado chileno, ao chegar em Ciudad Barrios, congratulou-se com os fiéis que, que sob sol e chuva participavam deste ato de fé.

Igreja em saída

“Vocês se colocaram em marcha e a Igreja que o Papa Francisco sonha é justamente uma Igreja que está em caminho, que abre as suas portas, que vai à periferia, que é missionária e que anuncia a alegria a todos”, disse o Cardeal.

Presença de jovens surpreende Cardeal

Em sua homilia, Dom Ezzati reiterou a surpresa pela participação de tantos jovens na peregrinação e agradeceu ao Beato Romero por permitir a tantos fiéis de cumprir bem o próprio destino.

“Deus quer que a meta de nosso caminho não seja simplesmente o poder de um sobre o outro, não seja a violência que esmaga os humildes, não seja a corrupção que não permite que um povo caminhe em paz e fraternidade”.

“O Senhor – acrescentou – nos convida a ser construtores da paz e da justiça”.

Ao concluir sua reflexão, o enviado do Papa recordou o Beato Romero como “um grande pastor”. “Obrigado irmão bispo, testemunha de Jesus Cristo, pastor fiel e, como ouvi de tantos de vocês, profeta desta grande pátria”.

(JE)

 

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Igreja no Mundo



EUA: Bispos condenam ataque em Charlottesville e apelam à calma

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Washington (RV) -  O episcopado estadunidense manifestou sua indignação e preocupação pelos “abomináveis atos de ódio” ocorridos no sábado em Charlottesville, Virgínia, quando um jovem guiando um automóvel investiu contra uma multidão que protestava contra uma manifestação racista que defendia a supremacia branca.

“Em nome dos Bispos dos Estados Unidos, uno-me aos líderes de todo o país para condenar a violência e ódio que provocaram uma morte e diversos feridos em Charlottesville, Virgínia, disse o Cardeal Daniel Di Nardo, Bispo de Galveston-Houston e Presidente Da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos

"Oferecemos nossas orações pela família e pelos entes queridos da pessoa que foi morta e por todos aqueles que ficaram feridos", disse Dom DiNardo. "Nós unimos a nossa voz a todos aqueles que pedem a calma".

Na noite anterior ao protesto de sábado, um grupo de ativistas anti-racismo havia realizado uma vigília de oração em uma igreja no campus da Universidade da Virgínia em Charlottesville. Centenas de homens brancos, carregando tochas, marcharam em direção à igreja e ao parque gritando slogans como "Sangue e terra", que era usado pelos nazistas.

Os supremacistas se dispersaram, mas voltaram na manhã seguinte, quando o protesto assumiu um carácter mais violento. Um contramanifestante foi morto quando um carro atingiu intencionalmente uma multidão.

"Os atos abomináveis do ódio em Charlottesville são um ataque à unidade da nossa nação e, portanto, nos convidam a todos a uma fervorosa oração e ação pacífica", disse Di Nardo.

"Os bispos estão com todos os que são oprimidos pela ideologia do mal e confiam a todos os que sofrem as orações de São Pedro Claver, quando nos aproximamos do seu dia de festa. Também estamos prontos para trabalhar com todas as pessoas de boa vontade para acabar com a violência racial e para construir a paz em nossas comunidades ".

Claver era um jesuíta e missionário espanhol no século XVII, considerado o Santo padroeiro dos escravos e do ministério para os afro-americanos. Sua festa é celebrada em 9 de setembro.

Dom DiNardo também mencionou em sua declaração que os bispos dos EUA lançaram uma força-tarefa no ano passado, depois de uma série de tiroteios envolvendo policiais em todo o país o que elevou o nível das tensões raciais. "Devemos trabalhar pela unidade e harmonia em nosso País e em nossa Igreja ", disse DiNardo.

Em Charlottesville, pelo menos uma paróquia católica havia emitido um alerta de segurança para a Missa no final da tarde de sábado.

"À luz da situação violenta que se desenrola em Charlottesville, pedimos que todos tenham a máxima precaução ao decidir participar da missa da Vigília das 17h15", advertiu uma declaração da paróquia de Santo Tomás de Aquino.

"A missa será realizada como de costume, mas apenas compareça se você sentir que pode fazer isso com segurança. Recomendamos que todos fiquem em casa e evitem qualquer perigo potencial ".

Lideranças católicas de todo o país também condenaram o ocorrido e apelaram à calma, por meio de mensagens veiculadas pela imprensa e nas redes sociais.(JE)

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Auschwitz: jovens protagonistas da paz, a exemplo de Pe Kolbe

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Cracóvia (RV) – A Fundação Maximiliano Kolbe está organizando em Auschwitz, desde o dia 11 até 16 de agosto, um workshop para promover o diálogo, a reconciliação e a paz. 

Os protagonistas são jovens provenientes de 14 países, entre os quais Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, Alemanha e Polônia.

Quatro participantes enviados pelo Conselho Inter-religioso da Bósnia-Herzegóvina representarão as comunidades sérvio-ortodoxa, católica, muçulmana e judaica.

O Arcebispo de Bamberg e Presidente da Comissão Igreja no Mundo da Conferência Episcopal alemã, Dom Ludwig Schick, recorda sobretudo o quanto é importante hoje conhecer o passado para promover a reconciliação.

“Há ainda muito a ser feito na Europa em relação a isto, sublinha o prelado. Não existe paz e a paz não se mantém sem um esforço constante. A reconciliação e a paz são um compromisso permanente e não têm prazo de validade. Quem negligencia este compromisso, perde a paz”.

O trabalho da Fundação que recebe o nome do Santo mártir franciscano - que ofereceu a sua própria vida no Campo de Concentração de Auschwitz – é voltado sobretudo às novas gerações.

“Os jovens de toda a Europa – sublinha Dom Schick – devem tornar-se protagonistas de paz. E isto também para além das fronteiras europeias: na África, na Ásia e na América do Sul”.

Neste sentido – acrescenta o Arcebispo – “Auschwitz é um local onde se pode ver as terríveis consequências da discórdia entre as pessoas, etnias e nações. Auschwitz mostra mais do que qualquer outro lugar ao mundo a que ponto os homens podem fazer mal aos outros. O horror de Auschwitz não deve repetir-se em nenhum outro lugar do mundo. São Maximiliano Kolbe é o nosso padroeiro e o nosso exemplo”.

Participam do encontro, entre outros, o Primaz da Igreja Católica na Polônia, Dom Wojciech Polak, que no domingo (13) falou sobre o papel da Igreja na elaboração de um significativo processo de reconciliação e de superação de um passado tão marcado pela violência.

Dom Schick guiou esta segunda-feira, 14 de agosto – memória litúrgica de São Maximiliano Kolbe – a procissão que, com um percurso que levou diversas horas, partiu do centro de Oświęcim dirigindo-se até a praça onde o sacerdote franciscano ofereceu a sua vida em troca de um pai de família condenado à morte, no Campo de Concentração de Auschwitz.

(JE - L'Osservatore Romano)

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Igreja na África do Sul prepara mini-JMJ

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Durban (RV) – A Conferência Episcopal da África do Sul (SACBC) lançou uma campanha de preparação em vista da mini-Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em Durban, de 3 a 10 de dezembro do corrente.

O objetivo é exortar os jovens a participarem em grande número na JMJ, “uma experiência especial” que reunirá participantes da África do Sul, Botswana, Swaziland, Lesoto, Namíbia, Malaui e Zimbabwe.

Disto, a exortação dirigida pelos bispos a todas as paróquias do país para que apoiem a iniciativa, ajudando os jovens a compartilhar o seu testemunho com seus amigos.

Formar os líderes da Igreja do amanhã

Segundo a Arquidiocese de Pretória, os jovens são líderes da Igreja do amanhã e por isto devem ser formados para desempenhar este papel.

O evento em Durban tem por objetivo antecipar a JMJ do Panamá, que se realizará de 22 a 27 de janeiro de 2019.

Desemprego

A situação da juventude na África do Sul não está entre as melhores. De fato, no país, são milhares os jovens desempregados.

Nos meses passados, o Bispo de Kimberly e Presidente da Comissão Episcopal “Justiça e Paz”, Dom Abel Gabuza, havia lançado um alarme: “O desemprego juvenil em nosso país atingiu níveis muito perigosos, com muitos jovens desempregados que correm o risco de cair vítimas da droga, do tráfico de seres humanos, do recrutamento de gangues e da manipulação por parte de políticos sem escrúpulos que os recrutam para provocar protestos violentos e desestabilizar a vida política”. (JE)

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Milhares de jovens em Taizé para descobrir a simplicidade da oração

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Taizé (RV) – São milhares os jovens provenientes de diversas partes do mundo reunidos na Comunidade ecumênica de Taizé, na França, para os tradicionais retiros semanais. 

Em particular, neste quente mês de agosto, entre os 4 mil participantes estão jovens árabes cristãos provenientes do Egito, Iraque, Palestina e Líbano.

Atividades

As atividades tem início pela manhã - como contou à Rádio Vaticano o Irmão Charles Eugène – com o itinerário bíblico, segundo as propostas escritas pelo Prior Irmão Alois, e que tem como tema “Abrir caminhos à esperança”.

Na parte da tarde, realizam-se os diversos momentos de encontro sobre temas que tratam da ligação entre fé e vida, o compromisso social, eclesial e a arte.

Ao longo do dia - pela manhã, ao meio-dia e à noite - são realizados três momentos de oração - reunindo todos os participantes - naquela que é conhecida como Igreja da Reconciliação.

Os conhecidos “cânticos de Taizé”, entoados repetidamente, ajudam a fortalecer a atmosfera de espiritualidade.

Simplificar a vida

Entre as propostas para os encontros de 2017, está o convite para “simplificar a nossa vida para compartilhar”.

“É uma palavra – explica Irmão Charles – que provém do profundo da regra de Taizé, porque Irmão Roger (fundador da comunidade) tanto nos exortava para criar uma vida de comunidade que fosse muito simples, porque o Evangelho é simples, nos chama à simplicidade e também porque a simplicidade permite uma partilha muito grande. Assim, buscar um estilo de vida simples é uma proposta que procuramos viver nós mesmos na comunidade; depois, uma proposta que fazemos também aos jovens”.

Oração, encontro, partilha, troca cultural, quatro palavras que caracterizam as semanas de retiro em Taizé.

Oração no silêncio

Sobre o itinerário espiritual percorrido pelos jovens, Irmão Charles observa que “é necessário fazer a descoberta que também a oração é uma realidade simples; não devemos buscar coisas extraordinárias na fé, na oração. Também a oração contemplativa, uma oração onde o silêncio conta tanto, é um caminho possível a cada um de nós, porque Deus não nos chama para realizar ações extraordinárias, mas a uma simples relação que com Ele acontece frequentemente no silêncio”.

Aniversário da morte de irmão Roger

Para esta semana estão previstas algumas iniciativas especiais de oração, como no dia 16, por ocasião do 12º aniversário da morte de Irmão Roger, assassinado por uma desequilibrada no momento de oração comunitária dentro da Igreja da Reconciliação.

“Poder-se-ia dizer – conclui Irmão Charles – que a colina de Taizé está repleta do espírito do irmão Roger durante todo o ano, portanto faremos uma recordação muito simples, como ele teria desejado”.

Ademais, de 20 a 17 de agosto, haverá uma semana especial reservada aos jovens com idade entre 18 e 35 anos, que seguirão um percurso mais aprofundado e terão momentos de encontro e de reflexão sobre temas particulares.

(JE/ER)

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Patriarca Daniel sobre o jejum quaresmal da Mãe de Deus

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Bucareste (RV) – “Se é acompanhada por obras agradáveis a Deus, a Quaresma faz daquele que jejua uma luz aos homens e um vaso de eleição da glória divina”.

Este é primeiro dos 19 conselhos espirituais que o Patriarca da Romênia, Daniel, publicou por ocasião da Quaresma da Dormição (ou Quaresma da Mãe de Deus), que o mundo ortodoxo observa de 1º a 14 de agosto, ou seja, até à Véspera da Solenidade da Assunção.

Elencadas no site do patriarcado “Basilica”, tais recomendações se concentram no significado e na importância do jejum a ser respeitado neste período.

Jejum

A abstinência segue o mesmo rigor da Quaresma, ou seja, jejum estreito (são proibidas proteínas animais, incluído o peixe, de segunda à sexta-feira), com permissão para usar óleo e vinho somente no sábado e no domingo.

“Nós jejuamos – explica Daniel – porque amamos Cristo Senhor e desejamos nos alimentar, antes de tudo, da palavra do Evangelho, das palavras da Escritura, das palavras que ouvimos durante os ofícios, e fortalecer a nossa oração para crescer espiritualmente. O alimento mais importante no período de Quaresma é o amor misericordioso de Cristo que nós buscamos através da oração”.

Libertar-se da cobiça

Mas a Quaresma (quarto conselho) “também é o sinal do desejo do homem crente de libertar-se da cobiça pelas coisas materiais e efêmeras, para unir-se com a oração mais intensamente a Deus que é ilimitado e não perecível, fonte de vida e da alegria eterna”.

E com o perdão - “ideal início do período quaresmal” - são cultivadas “a humildade e a liberdade interior do homem que quer viver no amor misericordioso de Deus”.

Elevação do homem

O verdadeiro jejum tem por objetivo – observa o primaz da Igreja Ortodoxa romena – “a elevação do homem para além dos bens materiais ou terrenos, a fim de receber os bens espirituais celestes, para unir-se, com a oração e a comunhão eucarística, a Deus”.

De fato (11º conselho), “se alguém jejua mas não reza, não pode receber a luz espiritual da alma”.

Jejum e conversão

O verdadeiro jejum deve produzir no indivíduo “a mudança do modo de ser, a passagem da cobiça ou do amor passional pelas coisas materiais ao amor pelas coisas espirituais, para cultivar mais intensamente a oração ou a comunhão do amor com o Deus imaterial, ilimitado e não efêmero”.

 

(JE – L’Osservatore Romano)

 

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Formação



México: jovens católicos seguem o Papa, outro jovem apaixonado por Deus

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Xalapa (RV) - Jovens católicos de diferentes partes do mundo são protagonistas da nova evangelização, num âmbito diferente em cada país, mas com o mesmo esforço de motivar uma Igreja em saída, com valores que inspirem os novos passos da sociedade.

No México, por exemplo, o final de semana foi de mais um chamado para a vocação com a celebração do Dia Nacional do Jovem Católico. No domingo, 13 agosto, o Seminário Maior da cidade universitária de Xalapa, capital do Estado de Veracruz e a 350 km da Cidade do México, mobilizou milhares de jovens e adolescentes para festejar a fé com a alegria e o entusiasmo da nova geração.

María Fernanda Cruz Mirabal, de 21 anos, estudante de Comunicação, é uma fotografia fiel dessa juventude mexicana:

María Fernanda - “Acredito que não há maior expressão de fraternidade e de amor que compartilhar também com os jovens a religião. Acaba nos ajudando muito! Com o grupo que fui a Cracóvia (JMJ 2016), muitos acabaram decidindo o que realmente queriam, qual era a sua vocação. Alguns descobriram diferentes talentos que tinham escondido, outros aprenderam a socializar. No meu caso, aprendi a confraternizar com muitas pessoas de outros países, a compartilhar esse amor que tenho a Deus, com o mesmo amor que outras pessoas têm também na África, no Japão e até na Polônia. Acredito que nos ajuda muito espiritualmente, para o trabalho e a família, e também de maneira emocional, porque a gente se descobre, descobre as nossas capacidades e de outras pessoas, e de fazer comunidade.”

Entre os temas de reflexão do evento promovido pela Pastoral Juvenil e Arquidiocese de Xalapa: o jovem como agente da conversão social. Em entrevista exclusiva para a redação brasileira, María Fernanda usou do exemplo do próprio Papa para mostrar a importância da atuação da juventude. Lembrou que eles não querem ser os jovens-sofá e ficar em casa, trancados; querem, sim, é ir até as periferias para “fazer uma revolução geral de fraternidade”.

María Fernanda - “Este homem tem conseguido mudar muitíssimo as expectativas de todas as pessoas, pois nos ensinou a ser humildes, a ser sensíveis, mas, sobretudo, a ser racionais e inteligentes. Porque a religião não está brigada com a ciência, não está brigada com o conhecimento, mas, ao contrário: quanto mais nos educamos, indagamos e lemos, mais aprendemos e podemos compartilhar com os outros. Este Papa, apesar da sua idade e de suas dificuldades de saúde, é um adulto, sim, mas a sua alma é de um jovem, um jovem apaixonado por Deus, que convida todos a fazer parte desse movimento. Ele nos transmite esse desejo de seguir, de lutar, de compartilhar com o mundo esse amor a Cristo.”

María Fernanda acredita, verdadeiramente, que o magistério do Papa Francisco não só tem melhor orientado os jovens, como tem feito uma revolução de amor a Deus em níveis imprevisíveis.

María Fernanda - “Francisco tem sido a grande revolução que estávamos esperando na Igreja. É a cúpula da nossa fé e nos tem ajudado muito a reafirmar o que sentimos. Então, qualquer pessoa que diga que Francisco está louco, pois, sim, na verdade está louco, e nós também estamos loucos por segui-lo, porque ele nos ensinou a ser loucos, mas para amar a Cristo. Uma loucura cheia de amor, e não há melhor sentimento que esse.”  

Ouça a reportagem especial de Andressa Collet aqui:  

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Diocese de Brejo, uma Igreja em estado permanente de missão

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil nas Missão Continental” continua dando voz aos nossos pastores neste espaço de formação e aprofundamento, trazendo um pouco da experiência deste projeto de animação missionária na multifacetária realidade de nossas Igrejas particulares. 

Na edição de hoje vamos até o Maranhão, mais precisamente à Diocese de Brejo. Nosso convidado é o bispo desta Igreja particular do leste maranhense, Dom José Valdeci Mendes. Traçando-nos um perfil desta circunscrição eclesiástica, ele nos aponta também alguns dos desafios pastorais que se apresentam para esta Igreja situada na região do Baixo Parnaíba.

Desde agosto de 2010 à frente desta diocese, Dom José diz-nos tratar-se de uma Igreja em estado permanente de missão, cuja ação pastoral sempre inspirou-se nas diretrizes gerais da Igreja no Brasil, e a partir daí, escolhendo prioridades, e destas, pistas de ações em sua ação evangelizadora.

Dividida em 4 áreas pastorais, a circunscrição eclesiástica estende-se por 21 municípios, com uma média de 500 mil pessoas, com 18 paróquias, 26 padres e 19 religiosas. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



300 milhões de crianças africanas vivem na pobreza

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Nova Iorque (RV) – São as crianças que pagam o preço mais alto pelas crises, sobretudo na África, revela o relatório publicado pelas Nações Unidas segundo o qual, 60% das crianças africanas – cerca de 300 milhões – são pobres, obrigadas a viver com menos de 1,25 dólares ao dia. É a maior cifra já registrada.

Cifras preocupam

“Estas cifras são preocupantes”, comentaram funcionários da ONU, citados pelas agências.

“Na África e na Ásia meridional a incidência da pobreza entre as crianças é respectivamente de 66 e de 50%, muito mais elevada do que em qualquer outra parte do globo”.

Em 39 países da África subsaariana, os jovens com menos de 18 anos, são o grupo social mais numeroso entre os pobres.

Crianças com menos de 9 anos

A condição pior – segundo os especialistas da ONU -  é aquela vivida pelas crianças com menos de nove anos. No Sudão do Sul, Nigéria e Etiópia, ao menos nove crianças em cada dez vivem em condições de grave miséria.

África Subsaariana com maior percentual de crianças extremamente pobres

Esta análise soma-se àquela fornecida pelo Fundo para as Crianças do Banco Mundial, publicada em outubro passado, segundo o qual a África Subsaariana não somente tem o maior número de crianças que vivem em pobreza (49%), mas tem o maior percentual de crianças extremamente pobres (51%).

“As crianças – afirmou o Vice-Diretor Executivo do Unicef, Justin Forsyth – têm o dobro de probabilidade do que um adulto de viver em pobreza extrema, mas têm menos instrumentos do que um adulto para enfrentar a pobreza por causa das doenças, da mortalidade infantil e do carente desenvolvimento na primeira infância”.

Fome na rica República Democrática do Congo

Existem países, no entanto, em que a situação é mais dramática, como na República Democrática do Congo, que paradoxalmente, é um dos mais ricos do continente.

Mas é justamente devido à exploração indiscriminada dos recursos do sub-solo – em particular o ouro, o coltam e a cassiterita – que  o leste do Congo continua a viver uma situação de grave instabilidade e violência, com consequências dramáticas para a população local.

Nigéria e terrorismo

Tem depois a Nigéria, onde o terrorismo do Boko Haram dilacerou o território e a população.

Nos primeiros meses de 2017 foram destruídos 53 povoados e mortas mais de 800 pessoas, sobretudo crianças.

E por trás da luta contra o terrorismo se escondem muitas vezes interesses de homens poderosos, que nestes anos especularam e se enriqueceram às custas da vítimas.

(JE – L’Osservatore Romano)

 

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Europa recorda vítimas do comunismo e nazismo

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Tallinn (RV) – Diversas atividades marcarão a celebração do Dia Europeu em Memória das Vítimas dos Regimes Comunista e Nazista, que terão lugar em Tallinn, capital da Estônia, no dia 23 de agosto.

Tomarão parte, entre outros, os Ministros europeus da Justiça e representantes de Associações das vítimas do totalitarismo, assim como representantes de instituições e organizações estatais e privadas que estudam os crimes dos regimes totalitários e recordam suas vítimas.

Segundo o comunicado oficial divulgado pelo Ministério da Justiça da Estônia – o país ocupa a presidência de turno do Conselho dos Ministros da União Europeia – o dia será aberto com uma reunião dos Ministros da Justiça dos países EU para discutir, entre outros, a “criação de um organismo transnacional para investigar crimes cometidos pelos regimes comunistas e crimes de pessoas sobreviventes, culpadas de crimes não sujeitos a prescrição”, em continuidade com o que já foi tratado em Tallinn no Dia europeu de 2015.

A iniciativa nasce da Plataforma Europeia para a Memória e a Consciência (PEMC), fundada em 2011 por desejo do Parlamento Europeu.

Em 23 de agosto, após a reunião, terá lugar ao meio-dia uma cerimônia com a colocação de uma coroa comemorativa na Coluna da Vitória da guerra da independência, na Praça da Liberdade em Tallinn, ato que será seguido pelos discursos dos Ministros da Justiça.

Também haverá um momento de oração conduzido por Dom Urmas Viilma, Arcebispo da Igreja Evangélica Luterana da Estônia.

Na parte da tarde será proferida a conferência “A herança dos crimes dos regimes comunistas na Europa do século XXI” pelo membro do Parlamento Europeu Tunne Kelam, docentes e estudiosos de diversas proveniências.

A inauguração da mostra “A era do comunismo” no Museu marinho de Tallinn concluirá as atividades do Dia Europeu em Memória das Vítimas dos Regimes Comunista e Nazista. (JE)

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