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Sumario del 22/08/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Parolin encontra Ministro do Exterior russo: consolidar laços

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Moscou (RV) – “A Rússia e o Vaticano têm pontos de vista próximos sobre a crise global e sobre os temas de paz, da justiça social e dos valores familiares”, disse o Ministro do Exterior russo Sergei Lavrov, ao dar as boas-vindas ao Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin na manhã desta terça-feira, 22. 

Relações de alto nível

“Estamos felizes por este encontro, afirmou. É a primeira visita na Federação Russa neste século de um Secretário de Estado vaticano”, observou. “As nossas relações cresceram, chegando a níveis mais elevados. Além disso, estão se desenvolvendo as relações entre as Igrejas, como testemunha o encontro entre o Pontífice e o Patriarca Kirill”, acrescentou Sergei

“Estou honrado e emocionado em estar aqui com vocês e de encontrar amanhã o Presidente Vladimir Putin em Sochi”, disse por sua vez o Cardeal Parolin na abertura do encontro.

“Esta é uma ocasião propícia para verificar e consolidar as nossas relações bilaterais, que são de alto nível e por isto gostaria de expressar minha satisfação. O diálogo se realiza em altos níveis, como as consultas políticas tradicionais entre vice-ministros, que se ouvem com regularidade”.

Declaração do Cardeal Parolin

“Vim a Moscou para fazer-me intérprete junto a meus interlocutores da solicitude do Papa Francisco seja pela situação bilateral entre a Santa Sé e a Federação Russa, seja pelas questões e as preocupações no âmbito internacional”, disse o secretário de Estado vaticano em declaração feita na coletiva conjunta com Lavrov após a primeira parte do encontro entre ambos.

O colóquio ofereceu a oportunidade para discutir também algumas questões concretas com relação à vida da Igreja católica na Federação Russa, entre as quais “aquelas dificuldades que ainda permanecem acerca dos vistos de permanência para trabalho, para os religiosos não russos, e a restituição de algumas igrejas que se tornam necessárias para o cuidado pastoral dos católicos no país”, lê-se na declaração.

Busca de soluções justas e duradouras para os conflitos

No campo das questões de interesse internacional em primeiro lugar reiterei “que se busquem as soluções justas e duradouras para os conflitos que afligem, em particular, o Oriente Médio, a Ucrânia, e várias outras regiões do mundo” – afirma o Cardeal Parolin.

Ao tempo em que não pretende e não pode identificar-se com nenhuma das posições políticas, precisa o secretário de Estado vaticano, a Santa Sé “evoca o dever de ater-se rigorosamente aos grandes princípios do direito internacional, cujo respeito é imprescindível tanto para proteger a ordem e a paz mundial, quanto para a recuperação de uma sadia atmosfera de respeito recíproco nas relações internacionais”.

Menciona-se ainda na declaração a grande preocupação com a situação dos cristãos em alguns países do Oriente Médio e do continente africano, bem como em algumas outras regiões do mundo. A esse propósito, “a Santa Sé mantém constante preocupação no sentido de que seja preservada a liberdade religiosa em todo e qualquer Estado e em qualquer situação política”.

Temas no encontro com Putin

A situação dos cristãos no Oriente Médio e na África, assim como a situação na Síria e na Ucrânia estarão na pauta do encontro entre o Cardeal Parolin e o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, na quarta-feira, 23, em Sochi.

Quem antecipou o teor do colóquio foi a Sala de Imprensa do Kremlim, acrescentando que nos colóquios se falará também das “questões-chave das relações interestatais russo-vaticanas, incluídos os campos político e cultural-humanitário”.

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Parolin na Rússia encontra Hilarion e a comunidade católica

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Moscou (RV) – “Trago a saudação e a bênção do Papa Francisco que tem no coração a comunidade católica e a sociedade russa, à qual se sente ligado de modo especial após o encontro com o Patriarca Kirill” em Cuba no ano passado.

Assim expressou-se o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin na homilia da missa por ele presidida na Catedral da Imaculada Conceição, em Moscou. A tarde de segunda-feira, de fato, foi dedicada ao encontro com a comunidade católica russa.

“É uma alegria acolhê-lo aqui. Afora a visita do Cardeal (Angelo) Sodano (Secretário de Estado até 2006) que veio consagrar esta igreja, é a primeira visita de um Secretário de Estado à nossa comunidade”, recordou o Arcebispo da Igreja Mãe de Deus de Moscou, Dom Paolo Pezzi, ao abrir a celebração.

“A sua presença significa a do Papa. Somos agradecidos a Deus que nos deu este presente, porque é assim que vemos a sua visita, um sinal de Deus para que fortaleçamos a nossa fé, esperança e amor”.

“A possibilidade de celebrar aqui esta tarde foi uma grande graça que me foi dada pelo Senhor por meio de sua mãe Maria”, disse o Cardeal ao concluir a celebração com a sua bênção.

Estavam presentes diplomatas de diversos países, entre os quais Itália, Polônia, Alemanha e Suíça, assim como representantes de diversas Confissões cristãs e religiões.

Metropolita Hilarion

O Cardeal Parolin iniciou sua visita oficial à Rússia encontrando na manhã de segunda-feira o Metropolita Hilarion.

Um comunicado da Igreja Ortodoxa – referido pela Agência Tass -  revela que no encontro foram tratados temas “do Oriente Médio à Ucrânia”, sendo constatada “a proximidade das posições da Igreja Ortodoxa e da Santa Sé para que sejam encontradas soluções pacíficas para a região médio-oriental, em particular na Síria”.

Foi reiterado ademais, “que o retorno à vida pacífica será possível somente após a expulsão total dos milicianos dos territórios ocupados”.

O Cardeal Parolin observou que os cristãos começam a retornar aos territórios liberados do ISIS, porém, não obstante as mudanças positivas, a situação geral permanece muito complicada, sobretudo do ponto de vista humanitário.

Nesta terça-feira, na agenda do Cardeal Parolin, o esperado encontro com o Patriarca Kirill e com o Ministro dos Assuntos Exteriores Sergey Lavrov.

(JE/Agências)

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Papa na Colômbia: o primeiro passo para a reconciliação e a paz

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Bogotá (RV) – A tão esperada visita apostólica do Papa Francisco à Colômbia acontece em poucos menos de 15 dias. A viagem, de 6 a 11 de setembro, está sendo caracterizada como um sinal de reconciliação: de fato, será um “primeiro passo”, como sugere o tema da visita, de um caminho de renovação de paz no país, devastado há décadas pela guerra civil. 

O diretor-executivo da viagem do Papa, Dom Fabio Suescún Mutis, comentou que “dar o primeiro passo é um desejo, é uma decisão que se tem na vida”. E acrescentou:

Dom Fabio - “Quem dá o primeiro passo toma a decisão de deixar a situação que não lhe convém e de seguir o caminho em direção ao futuro com fé e esperança. A Colômbia precisa dar um primeiro passo para deixar para trás a situação de violência e de injustiça, que todos estejam dispostos à reconciliação e à reconstrução de um país novo com Jesus Cristo”.

Uma viagem que também compreende o contexto da América Latina, como descreve Dom Fábio:

Dom Fabio - “É um momento de graça, é um presente de Deus para que os povos latino-americanos possam reviver aquela fé que recebemos, que temos como um tesouro, mas que devemos torná-lo uma realidade em busca da justiça, em busca da reconciliação e com a preocupação para o bem comum”.

Dom Fabio também deu o seu testemunho sobre como os fiéis da Colômbia se preparam para a chegada do Pontífice, concluindo que:

Dom Fabio - “O Papa estará com a gente! Respiramos um grande desejo de que a visita do Papa possa fazer muito bem aos nossos corações e ao futuro da Colômbia”. (AC)

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Colômbia: "planos milimétricos" para segurança do Papa

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Bogotá (RV) – As autoridades colombianas estão tomando todas as medidas necessárias para garantir “milimetricamente” a segurança do Papa Francisco, que de 6 a 10 de setembro visitará as cidades de Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena, informou na segunda-feira o Vice-Presidente do país, Óscar Naranjo.

“O papamóvel percorrerá 135 km nas 4 cidades. Garantiremos a proximidade dos cidadãos ao Santo Padre, tal como ele pediu”, escreveu Naranjo em um twitter.

“Os planos de segurança para o Papa e os cidadãos estão sendo planejados milimetricamente”, garantiu o alto funcionário nomeado pelo Presidente Juan Manuel Santos como responsável em coordenar com as diferentes autoridades, as atividades relacionadas com a visita ao Sumo Pontífice.

Segurança discreta mas efetiva

Em entrevista concedida ao canal privado Caracol, Naranjo antecipou que a segurança do Papa Francisco será “sóbria, pouco visível em termos armados”, porém com “tarefas prévias de inteligência, de observação, do detalhe do percurso minuto a minuto, centímetro por centímetro na cidade”.

Naranjo revelou que o plano de segurança calculou quantos efetivos serão colocados em cada quilômetro linear do percurso do Papa e nas áreas circundantes.

Também foi confirmado que nas cidades a serem visitadas pelo Papa estarão disponíveis ambulâncias, salas de emergência e de terapia intensiva e de socorro imediato para qualquer necessidade do Pontífice ou da população.

O Governo colombiano destinou cerca de 10 milhões de dólares em apoio às quatro cidades incluídas no roteiro da visita e para garantir a transmissão de televisão, enquanto que a Igreja Católica e as autoridades locais também destinaram recursos para a organização.

Processo de paz

O Vice-Presidente atribuiu a decisão do Papa Francisco de visitar a Colômbia ao processo de diálogo com as FARC, que culminou em novembro passado com a assinatura de um acordo de paz.

“Não há um único país que esteja subestimando o que ocorreu aqui em relação ao fim do conflito armado”, sublinhou Naranjo, ressaltando que Sua Santidade “está por detrás deste apoio” e que “de tanto em tanto enviava mensagens alentadoras às partes”.

O Papa chega em um ano – avaliou – em que o país está experimentando uma “inflexão histórica”, que “deve ficar para trás a violência, deve ficar para trás essa tragédia, que estes 260 mil mortos vítimas do conflito não se repitam mais e que as oito milhões de vítimas sejam reparadas”.

O Papa Francisco será o terceiro Papa a visitar a Colômbia, depois de Paulo VI em 1968, São João Paulo II em 1986.

(JE com informações da Agência EFE)

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Com Francisco, Dia Mundial dedicado à Arte do descarte e dos descartados

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Roma (RV) - “Fazemos votos de instituir com o Papa Francisco um Dia mundial dedicado à Arte do descarte e dos descartados.” É o que expressam Jean-Marie Gervais e Mario Tarroni, respectivamente, o presidente e o diretor artístico da associação “Tota Pulchra” (Toda Bela), em resposta ao apelo que o Santo Padre dirigiu no início deste mês de agosto aos artistas “a fim de que, mediante as obras de seu talento, ajudem todos a descobrir a beleza da criação”.

Justamente porque “Tota Pulchra” “nasceu em maio de 2016, com uma grande propensão a colher as potencialidades sociais da arte”, nasceu o projeto sobre a arte e os mais pobres “Coloremos São Pedro”, baseado num segundo Renascimento, com novas formas, novas linguagens e um novo modo de entender o belo, inclusive mediante a arte dos descartados”, lê-se numa nota.

“Tota Pulchra”, primeira associação a responder ao apelo do Papa Francisco, “quer dar espaço aos artistas, especialmente jovens e/ou indigentes, ajudando-os a expressar a própria arte, organizando e promovendo eventos (exposições, festas, exibições, concursos), também junto a outras entidades e associações”, prossegue a nota.

A ideia do “Dia mundial dedicado à Arte do descarte e dos descartados” nasceu para dar vida a “um segundo Renascimento que não descarte nada, mas que assuma as capacidades de colocar a humanidade num diálogo aberto e espontâneo entre passado e presente, criando uma nova forma de belo projetada rumo a um futuro de liberdade expressiva que pertence a todos”. (RL/Sir)

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Igreja no Brasil



"Proteger os migrantes com cidadania e trabalho", pede o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - A mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, divulgada segunda-feira (21/08) pela Santa Sé, sublinha quatro verbos essenciais para responder aos desafios neste setor: “acolher, proteger, promover e integrar”. A celebração da data decorre em 14 de janeiro de 2018.

Francisco reforça a sua preocupação pela “lamentável situação que vivem tantos migrantes e refugiados”, devido a contextos de guerra, perseguição, pobreza e catástrofes naturais.

Depois de analisarmos o verbo ‘acolher’, o bispo de Pesqueira (PE) e referencial do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, Dom José Luiz Ferreira Sales comenta o segundo termo, “proteger”.

“Cuidar para que os migrantes não caiam vítimas do abuso, do tráfico humano e do trabalho escravo”, assinala.

Ouça: 

(cm)

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Ano Mariano motiva revitalização de santuário no sul do Brasil

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Erechim (RV) – No ano em que se celebra o centenário das aparições de Maria em Fátima, um espaço mariano ganha obras de revitalização no norte do Rio Grande do Sul. O santuário na cidade de Erechim foi reinaugurado no último final de semana, depois de uma reforma importante no local, com nova arborização, trabalhos na explanada e no prédio antigo, de 60 anos, que exigia melhorias, principalmente, para garantir a segurança dos peregrinos.

Foram cerca de 8 meses de reforma, como explica o Padre Valter Girelli, reitor do Seminário e do Santuário Nossa Senhora de Fátima: “uma obra digna do centenário de Nossa Senhora de Fátima e com o envolvimento de toda uma comunidade para pensar e investir financeiramente na obra”.

As partes internas ganharam nova iluminação, climatização e sistema de som, com a preservação histórica da arquitetura e dos bens do espaço. Já na área externa, além das calçadas e do asfalto refeitos, os fiéis já podem rezar perante uma nova imagem de Nossa Senhora de Fátima. Na parte de arborização, centenas de árvores das espécies de ipês, jacarandás e cerejeiras japonesas foram replantadas.

O projeto arquitetônico procurou priorizar os detalhes de um centro de espiritualidade, já que o santuário promove novenas e mobiliza milhares de devotos, mas também tem se tornado um espaço de lazer, ocupado por famílias inteiras, idosos e jovens. O local fica aberto à comunidade das 5h às 22h.

Pe. Valter Girelli - É um espaço particular, da Igreja, mas nunca se fechou a porta pra ninguém, pra nenhum credo, pra nenhuma opção ideológica. O espaço está aberto a todos para virem descansar e rezar. E uma das belezas daqui é esta: não tem portão, não tem chave, as pessoas vêm e ficam à vontade. E é diferente de uma praça pública, porque é frequentado por famílias que têm consciência de deixar o espaço limpo e organizado. Sempre que escuto o depoimento das pessoas que vêm buscar o espaço para lazer, mas buscam também sempre com uma outra intenção: ‘o espaço do santuário é místico, a gente sente e respira essa áurea religiosa’. Certamente a beleza desse espaço é a dimensão religiosa. Por isso, todos os dias nós temos gente rezando em frente ao monumento, agradecendo, acendendo vela, fazendo a sua devoção, a sua manifestação religiosa.”

Uma celebração presidida pelo bispo, Dom José Gislon, marcou solenemente a reinauguração do santuário no domingo, 20 de agosto. A missa foi concelebrada por dezenas de padres, diáconos, seminaristas e religiosas, e contou com a participação do Coral do Santuário.

A grande motivação da reforma, como relembra o Pe. Girelli, é o centenário das aparições de Maria em Fátima mas, também, uma oportunidade para recuperar a espiritualidade das pessoas que, segundo ele, é a grande crise enfrentada pela humanidade.

Pe. Valter Girelli - Temos que transformar os corações das pessoas. E nesse sentido entra o papel das religiões, das Igrejas, da espiritualidade, da mística, que é algo que recupera essa dimensão dos valores e da dignidade do ser humano, da sacralidade. Colocar no centro o ser humano como imagem e semelhança de Deus, e não colocar aí a busca pelo dinheiro, economia e poder, mas o respeito fundamentalmente do ser humano. E a espiritualidade e a oração têm um papel fundamental nesse processo.”

Ouça a reportagem de Andressa Collet aqui:  

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Dom Darci: "A edu-comunicação é necessária e atual"

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Joinville (RV) – Chegou ao fim a 10ª edição do Mutirão Nacional de Comunicação, realizado na cidade catarinense de Joinville. Membros da pastoral de comunicação de paróquias, padres, religiosos, estudantes e amigos da comunicação católica participaram da experiência.

O Mutirão foi encerrado sábado (20/08) com a uma missa presidida por Dom Darci Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG) e referencial da Comissão de Comunicação da CNBB, no Santuário de Madre Paulina.

No dia anterior, em um momento de espiritualidade, Dom Darci fez a consagração de todos os comunicadores a Nossa Senhora Aparecida, no ano em que se celebra 300 anos do achado da imagem.

A RV esteve presente no evento e em entrevista a Silvonei José, o bispo define o 10º Muticom como o ‘ápice de uma caminhada’, a celebração da trajetória dos últimos 20 anos da comunicação católica ‘em mutirão’ no Brasil. E sua avaliação deste ‘caminhar’ é positiva. “A edu-comunicação, afirma, é importante, necessária e atual”.

Ouça aqui: 

(sp/cm)

 

 

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Igreja na América Latina



Card. Urosa: extrema preocupação com situação política na Venezuela

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Caracas (RV) - O desaparecimento forçado do general aposentado Raul Isaias Baduel desde 8 de agosto, o massacre de 37 jovens detidos no cárcere de Puerto Ayacucho, o tratamento cruel aos prisioneiros políticos e comuns, as 110 vítimas em quatro meses de crise política: são as preocupações do arcebispo de Caracas, na Venezuela, Cardeal Jorge Urosa Savino, expressas esta terça-feira (22/08). 

A família não sabe nada sobre o paradeiro do general Baduel: trata-se de um desaparecimento forçado, um fato gravíssimo”, disse o purpurado. Ademais, “há muitas pessoas detidas que estão sofrendo muitíssimo”, entre as quais “os jovens reclusos no cárcere de El Dorado, o jovem Carlos Graffe e o professor Santiago Guevara”, prosseguiu.

Época muito complicada e crise cada vez pior

Muitos deles estão doentes. “Estamos vivendo uma época muito complicada e a crise é cada vez pior”, afirmou. O Cardeal Urosa citou também o massacre no cárcere de Puerto Ayacucho, com forças privadas que teriam entrado em ação para reprimir uma revolta interna.

“Segundo as primeiras informações foram massacrados 37 jovens, mas não se sabe nada”, disse. O arcebispo de Caracas pediu que o ocorrido seja investigado e que “os culpados sejam punidos segundo as leis vigentes”. Em seguida, recordou também a situação dos prefeitos que pertencem aos partidos da oposição:

Bispos extremamente preocupados com situação política muito grave

“Muitos deles foram detidos, condenados, destituídos ou sancionados de modo exagerado. É uma situação política muito grave.” Como bispos venezuelanos “estamos extremamente preocupados e continuamos convidando o governo a resolver esses problemas”, concluiu ele. (RL/Sir)

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Igreja no Mundo



Paquistão: cristão morre na prisão por não ter renegado a fé

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Islamabad (RV) – Mais um mártir cristão no Paquistão. Desta vez é um homem de 38 anos, Indaryas Ghulam, morto no dia 13 de agosto na prisão de Lahore, acusado, junto com outros 41 cristãos de ter participado do linchamento de dois muçulmanos. O episódio teria ocorrido após os atentados contra duas igrejas de Youhanabad em março de 2015, que provocou 19 mortos e 70 feridos.

Indaryas deixa três filhas, de 12, 10 e 6 anos e a mulher Shabana, de 36.

A British Pakistani Christian Association (BPCA), recorda que com sua morte, sobe para cinco o número de cristãos assassinados na prisão: Robert Danish (2009), Qamar David (2011), Zubair Rashid (2015) e Liaquat Mashi (2016).

A Associação também informou (BPCA) que a mulher e a filha de Indaryas - condenado à morte por enforcamento mesmo tendo se declarado inocente - teriam constatado evidentes sinais de tortura no corpo, como cortes e sinais de queimado. Somado a isto, três meses antes de ser preso, Indaryas pegou tuberculose sem nunca ter recebido nenhum tratamento na prisão.

Não abjurou da fé

Em Ghulam o Procurador Syed Anees Shah ofereceu a ele e a outros prisioneiros a conversão ao islã em troca da liberdade, oferta recusada por Indaryas. O fato, admitido pelo próprio Procurador, foi denunciado na mídia paquistanesa.

No Paquistão a vida para as minorias religiosas não é fácil, sobretudo devido à “lei sobre a blasfêmia”, que já levou à condenação de muitos cristãos, acusados frequentemente de forma arbitrária por ofensas ao Profeta Maomé. Entre estes está Asia Bibi, na prisão desde 2009 e condenada à morte. (JE/EM)

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Serra Leoa: Bispos pedem "conversão ecológica" para evitar novas tragédias

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Freetwon (RV) – “Os nossos corações e as nossas orações são voltadas às famílias dos falecidos e a todos aqueles que ficaram sem casa, assim como aqueles que foram lançados na pobreza por este desastre”, escrevem os Bispo de Serra Leoa, na mensagem de pesar pela tragédia ocorrida na noite entre 13 e 14 de agosto, quando a encosta de um morro conhecido como “o filão do pão” desmoronou sobre a cidade de Regent.

Na mensagem – enviada à Agência Fides – é chamada a atenção para a responsabilidade do homem em prevenir estes desastres, provocados frequentemente pelo descuido, pelo desmatamento selvagem e pelas construções irregulares.

“A Encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, obriga as nossas consciências coletivas a promover a verdadeira conversão ecológica e a viver em paz com a natureza. Os cidadãos de Serra Leoa têm a responsabilidade de cuidar de “nossa Casa comum”.

“A Igreja Católica, por meio da Caritas, em colaboração com as Agências católicas de desenvolvimento, irá colaborar e poiará o governo em seus esforços para reduzir os sofrimentos de nossos compatriotas” continua a mensagem, que conclui prometendo “continuar a rezar pelas almas de todas as vítimas”.

O balanço das vítimas, ainda parcial, se aproxima dos 600 mortos, dos quais, cerca de 450 corpos já foram recuperados.

(JE/Fides)

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Encontro Mundial das Famílias de Dublin: “Família, alegria para o mundo”

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Knock (RV) - “O Evangelho da Família: alegria para o mundo”: este é o tema do 9º Encontro Mundial das Famílias. Nesta segunda-feira, (21), no Santuário de Knock, na Irlanda, foi apresentado o itinerário de preparação para o evento. A manifestação internacional, desejada por João Paulo II, e que se realiza a cada três anos, será organizada em Dublin de 21 a 26 de agosto do próximo ano. Ilustraram os encontros e conteúdos, o Arcebispo Diarmuid Martin, e o Padre Timothy Bartlett, Secretário Geral do encontro. 

Em uma carta de 25 de março, o Papa Francisco convidou aqueles que irão organizar e participar do encontro a aprofundarem “o ensinamento de “Amoris laetitia”, com o qual a Igreja quer que as famílias estejam sempre em caminho, naquele peregrinar interior que é manifestação de vida autêntica”.

Padre Paolo Gentili, Diretor do escritório nacional da Pastoral da Família da Conferência Episcopal Italiana, fez parte de uma das equipes internacionais que ajudaram a preparar o encontro:

“Pela primeira vez, o comitê organizador decidiu convocar todas as equipes das várias conferências episcopais do mundo. Alguns meses atrás, precisamente neste encontro, em que se viveu a fraternidade, nos dividimos em grupos linguísticos e começamos a refletir sobre o tema, sobretudo a preparar o espírito de acolhida de tantas famílias que gostariam de participar”.

Os organizadores também criaram o programa “Amoris. Vamos falar sobre a família! Somos família!”: um itinerário que, a partir da “Amoris laetitia, oferecerá às paróquias de todo o mundo, conteúdos de vídeo, textos, animações e atividades para colocar-se a caminho do encontro de 2018. E destaca Padre Paolo:

“A Igreja da Irlanda há uma participação que, nos últimos anos, caiu drasticamente. É uma Igreja em busca, que também está ensinando métodos novos, o clima doméstico. Muitas vezes temos uma paróquia que é muito baseada em estruturas, sobre encontros que são feitos, sobre os caminhos que se propõem, mas isso não é suficiente. Precisamos de mais: entrar nas casas e viver a vida cotidiana da vida familiar de forma mais próxima, descobrindo a dinâmica do Evangelho como motor. Talvez hoje encontramos na família a resposta, não tanto o problema a ser resolvido mas, verdadeiramente a fissura que mostra uma luz para ser uma nova comunidade que perfuma de Evangelho familiar”.

Os momentos previstos no programa do 9º Encontro Internacional serão: no dia 21 a inauguração em todas as dioceses irlandesas, de 22 a 24, o Congresso, dia 25 o Festival das Famílias e no dia 26 a Missa de encerramento. (SP)

 

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Abadia cisterciense de Casamari celebra 800 anos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou o Cardeal Pietro Parolin como seu enviado para aa celebrações do VIII centenário de consagração da Basílica da Abadia cisterciense de Casamari (Itália), a ter lugar 15 de setembro de 2017.

A fundação da Abadia de Casamari remonta ao alvorecer do segundo milênio, quando alguns religiosos de Veroli, com a intenção de formar uma comunidade monástica beneditina, começaram a construir um mosteiro sobre as ruínas de Cereate, ex-moradia do romano Caio Mario, nome que deu origem à denominação de Casamari, Casa de Mario.

Por volta da metade do século XII, os monges beneditinos foram substituídos pelos cistercienses os quais, em um arco relativamente breve de tempo, construíram o atual mosteiro, uma verdadeira pérola da arquitetura cisterciense.

Após um período de esplendor, a partir da metade do século XIV Casamari entrou em um lento processo de declínio, até que, em 1717, ali chegou uma comunidade de monges cistercienses reformados, chamados Trapistas, provenientes de Buonsollazzo, Toscana, que deram um novo impulso à vida espiritual, cultural e material do mosteiro.

Na época napoleônica e durante o século XIX, Casamari sofreu invasões, saques, incêndios e derramamento de sangue.

Despojada de seus bens com as leis de expropriação de 1873, a abadia, no ano seguinte, foi declarada monumento nacional.

Em 1929 Casamari, junto com os mosteiros por ela fundados, foi elevada a Congregação monástica autônoma, agregada à Ordem Cisterciense.

Atualmente vivem na Abadia de Casamari 16 monges. (JE)

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Entrevistas



Alcoolismo: consumo varia entre os países

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Cidade do Vaticnao (RV) - Continuamos a tratar em nosso espaço de saúde o tema do alcoolismo, dependência do indivíduo ao álcool considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. 

Perguntamos ao psiquiatra Dr. Erwin Hunter especialista em álcool e droga pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) se o consumo de álcool faz parte da cultura dos povos. 

(MJ)

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Formação



A quem pertencem as terras do Brasil?

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Cidade do Vaticano (RV) – No último dia 16 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedentes as ações movidas pelo estado de Mato Grosso contra a União Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) em função da demarcação de terras indígenas. A decisão reafirmou os direitos constitucionais dos povos originários e enfraqueceu a tese do marco temporal.

Depois de semanas de intensa mobilização, povos indígenas comemoraram a importante vitória. A luta contra o marco temporal não se encerra, mas uma importante batalha foi vencida.

Qual a relação entre direito e terra? Responde o filósofo, teólogo e assessor de pastorais e movimentos sociais, Ivo Poletto. Ouça: 

Afinal, quem tem direito em relação à terra?

Seriam só os que têm título de propriedade? Mas, em nosso país, títulos de propriedade só existem depois de 1850, a partir da Lei de Terras. Antes disso, a família real era a única dona de todo o Brasil, e entregava áreas de terra a quem ela queria. A partir da Lei de Terras, os que ocupavam essas áreas tiveram oportunidade de registrá-las e receber o título de propriedade.

É mais do que justo que os povos indígenas apresentem essa pergunta: e nós, que já ocupávamos e vivíamos em nossos territórios, por que não viramos proprietário?

A votação do STF do dia 16, decidindo que o governo do estado do Mato Grosso não tinha direito à indenização pelas terras que foram demarcadas como territórios indígenas, nos ajuda e conhecer a origem do chamado direito de propriedade. Em resumo, o direito legal de propriedade tem origem na imposição da vontade dos poderosos, que ocuparam a ferro e fogo os territórios dos povos que existiam antes de 1500 em nome e em favor do Rei de Portugal e das elites protegidas por ele. Depois disso, o que foi dado pelo rei foi transformado em propriedade legal através da aprovação de uma lei por um parlamento e um imperador que só representavam os interesses das elites privilegiadas.

Os povos indígenas não faziam parte dessas elites. Pelo contrário, as leis das elites alimentavam preconceitos em relação a eles, afirmando que eram como as crianças, e por isso não podiam ter título de propriedade, que é um contrato feito com o Estado ou com o proprietário anterior.

Agora vejam, a ação do governo do Mato Grosso revela que as elites políticas governam com a mesma visão preconceituosa em relação aos povos indígenas. Eles não têm nem podem ter direito a um território. E se um governo federal decide passar terra para eles, deve indenizar o seu dono, o Estado do Mato Grosso. Os povos não teriam direito originário aos territórios em que vivem há séculos e milênios.

Quando o nosso país aceitará o direito originário, o direito dos povos que vivem no território brasileiro há milênios, bem antes de 1500? Resta-nos torcer que pelo menos o STF o confirme ao julgar a ação do marco temporal, que pretende o absurdo de limitar este direito ao ano de 1988.

Ivo Poletto, do FMCJS

 

 

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Atualidades



Terremoto na Itália: Igreja se mobiliza com coleta de doações

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Nápoles (RV) – O terremoto de magnitude 4.0 que sacudiu mais uma vez os italianos, desta vez ao sul do país, fez com que as 25 dioceses da região da Campânia se mobilizassem para ajudar as famílias e os turistas que se viram desabrigados desde a noite desta segunda-feira (21). Uma coleta – de doações em dinheiro e de materiais de necessidades básicas – está sendo coordenada pela Caritas regional (caritascampania@tiscali.it). 

O Cardeal Crescenzio Sepe, presidente da Conferência Episcopal da Campânia, expressa a sua dor e total proximidade da Igreja a todos que sofreram com o terremoto na ilha de Ísquia. O arcebispo de Nápoles segue constantemente, através das TVs all-news, as atividades de socorro e também reza pelas famílias das vítimas, dos feridos e desaparecidos.

A ilha de Ísquia é um dos destinos turísticos do verão europeu e um dos mais populares do Golfo de Nápoles, além de ter origem vulcânica. O presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (Ingv), Carlo Doglioni, explica que, numa área vulcânica assim, o calor se dissipa muito na crosta e, quanto mais a crosta é quente, mais existe a possibilidade que um sismo seja registrado na área mais fria e externa. Por isso, segundo ele, os terremotos que acontecem em regiões vulcânicas são frequentemente muito superficiais, porém, potencialmente destrutivos quando as construções são vulneráveis. (AC/Ansa)

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Eclipse nos recorda a beleza do universo, diz jesuíta Consolmagno

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Washington (RV) – O jesuíta Guy Consolmagno, Doutor em Ciências Planetárias e Diretor do Observatório Vaticano, encontra-se em visita aos Estados Unidos, único local do planeta em que se pode observar o eclipse total do sol desta segunda-feira, 21 de agosto.

Expert em asteróides e meteoritos, ele conversou na quinta-feira, 17 de agosto, com a Revista Time, depois de chegar ao local de onde poderia observar com maior precisão o fenômeno que durou cerca de 1h33min: a cidade de Hopkinsville, no Kentucky.

“Deus pode ter feito o universo de muitas maneiras diferentes – observou ele. Deus optou por fazer um universo racional, de modo que pudéssemos prever estes eclipses com uma enorme precisão, e ao mesmo tempo (...) rejubila-se em ver a beleza que acontece, que podemos experimentar, ver sua beleza”.

Somos parte do universo

Sobre o significado do eclipse, o Diretor do Observatório Vaticano afirmou que o fenômeno “nos recorda a imensa beleza no universo, que ocorre fora de nosso pequeno campo de preocupações. Nos tira de nós mesmos e nos faz recordar que somos parte de um universo grande,  glorioso e bonito”.

“O significado vem com os questionamentos, observa. Existem tantas maneiras diferentes de aproximar-se espiritualmente da vida. Comece com qualquer tradição sua e pergunte-se: “Que questionamentos isto suscita em mim?” E reflita sobre estas perguntas somente em seu coração”, recomendou.

O exemplo de Maria

Neste sentido, o jesuíta recordou a Virgem Maria e aquilo que se falou sobre como ela compreendeu o Menino Jesus enquanto o criava:

“Não escreveu um livro sobre Cristologia. O Evangelho de São Lucas nos diz que ela meditava todas estas coisas em seu coração. E simplesmente tomar este tempo para refletir, não é algo a que costumas dedicar tempo suficiente”, observou.

Em declarações à WKMS News, o astrônomo assegurou que não obstante algumas pessoas desejem que o eclipse se trate de um evento sobrenatural, isto não é o que Deus deseja.

Eclipse não é algo para ser adorado ou temido

“As estrelas não devem ser adoradas, o eclipse não é algo para ser adorado ou temido, e isto é parte de nossa fé religiosa, é algo para desfrutar, é algo para poder sentar-se e apreciar a beleza ‘bem feita por Deus’”, enfatizou.

Oportunidade para maior união e aprendizado

Para o Irmão Consolmagno, qualquer pessoa que faça a experiência de contemplar um eclipse, “de estar embaixo da sombra da lua”, terá a sensação de estarmos debaixo do mesmo céu, uma “sensação comum que é algo que pode nos unir e nos motivar a querer aprender mais”, concluiu.

(JE/Aica)

 

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Padre brasileiro relata destruição na Ilha de Ísquia causada por terremoto

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Roma (RV) –  Duas mulheres mortas, 39 feridos, 2.600 desabrigados. Este é o balanço do terremoto que sacudiu a Ilha italiana de Ísquia, próxima à Nápoles, na noite de segunda-feira, 21 de agosto.

A população na ilha no momento do abalo era de cerca 26 mil pessoas, muitos turistas, que começaram a abandonar o local. Somente durante a noite, graças ao trabalho da Capitania dos Portos, 1.051 pessoas deixaram a ilha.

Às 4 da manhã os bombeiros conseguiram retirar dos escombros, em boas condições, um bebê de apenas sete meses, o filho menor de uma família que ficou sob os destroços de um prédio de três andares. A mãe o pai já haviam sido retirados em boas condições.

Crianças soterradas

Dois irmãos, Ciro e Mattia, de 7 e 5 anos, haviam ficado sotterados. Depois de 14 horas sob os escombros de sua habitação, eles foram resgatados com vida e passam bem.

“Foi uma noite terrível, não tenho palavras para contar”, relatou o pai das crianças ao telejornal TG1. “Eu estava na cozinha e as duas crianças no quarto, minha mulher estava no banheiro e conseguiu sair pela janela. Desabou tudo sobre o primeiro andar e os bombeiros conseguiram me retirar para fora. Os bombeiros foram bravíssimos”.

Sacerdote brasileiro

O Padre brasileiro Antonio Marcello Todeschini, residente na ilha, assim nos relatou por e-mail o ocorrido:

“Depois de celebrar a Missa em Lacco Ameno, voltava para casa e aconteceu uma explosão, um tremor de terra rápido (2 segundos), escuridão total, dava a impressão de que o solo ia nos engolir, e as pedras dos muros desabar sobre nós,  corremos para nos proteger próximo ao mar. Isto durou alguns segundos que pareciam uma eternidade.

Tomamos o caminho de volta, rezando, a população estava toda nas ruas, falavam o tempo inteiro, todos ao mesmo tempo. Voltou a luz, respiramos mais à vontade. As primeiras notícias, algumas casas, uma Igreja haviam desabado. Duas vítimas. A notícia é que há 2 crianças ainda soterradas, mas que já se tem contato e estão sendo tranquilizadas pelos pais. Um grande multidão de turistas abandona a ilha.

Agora está tudo mais tranquilo, ainda se ouve os helicópteros sobrevoando, as sirenas soando a cada instante, mas é a operação habitual nestas emergências”.

Construções irregulares

Mesmo com a magnitude de 4.0 graus na Escala Richter, o tremor provocou muita destruição, especialmente em Casamicciola, costa norte da ilha.

“Não é normal que um tremor desta assim provoque desabamentos de edifícios e evacuação de hospitais”, denunciou Egidio Grasso, Presidente da Ordem dos Geólogos da Campanha. “As causas poderiam ser buscadas nos efeitos de amplificações sísmicas locais ou nas construções irregulares realizadas sem nenhuma verificação sísmica”.

Já o sismólogo Enzo Boschi não exclui um novo abalo sísmico: “A prática nos ensina que na Itália os abalos costumam ocorrer em dois”, explicou, advertindo que se deveria esperar ao menos 15 dias, se não um mês, para possíveis réplicas.

Em 1983 um terremoto no mesmo local havia provocado 2.300 mortos.

(JE com Agências)

 

 

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Terra Santa: Dom Pizzaballa, "muro israelense é uma vergonha"

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Roma (RV) - “O muro israelense é uma vergonha, e permanece tal. É uma ferida na história, na geografia, na vida das pessoas, um símbolo dolorosíssimo da situação de incomunicabilidade entre israelenses e palestinos, do medo, da falta de perspectivas e de visão das duas partes.” 

Disse o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, numa coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (22/08) no Encontro de Rimini, centro-norte da Itália.

“Há gerações de palestinos que jamais estiveram da outra parte do muro, e o mesmo vale para os israelenses. É um sinal da triste situação na qual nos encontramos hoje” – afirmou o arcebispo.

Falta de diálogo entre israelenses e palestinos

“Neste momento não há diálogo entre israelenses e palestinos, não temos diante de nós grandes cenários e nem mesmo grandes visões. Estamos numa fase de estagnação”, reconheceu Dom Pizzaballa.

A situação de ambiguidade pesa de modo particular, não há paz, nem guerra, e esta condição “está deteriorando a situação. O único caminho de salvação é trabalhar nas pequenas realidades à espera de que a comunidade internacional faça alguma coisa”.

Questão Jerusalém é crucial na crise israelense-palestina

Uma das questões cruciais, se não “o problema” da crise entre israelenses e palestinos é Jerusalém: enquanto houver alguém, israelense ou palestino, que rejeite a ligação do outro à cidade santa será um problema”, reiterou o administrador apostólico.

Em Jerusalém judeus, cristãos e muçulmanos devem sentir-se em casa. E para que isso aconteça todos devem ser acolhidos. Neste momento, infelizmente, os fatos não vão nessa direção. É tarefa dos líderes religiosos e dos políticos deixar de considerar Jerusalém como exclusivamente própria, mas propriedade aberta a todos para partilhar a sua pertença”, disse ainda Dom Pizzaballa. (RL/Sir)

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