Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 29/08/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Entrevistas

Atualidades

Papa e Santa Sé



Dia contra testes nucleares: Francisco por um mundo sem armas atômicas

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Celebra-se este 29 de agosto o Dia internacional contra os testes nucleares, aprovado em 2009 pela Assembleia da Onu com o objetivo de promover o princípio de que “deveria ser feito todo esforço para dar fim aos testes nucleares e desse modo eliminar seus efeitos devastadores sobre a vida das pessoas”. Desde o início de seu Pontificado, Francisco tem se pronunciado com veemência em favor da eliminação das armas nucleares. 

Em 7 de dezembro de 2014 o Santo Padre enviou uma mensagem para a Conferência de Viena, na Áustria, sobre o impacto humanitário das armas nucleares. Para o Papa “é preciso uma ética global se quisermos reduzir a ameaça nuclear e trabalhar por um desarmamento nuclear”.

Impacto sobre as gerações vindouras e sobre o planeta

Francisco afirma que as armas nucleares constituem um problema global tendo impacto sobre as gerações vindouras, bem como sobre o planeta – que é nossa casa comum.

Evidencia a necessidade de uma ética global se quisermos diminuir a ameaça nuclear e trabalhar para o desarmamento nuclear. Evocando a encíclica Sollicitudo rei socialis, n. 38, de João Paulo II, reitera que agora, mais do que nunca, a independência tecnológica, social e política exige urgentemente uma ética de solidariedade.

Ao lembrar que as consequências humanitárias das armas nucleares são previsíveis e planetárias, com potencialidade de destruir nós e a civilização, adverte que em vez de nos concentrarmos muitas vezes sobre a potencialidade das armas nucleares para os massacres em massa, deveríamos prestar mais atenção aos “sofrimentos desnecessários” causados pelo seu uso.

Contrastar lógica do medo com ética da responsabilidade

Outro ponto importante de grande atualidade destacado por Francisco é o de que a dissuasão nuclear e a ameaça da destruição recíproca assegurada não podem ser a base de uma ética de fraternidade e de coexistência pacífica entre povos e Estados. “Agora é o tempo de contrastar a lógica do medo com a ética da responsabilidade, de forma a promover um clima de confiança e de diálogo sincero”, exorta o Pontífice.

Francisco chama a atenção para o fato que gastar em armas nucleares dilapida a riqueza das nações e que quando estes recursos são desperdiçados, os pobres e os mais frágeis que vivem às margens da sociedade pagam o preço.

A paz não “é ausência de guerra; nem se reduz ao estabelecimento do equilíbrio entre as forças adversas, nem resulta de uma dominação despótica”, lembra ainda o Pontífice citando uma passagem solene do documento conciliar Gaudium et spes, 78.

Mediante a confiança recíproca estabelecer paz verdadeira e duradoura

Devemos estar profundamente comprometidos em fortalecer a confiança recíproca, pois só mediante esta confiança é possível estabelecer uma paz verdadeira e duradoura entre as Nações: é a exortação do Pontífice fazendo eco às palavras do Papa João XXIII na histórica encíclica Pacem in terris, n. 113.

Em março deste ano Francisco encorajou com uma mensagem os participantes da Conferência da Onu para a aprovação de um tratado sobre a proibição das armas nucleares.

Empenhar-se por um mundo sem armas nucleares

O Pontífice reiterou a urgência de empenhar-se por um mundo sem armas nucleares. “Devemos também perguntar-nos como é possível um equilíbrio baseado no medo, quando este tende efetivamente a aumentar o medo e a minar as relações de confiança entre os povos – escreve na referida mensagem.

“O objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário”, conclui o Papa. (RL)

inizio pagina

Card. Parolin: a exemplo de Santo Agostinho, Papa indica caminho do diálogo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A contribuição que Santo Agostinho “dá a nossos tempos difíceis do ponto de vista geopolítico” é “a lição do diálogo”, caminho que “também o Papa Francisco não cessa de indicar-nos para fazer a paz”. É o que afirma o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em entrevista publicada no último número do semanário da diocese italiana de Pavia “Il Ticino”. 

Por nascimento, um encontro entre dois mundos

“Agostinho, africano da Numídia, era filho de uma mãe (Mônica) de raça berbera – um povo ainda existente na atual Argélia, razão pela qual os argelinos o reconhecem como compatriota – e de um pai (Patrício) talvez colono romano. Portanto, nele já se realizava por nascimento um encontro entre dois mundos”, explica o Cardeal Parolin.

Após os estudos e o ensino em Cartago, veio primeiro a Roma e depois foi para Milão, capital de então do império romano do Ocidente.

Graças também a sua mãe, Santa Mônica, abraçou a fé católica

Em Milão, graças ao sacerdote Simplício e ao bispo Ambrósio, abraçou a fé cristã da Igreja católica, transmitida também por sua mãe, acrescenta o purpurado que esta segunda-feira (28/08) presidiu na Basílica de São Pedro in Ciel d’Oro de Pavia – norte da Itália – à celebração eucarística por ocasião da memoria litúrgica do santo doutor da Igreja.

Capacidade de dialogar com todos

“A sua experiência africana e romana, em particular, do cristianismo milanês, fez dele uma síntese única e intelectual” que o predispôs “à capacidade de dialogar com todos”: representantes das instituições romanas e grupos divergentes dentro da comunidade eclesial, observa o purpurado.

Construir pontes de diálogo, indica-nos também Francisco

“Considero que propriamente a lição do diálogo constitua a contribuição que o grande bispo de Hipona dá a nossos tempos difíceis do ponto de vista geopolítico. Construir sempre pontes de diálogo com os outros é o caminho que também o Papa Francisco não cessa de indicar-nos para fazer a paz”, conclui o secretário de Estado vaticano. (RL/Sir)

inizio pagina

Bispos aconselham que o Papa não use o termo “Rohingya” de minoria religiosa

◊  

Pyay (RV) – A Conferência Episcopal de Mianmar sugeriu ao Papa Francisco de não usar o termo “Rohingya” durante a sua viagem apostólica ao país - anunciada nesta segunda-feira (28) e prevista para novembro. A notícia foi divulgada pela agência católica asiática Ucanews.

Dom Alexander Pyone Cho, arcebispo de Pyay, da diocese do Estado Rakhine, local onde mora a minoria muçulmana perseguida pelo governo, comentou que “a palavra Rohingya faz parte de um tema sensível no país e seria melhor que não fosse usada durante a visita”.

No último domingo (27), depois da oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, o Papa Francisco chegou a fazer um apelo por ajuda e plenos direitos à essa comunidade étnica em fuga por causa da violência desde 2012, e chegou a citá-los como “irmãos Rohingya”. A viagem apostólica do Santo Padre, porém, visa a promoção do diálogo entre as religiões, tanto que o lema da visita ao país será “Amor e Paz”. (AC/SIR)

inizio pagina

Igreja no Brasil



O 'Pacto das Catacumbas' explicado por Dom José M. Pires

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Depois do velório na Paróquia Nossa Senhora das Dores, na capital mineira, o corpo de Dom José Maria Pires chegou a João Pessoa na madrugada de terça-feira (29/08), onde será sepultado. 

Às 16h, na Catedral das Neves, será celebrada a missa exequial, com o rito da última encomendação e despedida. Em seguida, faz-se o sepultamento.

Vida e trajetória

Natural de Córregos, em Minas Gerais, Dom José Maria Pires tinha 70 anos de ordenação como padre e 60 como bispo. Como bispo, foi presidente da Comissão Episcopal do Nordeste 2, que reúne os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Ele foi o quarto bispo da região metropolitana de João Pessoa e esteve à frente da Igreja Católica na Arquidiocese entre os anos de 1966 e 1995. 

Dom José participou do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965, tendo sido um dos signatários do Pacto das Catacumbas. Transferido para João Pessoa (PB), em 1965, ficou mais próximo de Dom Helder Câmara, um aliado na luta pelos direitos humanos. Teve participação valiosa nos conflitos pela terra na Paraíba, ao defender camponeses.

Em defesa dos mais pobres, sempre

Sua atuação na época da Ditadura Militar, quando desenvolveu um trabalho pautado na conjunção da atividade religiosa com a defesa dos direitos humanos, com vistas à mudança social é destaque na sua trajetória.

Participante ativo da luta pelos direitos dos negros, em 2013, publicou o livro “A cultura religiosa afro-brasileira e seu impacto na cultura universitária”. Tornou-se emérito e voltou a ser pároco de Córregos e Santo Antônio do Norte, no Vale do Jequitinhonha, desde 1995, onde se dedicou também a um projeto de geração de renda para centenas de famílias carentes dessa região. Nos últimos anos, residia na Arquidiocese de Belo Horizonte.

Confira o vídeo da ‘Verbo Filmes’ em que ‘Dom Pelé’ explica o significado do Pacto das Catacumbas (1965), com o qual os bispos se comprometeram em viver na pobreza, rejeitar símbolos e privilégios do poder e colocar os pobres no centro do seu ministério pastoral.  

(cm)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Cristãos europeus unidos pelo cuidado da Criação

◊  

Roma (RV) - Católicos e protestantes unidos para celebrar o Tempo da Criação. Um período, que será celebrado de 1º de setembro a 4 de outubro próximo, dedicado pelos cristãos do mundo inteiro à oração e à ação pelo cuidado da Criação.

A iniciativa tem o apoio do Papa Francisco, do Patriarca ecumênico Bartolomeu I e do Conselho Mundial de Igrejas – que representa 500 milhões de cristãos no mundo – e da Comunhão Anglicana, bem como de outras comunidades cristãs.

As celebrações comuns de católicos e protestantes têm um significado particular este ano em que se celebram os 500 anos da Reforma. Católicos e cristãos protestantes encontram-se unidos para enfrentar os desafios ambientais e sociais que colocam à prova pessoas no mundo inteiro. Essa busca colaborativa para encontrar soluções às comuns crises ambientais e sociais responde ao espírito de partilha e proximidade sobre a qual se funda toda fé cristã.

Haverá eventos no mundo inteiro como nas Filipinas, onde o Cardeal Luis Antonio Tagle celebrará uma missa pela Criação; na Suíça se terá uma celebração eucarística anglicana às margens de um riacho poluído; e nos EUA algumas religiosas rezarão nas proximidades de uma zona radioativa.

Ainda no âmbito das iniciativas nesse sentido, em 24 de setembro próximo terá lugar em Taizé, na França, uma ação simbólica especial intitulada “Comunhão para responder ao grito dos pobres e da terra”, promovida pela Conferência das Comissões Justiça e Paz Europeias. Taizé acolhe uma comunidade monástica com mais de 100 irmãos católicos e protestantes.

Representantes das Comissões Justiça e Paz das Conferências Episcopais Europeias, do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (COMECE) e da Conferência das Igrejas Europeias (CEC) participarão de uma oração comum para renovar seu compromisso em favor da justiça, da paz e do cuidado da Criação. (RL)

inizio pagina

Entrevistas



Alcoolismo: herança familiar e fatores afetivos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Prosseguimos com o tema do alcoolismo em nosso espaço de saúde.  

O alcoolismo é uma doença que afeta a saúde física, o bem-estar emocional e o comportamento do indivíduo. O álcool é classificado como um depressor do sistema nervoso central. 

O psiquiatra Dr. Erwin Hunter especialista em álcool e droga pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conversou conosco sobre esse tema.

(MJ)

inizio pagina

Atualidades



Água (direito humano) para o Crescimento Sustentável

◊  

Estocolmo (RV) – Às vésperas do Dia Mundial de oração pelo Cuidado com a Criação, cerca de 3.00 pessoas de mais de 230 países estão na capital sueca, Estocolmo, reunidas em torno do tema ‘Água para o Crescimento Sustentável’,  na 26ª Semana Mundial da Água. O evento é o maior encontro anual para questões relacionadas à água e ao desenvolvimento.

Participam representantes de governos, setor privado, organizações multilaterais, sociedade civil e academia buscam soluções para problemas globais relacionados à água.

Em fevereiro deste ano, o Papa Francisco participou no Vaticano do encontro 'Direito Humano à Água' promovido pela Pontifícia Academia das Ciências. Especialistas do mundo inteiro debateram o tema inspirado, inclusive, em passagens da Encíclica Laudato si.

No seu discurso, o Papa Francisco saudou a iniciativa de debater a problemática do direito humano à água e a exigência de políticas públicas no setor, para dar uma resposta à essa necessidade que vive o homem de hoje.

Na ocasião, o Papa mencionou o Livro do Gênesis para tratar a questão de maneira fundamental e urgente: “A água está no princípio de todas as coisas”, fonte de vida e de fecundidade.

Francisco citou dados “graves” das Nações Unidas que não podem nos deixar indiferentes: “mil crianças morrem todos os dias por causa de doenças ligadas à água e milhões de pessoas consomem água contaminada”. “Ainda não é tarde demais”, disse o Papa, “mas é urgente estarmos cientes da necessidade da água e do seu valor essencial para o bem da humanidade”. O Pontífice também abordou o tema do respeito à água como “condição para o exercício dos outros direitos humanos”.

Um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mostra que 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso seguro à água. O número de pessoas sem acesso ao esgotamento sanitário seguro é de 4,5 bilhões.

A ONU News conversou com relator das Nações Unidas para o direito humano à água e ao saneamento, Leo Heller, sobre os dados do documento.

Leo Heller fala sobre a situação em países de língua portuguesa. Segundo o relatório, 62% da população de Portugal tem acesso seguro ao esgotamento sanitário; no Brasil a proporção é de 39%.

O relator da ONU falou ainda sobre dados em Moçambique onde houve um progresso na questão da defecação a céu aberto: 36% da população em 2015 em comparação a 57% em 2000.

Ouça a reportagem completa aqui: 

inizio pagina