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Sumario del 21/08/2017

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A mensagem do Papa para Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2018

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi divulgada esta segunda-feira a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado a ser celebrado em 14 de janeiro de 2018, que tem como tema «Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados».

"Queridos irmãos e irmãs!

«O estrangeiro que reside convosco será tratado como um dos vossos compatriotas e amá-lo-ás como a ti mesmo, porque foste estrangeiro na terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus» (Lv 19, 34).

Repetidas vezes, durante estes meus primeiros anos de pontificado, expressei especial preocupação pela triste situação de tantos migrantes e refugiados que fogem das guerras, das perseguições, dos desastres naturais e da pobreza. Trata-se, sem dúvida, dum «sinal dos tempos» que, desde a minha visita a Lampedusa em 8 de julho de 2013, tenho procurado ler sob a luz do Espírito Santo. Quando instituí o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, quis que houvesse nele uma Secção especial (colocada temporariamente sob a minha guia direta) que expressasse a solicitude da Igreja para com os migrantes, os desalojados, os refugiados e as vítimas de tráfico humano.

Cada forasteiro que bate à nossa porta é ocasião de encontro com Jesus Cristo, que Se identifica com o forasteiro acolhido ou rejeitado de cada época (cf. Mt 25, 35.43). O Senhor confia ao amor materno da Igreja cada ser humano forçado a deixar a sua pátria à procura dum futuro melhor.[1] Esta solicitude deve expressar-se, de maneira concreta, nas várias etapas da experiência migratória: desde a partida e a travessia até à chegada e ao regresso. Trata-se de uma grande responsabilidade que a Igreja deseja partilhar com todos os crentes e os homens e mulheres de boa vontade, que são chamados a dar resposta aos numerosos desafios colocados pelas migrações contemporâneas com generosidade, prontidão, sabedoria e clarividência, cada qual segundo as suas possibilidades.

A este respeito, desejo reafirmar que «a nossa resposta comum poderia articular-se à volta de quatro verbos fundados sobre os princípios da doutrina da Igreja: acolher, proteger, promover e integrar».[2]

Considerando o cenário atual, acolher significa, antes de tudo, oferecer a migrantes e refugiados possibilidades mais amplas de entrada segura e legal nos países de destino. Neste sentido, é desejável um empenho concreto para se incrementar e simplificar a concessão de vistos humanitários e para a reunificação familiar. Ao mesmo tempo, espero que um número maior de países adote programas de patrocínio privado e comunitário e abra corredores humanitários para os refugiados mais vulneráveis. Além disso seria conveniente prever vistos temporários especiais para as pessoas que, escapando dos conflitos, se refugiam nos países vizinhos. As expulsões coletivas e arbitrárias de migrantes e refugiados não constituem uma solução idónea, sobretudo quando são feitas para países que não podem garantir o respeito da dignidade e dos direitos fundamentais.[3] Volto a sublinhar a importância de oferecer a migrantes e refugiados um primeiro alojamento adequado e decente. «Os programas de acolhimento difundido, já iniciados em várias partes, parecem facilitar o encontro pessoal, permitir uma melhor qualidade dos serviços e oferecer maiores garantias de bom êxito».[4] O princípio da centralidade da pessoa humana, sustentado com firmeza pelo meu amado predecessor Bento XVI,[5] obriga-nos a antepor sempre a segurança pessoal à nacional. Em consequência, é necessário formar adequadamente o pessoal responsável pelos controlos de fronteira. A condição de migrantes, requerentes de asilo e refugiados exige que lhes sejam garantidos a segurança pessoal e o acesso aos serviços básicos. Em nome da dignidade fundamental de cada pessoa, esforcemo-nos por preferir outras alternativas à detenção para quantos entrem no território nacional sem estar autorizados.[6]

O segundo verbo, proteger, conjuga-se numa ampla série de ações em defesa dos direitos e da dignidade dos migrantes e refugiados, independentemente da sua situação migratória.[7] Esta proteção começa na própria pátria, consistindo na oferta de informações certas e verificadas antes da partida e na sua salvaguarda das práticas de recrutamento ilegal.[8] Tal proteção deveria continuar, na medida do possível, na terra de imigração, assegurando aos migrantes uma assistência consular adequada, o direito de manter sempre consigo os documentos de identidade pessoal, um acesso equitativo à justiça, a possibilidade de abrir contas bancárias pessoais e a garantia duma subsistência vital mínima. Se as capacidades e competências dos migrantes, requerentes de asilo e refugiados forem devidamente reconhecidas e valorizadas, constituem verdadeiramente uma mais-valia para as comunidades que os recebem.[9] Por isso, espero que, no respeito da sua dignidade, lhes seja concedida a liberdade de movimento no país de acolhimento, a possibilidade de trabalhar e o acesso aos meios de telecomunicação. Para as pessoas que decidam regressar ao seu país, sublinho a conveniência de desenvolver programas de reintegração laboral e social. A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança oferece uma base jurídica universal para a proteção dos menores migrantes. É necessário evitar-lhes qualquer forma de detenção por motivo da sua situação migratória, ao mesmo tempo que lhes deve ser assegurado o acesso regular à instrução primária e secundária. Da mesma forma, é preciso garantir-lhes a permanência regular ao chegarem à maioridade e a possibilidade de continuarem os seus estudos. Para os menores não acompanhados ou separados da sua família, é importante prever programas de custódia temporária ou acolhimento.[10] No respeito pelo direito universal a uma nacionalidade, esta deve ser reconhecida e devidamente certificada a todos os meninos e meninas no momento do seu nascimento. A situação de apátrida, em que às vezes acabam por se encontrar migrantes e refugiados, pode ser facilmente evitada através duma «legislação sobre a cidadania que esteja em conformidade com os princípios fundamentais do direito internacional».[11] A situação migratória não deveria limitar o acesso aos sistemas de assistência sanitária nacional e de previdência social, nem à transferência das respetivas contribuições em caso de repatriamento.

Promover significa, essencialmente, empenhar-se por que todos os migrantes e refugiados, bem como as comunidades que os acolhem, tenham condições para se realizar como pessoas em todas as dimensões que compõem a humanidade querida pelo Criador.[12] Dentre tais dimensões, seja reconhecido o justo valor à dimensão religiosa, garantindo a todos os estrangeiros presentes no território a liberdade de profissão e prática da religião. Muitos migrantes e refugiados possuem competências que devem ser devidamente certificadas e avaliadas. Visto «o trabalho humano, pela sua natureza, estar destinado a unir os povos»,[13] encorajo a que se faça tudo o possível para se promover a integração socio-laboral dos migrantes e refugiados, garantindo a todos – incluindo os requerentes de asilo – a possibilidade de trabalhar, percursos de formação linguística e de cidadania ativa e uma informação adequada nas suas línguas originais. No caso de menores migrantes, o seu envolvimento em atividades laborais precisa de ser regulamentado de modo a que se evitem abusos e ameaças ao seu crescimento normal. Em 2006, Bento XVI sublinhava como a família, no contexto migratório, é «lugar e recurso da cultura da vida e fator de integração de valores».[14] A sua integridade deve ser sempre promovida, favorecendo a reunificação familiar – incluindo avós, irmãos e netos – sem nunca o fazer depender de requisitos económicos. No caso de migrantes, requerentes de asilo e refugiados portadores de deficiência, deve ser assegurada maior atenção e apoio. Embora considerando dignos de louvor os esforços feitos até agora por muitos países em termos de cooperação internacional e assistência humanitária, espero que, na distribuição das respetivas ajudas, se considerem as necessidades (como, por exemplo, de assistência médica e social e de educação) dos países em vias de desenvolvimento que acolhem fluxos enormes de refugiados e migrantes e de igual modo se incluam, entre os beneficiários, as comunidades locais em situação de privação material e vulnerabilidade.[15]

O último verbo, integrar, situa-se no plano das oportunidades de enriquecimento intercultural geradas pela presença de migrantes e refugiados. A integração não é «uma assimilação, que leva a suprimir ou a esquecer a própria identidade cultural. O contacto com o outro leva sobretudo a descobrir o seu “segredo”, a abrir-se para ele, a fim de acolher os seus aspetos válidos e contribuir assim para um maior conhecimento de cada um. Trata-se de um processo prolongado que tem em vista formar sociedades e culturas, tornando-as cada vez mais um reflexo das dádivas multiformes de Deus aos homens».[16] Este processo pode ser acelerado pela oferta de cidadania, independentemente de requisitos económicos e linguísticos, e por percursos de regularização extraordinária para migrantes que possuam uma longa permanência no país. Insisto mais uma vez na necessidade de favorecer em todos os sentidos a cultura do encontro, multiplicando as oportunidades de intercâmbio cultural, documentando e difundindo as «boas práticas» de integração e desenvolvendo programas tendentes a preparar as comunidades locais para os processos de integração. Tenho a peito sublinhar o caso especial dos estrangeiros forçados a deixar o país de imigração por causa de crises humanitárias. Estas pessoas necessitam que lhes seja assegurada uma assistência adequada para o repatriamento e programas de reintegração laboral na sua pátria.

De acordo com a sua tradição pastoral, a Igreja está disponível para se comprometer, em primeira pessoa, na realização de todas as iniciativas propostas acima, mas, para se obter os resultados esperados, é indispensável a contribuição da comunidade política e da sociedade civil, cada qual segundo as próprias responsabilidades.

Durante a Cimeira das Nações Unidas, realizada em Nova Iorque em 19 de setembro de 2016, os líderes mundiais expressaram claramente a vontade de se empenhar a favor dos migrantes e refugiados para salvar as suas vidas e proteger os seus direitos, compartilhando tal responsabilidade a nível global. Com este objetivo, os Estados comprometeram-se a redigir e aprovar até ao final de 2018 dois acordos globais (Global Compacts), um dedicado aos refugiados e outro referente aos migrantes.

Queridos irmãos e irmãs, à luz destes processos já iniciados, os próximos meses constituem uma oportunidade privilegiada para apresentar e apoiar as ações concretas nas quais quis conjugar os quatro verbos. Por isso, convido-vos a aproveitar as várias ocasiões possíveis para partilhar esta mensagem com todos os atores políticos e sociais envolvidos – ou interessados em participar – no processo que levará à aprovação dos dois acordos globais.

Neste dia 15 de agosto, celebramos a solenidade da Assunção de Maria Santíssima ao Céu. A Mãe de Deus experimentou pessoalmente a dureza do exílio (cf. Mt 2, 13-15), acompanhou amorosamente o caminho do Filho até ao Calvário e agora partilha eternamente da sua glória. À sua materna intercessão confiamos as esperanças de todos os migrantes e refugiados do mundo e as aspirações das comunidades que os acolhem, para que todos, no cumprimento do supremo mandamento divino, aprendamos a amar o outro, o estrangeiro, como a nós mesmos".

Vaticano, 15 de agosto de 2017

Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria

Francisco

 

[1] Cf. Pio XII, Constituição apostólica Exsul familia, Titulus Primus, I.

[2] Francisco, Discurso aos participantes no Fórum Internacional «Migrações e Paz» (21 de fevereiro de 2017).

[3] Cf. Intervenção do Representante Permanente da Santa Sé na CIII Sessão do Conselho da OIM (26 de novembro de 2013).

[4] Francisco, Discurso aos participantes no Fórum Internacional «Migrações e Paz».

[5] Cf. Carta encíclica Caritas in veritate, 47.

[6] Cf. Intervenção do Observador Permanente da Santa Sé na XX Sessão do Conselho dos Direitos Humanos (22 de junho de 2012).

[7] Cf. Bento XVI, Carta encíclica Caritas in veritate, 62.

[8] Cf. Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes, Instrução Erga migrantes caritas Christi, 6.

[9] Cf. Bento XVI, Discurso aos participantes no VI Congresso Mundial para a Pastoral dos Migrantes e dos Refugiados (9 de novembro de 2009).

[10] Cf. Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado (2010); S. Tomasi, Intervenção na XXVI Sessão Extraordinária do Conselho para os Direitos do Homem sobre os direitos humanos dos migrantes (13 de junho de 2014).

[11] Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes e Pontifício Conselho Cor Unum, Acolher Cristo nos refugiados e nas pessoas forçadamente desenraizadas (2013), 70.

[12] Cf. Paulo VI, Carta encíclica Populorum progressio, 14.

[13] João Paulo II, Carta encíclica Centesimus annus, 27.

[14] Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (2007).

[15] Cf Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes e Pontifício Conselho Cor Unum, Acolher Cristo nos refugiados e nas pessoas forçadamente desenraizadas (2013), 30-31.

[16] João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado em 2005 (24 de novembro de 2004).

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Papa: acolher, proteger, promover e integrar migrantes e refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi divulgada esta segunda-feira (21/08) a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado a ser celebrado em 14 de janeiro de 2018, que tem como tema «Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados». 

O Pontífice define “um sinal dos tempos” a triste situação de tantos migrantes que fogem da guerra e da pobreza e recorda que a Igreja  tem a grande responsabilidade de compartilhar com todos a preocupação com os migrantes.

A Mensagem se articula em 4 pontos: verbos baseados nos princípios da Doutrina da Igreja.

O primeiro é “acolher”. O Papa enfatiza que é urgente oferecer aos migrantes e aos refugiados mais oportunidades de entrada segura e legal nos países de destino. Francisco pede para simplificar a concessão de vistos humanitários e incentivar a reaunificação familiar.

Realça ainda a necessidade de abrir corredores humanitários para os refugiados mais vulneráveis.  E critica a expulsão coletiva de migrantes e refugiados, especialmente quando realizada em direção de países que não garantem o respeito pelos direitos fundamentais. O Pontífice reitera que o princípio da centralidade da pessoa humana requer “que se anteponha a segurança pessoal à segurança nacional”. E isto, afirma a Mensagem, acarreta a necessidade de um maior esforço para preferir soluções alternativas à detenção dos migrantes.

Em seguida, Francisco volta sua atenção para o verbo “proteger”.

Essa proteção, diz ele, começa em casa e deve continuar na terra da imigração. Daí a necessidade de valorizar as habilidades e competências dos migrantes que devem ter, consequentemente, liberdade de movimento no país anfitrião e oportunidade de trabalhar. O Papa enfatiza a proteção de crianças migrantes, que têm o direito de estudar e viver com suas famílias, tuteladas de qualquer forma de detenção. E, referindo-se à situação de apátrida de alguns imigrantes, o Papa sugere que a questão pode ser superada com “uma lei de cidadania” conforme ao direito internacional.

Em relação ao verbo “promover”, a Mensagem afirma que significa que todos os migrantes devem ser colocados em condição de se realizar como pessoas.

Francisco incentiva a integração sócio profissional dos migrantes. E elogia os esforços de muitos países em termos de cooperação internacional, relevando que "na distribuição das ajudas, sejam consideradas as necessidades dos países em desenvolvimento que recebem grandes fluxos de refugiados e migrantes”.

O último verbo, escreve Francesco, é “integrar”.

O Papa observa inicialmente que a integração não é uma assimilação, que induz o migrante a suprimir ou esquecer a sua identidade cultural. É um processo prolongado que, exortou, “pode ​​ser acelerado através da concessão da cidadania independentemente de requisitos econômicos ou linguísticos”. Mais uma vez, o Papa pede que se favoreça a cultura do encontro e assegura que a Igreja está disponível a se comprometer “em primeira pessoa” neste campo. Para alcançar os resultados esperados, ele adverte, no entanto, que a contribuição da comunidade política e da sociedade civil é indispensável.

Na conclusão, Francisco faz apelo aos líderes políticos para que aprovem os acordos globais (Global compacts) aprovados recentemente na Onu dedicados aos refugiados e aos migrantes. E destaca que os próximos meses são uma oportunidade privilegiada para apoiar com ações concretas os quatro pontos delineados na Mensagem: “acolher, proteger, promover e integrar”.

(cm/ag)

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Mensagem do Papa ao Sínodo das Igrejas Metodista e Valdense

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Cidade do Vaticano (RV) – “Caminhar rumo à plena unidade, com o olhar de esperança que reconhece a presença de Deus mais forte do que o mal, é tão importante. O é especialmente hoje em um mundo marcado pela violência e medo, pela fragmentação e indiferença, onde o egoísmo de afirmar-se às custas dos outros, obscura a simples beleza de acolher-se, compartilhar e amar”. 

Com esta exortação o Papa Francisco saúda os 180 pastores e leigos participantes do Sínodo anual das Igrejas Metodista e Valdense – que se realiza em Torre Pellice, Itália, de 20 a 25 - e onde estão sendo tratados temas como os 500 anos da Reforma Protestante, as migrações, o diálogo ecumênico e o trabalho em favor dos mais necessitados.

A mensagem foi lida na abertura dos trabalhos, ocasião em que o Pontífice expressou a proximidade da Igreja Católica e a sua pessoal, afirmando “recordá-los na oração”.

O Papa recordou os recentes encontros realizados em Turim e Roma, mas também aquele na Argentina. “Sou agradecido pelos belos testemunhos que recebi e pelos tantos rostos que não posso esquecer”.

“Desejo a vocês – acrescentou - que estes dias de partilha e reflexão, que se realizam no âmbito dos 500 anos da Reforma, sejam animados pela alegria do colocar-se diante do rosto de Cristo: o seu olhar, que se dirige sobre nós, é a fonte da nossa paz, porque nos faz sentir filhos amados do Pai e nos faz ver em modo novo os outros, o mundo e a história”.

“Que o olhar de Jesus ilumine também as nossas relações, para que não sejam somente formais e corretas, mas fraternas e vivas. O Bom Pastor nos quer em caminho juntos e o seu olhar já abraça a todos nós, seus discípulos que Ele deseja ver plenamente unidos”.

Antes de concluir pedindo que “não esqueçam de rezar por ele”, o Papa recordou que “o nosso testemunho cristão não pode ceder á lógica do mundo: juntos, ajudemo-nos a escolher e viver a lógica de Cristo!”. (JE)

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Card. Parolin: encontros na Rússia sirvam para restabelecer justiça e paz

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Moscou (RV) - “Visito a Rússia com a finalidade de falar, além de temáticas de caráter bilateral e daquelas que dizem respeito à vida da Igreja católica, também de questões relacionadas com os conflitos que afligem por demais tantas regiões do mundo. A fim de que se faça todo esforço para restabelecer justiça e paz, no respeito pela dignidade e pela inviolabilidade de toda pessoa humana.” 

Com essas palavras, o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, explicou numa entrevista à agência russa estatal Ria Novosti o motivo de sua visita ao país, que se realiza desta segunda (21/08) até a próxima quinta-feira, 24.

Encontro com as autoridades civis e eclesiásticas do país

São muitos os encontros previstos: com os bispos católicos do país, com o metropolita Hilarion de Volokolamsk, com  o Presidente da Federação Russa Vladimir Putin e o Ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov.

Guerra na Ucrânia e situações irresolutas no sul do Cáucaso

Entre os temas dos colóquios será dada atenção particular ao Oriente Médio e à situação na Síria e Iraque, como também à guerra na Ucrânia e às situações irresolutas no sul do Cáucaso.

“Existem vários dossiês internacionais que preocupam e penso que se poderá dedicar a eles uma atenção especial durante a visita, particularmente nas situações onde a Rússia se encontra mais diretamente ativa”, explicou o purpurado na referida entrevista.

Santa Sé: respeito recíproco e diálogo sincero acima dos interesses de cada Estado

Sobre as relações internacionais, o secretário de Estado vaticano ressaltou que a mensagem da Santa Sé é sempre a de colocar o respeito recíproco e o diálogo sincero acima dos interesses do Estado singularmente considerado, “mesmo quando tal atitude, por várias razões, possa ser pouco popular para vastos estratos da população”.

Período positivo de relações entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa russa

Esta terça-feira (22/08) o purpurado encontrará o Patriarca de Moscou e de todas as Rússias, Kirill. “Após o histórico encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca em Cuba, não há dúvidas de que as relações entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa russa estão atravessando um período positivo”, ressaltou o Cardeal Parolin.

“Mas essa meta torna-se por sua vez o início de um novo caminho, o caminho de um diálogo ainda mais intenso, no intento de entender-se sempre mais uns aos outros, superando as incompreensões e as diferenças que possam existir”, continuou.

Eventual visita do Papa ao país fora da agenda das conversações

Em seguida, respondendo a uma pergunta sobre uma possível abertura a uma viagem do Papa Francisco à Rússia, explicou que, no momento, “o tema de uma eventual visita papal não faz parte da agenda das conversações”, mas a esperança é de que todo encontro, sobretudo com o Patriarca Kirill, “possa contribuir a preparar o caminho para o desenvolvimento de contatos sempre mais positivos e intensos”. (RL/Sir)

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Encontro com Hilarion marca início da visita de Parolin à Rússia

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Moscou (RV) – “Sinto-me honrado em estar na Rússia e emocionado, pois para mim trata-se da primeira visita neste país e existem também sentimentos que acompanham o programa oficial desta visita”.

Assim expressou-se o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, ao encontrar no Mosteiro de Danilovsky, sede do Patriarcado de Moscou, o Metropolita Hilarion de Volokolamsk, Presidente do Departamento para as Relações Externas do Patriarcado.

Assim, com o colóquio desta manhã desta segunda-feira, 21, teve início oficialmente a visita do Cardeal Parolin à Rússia, a primeira de um Secretário de Estado do Vaticano em 18 anos.

Ambiente descontraído

Enquanto aguardavam o Metropolita Hilarion, o Cardeal Parolin e o membro do Secretariado para as relações inter-cristãs do Patriarcado, Aleksei Dikarev, fizeram algumas brincadeiras em italiano, revelando o clima descontraído que marcou o encontro.

Dikarev mostrou ao Cardeal algumas fotografias dos precedentes Chefes do Departamento das Relações externas, pendurados na “Maly Zal”, onde se realizaria o encontro com  Hilarion.

O Núncio Migliore, que estava presente, dirigiu-se ao representante ortodoxo brincando: “Um dia poderá estar também a sua foto ali”.  Dikarev respondeu:  “Seria um milagre!” e o Cardeal Parolin observou: “Milagres acontecem de vez em quando!”

O purpurado está acompanhado pelo Núncio Apostólico em Moscou, Dom Celestino Migliore, e por Dom Visvaldas Kulbokas, Conselheiro da Nunciatura.

30 anos ordenação sacerdotal de Hilarion

Após as brincadeira, o Cardeal Parolin encontrou o Metropolita Hilarion, a quem felicitou  pelos 30 anos de ordenação sacerdotal:  “O felicito com particular sentimento, porque a ordenação sacerdotal para mim foi o momento mais belo da minha vida”.

O Metropolita, por sua vez, que havia encontrado Parolin pela última vez em dezembro, acolheu o Secretário de Estado recordando “com gratidão os esforços conjuntos para preparar o encontro entre o Patriarca e o Papa em Havana” realizado no ano passado.

Impulso nas relações

“Espero que o impulso que aquele encontro deu às nossas relações, terá um ulterior desdobramento”, acrescentou o número 2 do Patriarcado russo.

Parolin estará na Rússia até 24 de agosto. Para a terça-feira estão previstos encontros com o Ministro do exterior Russo Serghei Lavrov e com o Patriarca Kirill. Na quarta-feira, terá lugar o encontro com o Presidente Putin em Sochi.

(JE com Ag. AGI)

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Peru: divulgado vídeo com oração da viagem do Papa na linguagem de sinais

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Lima (RV) – No último dia 15, os Bispos peruanos divulgaram o programa da visita do Papa Francisco ao país e a oração oficial da visita. Também foi criado um site para a ocasião.

Agora foi publicado um vídeo da oração usando a linguagem de sinais, voltado a pessoas com deficiência auditiva. A oração, além do español, também foi divulgada em quechua.

A Oração oficial da visita do Papa Francisco ao país em espanhol:

Dios Padre misericordioso

Llenos de alegría
elevamos hacia Ti
nuestra oración de acción de gracias
por el don de la visita pastoral
del Papa Francisco

Señor Jesucristo
Te pedimos que nos concedas prepararnos
con la oración y los sacramentos
para acoger a quien viene en tu nombre
a confirmarnos en la fe.

Espíritu Santo
Guía de la Iglesia:
haznos vivir como discípulos y misioneros,
el Evangelio de la creación,
la vida, la familia y la paz.

Virgen María
Madre de la Iglesia:
acompaña al Sucesor de Pedro,
que nos animará para que
unidos por la esperanza,
peregrinemos por esta tierra
bendecida por el testimonio
de nuestros santos:
Rosa de Lima,
Toribio de Mogrovejo
y Martín de Porres
Amén.

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Ecumenismo: Card. Parolin: viagem à Rússia sinal de um caminho renovado

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Moscou (RV) - O encontro com a “Hierarquia ortodoxa testemunha a abertura que se instaurou nos últimos anos, levando ao encontro em Havana no ano passado” entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill. O encontro que serviu “a dar novos olhos para enxergar-se não prevalentemente tendo o passado como pano de fundo”, mas o da “comunidade desejada e procurada”, “a fim de que se possam dar novos e, acrescentaria, passos inéditos para o desenvolvimento do diálogo ecumênico” entre católicos e ortodoxos. Um caminho que requer “amor, paciência, tenacidade e empenho”.

É o que afirma o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, por ocasião de sua visita à Rússia, em entrevista à agência russa Tass. Respondendo a uma pergunta sobre a crise de valores vivida no mundo de hoje, o purpurado evidencia que é urgente “uma cooperação mais eficaz entre as várias confissões”.

“Um entendimento cada vez maior entre as Igrejas poderá dar a própria contribuição também através da partilha das experiências vividas na várias regiões”, evidencia.

Respondendo a uma pergunta sobre o terrorismo, o secretário de Estado vaticano ressalta que é um perigo que “deve ser enfrentado”, ponderando, porém, “com muita atenção as eventuais modalidades de intervenção, a fim de evitar que ações de força desencadeiem por sua vez novas espirais de violência”.

Em seguida, o Cardeal Parolin precisa que o trabalho da Igreja “é sempre um trabalho a longo prazo, feito de educação e formação das consciências” e recorda que, nas últimas décadas, a Santa Sé não poupou esforços para “estabelecer, consolidar e por vezes reestabelecer relações de diálogo a nível cultural e religioso, mas sobretudo a nível social-humanitário.”

A agência Tass pediu ao purpurado que se pronunciasse sobre a presidência Trampo. O Cardeal Parolin faz votos de que o presidente estadunidense, “igualmente a todos os atores da comunidade internacional, não desista do desafio” de “buscar uma redução do reaquecimento global do planeta”.

E alargando o horizonte, chama a atenção para o fato que nas relações internacionais “amadurece sempre mais a consciência de que as políticas ou estratégias baseadas no confronto aberto e acirrado”, quase “um diálogo entre surdos”, ou pior, “alimentadas pelo medo e pelo terror das armas atômicas ou químicas, não abrem a porta a soluções justas e duradouras para os problemas entre as nações”.

É preciso ouvir o Papa Francisco quando pede aos líderes mundiais que “construam a paz” e não se fechem em interesses nacionais ou parciais”, exorta por fim o secretário de Estado vaticano. (RL/Sir)

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Igreja no Brasil



Dom J. L. Ferreira Sales: "acolhimento responsável e digno"

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Cidade do Vaticano (RV) – Para analisar os quatro verbos da mensagem do Papa, nós convidamos o bispo de Pesqueira (PE) e referencial do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, Dom José Luiz Ferreira Sales.

Começamos com o verbo 'acolher'.

Para o bispo, neste momento em que a sociedade muitas vezes rejeita o migrante, o Papa chama a mudar de atitude, passando da indiferença à hospitalidade. O bispo, que é também Presidente da Pastoral do Povo de Rua, defende um ‘acolhimento responsável e digno’.

Ouça a entrevista: 

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Igreja no Mundo



Síria: Novo bispo leva esperança aos siríacos ortodoxos de Hassake

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Damasco (RV) – Os siríacos ortodoxos de Hassake, cidade do nordeste da Síria, celebraram com alegría no sábado, 19, a chegada de um novo bispo, quatro anos depois de o anterior ter deixado o país por causa da guerra.

Desde seu início, há seis anos, a guerra na Síria deslocou mais da metade da população. Em algumas regiões, os cristãos foram alvo dos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico, que destruiu e profanou muitas igrejas e símbolos cristãos.

Para os fiéis reunidos na Catedral de São Jorge, a chegada do Arcebispo Dom Maurice Amseeh é uma mostra da resistência de sua comunidade, não obstante a guerra.

“É certo que muita gente se foi, porém nós continuamos aqui, e o que ocorreu hoje é a prova de que ainda estamos neste país e aqui ficaremos”, afirmou à Ag. France Press a estudante de 23 anos, Jenny Hakop.

Os participantes da celebração deram gritos de júbilo quando o novo arcebispo abençoou os fiéis.

“Sem bispo, um rebanho perde seu camino”, afirmou Georgette, uma professora de 37 anos, expresando sua esperança de que Dom Amseeh ajude a revitalizar a Igreja cristã na região.

O mandato oficial do novo bispo se estende até a comunidade siríaca ortodoxa da região de Al Jazira e do Eufrates (noroeste), incluída a Província de Deir Ezzor, em grande parte controlada pelo EI.

“Quando Deir Ezzor for libertada do terrorismo, irei até lá em peregrinação para reconstruir os edificios e apoiar a população”, assegurou Dom Amseeh à AFP.

Uma grande parte da Província de Hassake e a cidade homônima fazem parte de uma “administração autônoma” curda. Já o regime sírio controla algumas zonas.

Os siríacos, que seguem a tradição dos cristãos do Oriente, rezam em aramaico. A comunidade se subdivide nos ramos ortodoxa e católica e constitui cerca d 15% dos 1,2 milhões de cristãos na Síria.

Antes do início do conflito, em março de 2011, os cristãos de 11 comunidades diferentes representavam 5% da população síria.

Até agora, o conflito iniciado em 2011 já provocou a norte de 330 mil pessoas.

(JE/AFP)

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Frei Patton: diálogo, único antídoto para conflito de civilização

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Roma (RV) - “O diálogo faz parte da nossa história e hoje requer que seja revitalizado, convida-nos a colocar-nos diante dos outros não como pessoas de parte, mas como pessoas que buscam dialogar. Transformar também simples ocasiões de encontros pessoais em ocasiões de diálogo.” 

Foi a exortação do Custódio da Terra Santa, Pe. Frei Francesco Patton, participando este domingo (20/08) da XXXVIII edição do Encontro de Rimini – no centro-norte da Itália.

História e sentido da presença franciscana na Terra Santa

O custódio repercorreu a história e o sentido da presença franciscana na Terra Santa – de oito séculos – ressaltando o seu “estilo do diálogo a nós ensinado por nosso pai Francisco de Assis, que não hesitou, enquanto recrudescia a V Cruzada (1219), a viajar até Damietta, próximo do Cairo, para encontrar o sultão do Egito Melek-al-Kamel, neto do Saladim”.

“Nem sempre o diálogo é fácil”, afirmou o frade franciscano. “Nestes séculos de história o martirológio da Custódia da Terra Santa se enriqueceu com cerca de dois mil frades mortos por causa da fé e da caridade.”

Diálogo, único antídoto para o conflito de civilização

São os riscos do diálogo que não buscamos por simples bondosismo, mas porque é o único antídoto para o conflito de civilização. Se eliminamos o diálogo, o que nos resta? Somente a lógica da força, ressaltou.

Papa: sem diálogo é impossível viver juntos

“O Papa Francisco exorta-nos a praticar o diálogo de todos os modos. Embora possa parecer uma solução de ingênuos, na realidade sem diálogo torna-se impossível viver juntos. Não se deve ter medo do outro. As ocasiões para dialogar existem, basta acolhê-las”, destacou por fim o custódio da Terra Santa. (RL/Sir)

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Entrevistas



A grande convergência entre mídia digital e magistério de Francisco

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Joinville (RV) – A cidade catarinense de Joinville acabou de sediar o 10º Muticom, o tradicional Mutirão Brasileiro de Comunicação. Conhecida por coreografar os mais inspiradores movimentos do Balé Bolshoi, na última semana a cidade se viu desafiada a orquestrar cerca de 800 profissionais da mídia, entre eles, muitos jovens sedentos por atualizações da era digital no contexto da comunhão e do progresso da comunicação de valores.

Com o tema “Educar para a comunicação”, o evento priorizou o debate, através de palestras e oficinas, sobre o uso dos novos meios para anunciar, com mais eficácia, o Evangelho de Jesus Cristo, nesta que é uma época importante de mudanças para a mídia mundial.

A jornalista brasileira Michelle Sousa tem 20 anos de profissão, já trabalhou em diferentes mídias e conhece bem essa nova dinâmica com a qual convive diariamente na Rádio CBN, a Central Brasileira de Notícias, com sede em João Pessoa, na Paraíba. Ela dá o seu testemunho sobre a convergência digital e a necessidade de agregar novas competências na área.

Michelle Sousa - “Este novo mundo está praticamente nos exigindo, essa questão da multidisciplinariedade, essa questão da convergência das mídias e de agregar as informações. Não que eu acredite que um veículo vai morar em detrimento de outro, como antigamente se falava que o teatro ia morrer porque chegou o cinema. Nada disso! Cada um tem a sua característica. Eu acho que todas as mídias podem convergir e estão conseguindo se encaixar nessa modernidade para chegar melhor ao receptor. Porque hoje o leitor, por exemplo, é um leitor de internet, mas ele também é um ouvinte de rádio. O mundo está na palma da mão, é o celular. Está tudo convergindo para a palma da mão, mas cada um com a sua peculiaridade. O rádio: o rádio jamais vai morrer, ele vai sempre se transformar e chegar nas pessoas porque tem esse fascínio. A comunicação se renova, mas acho que todos vão se manter dentro das suas características. Na CBN, a gente tem trabalho cada vez mais essa questão da convergência. O material que é produzido na rádio, também está disponível como material online; também adaptamos material produzido na TV para o rádio; nós trocamos informações entre todas as redações, apesar de cada uma ter a sua autonomia.”

E a linguagem do Papa Francisco nesse contexto digital, segundo ela, tem chegado como um diferencial até a juventude, pulverizada em diferentes veículos de comunicação.

Michelle Sousa - É um marco: antes e depois dele. Eu acho que, na linguagem dele, ele consegue chegar melhor nas pessoas e neste mundo mais contemporâneo, por isso acredito que ele está avançando mais nesse campo que os Papas anteriores.”    

Confira a reportagem completa de Andressa Collet aqui:  

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Formação



A missão na diocese maranhense de Brejo, na esteira de Aparecida

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, continuamos em nosso quadro “O Brasil na Missão Continental” com a participação do bispo da Diocese de Brejo, no Maranhão, Dom José Valdeci Mendes. 

Após ter-nos traçado na edição anterior um perfil desta Igreja particular da região do Baixo Paranaíba, na edição de hoje Dom José nos fala da missão em sua diocese, na esteira da Conferência de Aparecida.

Entre outras coisas, nosso convidado nos diz que o Documento de Aparecida é uma grande luz que continua iluminando toda nossa caminhada como Igreja no Brasil, na América Latina e Caribe. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Riqueza cultural mexicana em exposição nos Museus vaticanos

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Cidade do Vaticano (RV) – Grutas naturais, cascatas e florestas de manguezais, uma natureza selvagem e exuberante, além de uma riqueza de tradições e de cultura.

É o que oferece o Estado mexicano de Sinaloa, misturado a cores e sabores genuínos, uma riqueza cultural perpetuada de geração em geração.

As autoridades locais, em colaboração com a Embaixada do México junto à Santa Sé e ao Governatorato, quiseram oferecer este patrimônio aos milhares de visitantes que diariamente percorrem os corredores dos Museus Vaticanos.

Trata-se do projeto “Mão do mundo no Vaticano”, voltado a promover justamente as ricas tradições locais deste Estado mexicano.

Estão expostos, entre outros, objetos de artesanato produzidos por artistas locais, acompanhados por manifestações gastronômicas e música folclórica.

Muito significativa, em particular, a mostra formada por 40 imagens que ilustram a história e as atrações naturais de Sinaloa.

A exposição, prevista para terminar inicialmente em agosto, foi prorrogada até 21 de setembro, dia em que se celebra os 25 anos de restabelecimento das relações diplomáticas entre México e Santa Sé.

Inaugurada pelo Cardeal Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorato e Núncio no México de 2000 a 2007 – a mostra itinerante já passou pelo Museu do Louvre em Paris e pelo Metropolitan Museum, de nova Iorque.

Não é a primeira vez que o México organiza mostras e iniciativas em colaboração com os vários organismos do Estado da Cidade do Vaticano.

Célebre é a manifestação “Natal no Vaticano”, que a cada ano vê os Museus Vaticanos e a Sala Paulo VI serem embelezados por árvores de natal e presépios artísticos provenientes do país centro-americano.

A cada ano um Estado mexicano diferente – a começar por Jalisco, com forte presença católica – oferece o melhor das tradições locais na forma de arte, trabalhos artesanais, cultura e folclore.

A iniciativa no Natal foi realizada pela primeira vez em 2007 para celebrar o 15º aniversário das relações diplomáticas entre México e Santa Sé.

(JE)

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